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FACULDADE DOM LUIZ DE ORLANS E BRAGANÇA

CAMPUS RIBEIRA DO POMBAL-BA


CURSO: BACHAREL EM ENGENHARIA CIVIL

MAGNO RODRIGUES DE ALMEIDA


TATIANE APOLINÁRIO GALDINO

CORROSÃO EM ESTRURURA DE CONCRETO ARMADO:


INDENTIFICAÇÃO E TRATAMENTO

Ribeira do Pombal – BA
2017
MAGNO RODRIGUES DE ALMEIDA
TATIANE APOLINÁRIO GALDINO

CORROSÃO EM ESTRURURA DE CONCRETO ARMADO:


INDENTIFICAÇÃO E TRATAMENTO

Atividade apresentada ao 10º semestre do


Curso Bacharel em Engenharia Civil da
Faculdade Dom Luiz de Orleans e Bragança,
como requisito parcial para a aprovação no
Componente Curricular do Trabalho de
Conclusão de Curso.
Orientador técnico: Prof. Romoaldo Lopes de
Oliveira Junior.
.

Ribeira do Pombal - BA
2017
MAGNO RODRIGUES DE ALMEIDA
TATIANE APOLINÁRIO GALDINO

CORROSÃO EM ESTRURURA DE CONCRETO ARMADO:


INDENTIFICAÇÃO E TRATAMENTO

Atividade apresentada ao 10º


semestre do Curso Bacharel em
Engenharia Civil da Faculdade Dom
Luiz de Orleans e Bragança, como
requisito parcial para a aprovação no
Componente Curricular do Trabalho
de Conclusão de Curso.
Orientador técnico: Prof. Romoaldo
Lopes de Oliveira Junior.

Aprovada em ___/___/_____

Anna Clara Horwath Almeida


Psicóloga / UCDB

Charles Bruno Mendes Bulhões


Mestre em Marketing e Gestão Estratégica/ Universidade do Minho

xxxxxxxx
xxxxxxxxx

xxxxxxxxx
xxxxxxxxx
RESUMO

Este artigo traz informações a respeito da corrosão em estrutura de concreto


armado: identificação e tratamento que é um tema recorrente entre os profissionais
da engenharia civil. Inclui um estudo bibliográfico a respeito do contexto histórico do
concreto armado, sua evolução e contribuição para o desenvolvimento da
engenharia, além de tratar da corrosão neste tipo de estrutura, explanando as
causas da deterioração do material utilizado. A natureza da pesquisa foi explicativa
de caráter exploratório. Abordou também a identificação da corrosão que é de suma
importância para a reconstrução da estrutura de concreto armado. E o tratamento da
corrosão com materiais de qualidade para reforçar o concreto, já que este é um dos
materiais mais utilizados pela engenharia atual.
Palavras-chave: Corrosão. Identificação. Tratamento.
ABSTRACT

This article provides information on corrosion in reinforced concrete structure:


identification and treatment that is a recurring theme among civil engineering
professionals. It includes a bibliographical study about the historical context of the
reinforced concrete, its evolution and contribution to the development of the
engineering, besides treating the corrosion in this type of structure, explaining the
causes of the deterioration of the material used. The nature of the research was
explanatory of exploratory nature. It also addressed the identification of corrosion that
is of utmost importance for the reconstruction of the reinforced concrete structure.
And the treatment of corrosion with quality materials to reinforce the concrete, since
this is one of the materials most used by current engineering.

Key words: Corrosion. Identification. Treatment.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 06

2 HISTÓRICO DO CONCRETO ARMADO.............................................................. 07

3 CORROSÃO EM ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO................................ 09

4 COMO IDENTIFICAR A CORROSÃO NA ESTRUTURA DE CONCRETO


ARMADO.................................................................................................................. 12

5 TRATAMENTO DA CORROSÃO EM CONCRETO ARMADO............................. 16

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... 20

REFERÊNCIAS......................................................................................................... 21
1 INTRODUÇÃO

