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Em 2013, no contexto da Copa das Confederações da das imagens – seja as dos cartazes, camisetas e bandeiras; seja
FIFA, as chamadas Jornadas de Junho irromperam as ruas aquelas das inúmeras câmeras a filmar, seja a das múltiplas
das cidades brasileiras tornando nosso cotidiano frívolo. telas a reproduzir ou barrar a proliferação imagética. A dis-
Para Fernanda Bruno e Cezar Migliorin1, sem ser exatamen- puta se dava pela construção de um campo de visibilidade
te uma paixão, uma revolução ou uma tragédia, as Jornadas, mundial agora possível como nunca antes no Brasil graças
em sua intensidade, a tudo tornavam sem importância, a às circunstâncias do evento da Copa das Confederações, ao
tudo excediam: expectativas, representações, esquemas de impulso de manifestar já instalado e à repressão da polícia2
pensamento. Algo de novo surgia, se espalhava, e escapava que, ao arvorar-se sobre os manifestantes, incitava ainda
ao controle: um acontecimento. mais o desejo de se estar visível.
A multidão que eclodiu nas ruas se disseminou por di- Essa nova configuração política que, segundo Bruno e
ferentes fóruns de conversação, pelas redes sociais, e pelas Migliorin, excedeu ainda nossa capacidade de mensuração -
múltiplas telas: digitais, midiáticas, e dos pequenos apare- não só no slogan compartilhado aos quatro cantos, “amanhã
lhos telemóveis. Remetendo a movimentos surgidos na dé- vai ser maior”, mas na impossibilidade de prever rumos, ga-
cada de 1960, como a luta pelos direitos das mulheres; na nhos ou perdas -, nos lança o desafio de pensar as Jornadas
década de 90, que discutiam o direito à cidade com questões de Junho como um acontecimento que emerge entre o ser e a
pertinentes ao transporte e à moradia; movimentos mun- imagem, entre o acontecer e o dar a ver. Um acontecimento
diais que reverberaram no Brasil como os black bloc; e grupos que emerge ali, onde Jacques Rancière situou a gênese do
dispersos, até mesmo de direita, com pautas difusas e con- político, no “conflito sobre a própria configuração do sen-
trárias aos direitos coletivos; Lena Silva e Paula Ziviani acre- sível” (RANCIÈRE, p. 373, 1996), ou seja, na disputa que,
ditam que “vários tempos foram às ruas” (SILVA; ZIVIANE, ao reconfigurar espaços e crenças, torna visível as diferenças,
2015. p.7). o dissenso que constitui o viver em comum. Se pensarmos
Em junho, a favela desceu o morro e a classe média saiu do facebook, o acontecimento como esse processo de reconfiguração em
as paredes das fábricas se romperam e o trabalhador não foi ato, sobre o qual ainda não se é capaz de formular um estado
mais o único sujeito político das lutas. Um movimento onde de coisas, uma vez que o mesmo ainda está em devir, talvez
tudo aconteceu sem lideranças, colocava em xeque os tra- o processo mesmo de produção das imagens de junho nos
dicionais protocolos de organização e representação políti- permita afirmá-lo sem aprisioná-lo.
