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Brasília, 2015
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Presidenta Dilma Dilma Vana Rousseff
Vice Presidente: Michel Temer
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
Ministra Izabella Mônica Vieira Teixeira
Secretário Executivo: Francisco Gaetani
Secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental - SAIC
Regina Gualda
Diretora do Departamento de Educação Ambiental - DEA
Soraia Silva de Mello
Equipe técnica do Programa Nacional de Capacitação de Gestores Ambientais- PNC
Luciana Resende
Tereza Moreira
Luciana Resende
Luciana Resende
Revisão e colaboração
Angelita Coelho
Miriam Miller
II
Neusa Helena Rocha Barbosa
Coordenação:
Mariana Braga
Analistas Ambientais
Alex Bernal, Ana Luísa Campos, Jader Oliveira, José Luís Xavier, Luciana Resende, Nadja
Janke, Neusa Helena R. Barbosa, Neuza Gomes Vasconcelos, Patricia F. Barbosa, Taiana
Brito
Agentes Administrativos
Maria Aparecida Leite, João Alberto Xavier
Recepcionista
Leylane Aparecida L. do Santos
Estagiários
Amanda Feitosa, Carla Silva Sousa, Paula Geissica Ferreira da Silva, Rômulo de Sousa
III
SUPERINTENDÊNCIA DE APOIO AO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE
RECURSOS HÍDRICOS
Humberto Cardoso Gonçalves (Superintendente)
Victor Alexandre Bittencourt Sucupira (Superintendente Adjunto)
COODENAÇÃO DE CAPACITAÇÃO DO SINGREH
Taciana Neto Leme (Gerente)
Celina Maria Lopes Ferreira
Daniela Chainho Gonçalves
Elmar Andrade de Castro
Jair Gonçalves da Silva
Lucas Braga Ribeiro
Luis Gustavo Miranda Mello
Mariana Braga Coutinho
Sandra Cristina de Oliveira (Secretária)
Vivyanne Graça Mello de Oliveira
IV
SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CAPACITAÇÃO DE GESTORES AMBIENTAIS E
A PARCERIA MMA E ANA
Dessa forma, o PNC foi criado para atender aos anseios dos estados e municípios, em
uma estratégia duradoura. Seu objetivo principal é o de capacitar gestores, servidores e
técnicos ambientais, com vistas a ampliar a compreensão do Sistema Nacional de Meio
Ambiente (SISNAMA) e seu fortalecimento. Busca também a consolidação da gestão
ambiental compartilhada, que envolve a responsabilização das três esferas de governo:
federal, estadual e municipal.
V
foco em estações de tratamento de esgotos e aterros sanitários, regularização ambiental em
propriedades rurais, além de gestão de recursos hídricos e comitês de bacias hidrográficas.
Esses últimos cursos realizados em parceria com a Agência Nacional de Águas, no ano de
2013.
Assim, a ANA deu início aos processos de capacitação de recursos humanos para
a gestão de recursos hídricos em 2001. Inicialmente, entre 2001 e 2010, a ANA
conseguiu atingir cerca de 10 mil pessoas, por meio de cursos presenciais.
Posteriormente a ANA deu início a implementação sistemática de cursos na modalidade
à distância e a partir dessa estratégia, no período de 2011-2013 mais de 20.000 pessoas
foram capacitadas e no ano de 2014 mais de 22.000 pessoas foram aprovadas.
VI
Desse modo, em uma coadunação de esforços entre o MMA e a ANA, e em
continuidade de uma parceria bem sucedida, foi elaborado esse curso, que busca atingir o
maior número de gestores ambientais, membros dos Comitês de Bacias Hidrográficas,
estudantes e público em geral.
VII
APRESENTAÇÃO DO CURSO
Os três módulos que compõem esse curso fornecem linhas gerais para o
fortalecimento do Sistema Nacional de Meio Ambiente em sua inter-relação com os demais
instrumentos e atores da gestão municipal. O material didático foi concebido para trabalhar
conceitos não apenas de forma discursiva. Por meio de exemplos e exercícios, pretende-se
promover sucessivas aproximações das pessoas com a realidade local, no sentido de
qualificar a sua atuação.
O Módulo II mostra os principais passos para a estruturação dos órgãos que compõem
o Sistema Municipal de Meio Ambiente. Discorre também sobre as formas de se reunir
recursos destinados às ações na área ambiental.
O Módulo III trata das diferentes escalas de planejamento municipal, com ênfase no
planejamento microrregional e setorial, considerando os níveis de integração a serem
concretizados em torno de um projeto de desenvolvimento sustentável para a comunidade e
a região.
