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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO

JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DA COMARCA DE ALPINÓPOLIS/MG

PROCESSO Nº.: 0008164-40.2012.8.13.0019


AUTOR(A): VERA LUCIA FERREIRA REIS

RICARDO ELETRO DIVINÓPOLIS LTDA., pessoa jurídica de direito privado,


já devidamente qualificada nos autos do processo em epígrafe, vem, mui respeitosamente,
perante V. Excelência, através de seu Representante Legal abaixo assinado, apresentar
DEFESA, com fulcro no artigo 5º da Constituição Federal, bem como no art. 9º, § 1º, da Lei
nº. 9.099/95, pelos fatos e fundamentos a seguir delineados:

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Departamento Jurídico – Tel.: (71) 3379-8628 / 8629 - Fax.: (71) 3379-8631
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I – DAS PRELIMINARES.

I.1 – DA AUSÊNCIA DE CONDIÇÃO DA AÇÃO – ILEGITIMIDADE PASSIVA


“AD CAUSAM”.

Segundo os preceitos da Teoria Geral do Direito Processual Civil, a existência da


ação depende de alguns requisitos constitutivos que se consagram com a denominação
condições da ação, cuja ausência de qualquer deles leva à carência de ação.

Como bem destaca Ada Pellegrini Grinover:

“O fenômeno da carência de ação nada tem a ver com a existência do


direito subjetivo afirmado pelo autor, nem com a possível inexistência
dos requisitos, ou pressupostos, da continuação da relação processual
válida. É a situação que diz respeito apenas ao exercício do direito de
ação e que pressupõe a autonomia desse direito”. (GRINOVER, Ada
Pellegrini. Teoria Geral do Processo. 25ª ed., São Paulo, 2009).

Nessa ordem de ideias, Arruda Alvim, em sua obra Código de Processo Civil
Comentado, assim conceituou as condições da ação: “são categorias lógico-jurídicas,
existentes na doutrina e, muitas vezes na lei, mediante as quais se admite que alguém
chegue à obtenção da sentença final”.

Feitas as considerações iniciais, demonstrar-se-á que a ora Contestante não


possui legitimidade para figurar no pólo passivo da presente ação, pois, o defeito relatado
inicialmente pela Autora consiste nitidamente naquele oriundo do processo de produção, que
diz respeito à qualidade do produto e presente o referido defeito de fabricação, a
responsabilidade do fornecedor é transferida para o fabricante, posto que é de sua exclusiva
responsabilidade, o que caracteriza, portanto, a responsabilidade do FABRICANTE, conforme
preceitua o artigo 12 do Código de Defesa do Consumidor, que diz:

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"O fabricante, o produtor, nacional ou estrangeiro, e o
importador respondem, independentemente da existência de
culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por
defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção,
montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou
condicionamento de seus produtos, bem como por informações
insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos".
(grifo nosso)

O CDC transfere, acertadamente, a função de “garantidor”, antes cumprida pelo


fornecedor direto (comerciante) para o fabricante, persegue-se assim a realização das
expectativas legítimas de segurança dos consumidores ante os produtos que consomem.

Esta mudança de papéis e a imputação de responsabilidades conjuntas a


indivíduos vinculados e não vinculados por laços contratuais demonstra a atual tendência de
superar a estrita divisão entre a responsabilidade contratual e extracontratual em matéria de
proteção do consumidor e das pessoas ex vi lege a ele equiparados.

Insta salientar que a responsabilidade do comerciante, vale dizer, desta


Contestante é restrita, subsidiária e condicionada, de forma que somente responde
solidariamente com o fabricante pelos danos causados aos consumidores nos casos em que
não se puder identificar o responsável direto, o que não ocorre na presente lide, pelo que se
denota por interpretação sistemática do CDC, notadamente no artigo 13, inciso I, que assim
dispõe:

“Art. 13 - O comerciante é igualmente responsável, nos termos


do artigo anterior, quando:
I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não
puderem ser identificados;”

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Assim, não há como se imputar qualquer responsabilidade à ora Ré, Ricardo
Eletro, uma vez que não é esta a responsável pela fabricação do produto, e, por conseguinte,
não há que se cogitar possível responsabilidade por eventuais prejuízos.

Cumpre informar que o FABRICANTE foi devidamente identificado e deverá ser


notificado no domicílio situado no país para figurar no polo passivo da presente reclamação,
devendo ser responsabilizado por qualquer dano supostamente causado ao consumidor, pois
o legislador pátrio atribui ao fabricante a maior parcela da responsabilidade por eventuais
danos provocados por defeitos ou vícios dos produtos.

