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Anotações – História do Brasil 4

PADROS, Enrique Serra. A ditadura brasileira: da conexão repressiva de


Segurança Nacional à Operação Condor. In: ABREU, Luciano; MOTTA, Rodrigo
(orgs.). Autoritarismo e cultura política. Porto Alegre: FGV: Edipucrs, 2013, pp. 123-
152.

1)- Teses
a)- Tese principal - Pg. 123 – O Golpe de Estado de 1964, no Brasil, iniciou a irradiação
de uma espiral colaboracionista entre governos e setores políticos conservadores da
região, costurada pela Doutrina de Segurança Nacional (DSN) e outras diretrizes
anticomunistas e contrainsurgentes – Pg. 123.
b)- Repetição da tese – Nesse artigo, portanto, essas premissas são simplesmente
identificadas – Ditadura civil-militar; Doutrina de Segurança Nacional (DSN), conexão
repressiva, terrorismo de Estado, Inimigo Interno e Fronteiras Ideológicas – como
elementos delineadores de determinada perspectiva de análise – Pg. 126.
c)- Iniciou-se, assim, uma colaboração policial/militar repressiva, mais complexa,
sofisticada e, certamente, letal que as experiências anteriores. Monitoramento, vigilância,
espionagem, ameaça, seguimento e perseguição implacável extrafronteiriça foram
objetivos permanentes dos países que, gradativamente, passaram a ter governos de
exceção, com as suas particularidades, mas pautados pelo terrorismo de Estado – Pg. 124.
d)- O protagonismo brasileiro na região foi definido pela lógica do combate ao “Inimigo
Interno”, consagrado pela DSN. Entretanto, quando o mesmo se estabeleceu em outro
país, isso não foi motivo para esquecê-lo ou desistir dele – Pg. 146.
e)- A presença brasileira, ativa, contundente, imperativa, surge das entranhas dos
documentos que aos poucos confirmam o que o relato de muitos sobreviventes do Cone
Sul ou familiares de vítimas haviam descoberto há muitos anos – Pg. 146.

2)- Argumentos
a)- O medo da “cubanização” continental foi agente mobilizador através dos
mecanismos psicossociais utilizados pelos setores golpistas – Pg. 123.
b)- Por isso, à medida que as necessidades conjunturais começaram a sintonizar-
se entre os países do Cone Sul, a colaboração e a reciprocidade de “favores” se tornou
comum e cada vez mais global e refinada – Pg. 124.
c)- [...] o envolvimento do Brasil nos Golpes de Estado na Bolívia (1971), no
Uruguai (1973) e no Chile (1973) – Pg. 125.

Agindo além fronteiras...


d)- Consumado o golpe que derrubou João Goulart, surgiu um exílio muito ativo
no Uruguai, tanto na denúncia dos acontecimentos ocorridos no Brasil quanto na tentativa
de manter vínculos entre a comunidade politicamente organizada no exterior e a
resistência interna – Pg. 126.
e)- No final de 1968, a imposição do Ato Institucional nº 5 (AI-5) provocou nova
onda de fugas para o Uruguai. Nessa nova fase, vários cidadãos brasileiros foram detidos
e “entregues” pela polícia uruguaia, sinal evidente da intensificação da cooperação das
forças de segurança – Pg. 128.
Operação 30 Horas
f)- O processo de intervenção crescente da ditadura brasileira nos assuntos
internos dos países vizinhos da região, fato assinalado nos documentos produzidos pela
própria ditadura ou expressa na crônica jornalística da época, deu um salto qualitativo no
início da década de 1970 – Pg. 130.
Apoiando conspirações, golpes de Estado e ditaduras na casa dos outros
g)- A participação da ditadura brasileira [...] trata-se de uma atuação conhecida e
registrada na documentação que vai emergindo das catacumbas do silêncio, do
esquecimento e de desresponsabilização histórica [...] O envolvimento do Brasil no Plano
Condor é inquestionável, apesar da incerteza sobre a profundidade dessa atuação – Pg.
133.
- A colaboração com a ditadura Stroessner, a pressão na Bolívia e o apoio no golpe
contra Allende são fatos conhecidos e denunciados no momento em que ocorrem os fatos
– pg. 134.
O Brasil na historiografia sobre a Operação Condor
h)- Procuramos, nesse momento [...] salientar sobre o que tem sido dito sobre a
participação do Brasil em determinadas obras. O intuito é avaliar, em conjunto, o que
pode servir como argumentação para o reconhecimento de uma participação realmente
secundarizada ou se, pelo contrário, independentemente de comparações que se possa
fazer com o comportamento de outros sócios, no empreendimento repressivo regional, o
protagonismo é qualitativo – Pg. 138.

