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ClP-BRAslL. CATALOGAÇÃO-NA-FoNTE
P937
Presos políticos e perseguidos estrangeiros na Era Vargas / organização Marly de
Almeida Gomes Vianna, Érica Sarmiento da Silva, Leandro Pereira Gonçalves. -
1. ed. - Rio de Janeiro: Mauad X : Faperj, 2014.
264 p. : 15, 5 X 23,0 em.
Incluibibliografia e índice
ISBN 978-85-7478-676-6
1. Ciências sociais. 2. Ciência política. 3. História do Brasil. 4. Populismo.
5. Sindicalismo. 6. Socialismo. 7. Anarquismo. I. Fundação Carlos Chagas de
Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro. 11. Vianna, Marly de Almeida
Gomes. 111. Silva, Érica Sarmiento da. IV.Gonçalves, Leandro Pereira.
14-15006 CDD: 320.5
CDU: 329.1/6
SUMÁRIO
o ESTADO NOVO:
FIM DA AÇÃO INTEGRALlSTA BRASILEIRA E
PRISÃO DE PLíNIO SALGADO
o momento era favorável à criação de organizações políticas, pois o perí- O contato com Getúlio Vargas ocorria através de relações de proximidades
odo "democrático" discursado por Getúlio Vargas beneficiava o crescimento em torno dos inimigos em comum, mas a busca pelo poder supremo era um
elemento gerador de divergências e, através da ânsia pelo poder, Vargas conse-
3 Cf. Gonçalves; Oliveira; Alcântara, 2011. guiu manipulá-I o habilidosamente.
4 :~ntes, ocorreu o 1° Congresso Integralista Brasileiro na cidade de Vitória, capital do Es-
pírito Santo, em março de 1934, em que a AIB adquiriu caráter verdadeiramente IT o
estabelecendo-se como sociedade civil. po I IC
7 Albuquerque, 1986, p. 591.
5 Salgado, 1937b, p. 167.
8 Vasconcellos, 2011.
6 Salgado, 1959, p. 19-40.
9 Caldeira Neto, 2011, p. 36.
132 LEANDRO PEREIRA GONÇALVES PRESOS POLITICOS E PERSEGUIDOS ESTRANGEIROS NA ERA VARGAS 133
fixar nas linhas que seguem os aspectos de uma situação que reputo grave começa a tergiversar, a procurar generais, etc. Não sei se ele está agindo
e que s6 poderá ser resolvida se encarada com absoluto realismo político. com duplicidade ou se não pode impor-se à massa dos seus adeptos."
Não seria eu bastante sincero e honesto se pretendesse dar ao seu governo
a minha colaboração pessoal, quando esta não implicasse na adesão, à mi- Não era uma coisa nem outra; o líder integralista, que já tinha conheci-
nha atitude e aos objetivos de V. Exa., de mais de um milhão de brasileiros xato do proj eto a ser implantado no Brasil, buscava garantias e se
mento e , .
que criaram, pela sua doutrinação e propaganda, o clima sem o qual não . va para o poder de fato Essa atitude levantada por Vargas e essencial
valonza .
se tomaria possível a transformação constitucional de 10 de novembro.v a analisar que Plínio estava ciente do golpe de novembro de 1937, mes-
par tes do acontecimento. Isso alimentou a insatisfação dos militantes e,
rno an _ ..
Nota-se que ele redigiu essa carta em janeiro de 1938, e o objetivo central quen temente do líder integralista, uma vez que Vargas nao cumpnna o
conse '
do documento era demonstrar que não aceitava o cargo de ministro; no entan_ m janeiro de 1938 relembrou o mês de setembro de 1937, em que
aCordo . E '
to, essa não foi a sua primeira atitude. Segundo relatos do Presidente GetÚlio ncontro com o então ministro da Justiça Francisco de Campos:
teve um e
Vargas, contidos em seu Diário, vê-se que o mandatário máximo do Brasil
protelou de todas as formas uma decisão oficial. Era bem claro que Vargas não [...] nessa ocasião que me procurou o Dr. Francisco de Campos, com o qual
lhe concederia poder e apenas usara da força dos militantes integralistas para me encontrei em casa do Dr. Amaro Lanari. Ele me falou dizendo-se au-
auxiliar a consolidação do Estado Novo. Em 28 de novembro de 1937, disse: torizado pelo Sr. presidente da República e me entregou o original de um
projeto de Constituição que deveria ser outorgado, num golpe de Estado, ao
Aproveitando uma coincidência momentânea, fui ver a bem-amada e, país. Estávamos no mês de setembro de 1937. O Dr. Francisco de Campos,
de regresso, passei na casa do Rocha Miranda, onde encontrei-me com dizendo sempre falar após entendimentos com V. Exa., pediu o meu apoio
Plínio Salgado, e aí conversamos sobre a dissolução do integralismo e para o golpe de Estado e a minha opinião sobre a Constituição, dando-me
dos partidos políticos, e sua entrada para o Ministério. Ficou de acordo, 24 horas para a resposta. Pediu-me, também, o mais absoluto sigilo."