ca aos quais estávamos habituados. Em comum, o encontro
gigantesco de diversas questões de ordem social, política, Do acontecimento
econômica, de grupos e de classes, num momento de visi-
bilidade mundial. No artigo intitulado Junho de 2013 à luz dos acontecimentos,
Frente a tal irrupção, o Estado brasileiro responde de Antônio Teixeira, ao afirmar o conceito como artifício de
forma truculenta e arbitrária. Ao regular o acesso à cidade, linguagem que fixa significados, aponta a impropriedade
conforme as regras da FIFA para o evento, as forças estatais conceitual como qualidade primeira da noção de aconte-
não apenas reprimiam violentamente as manifestações urba- cimento. Para ele, “se conceituarmos de saída o que é um
nas, mas também controlavam o que podia ser visto e o que acontecimento, o acontecimento, como tal, deixa de aconte-
não podia ser visto: nas ruas, nos prédios públicos, nos es- cer” (TEIXEIRA, 2014). Retomando a expressão que Alain
tádios de futebol. A cidade se tornava um campo de disputa Badiou aplica a Derrida, Teixeira sugere uma noção acon-
não só por espaço – o direito de protestar nas ruas contra a
opressão policial - mas de disputa pela produção e controle 2 Para Rancière, quando as forças da ordem são enviadas para reprimir uma ma-
nifestação política, o que se passa “é uma contestação das propriedades e do uso de
um lugar: uma contestação daquilo que é uma rua. Do ponto de vista da polícia a
1 Trata-se de referência ao texto “Junho de 2013, Brasil como pensar um aconte- rua é um espaço de circulação. A manifestação, por sua vez, a transforma em es-
cimento?” publicado no blog http://medialabufrj.net/2013/11/radio-comum/ em paço público, em espaço onde se tratam assuntos da comunidade”. (RANCIÈRE,
novembro de 2013. p. 373, 1996).
ceitual de acontecimento. Trata-se de pensar o acontecimen- das manifestações, e dos conflitos (expressos nos confrontos
to “como ponto de fuga do pensamento cuja verdade se mos- polícia-povos) que delas emergiram: as imagens de junho.
tra no próprio movimento pelo qual escapa o nosso esforço Voltar-se para as imagens em disputa é voltar-se para o
de aprisioná-lo nas grades do conceito” (TEIXEIRA, 2014). político através de uma materialidade que, se nascida na cena
Em Lógica do Sentido, Deleuze (2015) apresenta e de- do conflito de forças e poderes, carrega o traço do aconteci-
senvolve suas considerações acerca do acontecimento como mento. Mais do que isso, as imagens de junho talvez guardem
devir, algo tratado como vir a ser, que força o sentido e leva a potência acontecimental ao sustentarem a marca do corpo
o sujeito à buscar novos significados para o que acontece. na rua, do corpo militante, do corpo daquele que com uma
Na esteira desse autor, o acontecimento é paradoxal, por- mão carrega a câmera de celular e com a outra protege os
que desfruta de uma irrealidade (DELEUZE, 2015, p. 3). olhos do gás lacrimogênio que a polícia dispara. Falamos do
Em tais acepções, o paradoxo do acontecimento se realiza no lugar do documentarista manifestante, militante, que cons-
movimento entre o bom senso (como sentido único) e o sen- trói a ambiência do ato de protesto na visceralidade do calor
so comum (como demarcação de identidades fixas). da hora e, por isso, pode nos conduzir à abertura e à multi-
Oscilando entre esses dois polos, o acontecimento obri- plicidade que o acontecimento mobiliza. São essas imagens
ga o sujeito a produzir algum sentido a partir da contra-e- trêmulas, desfocadas, produzidas corporalmente, junto aos
fetuação. Essa produção de sentido ocorre na relação entre passos, gritos e gestos da rua, que desafiam nossas categorias
acontecimento, devir e linguagem, onde a última assume analíticas – vindas, principalmente, das teorias do cinema - e
o papel de estabelecer os limites e também de rompê-los. nos aproxima, como reivindica Antônio Teixeira, da possi-
Assim, o acontecimento se coloca no espaço entre produzir bilidade de criar novas formas de pensamento para sinalizar
sentido, conseguir, não conseguir, falhar, elaborar, elaborar o impensado e se abrir ao acontecimento.