VIII
SUMÁRIO
IX
UNIDADE 1: GESTÃO PÚBLICA SUSTENTÁVEL
Poluição
Em 1972, na cidade de Estocolmo, Suécia, pela primeira vez, uma conferência das
Nações Unidas dedicava-se a debater os problemas ambientais em âmbito mundial. Trata-
se da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano. De acordo com
10
Milaré (2007), a posição defendida pelo Brasil era a do “crescimento a qualquer custo”. A
fundamentação era a de que as nações subdesenvolvidas e em desenvolvimento não
deveriam destinar recursos financeiros para a proteção ambiental, ou mesmo conter as suas
taxas de crescimento, devido aos graves problemas socioeconômicos que vivenciavam e
que, por isso, a degradação ambiental seria um mal menor.
Degradação Ambiental
Para Refletir
Faça um diagnóstico socioambiental da localidade em que você vive.
Primeiramente, marque um ponto no mapa onde está seu município e, após isso,
responda as seguintes perguntas:
Seu município ou região sofreu algum impacto socioambiental a partir das políticas
daquele período do governo militar, ou mesmo, atualmente, em consequência do
"desenvolvimentismo"? Se sim, descreva brevemente.
Em que bioma e bacia ou região hidrográfica ele se situa? A água é farta e de boa
qualidade? Existem disputas pelo seu uso? Há assoreamento de lagoas, córregos e
outros cursos d’água?
Quantos habitantes vivem na área urbana e na área rural?
Há serviços de saúde e educação pública de qualidade?
Há opções de lazer em áreas verdes? Existem áreas protegidas de forma especial, por
exemplo, Reserva Extrativista ou Área de Proteção Ambiental?
O que se faz com os resíduos gerados pelas atividades industriais, agrícolas ou
urbanas? Existem aterros sanitários?
Para onde vai o esgoto das residências?
Para onde vai o esgoto da empresas?
No seu município existe alguma Estação de Tratamento de Esgoto - ETE?
O solo é fértil ou está empobrecido? Há poluição por agrotóxicos?
Existem disputas em torno do uso do solo, com a ocorrência de grupos de
trabalhadores sem-terra ou grupos sem-teto? Há crianças de rua, favelas, ocupações
irregulares?
Há populações que foram desalojadas pela construção de grandes obras ou que
perderam seu meio de vida por causa de desmatamento, pesca excessiva, poluição das
águas?
A polícia registra muitos casos de violência?
Quais são as principais forças sociais vinculadas a esses temas atuantes no município?
Há associações, sindicatos, outros tipos de organizações?
Agora compartilhe suas impressões com pessoas de seu município e de outras
localidades. As respostas a essas perguntas podem indicar os principais problemas e
onde o município pode melhorar.
12
Bioma
Bacia Hidrográfica
Assoreamento
Resíduo
13
Resíduo (II)
Agrotóxico
Municípios sustentáveis
14
impactos profundos sobre o ambiente. Segundo essa visão, o crescimento econômico é
uma das variáveis a garantir qualidade de vida, mas não a única. Historicamente, vem se
afirmando o conceito de sustentabilidade, em amplo escopo, ou seja, de um tipo de
desenvolvimento das sociedades que agreguem durabilidade e justiça social. Ou seja,
economicamente viável, ecologicamente o mais equilibrado possível, capaz de propiciar às
pessoas condições básicas para o bem viver, o respeito à diversidade cultural, bem como o
pleno exercício da cidadania.
Desenvolvimento Sustentável
15
Sustentabilidade
"O termo sustentabilidade foi cunhado com o propósito de nos remeter ao vocábulo
sustentar. Sustentar algo ao longo do tempo - a dimensão de longo prazo já se
encontra incorporada nessa interpretação -, para que aquilo que se sustenta tenha
condições de permanecer perene, reconhecível e cumprindo as mesmas funções
indefinidamente, sem que produza qualquer tipo de reação desconhecida,
mantendo-se estável ao longo do tempo. (...) Todavia, podemos adiantar que a
sustentabilidade comporta várias dimensões. A sustentabilidade torna-se um
conceito transversal que abrange todas as dimensões da vida humana, não apenas
as relações diretas com a natureza." (FERREIRA, 2005, p.315).
