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Brasília, 2015
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Presidenta Dilma Dilma Vana Rousseff
Vice Presidente: Michel Temer
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
Ministra Izabella Mônica Vieira Teixeira
Secretário Executivo: Francisco Gaetani
Secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental - SAIC
Regina Gualda
Diretora do Departamento de Educação Ambiental - DEA
Soraia Silva de Mello
Equipe técnica do Programa Nacional de Capacitação de Gestores Ambientais- PNC
Luciana Resende
Tereza Moreira
Luciana Resende
Luciana Resende
Revisão e colaboração
Angelita Coelho
Miriam Miller
II
Neusa Helena Rocha Barbosa
Coordenação:
Mariana Braga
Analistas Ambientais
Alex Bernal, Ana Luísa Campos, Jader Oliveira, José Luís Xavier, Luciana Resende, Nadja Janke,
Neusa Helena R. Barbosa, Neuza Gomes Vasconcelos, Patricia F. Barbosa, Taiana Brito
Agentes Administrativos
Maria Aparecida Leite, João Alberto Xavier
Recepcionista
Leylane Aparecida L. do Santos
Estagiários
Amanda Feitosa, Carla Silva Sousa, Paula Geissica Ferreira da Silva, Rômulo de Sousa
III
SUPERINTENDÊNCIA DE APOIO AO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE
RECURSOS HÍDRICOS
Humberto Cardoso Gonçalves (Superintendente)
Victor Alexandre Bittencourt Sucupira (Superintendente Adjunto)
COODENAÇÃO DE CAPACITAÇÃO DO SINGREH
Taciana Neto Leme (Gerente)
Celina Maria Lopes Ferreira
Daniela Chainho Gonçalves
Elmar Andrade de Castro
Jair Gonçalves da Silva
Lucas Braga Ribeiro
Luis Gustavo Miranda Mello
Mariana Braga Coutinho
Sandra Cristina de Oliveira (Secretária)
Vivyanne Graça Mello de Oliveira
Este material didático foi produzido no âmbito do Programa Nacional de Capacitação de Gestores
Ambientais, com apoio da Agência Nacional de Águas- ANA, com base nos Cadernos de
Formação- PNC.
IV
SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CAPACITAÇÃO DE GESTORES AMBIENTAIS E A
PARCERIA MMA E ANA
O PNC foi instituído em 2005, a partir de uma demanda da I Conferência Nacional de Meio
Ambiente. A ideia de se criar o Programa emergiu com a necessidade de haver uma estratégia
nacional de capacitação de gestores locais, visando gerenciar melhor as ações realizadas no
âmbito do Ministério do Meio Ambiente e vinculadas.
Dessa forma, o PNC foi criado para atender aos anseios dos estados e municípios, em uma
estratégia duradoura. Seu objetivo principal é o de capacitar gestores, servidores e técnicos
ambientais, com vistas a ampliar a compreensão do Sistema Nacional de Meio Ambiente
(SISNAMA) e seu fortalecimento. Busca também a consolidação da gestão ambiental
compartilhada, que envolve a responsabilização das três esferas de governo: federal, estadual e
municipal.
V
de gestão de recursos hídricos e comitês de bacias hidrográficas. Esses últimos cursos realizados
em parceria com a Agencia Nacional de Águas, no ano de 2013.
Assim, a ANA deu início aos processos de capacitação de recursos humanos para a
gestão de recursos hídricos em 2001. Inicialmente, entre 2001 e 2010, a ANA conseguiu
atingir cerca de 10 mil pessoas, por meio de cursos presenciais. Posteriormente a ANA deu
início a implementação sistemática de cursos na modalidade a distância e a partir dessa
estratégia, no período de 2011-2013 mais de 20.000 pessoas foram capacitadas e no ano de
2014 Em 2011 a ANA e. E, somente, no ano de 2014 mais de 22.000 pessoas foram
aprovadas.
