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Motor Eletrostático de Latas de Alumínio e Copos

Plásticos: Conversão de Energia Eletrostática em


Trabalho Mecânico
Beatriz J. Moura, Fernanda M. Araújo, Fernanda V. Franzotti, Fernando A. S. Pereira, Gustavo P. Ramalho,
Henrique Ogassavara, Péricles F. Nascimento, Pietro P. Silva, Renê R. Araujo e Yuri C. Griscenco
Universidade Federal do ABC – UFABC – Rua Santa Adélia, 166, Bangú – Santo André, SP.

Prof. Dr. Frank Crespilho


Universidade Federal do ABC – UFABC – Rua Santa Adélia, 166, Bangú – Santo André, SP.

Nesse projeto construiu-se um motor eletrostático a partir de materiais de uso comum, como latas de alumínio e copos plásticos. O
motor eletrostático constitui um instrumento pedagógico multidisciplinar para a exemplificação da ação de forças repulsivas e atrativas de
cargas elétricas bem como a conversão de energia eletrostática em trabalho mecânico. Ao ligar-se a fonte de tensão, é possível transformar a
energia eletrostática armazenada nas escovas em trabalho mecânico através do giro constante de um rotor. Tais motores tornam-se
especialmente relevantes à ciência atual, dados os avanços na Nanoeletrônica e a incessante busca por fontes alternativas de energia limpas,
sem a geração de poluição ao meio ambiente.

Palavras-chaves: Motor eletroestático, cargas elétricas, energia eletroestática, trabalho mecânico.

I. INTRODUÇÃO

O primeiro motor eletrostático foi criado por Benjamin


Franklin em 1748 (Fig.1), utilizando garrafas de Leyden
carregadas como capacitores para permitir a atração e
repulsão de esferas metálicas. Essas esferas, ligadas por
hastes não condutoras a um eixo, giravam livremente devido
à diferença do acúmulo de carga nas garrafas de Leyden [1].
Motores mais potentes, desde então, foram construídos. Por
exemplo, o motor de descarga de corona (Fig. 1), foi criado Fig. 2 – MEMS, micro-sistemas eletromecânicos
por Jefimenko, pesquisador da área de Eletromagnetismo.
Entretanto, em 2003, conseguiu-se atingir um novo
patamar. Um motor eletrostático de 500 m foi criado por
Alex Zettl [3]. Não obstante, a segunda razão para a pesquisa
relacionada a motores eletrostáticos, é que esse possibilita a
chance de aproveitamento da atmosfera terrestre como fonte
limpa e não explorada de energia. Sabe-se que entre o solo e
a ionosfera (60 – 1000 km de altitude) existe uma diferença
de potencial de 360 kV. A partir disso, em todo planeta seria
possível extrair uma potência equivalente a kW da
Fig.1 – Motor eletrostático de Franklin e de Jefimenko atmosfera para o uso em atividades humanas. Além disso, o
potencial aumenta a cada metro de altura a partir do solo,
Há, atualmente, duas grandes razões para a pesquisa de 100V em dias secos e até 1000V em dias chuvosos. Seria
motores eletrostáticos. Primeiramente, tais motores são possível, portanto, ativar um motor eletrostático ligando-se
fundamentais à tecnologia da Nanoeletrônica, uma vez que é um terminal do motor ao solo e o outro a um balão, pipa ou
possível sua construção nessa escala (10-9m) e podem, antena colocados em grandes alturas.
portanto, integrar um mecanismo muito complexo, ainda que Os motores mais conhecidos são os motores elétricos ou
diminuto [2]. Na década de 80, os MEMS (Micro-Electrical- motores magnetostáticos. Esses funcionam fazendo-se passar
Mechanical Systems), micro-sistemas eletromecânicos, corrente elétrica por uma bobina e, nessa, é gerada um dipolo
constituíam-se como motores eletrostáticos da ordem de magnético. A interação do dipolo magnético com um campo
50x10-6, comparáveis ao tamanho de células sangüíneas (Fig. magnético externo possibilita um torque sobre a bobina,
2). fazendo-a girar.
O motor eletrostático, por sua vez, tem sua potência
diretamente proporcional à diferença de potencial aplicada
em seus terminais. Como o motor funciona devido ao
princípio de atração de cargas elétricas de sinais contrários e
repulsão de cargas elétricas de mesmo sinal, quando
colocam-se altos potenciais nas partes metálicas do motor
eletrostático, carrega-se positivamente um dos terminais do
motor e negativamente o outro. A quantidade destas cargas
nos terminais do motor é dada por (3). A força gerada no
motor é dada pela lei de Coulomb (4).