A construção civil tem evoluído muito no decorrer dos anos. Junto a esta
evolução notou-se a necessidade de avançar as pesquisas em relação à eficácia do
material utilizado nas edificações. Por esta razão, o presente artigo abordou uma
questão de grande relevância atual para o desenvolvimento da engenharia. Que é a
corrosão em estruturas de concreto armado: identificação e tratamento.
O objetivo deste estudo foi trazer informações a respeito da corrosão nas
estruturas de concreto armado, identificando e traçando as possibilidades de
tratando deste problema que é tão comum na construção civil. Uma vez que é uma
constante a preocupação dos profissionais de engenharia diante de um problema de
corrosão. A técnica utilizada foi a pesquisa bibliográfica com levantamento de
informações publicadas em sites, livros e etc. A natureza desta pesquisa foi
qualitativa, uma vez que não se preocupou com números, mas sim com o valor
social do trabalho. O caráter foi exploratório, pois procurou o aperfeiçoamento de
ideais para fundamentar o estudo.
Sabendo que a corrosão é a interação destrutiva de um material com o meio
ambiente por meio de reações químicas e eletroquímicas este trabalho abordou as
causas deste problema, bem como as formas de tratamento. Somente por meio do
estudo dos fatores que levam um material de concreto armado a corroer é possível
tomar medidas para reconstrução e prevenção de problemas ainda maiores nas
construções.
O concreto armado ainda é o melhor, mais durável e mais sustentável
material usado pela engenharia na atualidade. Por esta razão, este trabalho
apresentou as razões pelas quais o concreto utilizado é deteriorado com o passar do
tempo, comprometendo a sua estabilidade e funcionalidade.
No primeiro momento foi feita uma abordagem sobre o contexto histórico do
concreto armado, quando surgiu bem como a sua evolução e contribuição para a
engenharia civil. Em seguida, explanou-se a respeito da corrosão em estrutura de
concreto armado, o porquê deste problema tão comum nas construções e quais os
componentes que contribuem para aceleração da deterioração do material.
Além disso, tratou também de como identificar a corrosão, pois para tomar as
medidas cabíveis é necessária uma análise prévia do problema. E por último, o
tratamento, ou seja, como recuperar a estrutura de concreto armado através de
materiais como argamassa, pasta de cimento injetável, o látex de polímeros dentre
outros.

2 HISTÓRICO DO CONCRETO ARMADO

Acredita-se que o cimento armado apareceu na França por volta de 1849. O


francês Lambot criou um barco que só foi apresentado oficialmente no ano de 1855.
O barco foi construído com telas de fios finos de ferro composta com argamassa. A
partir de 1861, Mounier, também francês, paisagista, horticultor e comerciante de
plantas ornamentais fabricou vasos de flores com argamassa de cimento e
armadura de arame, em seguida reservatórios e uma ponte com vão. Esse trabalho
deu início ao que se conhece hoje como concreto armado que até 1920 era
chamado de cimento armado.
Já no Brasil, em 1901 foram feitas construções de galerias de água em
cimento armado, em 1904 foram construídas casas e sobrados em Copacabana, no
estado do Rio de Janeiro. Emílio Henrique Baumgart foi considerado o “pai” da
Engenharia Estrutural no Brasil.
Os materiais de construção criados à base de cimento podem ser apontados
os mais significativos feitos pelo homem. Isso porque ele viabilizou a construção de
edificações e várias obras necessárias para viver, como por exemplo, as rodovias,
casas, pontes, dentre outras.
O concreto armado é um tipo de estrutura que utiliza elementos produzidos
com barras de aço. Essas armações são usadas por causa da baixa resistência aos
esforços de deslocamento do concreto, que tem alta firmeza à compressão. De
acordo com Ribeiro (2014, p. 37),

O concreto armado tem sido utilizado como principal material de construção,


superando o aço e, principalmente, o bloco cerâmico (ou tijolo) e a madeira.
Um dos fatores que levaram a essa preferência do setor construtivo foi a
maior durabilidade dos componentes, uma vez que o aço estaria protegido
do ambiente externo e, consequentemente, de uma agressividade mais
intensa.

Apesar de não ser a única alternativa, o concreto armado vem sendo uma das
técnicas mais usada para edificações. Ele apareceu devido à necessidade de unir a
resistência à compressão e durabilidade da pedra com as propriedades do aço. O
efeito é um material que tem a possibilidade de adotar qualquer formato com
agilidade.
Metha1, na palestra principal da segunda Conferência Internacional sobre
Durabilidade do Concreto, realizada em 1991, no Canadá, abordou a questão da
durabilidade das estruturas de concreto nos últimos 50 anos enfocando todos os
aspectos do problema: corrosão de armaduras, ação de congelamento e
descongelamento, reações álcali-agregados, reações com sulfatos, dosagem e
composição do concreto e aspectos químicos em geral. Helene (2014, p. 4) diz o
seguinte:

Cabe ressaltar que, apesar do grande investimento em pesquisa na área de


durabilidade das estruturas de concreto, recentes ferramentas de avaliação
vêm demonstrando sistematicamente que o concreto armado e protendido
ainda é o melhor, mais durável e mais sustentável material estrutural da
atualidade, conforme se prova através da Declaração Ambiental de Produto
EPD², introduzida na ISSO 14025:2010.