Nesse sentido, também podemos refletir a respeito de uma localidade a partir do ponto
de vista da sustentabilidade. Atualmente, há diversos parâmetros para isso. Podemos citar,
por exemplo, a lista que foi preparada pela organização inglesa Local Government Municipal
Board, disponibilizada na obra de Marcatto; Ribeiro (2002 apud BRASIL, 2006, p. 19). De
acordo com esse documento, com base em critérios socioambientais, um município em
busca do desenvolvimento sustentável:
Indicador Ambiental
17
8. Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção com Planos de Ação para Recuperação
e a Conservação
9. Cobertura Vegetal Nativa Remanescente
10. Desmatamento Anual por Bioma
11. Focos de Calor
12. Cobertura Territorial das Unidades de Conservação da Natureza
13. Cobertura Territorial e População Atendida pelo Programa Bolsa Verde
14. Área de Florestas Públicas Destinadas para Uso e Gestão Comunitários
15. Implantação da Agenda Ambiental na Administração Pública - A3P
16. Consumo de Agrotóxicos e Afins
17. Situação da Oferta de Água para Abastecimento Humano Urbano
18. População Urbana com Acesso a Sistemas Adequados de Abastecimento de Água
19. População Urbana com Acesso a Serviços de Coleta de Esgotos Sanitários
20. População Urbana com Acesso a Serviços de Tratamento de Esgotos Sanitários
21. Coleta per capita de Resíduos Sólidos Domiciliares (RDO)
22. Taxa de Cobertura da Coleta de Resíduos Sólidos Domiciliares em Relação à
População Urbana
23. Taxa de Recuperação de Materiais Recicláveis em Relação à Totalidade de RSU (**)
Coletados
24. Municípios com Órgãos Municipais de Meio Ambiente (OMMA)
25. Municípios com Conselhos de Meio Ambiente (CMMA)
26. Implantação da Agenda 21 Local
27. Relação entre Demanda Total e Oferta de Água Superficial
28. Índice de Qualidade da Água (IQA) dos Rios e BH em Função do Lançamento de
Esgotos Domésticos
29. Balanço Hídrico Qualitativo dos Rios e Bacias Hidrográficas
30. Balanço Hídrico Quali-quantitativo dos Rios e Bacias Hidrográficas
31. Cobertura do Território com Comitês de BH ou Outros Tipos de Colegiados
Instituídos nas Bacias
32. Cobertura Territorial dos Planos de Bacia Hidrográfica
33. Estado da Cobertura Terrestre das Áreas Susceptíveis à Desertificação
34. Cobertura Territorial dos Projetos de Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE)
Fonte: (BRASIL, 2014a, p. 30-31)
18
Para maiores informações sobre o PNIA, acesse o site do Ministério do Meio
Ambiente:
http://www.mma.gov.br/publicacoes/pnia
Para Refletir
Com base nos indicadores apresentados, você classificaria seu
município como sustentável? Justifique sua resposta.
Afinal, por que é tão importante a atuação dos governos municipais na área ambiental?
Vejamos algumas razões:
Alguns surtos de crescimento são como “fogo de palha”. Produzem muitas riquezas
em curto espaço de tempo, às vezes de “um ou dois mandatos”. Mas sem a base de
recursos naturais que lhes deram origem, e que foram degradadas, essas atividades
se vão para outras localidades, em busca de novos recursos para consumir. Todos
conhecem exemplos de cidades que nasceram e morreram economicamente em
algumas décadas pela febre dos minérios, da pesca, da borracha, da cana-de-
açúcar, do café... Portanto, vale a pena investir em formas de manter e usar com
19
inteligência os recursos ambientais disponíveis, exercendo o controle e a
participação social sobre a gestão do município.
É mais fácil e barato prevenir do que remediar. Os custos para se resolver problemas
decorrentes dos impactos ambientais: poluição industrial, perda dos solos,
assoreamento de rios, contaminação de lençóis freáticos, perda de biodiversidade
são mais altos do que os esforços para evitá-los. Existem exemplos em todo o
mundo de quanto é custoso e demorado despoluir um rio.
Lençol Freático
Biodiversidade
20
compartilhar com o Estado a responsabilidade pela conservação do meio ambiente,
garantindo transparência nas ações pelo controle social.
Controle Social
Em resumo
Muitos ainda restringem meio ambiente a apenas árvores, rios e animais. Em geral,
se esquecem de que nós, os seres humanos, que também fazemos parte desse cenário e
somos os principais responsáveis por suas alterações, deletérias ou não. Também persiste
o engano do ideário liberal e capitalista de que desenvolvimento e crescimento econômico
são sinônimos. Porém, não há desenvolvimento real sem o bem estar social, num ambiente
sadio. Assim, o conceito de sustentabilidade procura deixar mais claro que as pessoas,
especialmente os menos favorecidos, e o meio em que vivem, devem estar em primeiro
plano.
Esta inversão de valores deve ser implementada global, mas, sobretudo localmente. É
no espaço local que os maiores impactos são sentidos. Por isso, a importância da atuação
nessa escala. O município é onde moramos, trabalhamos e nos divertimos. Ali percebemos
os problemas e podemos contribuir para buscar soluções.
22
UNIDADE 2: GESTÃO AMBIENTAL DESCENTRALIZADA E INTEGRADA
O SISNAMA é o modelo de gestão ambiental adotado no Brasil. Foi instituído pela Lei
nº 6.938/1981, portanto, antes mesmo da atual Constituição Federal. O referido
ordenamento cria a Política Nacional do Meio Ambiente, e tem como desafio formar uma
rede de organizações em âmbito federal, estadual, distrital e municipal que, juntas, possam
alcançar as grandes metas nacionais na área ambiental. Desse modo, conforme nos lembra
Milaré (2011), é um sistema formado pelo conjunto de órgãos e instituições nos diversos
níveis de poder responsáveis pela proteção ambiental, além de ser o grande arcabouço
institucional da gestão ambiental brasileira.