q = C.V (3)
Fig. 3 – Esquema de funcionamento do motor eletrostático
2
F = (K.q1.q2)/r (4)
O esquema apresentado (Fig.3) contém os estatores
Nota-se, assim, que os motores magnetostáticos e fixados na base do motor. Esses serão carregados
eletrostáticos são duais eletrônicos, i.e, enquanto para aquele eletricamente em uma fonte de alta tensão qualquer. Um
a variável de interesse é a corrente elétrica, nesse a variável estator carrega-se positivamente (vermelho) e o outro
de interesse é a voltagem ou diferença de potencial. Além de negativamente (azul) por inteiro. O rotor, entretanto, possui
duais eletrônicos, os motores eletrostáticos e magnetostáticos três partes distintas isoladas eletricamente. As escovas
também são duais eletromagnéticos. Para o primeiro, os transferem cargas de um dos estatores para uma dessas três
campos de interesse são magnéticos e no segundo, os campos partes, mas sem tocá-las diretamente. A carga é transferida
de interesse são campos elétricos. Uma vez que a potência do através de uma faísca (algo comum em experimentos com
motor magnetostático é diretamente proporcional à alta voltagem). A faísca indica a ionização do ar pela alta
magnitude da corrente aplicada, esses motores dependem de tensão. O ar, portanto, torna-se condutor uma vez que sua
altas correntes e não necessitam de grandes valores de rigidez dielétrica foi rompida. Quando as escovas transferem
tensões para funcionar. No entanto, os motores eletrostáticos parte da carga dos estatores para uma das três partes do rotor,
dependem de altas tensões e não altos valores de correntes. essa adquire carga do mesmo sinal do estator a ela ligada.
Por tal motivo, os eletrodomésticos possuem motores Dessa forma, a parte do rotor é atraída pelo estator de carga
magnetostáticos, pois nos domicílios encontram-se fontes de contrária e repelida pelo estator de mesma carga (forças de
baixa tensão. Tensões de 220 V ou 110 V são valores muito Coulomb). Estas forças provocam um torque não nulo no
menores que o necessário para o funcionamento de motores rotor em torno de seu eixo livre (todas as forças provocam
eletrostáticos, os quais necessitam de diferenças de potencial torques no mesmo sentido de rotação) e esse, começa a girar.
da ordem de 10 kV. Os motores eletrostáticos somente Toda vez que uma das três partes do rotor se aproxima das
funcionam com altos valores de tensão. Porém altas voltagens escovas, uma nova faísca salta para ela, alterando o sinal de
podem se tornar perigosas para o uso em atividades sua carga e fazendo que sempre surjam torques no mesmo
cotidianas e domésticas, visto que apresentam risco de morte. sentido de rotação. Assim, o motor permanece girando
Contudo, fontes de energia eletrostática como geradores de enquanto houver alta tensão nos estatores [5,6].
Van der Graaff, apesar de produzirem diferenças de potencial
bastante altas, produzem correntes contínuas de intensidade III. EXPERIMENTO
pequenas, tornando-o um aparelho seguro[4].
Portanto, mesmo havendo a necessidade de altas tensões Material necessário:
para o funcionamento de motores eletrostáticos, ainda assim, Caixa de papelão como base;
é possível produzir motores seguros e com duas Copos descartáveis de diferentes tamanhos e
características principais. Sua reprodução é possível em materiais;
escala nanométrica e esse, constitui-se como uma das fontes Fios de cobre;
alternativas de energia limpa e sustentável, conceito Fita isolante;
altamente valorizado atualmente. Agulha de tricô;
Papel alumínio;
II. MODELO Cola;
Régua;
O modelo de motor eletrostático é composto por dois Tesoura;
estatores, um rotor e duas escovas. Os estatores são ligados à 2 Latinhas de alumínio de refrigerante;
fonte de alta tensão e se carregam eletricamente. O rotor é a Monitor CRT;
parte girante do motor e está localizado entre os estatores. As
duas escovas são responsáveis por transferir cargas entre o Parte 1. Sem estatores:
rotor e os estatores. O processo de funcionamento de um Montagem:
motor estático é ilustrado a seguir (Fig.3). Cortar no papel alumínio o tamanho da tela do monitor
utilizado excluídos 2 cm de borda, e fixar o papel alumínio
no centro da tela com fita isolante.
Posicionar a caixa de papelão virada para baixo, para
servir de apoio para o experimento e fazer um furo um pouco
menor do que o diâmetro da agulha no centro desta base.
Encaixar a agulha no furo da base, formando um eixo
vertical. Cortar tiras de papel alumínio com a mesma altura
do copo que irá utilizar e larguras iguais, mas que fique
espaço entre as tiras quando coladas no copo. Em cada copo
utilizado no experimento, variar o número de tirar e sua
largura.
Posicionar o copo descartável no eixo vertical de forma Fig. 4 - Ilustração do arranjo experimental da Parte 1
que a parte aberta do copo fique para baixo e o centro do
copo fique na ponta da agulha.
Fixar uma extremidade do fio de cobre no papel alumínio
que encapa a tela do monitor com fita isolante. Na outra
extremidade do fio, fazer dobras em serpentina e posicionar
esta extremidade paralelamente às tiras do copo que está no
eixo, utilizando-se de fita isolante colada ao fio na base, para
que o fio não saia da posição.
Em outro fio idêntico, fazer as mesmas dobras em
serpentina em uma das extremidades. A outra extremidade
Fig. 5 - Ilustração do arranjo experimental da Parte 2
deve ser aterrada (fixada com fita no chão, por exemplo).
Posicionar a extremidade em serpentina do outro lado do
copo, de forma que os fios em serpentina estejam frente-a-
IV. RESULTADOS & DISCUSSÕES
frente, mas separados pelo copo. Não deixar que os fios
toquem o copo, mas mantenham uma distância de cerca de
O motor eletrostático construído nesse trabalho visou
1,5 cm.
obter, para diferentes combinações de parâmetros, resultados
Ligar o monitor na tomada e verificar a rotação do copo
capazes de produzir distintas interações eletrostáticas, bem
no eixo, trocar o copo por outro com tiras diferentes ou
como diferentes efeitos, buscando-se constatar o melhor
tamanho diferente e testar o funcionamento.
modelo construído a partir de materiais de uso comum.
Inicialmente, criou-se um motor eletrostático constituído