A junção do concreto com armadura de aço forma um componente seguro às


tensões de compressão e tração por causa dos componentes presentes nos dois
materiais. No entanto, para que o concreto armado tenha uma boa execução não
precisa apenas de combinação, mas, sobretudo, é necessária aderência entre eles.
Segundo ANDRADE3, a construção civil começou a se confrontar com um
grande aumento dos danos causados pela deterioração das estruturas a partir da
segunda metade do século XX, quando os gastos com reparos foram
significativamente acentuados. Assim, os mecanismos de deterioração passaram a
ser mais estudados, gerando normas e parâmetros de projeto que estivessem
diretamente associados à durabilidade.

1 METHA, P. K. Durability of Concrete – Fifty Years of Progress? In: V. M. Malhotra, ed. Proceedings
of the Second International Conference on Durability of Concrete. Detroit, ACI, 1991. p. 1-31.
(SP-126).
2 EN 15804. Sustainability of construction Works – Environmental product declarations – Core

rules for the product category of construction products. EN, 2012.


3 ANDRADE, T. Tópicos sobre Durabilidade do Concreto. In: ______. Concreto: Ensino, Pesquisa e

Realizações. 1. ed. São Paulo: IBRACON, 2005. Cap. 25, p. 753-92.


O material considerado ideal para a construção civil é o que une resistência,
qualidade e durabilidade. Na antiguidade as pedras eram muito utilizadas devido à
resistência à compressão e durabilidade, mas no quesito resistência à tração era
baixa. A madeira é outro material que tem uma resistência razoável, no entanto, a
durabilidade é limitada. O ferro e o aço têm resistência elevada, porém a
durabilidade é limitada, tudo isso devido à corrosão que pode sofrer.

3 CORROSÃO EM ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO

O concreto armado pode ser usado como ferramenta estrutural em toda a


construção civil, como obras de saneamento, sistemas de esgotos, edificações,
prédios, barragens, dentre outros. Uma das principais vantagens do concreto
armado é ser econômico, uma vez que sua matéria-prima não custa muito caro,
além de contar com rapidez na construção. Por se tratar de um material de fácil
preparação ele não necessita de mão de obra muito especializada.
Dentre os problemas encontrados no concreto armado, a corrosão é o mais
rotineiro e o que mais oferece riscos de segurança. Helene (2014, p. 1) define
corrosão da seguinte maneira, “pode ser entendida como a interação destrutiva de
um material com o meio ambiente, como resultado de reações deletérias de
natureza química ou eletroquímica, associadas ou não a ações físicas ou mecânicas
de deterioração”.
A ação de corrosão das armaduras é um processo de danificação da fase
metálica que provoca uma grande perda de parte de barras e a composição de
produtos expansivos que regularmente fissuram o concreto. Trata-se de um
processo progressivo que geralmente se agrava com o tempo. Na maioria das vezes
o concreto mostra boas condições de proteção ao aço contra a corrosão. Para
Helene (2014, p. 1),

No caso de armaduras em concreto, os efeitos degenerativos manifestam-


se na forma de manchas superficiais causadas pelos produtos de corrosão,
seguidas por fissuras, destacamento do concreto de cobrimento, redução da
secção resistente das armaduras com frequente seccionamento de estribos,
redução e eventual perda de aderência das armaduras principais, ou seja,
deteriorações que levam a um comprometimento da segurança estrutural ao
longo do tempo.

Na maioria das vezes a corrosão no concreto armado ocorre em lugares que


ficam expostos à umidade e outros agentes destrutivos, ou em regiões com muitas
falhas, como ninhos de concretagem que devido a grande porosidade local, contribui
para a introdução de agentes agressivos. No entanto,

As armaduras inseridas nos componentes estruturais de concreto estão, em


princípio, protegidas e passivadas contra o risco de corrosão. Essa proteção
é proporcionada pelo concreto de cobrimento, que forma uma barreira física
ao ingresso de agentes externos, e principalmente por uma proteção
química conferida pela alta alcalinidade da solução aquosa presentes nos
poros do concreto. (HELENE, 2014, p. 2).

A corrosão no concreto armado acontece principalmente em lugares expostos


à umidade e outros agentes agressivos ou em áreas com muitas falhas, como é o
caso dos ninhos de concretagem que devido ao alto grau de porosidade local facilita
a entrada desses agentes nocivos. Uma das áreas de maior ocorrência da corrosão
de armaduras é a região da base. Segundo Sousa (2014, p. 13),

O processo de corrosão é espontâneo, causado pela necessidade do


material em atingir o seu estado de menor energia, que é o seu estado mais
estável. A maioria dos metais são encontrados na natureza de forma de
compostos, como óxidos e hidróxidos, já que nessa forma eles apresentam
um estado mínimo de energia. Quando esses metais são processados,
passam a adquirir o estado metálico, porém ao entrarem em contato com o
meio ambiente, passam a reagir espontaneamente, se transformando em
composto, que apresenta um menor estado de energia. O ferro, por
exemplo, que é o principal componente da armadura de aço utilizada na
estrutura de concreto, reage com o meio ambiente, se transformando
principalmente em Fe2 O3 hidratado, conhecido como ferrugem, que
apresenta um estado de energia menor e, portanto, mais estável que o do
ferro metálico.

