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Conversão Eletromecânica de Energia

1. INTRODUÇÃO AOS
PRINCÍPIOS DE
MÁQUINAS ELÉTRICAS,
MAGNETISMO E
ELETROMAGNETISMO

Engenharia Elétrica e Engenharia de Computação


Conversão Eletromecânica de Energia

Objetivos:

✓ Compreender os fundamentos de mecânica rotacional: velocidade angular,


aceleração angular e a lei de Newton para rotação.
✓ Aprender como produzir campo magnético.
✓ Compreender circuitos magnéticos, comportamento de materiais
ferromagnéticos e histerese.
✓ Compreender a lei de Faraday.
✓ Compreender os efeitos de se trabalhar com corrente alternada.
✓ Conhecer as propriedades de ímãs permanentes e sua utilização em
circuitos magnéticos.

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1. Máquinas Elétricas e transformadores na vida diária:

Uma máquina elétrica é um dispositivo que pode converter energia elétrica em


energia mecânica, ou vice-versa.
➢ Conversão de energia mecânica em elétrica → gerador.
➢ Conversão de energia elétrica em mecânica → motor.
➢ Qualquer máquina elétrica é capaz de realizar a conversão em ambos os
sentidos.
➢ A conversão de energia se dá através do meio magnético.

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Transformador:

É um dispositivo eletromagnético que apresenta relação próxima com as máquinas


elétricas.
➢ Converte energia elétrica CA em um determinado nível de tensão para energia
elétrica CA em outro nível de tensão.
➢ Funcionam com base nos mesmos princípios das máquinas elétricas.
➢ Dependem do meio magnético para realizar a conversão do nível de tensão.

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Onde estão presentes:


➢ Estes dispositivos estão presentes nos lares equipando diversos aparelhos
eletrodomésticos.
➢ Na indústria, motores são utilizados para a produção de força motriz.
➢ Todos eles dependem do meio magnético para realizar a conversão do nível de
tensão.

2. Relações entre movimento rotacional, lei de Newton e potência:

Praticamente todas as máquinas elétricas giram em torno de um eixo.


➢ Em geral, um vetor tridimensional é necessário para descrever a rotação de um
objeto no espaço.
➢ Normalmente as máquinas elétricas giram em torno de um eixo fixo, de forma
que o movimento fica restrito a uma dimensão angular.
➢ Direção de rotação: sentido horário ou anti-horário.
➢ Ângulo de rotação no sentido anti-horário é considerado positivo.

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Conversão Eletromecânica de Energia I

Posição angular θ:
A posição angular θ de um determinado objeto representa o ângulo no qual
ele está orientado, medido a partir de um ponto de referência.

▪ É medido em graus ou radianos e corresponde a um conceito linear de


distância ao longo de uma linha.

Velocidade angular ω:
Velocidade angular ou simplesmente velocidade representa a taxa de variação da
posição angular θ em relação ao tempo.

𝑑𝜃
𝜔= (1)
𝑑𝑡

Se a unidade do ângulo de posição for em radianos, a unidade de velocidade


angular será radianos/segundo (rad/s).
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Conversão Eletromecânica de Energia I

Normalmente a velocidade angular é expressa em rotações por minuto – rpm. É


comum utilizar um sub-índice “m” para designar grandezas mecânicas.

Serão utilizados os seguintes símbolos:


ωm velocidade angular expressa em rad/s
nm velocidade angular expressa em rpm.

As grandezas se relacionam entre si de acordo com a expressão:


60
𝑛𝑚 = 𝜔𝑚 (2)
2𝜋

Aceleração angular α :
Aceleração angular representa a taxa de variação da velocidade em relação ao
tempo. Sua unidade será rad/s2.
𝑑𝜔
𝛼= (3)
𝑑𝑡

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Torque ou conjugadoτ :

No movimento linear, a força aplicada sobre um objeto provoca variação em


sua velocidade. Na ausência de força resultante, sua velocidade será constante.
Quanto maior a força aplicada, maior sua variação de velocidade.

No caso de movimento rotacional, a velocidade de um objeto será constante a


menos que um torque esteja presente. Quanto maior o torque maior a
variação da velocidade do objeto.

➢ Torque ou conjugado sobre um objeto é definido como sendo o produto da


força aplicada ao objeto pela menor distância entre a linha de ação da força
e o eixo de rotação deste objeto.