Nesse sentido, o art. 3º do Código de Processo Civil expressa que:

“Para propor ou contestar a ação é necessário ter interesse e


legitimidade”

Disto se afere que a “legitimatio ad causam” é a pertinência subjetiva da ação,


tanto no polo ativo quanto no passivo, ou seja, o réu deve ser aquele que, por força da
ordem jurídica material, deve, adequadamente, suportar as consequências da demanda.

Como nos ensina o ilustríssimo Vicente Greco Filho, em seu livro “Direito
Processual Civil Brasileiro”, vol. I:

“Alguém, desde que citado, passa a ser réu, e ainda que não seja parte
legítima poderá contestar, nem que seja só para alegar a sua condição
de parte ilegítima, a impropriedade da demanda contra ele e a sua
exclusão do feito, pedindo ao Juiz a decretação da carência da ação,
porque proposta indevidamente contra ele”.

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Isto posto, requer seja acolhida “in totum” a preliminar arguida, para que seja
declarada a ilegitimidade passiva da Ricardo Eletro com a consequente EXTINÇÃO DO
PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, com fulcro no art. 267, VI, do CPC, pois o
FABRICANTE foi identificado, tudo com fulcro nos arts. 12 e 13 do CDC.

II – DOS FATOS.

Pelo que se depreende da peça inaugural, a Autora declara que adquiriu junto
ao site da ora Ré, Ricardo Eletro, uma Bicicleta.

Prossegue sua narrativa afirmando que após a entrega do referido produto, ao


desembalar o mesmo, foi identificado que o produto apresentava suposto vício de qualidade,
sendo, portanto, solicitada a troca.

Mediante a informação de que não haveria um período determinado para solu-


ção do impasse, e assim, impossibilitando a solução do conflito, a Demandante insatisfeita,
move a presente ação, visando a restituição da quantia paga, além de indenização à título de
danos morais supostamente sofridos.

III – DA VERDADE DOS FATOS.

Prima facie, insta ressaltar que em relação ao atraso na entrega do referido


bem adquirido, que o que há é uma previsão para a entrega, estando esta sujeita a
alterações conforme demanda, tendo a parte autora plena ciência desta informação no ato da
aquisição do produto.

Destaca-se por conseguinte ser necessário asseverar que todo produto é


entregue ao consumidor devidamente embalado e lacrado, e por este motivo, qualquer

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responsabilidade por dano deva ser imputada diretamente ao fabricante por quaisquer vícios
em produtos advindos de sua atividade, tendo em vista que este é o único encarregado pela
sua confecção.

Insta ressaltar que não se restou demonstrado que a Ré praticou qualquer ato
ilícito que possa ter resultado em danos, tendo em vista que a ora Demandada procedeu com
a mais estrita boa fé, portanto, claro que não queria obter qualquer ganho com o fato
ocorrido.

Como já supramencionado, a Ricardo Eletro não possuem meios ou condições


para reparação de produtos, quaisquer que sejam, visto que a ora Reclamada apenas
comercializa produtos, não possuindo nenhuma ingerência no serviço de assistência técnica,
de forma que a reparação de qualquer hipotético dano causado ao consumidor, deve somente
ser suportada por ela, ou seja, pela empresa fabricante.

Insta salientar que a Ricardo Eletro procura orientar o consumidor, sendo


inclusive uma norma do manual de conduta, entregue a todos os empregados, e portanto,
uma empresa séria, que goza de elevado conceito no âmbito comercial, sendo fiel cumpridora
da Leis Federais, Estaduais e Municipais, não havendo nada que desabone a imagem
verdadeira de solidez e confiabilidade, e que trabalha da melhor maneira possível para
prestar um bom atendimento aos seu clientes, atentando ao comportamento ético e moral
que deve preceder todos os relacionamentos, sejam de ordem comercial ou pessoal.

E por tal razão, quando solicitado pela então consumidora, ora Autora, acerca
do suposto vício do produto, com intuito de solucionar o impasse referido na circunstância já
aqui descrita, tentou promover a substituição das peças.

Entretanto, no interregno entre a solicitação da troca e data de realização desta,


foi constatado que o produto apresentava vício de fabricação, identificando, portanto, a
persistência do mesmo problema nos demais produtos, o que se denota, desde logo, tratar-

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se de um visível defeito em série no lote entregue a este fornecedor, que ora se defende.