Nas estruturas de concreto armado a corrosão pode se mostrar de forma


variada, desde a generalizada, que se mostra uniforme na superfície do aço e
também na forma de pites de corrosão, que geralmente acontece de maneira
pontual e em profundidade. Sabe-se que existem várias causas de corrosão, dentre
elas, a retração por secagem, a penetração de cloretos, a reação álcali-agregado e
por águas sulfatadas. No entanto, uma das principais causas da corrosão é a
infiltração de cloretos, oriundo da maresia ou contato com a água do mar. A
preocupação com a corrosão nas armaduras já vem ocorrendo há alguns anos,
Desde a década de 1980, a comunidade técnica internacional tem dedicado
majoritariamente sua atenção aos problemas de corrosão de armaduras,
buscando os melhores caminhos para a especificação e o projeto de obras
novas assim como para a execução de reparos, reforços e reconstruções de
um sem-número de obras com problemas patológicos. (HELENE, 2014, p.
2).

As armaduras de aço em concreto armado sofrem basicamente dois


processos de corrosão, a oxidação e a corrosão. A oxidação é resultado da reação
gás-metal, a ação é lenta à temperatura ambiente, provocando apenas a danificação
substancial das áreas metálicas se existirem gases agressivo. Já no caso da
corrosão o que acontece é o ataque eletroquímico em ambiente aquoso, juntamente
com a corrosão é criada uma película sobre a superfície dos fios e das barras de aço
que é provocada pela ocorrência de umidade no concreto.

Várias são as vezes em que o profissional de engenharia civil se vê diante


de um problema de corrosão de armaduras nas estruturas de concreto
armado e protendido. Devido à complexidade do processo, em muitas
situações, não é fácil nem rápido justificar o porquê de uma estrutura
corroída quando tantas outras, em tudo semelhantes e similares, não
apresentam ou até nunca apresentarão o problema. (HELENE, 2014, p. 1).

O concreto armado apareceu devido à necessidade de unir a durabilidade da


pedra com a resistência do aço. A vantagem é que o material composto pode
assumir qualquer formato com facilidade, como o aço fica envolvido com o concreto
é mais fácil evitar a corrosão. Para Helene (2014, p. 2) “o fenômeno da corrosão de
armaduras ocorre segundo vários fatores que agem simultaneamente, devendo
sempre ser analisado com uma visão sistêmica”. O autor ainda acrescenta que,

Cabe observar que a importância do estudo da corrosão das armaduras não


reside somente na questão relacionada à profilaxia, ou seja, tomar medidas
preventivas que reduzam o risco de aparecimento futuro do problema.
Entender o fenômeno em toda sua complexidade também é fundamental
para obter sucesso em processos de intervenções corretivas, a chamada
terapia, tais como reparos, reforços, reabilitações e restaurações de
estrutura de concreto. (HELENE, 2014, p. 3).

Embora a conscientização seja importante para evitar a corrosão do concreto


é preciso compreender todo o sistema para que as falhas sejam corrigidas sem
maiores problemas no futuro. Sabe-se que alguns problemas de corrosão, os
denominados sintomas visíveis, só aparecem depois de vários anos da estrutura em
uso, que pode ser acima de 10 e 15 anos. Para Sousa (2014, p. 13),
De maneira geral, a ocorrência da corrosão em um material metálico implica
em um curto adicional significativo, seja para substituir o material corroído
ou como consequência das perdas indiretas causadas pela corrosão, como
a necessidade de manutenção, a utilização de materiais mais resistentes à
corrosão que apresentam um custo mais elevado, ou perdas devido à
paralisação da produção. Em relação à armadura de aço de uma estrutura
de concreto, a corrosão, além de deteriorar as propriedades mecânicas da
armadura, resulta na formação de um produto volumoso, geralmente o Fe 2
O3 hidratado que, ao exercer uma pressão sobre cobertura de concreto,
pode causar o desprendimento dessa camada.

A corrosão é a destruição gradativa dos metais. Trata-se de um processo que


ocorre espontaneamente e causa grandes prejuízos financeiros. A maior e a mais
conhecida corrosão acontecem com o ferro que ocasiona a ferrugem. Embora ainda
não esteja totalmente esclarecida a corrosão do ferro está relacionada na maioria
das vezes à oxidação através de agentes oxidantes como a água e o oxigênio. É por
esta razão que o ferro sofre um processo de oxidação quando fica em ambiente
úmido e quando existe grande presença de água.
As estruturas metálicas de ferro geralmente são corroídas quando expostas à
orla marítima ou em atmosferas industriais. Por esta razão, Ribeiro (2014, p. 37) diz
que “devido às suas interações com o ambiente no qual estão expostas, as
estruturas de concreto sofrem alterações que podem, com o passar do tempo,
comprometer a sua estabilidade e a sua funcionalidade”. Outro fator que se deve
levar em consideração é o comportamento do solo como meio corrosivo. Uma vez
que, as grandes extensões de oleodutos, gasodutos e cabos telefônicos enterrados
requer um controle mais severo para que não ocorra a corrosão.