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 = ( força aplicada) (distância perpendicular )


 = ( F ) ) (r sen )
 = rF sen  (4)

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Lei de Newton da rotação:


Para objetos que se movem em linha reta, a lei de Newton descreve que a
relação entre a força aplicada ao objeto e sua aceleração resultante , dada pela
equação a seguir.
𝐹 = 𝑚𝑎 (5)

Onde:
F = força resultante aplicada ao objeto, em N.
m = massa d objeto, em Kg.
a = aceleração resultante, em m/s2.
De forma semelhante, para movimento angular, a lei de Newton para rotação
descreve que:
𝑇 = 𝐽𝛼 (6)

Onde:
T = torque ou conjugado em Newton-metro (Nm).
J = momento de inércia em Kg.m2.
α = aceleração angular em rad/s2.
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Trabalho W:
Para movimento linear, Trabalho é definido como a força através de uma
distância, assumindo-se que a força é colinear com o sentido do movimento.
Sua unidade é o Joule, e pode ser representado por:

𝑊 = න𝐹𝑑𝑟 (7)

No caso particular em que a força é constante, a equação (7) pode ser


representada por:

𝑊 = 𝐹𝑟 (8)

Para movimento rotacional, trabalho é a aplicação de um conjugado através de


um determinado ângulo, sendo, portanto, representado por:

𝑊 = න𝑇𝑑𝜃 (9)

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Se o torque for constante, a expressão (9) se torna:


𝑊 = 𝑇𝜃 (10)

Potência P:
É definida como a taxa de realização de trabalho por unidade de tempo, ou em
outras palavras, a capacidade de realizar trabalho, medida em
Joules/segundo. Sua equação é representada por:
𝑑𝑊
𝑃= (11)
𝑑𝑡

Para torque constante, potência em sistemas rotacionais pode ser representada por:

𝑑𝑊 𝑑 𝑑𝜃
𝑃= = (𝑇𝜃) = 𝑇 = 𝑇𝜔
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡

𝑃 = 𝑇𝜔 (12)

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3. O Campo Magnético:

Os campos magnéticos constituem o mecanismo pelo qual a energia é convertida


nos motores e geradores e “transferida” em transformadores. Quatro princípios
básicos descrevem como campos magnéticos são utilizados nestes dispositivos:
➢ Um fio transportando corrente elétrica produz um campo magnético em torno
de si, da mesma forma que em um ímã permanente.
➢ Um campo magnético variante no tempo induz tensão em uma bobina (fio
condutor) se o mesmo passar pela bobina. (Esta é a base para a ação do
transformador).
➢ Um fio transportando corrente elétrica na presença de um campo magnético
está sujeito a uma força induzida. (Este é o principio de ação de motores).
➢ Um fio condutor se movendo na presença de um campo magnético apresenta
em seus terminais uma tensão (força eletromotriz – fem) induzida. (Esta é a
base da ação de geradores).

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Na região do espaço, em torno de um ímã permanente, o campo magnético


pode ser representado por linhas de campo que não têm origem e terminação.

Pela Equação de Maxwell:

ර 𝐻𝑑𝑙 = න 𝐽𝑑𝑎 (13)


𝐶 𝑆

ර 𝐵𝑑𝑎 = 0 (14)
𝑆

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Significado da equação (13):


“A integral de linha da componente tangencial da intensidade do campo
magnético H em torno de um caminho fechado C é igual à corrente total que
passa através da superfície S ligando este contorno”. A fonte do campo
magnético H é a densidade de corrente J.

Significado da equação (14):


“A densidade de fluxo magnético é conservativa, isto é, fluxo magnético
externo não penetra na superfície nem dela sai”. Isto significa que o cálculo
das quantidades envolvidas podem ser determinadas unicamente a partir dos
valores instantâneos das fontes e corrente e da variação do campo magnético
em relação ao tempo.

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✓ As linhas de campo se dirigem do pólo Norte para o Sul.


✓ São igualmente espaçadas no interior da barra metálica.
✓ São distribuídas simetricamente no exterior da barra.
✓ As linhas de campo magnético procuram ocupar o menor área possível,
resultando em linhas de campo de comprimento mínimo entre pólos
diferentes.

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✓ A distribuição de linhas de campo praticamente não sofre alteração quando


material não magnético (vidro ou cobre) é colocado nas proximidades do
ímã.

✓ Existe um campo magnético, representado por linhas de campo circulares


concêntricas, em torno de qualquer fio percorrido por corrente elétrica.

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✓ Para o condutor enrolado na forma de espira, as linhas de campo terão a


mesma direção e sentido no centro da espira.

✓ A distribuição de linhas de campo em uma bobina é similar à de um ímã


permanente. A diferença é que as linhas de campo são mais concentradas
em um ímã do que na bobina.
✓ A bobina apresenta um campo magnético mais fraco do que o ímã. Porém,
inserindo-se um núcleo magnético em seu interior (eletroímã), pode-se
aumentar a intensidade do campo gerado.