VII
APRESENTAÇÃO DO CURSO
Os três módulos que compõem esse curso fornecem linhas gerais para o fortalecimento do
Sistema Nacional de Meio Ambiente em sua inter-relação com os demais instrumentos e atores da
gestão municipal. O material didático foi concebido para trabalhar conceitos não apenas de forma
discursiva. Por meio de exemplos e exercícios, pretende-se promover sucessivas aproximações
das pessoas com a realidade local, no sentido de qualificar a sua atuação.
O Módulo II mostra os principais passos para a estruturação dos órgãos que compõem o
Sistema Municipal de Meio Ambiente. Discorre também sobre as formas de se reunir recursos
destinados às ações na área ambiental.
O Módulo III trata das diferentes escalas de planejamento municipal, com ênfase no
planejamento microrregional e setorial, considerando os níveis de integração a serem
concretizados em torno de um projeto de desenvolvimento sustentável para a comunidade e a
região.
VIII
SUMÁRIO
UNIDADE 1: Estruturação do Sistema Municipal de Meio Ambiente: um processo
participativo .................................................................................................................... 11
Vontade política e mobilização da comunidade local .............................................. 11
Em bases sólidas .................................................................................................... 14
O papel do facilitador .............................................................................................. 15
Propostas para o Sistema Municipal de Meio Ambiente ......................................... 17
Em resumo .............................................................................................................. 21
UNIDADE 2: A importância de se ter base legal ............................................................ 23
Panorama das leis ambientais nos municípios brasileiros ...................................... 23
O papel da Lei Orgânica municipal ......................................................................... 27
A legislação específica ............................................................................................ 29
A relação com o Legislativo e Ministério Público .................................................... 35
Em resumo .............................................................................................................. 37
UNIDADE 3: Órgão Municipal de Meio Ambiente: instância executiva .......................... 39
Atribuições do Sistema Municipal de Meio Ambiente .............................................. 39
Atribuições, diretrizes e estrutura dos órgãos municipais de meio ambiente .......... 41
Um modelo de gestão pública sustentável .............................................................. 46
O perfil do corpo técnico ......................................................................................... 48
Em resumo .............................................................................................................. 50
UNIDADE 4: Conselho Municipal de Meio Aambiente: instância de decisão e de
participação .................................................................................................................... 52
A presença dos conselhos de meio ambiente nos municípios ................................ 52
Um espaço representativo ...................................................................................... 54
O papel do Conselho Municipal de Meio Ambiente ................................................. 57
Relação com a Prefeitura ........................................................................................ 59
Passos para a formação do Conselho Municipal de Meio Ambiente....................... 60
Em resumo .............................................................................................................. 62
UNIDADE 5: Recursos Para a gestão ambiental municipal ........................................... 64
Recursos previstos em orçamento .......................................................................... 64
Fundo Municipal de Meio Ambiente: valioso instrumento de gestão municipal ....... 67
Passos para a Criação do Fundo Municipal de Meio Ambiente .............................. 70
IX
Outras Fontes de Financiamento para as Ações Ambientais .................................. 74
Em Resumo ............................................................................................................ 88
Referências .................................................................................................................... 90
Anexos ........................................................................................................................... 96
Minuta de Lei para Criação do Conselho Municipal de Meio Ambiente .................. 96
Minuta de Regimento Interno do CMMA ............................................................... 101
X
UNIDADE 1: ESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE:
UM PROCESSO PARTICIPATIVO
Para evitarmos situações como essa e alcançarmos uma gestão ambiental bem
sucedida é necessária vontade política, em especial, a do prefeito. É ele quem pode
torná-la uma meta de governo e não uma mera preocupação de ambientalistas que
integram a administração municipal. Por meio do chefe do Poder Executivo local, as
diferentes áreas da prefeitura podem conversar entre si e integrar as ações voltadas para
a qualidade do meio ambiente. Da mesma forma, sua capacidade de trocar ideias e
realizar parcerias com o governo estadual, com os órgãos federais, com empresários e
organizações da sociedade pode fazer toda a diferença.
11
legitimada e reflita as reais necessidades dessa coletividade. Você sabe o que isso
significa?
12
Esse será um importante recurso, especialmente em municípios mais populosos ou com
habitantes em áreas dispersas, pois podem atingir um maior número de pessoas.