4 COMO IDENTIFICAR A CORROSÃO NA ESTRUTURA DE


CONCRETO ARMADO

Para impedir que ocorra corrosão em obras é preciso ter um conhecimento


técnico atualizado a respeito do problema. O estudo da corrosão é um tema muito
debatido atualmente devido sua importância para a engenharia. Sabe-se que as
mais antigas civilizações já utilizavam a engenharia para construir casas, templos e
tantas outras obras. Segundo Souza e Ripper (1998, p. 13),
Desde os primórdios da civilização que o homem tem se preocupado com a
construção de estruturas adaptadas às suas necessidades, sejam elas
habitacionais (casas e edifícios), laborais (escritórios, indústrias, silos,
galpões, etc.), ou de infraestrutura (pontes, cais, barragens, metrôs,
aquedutos, etc.). Com isto, a humanidade acumulou um grande acervo
científico ao longo dos séculos, o que permitiu o desenvolvimento da
tecnologia da construção, abrangendo a concepção, o cálculo, a análise e o
detalhamento das estruturas, a tecnologia de materiais e as respectivas
técnicas construtivas.

Desta maneira, com o avanço da construção civil muitas técnicas foram


criadas e outras aperfeiçoadas com o passar dos anos. Tudo isso para evitar
problemas nas construções. A corrosão em estrutura de concreto armado é o foco
deste trabalho, identificar as causas desta patologia é essencial para realizar os
reparos e recuperações necessários. De acordo com Helene (2014, p. 4),

No Projeto estrutural, desde a década de 1970, é recomendável utilizar os


conceitos da estatística de Estados Limites Últimos (ULS) para assegurar
segurança e estabilidade às estruturas, assim como conceitos de Estados
Limites de Serviço (SLS) para assegurar conforto e salubridade aos
usuários de estruturas de concreto armado e protendido. Hoje em dia,
certas normas já descrevem Vida Útil de Referência, Vida Útil Nominal, Vida
Útil de Projeto, Vida Útil de Serviço, assim como tentam estabelecer critérios
próprios daquilo que se pode chamar de Estados Limites de Durabilidade
(DLS).

A segurança e estabilidade são essenciais quando se fala de construção. A


durabilidade do material usado deve ser analisada para que futuramente não
ocasione corrosão e outros problemas mais graves. São diversas as causas dos
desgastes do concreto armado em estrutura de aço, para Souza e Ripper (1983,
p.13),

[...] objetivamente, as causas da deterioração podem ser as mais diversas,


desde o envelhecimento “natural” da estrutura até os acidentes, e até
mesmo a irresponsabilidade de alguns profissionais que optam pela
utilização de materiais fora das especificações, na maioria das vezes por
alegadas razões econômicas.

Sabe-se que a engenharia conta com um leque de possibilidades para evitar


o desgaste das estruturas de concreto armado. No entanto, existem as causas
naturais como o envelhecimento da estrutura, mas também há aqueles profissionais
que para economizar acabam usando materiais inferiores ocasionando problemas
futuros. Por esta razão, existe a necessidade de revisar a obra dentro dos meios
técnicos para evitar transtornos mais graves,

Sabe-se que um dos critérios diretos para a determinação da necessidade


ou não de revisão de qualquer processo de produção é a quantidade de
produtos que são rejeitados, ou aceitos sob condições, ou ainda com baixo
desempenho. Tais considerações, aplicadas à Engenharia de Estruturas e
associadas à análise de todos os fatos expostos, implicaram, dentro dos
meios técnicos, necessidade de se promover a indispensável alteração de
métodos, a começar pela sistematização dos conhecimentos nesta área,
apontando, então, para o desenvolvimento de um novo campo, cujo objetivo
é abordar, de maneira científica o comportamento e os problemas das
estruturas. (SOUZA & RIPPER, 1998, p. 13).

A abordagem dos problemas das estruturas de concreto armado é essencial


para que se mantenha a qualidade e a promoção de novas técnicas aplicadas à
Engenharia de Estruturas. A revisão é necessária para que se tenha uma ideia dos
materiais de baixa qualidade que muitas vezes são utilizados ou por questões de
economia ou mesmo pela irresponsabilidade de alguns profissionais. Desta forma,

Ao se analisar uma estrutura de concreto “doente” é absolutamente


necessário entender-se o porquê do surgimento e do desenvolvimento da
doença, buscando esclarecer as causas, antes da prescrição e consequente
aplicação do remédio necessário. O conhecimento das origens da
deterioração é indispensável, não apenas para que se possa proceder aos
reparos exigidos, mas também para se garantir que, após reparada, a
estrutura não volte a se deteriorar. (SOUZA & RIPPER, 1998, p. 27).

