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"O Casamento nos Tempos Bíblicos"

O casamento‚ um dos temas mais evocados na Bíblia é utilizado para ilustrar


muitas verdades espirituais nela contidas. Como regra geral, um casamento nos tempos
bíblicos era arranjado pelos pais ou familiares do jovem casal. O pai geralmente
estabelecia os planos para o futuro de seu filho e procurava uma jovem dentro de sua
própria família para lhe ser por esposa (casamento entre primos era muito comum, como
no caso de Isaque e Rebeca, e de Jacó, Lia e Raquel). Nos dias de Yeshua' [Jesus], um
jovem rapaz usualmente se casava com cerca de 18 anos de idade, e uma moça logo que
atingia a puberdade, com a idade de 12 a13 anos.

O pedido de casamento e os arranjos necessários para a cerimônia eram feitos


por um representante da família do noivo (para o casamento de Isaque, Eliezer, servo de
Abraão, funcionou como o agente casamenteiro). Nos dias da Bïrit Hadash [Novo
Testamento], o "amigo do noivo" se ocupava desta função, ver João 3:29.

O jovem pretendente deveria pagar um dote à família da noiva. Na Torá


[Pentateuco], esse dote era estipulado em 50 siclos de prata (ver Êxodo 22:16-17 e
Deuteronômio 22:29). Essa soma pertencia à noiva e servia como um tipo de seguro
financeiro em caso de morte do esposo ou de divórcio. Com o tempo, se tornou um
costume amarrar em círculos, ou semicírculos, moedas pagas no dote e usá -las como
enfeite de cabelo nas mulheres casadas.

Essas moedas se tornaram um símbolo do casamento semelhante hoje à aliança,


ou anel, de casamento. A perda de alguma destas moedas seria motivo de grande
preocupação, como o ilustrou Yeshua' [Jesus] na parábola da mulher que perdeu uma
dracma em Lucas 15:8-10.

Se o noivo não tinha como pagar a soma em dinheiro poderia, então, conseguir o
dote trabalhando para o pai da moça (como Jacó e Moisés que trabalharam para seus
respectivos sogros), ou realizando algum feito extraordinário a pedido do sogro (Otoniel
conquistou uma cidade para casar-se com a filha de Calebe, Davi teve de vencer e matar
cem filisteus para casar-se com Mical, filha de Saul). Era costume também o pai da
jovem dar algum presente a filha que se casava (servos, terra, etc.), aumentando o valor
que ela recebia com o dote.

A cerimônia de casamento começava oficialmente com o noivado. O noivado


tinha o valor de compromisso totalmente assumido, e o noivo só poderia deixar sua
noiva através de um divórcio formal. Ambos já se referiam um ao outro como marido e
mulher, ainda que o casamento não tivesse sido consumado. Uma jovem que fosse
infiel ao noivo no período de noivado era considerada como uma adúltera, e sofria a
pena imposta pela lei do cônjuge que adulterasse: a pena de morte (ver Deuteronômio
22:23-27). Se o noivo morresse antes da consumação do casamento, a noiva era
considerada como uma viúva. Por isto, um rapaz que estivesse comprometido em
noivado era dispensado do serviço militar, assegurando-se assim que nenhuma
calamidade de guerra pudesse impossibilitar a consumação do casamento.
O período de noivado durava cerca de 12 meses, e a jovem permanecia na casa
dos seus pais preparando seu enxoval para o casamento, enquanto o rapaz ia preparar a
futura casa onde eles morariam e fazer a provisão necessária para todo o cerimonial da
festa.

Esse período de noivado e os costumes correspondentes ao mesmo esclarecem,


por exemplo, a razão de Miriam [Maria] já ser considerada esposa de Yossef [José]
ainda que o casamento não tivesse se consumado, e o motivo de Yossef querer
divorciar-se dela em segredo, a fim de que a acusação de adultério não fosse levantada
contra Miriam (que na época tinha a idade de uma adolescente).