Assim, podemos dizer que a proteção do meio ambiente, por meio do SISNAMA, se
consolida mediante a formulação e execução de políticas públicas de meio ambiente; a
articulação entre as instituições componentes do Sistema em âmbito federal, estadual,
distrital e municipal; e pelo estabelecimento da descentralização da gestão ambiental.
23
A natureza possui milhares de exemplos de sistemas: cada indivíduo, animal, planta,
micro-organismo é um todo integrado, ou seja, um sistema vivo. Da mesma forma, as
sociedades humanas e o meio ambiente construído reproduzem esse modelo: a família, a
comunidade, as cidades, a malha viária, as redes de telefonia e de distribuição de alimentos
constituem exemplos de sistemas.
Saiba Mais
A criação da SEMA foi uma resposta às críticas da
comunidade internacional acerca do posicionamento
dos países denominados de Terceiro Mundo, liderados
pelo Brasil, contrários ao retardamento e
encarecimento do processo de industrialização nos
países em desenvolvimento, como forma de controle
da degradação ambiental (MILARÉ, 2011).
24
Assim, a primeira fase de implementação do sistema (décadas de 1980 e 1990)
caracterizou-se pela criação dos órgãos ambientais, principalmente nos âmbitos federal e
estadual. Até recentemente, porém, em muitos casos, o que se observa na prática é a
ocorrência de órgãos ambientais sem vínculos entre si, desarticulados e fortemente
marcados pela competição, especialmente no estabelecimento de competências para o
licenciamento e fiscalização ambiental.
Licenciamento
Fiscalização
Essa é, contudo, uma visão oposta ao que propõe a Política Nacional de Meio
Ambiente, que está fortemente assentada nos preceitos da Forma Federativa de Estado.
Por esse modelo, deve haver uma repartição de responsabilidades e recursos, além da
cooperação entre os entes federados. Segundo Granziera (2014), a principal característica
do SISNAMA é a coordenação das ações, baseada na articulação institucional, para que
não haja superposição ou lacunas na atuação do poder público.
25
Saiba Mais
No Brasil, a Forma de Estado é a Federação formada por quatro espécies de
entes (União, estados, Distrito Federal e municípios). Conforme nos lembra
Paulo; Alexandrino (2011), o Brasil segue um modelo de federalismo
cooperativo. Isso quer dizer que não há uma divisão rígida de competências
entre os entes, e que, além disso, esses deverão atuar de modo conjunto.
Em uma Federação, os governos organizam-se tendo a Constituição como
soberana. Submetidos aos seus princípios, os entes federativos compartilham
diferentes competências. Cada uma dessas esferas de governo desfruta de
autonomia política, administrativa, organizativa e legislativa.
Essa forma de organização cria um Estado composto, no qual existe a união das
comunidades públicas em torno da realização dos objetivos da Constituição.
Dessa forma, o poder não concentra-se nas mãos de uma única autoridade
central, fazendo com que seja repartido: a União, como ordem nacional; os
estados, como ordens regionais; e os municípios, como ordens locais. Nesse
caso, o Distrito Federal, em geral, acumula as competências dos estados e dos
municípios.
Agora que já temos uma noção do processo histórico que levou ao nascimento desse
sistema e entendemos suas principais bases conceituais, vejamos, então, quais são seus
componentes.
Composição do SISNAMA
A Lei 6.938/1981, em seu artigo 6º, traz a estrutura na qual está baseada a gestão
ambiental do País. E, tendo em vista os seus componentes, podemos dizer que, mesmo que
aberto à participação de instituições não governamentais e da sociedade civil, o SISNAMA é
uma estrutura político-administrativa eminentemente governamental (MILARÉ, 2011).
I – Órgão Superior
26
Conselho de Governo-reúne todos os
ministérios e a Casa Civil da Presidência da
República na função de formular a política
nacional de desenvolvimento do País,
levando em conta as diretrizes para o meio
ambiente.
IV – Órgãos executores
27
O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e
o Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio) – encarregados de
executar e fazer executar as políticas e as
diretrizes governamentais fixadas para o
meio ambiente, de acordo com as
respectivas competências.
V – Órgãos seccionais
VI – Órgãos locais
28
O CONAMA é presidido pelo Ministro do Meio Ambiente e sua Secretaria Executiva é
exercida pelo Secretário-Executivo do Ministério do Meio Ambiente. Conforme o Decreto
6.792/2009 é composto por: Plenário; Câmara Especial Recursal; Comitê de Integração e
Políticas Ambientais; Câmaras Técnicas; Grupos de Trabalho e Grupos Assessores.