Parte 2. Com estatores.
por copos plásticos laminados com papel alumínio. Variou-se
Montagem:
o número de fitas de papel alumínio presentes nos copos,
Utilizar a base e o eixo vertical como foram feitos na parte
tamanho dos copos e a forma propagadora de tensão.
1.
Utilizou-se fios de cobre suspensos diretamente como
Utilizar o fio que é ligado ao monitor da seguinte forma:
escovas conectados à fonte de tensão (monitor de
uma extremidade deixar fixada no papel alumínio do monitor
computador) e estatores, ligados à fonte de tensão, mas que
e a outra extremidade fixar na latinha de refrigerante. Para
possuíam fios de cobre atuando como escovas.
melhor eficiência, raspar a tinta da latinha.
Neste aparato experimental, adotou-se como fonte de
Utilizar o fio que foi aterrado: uma extremidade continua
tensão um monitor de computador de 19’’. Revestiu-se a
no chão e a outra é ligada à outra latinha de refrigerante.
superfície da tela do monitor com uma folha de papel
Posicionar as latas de forma que entre elas e o eixo
alumínio, de tal forma que a lâmina de papel alumínio
vertical passe uma reta, em cima da base.
acumulasse carga e resultasse em uma diferença de potencial
Posicionar o copo descartável no eixo como na parte 1.
relativa ao chão (U = 0V). Através de um voltímetro, mediu-
Fixar mais um fio de cobre na lata que está ligada ao
se durante a fase de carga, que a voltagem gerada no monitor
monitor. A outra extremidade deste fio deve ser arredondada,
atingia um pico de 80 V. Esse valor, ainda que relativamente
como uma volta somente da serpentina que foi feita
baixo aos motores eletrostáticos comuns (acionados a partir
anteriormente. Essa extremidade é posicionada paralelamente
de tensões da ordem de 103V), possibilitou o acionamento do
às tiras do copo.
motor eletrostático de latas de alumínio e copos plásticos.
Fixar mais um fio de cobre na lata que está aterrada, e a
Deve-se, ressaltar, no entanto, que o torque sobre o copo
outra extremidade deve ser feita de forma idêntica à que está
plástico laminado, seria muito maior caso fosse utilizado uma
posicionada do outro lado do copo, e colocada no sistema da
fonte de tensão mais potente como um gerador de Van der
mesma forma, mas em lado oposto, ficando paralela às tiras
Graaff. Como resultado, seria obtido um giro mais rápido,
do copo e ao outro fio.
longo e com freqüência maior.
Entre os fios agora colocados no aparato deve estar o copo
Um monitor é utilizado como fonte de tensão nesse
de teste, e ambos não devem tocar no copo, mas manter uma
experimento devido à presença de raios catódicos em seu
distância de 1,5cm.
interior. Um monitor CRT contém milhões de pequenos
Ligar o monitor na tomada e verificar a rotação do copo.
pontos de fósforo vermelhos, verdes e azuis que brilham
Trocar o copo por outro com tiras diferentes ou tamanho
diferente e testar o funcionamento.
quando são atingidos por um feixe de elétrons que viaja TABELA II. NÚMERO DE VOLTAS COMPLETAS
através da tela para criar uma imagem visível (Fig. 6).
Nº Copos Sem Estator Com Estator

