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Neurótico obsessivo
entre o mal constitutivo e a moral civilizatória
Obsessional neurotic between constitutive evil and moral civilization
Ramon José Ayres Souza
Resumo
Este artigo é parte de um capítulo da tese intitulada Do uso da ironia na neurose obsessiva:
destrutividade e criação sublimatória, defendida em março de 2012 no programa de Psicologia
Clínica do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. O texto aborda as primeiras
relações entre destrutividade e neurose obsessiva na obra de Freud e ao mesmo tempo aponta
algumas implicações constitutivas da impossibilidade de experimentação da destrutividade na
organização obsessiva, a saber: as medidas protetoras características de um ritual e o caráter
anal.
ria antropológica cultural em Totem e tabu. aparelho de dominação, que atende à satisfa-
Agora vale apenas destacar que já se encontra ção de outra grande necessidade ontogeneti-
aqui, no momento inaugural dos conceitos camente mais antiga (FREUD, [1905]1996, p.
de inconsciente e de aparelho psíquico, deli- 150-151).
neado o conflito obsessivo por excelência: o
mal constitutivo versus a moral civilizatória. Somente com o conceito de “pulsões par-
Roudinesco e Plon (1998, p. 539) afirmam ciais”, ao considerar o componente de cruel-
que Freud só voltaria a se interessar pela neu- dade da pulsão sexual que se desenvolve na
rose obsessiva em 1907, com a exposição na criança como independente das zonas eróge-
Sociedade das Quartas-Feiras de um início nas, é que Freud parece avançar um pouco
de atendimento daquele que viria a se tornar mais na questão dos impulsos hostis, apre-
conhecido como O homem dos ratos, o que sentando-nos duas novas ideias. A primeira
suscitaria dois textos importantes sobre a te- diz respeito à ambivalência. Segundo ele, é
mática: Atos obsessivos e práticas religiosas e através da ligação entre a crueldade e a libido
Caráter e erotismo anal. No entanto, não po- que se dá “a transformação do amor em ódio,
demos esquecer que antes disso Freud se de- das moções afetuosas em moções hostis, que
dicou a alguns elementos essenciais à com- é característica de um grande número de ca-
preensão dessa neurose e, em um sentido sos de neurose e até, ao que parece, da para-
mais amplo, ao desenvolvimento da própria nóia em geral.” (FREUD, [1905]1996, p. 158).
teoria psicanalítica. Refiro-me particular- Logo em seguida, a crueldade é considerada
mente à agressividade/sadismo, ao desenvol- “perfeitamente natural no caráter infantil, já
vimento libidinal (de acordo com fases oral, que a trava que faz a pulsão de dominação
anal, fálica, genital) e ao conceito de pulsão, deter-se ante a dor do outro — a capacida-
presentes em 1905 no artigo sobre os Três en- de de compadecer-se — tem um desenvol-
saios sobre a teoria da sexualidade. Entre as vimento relativamente tardio” (FREUD,
organizações pré-genitais apresentadas nesse [1905]1996, p. 181).
último texto, ressaltamos a importância da Compreendemos que a temática da agres-
erogeneização da zona anal, conceitualmen- sividade vai ganhando importância ao lon-
te importante para a neurose obsessiva. go da obra de Freud. Os componentes hostis
Em relação ao sadismo, este “correspon- fazem parte da constituição infantil, mas ao
deria a um componente agressivo autonomi- mesmo tempo é preciso renunciar a eles para
zado e exagerado da pulsão sexual, movido ingressar na civilização. O obsessivo, hobbe-
por deslocamento para o lugar preponderan- siano por natureza, é aquele que desenvolve
te” (FREUD, [1905]1996, p. 149). Em outro intensas proteções para evitar esse mal que
nível teórico, o texto resgata também a antiga o constitui. Algumas dessas proteções se as-
ligação entre a pulsão sexual e o que Freud semelham aos rituais religiosos, conforme é
chama de crueldade: descrito em 1907 em Atos Obsessivos e práti-
cas religiosas.