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Considerando uma bobina enrolada em torno de um núcleo ferromagnético


conforme ilustrado, a equação (13) se torna:

𝐻𝑙𝑐 = 𝑁𝐼 (14)
Onde:
H campo magnético em A/m ou A.e/m (ampere espira por metro).
lc comprimento do caminho médio do núcleo ferromagnético.
N número de espiras da bobina.
I corrente elétrica que passa pela bobina.

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Densidade de Fluxo Magnético:

𝜑 = න 𝐵𝑑𝑎 (15)
𝑆

Se a densidade B for constante, tem-se que:


𝜑
𝐵= (16)
𝐴
No SI:

B = Teslas (T)
Φ = Webers (Wb)
A = Área (m2)
1T=1Wb/m2

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Exemplo 1:
Determinar a densidade de fluxo em teslas na figura a seguir.

Φ 6x10−5 Wb −2
B= = −3 2
= 5x10 T
A 1.2x10 m

No sistema CGS: 1T=104 Gauss

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Permeabilidade magnética:

Se núcleos de diferentes materiais, porém, de mesma dimensão, forem


introduzidos em um eletroímã, a força do ímã irá variar de acordo com o
material usado.

Os materiais através dos quais as linhas de campo podem se estabelecer com


relativa facilidade são denominados magnéticos e possuem elevada
permeabilidade magnética (µ).

A permeabilidade no vácuo é:

Wb H
μo = 4π × 10−7 𝑜𝑢
A.m m

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▪ A permeabilidade de materiais não magnéticos ou diamagnéticos (vidro,


cobre, alumínio, madeira, ar) é praticamente igual a do vácuo.
▪ Materiais cuja permeabilidade é pouco maior que a do vácuo, são
denominados paramagnéicos.
▪ Materiais ferromagnéticos (ferro, níquel, cobalto e ligas desses metais)
possuem permeabilidade centenas ou milhares de vezes maior que a do
vácuo.
𝜇
𝜇𝑟 =
Permeabilidade relativa: 𝜇𝑜

Materiais ferromagnéticos: µr ≥100


Materiais não magnéticos: µr =1

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Relutância:

𝑙 𝐴𝑒
𝑅=
𝜇𝐴 𝑊𝑏

Onde:
l = comprimento do caminho magnético.
A = área da seção reta.
µ = permeabilidade magnética do material.

4. Lei de Ohm para circuitos magnéticos:

I ϕ
V R F F =NI R

I = V/R ϕ=F/R

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Onde:
F = Força Magneto Motriz – fmm, em Ampère-espira (Ae).
N = Número de espiras.
I = Corrente elétrica em A.
R = Relutância do material, em Ae/Wb.

5. Força magnetizante ou campo magnético (H):

𝐹
𝐻= 𝐴/𝑚
𝑙

𝑁𝐼
𝐻= 𝐴/𝑚
𝑙

H independe do tipo do material do núcleo.

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Efeito de H na permeabilidade resultante de um material magnético:

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A partir das equações anteriores pode-se determinar a densidade de fluxo B


como sendo função da permeabilidade e da força magnetizante, H:

𝑁𝐼
൘𝑙ൗ
𝜇𝐴 𝑁𝐼𝜇𝐴
𝐵= = ⇒
𝐴 𝑙𝐴

𝐵 = 𝜇. 𝐻 (17)

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6. Histerese:

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Observa-se que, para o mesmo valor de


H, a densidade de fluxo B é maior para
aquele material que apresenta maior
permeabilidade (µ).

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7. Lei circuital de Ampère:

“O somatório das elevações e quedas de força magneto-motriz (fmm) em


um circuito magnético fechado é nula”.

F = 0
Circuitos Elétricos Circuitos Magnéticos
E F
I Ø
R R

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ර 𝐻𝑑𝑙 = න 𝐽𝑑𝑎 = 𝐹 = 𝑁𝐼 = 𝐻𝑐 𝑙𝑐
𝐶 𝑆

𝑁𝐼 − 𝐻𝑎𝑏 𝑙𝑎𝑏 −𝐻𝑏𝑐 𝑙𝑏𝑐 − 𝐻𝑐𝑎 𝑙𝑐𝑎 = 0

𝑁𝐼 = 𝐻𝑎𝑏 𝑙𝑎𝑏 +𝐻𝑏𝑐 𝑙𝑏𝑐 + 𝐻𝑐𝑎 𝑙𝑐𝑎

Fmm Queda de fmm


aplicaca

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8. O fluxo Ф:

“O somatório dos fluxos que entram em uma junção é igual à soma dos
fluxos que saem desta mesma seção”.