ponderando, porém, as dificuldades que encontraria, precisando consul-
tar sua gente e depois responder-me. 18 Ao analisar a Constituição, verificou grandes possibilidades de poder para
os camisas-verdes, pois, segundo sua visão, a base da política integralista es-
Após quatro dias, Getúlio Vargas promulgou o Decreto-lei n. 37, dissol- tava presente com grande intensidade na Carta Constitucional:
vendo todos os partidos políticos, além de proibir milícias CÍvicas e restringir
o uso de uniformes e simbologias dessas entidades, entre as quais a AIB. Para Perguntei qual seria, na nova ordem, a situação da 'Ação Integralista Bra-
Salgado, essa atitude foi vista como momentânea e que o ministério supriria sileira", ao que o Dr. Francisco de Campos me respondeu que ela seria A
essa ausência, inclusive relatada por Vargas, na véspera do decreto-lei, em 1. BASE DO ESTADO NOVO, acrescentando que naturalmente o INTEGRA-
de dezembro: LISMO teria de ampliar os seus quadros para receber todos os brasileiros
que quisessem cooperar no sentido de criar uma grande corrente de apoio
Fui informado de que os integralistas entraram na fase subversiva, co- aos objetivos do Chefe da Nação. Respondi-lhe que, quando fosse organi-
meçaram a conspirar, a preparar um golpe de mão, a ameaçar-me e pro- zada a União Nacional, o integralismo deixaria de ser "partido", seus ele-
mover reuniões de protesto. Plínio Salgado, nos entendimentos com mentos constituiriam o núcleo, o início da formação daquela corrente, mas,
o ministro da Justiça, mostrou-se de inteiro acordo com a dissolução para isso, precisava o integralismo de continuar como associação educativa,
dos partidos, inclusive do integralismo, e sua entrada para o Ministério. cultural, como uma verdadeira comunidade cívica que era, de desambicio-
Pediu-me apenas alguns (dias) de prazo para informar a seus correligio- sos, de homens dispostos a todos os sacrifícios, sem aspirar a recompensas.
nários, a fim de que estes aceitassem bem os atos do governo. Depois A isso o Dr. Campos mostrou-se perfeitamente de acordo. Pediu-me, então,
19
17 Salgado, 1950, p. 111. 1d em, p. 89.
18 Vargas, 1995, p. 88. 20
Salgado, 1950, p. 118.
134 LEANDRO PEREIRA GONÇALVES PRESOS POLÍTICOS E PERSEGUIDOS ESTRANGEIROS NA ERA V ARGAS 135
para que eu ficasse rnai . .
aIS OItOdias com o projeto de Consrí ._
que lhe apresentasse um parece Insi . . tltwçao, a fim de fevereiro de 1938, Vargas, em seu diário, relatou: "D. Rosalina" teve uma
r. SIStlUem dizer q d .
absoluto segredo.» ue tu o aquilo era em
de ferência com Plínio Salgado e traz-me as condições escritas pelo genro
on
c Uosé Loureiro júnior] para ele entrar para o Ministério. Pedi à portadora
Na documentação, via com bons olhos anroxí _ deste s devolvesse, diizen d o que eu nao
- tomava con heci
ecimento. "29 G etu'1·10 con-
mente pelo fato de se enxergar politicament: ~açoes com. o governo, Princi que a d . 1 - i
tinuava a trabalhar o processo e marupu açao os mtegraliistas.
dos
relembrar o episódio afirmo .". . _proxuno ao presIdente.22 Em 1943PaJ•
,u.