Que a crueldade e a pulsão sexual estão in- Freud ([1907]1996, p. 109) abre o artigo
timamente correlacionadas é nos ensinado, afirmando que não é o momento para defi-
acima de qualquer dúvida, pela história da nições, uma vez que “ainda não chegamos
civilização humana, mas no esclarecimento ao critério distintivo da neurose obsessiva”.
dessa correlação não se foi além de acentuar o Esse critério estaria, segundo ele, “oculto em
fator agressivo da libido. Segundo alguns au- camadas muito profundas, embora pareça
tores, essa agressão mesclada à pulsão sexual revelar sua presença em todas as manifesta-
é, na realidade, um resíduo de desejos cani- ções da doença”. Trata-se de uma tentativa
balísticos e, portanto, uma coparticipação do de compreensão dos chamados cerimoniais
obsessivos, à luz da comparação com as prá- egoístas”. Não nos esqueçamos dos impulsos
ticas religiosas. Na observação das seme- hostis, mesclados às pulsões sexuais. Freud,
lhanças entre ambos, aparece mais uma vez o então, conclui que a “renúncia progressiva
excesso de escrúpulos e a consciência moral. às pulsões constitucionais, cuja ativação pro-
A diferença estaria entre a privação dos atos porcionaria o prazer primário do eu, parece
neuróticos e o caráter de rito público dos atos ser uma das bases do desenvolvimento da ci-
religiosos. Além disso, ao contrário do sim- vilização humana” (FREUD, [1907]1996, p.
bolismo próprio dos cerimoniais religiosos, 116). Trata-se da ideia desenvolvida, no texto
na neurose obsessiva — essa “caricatura, ao Moral sexual civilizada e doença nervosa mo-
mesmo tempo cômica e triste, de uma reli- derna (FREUD, [1908]1996), de que a civi-
gião particular” (FREUD, [1907]1996, p. 111) lização se funda sob a renúncia pulsional. O
— os ritos têm caráter obrigatório e à primei- obsessivo seria, então, o representante maior
ra vista parecem bobos e sem sentido, além dessa moral civilizada.
de qualquer possibilidade da renúncia susci- Para além dos cerimoniais semelhantes
tar angústia. Esse absurdo, entretanto, desa- aos ritos religiosos, também não podemos
parece após uma investigação psicanalítica: deixar de mencionar como sendo implica-
ções da destrutividade renunciada alguns
Descobre-se que todos os detalhes dos atos traços que vão compor esse modo de ser ob-
decisivos possuem um sentido, que servem sessivo. Refiro-me particularmente àquilo
a importantes interesses da personalidade, e que Freud denominou em 1908 de Caráter
que expressam experiências ainda atuantes e e erotismo anal ([1908]1996). No texto, são
pensamentos catexizados com afeto. Fazem identificadas três características encontradas
isso de duas formas: por representação direta em pacientes obsessivos: “elas são especial-
ou simbólica, podendo, consequentemente, mente ordeiras, parcimoniosas e obstinadas”.
ser interpretados histórica ou simbolicamen- Cada um desses traços pode se apresentar
te (FREUD, [1907]1996, p. 111). através de outras formas, por exemplo, “a
parcimônia pode aparecer de forma exa-
Nessa ocasião ainda percebemos a mesma gerada como avareza, e a obstinação pode
premissa de tratamento: tornar o ato cons- transformar-se em rebeldia, à qual podem
ciente, ou melhor, interpretar o sentido por facilmente associar-se a cólera e os ímpetos
trás do aparente absurdo. A defesa em forma vingativos” (FREUD, [1908]1996, p. 159,
de medida protetora é erguida contra o mal grifos do autor). A explicação para esse tipo
e, ao mesmo tempo que causa sofrimento, de comportamento obsessivo é fornecida
promove satisfação, o que expõe o quanto a pelo erotismo anal; “essas pessoas nasceram
renúncia é parcial. Mesmo com o recalque e com uma constituição sexual na qual o ca-
a formação de sintomas, é certo que há al- ráter erógeno da zona anal é excepcional-
gum tipo de satisfação. A satisfação nesse mente forte” (FREUD, [1908]1996, p. 160).