De acordo com os estudos, um concreto armado que seja bem trabalhado


pode ter uma vida útil aproximada de cem anos. Dificilmente no Brasil se encontra
um concreto armado da estrutura de um edifício que chegue aos trinta anos sem
demonstrar o processo de corrosão. Desta maneira, é preciso avaliar através de um
exame visual e sonoro, a resistência que o concreto tem à compressão, a
porosidade, a resistência à tração, dentre outros, para tomar as providências
cabíveis. Gentil (1987, p. 65 apud SOUZA; RIPPER,1998) refere que, “de maneira
geral, a corrosão poderá ser entendida como a deterioração de um material, por
ação química ou eletroquímica do meio ambiente, aliada ou não a esforços
mecânicos”.
A corrosão química ocorre quando algum agente químico entra em contato
diretamente sobre um material, que pode ser de metal ou não. Não sendo
necessária a presença de água como também não há transferência de elétrons
como acontece na corrosão eletroquímica. Um exemplo deste tipo de corrosão é
quando um concreto armado sofre corrosão com o passar do tempo por agentes
poluentes.

A corrosão química por reação iônica ocorre em virtude da reação de


substâncias químicas existentes no meio agressivo com componentes do
cimento endurecido. Esta reação leva à formação de compostos solúveis,
que são carreados pela água em movimento ou que permanecem onde
foram formados, mas, nesse último caso, sem poder aglomerante. Os
principais íons que reagem com os compostos do cimento são o magnésio,
o amônio, o cloro e o nitrato. (SOUZA & RIPPER, 1998, p. 73).

Já a corrosão eletroquímica ocorre em meio aquoso. Ela é um tipo de


corrosão mais comum que acontece com os metais geralmente na presença da
água. A ferrugem é um exemplo desse tipo de corrosão. Uma vez que o ferro oxida
fácil quando é exposto ao ar úmido oxigênio (O2) e água (H2O). Sendo assim,

No caso das barras de aço imersas no meio do concreto, a deterioração a


que se refere é caracterizada pela destruição da película passivamente
existente ao redor de toda a superfície exterior das barras. Esta película é
formada como resultado do impedimento da dissolução do ferro pela
elevada alcalinidade da solução aquosa que existe no concreto. (SOUZA &
RIPPER, 1998, p. 65).

O concreto de boa qualidade é um material muito resistente à corrosão,


apesar de vir a sofrer danos quando em presença de alguns tipos de agentes
agressores. No entanto, o concreto de má qualidade, conhecido como o concreto
permeável, muito poroso, segregado ou confeccionado com materiais de má
qualidade é suscetível a uma série de agentes. O processo de corrosão do concreto
depende tanto das propriedades do meio onde ele se encontra, incluindo a
concentração de ácidos, sais e bases, como das propriedades do próprio concreto.
(SOUZA & RIPPER, 1998, p. 72). Desta maneira,

Quanto mais poroso o concreto, maior a intensidade da corrosão. A


dissolução, o transporte e a deposição do hidróxido de cálcio Ca (OH) 2 (com
formação de estalactites e de estalagmites) dão lugar à decomposição de
outros hidratos, com o consequente aumento da porosidade do concreto
que, com o tempo, se desintegra. Este fenômeno que ocorre no concreto é
similar à osteoporose do esqueleto humano, e pode levar, em um espaço de
tempo relativamente curto, o elemento estrutural atacado à ruína. É o
processo de corrosão que ocorre com mais frequência. (SOUZA & RIPPER,
1998, p. 72).

Deve-se considerar que qualquer processo de corrosão precisa ser cessado


ainda no seu início, porque se continuar pode enfraquecer a estrutura e provocar
diversos problemas como a fissuração, a corrosão das armaduras e desagregação
do concreto. Todas essas complicações se chegarem a um estágio mais evoluído
compromete a recuperação da estrutura.
A patologia das Estruturas não é apenas um novo campo no aspecto da
identificação e conhecimento das anomalias, mas também no que se refere
à concepção e ao projeto das estruturas, e, mais amplamente, à própria
formação do engenheiro civil [...]. (SOUZA & RIPPER, 1998, p. 14).