d e franco apoio ao Chefe onenteí entao os meus co anhei , ao A ambiguidade política e a busca incansável pelo poder geraram ações
de Estado . mp erros23no senhd
. , cujo pensamento construti •..•o como essa; pois, em fevereiro de 1938, continuou a correr atrás do sonhado
era Igualmente anticomunista, e represe ta . vo e revoIUcion:i..:
A . - d
n va a garann., da ordem 'bli
pu ca" 24
-'0 ministério. Oficialmente, era preciso criar um discurso aos milhares de segui-
. poslçao e apoio ou liderança, no entanr _ ,. . dores, e para isso afirmou que a oposição passava a existir em torno da traição
Janeiro de 1938, sobre o golpe afi o, nao sera eVIdente e linear E",
, rmou que: . < ••
varguista. Dizia não aceitar a extinção oficial da AIB. "Preocupado com o que
poderia acontecer com a AIB, procurara seus contatos militares para tentar
A maior de todas as surpresas que tive em 1
salvar o integralismo como movimento cívico e nacionalista.v" O fechamento
curso de V. Exa. Nessa noite fi. O de novembro foi o dis-
, quel completamente .d da AIB criou um elemento de oposição ao governo," por isso fez questão de
fôramos enganados, desde o primei di _ convencI o de que
. erro Ia. Nao houve al relatar ao presidente a causa da não aceitação do ministério, em carta de janei-
carmho para o integralismo ou para os integralistas.25 uma p avra de
ro de 1938, anterior ao pedido do genro que ocorrera em fevereiro:
35 Salgado, "A personalidade de Plínio Salgado". A Offensiva, Rio de Janeiro, 23 jan. 1938.
36 Campos, 1982, p. 77-78. 38 Victor, 2005, p. 42-43, d com muitos detalhes e sa-
o evento f'OICm inimamente
19 Na visão integralista, . prepara
de 1964 o
detalhou em um dossíê.• a rev olta
d
37 Hélio Silva afirma que a liderança do movimento de 1938 esteve a cargo dos liberais que bedoria, Em reportagem, a re~ls _ tuzetro,
' ta O ual os conspiradores escolheram ,a madruga a_
estavam ao lado dos integra listas na organização contra o Estado Novo. Silva, 1971. Teoria
ainda compactuada com Reyna/do Pompeu de Campos, que afirma: "A trama não era fei-
ta apenas por integralistas, el1vo/vendo outras pessoas que, embora dispostas a derrubar
~:':d~:~~;~~~~:~~:.a:~
~~".l:~~;~~
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Vargas, não se filiavam nem simpatizavam com o movimento integralista. [...] Dessa conspi- ~~!fi~~aS~:sf:;~lii: :o~~a~~aq~: ~u:~:~~~;:;:i~ i~~~~~~i~~~no~~:~~t:r:~I~;~ ~:~~s~~~:
ração surgiu o putsch de maio de 38, que não foi dirigido nem planejado pelos integralistas, presidencial. [...] As coisas co~~~r~mom~ruzeiro. Rio de Janeiro, 5 set. 1955.
que apenas participaram fornecendo a maior parte dos que entraram efetivamente em ação." exceções." "A Revolta Integra IS a . foram detidas, entre integra-
Campos, 1982, p. 78. Edgar Carone, por sua vez, dá aos integralistas o papel central do .. .. I cável e perto de 1.500 pessoas
40 "A repressão policial fOI Imp.a, V as" Campos, 1982, p. 89.
movimento, cujo propósito era matar ou prender Getúlio Vargas, Góis Monteiro, Eurico Outra listas, simpatizantes e adversários de arg .
50"Preso o Sr. Plínio Salgado! A diligência realizada em S. Paulo a 1 hora da madrugada de 55 "Preso o Sr. Plínio Salgado!. ..", 1939.
hoje". A Noite, Rio de Janeiro, 26 jan. 1939.
143
PRESOS POLÍTICOS E PERSEGUIDOS ESTRANGEIROS NA ERA V ARGAS
56"F 01. preso em S. Pauloo Sr. Plínio Salgado". Correio da Manhã, Rio de Janeiro, 27 jan. 1939. 62 "A prisão do chefe dos camisas-verdes movimentou a policia paulista", 1939.