De acordo com a Lei 6.938/1981, alterada pelas Leis 8.028/1990 e 7.804/1989, esse
órgão colegiado tem como algumas de suas competências:
29
Para maiores informações sobre o Decreto 6.792/2009:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6792.htm
30
A Proposição de estratégias, mecanismos e instrumentos econômico e sociais
para a melhoria da qualidade ambiental e o uso sustentável dos recursos
naturais;
O Zoneamento ecológico-econômico.
Cabe ressaltar ainda que são entidades vinculadas ao Ministério do Meio Ambiente,
também fazendo parte de sua estrutura, as seguintes autarquias: a) Agência Nacional de
Águas (ANA); b) IBAMA; c) Instituto Chico Mendes- ICMBio; d) Instituto de Pesquisas do
Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ). Ademais, é órgão subordinado ao Ministério,
o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), que apesar de não possuir personalidade jurídica,
segundo a Lei 11.284/2006, poderá o Poder Executivo assegurar-lhe autonomia
administrativa e financeira, mediante celebração de contrato de gestão e de desempenho
(GRANZIERA, 2014).
31
Para maiores informações acesse o site da ANA:
http://www2.ana.gov.br/Paginas/default.aspx
O IBAMA foi criado pela Lei 7.735/1989, alterada pela Lei 11.516/2007. Suas
competências estão voltadas para o poder de polícia ambiental, respeitadas as diretrizes do
Ministério do Meio Ambiente. Entre suas atribuições estão o licenciamento ambiental;
32
controle e qualidade ambiental; autorização de uso dos recursos naturais; fiscalização,
monitoramento e controle ambiental.
33
Para maiores informações acesse o site do ICMBio:
http://www.icmbio.gov.br/portal/
Cabe ressaltar também que, da mesma maneira em que se estabelece como sistema
(SISNAMA, mais tarde o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos –
SINGREH, e o Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC), a política
ambiental tende a ser também mais eficiente e efetiva quanto mais envolver processos
participativos em contexto verdadeiramente democrático. Isso não se deve apenas à sua
emergência no processo de democratização no Brasil, mas também porque afeta
diretamente a saúde e a qualidade de vida da população, surgindo como problema muitas
vezes nos territórios e nas comunidades, muito antes de ser percebida pelos governantes.
Para Refletir
Com base no que vimos até agora, em especial, a
respeito da estrutura do SISNAMA, identifique as
instituições públicas integrantes desse Sistema, por
exemplo, as secretarias, institutos ou órgãos
responsáveis por realizar a política de meio ambiente.
Faça isso considerando a esfera local (municipal),
regional (estadual) e nacional (União). Busque refletir
se há uma integração entre essas esferas de governo.
35
físicas ou jurídicas que praticarem atividades lesivas, independentemente da obrigação de
reparar os danos.
Para Machado (2014), por tratar-se de bem de uso comum do povo, o meio ambiente
é um bem coletivo de desfrute individual e também geral, por isso, é direito de cada pessoa,
mas não apenas dela, podendo ser considerado, portanto, transindividual. Assim, o direito
ao meio ambiente enquadra-se na categoria de interesse difuso, ou seja, que se espraia
para uma coletividade indeterminada.
36
Para maiores informações acerca do artigo 225 e outros dispositivos da
Constituição Federal sobre o meio ambiente, acesse o site:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
Subsidiariedade: tudo o que puder ser realizado pelo nível local, com competência e
economia, não deve ser atribuído ao nível estadual e federal. Isso permite encontrar
soluções para os problemas o mais próximo possível de onde são gerados;
Além do artigo 225, devemos destacar ainda, no âmbito legislativo, o artigo 24, que
afirma que a União, os estados e o Distrito Federal legislam concorrentemente sobre
matéria ambiental: “(...) florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do
solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; proteção ao
patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; direito urbanístico (...)”
(BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil de 1988).
Embora esse artigo não tenha explicitado a competência legislativa dos municípios,
ela ocorre, conforme afirma Milaré (2011), uma vez que está assegurada a competência
37
administrativa no nível local para proteção do meio ambiente e combate à poluição em
qualquer de suas formas, também está assegurada pela Constituição. O artigo 30, por
exemplo, confere a esses entes da federação a atribuição de legislar supletivamente à
União e aos estados sobre o meio ambiente e outros assuntos de interesse local (BRASIL,
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988).
Competência Comum
38
a regulamentação do artigo 23 da Constituição Federal. Vejamos a seguir algumas
considerações a respeito da Lei Complementar 140, e alguns de seus desdobramentos no
que diz respeito à gestão ambiental compartilhada.
39
O modelo se repete para os órgãos municipais: licenciamento e fiscalização em âmbito
local, formação de consciência ambiental local, elaboração de leis que se apliquem ao meio
ambiente do município e monitoramento da aplicação destas.
