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Mídia e religião no Brasil.

Entrevista especial com


Leonildo Silveira Campos

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15 Dezembro 2009

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Visando discutir as relações entre comunicação e religião a partir da visão da imprensa sobre as
Igrejas, a quarta edição da Conferência Brasileira de Comunicação Eclesial – Eclesiocom –
ocorreu no último mês de novembro, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Um
panorama geral do evento “Igrejas na imprensa: o noticiário sobre religião em foco” aponta para a
dificuldade na publicação de pautas religiosas na mídia, principalmente em jornais brasileiros de
grande circulação, e para a difusão, apenas, de episódios relacionados a escândalos e corrupção. Como
destaque na área de pesquisa sobre religião e mídia, o professor Leonildo Silveira Campos, em
debate na Eclesiocom, lamentou o fato de as mídias tirarem proveito da imagem excêntrica do
pentecostalismo.

Em entrevista concedida, por e-mail, para a IHU On-Line, o professor fala sobre a presença das
Igrejas, principalmente das Igrejas pentecostais, nos meios brasileiros atuais. “A mídia impressa, na
forma de jornais e revistas, formou uma colisão contra a presença de certas formas de religião no
espaço público – midiático e político. Os especialistas continuam a discutir a respeito dessa guerra que
pouco santa é”, garante. Silveira Campos aborda, ainda, temas como o papel da Internet na
disseminação da fé e na reformulação das crenças, a famosa “briga” entre a Rede Globo e Rede
Record, e a transformação no pensamento dos fiéis com a disseminação de uma imagem negativa da
religião. “Que poder tem a mídia de transformar as opiniões, atitudes e representações religiosas dos
fiéis? Sou da opinião que a mídia somente tem força sobre os indivíduos quando a sociedade ou uma
determinada cultura a legitima”, avalia.

Leonildo Silveira Campos é doutor em Ciências da Religião. Atualmente, é professor da


Universidade Metodista de São Paulo, da Faculdade de Humanidades e Direito, lecionando no
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião, e como professor convidado na Faculdade de
Teologia de São Paulo da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil. É autor do livro “Teatro, templo
e mercado: organização e marketing de um empreendimento neopentecostal” 1ª Ed. Petrópolis - São
Paulo, Vozes – Simpósio - Umesp, 1997. Entre seus artigos, destaca-se “Evangélicos, pentecostais e
carismáticos na mídia radiofônica e televisiva”, em Revista USP, n. 61, março-maio de 2004, p. 146-
163.

Confira a entrevista.

IHU On-Line - A pauta religiosa é distorcida pela mídia ou somente renegada?


Leonildo Silveira - Temos feito algumas pesquisas sobre as relações entre mídia e religião no Brasil.
Mais sobre evangélicos e mídia no Brasil. Graças a elas, percebemos que as relações entre ambas são
dúbias, fragmentadas e, muitas vezes, assimétricas. Isto porque, tudo depende a que tipo de religião e
de mídia se faz referência. Por exemplo, o advento do movimento pentecostal nos EUA, devido aos
seus aspectos escandalosos – barulho e mistura de raças - já nos primeiros dias de sua aparição
pública, em abril de 1906, foi objeto de noticiário em jornais de Los Angeles. Poucos dias depois, os
jornais Los Angeles Record e Los Angeles Daily Times retratavam o movimento pentecostal como uma
mistura de brancos e negros que adotavam pulos, contorções e quedas ao chão no meio de muito
barulho, durante as orações. O barulho dia e noite incomodava a vizinhança. Todavia, ao chamar a
atenção para o que acontecia em Azusa Street, os jornais acabaram tornando visível o avivamento
pentecostal. Assim, um caso local se tornou um rumoroso caso nacional.

No Brasil, durante décadas, desde o surgimento do pentecostalismo, em 1910-11, essa religião, talvez
por ser uma religião de pobres e de operários, não chamou a atenção da mídia. Porém, após o início de
uma fase de crescimento explosivo nas cidades, com muitos casos de “curas milagrosas” atribuídas à
divindade, o movimento pentecostal passou a ser lembrado com mais frequência na mídia brasileira.
No entanto, ela quase sempre é exteriorizada como sendo manifestação de fanatismo e de um rigor
nos hábitos e costumes muito semelhante aos puritanos ingleses dos séculos passados. A reconstrução
artística de pentecostais na novela “Duas Caras” é um bom exemplo disso. Na pauta da mídia, o

pentecostalismo e outras formas de religiosidade cristã mais do tipo “seita” Na pauta da mídia, o
que “igreja” era abordada mais como uma manifestação excêntrica ou pentecostalismo e
exótica. Por outro lado, uma das causas de distorção da pauta religiosa na outras formas de
religiosidade cristã

mídia é a presença de jornalistas que, por falta de um maior preparo para
compreender o complexo mundo da religião, atém-se apenas na dimensão mais do tipo “seita”
do espetacular e do escandaloso. Por sua vez, o avanço do secularismo, na que “igreja” era
família e na escola, afastou a atual geração de jovens jornalistas de algum abordada mais como
tipo de tradição religiosa estruturada e sistematizada. Para alguns deles, o uma manifestação
mundo da religião é algo misterioso, para outros, um mundo que merece excêntrica ou exótica
tanta atenção quanto as cores dos cavalos que levavam os cavaleiros medievais para seus combates. A
distorção pode não ser conscienciosa, mas simplesmente fruto da desinformação e de um processo
cultural de renegação do religioso.