Reflexões finais
i)- O fundamental é salientar que a presença do Brasil foi importante para a
consolidação de regimes de exceção na região. Inaugurando, de certa forma, a cronologia
de golpes de Estado e utilizando o peso da sua presença material e simbólica, contribuiu
para decantar e inviabilizar que projetos reformistas pudessem persistir por muito tempo
– Pg. 145.

TEORIA DA HISTÓRIA
- Questões do presente que norteiam o revisitar do passado a fim de se construir
uma orientação para o futuro – Em tempos de Comissão Nacional da Verdade, de Corte
Interamericana de Direitos Humanos julgando o Brasil e de multiplicidade de iniciativas
de resgate da memória, a preocupação e o esclarecimento do protagonismo e da atuação
brasileira dentro desse grande marco repressivo regional ainda são recheados de incerteza,
imprecisões e ambiguidades – pg. 145.
3)- Fontes

a)- Acervos
- Arquivo do Terror – Pg. 124.
-Arquivos – fundos DOPS ou SOPS – Pg. 127.
- Arquivo Histórico/RS – Acervo da Luta Contra a Ditadura - Radiograma – 15/08/1970
– Pg. 129 – Nota 7.

b)- Autores da época


- Paulo Schilling - 1978 – Pg. 131.

c)- Periódicos
- O semanário Marcha – Pg. 131.

d)- Depoimentos
- Grael – Pg. 131 – nota 9 – apenas menção.
e)- Memorandos
- The National Security Archive - Memorando secreto – Departamento de Estado dos
EUA – 13/11/71 – Pg. 132 - Nota 10
- The National Security Archive - Memorando secreto – Departamento de Estado dos
EUA – 13/11/71 – Pg. 132 - Nota 11.

f)- Documentos do Itamaraty – Pg. 134 – apenas menção.

g)- Filmografia
- Estado de Sítio (1972) – Pg. 135.
- Missing, Desaparecido, um grande mistério (1985) – Pg. 135.
h)- Despacho Radiográfico
- Ministerio Del Interior – 23/10/79 – Pg. 139 – Nota – 18.

4)- Debate historiográfico


a)- Historiografia dos anos 80
- Ferri – 1981 – Pg. 137 – Nota 15.

b)- Historiografia dos anos 90


- Flávio Tavares – 1999 – Pg. 127.
- Gutiérrez – 1999 – Pg. 128 – Nota 5.
- Demasi – 1996 – Pg. 129 – Nota 6.
- Boccia, González e Palau – 1994 – Pg. 138.
- Stella Calloni – 1999 – Pg. 139.
- Francisco Martorell – 1999 – Pg. 143 - Nota 21

c)- Historiografia dos anos 2000


- Boceia, González e Palau – 2006 – Pg. 124.
- Patrice McSherry – 2009 – Pg. 125.
- John Dinges – 2005 – Pg. 109.
- Padros – 2005 – Pg. 126.
- Teresa Marques – Dissertação de Mestrado – 2006 – Pg. 126 - Nota 3.
- Ananda Fernandes - Dissertação de Mestrado – 2009 - Pg. 126 - Nota 3.
- Butazzoni – 2002 – Pg. 132.
- Bonnefoy Miralles – 2005 – Pg. 134.
- Mariano – 2003 – Pg. 135 – Nota 14.
- Padrós – 2009 – Pg. 135 – Nota 14.
- Reis – 2009 – Pg. 135 – Nota 14.
- Motta – 2003 – Pg. 135.
- Marie-Monique Robin – 2005 – Pg. 135.
- Luiz Cláudio Cunha – 2008 – Pg. 136.
- Cunha – 2008 – Pg. 137 – Nota 15.
- Reis - 2012 – Pg. 137 – Nota 15.
- Mariano – 2006 – Pg. 137 – Nota 16.
- Fernández – 2011 – Pg. 137 – Nota 16.
- Palmar – 2005 – Pg. 137 – Nota 17.
- John Dinges – 2004 – Pg. 140.

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