Cumpre notar que ciente da situação, a Ricardo Eletro entrou em contato com o
fabricante, com o fito de obter a solução do problema em razão da necessidade de
providenciar outro igual ou similar, no intuito de evitar maiores transtornos ao consumidor,
no entanto não obteve êxito devido ao esgotamento da mercadoria para reposição no
estoque da mesma.

Desta forma, verifica-se de maneira evidente que a ora Ré tentou a resolução


do empasse em tudo aquilo que lhe é de seu alcance, sendo, de responsabilidade da
fabricante a substituição do produto por um novo, idêntico ou semelhante.

Portanto, os pedidos do Autor devem ser julgados TOTALMENTE


IMPROCEDENTES.

IV – DO MÉRITO.

Caso as preliminares suscitadas sejam ultrapassadas, o que se admite ad


argumentadum tantum, passaremos, em homenagem ao princípio da eventualidade, a defesa
processual direta.

IV.1 – DA AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DEVIDO A ENTREGA DE


PRODUTO LACRADO.

Como já mencionado em passagem anterior, a Autora teria efetuado a compra


de um guarda-roupa junto a um dos estabelecimentos comerciais da Ré, porém, alega que o
produto apresentou avarias.

Todavia, tal alegação, além de desprovida de verossimilhança, é infirmada pelo


contexto dos fatos.

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Isto assim o é, porque todos os produtos revendidos pela Ré são recebidos
LACRADOS pelo fabricante, e somente podem ser abertos no momento da entrega ao
consumidor.

Neste sentido, a Ré não pode ser responsabilizada por uma suposta avaria ou
vício do produto, haja vista que os produtos são apenas revendidos e nunca são abertos ou
alterados na loja.

Portanto, se existisse, de fato, a avaria do produto, o que se admite apenas por


argumento, a Autora quando recebeu o produto teria a identificado, assim rejeitando a
entrega do produto, o quê, evidentemente, não ocorreu.

Destarte, como a Autora não se desincumbiu a contento do ônus que lhe imputa
o artigo 333, inciso I, do Código de Processo Civil, o pleito autoral deve ser julgado
TOTALMENTE IMPROCEDENTE.

IV.2 – DA PROVA DA VERIFICAÇÃO DO VÍCIO REDIBITÓRIO.

Segundo o princípio do “allegatio et non probatio quasi non allegatio”, a


Reclamante deve fazer a prova ou a contraprova de que o seu produto apresenta vício.

O Código de Processo Civil em seu Art. 333, inciso I, leciona que:

“Art. 333 – O ônus da prova incumbe:


I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
.........”

Sabe -se que o ônus da prova é o encargo, atribuído pela lei a cada uma das
partes, de demonstrar a ocorrência de fatos de seu próprio interesse para as decisões a

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serem proferidas no processo.

Ultimamente tem-se confundido o princípio da inversão do ônus da prova,


previsto no Código de Defesa do Consumidor, que é um dos pilares do caráter protecionista
do direito do consumidor, com a falta de pedir.

O que o CDC não permite é que o consumidor, seja impelido a realizar a


chamada “prova diabólica”, que não dispõe de subsídios para apresentá-la, mas a prova dos
vícios deverá ser apresentada por laudo técnico expedido pela
assistência autorizada.

Desta feita, o fornecedor não poderá efetuar a troca do produto, o


cancelamento da compra, ou mesmo a restituição do valor, sem que o consumidor comprove
que o seu produto realmente apresenta vícios, eis que a previsão legal é clara ao estabelecer
que o fornecedor tem o prazo de trinta dias para reparo do bem, não podendo o direito do
fornecedor ser cerceado por um mero capricho do consumidor, que para atender os anseios
de sua obstinação desarrazoada exige a substituição do produto, a restituição da quantia
paga, sem ao menos comprovar as suas alegações.

IV.3 – DA NÃO OBRIGATORIEDADE DE RESTITUIÇÃO DO VALOR PAGO.

O caso é o de todas as luzes para improcedência total da ação, eis que o


produto, como a própria parte autora aduziu, foi escolhido pela mesma, tratando-se tão
somente de restituição do valor pago.

Neste sentido, ilustramos a peça defensiva como texto legal, passando a


transcrever o mesmo, in verbis:

“Art. 49 – O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de


07 (sete) dias a contar de sua assinatura ou do ato de

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recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de
fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do
estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a
domicílio. (grifo nosso).”

Destarte, não está a ora Contestante obrigada a trocar o produto, cancelar a


compra, nem tampouco restituir o valor pago pelo mesmo, pois nenhuma razão assiste à
parte autora, que comprou o produto que livremente escolheu.