Fórum
13
Como pudemos perceber, seguindo uma trajetória como essa, será possível
construir um pacto muito mais válido do que se o sistema tivesse sido simplesmente
instituído por lei, ou seja, de cima para baixo.
Em bases sólidas
Você já se perguntou por que existem órgãos que nunca conseguem sair do papel?
Além de falta de mobilização anterior, estes costumam ser criados sem mecanismos que
garantam representatividade e democracia. Portanto, no processo de criação dos órgãos
ambientais municipais, é preciso:
Paridade
Ouvidoria
O papel do facilitador
15
técnicas e habilidades políticas para ter sucesso em seu trabalho. Algumas características
pessoais também são desejáveis, entre as quais:
Saber ouvir;
Respeitar a opinião das pessoas, por mais diferentes que sejam das suas
próprias opiniões;
Desenvolver cada vez mais a noção do sistema que está sendo criado,
inspirando as demais pessoas a fazerem o mesmo.
16
Como pudemos observar, a estruturação da gestão ambiental municipal deve ser
um processo participativo e que envolva diversos segmentos sociais, abarcando não só a
esfera política, como prefeitos e vereadores, mas também a comunidade de forma mais
ampla. Nesse sentido, é importante se pensar em uma estrutura de gestão compatível
com a realidade e vocações do município. É o que veremos a seguir.
17
Gabinete do
Prefeito
Conselho de Assessoria de
Meio Ambiente Meio Ambiente
Administração e Serviços
Saúde Obras Educação Turismo
Finanças Municipais
Fundo Municipal
de Meio
Ambiente
18
Gabinete do
Prefeito
Conselho de
Meio Ambiente
Fundo Municipal
de Meio
Ambiente
Gabinete do
Prefeito
Conselho de Meio
Ambiente
Meio
Obras Finanças Educação Administração Saúde
Ambiente
Fundo Municipal de
Meio Ambiente
19
Esquema: Estruturação de órgãos ambientais- municípios acima de 50 mil
habitantes
Entretanto, é importante frisar também que cada comunidade deve ser capaz de
estabelecer suas prioridades. Quanto mais as soluções estiverem apoiadas em suas
necessidades, no seu conhecimento direto, em percepções compartilhadas e no seu
interesse em alcançar soluções concretas para os problemas, mais esses órgãos serão
efetivos. Obviamente, nessa definição, será fundamental contar com o apoio de soluções
técnicas e de informações complementares sobre aspectos científicos, tecnológicos e
legais.
20
Para Refletir:
Utilizando os esquemas para a estruturação da gestão ambiental, e com base no
acúmulo de informações e nos exercícios que você fez até agora, pesquise:
Em resumo
22
UNIDADE 2: A IMPORTÂNCIA DE SE TER BASE LEGAL
23
Desse modo, em 2009, 46,8% dos municípios tinham legislação ambiental,
aumentando para 55,4% em 2012. Já em 2013, esse número aumentou para 65,5%. A
pesquisa indicou que os maiores crescimentos ocorreram nas Regiões Norte (63,7% em
2012, 77,8% em 2013) e Centro-Oeste (54,1% em 2012 e 66,2% em 2013). Além disso,
quanto ao recorte por classe de tamanho da população, os maiores incrementos
ocorreram em municípios pequenos, com até 5 mil habitantes. Nesses, o percentual saiu
de 44,4% em 2012 para 56,3% em 2013 (BRASIL, 2013).
24
Gráfico: Municípios brasileiros que apresentam legislação ambiental
65,50%
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
55,40%
46,80%
42,50%
25
PERCENTUAL DE MUNICÍPIOS COM LEGISLAÇÃO
AMBIENTAL ESPECÍFICA NOS ANOS DE 2012 E
2013
2012 2013
77,80%
75,20%
73,30%
66,20%
65,10%
63,70%
63,40%
54,10%
48,60%
39,90%
26
Para maiores informações sobre a Lei no 10.275/2001, acesse:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10257.htm
A Lei Orgânica municipal é considerada a lei máxima do município. Por meio dela,
torna-se possível dispor sobre a estrutura, o funcionamento e as atribuições dos poderes
Executivo e Legislativo. Essa lei contém os princípios norteadores das matérias de
interesse local em termos de saúde, saneamento, transporte, educação, uso e ocupação
do solo urbano, parcelamento do território, entre outros temas de interesse municipal e
que possuem importantes interfaces com o meio ambiente.
