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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS


CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

GABRIEL COSME GONÇALVES MARQUES DOS SANTOS

TRABALHO FINAL – MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA


Algoritmização da sociedade

ALFENAS – MG
2018
GABRIEL MARQUES

Algoritmização da sociedade

Trabalho final para a disciplina:


Métodos e Técnicas de pesquisa I, lecionada
pelo professor Antônio Carlos; Universidade
Federal de Alfenas, atendendo as
especificações repassadas em sala na
construção do trabalho.
ALFENAS – MG
2018

Introdução

No presente trabalho pretendo trabalhar com a ideia de algoritmo, como se


desenvolve a complexidade estrutural da sociedade nos tempos modernos, e como os
indivíduos são atravessados por essas forças que atuam muitas vezes indiretamente no
cotidiano dos atores sociais. Julgo importante reconhecermos os mecanismos em que estamos
imergidos socialmente, e não nos damos conta de onde e como partem essas forças, uma vez
que paramos para analisar a estrutura, podemos notar padrões, mas não sabemos de onde
partem esses padrões e podendo cair na superstição de ser uma coincidência, através das
instituições podemos notar que existem regras, padrões a serem seguidos, são como enredos
diria Goffman, com o advento da tecnologia, em suma a invenção do smartphone, podemos
observar que a sociedade está voltada para esse instrumento, como fazer cadastros para órgãos
sociais por meio de aplicativos, podemos saber do nosso saldo no banco através de aplicativos,
acompanhar desempenho acadêmico, tudo através da algoritmização, podemos notar o quanto
impactante se torna quando através de aplicativos é possível gerar opiniões, gostos, posições
políticas a partir da influência digital. Não é de hoje que existem influências ou guias na
sociedade e influenciando materialmente esferas das nossas vidas até inconscientemente, o que
torna a algoritmização um enigma sociológico é refletirmos a relação do indivíduo, sociedade e
virtualidade, voltado para a “representação digital do eu na vida cotidiana” e como essa
dinamização da virtualidade tem ganhado um aspecto intermediário antes dos indivíduos
atuarem seus papéis socialmente.

Métodos e desenvolvimento

Considero válido utilizarmos de teorias desenvolvida em dada época,


modernizarmos sem perder a essência para compreendermos o fenômeno social da
algoritmização, através de revisões bibliográficas podemos cercar o tema fazendo uma releitura
do Goffman em um dos seus livro “A representação do eu na vida cotidiana” o autor faz uma
metáfora usando o teatro para tratar das relações interpessoais, em que constantemente estamos
transmitindo de modo conscientemente ou inconscientemente papeis que interpretamos
socialmente.
Julgo relevante pensarmos na algoritmização como algo processual, não apenas
estritamente pensarmos no resultado disso, mas pararmos e observamos a estrutura já pré-
disposta para essas práticas serem executadas, existe todo um mecanismo desenvolvido e que
se renova constantemente para acompanhar não só as práticas discursivas, mas a linha tênue
com a sociedade. Ao trabalharmos com o conceito de algoritmo, na perspectiva de Dennet,
define algoritmo sendo:

Algoritmo é um tipo de processo formal no qual se pode confiar –


logicamente – que produza uma determinada espécie de resultado
sempre que for ‘posto pra funcionar’ ou evidenciado. Muitos
procedimentos aritméticos familiares, tais como uma divisão longa ou a
conferência do saldo no talão de cheques são algoritmos, assim como
os procedimentos de decisão para ganhar no jogo da velha e para
colocar uma relação de palavras em ordem alfabética” (1998, p.52)

Pela perspectiva Durkheimiana, pensa as instituições sociais, como um


mecanismo de organização social, sendo o conjunto de regras e procedimentos padronizados
socialmente, reconhecidos, aceitos e sancionados pela sociedade, cuja importância estratégica é
manter a organização do grupo e satisfazer as necessidades dos indivíduos que dele participam.
Ao pensarmos na sociedade, podemos analisar e observar mecanismos sociais que podem
servir como controle social, sendo eles os algoritmos usados pelas instituições, através dos
algoritmos conseguem promover, padrões estéticos, comportamentos, tendências, e muitas
vezes somos atravessados por essas forças pela palma da nossa mão, ao usarmos um
smartphone.
Ao pensarmos no individuo como ser reflexivo na sociedade, e tendo suas
atitudes como variáveis conscientes ou inconscientes, Giddens se atenta:

“O reconhecimento da importância essencial da monitoração reflexiva


da conduta na continuidade cotidiana da vida social não significa
refutar o significado das fontes inconscientes de cognição e motivação.
Mas envolve prestar alguma atenção à diferenciação que separa
“consciente” de “inconsciente”. (GIDDENS, 2009:50)

Essa divisão do inconsciente e consciente para Giddens, pode ser alterado pela
socialização e fatores que envolva experiencias na aprendizagem, uma vez que estamos usando
ferramentas tecnológicas, estamos entrando em uma arquitetura digital que é feita de números
sendo eles estruturados por 0 ou 1.

Referências Bibliográficas

GOFFMAN, Erving. A representação do eu na vida cotidiana. Rio de Janeiro, Editora Vozes,


1985.

DENNETT, Daniel. A Perigosa Idéia de Darwin. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

GIDDENS, A. A constituição da sociedade. 3° ed. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

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