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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

RESIDENCIAIS
Tera Miho Shiozaki Parede

1 DE JANEIRO DE 2018
PROFESSOR(A): Tera Miho Shiozaki Parede AULA 00 DISCIPLINA: Instalações Elétricas Residenciais
CURSO AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL/ELETROELETRÔNICA/ELETRÔNICA DATA:

Assunto Apresentação de professores, conteúdos, conceitos e sistema de avaliação

Conteúdos Programáticos
• Noções de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica;
• Normas técnicas e legislação pertinente (NBR 5410);
• Simbologia e convenções técnicas de instalações elétricas;
• Diagramas unifilar, multifilar e funcional de componentes elétricos;
• Tabelas e Catálogos técnicos;
• Eletrodutos;
• Condutores: critérios de dimensionamento (máxima corrente e queda de tensão);
• Dispositivos de proteção;
• Aterramento elétrico;
• Projetos de instalação elétrica residencial;
• Noções de Domótica (Automação residencial e predial).
• Noções básicas de instalações complementares residenciais: antena, telefonia;
• Regras de segurança, limpeza e organização dentro do ambiente laboratorial;
• Circuitos básicos utilizando componentes, ferramentas, instrumentos e equipamentos de instalações
elétricas;

Competências
• Interpretar desenhos, projetos e esquemas de instalações elétricas.
• Interpretar tabelas, normas técnicas e legislação pertinente às instalações elétricas e de segurança.
• Avaliar as propriedades e aplicações dos materiais, acessórios e dispositivos de instalações elétricas.
• Projetar instalação elétrica residencial.

Habilidades
• Aplicar normas técnicas, padrões e legislação pertinente às instalações elétricas.
• Desenhar esquemas de instalações elétricas.
• Utilizar manuais e catálogos de instalações elétricas.
• Adotar uma postura adequada ao ambiente laboratorial, demonstrando organização, asseio e
responsabilidade.
• Executar croquis e esquemas de instalações elétricas.
• Dimensionar e especificar materiais e componentes de instalações elétricas.
• Identificar as características de materiais e componentes utilizados nas instalações elétricas.
• Dimensionar dispositivos de controle e segurança dos sistemas elétricos.
• Executar experimentos básicos de instalação e montagem elétrica.
• Aplicar dispositivos, ferramentas, instrumentos e equipamentos utilizados em instalações elétricas.

Conceitos
MB - Muito Bom B - Bom R - Regular I - Insuficiente

Sistemas de Avaliações
Avaliações práticas e recuperação, Avaliações teóricas e recuperação, Exercícios, Relatórios e Projeto

Profª Tera Miho Shiozaki Parede 1


PROFESSOR (A): Tera Miho Shiozaki Parede AULA 01T DISC: IR TURMA: N°:

NOME: Visto aluno: DATA:

Assunto Noções de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.

Sabemos que a energia elétrica utilizada em nossas casas, nas indústrias, etc. chega até nós por meio de uma
corrente alternada. Esta corrente é produzida nas grandes centrais elétricas por geradores. Estes geradores
nada mais são do que dispositivos que transformam uma forma qualquer de energia em energia elétrica.

Figura 1. Faixas de tensão de sistemas elétricos.

A Figura 1 mostra um diagrama com a representação dos vários segmentos de um sistema elétrico de potência com seus respectivos níveis de tensão.

SEP - Sistema Elétrico de Potência

O objetivo de um Sistema Elétrico de Potência (SEP) é gerar, transmitir e distribuir energia elétrica atendendo a
determinados padrões de confiabilidade, disponibilidade, qualidade, segurança e custos, com o mínimo impacto
ambiental e o máximo de segurança pessoal.
Confiabilidade representa a probabilidade de componentes, partes e sistemas realizarem suas funções
requeridas por um dado período sem falhar.
Disponibilidade é definida como a probabilidade que o sistema esteja operando adequadamente quando
requisitado para uso.

O SEP é composto da geração, transmissão, distribuição e o consumo de energia elétrica.

Geração
O sistema de geração compreende o conjunto de estruturas capazes de transformar alguma forma de energia
disponível em energia elétrica. A energia elétrica é uma das formas de energia mais utilizadas no mundo. Ela é
gerada, principalmente, nas usinas hidrelétricas (77%), usando o potencial energético da água. Porém ela pode
ser produzida também em usinas eólicas, termoelétricas, solares, nucleares entre outras.

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Na geração de energia elétrica uma tensão alternada é produzida, a qual é expressa por uma onda senoidal,
com frequência fixa e amplitude que varia conforme a modalidade do atendimento (baixa, média ou alta tensão).
Essa onda senoidal propaga-se pelo sistema elétrico mantendo a frequência constante e modificando a amplitude
à medida que trafega por transformadores.
A tensão de saída dos geradores é ampliada a níveis mais altos por meio de transformadores elevadores na
usina. Sua finalidade é viabilizar as transmissões à longa distância com a redução da corrente elétrica diminuindo
o dimensionamento dos cabos de transmissão e os níveis de perdas joules e queda de tensão ao longo das
linhas de transmissão.

Transmissão
O sistema de transmissão compreende o conjunto de estruturas capazes de transmitir a energia elétrica do local
onde foi produzida até o local onde será consumida. Cada linha de transmissão possui um nível de tensão
nominal, onde encontramos valores de até 750kV. Para a conversão entre níveis de tensão é usado como
equipamento fundamental o transformador de potência. Os transformadores de grande porte (para grandes
elevações ou diminuições na tensão do sistema) encontram-se normalmente nas subestações.

Componentes de um sistema de transmissão

Torres: Para linhas aéreas, é necessário erguer os cabos a uma distância segura do solo, de forma a evitar
contato elétrico com pessoas, vegetação e veículos que eventualmente atravessem a região. As torres devem
suportar os cabos em condições extremas, determinadas basicamente pelo tipo de cabo, regime de ventos da
região, terremotos, entre outros eventos.
Isoladores: Os cabos devem ser suportados pelas torres através de isoladores, evitando a dissipação da energia
através da estrutura. Estes suportes devem garantir a rigidez dielétrica e suportar o peso dos cabos. Em geral
são constituídos de cerâmica, vidro ou polímeros.
Subestações: As linhas de transmissão são conectadas às subestações, que dispõe de mecanismos de
manobra e controle, de forma a reduzir os transitórios que podem ocorrer durante a operação das linhas.

Distribuição
A rede de distribuição de energia elétrica é um segmento do sistema elétrico, composto pelas redes elétricas
primárias (redes de distribuição de média tensão), e redes secundárias (redes de distribuição de baixa tensão),
cuja construção, manutenção e operação é de responsabilidade das companhias distribuidoras de eletricidade.
O sistema de distribuição (transformação) compreende o conjunto de estruturas capazes de ajustar os níveis de
tensão para otimizar a transmissão de energia elétrica e para adequar os níveis de tensão para atender aos
consumidores.
As redes de distribuição primárias são circuitos elétricos trifásicos a três fios (três fases), ligados nas subestações
de distribuição. Nas redes de distribuição primárias, estão instalados os transformadores de distribuição, fixados
em postes, cuja função é rebaixar o nível de tensão primário para o nível de tensão secundário (por exemplo,
para rebaixar de 13,8 kV para 220V).
As linhas de distribuição são usualmente na faixa de 13,8kV no Brasil. Os níveis de tensão 13,8kV e 34,5kV são
padronizados pela legislação vigente.
As redes de distribuição secundárias são circuitos elétricos trifásicos a quatro fios (três fases e neutro)
normalmente operam nas tensões (fase-fase/fase-neutro): 240/120 volts, 220/127 volts, 380/220 volts. Nestas
redes estão ligados os consumidores, que são residências, padarias, lojas entre outros e as luminárias da
iluminação pública.
Estas redes atendem os grandes centros de consumo. Os estabelecimentos como prédios, lojas e mercados
consomem mais eletricidade, e necessitam de transformadores individuais como ex: 75 kVA, 150 kVA. Em alguns
casos, a tensão de fornecimento é 380/220 volts ou 440/254 volts. Todo o sistema de distribuição é protegido
por um sistema composto por disjuntores automáticos nas subestações onde estão ligadas as redes primárias,
e com chave fusível nos transformadores de distribuição, que em caso de curto-circuito desligam a rede elétrica.

Assunto Exercícios: Noções de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.

1. O que significa SEP? Como ele é composto?


2. Quais as formas de geração de energia elétrica?
3. Defina o sistema de geração de energia elétrica?
4. Por qual motivo são elevados os níveis de tensão de saída dos geradores?
5. Defina o sistema de transmissão de energia elétrica?
6. Quais os componentes básicos de um sistema de transmissão?
7. Defina o sistema de distribuição de energia elétrica?
8. O que são redes elétricas primárias e secundárias?
9. Qual a função dos transformadores de distribuição?
10. Qual a forma de proteção do sistema de distribuição?

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PROFESSOR(A): Tera Miho Shiozaki Parede AULA 02T DISC: IR TURMA: N°:
NOME: Visto aluno: DATA:

Assunto Normas técnicas e legislação pertinente (NBR 5410/2004).

Projeto: simplificando projetar significa apresentar soluções possíveis de serem implementadas para a resolução
de determinados problemas.

As Instalações Elétricas têm em seu foco principal, as instalações elétricas residenciais, regidas pela NBR 5410.
A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) define a NBR 5410 como a norma que estabelece as
condições a que devem satisfazer as instalações elétricas de baixa tensão – de 50VAC a 1kVAC, a fim de garantir
a segurança de pessoas e animais, o funcionamento adequado da instalação e a conservação dos bens. Aplica-
se principalmente às instalações elétricas de edificações, qualquer que seja seu uso (residencial, comercial,
público, industrial, de serviços, etc.), incluindo as pré-fabricadas.

A versão atual da Norma 5410/2004 (em processo de revisão) incorpora ainda em seus principais pontos a
atualização das disposições referentes à proteção contrachoques elétricos e a obrigatoriedade do uso de DPS -
Dispositivos contra surtos - responsáveis por garantir a integridade física de indivíduos, equipamentos e
instalações elétricas na ocorrência de sobretensão na rede).

Todo projeto de instalação elétrica é na realidade uma representação gráfica e escrita de toda a instalação, e
deve conter no mínimo a seguinte documentação técnica, segundo NBR 5410/2004 em seu item 6.1.8.1:
• Plantas;
• Diagramas unifilares e outros, quando aplicáveis;
• Detalhes de montagem, quando necessários;
• Memorial descritivo da instalação;
• Especificações dos componentes (descrição, características nominais e normas que devem atender);
• Parâmetros do projeto (Correntes de curto circuito, queda de tensão, fatores de demanda, temperatura
ambiente, etc.);
• Memorial de cálculo – Envolvendo o dimensionamento de condutores, condutos e proteções.
• Requisitos específicos para locais de habilitação (em particular a distribuição de pontos e a divisão de
circuitos).
• O dimensionamento de cabos condutores suscetíveis à presença de correntes harmônicas, especificando a
instalação de eletrodutos e sua verificação.
• A inspeção da instalação antes de iniciar o uso.

E segundo a NBR 5410/2004 em seu item 6.1.8.3 deve-se também elaborar um manual para o usuário leigo,
classificado como BA1, redigido em linguagem acessível principalmente em unidades residenciais e pequenos
locais comerciais, onde não exista uma equipe permanente de operação, supervisão e/ou manutenção, contendo
no mínimo os seguintes elementos:
• Esquema(s) do(s) quadro(s) de distribuição com indicação dos circuitos e respectivas finalidades, incluindo
relação dos pontos alimentados, no caso de circuitos terminais;
• Potências máximas que podem ser ligadas em cada circuito terminal efetivamente disponível;
• Potências máximas previstas nos circuitos terminais deixados como reserva, quando for o caso;
• Recomendação explícita para que não sejam trocados, por tipos com características diferentes, os
dispositivos de proteção existentes no(s) quadro(s).

Assunto Exercícios: Normas técnicas e legislação pertinente (NBR 5410/2004)

1. Por qual norma é regida as Instalações Elétricas que têm em seu foco principal, as instalações elétricas
residenciais?
2. O que quer dizer a sigla ABNT?
3. Como a ABNT define a NBR 5410?
4. Aonde se aplica esta norma - NBR5410?
5. Qual a versão atual desta norma?
6. Qual a inovação desta versão atual?
7. O que deve conter na documentação técnica de um projeto de instalação elétrica?
8. O que é DPS? Qual a sua função?
9. O que é BA1?
10. O que deve conter no Manual de Usuário de Instalações Elétricas?
11.