novamente. Por ainda não se oferecer plenamente ao senti-
do, o acontecimento obriga uma produção semiótica inces- Do documentarista
sante, colocando o sujeito em pensamento, em elaboração. E
é justamente entre o sentido e o não sentido que o intervalo No artigo Ensaio na Revolução: o documentarista e o acontecimen-
aconceitual, do qual nos fala Teixeira, vem se instalar. to, Cezar Migliorin (2014) questiona o que pode um docu-
O desafio que nos espreita, portanto, ao evocar as mentarista diante de um grande evento político, em meio a
Jornadas de Junho, implica menos em resguardar a natureza um acontecimento. Migliorin se pergunta o que pode “este
acontecimental do acontecimento, seu movimento de estar homem que tem o cinema como instrumento de trabalho e
em constante processo, do que em acompanhar tal movi- é interessado por política” (MIGLORIN, 2014, p. 235), ou
mento para que o pensamento se produza também em devir. quem sabe, podemos reformular e dizer ainda: o que pode
Trata-se de “suspender os protocolos do passado e nos abrir este homem pra quem a política é uma forma de vida e des-
para a obscuridade de um futuro sem garantia, que nos obri- cobre o cinema como possibilidade? É justamente por en-
ga a inventar novos conceitos” (TEIXEIRA, 2014). contrar-se em um nó “de onde as continuidades se mantêm
Mas como evocar junho de 2013 numa ordem de dis-
curso sem que o acontecimento em si escape, se ao escrever,
historicizamos, remetemos ao que outrora existiu, buscamos Benjamin (1994), que remete à existência única de uma obra de arte no lugar em
que se encontra e que a inscreve temporalmente. Tal unicidade, para Benjamin, se
referências, padrões comuns, conceitos estabelecidos? A hi- perde nos processos de reprodução junto com a experiência mesma do sujeito que
pótese, já anunciada – na qual situamos o acontecimento de a contempla. Aqui, pensamos o aqui-e-agora como essa inscrição da experiência do
junho entre o ser e a imagem -, pode ser melhor formulada sujeito no local do acontecimento e que, portanto, o produz. Porém, nesse caso, a
imagem enquanto forma de reprodução não extinguiria o aqui-e-agora, mas, ao
a partir dessa questão: é preciso debruçar-se sobre uma ma- contrário, carregaria seu traço, o traço da experiência vivida. Essa caracterização
terialidade sígnica gestada na efervescência do aqui-e-agora3 pode ser ainda associada ao que Comolli chama de inscrição verdadeira: “ligação
indissolúvel – permitida e testemunhada pela máquina do cinema – entre discurso,
os corpos filmados e o lugar onde os eventos ocorrem” (CAIXETA e GUIMARÃES,
3 Lembramos aqui o “hic et nunc”, ou seja, o “aqui-e-agora”, conceito de Walter 2008, p. 44).
incertas” (MIGLIORIN, 2014, p. 236) que o documenta- mando um lugar de suposta “neutralidade” ou “objetivida-
rista se põe a filmar, ou seja, é o acontecimento que o move de”, solapavam as nuanças de sentido estético e político que
e o conduz. a potência do dissenso nas ruas poderia produzir.
Para Migliorin, a função do documentarista é de um Desse modo, é possível classificar dois tipos de filmes:
catalisador de potências humanas e não humanas capaz de aqueles produzidos pelas instituições e forças hegemôni-
recriar o acontecimento, a recriar a complexidade da cena cas e aqueles produzidos por documentaristas militantes.
em seus agenciamentos coletivos e subjetivos numa forma Suspeitamos que através da comparação entre estes dois ti-
e, assim, fazer do acontecimento algo na e da imagem. Dito pos de material é possível, mapeando as relações entre o en-
de outra forma, ao mediar o acontecimento pelo cinema, quadramento pré-concebido e aquele que só pode se dar no
mantendo a singularidade e a intensidade que absorve e enfrentamento das ruas, apontar, através das cenas, onde a
reflete, o documentarista também produz acontecimento. gênese da imagem faz com que o acontecimento incida, ou
Nessa medida, para o autor, o documentarista é um tradu- seja, produz ela mesma acontecimento.