1 28 24
2 23 26
3 15 12
4 11 11
5 12 9
6 9 10
7 11 9
8 17 10

Para uma variação no material, utilizando copos de


plástico e de isopor, percebe-se significativamente ao
comparar-se os copos 5 e 6 com os copos 7 e 8, que os copos
Fig. 6 – Monitor CRT e exemplificação de seu funcionamento
de isopor são mais eficientes que os de plástico para um
Em um tubo de raios catódicos, o cátodo é um filamento diâmetro similar. Pode-se inferir que por o isopor ser um
aquecido. Este filamento está no vácuo criado dentro de um material de rigidez dielétrica maior, esse evita correntes de
tubo de vidro. O raio catódico é uma corrente de elétrons fuga e acumula cargas nas tiras de alumínio mais
gerada por um canhão de elétrons. O raio de elétrons é, então, eficazmente, portanto, o número de voltas completadas é
despejado sobre o cátodo. Como o ânodo é positivo, o feixe maior.
de elétrons é direcionado ao ânodo e continua a se propagar Observando-se, agora, as comparações realizadas entre o
no interior do monitor. A tela é revestida por fósforo e brilha uso ou não de estatores, constata-se que os resultados
quando é atingida pelo feixe [7]. Os raios ao atingirem a tela, experimentais são extremamente similares, divergindo apenas
permitem que o alumínio revestindo sua superfície, colete as em algumas situações. Considerando-se o erro experimental
cargas provenientes dos raios catódicos e transmita inerente aos procedimentos, é completamente plausível
diretamente aos estatores ou escovas utilizados no afirmar que não há diferença teórica no uso ou não de
experimento. estatores, ambas as maneiras devem resultar nos mesmos
efeitos. Todavia, neste procedimento, a pequena discrepância
Para as diversas condições simuladas, variando-se de valores é devida a perdas que surgem na utilização de
tamanhos, massas e materiais dos copos, quantidades de fitas estatores. Ao conectar-se fios aos estatores e, em seguida, às
de alumínio e a presença ou não de estatores no motor escovas, ocorre uma perda, ainda que mínima por efeito
eletrostático, obteve-se uma vasta gama de resultados Joule. A corrente gerada consome, assim, uma pequena
relacionando as diferentes intensidades de torque geradas nos parcela da tensão gerada pela fonte.
copos de teste. As Tabelas I e II resumem esses resultados. Pode-se fazer uma análise quantitativa da dinâmica do
Comparando-se os valores obtidos nas Tabelas I e II, é sistema. Um elétron colocado próximo ao estator negativo
possível constatar que para copos mais leves e com maior tende a ir ao positivo. Em um motor eletrostático, ao fazer
número de tiras de alumínio, o torque gerado é maior e, este trajeto, o elétron passa pelo rotor. Se o elétron parte com
portanto, há um maior número de voltas completadas pelo velocidade nula do estator negativo e chega ao estator
copo de teste. Concomitantemente, para copos de diâmetros positivo também com velocidade nula, toda energia potencial
maiores, entretanto com maior número de tiras de papel elétrica do elétron é convertida em energia cinética do motor.
alumínio, também foi possível constatar um número razoável No modelo montado o valor da tensão fornecida pelo monitor
de voltas, indicando a importância da presença das tiras, é de ΔV = 80V. Assim a energia potencial do elétron é dada
independentemente da massa do copo em teste. O maior por (5), sendo e =1,6.10-19C, a carga do elétron.
número de tiras de alumínio no copo implica em um maior Logo a energia transferida ao motor é 12,8.10-18J.
acúmulo de cargas no mesmo, aumentando a intensidade das Considerando a corrente elétrica desse motor igual a 1µA, o
interações coulombianas e permitindo, conseqüentemente, que é comum nesses motores [6]. A potência pode ser
uma rotação mais acentuada. calculada por (6).
E = e. ΔV (5)
TABELA I. CARACTERÍSTICAS DOS COPOS
Nº Copos Material Diâmetro (cm) Nº de tiras
P = i. ΔV (6)
1 Plástico branco 5.0 6
2 Plástico branco 5.0 3 Portanto a potência fornecida ao motor é de 80µW. O
3 Plástico transparente 7.5 5 momento de inércia do copo em torno do eixo de rotação, se
4 Plástico transparente 7.5 9
5 Plástico transparente 6.8 6 aproximado por um cilindro, é dado por (7). A partir do
6 Plástico transparente 6.8 6 momento de inércia obtêm-se a energia cinética dos copos
7 Isopor 6.6 5 (8), e a potência utilizada pelo rotor (9).
8 Isopor 6.6 7
I = M.R2 (7)
Ec= I.ω2/2 (8) V. CONCLUSÕES