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PROFESSOR (A): Tera Miho Shiozaki Parede AULA 03T DISC: IR TURMA: N°:
NOME: Visto aluno: DATA:

Assunto Simbologia e convenções técnicas de instalações elétricas - Diagramas unifilar, multifilar e funcional
de componentes elétricos.

Quando necessitamos passar para o papel ou documentar um projeto de instalação elétrica iremos utilizar de
simbologia gráfica que são normatizadas pela ABNT. A simbologia gráfica utilizada para instalações elétricas era
da norma NBR-5444/1989 (Essa simbologia permitia, além de facilitar a execução do projeto, identificar todos os
componentes utilizados, assim como seu dimensionamento e sua localização física) que foi cancelado e
atualmente o setor utiliza os símbolos do database das IEC 60417 – Graphical symbols for use on equipment –
e IEC 60617 – Graphical symbols for diagrams – parts 2 to 13. Obs.: Adotaremos para este projeto a simbologia
cancelada e futuramente faremos alterações.

A seguir algumas simbologias que serão utilizadas no decorrer de nossas aulas:


Simbologia Significado

Eletroduto embutido no teto ou parede.

Eletroduto embutido no piso.

Condutor de fase no interior do eletroduto.

Condutor de neutro no interior do eletroduto.

Condutor de retorno no interior do eletroduto.

Condutor terra no interior do eletroduto.

Interruptor simples de uma seção (uma tecla). A letra minúscula indica o ponto
comandado.

Interruptor simples de duas seções. As letras minúsculas indicam os pontos


comandados.

Interruptor paralelo de uma seção (uma tecla) ou three-way. A letra minúscula indica
o ponto comandado.

Interruptor intermediário ou four way. A letra minúscula indica o ponto comandado.

Interruptor simples bipolar (2F). A letra minúscula indica o ponto comandado.

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Ponto de luz incandescente no teto. A letra minúscula indica o ponto de comando,
e o número entre os dois traços, o circuito.

Ponto de luz fluorescente no teto. A letra minúscula indica o ponto de comando, e


o número entre os dois traços, o circuito. Indicação de quantidade lâmpadas e
potência

Tomada de luz na parede, baixa (300 mm do piso acabado). A potência deverá ser
especificada ao lado em VA (exceto se for 100 VA), como também o número do
circuito correspondente e a altura da tomada, se for diferente da normalizada; se a
tomada for de força, indicar o número de W ou KW.
Tomada de luz na parede, a meia altura (1300 mm do piso acabado). A potência
deverá ser especificada ao lado em VA (exceto se for 100 VA), como também o
número do circuito correspondente e a altura da tomada, se for diferente da
normalizada; se a tomada for de força, indicar o número de W ou KW.
Tomada alta de luz na parede (2000 mm do piso acabado). A potência deverá ser
especificada ao lado em VA (exceto se for 100 VA), como também o número do
circuito correspondente e a altura da tomada, se for diferente da normalizada; se a
tomada for de força, indicar o número de W ou KW.

Ponto específico a meia altura em 220V – EX. Torneira Elétrica

Ponto específico alta em 220V – EX. Chuveiro Elétrico

Quadro de distribuição embutido (LF)

Quadro de medição

Quadro Parcial de distribuição embutido (LF)

Disjuntor termomagnético monofásico

Unipolar

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Disjuntor termomagnético bifásico

Bipolar

Diagramas esquemáticos de instalação elétrica

O diagrama esquemático pode ser desenhado ou representado de diversas maneiras em uma instalação elétrica
predial, a seguir citaremos as três mais importantes: Esquema Funcional, Esquema Multifilar e Esquema Unifilar.

Esquema Funcional: Todos os detalhes de montagem do sistema elétrico são mostrados na forma de
representação gráfica utilizando as funções de cada componente elétrico.
Esquema Multifilar: Representa detalhadamente o circuito elétrico completo da instalação, desenhado de modo
que cada linha utilizada representará um fio utilizado nas ligações dos componentes elétricos.
Esquema Unifilar: É a simplificação da representação do circuito elétrico da instalação. Por meio de uma única
linha se indica o número de condutores e a sua trajetória na instalação elétrica. É a forma de representação mais
utilizada em projetos de instalações elétricas prediais.

Componentes Elétricos e Diagramas esquemáticos

Interruptor simples: Usa-se para ligar/desligar lâmpadas de um único ponto de comando.

a) Esquema Funcional do Interruptor Simples comandando um ponto de luz

b) Esquema Multifilar do Interruptor Simples comandando um ponto de luz

c) Esquema Unifilar do Interruptor Simples comandando um ponto de luz

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Interruptores Paralelos: Instala-se para ligar/desligar lâmpadas de dois pontos de comando.

a) Esquema Funcional dos Interruptores Paralelos comandando um ponto de luz

b) Esquema Multifilar dos Interruptores Paralelos comandando um ponto de luz

c) Esquema Unifilar dos Interruptores Paralelos comandando um ponto de luz

Interruptores Intermediários: Instala-se para ligar/desligar sequencialmente lâmpadas em corredores e


escadarias, onde teremos mais do que dois pontos de comando. Instala-se sempre entre dois interruptores
paralelos.

a) Esquema Funcional do Interruptor Intermediário comandando um ponto de luz

b) Esquema Multifilar do Interruptor Intermediário comandando um ponto de luz

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c) Esquema Unifilar do Interruptor Intermediário

Tomadas: No esquema Unifilar observar que existem três alturas para tomadas, portanto a simbologia adotada
deverá ser adequada ao que vai ser utilizado. As marcações 2,5• e 4,0• e 6,0• indicam as secções nominais
(bitolas) dos condutores desses circuitos, ou seja, 2,5mm2, 4,0mm2 e 6,0mm2 respectivamente. E a numeração
2, 3 e 5 indicam a que circuito terminal pertencem os pontos de tomadas e os condutores.

a) Esquema Funcional

b) Esquema Multifilar

c) Esquema Unifilar para sistemas monofásicos (1F + 1N + 1T)

a) Tomada baixa b) Tomada Meia altura c) Tomada Alta

d) Esquema Unifilar para sistemas bifásicos (2F +1T)

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Assunto Exercícios: Simbologia Gráfica e Esquemas

1. Na figura abaixo de acordo com a NBR 5444/89, que trata sobre símbolos gráficos para instalações elétricas
prediais, o item que corresponde à seqüência: tomada a meia altura do piso acabado, condutor neutro,
interruptor simples, quadro de distribuição e interruptor three-way (paralelo) da esquerda para a direita, é:

a) b)

c) d)

e) Resposta: __________________

2. Sobre os interruptores, relacione a primeira coluna com a segunda, e assinale a afirmativa correta.

(1) Simples ( ) Chegam duas fases e saem dois retornos


(2) Paralelo ( ) Chegam dois retornos e saem dois retornos.
(3) Intermediário ( ) Chega uma fase e sai um retorno.
(4) Bipolar Simples ( ) Comanda em dois pontos diferentes, a iluminação, dentro do mesmo ambiente

a) 2, 4, 1 e 3
b) 3, 4, 1 e 2
c) 1, 2, 3 e 4
d) 4, 3, 1 e 2

3. Sabendo que o circuito de iluminação pertence ao circuito 1 e o de pontos de tomadas ao circuito 3. Desenhe
o esquema unifilar da instalação dos componentes na planta abaixo:

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4. Sabendo que o circuito de iluminação pertence ao circuito 2. Desenhe o esquema unifilar da instalação dos
componentes na planta abaixo:

5. Faça a instalação do circuito de iluminação para a escadaria

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PROFESSOR (A): Tera Miho Shiozaki Parede AULA 04T DISC: IR TURMA: N°:
NOME: Visto aluno: DATA:

Assunto Projetos de instalação elétrica residencial: Previsão de cargas

Previsão de cargas de Iluminação (NBR 5410/2004)


9.5.2.1.1 Em cada cômodo ou dependência deve ser previsto pelo menos um ponto de luz fixo no teto,
comandado por interruptor.
9.5.2.1.2 - Na determinação das cargas de iluminação, como alternativa à aplicação da ABNT NBR 8891-5 que
cancela e substitui a NBR 5413, conforme prescrito na alínea a de 4.2.1.2.2, pode ser adotado o seguinte critério:
• Em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m 2, deve ser prevista uma carga mínima de
100 VA;
• Em cômodo ou dependências com área superior a 6 m 2, deve ser prevista uma carga mínima de 100 VA
para os primeiros 6 m 2, acrescida de 60 VA para cada aumento de 4 m 2 inteiros.
NOTA: Os valores apurados correspondem à potência destinada a iluminação para efeito de dimensionamento
dos circuitos, e não necessariamente à potência nominal das lâmpadas.

Previsão de cargas de pontos de tomadas (NBR 5410/2004)


9.5.2.2.1 Números de pontos de tomada
O número de pontos de tomada deve ser determinado em função da destinação do local e dos equipamentos
elétricos que podem ser aí utilizados, observando-se no mínimo os seguintes critérios:
• Em banheiros, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada, próximo ao lavatório, atendidas as
restrições de 9.1;
• Em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, cozinha-área de serviço, lavanderias e locais
análogos, deve ser previsto no mínimo um ponto de tomada para cada 3,5 m, ou fração, de perímetro, sendo
que acima da bancada da pia devem ser previstas no mínimo duas tomadas de corrente, no mesmo ponto
ou em pontos distintos;
• Em varandas, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada;
NOTA: Admite-se que o ponto de tomada não seja instalado na própria varanda, mas próximo ao seu acesso,
quando a varanda, por razões construtivas, não comportar o ponto de tomada, quando sua área for inferior a 2
m2 ou, ainda, quando sua profundidade for inferior a 0,80 m.
• Em salas e dormitórios devem ser previstos pelo menos um ponto de tomada para cada 5 m, ou fração, de
perímetro, devendo esses pontos ser espaçados tão uniformemente quanto possível;
NOTA: Particularmente no caso de salas de estar deve-se atentar para a possibilidade de que um ponto de
tomada venha a ser usado para alimentação de mais de um equipamento, sendo recomendável equipá-lo,
portanto, com a quantidade de tomadas julgada adequada.

• Em cada um dos demais cômodos e dependências de habitação devem ser previstos pelo menos:
• Um ponto de tomada, se a área do cômodo ou dependência for igual ou inferior a 2,25 m2. Admite-se
que esse ponto seja posicionado externamente ao cômodo ou dependência, a até 0,80 m no máximo de
sua porta de acesso;
• Um ponto de tomada, se a área do cômodo ou dependência for superior a 2,25 m 2 e igual ou inferior a 6
m2;
• Um ponto de tomada para cada 5 m, ou fração, de perímetro, se a área do cômodo ou dependência for
superior a 6 m2, devendo esses pontos ser espaçados tão uniformemente quanto possível.
9.5.2.2.2 Potências atribuíveis aos pontos de tomada
A potência a ser atribuída a cada ponto de tomada é função dos equipamentos que ele poderá vir a alimentar e
não deve ser inferior aos seguintes valores mínimos:
• Em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos, no mínimo
600 VA por ponto de tomada, até três pontos, e 100 VA por ponto para os excedentes, considerando-se cada
um desses ambientes separadamente. Quando o total de tomadas no conjunto desses ambientes for superior
a seis pontos, admite-se que o critério de atribuição de potências seja de no mínimo 600 VA por ponto de
tomada, até dois pontos, e 100 VA por ponto para os excedentes, sempre considerando cada um dos
ambientes separadamente;
• Nos demais cômodos ou dependências, no mínimo 100 VA por ponto de tomada.

Potências atribuíveis aos pontos específicos


A potência a ser atribuída a cada ponto específico é em função das potências ativas dos equipamentos que serão
utilizados. Ex: Chuveiros Elétricos – P=5600W, Torneiras Elétricas – P=4400W, etc.