tor, e traduzir é dar passagem para o espectador, aquele de
quem o corpo não experimentou o aqui-e-agora do evento, Das análises, dos documentaristas, das perspectivas
a intensidade do estar junto, e a dureza do conflito. É nessa
passagem que a experiência vivida pelo documentarista dei- O primeiro conjunto de imagens analisado compõe o
xa de ser individual (sem a centralidade de um sujeito) e se filme Junho – o mês que abalou o Brasil dirigido por João Wainer
faz comum, antes mesmo da comunidade partilhada na es- e produzido pela O2 Filmes e Agência Folha de São Paulo.
pectatorialidade do cinema. Trata-se de passar por si, mas A câmera do filme Junho está em alguma medida dentro do
sair de si. “Transportar, das vidas aos filmes, é o gesto que conflito. Afinal, o conflito explodia por todos os lados. Mas
faz o documentarista criando passagens entre esses lugares está também no alto (no helicóptero ou no drone), vendo de
institucionais, tecnológicos, econômicos, cada um deles, cima, protegida, observando os manifestantes à distância e
operando transformações, acréscimos, e traições ao evento”. dando a ver uma massa homogênea de pessoas, dissolvendo
(MIGLIORIN, 2014, p.246) qualquer expressão múltipla da manifestação, diminuindo o
Discutir a relação entre imagem e acontecimento é, an- espaço para o trabalho do outro, do espectador que viria dar
tes de mais nada, visitar os caminhos e analisar as forças que o sentido. Trata-se de um olhar que está em todos os lados,
operam no momento em que as imagens foram produzidas; tentando dar a ver o acontecimento por inteiro, como se o
é olhar para a “circunstância de mundo” que incide na gê- mesmo fosse um todo capturável.
nese das imagens documentais, como definido por Fernão
Ramos (1997). Ao olhar para o ato fundador das imagens
elegemos o ponto de vista do documentarista como dispara-
dor da análise fílmica, ou seja, o lugar de onde ele se coloca
a filmar, a perspectiva, as forças que incidem nesse espaço
ocupado e as implicações políticas desse posicionamento.
O documentarista que buscamos - esse do qual nos fala
Migliorin, que vive com a câmera a intensidade das mani-
festações de 2011, na praça Tahrir, no Egito - o tradutor,
que faz habitar na gênese da imagem o movimento do corpo,
o traço do acontecimento, é aquele que está entre o povo,
como dissemos, o documentarista militante. Porém, nas
Jornadas de Junho outras imagens foram produzidas confi-
gurando um campo mais amplo de disputa pela visibilidade, Fig.1: Perspectiva do alto em Junho - o mês que abalou o
inclusive muitas delas vindas de agentes midiáticos que, to- Brasil
Ano 4, no 7, Julho a Dezembro de 2015
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Uma posição recorrente da câmera chama atenção no fil- campo e no fora-de-campo sejam sentidas numa (co)pre-
me. Os documentaristas de Junho – o mês que abalou o Brasil se sença câmera-sujeito-conflito. Daí que na gênese fílmica, o
posicionam em locais pouco habituais aos manifestantes que que era enquadramento dá lugar ao desenquadramento e a
estavam nas ruas: eles filmam por detrás da polícia, filmam cena habita, ainda que por poucos segundos, o impensado
de dentro do espaço que os manifestantes do lado de fora do acontecimento.
tentavam a todo custo ocupar. A câmera escaneia, modela
o acontecimento, tentando a qualquer custo domesticá-lo.