ර 𝐵𝑑𝑎 = 0 𝜑 = න 𝐵𝑑𝑎 Φa = Φb + Φc
𝑆 𝑆

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9. Circuitos magnéticos em série:

Tipos de problemas:

I. Fluxo Ф é conhecido e deseja-se determinar o produto NI. Ex.: projeto


de máquinas elétricas e transformadores.

II. NI é conhecido e deseja-se determinar o fluxo Ф. Ex.: projeto de


amplificadores magnéticos.

No caso de circuitos magnéticos, obtém-se o valor de B a partir do


valor de H e vice-versa. A permeabilidade raramente é calculada.

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Exemplo 1:
Para o circuito magnético ilustrado na figura a seguir,
a) Calcular o valor de corrente necessária para gerar um fluxo de 4x10-4
Wb.
b) Determinar a permeabilidade µ e a permeabilidade relativa, µr ,para o
material nestas condições.

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Exemplo 2:
O eletroímã da figura a seguir atraiu uma barra de ferro fundido.
Determinar a corrente necessária para estabelecer um fluxo no núcleo com
o valor indicado.

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Exemplo 3:
O circuito magnético a seguir representa um transformador, de forma que
as fmm’s das bobinas N1 e N2 estão em oposição. Determinar a corrente no
secundário do transformador visto na figura a seguir se o fluxo resultante
no núcleo é de 1.5 x 10-5 Wb, no sentido horário.

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Considerações:
Cálculos de fluxo em um núcleo ferromagnético utilizando-se os conceitos
de circuitos magnéticos representam aproximações. As razões pela
imprecisão nos cálculos são:

• Pelo conceito de circuitos magnéticos, admite-se que todo o fluxo está


confinado no circuito magnético, o que não é bem verdade.
• O cálculo da relutância admite um comprimento médio e uma área da
seção transversal.
• Em materiais ferromagnéticos, a permeabilidade varia em função da
intensidade do fluxo (ou sua densidade) de forma não linear.
• Quando existem entreferros, a área efetiva da seção transversal do
entreferro será maior do que a área da seção transversal do núcleo
ferromagnético.

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10. Entreferro:

∅𝑔
𝐵𝑔 = (18)
𝐴𝑔

Para efeitos práticos:


Фg = Φnúcleo
Ag = Anúcleo
µar = µvácuo

𝐵𝑔 𝐵𝑔
𝐻𝑔 = = −7
= (7.96𝑥105 )𝐵𝑔
𝜇𝑜 4𝜋𝑥10

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Exemplo 4:
Calcular o valor da corrente necessária para estabelecer um fluxo de 0.75 x
10-4 Wb no circuito magnético ilustrado a seguir.

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Exemplo 5:
Determinar a corrente necessária para estabelecer um fluxo de 1.5 x 10-4
Wb no trecho do núcleo indicado na figura a seguir.

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Exemplo 6:
Calcular o fluxo magnético para o circuito ilustrado a seguir.

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Exemplo 7:
Calcular o fluxo magnético para o circuito ilustrado a seguir com a fmm
aplicada.

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11. Indução Eletromagnética:


➢ Quando existe um movimento relativo entre um condutor e um campo
magnético, é produzida uma tensão nos terminais do condutor.

➢ Este princípio é conhecido como princípio da indução eletromagnética e


possibilita a construção de transformadores, máquinas elétricas e outros
dispositivos eletromagnéticos.

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Polaridade da tensão induzida:

Forças exercidas em um condutor conduzindo corrente na presença de um campo


magnético:

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12. Lei de Faraday ou princípio da indução eletromagnética:

Movendo-se um ímã através de uma bobina de fio condutor induz uma


tensão em seus terminais. Se houver um caminho fechado, haverá
circulação de corrente.

A intensidade da tensão induzida é proporcional à taxa de variação do


campo magnético em relação à bobina e ao seu número de espiras.

𝑑𝜑
𝑒𝑖𝑛𝑑 = (19)
𝑑𝑡
Onde:
Ou: eind = tensão induzida.
N = número de espiras.
𝑒𝑖𝑛𝑑 =𝑁
𝑑𝜑
(20)
φ = fluxo magnético na bobina.
𝑑𝑡

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13. Fluxo concatenado, indutância e Energia:

“Um campo magnético variável no tempo produz um campo elétrico variável no


espaço” (Ley de Faraday).