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PROFESSOR (A): Tera Miho Shiozaki Parede AULA 04Ta DISC: IR TURMA: N°:

NOME: Visto aluno: DATA:

Assunto Projetos de instalação elétrica residencial: Exercício de Cálculo de Previsão de cargas

Previsão de cargas (Potências) (NBR 5410/2004)

Exercício: Tendo a planta baixa abaixo, calcule a carga de Iluminação, carga de pontos de tomadas. Após
transfira o resultado para a tabela de Quadro de previsão de cargas. Faça o esquema unifilar da instalação.
Dados: Sala (4,00mx3,00m)

Exercício: Tendo a planta baixa a seguir calcule a carga de Iluminação, carga de pontos de tomadas e instale
um ponto específico (torneira elétrica – P=4400W) Após transfira o resultado para a tabela de Quadro de previsão
de cargas. Faça o esquema unifilar da instalação. Dados: Cozinha (3,50mx1,50m)

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Tendo a planta baixa a seguir com os resultados disponibilizados na tabela de Quadro de previsão de cargas.

Quadro de Previsão de cargas

Iluminação Qtde Pontos Tomadas Pontos


LOCAL
Potência aparente (VA) Potência aparente (VA) Específicos (W)

Dependências Área Perímetro Potência Nº Pontos 100VA 600VA Total -


Sala -
Quarto 7,50 11,00 100 1 3 - 300 -
Cozinha TE - 4400
Área serviço 2,25 6,00 100 1 - 2 1200 -
Banheiro 4,50 9,00 100 1 - 1 600 CE - 5600
Determinação do tipo de fornecimento (depende da Concessionária de Energia da região)

Fator de Potência
Sendo a Potência Ativa uma parcela da Potência Aparente, pode-se dizer que a esta porcentagem damos o
nome de Fator de Potência. Nos projetos elétricos residenciais aplicam-se os seguintes valores de fator de
potência:
Tipo de Circuitos FP ou cosφ

Iluminação Incandescente ou LED 1,0


Com starter 18W a 65W 0,5
Iluminação Fluorescente Partida Rápida 20W a 110W 0,5
Partida instantânea 20W a 40W 0,5
Pontos de Tomadas 0,8

Após a Previsão de Cargas teremos a Potência Aparente Total de Iluminação e Potência Aparente Total dos
Pontos de Tomadas, aplicar o Fator de Potência para encontrarmos a Potência Ativa → Pativa = Paparente x cosφ
Exercício: Calcule as Potências Ativa e transfira o resultado para a tabela de cargas
Resolução  Com as Potências Aparentes calculadas aplicaremos o Fator de Potência, conforme tabela acima:

Potência Aparente Total de Iluminação pela tabela : __________VA


Fator de Potência(cosφ) a ser aplicado (LED) : 1,0
Potência Ativa de Iluminação corrigida : ___________W

Potência Aparente dos Pontos de Tomadas : __________VA


Fator de Potência(cosφ) a ser aplicado : 0,8
Potência Ativa das Tomadas de Uso Geral corrigida : __________W

Portanto a Potência Ativa total: ________________________W


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Após o levantamento da Potência Ativa Total (somatório das Potências Ativas de Iluminação, Pontos de Tomadas
e Pontos Específicos), verificar o Tipo de Fornecimento, Tensões e o Padrão de Entrada.

Tipo de Fornecimento, Tensões e Padrão de Entrada (exemplo caso for área de concessão da
ELETROPAULO)

Se a Potência Ativa Total for:


• Modalidade A: Até 5kW (Delta) e até 12kW(Estrela) – Fornecimento monofásico: feito a dois fios (uma fase
e um neutro).
• Modalidade B: Acima de 5kW (Delta) e até 20kW(Estrela) – Fornecimento bifásico: feito a três fios (duas
fases e um neutro).
• Modalidade C: Acima de 20kW (Estrela - Aéreo ou Subterrâneo) e no Delta somente quando houver
equipamento trifásico, motores ou aparelhos – Fornecimento trifásico: feito a quatro fios ( três fases e um
neutro).

ESTRELA c/ NEUTRO

DELTA ou TRIÂNGULO

Em uma instalação predial, os circuitos possuem condutores denominados:

Fase: quando apresentam um potencial elevado em relação à terra;


Neutro: condutor ligado ao neutro do transformador da distribuição pública (concessionária);
Proteção ou Terra: interliga as partes metálicas do sistema e as coloca ao mesmo potencial que o usuário, a fim
de protegê-lo contra choques elétricos.

O código internacional prescreve as cores: azul- claro para o neutro e verde ou verde-amarelo para o de
proteção.

Simbologia dos Condutores e Eletroduto - Norma NBR5444/89(cancelada)

Tensões dos Circuitos


De acordo com o número de fases e a tensão secundária de fornecimento, devemos observar as seguintes
recomendações:
• Quando a instalação for monofásica, todos os circuitos terminais terão ligação fase-neutro, na tensão de
fornecimento padronizada da concessionária local,

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• Quando a instalação tiver duas ou três fases, deveremos ter os circuitos de iluminação e pontos de tomadas
no menor valor de tensão. Ex.: No caso de ser bifásico, 2F+1N as tensões serão 127V e 220V, portanto neste
caso, os circuitos de iluminação e pontos de tomadas serão em 127V.
• Quando a instalação tiver duas ou três fases e a maior das tensões (fase-fase) for até 230V, poderemos ter
circuitos de pontos exclusivos ligados em duas fases (circuitos bifásicos) ou circuitos ligados entre uma fase e o
neutro (circuitos monofásicos). Nestes casos, geralmente utilizam-se circuitos bifásicos para aparelhos de uso
exclusivo de maior potência, tais como chuveiros elétricos, torneiras elétricas e aparelhos de ar condicionado.

RESULTADO: Portanto a Modalidade de Fornecimento será ________ com fornecimento __________________


feito a ______________________ sendo as tensões entre fase e neutro: __________V e entre fases:
_______________V.
O Padrão de entrada será
conforme:_______________________________________________________________

Padrão de Entrada: Padrão de Entrada são os tipos de componentes que deverão estar instalados, atendendo
as especificações das normas técnicas da concessionária local, para o tipo de fornecimento. Os componentes a
serem instalados são: poste com isolador de roldana, bengala, caixa de medição, haste de terra, etc.

Dica!
Sempre que for iniciar e/ou modificar o “Padrão de entrada” verifique as especificações técnicas na distribuidora
de energia elétrica.

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PROFESSOR (A): Tera Miho Shiozaki Parede AULA 05T DISC: IR TURMA: N°:
NOME: Visto aluno: DATA:

Assunto Projetos de instalação elétrica residencial: Locação de pontos (ILUM, QD, PONTOS TOM e ESP)

Locação dos pontos de luz, tomadas e específicos.


- Escolha da localização do quadro de distribuição de circuitos (QD)
- Marcação na planta dos pontos de luz, pontos de tomadas e específicos
- Escolha o posicionamento dos comandos das lâmpadas, de acordo com a NBRNM60669-1-2000 -
Interruptores, nos cômodos.

Locação do Quadro de Distribuição de Cargas: Inicialmente, devemos locar o Quadro de Distribuição de


Cargas seguindo as seguintes recomendações:
• Estar próximo ao centro de cargas.
• Em ambiente de serviço ou circulação.
• Em local de fácil acesso.
• Em local visível e seguro.

Advertência no Quadro de Distribuição: No Quadro de Distribuição deve conter a seguinte advertência,


conforme modelo abaixo, e este não deve ser facilmente removível:

ADVERTÊNCIA
1. Quando um disjuntor ou fusível atua, desligando algum circuito ou a instalação inteira, a causa pode ser uma
sobrecarga ou um curto-circuito. Desligamentos frequentes são sinal de sobrecarga. Por isso, NUNCA troque
seus disjuntores ou fusíveis por outros de maior corrente (maior amperagem) simplesmente. Como regra, a troca
de um disjuntor ou fusível por outro de maior corrente requer, antes, a troca dos fios e cabos elétricos, por outros
de maior seção (bitola).
2. Da mesma forma, NUNCA desative ou remova a chave automática de proteção contrachoques elétricos
(dispositivo DR), mesmo em caso de desligamentos sem causa aparente. Se os desligamentos forem frequentes
e, principalmente, se as tentativas de religar a chave não tiverem êxito, isso significa, muito provavelmente, que
a instalação elétrica apresenta anomalias internas, que só podem ser identificadas e corrigidas por profissionais
qualificados. A DESATIVAÇÃO OU REMOÇÃO DA CHAVE SIGNIFICA A ELIMINAÇÃO DE MEDIDA
PROTETORA CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS E RISCO DE VIDA PARA OS USUÁRIOS DA INSTALAÇÃO.

Espaço reserva do quadro de distribuição: Para futuras ampliações a NBR5410/2004 estabelece as seguintes
reservas:

Qtde de circuitos efetivamente disponível (N) Até 6 7 a 12 13 a 30 N>30

Espaço mínimo destinado a reserva 2 3 4 0,15N

Obs.: A capacidade de reserva deve ser considerada no cálculo do alimentador do respectivo quadro de
distribuição.

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Locação dos pontos na Planta Baixa:

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PROFESSOR (A): Tera Miho Shiozaki Parede AULA 06T DISC: IR TURMA: N°:
NOME: Visto aluno: DATA:

Assunto Projetos de instalação elétrica residencial: Divisão de circuitos

Divisão dos Circuitos Terminais


Circuitos Terminais: São os circuitos que alimentam diretamente os equipamentos (lâmpadas, aparelhos
elétricos, etc.) e/ou pontos de tomadas de corrente ou pontos de utilização. Os Circuitos Terminais podem ser
monofásicos, bifásicos ou trifásicos conforme a natureza das cargas que alimentam. Os Circuitos Terminais
partem dos quadros terminais ou dos quadros de distribuição e são conectados diretamente aos terminais da(s)
carga(s) que fazem parte do mesmo.

A instalação elétrica de uma residência deve ser dividida em Circuitos Terminais, isto facilitará a manutenção e
a operação da instalação. Com a divisão teremos a redução de queda de tensão e da corrente nominal e
consequentemente possibilitará o dimensionamento de condutores e dispositivos de proteção de menor secção
e capacidade nominal. Cada Circuito Terminal será ligado a um dispositivo de proteção. No caso das instalações
residenciais, poderão ser utilizados Disjuntores Termomagnéticos ou Disjuntores Diferenciais Residuais.

Devem ser previstos Circuitos Terminais independentes para os Pontos de Tomadas da cozinha, copa, copa-
cozinha, área de serviço e análogos.
Circuitos de Iluminação + Pontos de Tomadas podem pertencer ao mesmo Circuito Terminal (exceção aos pontos
de tomadas de copas, cozinhas, copas-cozinhas, áreas de serviço ou análogos). Deverão ser previstos novos
circuitos terminais quando sua corrente for superior a 16A.
Equipamentos ou aparelhos que absorvam corrente igual ou superior a 10A devem possuir Circuito Terminais
independentes.
A Potência dos Circuitos, com exceção de Pontos de Utilização exclusiva, deve estar limitada a 1200VA em 127V
e 2500VA em 220V.
Em instalações com duas ou três fases, as cargas devem ser distribuídas uniformemente entre as fases,
denomina-se como Balanceamento de Cargas, de modo a obter-se o maior equilíbrio possível.

Conforme (NBR 5410/2004) - Definição dos circuitos na Tabela de Circuitos (NBR 5410/2004)
Fazendo a divisão de circuitos, respeitando os limites de potência e recomendações da norma. Preenchendo a
tabela abaixo:

Potência
Pontos Tensão
Circuito Iluminação Pontos Tomadas (VA) Total
Descrição Específicos Nominal
Terminal (VA) (VA)
100 600 Total (W) (V)

1 Iluminação Social (S,Q,B) 360 360 127


2 Ilum. Serviço (Cozinha e A.S) 200 200 127
3 Ptos Tomadas (S,Q,B) 6 1 1200 1200 127
4 Ptos Tomadas (Cozinha) 2 1200 1200 127
5 Ptos Tomadas (Cozinha) 1 600 600 127
6 Ptos Tomadas (Área Serviço) 2 1200 1200 127
7 Chuveiro Elétrico 5600 5600 220
8 Torneira Elétrica 4400 4400 220

Fazendo o Balanceamento de Cargas, de modo a obter-se o maior equilíbrio possível

Balanceamento FASE
R S
360
200
1200
1200
600
1200
2800 2800
2200 2200
Total por FASE 7400 7360

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PROFESSOR (A): Tera Miho Shiozaki Parede AULA 07T DISC: IR TURMA: N°:

NOME: Visto aluno: DATA:

Assunto Projetos de instalação elétrica residencial: Numeração dos pontos locados, Traçados dos eletrodutos
e Distribuição de condutores

De acordo com a divisão do circuito enumere todos os pontos marcados na planta baixa, anteriormente utilizada,
(iluminação, pontos de tomadas e específicos) – O número do circuito deve estar contido entre dois traços
exemplo: -2- e situá-lo ao lado da simbologia gráfica na planta baixa.