caso vem através da formação reativa, a res- Vale lembrar que o erotismo anal foi trata-
ponsável por conduzir os impulsos primiti- do primeiramente no texto dos Três ensaios
vos à consciência de modo invertido. para em seguida ser abordado mais profun-
A neurose obsessiva é considerada por damente em A predisposição à neurose obses-
Freud ([1907]1996, p. 116) “o correlato pa- siva ([1913]2010). A mim interessa destacar
tológico da formação de uma religião”. Em- o marcante papel da formação reativa —
bora ambas renunciem aos impulsos cons- consequência da ambivalência afetiva — na
titutivos, na neurose obsessiva os impulsos transformação de sentimentos em seu opos-
“são exclusivamente sexuais em sua origem, to: “A limpeza, a ordem e a fidedignidade dão
enquanto na religião procedem de fontes exatamente a impressão de uma formação
reativa contra um interesse pela imundície pré-genital pode fazer parte da organiza-
perturbadora que não deveria pertencer ao ção genital: a inveja do pênis proporciona
corpo” (FREUD, [1908]1996, p. 162). A ver- a aquisição de um substituto, tanto no que
gonha, a repugnância e a moralidade obses- diz respeito ao desejo de ter uma crian-
sivas também se originam a partir das “for- ça — que no caso, seria um substituto do
mações reativas”: excremento-presente —, quanto à escolha
amorosa de um homem — “apêndice do pê-
Ora, o erotismo anal é um dos componentes da nis” (FREUD, [1917]2010, p. 256-258). Esse
pulsão sexual que, no decurso do desenvolvi- interesse pelo pênis, bem como o traço de
mento e de acordo com a educação que a nos- caráter da teimosia (ou obstinação) tam-
sa civilização exige, se tornarão inúteis para os bém se origina do simbolismo das fezes. No
fins sexuais. Portanto, é plausível a suposição caso deste último, a origem mais precisa se
de que esses traços de caráter — a ordem, a dá pela retenção como ato de satisfação au-
parcimônia e a obstinação —, com frequência toerótica narcísica, em oposição à atitude
relevantes nos indivíduos que anteriormen- de amor ao objeto, representada pelo ato de
te eram anal-eróticos, sejam os primeiros e presentear o outro com as fezes.
mais constantes resultados da sublimação do Por fim, Freud ainda apresenta no mesmo
erotismo anal (FREUD, [1908]1996, p. 161). texto, apesar de não explorar, a “degradação
regressiva da organização genital” na neu-
Freud ainda não havia desenvolvido o rose obsessiva, “manifestada no fato de toda
conceito de sublimação, cuja primeira apa- fantasia originalmente concebida no plano
rição se deu em 1905, nos Três ensaios. Em genital ser transposta para o anal, o pênis ser
1908, como é o caso da citação acima, a su- substituído pela vara de fezes, a vagina pelo
blimação ainda é tratada como sinônimo de intestino” (FREUD, [1917]2010, p. 259).