𝑑
ර 𝐸𝑑𝑠 = − න 𝐵𝑑𝑎 (21)
𝐶 𝑑𝑡 𝑆

• Em circuitos magnéticos com enrolamentos de alta condutividade, E é muito


pequeno e pode ser desprezado.
• O fluxo magnético em estruturas fechadas (circuito magnético) é dominado
pelo fluxo no núcleo ferromagnético.

Assim:
𝑑𝜑 𝑑𝜆
𝑒=𝑁 = (22)
𝑑𝑡 𝑑𝑡

Onde:
φ = valor instantâneo de um fluxo que varia no tempo.
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No circuito magnético onde a relação entre indução magnética B e campo


magnético H é linear (permeabilidade constante do material ou predominância
do entreferro), a relação entre fluxo concatenado λ e corrente elétrica i pode ser
dada por: 𝜆
𝐿= (23)
𝑖

Mas, como  = N e:

𝐹 𝑁𝑁𝑖
𝜑= ⇒𝐿=
𝑅 𝑖𝑅

𝑁2 𝑙
𝐿= ;𝑅 =
𝑅 𝜇𝐴

𝐴
𝐿= 𝑁2𝜇 (24)
𝑙

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fem:
𝑑𝜆
Das equações (22) e (23): 𝑒= 𝑒𝜆 = 𝐿. 𝑖 ⇒
𝑑𝑡

𝑑
Portanto, tem-se que: 𝑒 = (𝐿. 𝑖)
𝑑𝑡

Para circuitos magnéticos, a indutância é fixa. Então:

𝑑𝑖
𝑒=𝐿 (25)
𝑑𝑡

Para máquinas elétricas, a indutância pode ser variável. Assim:

𝑑𝑖 𝑑𝐿
𝑒 =𝐿 +𝑖 (26)
𝑑𝑡 𝑑𝑡
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Energia:

A potência nos terminais de um enrolamento de um circuito magnético é uma


medida da taxa de fluxo de energia, podendo ser expressa por:

𝑝 = 𝑖. 𝑒 (27)

𝑑𝜆
𝑝=𝑖 (28)
𝑑𝑡

A variação da energia no intervalo de t1 a t2 pode ser dada por:

𝑡2 𝜆2
𝑖𝑑𝜆
Δ𝑊𝑐𝑚𝑝 = න 𝑝. 𝑑𝑡 = න𝑑𝑡 = න 𝑖. 𝑑𝜆
𝑡1 𝑑𝑡 𝜆1

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𝜆2
𝜆 1 2 𝜆2
Δ𝑊𝑐𝑚𝑝 =න . 𝑑𝜆 = 𝜆 |𝜆1
𝜆1 𝐿 2𝐿

1 2
Δ𝑊𝑐𝑚𝑝 = (𝜆2 − 𝜆12 )
2𝐿

Fazendo-se 𝜆1=0

1 2 1 2
𝑊𝑐𝑚𝑝 = 𝜆 = 𝐿𝑖 (29)
2𝐿 2

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Em termos de campo magnético, a energia pode ser expressa por:


𝐵2 𝐵2
𝐻𝑛 𝑙𝑛
𝑊𝑐𝑚𝑝 =න (𝐴𝑛 𝑁)𝑑𝐵𝑛 = 𝐴𝑛 𝑙𝑛 න 𝐻𝑛 𝑑𝐵𝑛 (30)
𝐵1 𝑁 𝐵1

Para um núcleo de material ferromagnético, a curva é não linear:

Perda por histerese


(área sombreada)

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Exemplo 8:

Considere o circuito magnético ilustrado a seguir. Calcular:


a) A indutância L.
b) Energia magnética armazenada, W, para B=1T.
c) A fem, “e”, para Bn=1sen377t Wb/m2.

Dados: An= 9cm2; ln=30cm;


lg=0.05cm; N=500 esp;
µr=70000.

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14. Funcionamento em Corrente Alternada

Princípios Gerais:

𝜑 𝑡 = 𝜙𝑚𝑎𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡
𝜑 𝑡 = 𝐴𝑐 𝐵𝑚𝑎𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡

𝑑𝜑
𝑒 𝑡 =𝑁 = 𝜔𝑁𝜙𝑚𝑎𝑥 cos 𝜔𝑡
𝑑𝑡
𝑒 𝑡 = 𝐸𝑚𝑎𝑥 cos(𝜔𝑡)

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Corrente de Magnetização CA (iφ)

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Perdas nos materiais magnéticos:

➢ Perdas ocorrem toda vez que o material é submetido a um ciclo de seu


ciclo de histerese.
➢ As perdas são separadas em:

1. Perda por correntes de Foucault (RI2): correntes que circulam pelo


material magnético tendendo à opor-se à variação da indução
magnética.
2. Perda por histerese: função da energia despendida para orientar os
domínios magnéticos.