Interligação dos Eletrodutos e Fiações da instalação

Eletrodutos
O tipo mais usado em instalações prediais, embutidos em paredes, lajes de concreto ou enterrado no solo é o
eletroduto de PVC rígido roscável. A fixação do eletroduto às caixas de passagem e de ligação dos aparelhos se
dá pôr meio de buchas e arruelas. Em instalações aparentes são utilizadas braçadeiras, espaçadas conforme as
distâncias máximas estabelecidas pela norma NBR 5410/2004.

Instalação dos Eletrodutos

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Os eletrodutos e outros tipos de condutos como calhas e blocos alveolados podem conter fiações de mais de um
circuito nos seguintes casos, conforme estabelece a NBR5410/2004:

Quando as três condições forem simultaneamente atendidas:


• Os circuitos pertençam ao mesmo dispositivo geral de manobra e proteção, sem a interposição de
equipamentos ou aparelhos que transformem a corrente elétrica.
• As seções nominais dos condutores fase estejam contidas em um intervalo de três valores normalizados
sucessivos.
• Os condutores isolados tenham a mesma temperatura máxima para serviço contínuo.

No caso de circuitos de força e de comando e/ou sinalização de um mesmo equipamento.


Nos eletrodutos devem ser instalados somente condutores (fios) isolados, cabos unipolares ou multipolares
admitindo a utilização de condutor nú em eletrodutos isolantes exclusivos, quando tal condutor destinar-se a
aterramento.

Elevação recomendada para Caixas de Derivação de Embutir

Orientações para o Traçado de Eletrodutos


• A partir do Quadro de Distribuição de Cargas iniciar o traçado dos eletrodutos:
• Inicialmente interligar os pontos de luz, percorrendo e interligando todas as dependências.
• Procurando os caminhamentos mais curtos e evitando, sempre que possível o cruzamento de tubulações.
• Interligar os interruptores e tomadas ao(s) pontos de luz de cada dependência (tubulações embutidas nas
paredes).
• Devemos evitar que as caixas octogonais (4”x4”x4” com fundo móvel e 3”x3”x2” com fundo fixo) embutidas
no teto estejam interligadas a mais de 5 (cinco) eletrodutos.
• Devemos evitar que as caixas retangulares (4”x4”x2” ou 4”x2”x2”) embutidas na parede estejam interligadas
a mais de 4 (quatro) eletrodutos.

Exemplos de caixas:

Em algumas ocasiões recomenda-se a utilização de eletrodutos embutidos no piso, para casos de tomadas
baixas e médias.

Conforme (NBR 5410/2004) - Traçado dos eletrodutos necessários para o comando das cargas (NBR 5410/2004)

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Traçado de eletrodutos.

Orientações para a Representação da Fiação


Após o traçado dos eletrodutos passamos a representação da fiação.
Representar a fiação que passa em cada trecho dos eletrodutos, assim como identificar suas seções nominais,
em mm² (• = mm2) e identificar a que circuito pertencem os condutores representados. Obs.: Fiação de 1,5mm 2
não necessita identificação, exemplo circuito1.

Ex.
Utilizar a simbologia gráfica normalizada.

Evitar que em trechos dos eletrodutos, principalmente para o trecho inicial (saída do Quadro de Distribuição)
passem mais que 5 circuitos, preferencialmente. O n de circuitos passantes eleva o diâmetro do eletroduto além
de influenciar no aumento da seção dos condutores devido ao Fator de Agrupamento (FCA).

Conforme (NBR 5410/2004) - Condutores necessários para o comando das cargas (NBR 5410/2004)

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Faça a representação das fiações dos componentes elétricos

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PROFESSOR (A): Tera Miho Shiozaki Parede AULA 08T DISC: IR TURMA: N°:
NOME: Visto aluno: DATA:

Assunto Projetos de instalação elétrica residencial: Dimensionamento de Condutores da Entrada (CD) pelo
critério da máxima capacidade de condução de corrente

Dimensionamento de Condutores da Entrada (CD)


Para dimensionarmos os condutores da entrada necessitamos conhecer:
• Provável Demanda da Instalação - PD
• Potência do Circuito de Distribuição - PCD
• Tensão do Circuito de Distribuição - VCD
• Corrente do Circuito de Distribuição - ICD
• Cálculo da corrente corrigida ou corrente de projeto

- Cálculo da potência total de cada circuito com os valores calculados


- Cálculo da corrente calculada
- Cálculo da corrente corrigida ou corrente de projeto

Demanda, Fator de Demanda E Provável Demanda

Demanda: É a potência elétrica realmente absorvida em um determinado instante pôr um aparelho ou pôr um
sistema.
Potência instalada: É a soma das potências nominais de todos os aparelhos pertencentes a uma instalação ou
sistema.
Potência de Demanda, Potência de Alimentação ou Provável Demanda: É a Demanda máxima da instalação.
Este é o valor que será utilizado para o dimensionamento dos condutores alimentadores e dos respectivos
dispositivos de proteção.

Tabelas necessárias para Cálculo para Residências Individuais (Casas e Apartamentos)


Apenas para o caso de Residências Individuais aplicam-se os valores da tabela de fator de demanda (g), usados
para determinação do Fator de Demanda de Cargas de Iluminação e Pontos de Tomadas.

• Para correção da respectiva soma das Potências Ativas de Iluminação e Pontos de Tomadas, entramos com
a soma das Pativa de Iluminação e Pontos de Tomadas na tabela abaixo e determinamos este valor.
Corrigimos multiplicando pelo valor do Fator de Demanda (g).

Potências de Iluminação e tomadas - P1 (W) Fator de Demanda (g)


0 < P1  1.000 0,88
1.000 < P1  2.000 0,75
2.000 < P1  3.000 0,66
3.000 < P1  4.000 0,59
4.000 < P1  5.000 0,52
5.000 < P1  6.000 0,45
6.000 < P1  7.000 0,40
7.000 < P1  8.000 0,35
8.000 < P1  9.000 0,31
9.000 < P1  10.000 0,27
10.000 < P1 0,24
• Para correção da respectiva Potência dos Pontos Específicos, multiplicaremos pelo valor do Fator de
Demanda a ser encontrado na tabela abaixo. Entramos com a quantidade de pontos específicos e definimos
FD (fator de demanda). Corrigimos multiplicando pelo valor do Fator de Demanda (FD).

Tabela de Fator de Demanda para Potência dos Pontos Específicos


N de Pontos Específicos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
F.D. 1,00 1,00 0,84 0,76 0,70 0,65 0,60 0,57 0,54 0,52 0,49 0,48
Obs: O Fator de Demanda (FD) é obtido em função do número de pontos específicos

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Cálculo da Provável Demanda
• É calculada por:

PD = [(g x P1) + (P2 x FD)]

Onde PD = Provável Demanda, Potência de Alimentação ou Potência de Demanda


P1 =  Pot. Nominais atribuídas aos pontos de tomadas+ iluminação
P2 =  Pot. Nominais atribuídas aos Pontos de Utilização
g = Fator de Demanda conforme tabela acima
FD = Fator de Demanda para pontos específicos

Exercício: Calcular a Provável Demanda da instalação. Obs.: Nunca subdimensionar o Fator de Demanda.
Resolução  PD = [(g x P1) + (P2 x FD)]
Onde:

P1 = PAtiva Iluminação + PAtiva dos Pontos de tomadas = _______________+_____________________=


____________W

pela tabela o fator de demanda g =__________________

P2 = PChuveiro + PTorneira elétrica = __________+_____________= _________ W pela tabela, temos dois pontos
específicos, o fator de demanda é igual a 1,00

Então teremos: PD = [(g x P1) + (P2 x FD)]

PD = [( ______x ____________)+( _____________ x ________)] = _____________+______________ =


______________W.

Portanto → Provável Demanda = PD = ____________________ W

Cálculo da Potência do Circuito de distribuição (PCD)


Para conhecermos este valor PCD → dividiremos o resultado da Provável Demanda (PD) pelo Fator de utilização
de 0,95 (fator de potência pré-estabelecido pela ANEEL), obtendo-se assim o valor da Potência do Circuito de
Distribuição em VA.

Exercício: Calcular a Potência do Circuito de Distribuição.

Resolução  Potência do Circuito de distribuição = Provável Demanda / Fu → PCD = PD / 0,95

PCD = ____________ / 0,95. Portanto: PCD* = _____________________VA

Cálculo da Corrente do Circuito de Distribuição (ICD)


Para o Cálculo da Corrente do Circuito de Distribuição é necessário os valores da Potência do Circuito de
Distribuição e a Tensão do Circuito de Distribuição que é a do tipo de fornecimento (no nosso caso Sistema
Bifásico → VCD= 220V).

Resolução  Cálculo da corrente de distribuição = Potência do Circuito de distribuição / tensão do Circuito de


distribuição  ICD = PCD / VCD

ICD = PCD / VCD , portanto teremos → ICD = ___________ / 220 → ICD = _________ A .

Cálculo da corrente corrigida (ICD corrigida)


Sabendo que nossa Entrada (CD) é composta pela Modalidade B teremos 2F + 1N e um T (terra) proveniente
do Aterramento de Proteção.

ICD corrigida = ICD / FCA x FCT


Onde:
FCA (Fator de Correção de Agrupamento): Por termos apenas 1 circuito (CD) dentro do eletroduto, maneira de
instalar B1, obteremos pela tabela abaixo o FCA = 1,00

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Tabela NBR5410/2004 – Fator de Correção de Agrupamento

FCT (Fator de Correção de Temperatura): Devido a temperatura ambiente dentro do eletroduto ser de 30ºC –
isolação do condutor PVC → pela tabela abaixo teremos FCT = 1,00

Tabela NBR5410/2004 – Fator de Correção de Temperatura

Portanto a corrente corrigida será igual a ICD pois ICD corrigida = ICD / 1,00x1,00 portanto →ICD corr = __________ A

Dimensionamento da seção nominal dos condutores da entrada (SCD)

Número de condutores carregados - O número de condutores carregados a ser considerado é a dos condutores
efetivamente percorridos por corrente. Assim, temos:
• Circuito trifásico sem neutro = 3 condutores carregados;
• Circuito trifásico com neutro = 4 condutores carregados;
• Circuito monofásico a 2 condutores = 2 condutores carregados;
• Circuito monofásico a 3 condutores = 3 condutores carregados;
• Circuito bifásico a 2 condutores = 2 condutores carregados; e
• Circuito bifásico a 3 condutores = 3 condutores carregados.

Para determinarmos a seção nominal (S em mm2) dos condutores unipolares, instalados em eletroduto de seção
circular embutido em alvenaria, a serem utilizados, entramos com os dados do projeto na tabela da norma
NBR5410:

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Portanto teremos:

• Método de Instalação do eletroduto: 7 → Maneira de Instalar o eletroduto: B1


• Condutores carregados: 3cc
• Temperatura ambiente: 30ºC (por ocupação do eletroduto em 40% de sua área útil)
• Cabo: unipolar com isolação de PVC (70ºC)

Pela tabela – B1 – 3cc - ICD = ___________ A → S = __________ mm 2.

A indicação da seção nominal deverá ser conforme abaixo:

Obs.: • → indica mm2

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PROFESSOR (A): Tera Miho Shiozaki Parede AULA 9T DISC: IR TURMA: N°:
NOME: Visto aluno: DATA:

Assunto Projetos de instalação elétrica residencial : Condutores dos circuitos terminais: dimensionamento
(máxima capacidade de condução de corrente)

Cálculo da Correntes dos Circuitos Terminais


Após o preenchimento do quadro de previsão de cargas abaixo, calcule a corrente de cada circuito

Icalculada = PT / V

Potência total Tensão Corrente Corrente


Circuito Descrição Nº CA FCA
PT V Calculada (A) Corrigida (A)
1 Ilum. Social 360 127 2,83 3 0,7 4,04
2 Ilum. Serviço 200 127

3 Pontos Tomadas 1200 127

4 Pontos Tomadas 1200 127

5 Pontos Tomadas 600 127

6 Pontos Tomadas 1200 127

7 Chuveiro El. 5600 220


8 Torneira El. 4400 220

FCT para todos os circuitos → FCT = 1,0 (Tamb = 30ºC)

Correção das correntes calculadas dos Circuitos Terminais

Para se corrigir o valor da corrente calculada para cada circuito é necessário consultar a planta com a
representação gráfica da fiação e seguir o caminho que cada circuito percorre, verificando qual o maior número
de circuitos que se agrupa com ele. A partir deste número verificamos qual o seu Fator de Correção de
Agrupamento - FCA (Fator que deve ser aplicado para evitar um aquecimento excessivo dos fios quando se
agruparem vários circuitos em um mesmo eletroduto), na tabela abaixo.