A imagem já se constitui carregada de uma posição institu-
cional, totalizante, que mostra do alto, que mostra de vários
pontos e que, portanto, não olha o ato, mas quer dele se apo-
derar. Uma câmera sem olhar, incapaz de abrir espaço entre
as imagens para que o acontecimento ecoe, a diferença surja
na ocupação das ruas, no conflito com os policiais e os pode-
res que buscavam conter as ações dos populares. Estetizante,
esse não-olhar desfaz a cena do dissenso, desfaz o político.
to, enlaçada aos manifestantes, que vemos em Com Vandalismo, grades. Dali, o sujeito que filma está seguro. Dali os mani-
contra o poder da imagem protocolar que visa domar de fora festantes não são visíveis. Ao filmar do alto, a câmera mostra
o acontecimento. uma massa encurralada pela barreira policial. Bombas são
lançadas da parte superior do quadro em direção aos mani-
festantes, mas aquele que filma não se abala, não é afetado,
não sofre os efeitos do gás que toma o quadro como se em-
purrando os manifestantes para fora dele. A polícia militar
cumpre seu papel na dispersão dos populares e sai vitoriosa
do conflito. Fim da reportagem.
De outra natureza, a Mostra Os Brutos, organizada pelo ci-
neasta e midialivrista Daniel Carneiro, exibiu imagens bru-
tas das manifestações de junho de 2013, em Belo Horizonte.
Seguindo nosso princípio da comparação, trazemos aqui
parte das imagens d’Os Brutos que busca localizar o mesmo
episódio filmado pela Rede Globo. Em uma sequência, jo-
vens vestidos de preto, de costas, usam máscaras e óculos.
Exatamente atrás deles, está o documentarista manifestan-
te. Uma multidão ecoa gritos de ordem. Do fora-de-campo,
Fig. 5: Câmera da Globo filma um bloco de pessoas empur- chega o barulho das bombas. Um jato de fumaça passa diante
radas pelo gás lacrimogênio dos manifestantes. O quadro se movimenta, treme, desloca
com o sujeito que filma. Ele se posiciona diante do local de
O ponto de vista totalizante e, portanto, policial4, do fil- onde o jato de fumaça foi lançado, parece procurar um ras-
me Junho, também é colocado em cena pela Rede Globo na tro de verdade.
reportagem veiculada pelo Jornal Nacional sobre as manifes-
tações de 22 de junho de 2013, em Belo Horizonte. Numa
das sequências, um bloco de pessoas marcha pela avenida.
Daquele ponto de vista não é possível identificar quem são os
sujeitos do protesto, quais são suas reivindicações, suas dife-
renças, de que forma colocam seus corpos na rua. A câmera
da Globo não dá a ver nem povo, nem multidão (no sentido
da multiplicidade, da heterogeneidade), mas um volume de
pessoas a se mover lenta e pacificamente. O documentaris-
ta olha a cena do alto, de fora, marcando a distância entre
quem filma e quem vive a experiência, entre o sujeito que
filma e o objeto filmado. Ao filmar do chão, a câmera está Fig. 6: Os Brutos: o gesto militante anterior à própria imagem
posicionada atrás da barreira policial, atrás do limite das
Em outra sequência feita por outro documentarista mi-
4 Aqui vale a relação tanto com o ponto de vista da câmera que está do lado dos litante vemos um plano aberto. Pela perspectiva da tomada
policiais quanto com a noção de polícia de Rancière, que se opõe a de política. Para não há dúvidas de que a câmera está do lado dos manifestan-
o autor, “esta lógica dos corpos no seu lugar dentro da distribuição do comum e do
privado, que é também uma distribuição do visível e do invisível, da palavra e do tes, junto a eles, porém a multidão é vista à margem. Para
ruído, é o que propus nomear de polícia. A política é a prática que rompe com essa filmar, o documentarista se apoia nas estruturas que a rua
ordem da polícia que antecipa as relações de poder na evidência dos dados sensí- oferece. Quem não tem drone sobe na árvore, se apoia no
veis. Ela o faz através da invenção de uma instância de enunciação coletiva que re-
desenha o espaço das coisas comuns” (RANCIÈRE, 2008, p. 66). Tradução nossa. muro, eleva o corpo que filma em suportes pouco habituais.
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