Monitoramento
O que fez a Lei Complementar 140 foi estabelecer uma divisão de atribuições mais
específica entre a União, estados, Distrito Federal e municípios. Para se atingir as metas
estabelecidas no regulamento, em seu artigo 4º, são elencados alguns instrumentos de
cooperação institucional, tais como consórcios, convênios, comissões tripartites e
bipartites, fundos e outros instrumentos econômicos, faz ainda uma distribuição de
competências administrativas por matéria, com temas como: acesso ao conhecimento
tradicional, educação ambiental, espaços territoriais, fauna, florestas, patrimônio genético,
pesca, produtos perigosos, risco, zona costeira e licenciamento ambiental.
Saiba Mais
A Comissão Tripartite Nacional e comissões tripartites estaduais
serão formadas, paritariamente, por representantes dos
Poderes Executivos da União, dos estados, do Distrito Federal e
dos municípios, com o objetivo de fomentar a gestão ambiental
compartilhada e descentralizada entre os entes federativos.
A Comissão Bipartite do Distrito Federal será formada,
paritariamente, por representantes, dos Poderes Executivos da
União e do Distrito Federal, com o objetivo de fomentar a
gestão ambiental compartilhada e descentralizada entre esses
entes federativos (BRASIL, 2013).
40
Para maiores informações sobre a Lei Complementar 140/2011, acesse:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp140.htm
Em resumo
41
UNIDADE 3: GESTÃO AMBIENTAL MUNICIPAL
Segundo nos lembra Fiorillo (2013), a Carta Magna trouxe importante relevo para o
município, na medida em que é a partir dele que a pessoa humana poderá usar os
denominados bens ambientais, visando à plena integração social, com base na moderna
concepção de cidadania.
Desse modo, a autonomia municipal, propiciada pela Constituição, e ampliada pela Lei
Complementar 140/2011, tem estimulado os municípios a terem um maior protagonismo na
gestão ambiental local.
Acerca dos municípios com alguma estrutura ambiental, predominam aqueles em que
o órgão responsável pela área de meio ambiente tem status de secretaria exclusiva ou em
conjunto com outras políticas setoriais (81,3%). Há ainda a ocorrência de órgão do tipo setor
subordinado a outra secretaria (13,0%), setor subordinado diretamente à chefia do executivo
municipal (4,4%) e órgão da administração indireta (1,3%) (BRASIL, 2014b).
43
Centro- 100,0 43,3 39,7 10,0 5,6 1,4
Oeste
Até 5000 100,0 20,9 58,2 13,7 7,1 01
hab.
De 5001 a 100,0 24,6 53,3 15,6 6,4 01
10.000hab
10.001 a 100,0 29,7 51,2 14,3 3,9 0,9
20.000hab
20.001 a 100,0 32,9 51,0 12,2 2,8 1,1
50.000hab
50.001 a 100,0 46,2 40,9 6,9 1,5 4,5
100.000hab
100.001 a 100,0 54,5 30,5 6,9 0,0 8,1
500.000hab
Mais de 100,0 65,8 23,3 0,0 0,0 7,9
500.000hab
Fonte: BRASIL (2014b)
A partir desses números podemos inferir, entre outros aspectos, que pode estar
havendo um aumento de situações de conflitos socioambiental, com maior sensibilização e
pressão da sociedade em favor de ações de defesa ambiental por parte do poder público
local. As administrações locais, por sua vez, parecem estar mais atentas às atribuições e
competências dos municípios e de seus órgãos no contexto do SISNAMA.
Para Refletir
Em seu município há uma secretaria exclusiva para
tratar das questões ambientais ou essa área está
associada a outros temas? Observe se sua resposta
reflete a pesquisa do IBGE, no que se refere à região
geográfica e ao número de habitantes de sua
localidade.
44
Para maiores informações sobre a Pesquisa de Informações Básicas Municipais,
acesse o site do IBGE:
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/perfilmunic/default.shtm
Assim, realizar a gestão do meio ambiente significa executar uma série de ações, de
forma encadeada e articulada, que resulte em uma maior consciência sobre as
consequências da atuação humana sobre o ambiente; e, por conseguinte, na adoção de
práticas e comportamentos que melhorem essa conduta.
45
O equilíbrio entre receitas e despesas, com o uso ético e transparente dos recursos
públicos;
46
Para Refletir
Faça um diagnóstico da localidade em que você vive. Observe principalmente as
atividades produtivas, o impactos no meio ambiente decorrentes dessas ações e a forma
de participação dos principais atores sociais envolvidos. A partir desse breve desenho,
vamos criar um mapa de relações ligadas à gestão ambiental, seguindo as orientações a
seguir:
47
A adequada utilização dos recursos naturais, com a redução do volume de
resíduos e dos níveis de poluição, a pesquisa e a implantação de tecnologias de
produção limpas e a definição de regras para proteção ambiental;
Maior equilíbrio entre os espaços rural e urbano por meio do ordenamento de usos
do solo;
E para que isso ocorra, a área de meio ambiente não deve ser vista como mais um
departamento da administração municipal, isolada, sem recursos e sem servidores. Ao
contrário, deve se tornar elemento estruturador das políticas municipais, permeando todos
os setores da administração.