Tabela NBR5410/2004 – Fator de Correção de Agrupamento

Exercício: Preencha os campos na tabela com o número de circuitos agrupados a cada circuito. Resolução 
Exemplo do C1 - Preenchendo a Tabela de Cargas após análise na planta baixa.

Neste trecho o C1 se agrupa com o maior número de circuitos, neste caso o C1 se


agrupa com “C3 e C1a” totalizando desta forma três circuitos agrupados que
corresponde pela tabela a um fator de correção de agrupamento de 0,7.

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Tenha em mente que o número de circuitos agrupados deve ser igual ou superior a 1. O número de circuitos
agrupados, encontraremos este valor verificando todos os trechos de eletrodutos e definindo aquele trecho que
possui o maior número de circuitos agrupados, verificado individualmente para cada circuito.

Para corrigir o Valor da Corrente Calculada, dividimos este valor pelo Fator de Correção de Agrupamento (FCA)
e Fator Correção de Temperatura (FCT), caso a temperatura seja diferente de 30ºC, correspondente a cada
Circuito Terminal.

Tabela NBR5410/2004 – Fator de Correção de Temperatura

Exercício: Corrigir as Correntes Calculadas dos Circuitos Terminais


Resolução  Encontraremos o valor da corrente corrigida, dividindo o valor da corrente calculada pelo fator de
correção de agrupamento e fator de correção de temperatura encontrados nas tabelas (FCA e FCT). Obs. No
nosso caso a temperatura ambiente é de 30ºC e a isolação é de PVC - pela tabela NBR5410 - Fator de correção
de temperatura igual a 1,0.

Icorrigida = Icalculada / FCA x FCT

Determinar as secções dos condutores para cada um dos Circuitos Terminais


Através do valor da corrente corrigida determinar a seção do condutor adequada para cada um dos circuitos
terminais através da tabela da NBR 5410/2004 - Máxima Capacidade de Condução de Corrente. Comparar os
valores das correntes corrigidas de cada um dos circuitos terminais com a máxima capacidade de condução de
corrente para condutores de cobre e determinar a seção do condutor.

Obs: Utilizar a tabela da apostila - página 32 – esta tabela contempla apenas os condutores de cobre que é o
especificado para instalações residenciais. Preencher na tabela o dimensionamento encontrado.

Outro critério importante é verificar as seções mínimas de acordo com a tabela da norma NBR-5410/2004.

Seção mínima de condutores


Tipo de circuito Seção (mm²)
Iluminação 1,5
Força 2,5
Tabela NBR5410/2004 – Seção Mínima para Tipo do Circuito Terminal

Dimensionamento pela Queda de Tensão Admissível


A queda de tensão provocada pela passagem de corrente elétrica nos condutores dos circuitos de uma instalação
deve estar dentro de determinados limites máximos, a fim de não prejudicar o funcionamento dos equipamentos
de utilização ligados aos circuitos terminais. Uma tensão inferior ao valor nominal pode provocar problemas em
circuitos de iluminação, redução de torque ou impossibilidade de partida em motores além de poder reduzir a
vida útil dos equipamentos instalados.
Obs: Normalmente dentro das residências as distâncias não são suficientemente longas entre o Quadro de
Distribuição e a Carga, portanto este critério não afetará no dimensionamento dos condutores a serem utilizados.

Profª Tera Miho Shiozaki Parede 29


Quando esta distância for longa, utilize a maneira de calcular abaixo, onde obterá um resultado em mm 2 ( Caso
não obtenha um valor exato da seção nominal de condutor padronizada , dimensione o condutor para o valor
padronizado acima , ex: o resultado encontrado foi S= 3,85mm 2 utilize para S=4mm 2 que é um valor comercial):

S = [  x 2 x  ( LxI )] / V x V onde a unidade de medida [mm2]

Onde:
S = Seção nominal em mm2
 = Resistividade do cobre (1/58) em .mm2 / m
L = Comprimento do cabo em m
I = Corrente corrigida do circuito em A
V = Máxima Queda de Tensão Admissível (4% ou 0,04)
V = Tensão do circuito em V (127V ou 220V)

Obs: A norma NBR5410 estabelece que: “6.2.7.2 – Em nenhum caso a queda nos circuitos terminais pode ser
superior a 4%.”

Este valor de seção nominal é o dimensionamento feito para os condutores fase. A NBR 5410/2004 estabelece
que o condutor neutro não pode ser comum a mais de um circuito. E em um circuito monofásico (1F+N) o condutor
neutro deve ter a mesma seção do condutor de fase.

Normalmente, todos os condutores de um mesmo circuito possuem a mesma seção. No entanto, é permitido
usar condutores de proteção (fio terra) com seção inferior ao de fase que tenha seção superior a 16 mm 2,
conforme tabela da NBR5410/2004:

Tabela NBR5410 - Seção Mínima do Condutor de Proteção

Profª Tera Miho Shiozaki Parede 30


Tabela NBR5410 - Seção Mínima do Condutor Neutro

Exercício: Determinar as seções nominais dos condutores dos Circuitos Terminais

Condutores adotados
Condutores (S em mm²)
Circuito Descrição ( maior S em mm²)
Máx.Cap.C.C NBR5410 Queda de Tensão Fase Neutro Terra
1 Ilum.Social 0,5 1,5 - 1,5 1,5 1,5

2 -

3 -

4 -

5 -

6 -

7 -

8 -

CD Entrada 16 - - 16 16 16

Obs.: Até Sfase=16mm2 os condutores Neutro e Terra acompanham a seção nominal da fase

Profª Tera Miho Shiozaki Parede 31


PROFESSOR (A): Tera Miho Shiozaki Parede AULA 10T DISC: IR TURMA: N°:

NOME: Visto aluno: DATA:

Assunto Avaliação Teórica: Noções de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, Normas
técnicas e legislação pertinente: NBR 5410, Diagramas unifilar, multifilar e funcional de componentes
elétricos e Dimensionamentos de condutores

PROFESSOR (A): Tera Miho Shiozaki Parede AULA 11T DISC: IR TURMA: N°:
NOME: Visto aluno: DATA:

Assunto Recuperação Teórica: Noções de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, Normas
técnicas e legislação pertinente: NBR 5410, Diagramas unifilar, multifilar e funcional de componentes
elétricos e Dimensionamentos de condutores

Profª Tera Miho Shiozaki Parede 32


PROFESSOR (A): Tera Miho Shiozaki Parede AULA 12T DISC: IR TURMA: N°:
NOME: Visto aluno: DATA:

Assunto Projetos de instalação elétrica residencial: Eletrodutos, Dispositivos de Proteção

Dimensionamento dos Eletrodutos

Corte longitudinal e transversal de um eletroduto

Dimensionar eletrodutos é determinar o tamanho nominal do eletroduto para cada trecho da instalação. O
tamanho nominal do eletroduto é o diâmetro externo (DE) do eletroduto expresso em mm. Sendo assim, é
necessária a planta baixa com a representação gráfica da fiação com as seções dos condutores indicados.
Para instalações elétricas residenciais é obrigatório que os condutores não ocupem mais que 40% da área útil
dos eletrodutos e para dimensioná-los basta saber a quantidade e a seção nominal dos condutores que o
ocupam.

Roteiro para Dimensionamento dos Eletrodutos quando os condutores têm a mesma seção nominal

Primeiramente devemos saber a ocupação máxima dos condutores, de mesma seção nominal, no eletroduto.
Consultando a tabela abaixo determinamos o tamanho nominal do eletroduto a ser utilizado. *Esta tabela
somente poderá ser utilizada se todos os condutores que ocupam o eletroduto tenham o mesmo
dimensionamento (mesma bitola em mm2).

Tabela de Ocupação Máxima dos Eletrodutos de PVC por Condutores da mesma Bitola (Fios ou Cabos Unipolares 450/750V BWF
Antichama).

Ex.: Os condutores 4x16mm 2 do circuito da entrada (CD)  Eletroduto a ser utilizado 25mm.

Roteiro para Dimensionamento dos Eletrodutos quando os condutores forem de seções nominais
diferentes

Determinar a seção total ocupada pelos condutores, aplicando-se a tabela1:

Tabela de Dimensões Totais dos Condutores Isolados (Pirelli – Pirastic Antiflam)

Seção Nominal (mm2) 1,5 2,5 4,0 6,0 10 16 25 35 50


Área Total (mm2) 6,2 9,1 11,9 15,2 24,6 33,2 56,7 71,0 95,0
NBR5410/2004-Tabela1

Exemplo – Calcular a área útil ocupada pelo total de condutores, naquele trecho de eletroduto,
Profª Tera Miho Shiozaki Parede 33
Neste trecho de eletroduto temos três circuitos 1, 3 e 1a onde seus condutores foram
dimensionados em 1,5mm2 para 1 e 1a e 2,5mm 2 para o 3. Assim teremos:
• 6 condutores de 1,5mm 2, portanto teremos 6 x 6,2 = 37,2mm 2
• 3 condutores de 2,5mm 2, portanto teremos 3 x 9,1 = 27,3mm 2
Neste trecho os condutores ocupam uma área do eletroduto de 64,5mm 2.

Com a ocupação de 64,5mm2 - com o auxílio da tabela 2 - Área útil  3cabos (40%) teremos  81,4mm2, portanto
pela tabela 2, o Diâmetro nominal do eletroduto deste trecho deverá ser de 20mm → =20mm

Determinar o Diâmetro Nominal do Eletroduto, aplicando-se a tabela2:

Eletroduto de PVC Rígido Roscável – Classe A (NBR 6150)

NBR5410/2004-Tabela2

Resolução  Com a planta baixa, em mãos, verifique individualmente em quais trechos dos eletrodutos se
encontram o maior número de circuitos agrupados. Em seguida, com o auxílio da tabela1, calcule a área útil total
ocupada pelos condutores internamente a estes eletrodutos e com o auxílio da tabela2 dimensione o diâmetro
nominal do eletroduto a ser utilizado.

Com os dados obtidos, no dimensionamento, adotar os condutores para os circuitos e passe para a tabela abaixo.

Fiação adotada Eletroduto Disjuntor


Circuito Tipo Corrente Polos
S (mm²) (mm)
DTM DR IDR DTM DR IDR Nº
1 1,5
2 1,5
3
4
5
6
7
8
CD

Dispositivos de Proteção
Dispositivos de Proteção são dispositivos elétricos capazes de estabelecer, conduzir e interromper correntes em
condições normais de operação de um circuito. Assim como estabelecer, conduzir e interromper
automaticamente correntes em condições anormais, dentro de condições especificadas, de forma a limitar a
ocorrência desta grandeza em módulo e tempo de duração.

Profª Tera Miho Shiozaki Parede 34


Disjuntor Termomagnético

- Protege os fios e cabos do circuito desligando automaticamente.


- Pode ser desligado manualmente para manutenção de equipamentos.
- Utilizados para comando e proteção dos circuitos contra sobrecargas e curtos – circuitos nas instalações
elétricas residenciais e prediais.
Norma de Fabricação ABNT NBR 60898
- Norma exigente
- Aplica-se aos disjuntores de uso residencial onde pessoas não qualificadas, ou seja, que não possuem
informações técnicas possam manusear os dispositivos.
- Disjuntores são projetados para não sofrerem manutenção.
- Curvas de atuação magnética tipos B, C, D.
- Disjuntores residenciais até 63 A, devem possuir selo do INMETRO.
Norma de Fabricação ABNT NBR IEC 60947-2
- Uso predial e industrial por profissionais qualificados ou advertidos como, por exemplo, técnicos, engenheiros,
manutenção, eletricistas e etc.
- Destina-se a proteção contra sobrecorrentes de instalações elétricas.
- Sem limite de corrente nominal, geralmente até 6300 A.
Parte Interna do Disjuntor

Funcionamento do Disjuntor
- Sobrecarga: condição onde é exigido do circuito uma carga acima daquele que ele foi projetado para suportar.
A sobrecarga faz o disparo bimetálico do disjuntor entre em ação disparar os contatos fixo e móvel, interrompendo
o circuito elétrico.
- Curto-circuito: ocorre no contato acidental de dois ou mais condutores vivos, de fase ou neutro, produzindo
uma corrente de intensidade muito elevada que pode provocar o superaquecimento dos condutores e confluir
em um incêndio.