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➢ As características dos materiais magnéticos sob excitação CA são


normalmente apresentadas em termos de potência aparente por unidade
de massa de material em função da indução magnética (densidade de
fluxo).

Justificativa:
Para um circuito magnético fechado, sem entreferro, com fluxo do tipo
senoidal tem-se:

𝜑 𝑡 = 𝜙𝑚𝑎𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡

𝑑𝜑
𝑒 𝑡 =𝑁 = 𝜔𝑁𝜙𝑚𝑎𝑥 cos 𝜔𝑡
𝑑𝑡
𝐸𝑚𝑎𝑥 = 𝜔𝑁𝐴𝑐 𝐵𝑚𝑎𝑥
𝜔 = 2𝜋𝑓

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Em termos de valores rms:

2𝜋
𝐸𝑟𝑚𝑠 = 𝑓𝑁𝐴𝑐 𝐵𝑚𝑎𝑥 (31)
2

𝐻𝑟𝑚𝑠 𝑙𝑐
𝑖𝜑(𝑟𝑚𝑠) =
𝑁
𝐻𝑟𝑚𝑠 𝑙𝑐
𝐸𝑟𝑚𝑠 𝑖𝜑(𝑟𝑚𝑠) = 4.44𝑓𝑁𝐴𝑐 𝐵𝑚𝑎𝑥
𝑁
𝐸𝑟𝑚𝑠 𝑖𝜑(𝑟𝑚𝑠) = 𝑃𝑎 = 4.44𝑓𝐵𝑚𝑎𝑥 𝐻𝑟𝑚𝑠 (𝐴𝑐 𝑙𝑐 )

𝐸𝑟𝑚𝑠 𝑖𝜑(𝑟𝑚𝑠) 𝐸𝑟𝑚𝑠 𝑖𝜑(𝑟𝑚𝑠) 𝐴𝑐 𝑙𝑐 4.44𝑓 𝑉𝐴


𝑃𝑎 = = = 𝐵𝑚𝑎𝑥 𝐻𝑟𝑚𝑠
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝐴𝑐 𝑙𝑐 𝜌𝑐 𝜌𝑐 𝐾𝑔

Onde ρn representa densidade de massa do material do núcleo.


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Potência de excitação rms em VA/Kg a 60 Hz para o aço M-5 tipo grão


orientado com 0.012 pol de espessura.

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Perdas por histerese no núcleo:

Foi visto que a equação a seguir pode ser utilizada para se calcular a
energia no núcleo quando o material é submetido ao ciclo de
histerese – equação (30).
𝐻𝑐 𝑙𝑐
𝑊𝑐𝑚𝑝 = ර𝑖𝜙 𝑑𝜆 = ර 𝐴𝑐 𝑁𝑑𝐵𝑐 = 𝐴𝑐 𝑙𝑐 ර𝐻𝑐 𝑑𝐵𝑐
𝑁

Perda por histerese: proporcional à


área interna da figura que representa o
ciclo de histerese do material.

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Perdas no núcleo em Watts/Kg para o aço M5 de grão orientado


com 0.012 pol de espessura.

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Exemplo 9:
O circuito magnético da figura a seguir é constituído de laminações de aço de
grão orientado tipo M-5. Este enrolamento é excitado por tensão na frequência
de 60 Hz para produzir uma densidade de fluxo B=1.5 sen (ωt), onde ω=377
rad/s. O aço ocupa 0.94 da área da seção transversal do núcleo. A densidade de
massa do aço é de 7.65g/cm3. A curva BxH para o referido aço é fornecida.
Encontrar:
a) A tensão aplicada.
b) A corrente de pico.
c) A corrente de excitação.
d) As perdas no núcleo.

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Curva de magnetização para o aço M-5 de grão orientado.

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15. Imãs Permanentes:

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Conversão Eletromecânica de Energia

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Exemplo 10:
A figura a seguir consiste de um núcleo magnético de alta permeabilidade e
um entreferro g = 0,2 cm, área da seção transversal de 4 cm2 e comprimento
lm = 1 cm. Calcular a densidade de fluxo Bg no entreferro se o material
magnético for:
a) Alnico 5 e
b) Aço M-5.