Assim, no dia a dia municipal é preciso mais do que a existência de um ou dois órgãos
para realizar a gestão ambiental. Deve-se estabelecer uma política voltada para a gestão
ambiental e para a formulação de instrumentos que tornem essa política efetiva. Nesse
âmbito, é fundamental o estabelecimento e realização de ações de maneira transversal, que
envolvam áreas como: educação ambiental, geração de informações, participação popular,
elaboração de legislação local, execução de projetos, fiscalização, monitoramento da
qualidade ambiental e aporte de recursos financeiros.
Ademais, para se efetivar, a ação ambiental precisa estar fundamentada sobre uma
base institucional composta por um conjunto de normas locais e por uma estrutura
administrativa. A estruturação do sistema municipal de meio ambiente pressupõe, entre
outros aspectos:
48
Independência em relação às instâncias partidárias;
Equipe com perfil articulador e trânsito nos distintos setores do poder local e com
as demais instâncias (estadual e federal);
Prioridades de ação claras, a partir de ampla consulta e participação popular;
Estabelecimento de boas relações com a Câmara dos Vereadores, pois esta tem
um papel relevante na aprovação de leis referentes ao meio ambiente local, bem
como na exigência do cumprimento da legislação já existente em âmbitos federal
e estadual.
Dessa forma, a área ambiental torna-se uma unidade viva na administração municipal,
atuando com outras áreas da municipalidade, incentivando um sistema mais integrado
horizontalmente, dialógico, simpático e dinâmico, alinhado também com os demais órgãos
do SISNAMA, SINGREH e SNUC.
49
Educação
Administração
Obras
e Governo
Turismo
Meio Transportes
Ambiente
Indústria e
Agricultura
Comércio
Cultura
Cabe rememorarmos ainda que tudo o que diga respeito ao interesse local pode ser
deliberado e executado pelos municípios sem necessidade de prévia consulta ou
consentimento do estado ou da União, observadas as normas e os padrões federais e
estaduais. É recomendável, porém, que as políticas e as ações ambientais desenvolvidas
pelos municípios sejam executadas em sintonia com as políticas públicas estaduais e
federais e de acordo com as normas e padrões vigentes. Afinal, os órgãos ambientais
devem atuar de forma sistêmica, integrando planejamento e ações por meio de um esforço
cooperativo. A atuação e construção coletivas no contexto da gestão compartilhada, seja
junto às outras instâncias da municipalidade, aos demais entes e órgãos do SISNAMA, ou
junto à comunidade local e suas organizações representativas, empodera o gestor
ambiental, fortalece a “co-autoria” e, por conseguinte, consolida no tempo e no espaço as
iniciativas.
Com base nisso, vejamos, a seguir, alguns perfis orientadores para a estruturação da
gestão ambiental nos municípios.
50
A implantação do sistema municipal de meio ambiente, institucionaliza a política
ambiental no município, com abrangência no Poder Público e nas comunidades locais, por
meio de uma estrutura da qual fazem parte:
Para determinar uma estrutura ideal, o gestor ambiental deverá levar em conta a área
do município, sua população e os seus principais problemas ambientais. Assim, como
referência, a Confederação Nacional dos Municípios, em sua coletânea de Gestão Pública
Municipal propõe 3 diferentes estruturações dos órgãos ambientais no organograma das
prefeituras. Observem que há uma ampliação da organização das atividades ligadas à área
ambiental à medida que aumenta o número de habitantes. Vejamos:
Para municípios com população de até 5 mil habitantes, pequena área, pouca oferta
de recursos naturais, características agrossilvopastoris, litorâneas de pequeno porte,
turísticas, e de estâncias hidrominerais:
51
Gabinete do
Prefeito
Conselho de Assessoria de
Meio Ambiente Meio Ambiente
Administração e Serviços
Saúde Obras Educação Turismo
Finanças Municipais
Fundo Municipal
de Meio
Ambiente
Para municípios com até 50 mil habitantes, área territorial média e grande, razoável
oferta de recursos naturais, características agroindustriais, industriais médias, portuárias e
de cidades-dormitório:
Esquema: Estruturação de órgãos ambientais- municípios com até 50 mil habitantes
52
Gabinete do
Prefeito
Conselho de
Meio Ambiente
Fundo
Municipal de
Meio Ambiente
Para municípios com população acima de 50 mil habitantes, área territorial média e
grande, razoável oferta de recursos naturais, características agroindustriais, mineradoras,
industriais, portuárias, grandes zonas urbanas ou regiões metropolitanas:
Gabinete do
Prefeito
Conselho de
Meio Ambiente
Meio
Obras Finanças Educação Administração Saúde
Ambiente
Fundo Municipal
de Meio Ambiente
53
Fonte: (CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS MUNICÍPIOS, 2004, apud BRASIL,
2006).