IHU On-Line – Mas houve mudanças na forma das grandes mídias tratarem as pautas
religiosas?

Leonildo Silveira - Na passagem dos anos 1980 para os anos 1990, surgiu, no Brasil, um novo tipo
de pentecostalismo, que os especialistas inventaram um nome: “neopentecostalismo”. Tratava-se de
uma forma de evangelismo que não mais se contentava em comprar tempo na mídia. Os pastores –
agora chamados “bispos”, “missionários” ou “apóstolos” – começaram, graças à instituição do “caixa
único” para onde os templos situados em todo o Brasil e até fora dele encaminhavam as ofertas, a
centralizar recursos financeiros que tornaram possível a compra ou a montagem de redes de rádio e
de televisão próprias. Na passagem de 1989 para o ano de 1990, Edir Macedo comprou, por 45
milhões de dólares, a Rede Record de Televisão sem que Silvio Santos e a família Machado de
Carvalho suspeitassem quem ele era e que a Igreja Universal do Reino de Deus estava por detrás do
negócio. Desde então, o cenário ou o mundo da comunicação televisiva no Brasil passou a sofrer uma
concorrência dos pentecostais. A esse movimento religioso se filiam hoje em números estimados 25
milhões de brasileiros. Pode um veículo de comunicação social ignorar as práticas religiosas de 1/5 da
população do Brasil?

IHU On-Line - De que forma a participação de grupos religiosos na Internet contribui


para a disseminação de seus ideais?

Leonildo Silveira - A presença dos grupos religiosos – tanto das religiões cristãs como dos
chamados novos movimentos religiosos de origem não-cristã, e até hinduísta e islâmicos – encontrou,
na Internet, um espaço virtual apropriado para, além da divulgação, uma reformulação dos modos de
crença. É claro que tudo isso ocorreu no bojo de uma intensa transformação cultural, a reboque do
processo de globalização,

de mundialização ou de internacionalização da economia. O O advento de uma “idade


ciberespaço é o lugar ideal para tempos de dificuldades ou mídia” na comunicação
período de crise para o que a Igreja Católica chama de religiosa implicou na
“paróquia” e os evangélicos de “congregação” ou de “igreja necessidade de um novo tipo de
local”. As fronteiras da comunidade se estenderam e se pastor ou sacerdote – o
tornaram porosas, sob um processo de alterações profundas nas animador de auditório – de
relações pessoais, na interação face-a-face. O eixo deixou de ser preferência amparado pelo
templo-sacerdote-fiel, entrando, nesse processo, a figura de um som de uma música que pouco
pregador midiático, que à distância “faz a cabeça” do de comum tem com a hinódia
paroquiano. O advento de uma “idade mídia” na comunicação tradicional das Igrejas
religiosa implicou na necessidade de um novo tipo de pastor ou sacerdote – o animador de auditório –
de preferência amparado pelo som de uma música que pouco de comum tem com a hinódia
tradicional das Igrejas. A Internet se tornou uma das mais populares formas de ligação entre os 
encarregados do “ministério da música” ou “do louvor” em nível local, com grandes produtores de
música e canções religiosas – uma indústria cultural religiosa que tem os seus artistas, padres
cantores, ou seja, “novos intermediários culturais”.

IHU On-Line - A briga entre a Record e a Globo influencia de alguma maneira nesse
posicionamento das mídias em relação às pautas religiosas?