formação reativa. Apesar de não ser objeto É certo que os estudos sobre o caráter anal
de investigação desse artigo, cabe destacar foram expandidos por Ernest Jones em Traços
que é somente em 1915 ([1905]1996, p. 168) do caráter anal-erótico, publicado original-
que Freud acrescenta uma nota de rodapé ao mente em 1918. Jones começa diferenciando
texto dos Três ensaios afirmando que a su- dois tipos de traços anais de caráter: os que
blimação e a formação reativa são “dois pro- têm uma “natureza positiva — ou seja, são
cessos conceitualmente diferentes”, além de sublimações que representam simplesmente
a sublimação “dar-se por outros mecanismos um desvio do objeto original” e aqueles que
mais simples”. possuem uma “natureza negativa — ou seja,
De volta ao nosso percurso, é preciso constituem formações reativas erigidas como
mencionar uma passagem do texto Sobre barreiras contra as tendências recalcadas”
transformações dos instintos em particular no (JONES, [1918]2005, p. 297). Como resulta-
erotismo anal (1917), mais especificamente do do processo sublimatório, teríamos a par-
uma relevante questão a respeito do desti- cimônia, os impulsos de colecionar e estocar,
no do erotismo anal após a instauração da bem como o seu oposto: a generosidade, a
organização genital: estaria submetido ao extravagância, as produções artísticas e cria-
recalque, à sublimação, à transformação em tivas (pintura, escultura, culinária). Entre as
qualidades de caráter (formação reativa) ou formações reativas, encontramos: a ordem,
seria acolhido na nova configuração da se- a intolerância para o desperdício, o asco e a
xualidade? (FREUD, [1917]2010, p. 254). aversão à sujeira.
Através da associação fezes, criança e pê- Jones também apresenta alguns traços
nis, principalmente a relação entre criança de caráter mais relacionados com o ato da
e pênis, ficamos sabendo que o erotismo defecação em si. Por exemplo, a procrasti-
nação remete ao prazer obtido pela criança pulsos de vingança, segundo o autor, surgem
através do adiamento do momento de defe- por conta de uma atitude autoritária da mãe,
car. Enquanto adiam e protelam o ato, elas que exigia a “obediência da parte da crian-
“mergulham no trabalho com uma energia ça com referência a fazer suas necessidades
desesperada e quase sempre feroz que nada mais cedo que o costumeiro”, chegando a
deve desviar, nem a mínima interferência distribuir umas palmadas por isso. Mais uma
deve ser sentida” (JONES, [1918]2005, p. vez temos a rebeldia (camuflada através de
298). A inibição, então, dá lugar à obstinação uma atitude oposta de submissão) contra
e à persistência para se alcançar um estado uma figura de autoridade no inconsciente do
de perfeição. “Nada pode ficar pela metade” obsessivo.
(JONES, [1918]2005, p. 301). Há também Ao procurar impor “seu próprio sistema”
uma “extrema sensibilidade acerca da inter- em tudo, indica Abraham, o neurótico obses-
ferência” (p. 302). O obsessivo não tolera in- sivo tende a criticar os outros exageradamen-
terrupções durante suas atividades, correndo te, “e isto facilmente degenera em mera ca-
o risco de reagir com rebeldia, irritabilidade vilação [ironia maldosa, zombaria]. Na vida
e mau humor: social, constituem eles o grupo principal dos
descontentes” (ABRAHAM, [1921]1970, p.
Tais pessoas não aceitam bem conselhos, res- 181). Por último, Abraham também comen-
sentem-se de qualquer pressão sobre elas, lu- ta aquilo que Jones considera “um dos mais
tam por seus direitos e dignidade, rebelam-se interessantes resultados do erotismo anal”
contra qualquer autoridade e insistem em se- ([1921]1970, p. 193): a tendência à oposição
guir seu próprio caminho; nunca são induzi- do psiquismo. Para o primeiro, o motivo da
das, podendo apenas ser comandadas. Como inversão é o deslizamento da libido da zona
crianças, são extremamente desobedientes, genital para a anal:
existindo, com certeza, uma constante as-
sociação entre a desobediência desafiadora Nesse sentido, pode-se mencionar a conduta
e o erotismo anal não controlado (JONES, de muitas pessoas que são consideradas ex-
[1918]2005, p. 302). cêntricas. Sua natureza é construída, na maior
parte, por traços caracterológicos anais. Elas
Podemos inferir a relação entre erotismo tendem a agir, tanto em grandes quanto em pe-
anal e rebeldia a partir do comentário de Lou quenas coisas, de maneira oposta à das outras
Salomé sobre a primeira proibição imposta à pessoas (ABRAHAM, [1921]1970, p. 193).