Além disso, a Lei Orgânica deve disciplinar o essencial, cabendo às chamadas leis
infraconstitucionais, subordinadas a ela, o detalhamento de cada matéria específica.
Devemos nos lembrar também que as leis ambientais poderão compor o Código
28
Ambiental ou, o que é mais provável, dispersar-se por toda a legislação, considerando-se
que o meio ambiente tem reflexos em quase todas as ações humanas e em todos os
setores da administração.
A legislação específica
29
com baixo número de habitantes que estão em regiões isoladas e aqueles
que integram regiões metropolitanas; embora sejam igualmente pequenos,
suas necessidades não são as mesmas;
Alvará
30
Sanção
Patrimônio arqueológico
Tombamento
Ato ou efeito de colocar bens móveis e imóveis de interesse público sob a guarda
do Estado, com a intenção de conservá-los, devido ao seu valor histórico,
artístico, arqueológico, etnográfico, paisagístico ou bibliográfico (BRASIL, 2006, p.
52).
31
Possibilitar a formação de consórcios intermunicipais para a realização de
obras, serviços e atividades de interesse comum a vários municípios,
especialmente em assuntos vinculados à proteção, preservação e
recuperação do meio ambiente;
32
Conscientização Pública
Plebiscito
Referendo
33
Orçamento participativo
Para Refletir
Faça uma pesquisa e analise as leis e os códigos existentes em seu
município. Após isso, busque responder às seguintes perguntas :
34
Para maiores informações sobre o Portal Interlegis, acesse o site:
http://www.interlegis.leg.br/
Não devemos esquecer que o processo de elaboração de leis, mesmo que seja
uma iniciativa do Poder Executivo, perpassa pelo Poder Legislativo. Desse modo,
abordaremos, a seguir, a relação com este poder e também com o Ministério Público.
A proposta de leis deve ser realizada em estreita sintonia com o importante ator
social que constitui a câmara dos vereadores. Cultivar boas relações com vereadores e
vereadoras, compreender a correlação de forças existentes naquele espaço e reconhecer
potenciais aliados do ideário da sustentabilidade socioambiental são práticas
recomendáveis para quem trabalha com a gestão ambiental. A aproximação com a
câmara municipal consiste em um trabalho de sensibilização constante para a necessária
mudança de mentalidade em direção ao desenvolvimento sustentável do município.
35
Dessa forma, deve-se trabalhar também para introduzir mudanças no
funcionamento da própria câmara de vereadores, contribuindo para tornar a sua atuação
mais transparente e permeada pela participação popular. Isso envolve mudanças na lei
orgânica no sentido de:
Quórum qualificado
36
Além disso, é vital que os gestores ambientais atuem em cooperação com os
procuradores municipais, ou seja, os representantes do Ministério Público no município. O
Ministério Público tem o papel de defender a ordem jurídica, os interesses da sociedade e
observância da Constituição e das leis.
Em resumo
37
em acordo com as normas legais e para dar respostas rápidas a situações que sejam
capazes de afetar negativamente o meio ambiente e a qualidade de vida da população.
38
UNIDADE 3: ÓRGÃO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE: INSTÂNCIA
EXECUTIVA
Política tributária
Monitoramento ambiental
Conservação
Recuperação
40
Unidades de Conservação
Algumas dessas atividades são novas para a maioria dos municípios e requerem
pessoal qualificado, além de leis e procedimentos específicos. Assim, é preciso estruturar-
se em torno de um Órgão Municipal de Meio Ambiente. A forma como esse se insere na
administração municipal dependerá do tamanho do município e da complexidade da
questão ambiental local, como já vimos no Módulo 1 deste curso.