P = I. ω.α (9) A tentativa da transformação de energia eletrostática em


energia cinética, proposta pelo projeto, foi obtida através do
Para os cálculos foi desconsiderado o atrito. Os valores simples aparato montado com a utilização de um monitor
calculados estão resumidos na Tabela IV. para gerar a tensão necessária para a movimentação dos
rotores. Fica evidente que há forças atuando sobre o rotor,
TABELA IV. VALORES DE ENERGIA CINÉTICA, que se situa no centro do aparato, devido ao torque gerado
MOMENTO DE INÉRCIA E POTÊNCIA sobre este e ao seu movimento rotacional, que demonstra
Nº Copos Ec (J) I (Kg.m2) P (W) η (%) uma mudança da energia.
A idéia inicial para a construção dos rotores era a
1 32,17.10-6 4,69.10-7 42,83.10-7 5,35 utilização de garrafas PETs e latas de alumínio, porém estas
2 21,65.10-6 4,69.1067 28,83.10-6 36,0
3 9,15. 10-5 4,64. 10-6 11,95.10-6 14,9 exigiriam uma tensão mais alta para sua rotação, tensão esta
4 9,76. 10-5 4,64.10-6 6,38.10-6 7,90 que só poderia ser alcançada com geradores mais potentes
5 3,21. 10-5 2,54 .10-6 4,21.10-6 5,20 como o de Van der Graaff, que é capaz de gerar altas tensões
6 1,80. 10-5 2,54.10-6 2,39.10-6 2,98
e possibilitar uma maior rotação.
7 1,50. 10-5 1,44.10-6 1,97.10-6 2,46
8 3,60. 10-5 1,44. 10-6 4,79.10-6 5,98 Pode-se notar através dos dados apresentados nas Tabelas
I e II, que ambos os aparatos (sem estator e com estator)
possuem praticamente a mesma eficácia quando comparados
A partir do número de voltas dadas pelos copos no e levados em conta o número de voltas dos copos sobre o
intervalo de 15 segundos, foi calculada a aceleração e a eixo. Esta semelhança na eficácia dos aparatos se deve ao
velocidade angulares, respectivamente dadas por (10) e (11) e fato de que ambos apresentam o mesmo funcionamento
o valor esperado para o número de voltas dadas pelos copos. teórico, apesar de que mesmo apresentando uma corrente
muito pequena (10-3 A) não fica descartada a presença do
α = dω/dt (10) efeito Joule, assim, um caminho maior a ser percorrido,
geraria uma diminuição da potência devido a este efeito. As
ω = (2.P.t/I)1/2 (11) voltas realizadas pelos rotores são influenciadas também pelo
tamanho dos copos, massa, número de tiras de alumínio,
As Tabelas V e VI apresentam os valores teóricos obtidos. espessura das tiras, distância entre os fios (escovas) do rotor,
Comparando-se os valores teóricos obtidos nas Tabelas V e entre outros fatores como umidade do ar, objetos que
VI com a Tabela II, nota-se que há uma diferença no número permitam a fuga de cargas, etc.
de voltas que pode ser atribuída ao atrito. Este projeto possibilita a conversão de energia
eletrostática em energia cinética, através de princípios
TABELA V. VALORES TEÓRICOS PARA O NÚMERO básicos de mecânica e eletromagnetismo, e utilizando
DE VOLTAS SEM ESTATOR materiais de fácil acesso. A concepção de um motor
Nº Copos Número de voltas eletrostático tem sido aplicada em diversos ramos da ciência,
inclusive em nanotecnologia e geração alternativa de energia
1 39 limpa.
2 32
3 21
4 15
5 13 VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
6 15
7 24 [1] http://www.coe.ufrj.br/~acmq/leydenpt.html, acessado em 30/06/10
8 28
[2] http://www.berkeley.edu/news/media/releases/2003/07/23_motor.shtml,
acessado em 14/07/10
TABELA VI. VALORES TEÓRICOS PARA O NÚMERO [3] http://f3wm.free.fr/sciences/jefimenko.html, acessado em 14/07/10
DE VOLTAS COM ESTATOR
[4] http://en.wikipedia.org/wiki/Electrostatic_motor, acessado em 16/07/10
Nº Copos Número de voltas
[5] http://www.feiradeciencias.com.br/sala11/11_05.asp, acessado em
1 34 16/07/10
2 37
3 17 [6] http://www.ifi.unicamp.br/~lunazzi/F530_F590_F690_F809_F895/F809
4 15 /F809_sem1_2006/ThiagoF_Landers_RF1.pdf, acessado em 16/07/10
5 13
6 14 [7] http://informatica.hsw.uol.com.br/monitores-de-computador7.htm,
7 13 acessado em 20/07/10
8 14

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