Esse período de noivado e preparação para a cerimônia final do casamento é


ricamente utilizado na Brït Hadash [Novo Testamento] para representar o período entre
a primeira e a segunda vinda de Yeshua' [Jesus]. O Messias‚ o noivo, Sua Qehil
[Congregação], Seu povo‚ a noiva, e este noivado foi firmado na Sua primeira vinda.
Ele foi ao céu preparar o local, a casa, para onde levar Sua noiva (João 14:1-3). Seu
povo, enquanto espera o Seu retorno, prepara o seu enxoval e se adorna com vestes
brancas de justiça, com ouro da fé e boas obras, para o grande dia das Bodas do
Cordeiro (Apocalipse 19:7-9).

Para a cerimônia de bodas, a noiva literalmente se adornava como uma rainha.


Ela se banhava, se vestia com as vestes mais finas que as posses de seus pais lhe
permitiam, e seu cabelo era enfeitado com o maior número possível de pedras preciosas
e enfeites de ouro que sua família podia comprar ou emprestar (ver Salmos 45:13-14;
Isaías 61:10; Ezequiel 16:11-13).

Um grupo de jovens amigas, chamadas de “companheiras” ou "virgens",


ajudavam-na a vestir-se e a se preparar para a festa. O noivo também se vestia como
um rei, se adornando o melhor e o mais ricamente possível (Isaías 61:10).
Acompanhado de um grupo de jovens rapazes, seus "companheiros" ou "valentes", ele
saía de sua casa e se dirigia à casa dos pais da noiva.

Nos tempos de Yeshua' [Jesus] a cerimônia era realizada à noite, e os


companheiros do noivo levavam consigo tochas acesas para iluminar o caminho. Na
casa da noiva, esta o esperava, e suas companheiras tinham lâmpadas de óleo acesas
para acompanhá -la na procissão à casa dos nubentes onde ocorreria a festa. Ao
aproximar-se o noivo, a noiva se cobria totalmente com um véu a ser retirado somente
após o casamento.

Na época de Jacó, o véu só era retirado após a primeira noite de núpcias,


quando o casamento já tinha se consumado. Isto explica a razão de Jacó não saber que
estava se casando com Lia em vez de Raquel (ver Gênesis 29:23-25). A noiva subia a
uma liteira (estrutura de madeira com cadeiras no alto usadas para transportar pessoas
de alta posição social) e sentava-se ao lado do seu noivo, eles eram então transportados
em procissão com muita música e alegria para o novo lar do casal (ver Cantares 3:6-11 e
Mateus 25:1-13).

Uma vez na casa dos noivos, começava-se então a festa das bodas que se
estendia por sete dias (Gênesis 29:27-28; Juizes 14:12; João 2:2-10). Os festejos
ocupavam a maior parte do dia e uma parte da noite. O jovem casal se assentava sobre
uma plataforma coberta, e durante os festejos os convidados traziam os seus presentes,
as bênçãos de D’us [Deus] eram invocadas sobre os noivos, e o compromisso de uma
aliança solene era assumido por eles diante de D’us e diante de todos os convivas
(Ezequiel 16:8; Malaquias 2:14).

Nas famílias mais abastadas, os pais proviam uma "veste nupcial" especial para
todos os convidados (Mateus 22:12). Esta imagem da cerimônia de bodas ‚ vividamente
utilizada na Bíblia para representar a segunda vinda de Yeshua' [Jesus] que,
acompanhado dos anjos, vem buscar Sua noiva, Sua Qehil , para levá -la ao lar que Ele
preparou.

Haverá então uma grande festa de bodas à qual todos estão convidados a
participar, e bem-aventurados são os que aceitarem e se vestirem com as vestes nupciais
providas por D’us, a justiça do Messias, pois terão direito à vida eterna, habitarão para
sempre na Nova Jerusalém e tomaram posse da Nova Terra restaurada por D’us (Mateus
22:1-14; Apocalipse 19-22).

Para mais informações sobre o casamento nos tempos bíblicos ver:

O. J. Baab, "Marriage", The Interpreter's Dictionary of the Bible (Nashville: Abingdon


Press, 1980), vol. 3, pp. 278-287.

Ralph Gower, The New Manners and Customs of Bible Times (Chicago: Moody Press,
1987), pp. 64-69.

Roland de Vaux, "The World of Jesus", Everyday Life in Bible Times (Washington, DC:
National Geographic Society, 1967), pp. 305-306.

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