Somente por meio de estudos e entendimento de mecanismos de ações,


como também do conhecimento dos bens presentes para observação e medida dos
parâmetros eletroquímicos da corrosão, será viável tratar dos problemas em
estruturas existentes como evitá-la em obras novas.
A corrosão pode ter várias classificações, porém vamos diferenciar aqui a
corrosão por pite da corrosão uniforme. Segundo Callister (2002, p. 399 apud
POLITO, 2006, p. 22) “o ataque uniforme é uma forma de corrosão eletroquímica
que ocorre com intensidade equivalente ao longo da totalidade de uma superfície
exposta, frequentemente deixando para trás uma incrustração ou um depósito”.
Desta forma, pode-se dizer que as reações de oxidação e de redução ocorrem por
toda extensão da barra.
Já a corrosão por pite, ocorre em áreas localizadas, podendo ocasionar
rompimento pontual da barra. Segundo Gentil (2003 apud POLITO, 2006, p. 22) as
cavidades apresentam o fundo em forma angulosa e profundidade geralmente maior
do que o seu diâmetro. No início a formação do pite é lenta, porém quando ele é
formado existe um processo autocatalítico que produz condições para um contínuo
crescimento. O autor aconselha como forma de se verificar a extensão do processo
corrosivo, a determinação do número de pites por unidade de área, o diâmetro e a
profundidade.

5 TRATAMENTO DA CORROSÃO EM CONCRETO ARMADO

O Brasil é, desde o final da década de 60, um dos maiores, se não o maior,


utilizador de concreto projetado no mundo como material de recuperação estrutural,
a par dos Estados Unidos, onde o material foi patenteado em 1908. Sabendo que o
concreto armado é propenso a desgaste de várias naturezas é preciso fazer a
manutenção sempre que necessário para evitar problemas futuros. Desta maneira,

Entende-se por manutenção de uma estrutura o conjunto de atividades


necessárias à garantia do seu desempenho satisfatório ao longo do tempo,
ou seja, o conjunto de rotinas que tenham por finalidade o prolongamento
da vida útil da obra, a um custo compensador. (SOUZA & RIPPER, 1998, p.
21).

A realização de trabalhos com o objetivo de recuperar ou mesmo reforçar as


estruturas não só segue esta norma como precisa ditar as leis neste campo, por se
tratar de trabalhos corretivos. Fatores como a durabilidade das atividades de
recuperação ou reforço devem ser ainda mais rigorosos, já que se trata de uma obra
pronta e utilizada. Souza e Ripper (1998, p. 83) dizem o seguinte,

Dentre os materiais usados nos serviços de reforço ou de recuperação


estrutural, o maior destaque vai, justamente, para os concretos e
argamassas, já que, se fossem bem projetados e convenientemente
executados, as estruturas de concreto, na sua grande maioria, seriam sãs,
e, se não o são, não é por deficiência básica dos materiais que a
constituem, passíveis apenas de envelhecimento próprio. Assim, um bom
princípio, coerente em termos de qualidade e economia, será o de repor
concreto são onde era suposto que este assim existisse.

Por esta razão, é preciso ter muita atenção no material utilizado para os
reparos do concreto armado. De acordo com as pesquisas realizadas, a pasta de
cimento injetável, que é uma mistura de cimento e água é uma boa opção para
serem injetadas nas falhas das estruturas, principalmente as causadas pela
corrosão que é o foco deste trabalho. Esta pasta deve ser homogênea para que
possa adquirir uma determinada consistência. Além disso, são acrescentados a ela
aditivos plastificantes e expansores que possibilitam o aumento da fluidez, para que
não ocorra a retração.
De acordo com Souza e Ripper (1998, p. 96),

O concreto convencional ainda é o material mais utilizado em serviços de


recuperação e reforço de estruturas de concreto. Para os trabalhos serem
executados com sucesso, a dosagem do concreto a ser aplicado deve ser
feita tendo-se em mente que as diferenças da retração entre o concreto a
aplicar e o concreto já existente na estrutura devem ser minimizados. Se a
peça a ser restaurada ou reforçada for nova, não tendo ainda o seu
concreto sofrido a maior parte da retração, o traço do concreto novo deve se
aproximar o mais possível do concreto antigo.

Nos reparos em que o concreto novo é colocado em buracos existentes no


concreto antigo, a sua retração pode criar fissuras na interface. Para evitar isto,
utilizam-se aditivos expansores, os quais podem ser de dois tipos: os que liberam
gases e os que são à base de limalha de ferro. Os que liberam gases são de uso
mais corrente é o pó de alumínio, que produz hidrogênio que forma a expansão do
concreto fresco, equilibrando a retração de pega do concreto. Segundo os autores,
os aditivos com limalha de ferro tem sua ação baseada na oxidação da limalha, o
que provoca a sua expansão, consequentemente, a expansão do concreto.
Há dois tipos clássicos de aplicação de concreto sob projeção, que
diferenciam também o material em si, em cada caso (SOUZA & RIPPER, 1998, p.
97):

 mistura seca, no caso em que a água só é adicionada no canhão de projeção


após completado o transporte. Neste caso, além da adequada seleção do
equipamento (os de câmara dupla são mais eficazes na garantia da
homogeneidade de pressão), a experiência do operador que aplica o concreto
é elemento fundamental na qualidade final do produto obtido, por ser ele o
responsável pela regulação do fato A/C (água e cimento);
 mistura úmida, que, como o nome já diz, resulta no transporte do material
bruto já hidratado.
No entanto,