58 "A pnsao
. - do c hef e dos camisas-verdes
. movimentou a polícia paulista" O O'" S t 64 "Revolta Integralista", 2001.
28 jan. 1939. . teno, an os,
65 Salgado, Oepoimento de Plínio Salgado, 04.02.1939 (CPDOC/FGV. Arquivo GV. Pasta 5
71 Idem, p. 149.
67 Salgado. Manifesto de maio (Manifesto do Sr. Plínio Salgado). APHRC/FPS-105.009.
68lbidem. 72 Idem. p. 148.
80lbidem.
74 Idem, p. 5.
81lbidem.
75 Idem, p. 2.
150 LEANDRO PEREIRA GONÇALVES PRESOS POLÍTICOS E PERSEGUIDOS ESTRANGEIROS NA ERA V ARGAS 151
As relações de amizade intelectual e políticas eram evidentes.?" e Getúlio
prudente eliminar sua presença no Brasil. No mesmo dia, recebeu a visita do
~~gas entendia que, com um governo ditatorial ~omo o de Oliveira Salazar,
banqueiro e amigo Alfredo Egídio de Souza Aranha. Esse, através do primo
, . Salgado não representaria perigo à ordem VIgente do Estado Novo, tan-
Osvaldo Euclides de Sousa Aranha, na ocasião ocupando a pasta de ministro phOlO
das Relações Exteriores, transmitiu a notícia de que o líder dos integralistas to o brasileiro
quanto o português.
partiria em breve para o exílio na Europa." No seu diário, Plínio imaginava que dinheiro seria oferecido pelo governo,
di . "nós não aceitamos porque preferimos passar apuros do que nos ser-
A partir desse momento, mesclou agitações em torno do iminente exílio e e Isse. _ .-
'moS de dinheiro do governo. Os nosso amigos particulares nao nos deixarão
a criação de mais uma obra literária. Em 10 de junho, disse: "Começo a passar
VI de fiome no exílio" 95 No "Diário de bordo" para Portugal, reafirmou
a limpo o meu poema. Estou cada vez mais entusiasmado.t''" O "Poema da morrer' . ,
fortaleza de Santa Cruz"?' teve início em rememorações de épocas da História as vàrta s tentativas de Getúlio Vargas em tê-lo como embaixador, alem das
, .
do Brasil, para ele de grande importância e que precisavam de ser resgatadas ofertas financeiras:
diante da situação do país naquele momento.
Getúlio me ofereceu embaixadas; quando, ante minha recusa, me ofe-
Com esse poema, deixou clara a indignação com o curso das transfor- receu dinheiro: e, finalmente, quando, após minhas cinco negativas em
mações políticas brasileiras. Expressou insatisfação com o povo pacato, o aceitar recursos financeiros que julguei indignos, enviou-me conselhos
povo submisso que estava sendo formado, sem história, sem personalidade. no sentido de que eu fizesse uma viagem de recreio, até as "coisas me-
A intenção era chamar a atenção do brasileiro com relação aos grandes fatos lhorarem". Vendo que eu colocava, acima de tudo, a minha dignidade,
do passado para conseguir transformar o presente e com isso construir um mandou forjar um inquérito ridículo e efetuar minha prisão."
futuro melhor, sem o governo ditatorial varguista e a entrada na concepção
nacionalista integral. Seu discurso não compactua com o ocorrido. Em relação ao oferecimento
O poema circulou de forma clandestina e foi reproduzido em grande de cargos, crê-se ser improvável, pois o mesmo já havia sido feito no caso do
quantidade entre os seguidores do integralismo, mas somente em 1951 hou- Ministério da Educação e ele foi levado no jogo getulista. Percebe-se, em pos-
ve a publicação oficial." Como a possibilidade de consolidar o nacionalismo síveis oferecimentos, uma forma de seduzi-lo. Ele só negou oficialmente após
integral era cada vez mais distante e o destino de Plínio Salgado passava a ter sido engambelado por Getúlio.