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Curva Tempo X Corrente

Curva de Atuação Magnética

Curva B → 3 a 5 vezes In
Aplicação em circuitos resistivos com cabos muito longos, pequena corrente de partida tal quais aquecedores
elétricos, fornos elétricos e lâmpadas incandescentes.
Curva C → 5 a 10 vezes In
Aplicação em cargas de média corrente de partida tais quais motores elétricos, lâmpadas fluorescentes e
máquinas de lavar roupas, tomadas de corrente etc.
Curva D → 10 a 14 vezes In
Aplicação em circuitos de forte chamada de corrente, tais quais motores elétricos de alta potência e
transformadores de baixa tensão. Os disjuntores com curva C são os mais utilizados em circuitos elétricos
residenciais. Para identificar a classe que o disjuntor faz parte, observe a informação que aparece no frontal dos
disjuntores, este dado está junto da identificação sobre a capacidade de interrupção do mesmo.

Aplicação
Os disjuntores de curva B são aplicados na proteção de circuitos de característica predominante resistivas, com
lâmpadas incandescentes, chuveiros, torneiras e aquecedores elétricos e tomadas de energia de quartos.
Os disjuntores de curva C são adequados a circuitos de natureza indutiva, como lâmpadas fluorescentes,
máquinas de lavar, geladeiras e motores de bombas, entre outros.
Em ambos os casos (curvas B e C) os disjuntores protegem integralmente os condutores elétricos da instalação
contra curtos-circuitos e sobrecargas.

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Capacidade de Interrupção
É a máxima corrente de curto – circuito que passa pelo disjuntor sem que ele seja danificado

• NORMA ABNT NBR NM 60898


Exemplo: Icn = 3 kA – em 127/220 V

• NORMA ABNT NBR IEC 60947-2


Exemplo: Icu = 20kA – em 230 V

Atenção!
Nunca instale dois ou mais disjuntores monopolares para a proteção de circuitos bifásicos, trifásicos.
Numa torneira elétrica bifásica protegida por 2 disjuntores monopolares com manipuladores amarrados, caso
ocorra um curto-circuito ou sobrecarga somente um disjuntor vai desarmar.
O Disjuntor Termomagnético somente deverá ser ligado ao(s) condutor(es) Fase(s). Nos circuitos terminais
utilizaremos disjuntores termomagnéticos monopolares ou bipolares e no quadro de distribuição o disjuntor
termomagnético bipolar

Escolha dos Disjuntores - Características nominais do disjuntor termomagnético (DTM)


Número de pólos: 1 (monopolar), 2 (bipolar) ou 3 (tripolar) Nota: Circuitos terminais Bifásicos e Trifásicos
deverão utilizar exclusivamente Disjuntores Bipolares e Tripolares.

Tensão nominal: 127V ou 220V


Freqüência: 60Hz
Capacidade de ruptura (kA): Para residencial mínimo de 6kA. Obs: Capacidade de ruptura (kA) é o maior valor
da corrente de curto-circuito que o dispositivo é capaz de interromper sem soldar os contatos ou explodir.
Corrente nominal (A): depende do fabricante do disjuntor.
Faixa de ajuste do disparador magnético (caso opcional);
Faixa de ajuste do disparador térmico (caso opcional).

Disjuntor Diferencial Residual


O diferencial residual é o dispositivo mais adequado para prevenir acidentes com choques elétricos. Temos DR
bipolar e tetrapolar em número de pólos.
No Brasil conforme a norma técnica ABNT NBR 5410 desde dezembro de 1997 é obrigatório o uso do DR em
instalações elétricas de residências e indústrias.

Instalação
- No Brasil o fornecimento de energia é feito através de diferentes distribuidoras de energia que atendem as
diversas regiões do país.
- No dispositivo DR o neutro sempre vem destacado com a letra “N” em uma das entradas e fica no início da
peça podendo ser tanto no lado direito ou esquerdo.
- É obrigatório a instalação do dispositivo DR após o disjuntor, este disjuntor poderá entrar no quadro de
distribuição ou no quadro de medição.
- O Dispositivo DR, não possui proteção de sobrecarga e nem curto-circuito, portanto deve ser instalado após o
disjuntor. Os dois devem ser ligados em série, pois possuem funções distintas. (caso não estiver utilizando um
Disjuntor Diferencial Residual, que faz ambas as proteções simultaneamente).
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- O DR pode ser desligado manualmente em caso de necessidade.

Ligação para utilização em redes monofásicas, bifásicas ou trifásicas

O DR deve ser instalado em série com os disjuntores termomagnéticos.


• Em caso de utilização de DR único, este deve ser instalado após o disjuntor geral.
• Em caso de um DR para cada circuito, além do principal, deverão ser instalados após cada disjuntor de
saída (ou parciais ou alimentadores).

Nos circuitos terminais: disjuntores diferenciais residuais bipolares (FF ou FN)


No quadro de distribuição: disjuntor diferencial residual (DR) tetrapolar no disjuntor geral de proteção: FFN
Para facilitar a detecção do defeito, aconselha-se proteger cada aparelho com dispositivo diferencial. Caso isto
não seja viável, deve-se separar por grupos que possuam características semelhantes. Exemplo: circuito de
tomadas, circuito de iluminação, etc.

Recomendações
• O fio terra (proteção) nunca poderá passar pelo Disjuntor Diferencial Residual
• Todos os demais fios do circuito têm que obrigatoriamente passar pelo DR.
• O neutro não poderá ser aterrado após ter passado pelo interruptor
• O botão de teste para o DR de 4 pólos está entre os pólos centrais F/F (220V), mas o DR funciona normalmente
se conectado F/N (127V) nestes pólos.
• Nos circuitos de torneira e/ou chuveiro elétrico recomendamos que os mesmos sejam de resistência
blindada/isolada.
• Verificar se na caixa de equipamentos como torneira e/ou chuveiro elétrico tem a seguinte observação: uso
compatível com DR.

Tipos de dispositivo DR (Tipo AC, A e B)


Os dispositivos DR são classificados conforme a sua atuação diante dos eventos elétricos e possuem simbologia
própria, que é encontrada na parte frontal do dispositivo.
Tipo AC - Detecta correntes residuais alternadas e são normalmente utilizados em instalações elétricas
residenciais, comerciais e prediais, como também em instalações elétricas industriais de características
similares.
- Assegura o desligamento nas correntes alternadas senoidais.
- Uso residencial.
Tipo A - Detecta correntes residuais alternadas e contínuas pulsantes; este tipo de dispositivo é aplicável em
circuitos que contenham recursos eletrônicos que alterem a forma de onda senoidal.
- Assegura o desligamento nas correntes alternadas senoidais.
- Filtram as descargas intempestivas, como descargas atmosféricas e variações de tensões de picos de tensão
de rede, como harmônicas e chaveamentos tiristorizados.
Tipo B - Detecta correntes residuais alternadas, contínuas pulsantes e contínuas puras; este tipo de dispositivo
é aplicável em circuitos de corrente alternada normalmente trifásicos que possuam, em sua forma de onda, partes
senoidais, meia onda ou ainda formas de ondas de corrente contínua, geradas por cargas como: equipamentos
eletro-médicos, entre outros.
- Atendem as condições das classes A.
- Filtra os componentes contínuos gerados geralmente em sistemas trifásicos, como “no-breaks”, inversões de
freqüência trifásica, raios X.

Interruptor Diferencial Residual - Dispositivo DR


O Interruptor Diferencial Residual deverá ser utilizado no circuito em conjunto com dispositivo a sobrecorrente
(disjuntor termomagnético) colocados antes do interruptor DR.

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Botão Teste
O DR possui um botão de teste na parte frontal para que o próprio consumidor verifique se ele está funcionando
corretamente.

Escolha do DR
São necessárias 3 informações para escolha do DR:
1) Corrente nominal - deve ser igual ou maior que a corrente nominal do disjuntor à montante (que vem antes).
2) Sensibilidade - para proteção de pessoas 30 mA e para proteção de patrimônio 300 mA. Quadros de
distribuição residencial recebem o DR de 30 mA e quadros de medição possuem DR de 300 mA.
3) Números de polos - 2 ou 4 polos. Funciona em corrente nominal de 25, 40, 63, 80, 100 e 125 A.

Observação
• O DR não funciona se instalado no sistema de aterramento tipo TN-C (terra e neutro combinados), quando
o terra e o neutro são o mesmo condutor.

DDR’s
Os DDR’s são disjuntores com proteção diferencial, onde já estão incorporados em um único produto as funções
do DR (Interruptor Diferencial) e o Mini Disjuntor.
O DDR possui proteção diferencial contra contatos diretos e indiretos e proteção contra sobrecarga e curto-
circuito.
Sendo assim, o DDR tem a função tanto de proteger as pessoas dos efeitos maléficos de um choque elétrico e
os equipamentos (patrimônio).
Estão disponíveis nas correntes de 4 até 40 A, nas curvas B e C, nas sensibilidades de 30 e 300mA e apenas
na versão bipolar.

In do disjuntor TM In do DR
10A
16A
25A
20A
25A
32A 40A
40A
50A 63A
63A
Tabela de compatibilidade entre DR e DTM

Dispositivos de Proteção Contra Surtos – DPS


- Protege as instalações elétricas contra sobretensões de origem atmosférica.
- Protege equipamentos elétricos e eletrônicos.

Especificação de um Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS)


Para especificarmos um Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS) precisamos determinar:
• o seu tipo,
• a sua tensão nominal e
• a sua corrente de impulso, para um DPS tipo I,
• ou corrente nominal de descarga para os DPS tipo II
Profª Tera Miho Shiozaki Parede 39
Classificação
Os DPS são classificados em tipos I, II ou III, dependendo de qual a sua localização entre as zonas de proteção
contra raios (ZPR).

A tensão nominal de um DPS é a tensão para o qual ele foi projetado e que existirá entre os terminais do
dispositivo quando não existir uma sobretensão transitória na rede. Esta tensão é a nominal do sistema, mais
uma tolerância para evitar a atuação do DPS frente a aumentos de tensão considerados admissíveis e
suportáveis pelos equipamentos protegidos.

Existem basicamente três grandes famílias de DPS, independente do seu tipo:


• DPS tipo I,
• DPS tipo II e
• DPS tipo III

Podem ser fabricados a partir de centelhadores, varistores, diodos ou uma combinação de dois ou três destes
elementos.

O primeiro passo para especificação de um DPS:


• é determinar se a edificação possui um Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA)
externo ou
• se a rede da concessionária é aérea.

Se uma destas duas condições é preenchida deveremos instalar em seu quadro de entrada um DPS tipo I.

Caso não exista um SPDA externo ou a rede da concessionária seja subterrânea, o primeiro DPS, também
instalado no quadro de entrada, deverá ser um DPS tipo II, que protegerá as instalações elétricas contra
sobretensões induzidas ou surtos de manobra criados por variações bruscas de tensão da própria rede da
concessionária.

A corrente de impulso depende das características das descargas atmosféricas esperadas na edificação, e o seu
valor será função das características da localização, exposição às descargas atmosféricas e dimensões da
edificação. Valores estes que podem ser obtidos através da norma ABNT – NBR5419-2015.

Deve-se estimar também a expectativa de vida esperada do DPS, o que dependerá de qual tecnologia utilizada
pelo fabricante, o que é informado aos profissionais através do seu número de atuações.

Para os DPS tipo I os valores mais utilizados são 50kA (10/350μs), 33 kA (10/350μs) e 25kA (10/350μs).

A corrente nominal de descarga também deve ser estimada, já que os fatores que determinariam o seu valor são
variáveis e de difícil previsão. Como orientação, podemos sugerir que:
• em quadros de distribuição de casas, fábricas ou edificações maiores poderemos utilizar um DPS com
corrente nominal de descarga de 20 kA (8/20μs) e corrente máxima de 40kA (/20μs) e
• em apartamentos ou salas comerciais, correntes nominais de descarga de 10kA (8/20μs) e corrente máxima
de 20kA (8/20μs).

Os valores de corrente nominal e máxima não são independentes entre si, e o projetista deve ter o cuidado de
não especificar DPS com características incoerentes ou que não sejam encontrados no mercado.

