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Romantismo no Brasil

- Romance gótico

Quando em meu peito rebentar-se a fibra
Que o espírito enlaça à dor vivente
.......................................................
Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto o poento caminheiro
– Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um sineiro.
(Lembrança de Morrer)

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Sobre a literatura

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O que é literatura ?

A literatura propriamente dita é considerada por Cândido


um sistema de obras ligadas por denominadores comuns,
que permitem reconhecer as notas dominantes duma fase.
Sendo um tipo de comunicação inter humana de caráter
simbólico, a literatura é o sistema por meio do qual as
veleidades mais profundas do indivíduo se transformam
em elementos de contacto entre os homens, e de
interpretação das diferentes esferas da realidade, o que
caracteriza ela como um aspecto orgânico da civilização.
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Clássico x Romântico

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Do universalismo ao particularismo:

O clássico tende ao resumo, porque o resumo mostra o


essencial e com isto caminha para o abstrato. Atrás de cada
particularidade dissolvida vai surgindo o geral, pois a
abstração é uma superação do particular.
Mas o romântico deseja, ao contrário, o particular, que
na sua singularidade contém o característico. Por isso ele
tende ao concreto e se apega ao pormenor, sem prejuízo de
encará-lo como sinal ou manifestação de uma generalidade
ideal.
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Sobre o romântico e o Brasil

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Contexto Histórico:

O Brasil, egresso do puro colonialismo,


mantém as colunas do poder agrário: o
latifúndio, o escravismo, a economia de
exportação. E segue a rota da monarquia
conservadora após um breve surto de
erupções republicanas, amiudadas durante a
Regência .

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Sua visão:

O fulcro da visão romântica do mundo é o sujeito.


O eu romântico, objetivamente incapaz de resolver os
conflitos com a sociedade, lança-se à evasão.
A natureza romântica é expressiva. Ao contrário da
natureza árcade, decorativa. Ela significa e revela.
Prefere-se a noite ao dia, pois à luz crua do sol o real
impõe-se ao indivíduo, mas é na treva que latejam as forças
inconscientes da alma: o sonho, a imaginação.

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O que é ?

Romantismo quer dizer, antes de


mais nada, um progressivo
dissolver-se de hierarquias (Pátria,
Igreja, Tradição) em estados de
alma individuais.

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A volúpia dos opostos, a
filosofia do belo-horrível.

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É difícil marcar o lugar onde pára o homem e começa o
animal, onde cessa a alma e começa o instinto — onde a
paixão se torna ferocidade. É difícil marcar onde deve
parar o galope do sangue nas artérias, e a violência da
dor no crânio.
(Prólogo do Macário)

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Sua construção:

Parte das conotações de mistério e treva,


para chegar a um discurso aproximativo ou
mesmo dilacerado, como convém ao
derrame sentimental unido à liberação das
potências recalcadas no inconsciente

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Características do movimento egótico:

❖ Pessimismo
❖ ``Humor negro´´
❖ Devaneio
❖ Erotismo difuso ou obsessivo
❖ Melancolia
❖ Tédio
❖ Depressão,
❖ Autoironia masoquista
❖ Perversidade
❖ Atração pela morte
❖ Extremo subjetivismo
❖ Autodestruição dos que não se sentem ajustados.
❖ "Binômia" do bem em face do mal, das forças que arrastam para os
impulsos "inferiores" e das que resistem a elas.

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Metodologia:

Era frequente entre os românticos, que


costumavam usar a composição picada a fim de
sugerir a sua concepção do incompleto, do
inexprimível; e que os manifestavam no tateio
estratégico do estilo, na elipse, no subentendido,
produzindo uma descrição aproximativa, que
procura preservar o mistério.
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Expoentes:

➢ Estudantes boêmios, mortos antes de tocar a plena


juventude;
➢ Inspirados nas obras de Byron e de Musset;
➢ Traços psicológicos de defesa e evasão, que os leva a
posições regressivas: no plano da relação com o mundo
(retorno à mãe-natureza, refúgio no passado, reinvenção
do bom selvagem, exotismo) e no das relações com o
próprio eu (abandono à solidão, ao sonho, ao devaneio, às
demasias da imaginação e dos sentidos);
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Álvares de Azevedo

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Pós vida:

Obras como o ``macário´´ e a ``noite na taverna´´ cujo


embate das desarmonias, superando o equilíbrio do
"decoro" e as normas que regiam e procuravam tomar
estanques os gêneros literário e cujo temário repousa numa
psicologia tempestuosa. Portanto, essas tendências não são
apenas traço pessoal, mas também estilo de época e, mais
restritamente, resultado da influência de certos modelos,
sobretudo Byron e Musset.

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Além de Byron !

Mas mais do que em Byron ou Musset, em Álvares de


Azevedo há uma fuga permanente do assunto, uma espécie
de adiamento compulsivo que retira muitos dos seus
escritos do âmbito da ficção em prosa ou verso, para
reduzi-los a vastas meditações.
O modo de ser dos seus personagens nada mais é do
que uma conseqüência de experiências decisivas e
arrasadoras do passado, fazendo a narrativa fugir para trás
e assim devorar a ação presente.
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Noite na taverna

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A obra:

A noite na taverna explicita essa via feroz onde o


homem procura conhecer o segredo da sua
humanidade por meio da desmedida, na escala de
um comportamento que nega todas as normas,
acontecimentos e sentimentos são levados ao
máximo de tensão moral, até a fronteira da
crueldade, da perversão e do crime, que testam as
nossas possibilidades diabólicas.
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Freneticidade

Estamos sem dúvida ante um produto do romance


negro, mais particularmente da modalidade que os
franceses chamam de "frenético". Narrativa frenética é uma
espécie de experiência-limite marcada pelo incesto, a
necrofilia, o fratricídio, o canibalismo, a traição, o
assassínio — cuja função para os românticos era mostrar os
abismos virtuais e as desarmonias da nossa natureza, assim
como a fragilidade das convenções.

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Bibliografia
BOSI, Alfredo. História Concisa da
Literatura Brasileira. .
CANDIDO, Antônio. A Educação Pela
Noite & Outros Ensaios.
CANDIDO, Antônio. Formação da
Literatura Brasileira: momentos
decisivos

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