61295
41287
36001
31098
55
PE RCE N T UA L D E PESSOA L O CUPA D O N A Á REA D E ME I O
A MBI E NT E , SEG UNDO REG I ME DE CO NT RATAÇÃO
ESTATUTÁRIOS CLT COMISSIONADOS ESTAGIÁRIOS E SEM VÍNCULO EMPREGATÍCIO
50,60%
48,90%
45,50%
25,30%
21,10%
20,30%
19,20%
18,66%
18,43%
12,31%
11,60%
8%
2004 2008 2013²
56
Entretanto, para além da educação formal, como a realização de cursos de graduação
e pós-graduação, é necessária a promoção, por parte da administração pública, de outros
processos formativos permanentes, tais como as capacitações de curto e médio prazo.
Essas iniciativas devem buscar:
Para Refletir
Você conhece alguma outra iniciativa voltada para a
formação técnica de gestores públicos ambientais no seu
município? Você pode citar como exemplo a realização de
cursos presenciais ou a distância, palestras, seminários,
entre outros.
57
A participação social na gestão do ambiente
Existem ainda grupos com grandes possibilidades de atuação e que podem trazer
importantes contribuições. Os idosos, por exemplo, são pessoas experientes e que
representam a memória viva da comunidade. Além disso, dispõem de tempo e, em geral,
têm grande necessidade de se sentirem valorizadas e úteis à sociedade. As crianças e
jovens também podem ser importantes aliados. Afinal, elas são a porta de entrada para as
famílias e têm enorme capacidade de influenciar na mudança de hábitos. Há ainda os
grupos religiosos, sensíveis para a defesa da vida em suas diversas manifestações. Desse
modo, vale a pena fazer um inventário de todas as forças sociais atuantes no município para
a mobilização que será necessária a um trabalho de gestão ambiental realmente efetivo.
Assim, primeiramente, o gestor deve partir da realidade local, dos problemas e dos
atores sociais envolvidos ou potencialmente interessados. Também deve entrar em contato
com as organizações existentes no município, como os órgãos da administração municipal,
do governo estadual e federal presentes na região, as organizações da sociedade civil, as
associações comunitárias, os catadores de material reciclável, os sindicatos rurais, as
entidades de classe e empresariais, além de instituições de ensino, pesquisa e extensão. É
fundamental também que se busque reunir conhecimentos e habilidades, identificando as
necessidades de atuação e mobilização das partes envolvidas.
58
E por que é preciso garantir a participação da sociedade na gestão ambiental
municipal? Vejamos algumas razões:
Para Refletir
Você identifica em seu município elementos que indiquem uma
efetiva participação social na gestão ambiental? Justifique sua
resposta.
59
Em resumo
A gestão ambiental deve ser realizada por meio de ações planejadas e articuladas que
objetivem uma maior compreensão acerca dos impactos da ação humana no espaço em
que vive, além de instigar práticas e comportamentos que minimizem os efeitos indesejados
no ambiente e, consequentemente, na qualidade de vida das pessoas.
Além disso, para estruturar um sistema de gestão ambiental municipal é preciso criar
uma base institucional que tenha um conjunto de normas locais e uma estrutura
administrativa que possa colocá-las em prática. As políticas municipais devem estar em
sintonia com as políticas estaduais e federal, ainda que possam ser mais restritivas
60
Nesse Módulo, abordamos aspectos introdutórios acerca da questão ambiental no
Brasil e no mundo, a importância da sustentabilidade na gestão pública, além de noções da
gestão ambiental compartilhada, com foco no papel dos municípios. Com isso, agora,
podemos avançar um pouco mais. No Módulo II, abordaremos mais especificamente como
se estruturar a gestão ambiental local.
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Referências
______. Constituição (1988). Artigos 23; 24; 30; 225, de 5 de outubro de 1988.
Presidência da República. Brasília, 5 de outubro de 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>
Acesso em: 02. dez. 2014.
62
______. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Vocabulário básico
de recursos naturais e meio ambiente. Rio de Janeiro, 2004. 332p. Disponível em:
<http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/recursosnaturais/ids/default_2012.shtm>
Acesso em: 20. nov. 2014.
63
______. Ministério do Meio Ambiente. Painel nacional de indicadores ambientais.
Brasília, DF, 2014a. 96p. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/publicacoes/pnia>
Acesso em: 20. nov. 2014.
GRANZIERA, Maria Luiza Machado. Direito ambiental. 3° ed. São Paulo: Editora
Atlas S.A, 2014, 808 p.
MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito ambiental brasileiro. 21ª ed. São Paulo:
Malheiros Editores, 2013, 1311p.
MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito ambiental brasileiro. 22ª ed. São Paulo:
Malheiros Editores, 2014, 1344p.
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