criança durante o ato de defecar, mais pre-
cisamente em extrair prazer dessa atividade. Somente depois é explicada a transfor-
“A partir daí, o ‘anal’ permaneceria como mação reativa dos impulsos sádico-anais e
símbolo de tudo o que deve ser repudiado, coprofílicos em excessivo amor à limpeza e
afastado da vida” (SALOMÉ apud FREUD, à ordem. Para o psicanalista, tais tendências
[1905]1996, p. 176). revelam um “instinto erótico anal recalcado
Em 1921, no artigo Contribuição à teoria ou sublimado” (ABRAHAM, [1924]1970, p.
do caráter anal, Abraham ([1921]1970, p. 92-93).
178) retoma as ideias de Jones com o objeti- Por fim, interessa apenas ressaltar o mar-
vo de “ampliação e acabamento”. É apresen- cante papel da formação reativa — resultado
tado um relato de uma paciente acometida da destrutividade e da ambivalência afetiva
por um conflito “entre uma atitude conscien- — na transformação de sentimentos em seu
te, por um lado, de submissão, resignação e oposto e, consequentemente, em um modo
disposição a sacrificar-se e, por outro, um de ser impedido pela moral civilizatória. Eis
desejo inconsciente de vingança”. Tais im- por que, ao levar em conta a clínica na neu-
rose obsessiva, devemos lançar mão do en- 1996. p. 79-88. (Edição standard brasileira das obras
contro lúdico e do compartilhamento afetivo psicológicas completas de Sigmund Freud, 3).
no processo de experimentação e estetização FREUD, S. Observações adicionais sobre as neuropsi-
da destrutividade e da ambivalência. Essa via coses de defesa (1896). In: ______. Primeiras publica-
fértil, entretanto, merece ser explorada em ções psicanalíticas (1893-1899). Direção-geral da tra-
outro momento. dução de Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
p. 163-183. (Edição standard brasileira das obras psi-
cológicas completas de Sigmund Freud, 3).
ABRAHAM, K. Contribuição à teoria do caráter anal FREUD, S. Moral sexual civilizada e doença nervosa
(1921). In: ______. Teoria psicanalítica da libido: so- moderna. (1908). In: ______. “Gradiva” de Jensen e
bre o caráter e o desenvolvimento da libido. Rio de outros trabalhos (1906-1908). Direção-geral da tradu-
Janeiro: Imago, 1970. ção de Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1996. p.
169-186. (Edição standard brasileira das obras psico-
FREUD, S. As neuropsicoses de defesa (1894). In: lógicas completas de Sigmund Freud, 9).
______. Primeiras publicações psicanalíticas (1893-
1899). Direção-geral da tradução de Jayme Salomão. FREUD, S. A predisposição à neurose obsessiva.
Rio de Janeiro: Imago, 1996. p. 273-282. (Edição stan- (1913). In: ______. Observações psicanalíticas sobre
dard brasileira das obras psicológicas completas de um caso de paranoia relatado em autobiografia (“O caso
Sigmund Freud, 3). Schreber”), Artigos sobre técnica e outros textos (1911-
1913). Tradução Paulo César de Souza. São Paulo:
FREUD, S. Obsessões e fobias: seu mecanismo psíqui- Companhia das Letras, 2010. (Obras completas, 10).
co e sua etiologia (1895[1984]). In: ______. Primeiras
publicações psicanalíticas (1893-1899). Direção-geral FREUD, S. Notas sobre um caso de neurose obsessiva
da tradução de Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, (1909). In: ______. Duas histórias clínicas: “O peque-
RECEBIDO: 15/03/2013
A P R OVA D O : 2 4 / 0 4 / 2 0 1 3
S OB R E O AU TOR