ser cristalizado no exílio, não lhe restou alternativa a não ser iniciar os pre- O seu tempo no Brasil estava chegando ao fim e os preparativos da viagem
parativos. Mesmo na ilegalidade e sem a presença do líder em solo nacional, foram iniciados. No cárcere, pediu um tempo antes da partida para que pu-
tinha a preocupação de manter vivo o ideal integralista. Disse em 12 de ju- desse se despedir de todos os familiares." Questões pessoais precisavam ser
nho: "Conversei durante a manhã com o Albuquerque, estudando os meios tratadas, pois a mudança tendia a ser por um longo prazo. Em 16 de junho,
de não deixar os integralistas entregues a uma desorientação que poderá recebeu a visita de um alfaiate para que pudesse ser recepcionado em grande
ser perniciosa em todos os sentidos. É preciso dar serviço a esse povo, para estilo em Lisboa" e, em 20 de junho, disse: "fui avisado de que virá na barca
evitar fermentações danosas.?'" da manhã o funcionário da Polícia trazer-me o passaporte, a passagem e os
O exilado vive em uma situação desconfortável, longe do seu país e com atestados de vacina't.??
relações limitadas. Dessa forma, busca em velhas solidariedades base de apoio
para sua sobrevivência. Portugal era um espaço aberto para o líder integralis-
94 No exílio buscou apoio em grupos conservadores radicais, entre eles o congênere portu-
guês, o Integralismo Lusitano. Cf. Gonçalves et ai., 2012.
95 Salgado, "Minha segunda prisão e meu exílio". In: Salgado, 1980, p. 42.
89 Idem, p. 30.
96 Salgado, "Diário de bordo". In: Salgado, 1980, p. 87.
90 Idem, p. 35.
97 Salgado, "Minha segunda prisão e meu exílio". In: Salgado, 1980, p. 47.
91 Salgado, "Poema da fortaleza de Santa Cruz". In: Salgado, 1980, p. 115.
98 Idem, p. 50.
92 Salgado, "Minha segunda prisão e meu exilio". In: Salgado, 1980, p. 36.
99 Idem, p. 61.
93 Idem, p. 39.
d
o intelectual
bT
e líder político se enxergava como um grande h
. - ornem, capaz
CAMPOS, Reynaldo Pompeu de. Repressão judicial no Estado Novo: esquerda e direi-
e mo I izar multidões, mas isso não foi efetivado. O exílio acab ta no banco dos réus. Rio de Janeiro: Achiamé, 1982.
fi do i alo ou com a
orça o Integr rsmo, pois o movimento não voltou a ser o que era na década CARONE, Edgard. O Estado Novo: 1937-1945.5. ed. Rio de Janeiro: Bertrand, 1988.
de 1930. Com parte do manuscrito de sua principal obra literário-religiosa, CORRESPONDÊNCIA de Plínio Salgado a Ribeiro Couto, 28 fev. 1940. (FCRB/
~EVida de Jesus, embarcou, no dia 22 de junho de 1939, para o exílio e disse' Apeb-Pop: 28177).
rgo o meu braço para a grande Nação, que me ama e me esperal"I02 N .
t t ' T . o en- "FOI PRESO EM S. PAULO o Sr. Plínio Salgado". Correio da Manhã, Rio de Janeiro,
an o, apos o eXI IO, em um período de democracia brasileira, o amor não foi
27 jan. 1939.
o m~smo. Com relações diretas, o conservadorismo lusitano promoveu um
GONÇALVES, Leandro Pereira. Entre Brasil e Portugal: trajetória e pensamento
reonen.taç_ão doutrinária no pensamento político do integralista, estabelecen~
do a cnaçao de novos direcionamentos a partir de 1946 q d de Plínio Salgado e a influência do conservadorismo português. 2012. 668f. Tese
B '1' . , uan o retomou ao (Doutorado em História) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Pau-
rasi , VIa PartIdo de Representação Popular (PRP) A 1" 1 .
. d . po ínca sa azansta por
mero e uma relação com o catolicismo, causou sedução em Plínio Sal ' d 10,2012.
q~e passou a ser rotulado de luso-brasileiro, elemento que o acompa~~o~ GONÇALVES, Leandro Pereira; OLIVEIRA, Alexandre Luís; ALCÂNTARA, Prisci-
ate o fi~ de sua vida, em 1975, tendo como base a matriz do corporativismo Ia Musquim. '1\ Ação Integralista Brasileira e o movimento operário na cidade de
exemplIficado no modelo português. Petrópolis (RJ)". RevistaArs Historica, v. 3, p. 1-16, Rio de Janeiro, 2011.
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Minha segunda prisão e meu exi 10, segu
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