Leonildo Silveira - O teor das pautas religiosas, em relação aos evangélicos, sofreu, no decorrer dos
anos 1990, uma significativa mudança. Isto porque, desde então, entraram em cena a diversidade, o
pluralismo e a competitividade. A lei da oferta e da procura se tornou hegemônica, transformando o
campo religioso em mercado religioso, trazendo consigo a propaganda, as estratégias de marketing, a
disputa pela audiência, o controle da produção de mitos e a manipulação do imaginário coletivo. A
essa altura, a religião deixou de fornecer pauta para as mídias e passou a selecionar ela mesma a pauta
que lhe interessava na disputa com grupos laicos e secularizados. A disputa mediática na televisão
brasileira foi se polarizando, especialmente a partir de 1992, entre Globo e Record, com lances que
incluíram até a exploração do “chute na santa”, a divulgação de vídeos e documentários “verdadeiros”
sobre as estratégias de arrecadação de dinheiro por parte da Igreja Universal e até a reprodução dos
ataques aos neopentecostais na figura de novelas como foi “Decadência”. Em 1995, aconteceu a
chamada “guerra santa”, que, a nosso ver, foi muito mais uma batalha pela audiência, uma disputa
que continua até os dias de hoje, até porque a Rede Record de Televisão, da qual Edir Macedo,
pessoalmente, detém 90% do capital, tornou-se a segunda rede brasileira de televisão.

A mídia impressa, na forma de jornais e revistas, formou uma colisão contra a presença de certas
formas de religião no espaço público – midiático e político. Os especialistas continuam a discutir a
respeito dessa guerra que pouco santa é Há lances contra a religiosidade popular católica e de
respeito dessa guerra que pouco santa é. Há lances contra a religiosidade popular católica e de
demonização dos cultos afro-brasileiros. A convocação dos programas da Rede Record contra os
símbolos dos cultos africanos e das religiões mediúnicas tem provocado processos na justiça e
mobilização, até no movimento ecumênico, contra a intolerância iurdiana que se manifesta na forma
de ritos como a “sessão de descarrego” nos templos da IURD. A necessidade de esmagar a
concorrência, suspensa por ordem governamental em 1995, após o “chute na santa” e a campanha de
contra-propaganda da IURD-Rede Record, ameaçou voltar em 2009 quando ressurgiram denúncias
contra Edir Macedo e seu grupo por parte do ministério público do Estado de São Paulo.

No Brasil, o consumidor religioso não tem a


quem reclamar quando os seus direitos são
desrespeitados. Mas, como falar em direitos
quando possíveis falcatruas religiosas são
praticadas porque esse público quer, anseia e
aprecia tais práticas e discursos dos “homens
de Deus”?

Um caso exemplar ocorreu em 1994, quando a reportagem da Folha de S.Paulo se aproveitou da fome
midiática da Bispa Sonia Hernandes e a apresentou como uma figura extravagante, atribuindo-lhe o
apelido de “a perua de Deus”. Centenas de manifestações em forma de carta foram encaminhadas para
o jornal, e alguns abaixo-assinados com milhares de assinaturas exigiam a retratação do jornal
paulistano. Na mesma linha, têm atuado revistas como Época, Veja, Istoé ou Carta-Capital, ora contra
a IURD, ora contra a Renascer ou atacando a Igreja Internacional ou a Mundial do Poder de Deus. A

questão do dinheiro tem sido um dos mais visíveis e atraentes motivos para tais denúncias. A justiça,
no entanto, tem tido dificuldade (por falta de vontade ou de provas?) para levar tais denúncias até o
fim. No Brasil, o consumidor religioso não tem a quem reclamar quando os seus direitos são
desrespeitados. Mas, como falar em direitos quando possíveis falcatruas religiosas são praticadas
porque esse público quer, anseia e aprecia tais práticas e discursos dos “homens de Deus”?

IHU On-Line - A grande disseminação de uma imagem negativa da religião na mídia,


como a divulgação de corrupções e pedofilia, transforma o posicionamento dos fiéis?

Leonildo Silveira - Que poder tem a mídia de transformar as opiniões, atitudes e representações
religiosas dos fiéis? Sou da opinião que a mídia somente tem força sobre os indivíduos quando a
sociedade ou uma determinada cultura a legitima. Podemos citar como exemplo duas igrejas
neopentecostais brasileiras, que têm permanecido sob fogo cruzado da mídia há mais de 10 anos: a
Igreja Universal do Reino de Deus e a Igreja Apostólica Renascer em Cristo. A primeira, ela e o seu
bispo, têm sido acusados de lavagem de dinheiro, corrupção e outros crimes; enquanto a segunda
enfrenta dezenas de processos, na justiça brasileira e americana, ligados desde a formação de
quadrilha, o mau uso de dinheiro arrecadado dos fiéis, cheques sem fundo, e muitas outras acusações.
Contudo, a IURD não fechou nenhum templo por causa disso e nenhum de seus pastores ou bispos
foram para a cadeia. Os fiéis da Igreja Renascer parecem ter superado a fase do “sacrifício” ou do
“martírio” de seu Apóstolo e Bispa nos Estados Unidos, onde ficaram presos por entrarem com
dinheiro ilegal, escondidos nas malas e até em um exemplar da Bíblia. Há, aparentemente, uma lógica
que liga esses fiéis que dificilmente a argumentação contrária, embora racional, consegue abalar.