Um DPS à base de varistores pode conduzir entre 10 e 20 vezes a corrente nominal e uma ou duas vezes a
corrente máxima.
Os DPS tipo III, pela sua localização, só conduzirão correntes de baixa amplitude e poderão ser especificados
com correntes de 5 a 10 kA (8/20μs). Como os DPS tipo III são geralmente fabricados a partir de diodos
semicondutores, só é necessário especificar a corrente nominal de descarga, já que DPS fabricados com diodos
não se degradam com o uso e neste caso as correntes nominais e máximas são iguais.

Os DPS são instalados entre o condutor de fase e o terminal de aterramento da instalação. Por isso a tensão
nominal do DPS deverá ser a tensão fase-terra do sistema. Portanto para:
• redes 220/127V, DPS 175V,
• redes 380/220V, DPS 280V e
• redes 440/254V, DPS 320V

Os DPS disponíveis têm uma tensão máxima de operação acima da tensão nominal da rede, para compensar
sobretensões temporárias existentes em qualquer sistema elétrico. Esta medida impede que um DPS comece a

Profª Tera Miho Shiozaki Parede 40


atuar logo que a tensão apresente pequenas variações, como por exemplo, elevações de tensão de 127V para
132V em uma rede de 220/127V.

Devemos utilizar tantos pólos de um DPS quanto o número de fases a proteger e mais um dependendo da
situação do neutro. Um sistema com o neutro aterrado no quadro em que o DPS será instalado terá o número
de pólos do DPS igual ao número de fases do Sistema.
• Sistemas trifásicos pedem um DPS tripolar,
• bifásicos um DPS bipolar e
• monofásicos, um DPS monopolar.

Se o neutro e o terra estão isolados no ponto de instalação do DPS, será necessário um DPS adicional para
proteger o condutor de neutro durante a ocorrência do surto de tensão. Desta forma em quadros em que o neutro
não estiver aterrado teremos o número de pólos do DPS igual ao número de fases do sistema mais um. Em um
sistema trifásico equivale um DPS tetrapolar, bifásico um DPS tripolar e monofásico equivale a um DPS bipolar.

Todo DPS deve ser instalado após um dispositivo de proteção contra sobrecorrentes, disjuntor ou fusível, cujo
valor da sua corrente é determinado pelo fabricante do DPS, variando de modelo para modelo. A função deste
fusível ou disjuntor é retirar o DPS do circuito caso ele apresente algum defeito e comprometa a segurança da
instalação aonde ele se encontra.

Após o DPS instalado no quadro de entrada, devemos instalar DPS adicionais nos quadros de distribuição e na
alimentação dos equipamentos eletrônicos, como TV, computadores, DVD, etc.

Os DPS em uma mesma instalação devem estar afastados por um comprimento de cabo, determinada pelo
fabricante, para permitir uma coordenação entre eles de tal forma que cada tipo de DPS atue após a atuação do
DPS anterior, evitando-se assim um desgaste prematuro do DPS de menor tempo de resposta. Esta distância é
o comprimento do cabo entre os dois DPS e não a distância entre os próprios DPS. Um DPS pode estar ao lado
de outro no mesmo painel, desde que o comprimento dos condutores entre eles atenda a distância de
coordenação necessária. Caso não seja possível atender a esta exigência, um indutor com características
determinadas pelo fabricante dos DPS deve ser instalado.

Erros mais comuns na especificação ou instalação de um DPS


1. Não especificar o tipo do DPS.
• Errado: DPS 175V - 40 kA
• Certo: DPS tipo I 175V – 40kA ou DPS 175V – 40kA (10/350μS)
2. Confundir a tensão nominal da rede com a tensão nominal do DPS. Exemplos para uma rede 220/127V.
• Errado: DPS tipo II 220V – 20kA.
• Certo: DPS tipo II 175V – 20kA ou DPS tipo II para uma rede trifásica 220/127V – 20kA.
3. Não informar se a corrente do DPS é máxima ou nominal. Para alguns DPS, centelhadores e diodos, estas
correntes são iguais e em outros, varistores, são diferentes. Exemplo para um projeto que exige um DPS de
20kA nominal e 40kA máxima.
• Errado: DPS tipo II 175V; 40kA. Estes 40kA corresponderiam a corrente nominal do DPS.
• Certo: DPS tipo II 175V; In = 20kA, Imáx = 40kA.
4. Considerar o neutro aterrado em todos os quadros porque o neutro está aterrado no quadro de entrada.
Exemplo para um sistema TNC-S. Q1→ DPS tripolar tipo I 280V, In = 25kA, Q2 → DPS tripolar tipo II 280V,
In = 20kA.
Correto: Q1→ DPS tripolar tipo I 280V, In= 25kA, Q2→ DPS tetrapolar tipo II 280V, In = 20kA.
5. Interligar o DPS a barra de aterramento através de um cabo não retilíneo ou com comprimento excessivo.
• Correto utilizar um percurso o mais curto possível, no máximo 0,5 metros, e retilíneo.

Obs: Importante lembrar que:


• DPS é do Tipo I e a forma de onda da corrente é 10/350μS.
• Da mesma forma um DPS tipo II ou III tem necessariamente a forma de onda 8/20μS.

Profª Tera Miho Shiozaki Parede 41


Glossário
• Capacidade de curto-circuito - DPS devem conduzir correntes de curto-circuito até que elas sejam
interrompidas pelo próprio DPS ou por um dispositivo de proteção contra sobrecorrentes interno ou externo.
• Corrente de Impulso (Iimp) - Uma corrente padronizada na forma de onda 10/350μS, referente a um impulso
de corrente. Ela simula o “stress” causado pela corrente do próprio raio. DPS tipo I devem ter a capacidade
de desviar estas correntes inúmeras vezes sem se destruir. Seus parâmetros são:
- Valor de pico;
- Carga;
- Energia específica.
• Corrente de seguimento (If) – A corrente de seguimento é a corrente conduzida através do DPS após uma
descarga, cuja fonte é a rede elétrica ao qual o DPS está conectado. A corrente de seguimento é diferente
da corrente nominal do sistema e depende das impedâncias existentes no circuito.
• Corrente nominal de descarga (In) – Valores de pico da corrente conduzida através de um DPS com a
forma de onda 8/20μS. Ela é usada para ensaio dos DPS tipo II e III.
• DPS tipo I - DPS cujo projeto o possibilita a desviar correntes de impulso causadas por descargas
atmosféricas diretas na instalação.
• DPS tipo II - DPS cujo projeto o possibilita a desviar correntes de surto causadas por descargas atmosféricas
indiretas ou surtos de manobra.
• DPS tipo III - DPS cujo projeto o possibilita a desviar correntes de surto causadas por eventos internos à
instalação, incluindo a atuação de DPS tipo I e II.
• Nível de proteção (Vp) – O mais alto valor de tensão atingido nos terminais de um DPS antes que ele atue.
• Tempo de resposta (Tr) - O tempo de resposta caracteriza o tempo necessário para o elemento de proteção
usado no DPS começar a atuar. O tempo de resposta pode variar dentro de certos limites dependendo da
inclinação da função dv/dt do surto de tensão ou di/dt do surto de corrente.
• Tensão Nominal (Vn) - A tensão nominal é a tensão para qual um dispositivo é projetado. Ela pode ser a
tensão DC ou o valor RMS de uma tensão alternada senoidal.
• Tensão residual (Vr) - O valor de pico da tensão residual que aparece nos terminais do DPS durante a
condução da corrente de surto.

Funcionamento do DPS
- O DPS possui vida útil limitada e ao atingir seu limite de operações, o DPS coloca a instalação em curto –
circuito.
- É necessário instalar um disjuntor de proteção à montante.

Esquemas de ligações básicas


Os condutores que interligam o DPS aos barramentos de fase à barra PEN devem ter o menor comprimento
possível, preferencialmente respeitando o prescrito pela NBR 5410, em 0,5 m. Não sendo possível, prever ao
menos que o condutor que interliga o DPS à barra PEN possua o comprimento máximo de 0,5 m – Figura abaixo.
Esses condutores devem percorrer o trajeto mais curto e linear possível, a fim de não representar uma
impedância neste circuito, o que pode prejudicar o desempenho da proteção através do DPS.

A instalação do DPS é simples, na parte superior do DR você pode derivar um fio de cada fase e ligar em um
dos lados do DPS, do outro lado você vai conectar a saída, o barramento de aterramento, esse com fiozinho
verde . Entre Neutro e Terra é feito da mesma forma, deriva um fio do neutro de entrada do DR e a saida do DPS
vai ao barramento de aterramento. Você também pode ligar as fases direto no DPS e dai derivar os fios pro DR,
a eficiência do DPS melhora dessa forma. Quanto mais curtos os fios indo ao DPS e saindo do mesmo, melhor.

Referências

Profª Tera Miho Shiozaki Parede 42


[1] NBR 5410-2004 – Instalações elétricas de baixa tensão; ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas.
[2] NBR 5419- 2005 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas; ABNT, Associação Brasileira de
Normas Técnicas.
[3] NBR IEC 61643-1:2007 – Dispositivos de proteção contra surtos em baixa tensão; Parte 1: Dispositivos de
proteção conectados a sistemas de distribuição de energia de baixa tensão; ABNT, Associação Brasileira de
Normas Técnicas.
[4] Santos, S.R.S. Instalação de dispositivos de proteção contra surtos. Principais aspectos para assegurar seu
correto funcionamento; Revista Lumiére, 2005, São Paulo, Brasil.
[5] Santos, S.R.S. Os dispositivos de proteção contra surtos; Portal Abracopel.
[6] Santos, S.R.S. Zonas de Proteção contra Raios; Portal Abracopel.
[7] TBS, Sistemas de Proteção contra transientes e descargas atmosféricas; OBO Bettermann.
[8] Trabthec, Dispositivos de Proteção contra Sobretensões; Phoenix Contact.

Definir o Dispositivo de Proteção (Disjuntor) e dimensionar a sua corrente.

Seleção do Tipo de Proteção a ser utilizada em cada circuito


De acordo com a norma para Disjuntores Termomagnéticos (Correntes de Sobrecarga e Curto-circuito): Duas
Condições para dimensionamento do Disjuntor:

1) IB  In  IZ

a) IB  In onde In é a corrente corrigida do projeto


b) In  IZ onde IZ é a máx. capacidade de condução de corrente do condutor

2) I2  1,45 IZ ou 1,30In  1,45 IZ

I2 =  In portanto  In  1,45 IZ e pela NBR IEC- 947-2  1,30 In  1,45 IZ

Para selecionarmos o Disjuntor Diferencial Residual devemos utilizar o de Alta Sensibilidade→ I R = 30mA.
Quanto ao valor de sua corrente nominal , após dimensionado o DTM utilize um valor nominal superior ao
encontrado.

Após todos os cálculos passe para a tabela os disjuntores a serem utilizados.

Fiação adotada Disjuntor


Circuito Tipo Corrente Pólos
S (mm²) Iz (A)
DTM DR IDR DTM DR IDR Nº
1 1,5
2 1,5
3
4
5
6
7
8
CD

Profª Tera Miho Shiozaki Parede 43


PROFESSOR (A): Tera Miho Shiozaki Parede AULA 13T DISC: IR TURMA: N°:
NOME: Visto aluno: DATA:

Assunto Projetos de instalação elétrica residencial: Instalações complementares residenciais

Complementarmente as instalações elétricas uma edificação necessita de uma série de sistemas adicionais tais
como: telefonia, antena coletiva, TV por assinatura, interfone, alarme patrimonial, circuito fechado de televisão
(CFTV), alarme de incêndio e sonorização. Caberá ao projetista a elaboração de projetos específicos, os quais
podem ser considerados como projetos independentes aos projetos principais e serem feitos separadamente.

