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A construção de situações
na arte contemporânea do Recife
Recife, 2019
Doutorado em Design
RESUMO
Situação Construída
Objetivo final da prática situacionista. Ação criativa, construtiva e coletiva direta nos
ambientes materiais da vida e nos comportamentos que ela provoca e altera com intuito de
provocar novos momentos que irrompem da experiência cotidiana automatizada indicando
uma qualidade passional superior na realidade mesma.
Escopo do projeto
Situação Construída: Sistematização da proposta/conceito
Guia à Guia Comum do Centro do Recife à Um guia prático para o desvio à Guia da
Situação Construída (?)
• Resgatar a teoria e prática situacionista como forma de ocupar a brecha aberta nas
discussões e práticas do grupo num campo cultural, instância não negada por completo pelo
programa situacionista
Incursão téorica
Teoria Situacionista: Compreensão de como uma prática cultural pode ser provocadora de
transformações (efêmeras) no âmbito da cotidianidade estética, política e social.
Legado de vanguarda cultural: Teorias e práticas que se debruçam nos limites entre arte e
vida cotidiana.
Estruturação
Etapas
Estudo de casos: Análise dos projetos: Risco!, Plus Ultra e a Casa como convém sob o
parâmetro da noção de Situação Construída
Parte I
Levantamento teórico:
Capítulo 1: Conceitos sobre a criação de espaços e momentos singulares no cotidiano.
Preceitos sobre os binômio arte/vida; vanguarda/neovanguarda. Uso dessas noções como
parâmetro de análise das propostas de Happening e Activities de Allan Kaprow
Capítulo 2: Estudo de textos originais e de comentadores da Internacional Situacionista.
Apresentação do grupo e seus preceitos. Apresentação e sistematização da noção
situacionista de Situação Construída.
Parte II
Capítulo 3: Teoria aplicada em projetos artísticos enquanto estudo de casos compreendidos
como realizadores de utopias situadas, no limiar entre arte e vida cotidiana, resultado de uma
ação direta nos comportamentos e espaços materiais em ações eminentemente estéticas e
lúdico, aproximados à teoria situacionista.
INTRODUÇÃO
PARTE I
1. UTOPIAS PRATICADAS
1.1 Espaços, Heterotopias e Momentos
1.2 Arte/vida: vanguardas e Happenings-Atividades
2. SITUAÇÕES CONSTRUÍDAS
2.1 A Internacional Situacionista: formação, ideias e métodos
2.2 A Situação construída
2.3 Situações construída hoje
PARTE II
3. ESTUDO DE CASOS
3.1 Aspectos metodológicos
SUMÁRIO
3.2 Análises
3.2.1 Risco!
3.2.2 Plus ultra
3.2.3 A casa como convém
3.3 Discussão
3.4 Conclusões
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
PARTE I
Fundamentação teórica
1.1 Espaços, Heterotopias e Momentos
Métodos da IS:
Pintura industrial – crença na automatização de processo criativo como metáfora para
desconstrução da ideia tradicional de artista, a popularização do produto artístico
Desvio (detournement) – de elementos estéticos pré-existentes como estratégia de
reorganização crítica (na inserção de mensagens políticas e na complexificação do sentido de
autoria/propriedade) à Um guia prático para o desvio (1956)– ultradesvio – desviar
situações inteiras (Situação Construída)
Psicogeografia – estudos dos aspectos afetivos e subjetivos para uma análise do ambiente
urbano por meio da deriva e da identificação de unidades de ambiência à incorporação da
arquitetura e urbanismo à relatos psicogeográficos materializados graficamente (em mapas,
livros e nas revistas do grupo).
Deriva – atitude prática e crítica diante o urbanismo pós-guerra. Movimento do corpo que
provoca um comportamento lúdico-construtivo, marcados pelos efeitos psiquicos de
determinados ambientes urbanos à Teoria da deriva (1958).
2.1 A Internacional Situacionista: formação, ideia e métodos
3.4 Conclusões
Estudamos projetos artísticos que agem essencialmente na deflagração de comportamentos
experimentais e não pretendem superar a arte mas usá-la como premissa de ação ethopoética,
num desejo de constituir-se e recusar as formas que condicionam e isola a realidade dada.
Desse modo, são ações que plenamente realizaram parte dos preceitos situacionista
especialmente quando há uma proposição da ideia de uma ética criatica, que cruza com o
pensamento do grupo. A tese aborda, pois, um estudo menos focado nos territórios de ação e
mais interessado nas dinâmicas comportamentais dos corpos que atravessam territórios, e
assim o formam.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Embora os projetos estudados não estejam seguindo a orientação primordial da atividade
situacionista, não podemos afirmar que eles não empreendam uma arte política ou não
produzam “eficácia estética”.
Nem sempre uma ação “fora do museu” é capaz de alterar efetivamente o estado hegemônico
da vida e de suas percepção dadas.
GLOSSÁRIO
A
ATIVIDADES – Prática desenvolvida pelo artista e filósofo Allan Kaprow. São obras com
caráter de evento onde um pequeno grupo de pessoas engaja-se na realização de ações
previstas em um “roteiro”. Diferente do “Happening”, as Atividades eram elaboradas sem ter
como objetivo o compartilhamento do momento da execução com uma audiência, um grupo
destacado daqueles que participavam e que formalizasse uma plateia. As Atividades não são
elaboradas para que sejam assistidas: são obras de arte cuja finalidade está em sua realização.
D
GREA – “Apelido carinhoso” local (Pernambuco) que significa, “ mais ou menos um estado
de euforia geralmente caracterizado pela reunião de um grupo de pessoas que, em conjunto
(de dois, pelo menos), ‘tiram onda’ do mundo e das pessoas através de aguçado senso crítico,
muita ironia, espontaneidade, liberdade, gargalhadas e falas homéricas. Muito além de
‘gozar’ com alguma coisa, a grea é um momento de provocação genuíno, ligeiramente
despretensioso e costumeiramente inteligente. É um estado criativo por definição, uma vez
que é embasado em observação e comentários.” (DINIZ, 2006)
H