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Solução:
a) Permeabilidade do núcleo = ∞

Pela Lei Circuital de Ampère:

𝐹 = 𝑁𝐼 = 0 0

𝐹 = 0 = 𝐻𝑚 𝑙𝑚 + 𝐻𝑐 𝑙𝑐 + 𝐻𝑔 𝑙𝑔 = 0 ⇒

𝑙𝑚
𝐻𝑔 = − 𝐻𝑚
𝑙𝑔

Como o fluxo é constante através de todo o circuito magnético:

𝜑 = 𝐴𝑔 𝐵𝑔 = 𝐴𝑚 𝐵𝑚

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𝐴𝑚 𝐴𝑔
𝐵𝑔 = 𝐵 𝑒 𝐵𝑚 = 𝐵
𝐴𝑔 𝑚 𝐴𝑚 𝑔

Em relação a H, tem-se que, no entreferro, a relação B x H é linear. Então:

𝐴𝑔 𝑙𝑚
𝐵𝑚 = 𝜇0 𝐻𝑔 𝑚𝑎𝑠 𝐻𝑔 = − 𝐻𝑚 𝑒𝑛𝑡ã𝑜:
𝐴𝑚 𝑙𝑔

𝐴𝑔 𝑙𝑚
𝐵𝑚 = −𝜇0 𝐻
𝐴𝑚 𝑙𝑔 𝑚

Numericamente tem-se que:

𝐵𝑚 = −5𝜇0 𝐻𝑚 ⇒ 𝐵𝑚 = −6,28𝑥10−6 𝐻𝑚 Reta de Carga!

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b) Para o Aço M-5:

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Alnico: Hard Magnet Material


Principal diferença é em Hc (coercividade)
M-5: Soft Magnet Material

Capacidade dos ímãs permanentes:


✓ Forma útil de se medir a capacidade de um ímã permanente é
conhecida como produto energia.
✓ Produto energia corresponde ao valor máximo do produto B-H que
corresponde a um ponto no segundo quadrante da curva de histerese
do material.

Observando-se a expressão dada pela equação (30):

𝑊𝑐𝑚𝑝 = ර𝑖𝜙 𝑑𝜆 = 𝐴𝑐 𝑙𝑐 ර𝐻𝑐 𝑑𝐵𝑐

Conclui-se que o produto B-H tem unidade de densidade de energia [J/m3].

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✓ Uma operação neste ponto resulta no menor volume de material.


Portanto, escolhendo-se um material com o maior produto energia (B-H)max,
resulta no menor volume necessário de material.

Do exemplo anterior (10):

𝐴𝑚 𝐻𝑚 𝑙𝑚
𝐵𝑔 = 𝐵𝑚 𝑒 = −1
𝐴𝑔 𝐻𝑔 𝑙𝑔

𝑙𝑚
𝐻𝑔 = −𝐻𝑚
𝑙𝑔

Multiplicando por µ0:

𝑙𝑚 𝑙𝑚
𝜇0 𝐻𝑔 = −𝜇0 𝐻𝑚 ⇒ 𝐵𝑔 = −𝜇0 𝐻𝑚
𝑙𝑔 𝑙𝑔

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Multiplicando por Bg:

𝑙𝑚
𝐵𝑔 = −𝜇0 𝐻𝑚 × (𝐵𝑔 )
𝑙𝑔

𝑙𝑚 𝐴𝑚 𝑉𝑚𝑎𝑔
𝐵𝑔2 = −𝜇0 𝐻𝑚 𝐵 𝐵𝑔2 = −𝜇0 𝐻𝑚 𝐵𝑚
𝑙𝑔 𝐴𝑔 𝑚 𝑉𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟𝑟𝑜

𝐵𝑔2
𝑉𝑚𝑎𝑔 = 𝑉
𝜇0 (−𝐻𝑚 𝐵𝑚 ) 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟𝑟𝑜

Produto energia

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Exemplo Numérico 11:

O núcleo magnético do exemplo anterior foi modificado adquirindo a forma


ilustrada a seguir onde a área do entreferro foi reduzida para Ag = 2 cm2.
Encontrar o volume mínimo do ímã permanente necessário para se atingir uma
densidade de fluxo no entreferro de 0,8 Wb/m2.

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Curvas de magnetização para alguns materiais


comumente utilizados para ímãs permanentes.

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Magnetizando um determinado material:

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Exemplo 12:
A figura a seguir ilustra um circuito magnético formado por um material magnético duro,
e um núcleo e um êmbolo de elevada permeabilidade (µ=∞), além de uma espira que
será utilizada para magnetizar o material (ímã). A bobina será removida do circuito
magnético após a magnetização. O êmbolo se movimenta na direção x conforme
indicado fazendo com que a área do entreferro varie entre 2cm2 e 4cm2. Considerar o ímã
de Alnico 5 e que o sistema está inicialmente magnetizado com Ag=2cm2.
a) Encontrar o comprimento do ímã (lm) de forma que o sistema trabalhe na linha de
recuperação (recoil line) que corta o ponto de máximo produto energia na curva de
magnetização do Alnico 5.
b) Derivar um procedimento para magnetizar o ímã.
c) Calcular a densidade de fluxo no entreferro quando o êmbolo varia entre os limites
definidos.

