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Nas últimas décadas emergiu, no interior da tradição marxista, uma grande quantidade de
elaborações que acentuam a centralidade da noção de ser social no pensamento de Marx. Em grande
medida, esse movimento se deu em reação as leituras stalinistas, outrora dominantes, marcadas por
um materialismo grosseiro. No entanto, deu origem a uma enorme vulgarização do termo, ora
transformado acriticamente em substância universal do domínio humano, ora em um atributo
genérico predicado de tudo e, portanto, incapaz de diferenciar e determinar o quer que seja. Tendo
em vista esse cenário, pretendemos reexaminar o significado deste termo em Marx: ser social. Nos
limites desta comunicação, todavia, iremos centrar a análise em alguns momentos dos Grundrisse,
obra a que Marx reserva um maior espaço ao tratamento explícito do presente tema. Ao fim e ao
cabo, indicaremos se a acepção de ser social presente nessa obra oferece bases consistentes para a
construção de uma teoria geral do ser social ou, se se preferir, uma ontologia do ser social.
Referências
ARISTÓTELES. Das Categorias. São Paulo: Matese, 1965.
MARX, K. Contribuição para a Crítica da Economia Política. Lisboa: Editorial Estampa, 1971.
______. Grundrisse der Kritik der politischen Ökonomie. Berlin: Dietz Verlag: Marx-Engels: Werke
(Band 42), 1974.
______. Grundrisse. Rio de Janeiro: Boitempo Editorial, 2011.
______. Miséria da Filosofia. Porto: Publicações Escorpião, 1976.
______. O Capital - Livro I. Rio de Janeiro: Boitempo Editorial, 2013.