A experiência consagrou, para a maioria das situações encontradas na


recuperação estrutural, a mistura seca, como a mais indicada, por ser o
sistema em que se consegue a menor adição de água (apenas a necessária
para a hidratação) e, consequentemente, chega-se a mínima retração e a
máxima aderência ao substrato. A desvantagem que mais mobiliza críticas
a este sistema é a importância da qualidade do operador, ou, por outras
palavras, a alta sensibilidade à falha humana. (SOUZA & RIPPER, 1998, p.
97).

Desta maneira, nota-se que para ter um bom resultado na recuperação do


concreto armado é preciso atrelar material de qualidade com o desempenho do
operador do trabalho. Foram atingidos bons resultados também com adições de
cinza volante em mistura ternária com cinza de casca de arroz na proporção de 20 e
30% (CASCUDO, 1997 apud POLITO, 2006, p. 119). Algumas pesquisas
demonstraram que a adição de escória de alto forno também contribuiu de forma
positiva para melhorar a resistência quanto à penetração de cloretos, além de
aumentar a resistência elétrica, proporcionando menores taxas de corrosão do aço.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nas discussões a respeito da corrosão em estruturas de concreto armado:


identificação e tratamento foram abordados diversos aspectos do tema. Com
relação ao histórico do concreto armado foi apresentado os primeiros materiais feitos
com o cimento armado no mundo e no Brasil. A importância desse conhecimento se
deve a contextualização do leitor a fim de que se entenda a evolução do concreto
armado.
Em seguida, foi feita uma abordagem a respeito da corrosão em estrutura de
concreto armado, que é um problema muito comum na construção civil e motivo de
preocupação entre os engenheiros. Além disso, mostrou quais as causas para que
ocorra a corrosão. Como este problema acontece devido a um processo de
danificação da fase metálica, ela provoca uma perda de parte das barras. Isso
também pode ocorrer devido à exposição à umidade e outros agentes destrutivos.
Outro item trabalho neste artigo foi a identificação da corrosão, uma vez que,
é preciso ter conhecimento técnico para compreender as razões do problema. Como
a segurança e a estabilidade são essenciais para a construção civil é necessário
levar em conta a importância da qualidade do material usado, bem como a revisão
das obras dentro dos meios técnicos.
Por último foi abordado o tratamento da corrosão em estrutura de concreto
armado. Quais os materiais mais indicados para a recuperação da estrutura, pois
uma vez descoberta as causas da corrosão é preciso encontrar um meio para curar
as falhas. Este tema é de grande relevância tanto para o desenvolvimento da
engenharia como também para a vida social, já que o concreto armado é um dos
materiais mais utilizados nas construções.
Por esta razão, compreender o processo de corrosão do concreto armado é
essencial para recuperação do desgaste do material. Sabe-se que a engenharia civil
evoluiu muito no decorrer dos anos e que diversos materiais pesquisados foram de
grande importância para o melhoramento da construção civil. Desta maneira, é
preciso considerar que o profissional de engenharia deve escolher os materiais de
qualidade para a construção a fim de oferecer segurança para as pessoas.
REFERÊNCIAS

ANDRADE, T. Tópicos sobre Durabilidade do Concreto. In: ______. Concreto:


Ensino, Pesquisa e Realizações. 1. ed. São Paulo: IBRACON, 2005. Cap. 25, p.
753-92.

EN 15804. Sustainability of construction Works – Environmental product


declarations – Core rules for the product category of construction products.
EN, 2012.

METHA, P. K. Durability of Concrete – Fifty Years of Progress? In: V. M. Malhotra,


ed. Proceedings of the Second International Conference on Durability of
Concrete. Detroit, ACI, 1991. p. 1-31. (SP-126).

POLITO, Giulliano. Corrosão em estruturas de concreto armado: causas,


mecanismos, prevenção e recuperação. Belo Horizonte, 2006. Disponível em:
http://polito.eng.br/upload/CORROSAO_EM_ESTRUTURAS_DE_CONCRETO_2016
0405.pdf.

RIBEIRO, Daniel Véras. et al. Corrosão em estruturas de concreto armado:


teoria, controle e métodos de análise. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. 272 p.

SOUZA, Vicente Custódio Moreira; RIPPER, Thomaz. Patologia, recuperação e


reforço de estruturas de concreto. São Paulo: Pini, 1998.

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