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Solução:

a) No ponto de máximo produto energia (Bm×Hm) tem-se que:


Bmax=1T e Hmax = -40kA/m

Como a bobina foi retirada do circuito, tem-se que:

𝑙𝑔 𝑙𝑚
𝐻𝑚 𝑙𝑚 + 2𝐻𝑔 = 0 => 𝐻𝑔 = − 𝐻𝑚
2 𝑙𝑔
𝜑 = 𝐵𝑚 𝐴𝑚 = 𝐵𝑔 𝐴𝑔

𝐴𝑔 𝐴𝑔 𝑙𝑚
𝐵𝑚 = 𝜇0 𝐻𝑔 => 𝐵𝑚 = −𝜇0 𝐻
𝐴𝑚 𝐴𝑚 𝑙𝑔 𝑚

Com Ag= 2cm2 tem-se:

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2 (−40 × 103 )
1 = −𝜇0 𝑙
2 0.2 × 10−2 𝑚
𝑙𝑚 = 3.98𝑐𝑚

b) Procedimento para magnetização

Equação da linha de carga:

𝑙𝑔
෍ 𝐹 = 0 => 𝑁𝐼 − 𝐻𝑚 𝑙𝑚 − 2𝐻𝑔 =0
2

𝐵𝑔
𝑁𝐼 − 𝐻𝑚 𝑙𝑚 − 𝑙𝑔 = 0
𝜇0

𝐴𝑚 𝐵𝑚
𝑁𝐼 − 𝐻𝑚 𝑙𝑚 − 𝑙 =0
𝜇0 𝐴𝑔 𝑔

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𝑙𝑚 𝐴𝑔 𝑁 𝐴𝑔
𝐵𝑚 = −𝜇0 𝐻𝑚 + 𝜇0 𝑖
𝑙𝑔 𝐴𝑚 𝑙𝑔 𝐴𝑚

Substituindo valores numéricos tem-se:

𝐵𝑚 = −19,9𝜇0 𝐻𝑚 + 50 × 103 𝜇0 𝑖

Para diferentes valores de corrente (i) tem-se diferentes retas de carga que se deslocam
para a direita quando a corrente cresce.

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Para magnetizar o ímã é necessário levá-lo à saturação. Para isto, a corrente necessária
para Bmax será:

Bmax + 19.9  0 H max


imax =
50  103  0

A curva de magnetização do material não representa seu ciclo completo de histerese de


forma a se identificar os valores de Hmax e Bmax. Deve-se, portanto, realizar uma
extrapolação a partir dos dados disponíveis. Ao se realizar a extrapolação, os valores
obtidos serão:

H max  200 kA / m
Bmax  2.1Wb / m 2

Assim, para o entreferro de Ag=2cm2:

imax = 114 A

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c) Cálculo da densidade de fluxo no entreferro para 2cm2 ≤ Ag ≤ 4cm2.


Sem a presença da espira, a linha de carga será determinada por:

𝑙𝑔 𝑙𝑚
𝐻𝑚 𝑙𝑚 + 2𝐻𝑔 = 0 => 𝐻𝑔 = − 𝐻𝑚
2 𝑙𝑔

𝐴𝑔
𝜑𝑚 = 𝜑𝑔 => 𝐴𝑚 𝐵𝑚 = 𝐴𝑔 𝐵𝑔 => 𝐵𝑚 = 𝐵
𝐴𝑚 𝑔

𝐴𝑔
𝐵𝑚 = 𝜇 𝐻
𝐴𝑚 0 𝑔

𝐴𝑔 𝑙𝑚
𝐵𝑚 = − 𝜇0 𝐻𝑚 Equação da reta de carga!
𝐴𝑚 𝑙𝑔

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Após a substituição dos valores, tem-


se:
Para Ag=2cm2 Bm = -19.9µ0Hm.
Para Ag=4cm2 Bm = -39.8µ0Hm.

Assim, para:

Ag=2cm2=> Bm = 1T => Bg=1T


Ag=4cm2=> Bm = 1,08T => Bg=0,54T

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Efeito da temperatura:

Neodímio-ferro-boro

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Conclusões gerais?

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