Com relação à pedofilia, possivelmente um problema mais presente na mídia dos EUA com respeito à
Igreja Católica, tais denúncias têm trazido mais problemas econômicos por causa das pesadas
indenizações, do que prejuízos em termos de posicionamento dos fiéis. Estariam tais denúncias
situadas muito mais no nível do imaginário, que leva o pobre e o miserável a admirar os políticos que
roubam, embora sabendo que são ladrões? Por que eles são votados e voltam a ocupar cargos públicos
dos quais foram cassados anos antes? Uma das estratégias é usar o status de vítima e de perseguido
para se comparar com Jesus Cristo. Macedo gosta de comparar a sua Igreja com omelete, pois quando
mais se bate mais cresce. Porém, até quando a sociedade midiática estará assumindo uma posição de
uma sociedade sem criticismo, sem ética e desmemoriada? Uma questão foi levantada, há 15 anos,
pelos professores da USP, Antonio F. Pierucci e Reginaldo Prandi: como lidar com a religião
paga em uma sociedade controlada pela mercantilização até da fé? Seria necessário um “código de
defesa do consumidor de produtos religiosos”? Ou seria melhor “reclamar para o Bispo”? Satisfação
garantida ou o dinheiro de volta?

IHU On-Line - Quais são os principais pontos - positivos e negativos - na relação mídia e
Igreja?

Leonildo Silveira - Os evangélicos brasileiros se despertaram há muito mais tempo que a Igreja
Católica para o uso da mídia para a propagação de suas doutrinas e práticas. Já em 1955, um pregador
da era do rádio, Manuel de Mello, mobilizou pessoas por meio de um programa intitulado “A voz do
Brasil para Cristo”, que, no ano seguinte, deu origem à Igreja Pentecostal O Brasil para Cristo. Em
1962, Roberto McAllister,

pregador canadense, começou, no Rio de Janeiro, um programa de No atual cenário religioso,


rádio: “A voz da Nova Vida”. Fundou uma Igreja com esse nome e não se pode vislumbrar o 
dessa Igreja saíram dois jovens que fundariam suas respectivas que seria de uma

igrejas e iriam se inserir de corpo e alma na mídia religiosa: Edir determinada religião sem
Macedo (Igreja Universal do Reino de Deus) e Romildo Ribeiro se fazer presente, ainda que
Soares (Igreja Internacional da Graça de Deus). Anos mais tarde, de uma forma débil e frágil,
da primeira (IURD) saiu um dos mais prósperos exemplos de na esfera pública midiática.
clonagem religiosa: Apóstolo Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial Trata-se de uma questão de
do Poder de Deus. No atual cenário religioso, não se pode sobrevivência.

vislumbrar o que seria de uma determinada religião sem se fazer presente, ainda que de uma forma
débil e frágil, na esfera pública midiática. Trata-se de uma questão de sobrevivência. Até porque, como
dizia um falecido comunicador brasileiro (Abelardo Barbosa): “quem não se comunica se trumbica”.
Num cenário pluralista e competitivo, somente sobreviverá quem souber navegar nas tumultuadas
águas da cultura da pós-modernidade.

IHU On-Line - Quais as implicações da midiatização das experiências religiosas no


contexto da sociedade plural e diversa em que vivemos?

Leonildo Silveira - A experiência religiosa sempre dependeu de atos e rituais concretos, dos quais
as pessoas participavam de corpo e espírito. A comunicação física entre o dirigente e a comunidade de
culto, ao ser substituída pela interação virtual, trará enormes complicações para a manutenção de
santuários e porque não dizer para a sobrevivência do clero. As dificuldades começam com a formação
desse corpo de especialistas. O que deverá ser ensinado a cada jovem que aspirar por uma futura
liderança de uma comunidade de culto? O pastor ou o sacerdote virtual serão substituídos pelo
animador de indivíduos que não se sentem estimulados a se reunirem em comunidades de fé? A
tendência cada vez mais forte para uma participação em comunidades virtuais, reunidas a partir de
indivíduos, não agirá sobre as antigas celebrações comunitárias fisicamente reunidas, como uma força
indivíduos, não agirá sobre as antigas celebrações comunitárias fisicamente reunidas, como uma força
desintegradora? Sejam quais forem as respostas a tais questões, uma coisa é certa, sob novos ventos
que a midiatização da religião estão trazendo, há uma reformulação de todas as estruturas religiosas
que, até este momento da história, foram consideradas “essenciais” para a vivência da fé: santuário,
especialista religioso e fiéis, todos em processo de interação. Um santuário virtual, um animador de
emoções situado à distância e fiéis reduzidos às suas necessidades individuais, todos formam o húmus
para novos tipos de religiosidades que pretendem ser típicas de uma cultura dinâmica, e que exige
movimentos contínuos, sob a lei do descarte também contínuo.

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