Critérios para elaboração dos projetos de telefonia por serem os projetos complementares mais comuns em
edificações residenciais e comerciais.
• ART
• Carta Pedido de Aprovação Concessionária
• Memorial Descritivo
• Relação de Materiais
• Planta dos Pavimentos (escala 1:50)
• Tabela de contagem
• Prumadas de Tubulação e Rede Interna)
• Detalhes
• Caixa de Distribuição Geral
• Instalação do DG
• Caixas de Distribuição
• Caixa de Entrada Subterrânea
• Banco de Dutos
• Poço de Elevação
• Outros detalhes pertinentes

Normas
• NBR 13300 - Redes telefônicas internas em prédios – Terminologia.
• NBR 13301 - Redes telefônicas internas em prédios - Simbologia.
• NBR 13726 - Redes telefônicas internas em prédios – Tubulação de entrada telefônica - Projeto.
• NBR 13727 - Redes telefônicas internas em prédios - _ Plantas/partes componentes de um projeto de
tubulação telefônica.
• NBR 13822 - Redes telefônicas em edificações com até cinco pontos telefônicos - Projeto.
• NBR 14306 – Proteção elétrica e compatibilidade eletromagnética em redes internas de telecomunicações
em edificação – Projeto.
• NBR 14565 – Procedimento básico para elaboração de projetos de cabeamento de telecomunicação para
edifícios comerciais

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Simbologias

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Número de pontos

Tomadas Telefônicas
As tomadas telefônicas serão instaladas nas chamadas Caixas de Saída, onde o tamanho destas caixas
dependerá basicamente da quantidade de tomadas previstas. A tabela abaixo mostra os tamanhos padronizados
para caixas de saída em função do número de tomadas previstas.

Instalações internas – Residenciais


Deve ser previsto pelo menos 1 caixa de saída em cada um dos seguintes ambientes:
• Quartos
• Salas
• Cozinha_
• WC é proibido
Obs: Para edifícios de habitação popular podem ser previstos apenas 1 caixa na sala e 1 no maior quarto

Instalação das tomadas:


• Quartos e salas : 0,30m de altura
• Cozinhas e copas : 1,30m de altura
• Tubulação interna : Ø19mm Obs.: Apto alto padrão _ Ø25mm
• Fiação Interna : tipo CCI (de 1 ou 2 pares)

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Exemplo de instalação interna residencial

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PROFESSOR (A): Tera Miho Shiozaki Parede AULA 14T DISC: IR TURMA: N°:
NOME: Visto aluno: DATA:

Assunto Projetos de instalação elétrica residencial: Aterramento elétrico

Rede de energia elétrica


A rede elétrica é composta, basicamente, por dois fios condutores de energia: o neutro, que possui potencial
igual a zero; e o fase, por onde a tensão elétrica é transmitida. Os dois são fornecidos pela concessionária de
energia local e são suficientes para efetuar uma ligação elétrica em uma residência. Porém, essa ligação não é
perfeita, pois existem variações de tensão na rede elétrica.

Provavelmente você já deve ter ouvido que a “voltagem” de sua casa é de 110V, 115V, 127V ou 220V. Apesar
de ser tecnicamente incorreto, o termo “voltagem” é muito usado para se referir à tensão ou potencial elétrico,
que é medida em volts e tem como símbolo a letra V (em maiúsculo).

Para existir eletricidade, é necessário que haja uma diferença de potencial. Ou seja, no caso de um fio fase com
potencial de 127V e um neutro com 0V, por exemplo, a diferença de potencial entre eles é de 127V e, portanto,
existe tensão elétrica. No entanto, o valor do neutro em uma residência nem sempre é igual à zero, devido à
“sujeira” causada pelas fugas de energia dos aparelhos.

Fuga de energia
Essa fuga de energia fica alojada nas extremidades metálicas dos equipamentos, o que é normal. Isso acontece
com muita frequência devido aos vários componentes elétricos que funcionam em seu interior e pode ocasionar
choques ao encostarmos em sua superfície.
O choque acontece porque existe diferença de potencial entre a pessoa e o equipamento (geladeira, computador,
etc.), o que ocasiona uma descarga elétrica.

O Aterramento elétrico tem três funções principais:


– Proteger o usuário do equipamento das descargas atmosféricas, através da viabilização de um caminho
alternativo para a terra, de descargas atmosféricas.
– “Descarregar” cargas estáticas acumuladas nas carcaças das máquinas ou equipamentos para a terra.
– Facilitar o funcionamento dos dispositivos de proteção (fusíveis, disjuntores, etc.), através da corrente desviada
para a terra.

Projeto de Aterramento
O objetivo é aterrar todos os pontos, massas, equipamentos ao sistema de aterramento que se pretende
dimensionar.
Um projeto adequado deve seguir as seguintes etapas:
a) Definir o local de aterramento
b) Providenciar várias medições no local
c) Fazer a estratificação do solo nas suas respectivas camadas
d) Definir o tipo de aterramento desejado
e) Calcular a resistividade aparente do solo para o respectivo sistema de aterramento
f) Dimensionar o sistema de aterramento, levando em conta os limites de segurança pessoal, isto é da fibrilação
ventricular do coração.

Sistema de aterramento
Sistemas de aterramento simples consistem em um único eletrodo enterrado no solo. O uso de um único eletrodo
de aterramento é a forma mais comum de aterramento e pode ser encontrada do lado de fora da sua casa ou
local de trabalho. Sistemas de aterramento complexos consistem em diversas hastes de aterramento,
conectadas em redes de malha ou grade, placas de aterramento e loops de aterramento. Esses sistemas
geralmente são instalados em subestações de geração de energia, escritórios centrais e locais de torres de
transmissão.

Os sistemas de aterramento residenciais têm como objetivo garantir a segurança dos moradores contrachoques
elétricos. Para que seja eficiente, é imprescindível que todo o circuito elétrico disponha de condutor de proteção
(nome oficial do fio terra) em toda a sua extensão.

Você já deve ter notado que o plug que liga os equipamentos à tomada tem três pinos, ou pelo menos deveria
ter. Pois bem, o terceiro pino é chamado de “terra” e, muitas vezes, é retirado pelas pessoas para que o plug
encaixe em tomadas mais simples.

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O “terra” é um conector que possui valor igual a zero volt absoluto, ou seja, seu valor não se altera, diferentemente
do neutro. Dessa forma, ele é o responsável por eliminar a “sujeira” elétrica dos componentes, pois toda carga
eletrostática acumulada neles é descarregada para a terra (é daí que surgiu seu nome).

A execução do aterramento é simples, mas exige alguns cuidados especiais. Qualquer falha nas conexões pode
pôr em risco a integridade do sistema. O sucesso da instalação também dependerá do uso de materiais
adequados.

Material
Caixa de inspeção, haste cobreada (deve ser revestida com cobre na espessura mínima de 254 microns - alta
camada) com diâmetro 5/8" (diâmetro mínimo de 15 mm) e deve ter comprimento mínimo de 2,40 m, conectores
do tipo cabo haste ou do tipo grampo, condutor na cor verde-amarela ou verde, terminal à pressão, balde com
água, um pedaço de caibro, marreta, chave de boca 13 mm, canivete, colher de pedreiro, cavadeira, brita e EPI's
(luvas, óculos e capacete). Obs: Se a camada de cobre da haste for muito fina, pode se quebrar facilmente no
momento em que se faz sua colocação no solo.

Outra dica valiosa é prestar muita atenção no tipo de solo onde será executada a fixação da haste. O ideal é que
ele seja adequado para receber a descarga elétrica proveniente do circuito. Solos mais úmidos são melhores e
os mais secos e rochosos são os mais complicados, exigindo tratamentos específicos.
Por fim, vale lembrar que o fio de proteção nas cores verde ou verde amarela deve ser instalado de acordo com
a ABNT NBR 5410:2004. Já as tomadas de corrente fixa das instalações devem ser do tipo com contato de
aterramento (dois pólos + terra).

Eletrodos
Os principais tipos de eletrodos: Hastes cravadas verticalmente (as mais usuais); chapas enterradas; condutor
enterrado horizontalmente. O sistema de aterramento consiste em uma haste cravada na terra que é conectado
a um fio, geralmente de cor verde ou verde e amarela, que percorre toda a casa. Ele tem como objetivo diminuir
a variação de tensão de uma rede elétrica, eliminar as fugas de energia e proteger os usuários de um possível
choque elétrico.
Os eletrodos de terra e sua instalação são um dos elementos essenciais para a determinação da resistência de
aterramento. A resistência de terra dos eletrodos consiste basicamente de três partes:
• A resistência das conexões metálicas entre os eletrodos e o sistema de distribuição de cabos ao longo do
prédio;
• A resistência de contato entre e os eletrodos e a camada do solo;
• A resistência do volume de solo das vizinhanças do sistema de eletrodos. Este é o principal componente da
resistência de terra.
Daí a necessidade de se conhecer a resistividade do solo, evitando-se ao máximo a necessidade de tratamento
do solo.

Poços de Inspeção
Os eletrodos de terra são conectados ao sistema de condutores que "levam" o terra ao longo da instalação
através da conexão nos poços de inspeção. Por haver a conexão entre dois materiais sob a terra, esses pontos
devem ficar acessível para inspeções periódicas de manutenção.
Para garantir uma baixa resistência de contato nessas conexões deve ser utilizado o processo de solda
exotérmica, ou então usados conectores de material apropriado de modo a evitar a corrosão galvânica.

ESQUEMAS DE ATERRAMENTO

Esquema TN-C*
As funções de neutro e de proteção são combinadas no mesmo condutor (PEN).

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Esquema TN-C-S
As funções de neutro e de proteção também são combinadas em um mesmo condutor (PEN), que se divide em
um condutor de neutro e outro de proteção no circuito onde são ligadas as massas.

Esquema TT *
O ponto da alimentação diretamente aterrado e as massas são ligadas a eletrodos de aterramento
eletricamente distintos do eletrodo de aterramento da alimentação.

OBS: Item 6.2.8.10 – NBR5410: É vedada a aplicação de solda a estanho na terminação de condutores, para
conectá-los a bornes ou terminais de dispositivos ou equipamentos elétricos.

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PROFESSOR (A): Tera Miho Shiozaki Parede AULA 15T DISC: IR TURMA: N°:
NOME: Visto aluno: DATA:

Assunto Noções de Domótica (Automação residencial e predial).

Automação residencial e predial


A automação de sistemas corresponde a um conjunto de mecanismos que exercem seu funcionamento por meio
de medições e atuações sem a necessidade da intervenção humana.

As medições e atuações são baseados em rede de sensores e atuadores:


• Sensores faz a obtenção de informações → Controle de Entradas
• Atuadores faz o controle de determinado processo → Controle de Saídas

Alguns benefícios para automação de residências e prédios:


• Eficiência energética;
• Conforto Ambiental;
• Segurança;
• Interatividade/Comunicação;
• Produtividade;

Projeto de Automação Residencial e Predial


O projeto de automação prevê todos os pontos de comunicação (Internet, telefone e TV), todos os pontos de
áudio (som ambiente e home theater), todas as cargas que deverão ser controladas (luzes, cortinas, etc.), a
posição de todos os quadros de controle, lógicos e de automação e a posição de todas as tomadas entre muitos
outros itens que são estabelecidos antes da execução do projeto.
Os sistemas de automação residencial são desenvolvidos com base no conceito de convergência de tecnologias,
utiliza de rede de dados para comunicação onde são utilizados microcomputadores e tablets, tecnologia wi-fi e
bluetooth, protocolo de comunicação TCP/IP, entre outras e a rede estruturada de dados passou a integrar os
projetos elétricos de residências para atender os sistemas de automação das residências.
Uma das maiores preocupações dos edifícios inteligentes é a economia com o consumo de energia, sendo
portanto o ponto de maior peso que impulsionou o uso de automação. Assim como a Automação Residencial, a
Automação Predial se utiliza de rede de dados para comunicação entre componentes (BUS, TCP/IP, etc).

Principais componentes do sistema de automação residencial ou predial


• Dispositivos periféricos de controle;
• Rede de comunicação;
• Controlador digital;
• Gerenciador de rede;
• Estação de trabalho – IHM;

Meios de transmissão da linha de sinal


• Power Line: A informação dos pacotes é enviada pela rede elétrica com sinal em alta frequência sobreposto
ao da rede elétrica.
• Infravermelho: Tecnologia sem fio semelhante ao controle remoto.
• Linha BUS: A informação utiliza cabeamento próprio com cabos do tipo par trançado.
• Wi-fi: Comunicação sem fio em radiofrequência.
• Fibra óptica: Comunicação por meio de sinais luminosos.

PROFESSOR (A): Tera Miho Shiozaki Parede AULA 16T DISC: IR TURMA: N°:

NOME: Visto aluno: DATA:

Assunto Avaliação Teórica: Dimensionamentos de condutores e Projetos

PROFESSOR (A): Tera Miho Shiozaki Parede AULA 17T DISC: IR TURMA: N°:
NOME: Visto aluno: DATA:

Assunto Recuperação Teórica: Dimensionamentos de condutores e Projetos

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