Desobriga também a Ricardo Eletro a substituir o produto ou restituir o valor


pago, haja vista que não houve erro na entrega do produto, ou seja, o produto comprado é
exatamente o que foi recebido pela parte autora.

IV.4 – DA INEXISTÊNCIA DE INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA.

O caso em comento não comporta a inversão do ônus da prova, como será visto
abaixo:

O Código de Defesa do Consumidor determina a inversão do ônus da prova em


seu Art. 6º, permitindo, nesse caso, que o julgador abandone as regras de distribuição do
ônus da prova previstas no art. 333 do Código de Processo Civil, em razão da hipossuficiência
do consumidor.

Com efeito, importante compreender o significado de hipossuficiência como


diminuição da capacidade do consumidor, não apenas sob a ótica econômica, mas também
sob o prisma do acesso à informação, educação e posição social, não se podendo enquadrar a
autora em tal situação.

A inversão do ônus da prova para o consumidor não se dá


indiscriminadamente, ou automaticamente. Muito pelo contrário, a inversão ocorrerá na

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medida em que se fizerem presentes os requisitos mencionados, já que o Código deixa a
critério do juiz aplicá-la quando se verificarem as hipóteses legais, o que não é o caso.
Cumpre ressaltar que, nos termos do art. 333 do Código de Processo Civil,
incumbe ao autor o ônus da prova quanto ao fato constitutivo do seu direito. Deixando de
fazê-lo, o pedido formulado deverá ser julgado improcedente, dada a carência de provas do
fato.
O renomado doutrinador Humberto Theodoro Júnior, sobre o assunto acrescenta
que:
“Se cabe ao autor o direito de impor ao juiz a abertura do processo e de
sujeitar o réu a seus efeitos, sem que se dê a este a liberdade de não
vincular-se à relação processual, é forçoso que ao autor caiba a
responsabilidade maior pelo sucesso da demanda.”

A respeito da necessidade do autor provar os fatos constitutivos do seu direito,


diz ainda este brilhante jurista:

“No processo civil, onde quase sempre predomina o princípio dispositivo,


que entrega a sorte da causa à diligência ou interesse da parte, assume
especial relevância a questão pertinente ao ônus da prova. Esse ônus
consiste na conduta processual exigida da parte para que a verdade dos
fatos por ela arrolados seja admitida pelo juiz. Não há um dever de
provar, nem à parte contrária assiste o direito de exigir a prova do
adversário. Há um simples ônus, de modo que o litigante assume o risco
de perder a causa se não provar os fatos alegados e do qual depende a
existência do direito subjetivo que pretende resguardar através da tutela
jurisdicional. Isto porque, segundo máxima antiga, fato alegado e não
provado é o mesmo que fato inexistente.”

Pelo que fora aqui explanado, requer seja julgado IMPROCEDENTE O PEDIDO
DE INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA, face aos fundamentos acima expostos.

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V – DOS PEDIDOS.

Diante do exposto, requer:

- Sejam acolhidas a preliminares arguidas, determinando a ILEGITIMIDADE


PASSIVA DA RICARDO ELETRO DIVINÓPOLIS LTDA., tendo em vista que o
FABRICANTE RUFATO foi identificado e deverá ser notificado, para responder pelos
supostos vícios apresentados no produto, eis que é o único agente na fabricação dos bens
com fulcro no art.13 do CDC;

- Ultrapassada a preliminar arguidas, o que não se espera, sejam apreciados os


fundamentos de mérito, sendo ao final considerado totalmente IMPROCEDENTE os
pedidos iniciais da presente demanda em relação à Ricardo Eletro, face à ausência de
qualquer fundamentação fática, probatória ou jurídica que os sustentem;

- Seja julgado TOTALMENTE IMPROCEDENTE o pedido de restituição do


valor pago,

– Que seja julgado TOTALMENTE IMPROCEDENTE o pedido de


indenização por supostos danos morais, posto que a autora não sofreu nenhuma ofensa
em sua honra, dignidade ou a qualquer dos atributos da sua personalidade, bem como pela
não observância de qualquer fundamentação fática, probatória ou jurídica que embase tal
pleito;

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- A produção de provas por todos os meios em direito admitidos, em especial a
documental, testemunhal e depoimento pessoal da parte autora.

Nestes termos,
Pede deferimento.

Alpinópolis, 24 de maio de 2012

__________________________________
RICARDO ELETRO DIVINOPÓLIS LTDA.

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