Esse órgão adquire várias configurações. Pode ser uma assessoria especial,
diretamente vinculada ao gabinete do prefeito. Pode também funcionar como um
departamento ou divisão de uma secretaria municipal já existente, como as de agricultura
ou turismo. Em municípios maiores e mais complexos, torna-se uma secretaria específica.
41
O Órgão Municipal de Meio Ambiente é o executor da política ambiental local e tem
características predominantemente técnicas. Deve ser criado por lei, na qual são
esclarecidas as suas atribuições, bem como as competências dos agentes encarregados
do gerenciamento ambiental e, principalmente, da fiscalização. A lei deve estabelecer
também as regras para a tramitação dos processos administrativos instaurados na
apuração das infrações administrativas ambientais, embasando-se para isso na Lei
dos Crimes e Infrações Administrativas Ambientais, bem como na legislação
ambiental do estado.
Tramitação
42
O município possui autonomia para definir as competências de seu órgão de meio
ambiente, o que deve ocorrer respeitando-se a vocação de cada local. Dessa forma, se o
município for predominantemente agrícola, por exemplo, deve enfatizar o controle
ambiental sobre os impactos dessa atividade, compondo o seu quadro com técnicos mais
voltados a esse setor. Os exemplos de atribuições a seguir podem servir como guias no
momento de se estabelecer a lei de criação do órgão.
Diagnóstico ambiental
43
Realizar o licenciamento ambiental de obras e empreendimentos de impacto
local;
Realizar o zoneamento ambiental do município;
Zoneamento ambiental
Indicador ambiental
44
Para maiores informações sobre indicadores ambientais, reveja o
capítulo 1, do Módulo 1, deste curso.
Não se deve esquecer de buscar caminhos ágeis e eficazes para a resolução dos
problemas, evitando, com isso, a burocracia e a sensação de que os órgãos ambientais
representam um freio para o desenvolvimento. Cabe ainda, é claro, prestar contas à
população, periodicamente, das ações desenvolvidas.
45
Não podemos esquecer que muitos dos problemas relacionados à má gestão
ambiental municipal devem-se a enganos na montagem de sua estrutura. Para evitar isso,
o órgão ambiental necessita de dotação orçamentária, pois mesmo que represente uma
pequena divisão de outra secretaria, deve dispor de recursos próprios previstos no
Orçamento Municipal. Trata-se de um investimento que poderá reverter em recursos para
o município, como com a cobrança de multas previstas em lei.
Além disso, deve haver uma infraestrutura física condizente com suas atribuições,
o que pode significar apenas uma sala ou vários prédios, dependendo do tamanho do
município ou da complexidade das questões ambientais com as quais o Órgão Municipal
de Meio Ambiente terá que trabalhar. O mesmo vale para os materiais, equipamentos e
veículos necessários.
As equipes da área de meio ambiente muitas vezes são vistas como altamente
criativas e inovadoras em termos de soluções que apresentam para os problemas do
município. Porém, nem sempre aplicam essas mesmas soluções em sua própria prática
cotidiana. Um exemplo? Muito se fala nos três “erres”: reduzir, reutilizar e reciclar. Porém,
grande parte dos escritórios de secretarias de meio ambiente está abarrotada de copos
descartáveis jogados no lixo comum. Esse é apenas um exemplo. Há muitos outros.
Vamos conferir?
46
Já na prática administrativa observa-se o uso excessivo de papel e de materiais
descartáveis; desconhecimento de critérios “ambientalmente corretos” nas compras
realizadas pelo órgão; desconhecimento de mecanismos para reciclagem; falta de
conforto no atendimento ao público; excesso de burocracia; e uso de materiais de limpeza
causadores de impactos ambientais.
Assim, logo em seus primeiros momentos, o órgão ambiental deve esforçar-se para
dar o exemplo, introduzindo novas práticas na administração pública municipal, como a
implementação da A3P. Você sabe o que significa a A3P?
47
Para maiores informações sobre a A3P, tais como, passos para
implementação, publicações e boas práticas, acesse:
http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/a3p
Por ser uma área que se relaciona com praticamente todas as demais secretarias
do município, é mais interessante que a pessoa a encabeçar o Órgão Municipal de Meio
Ambiente tenha uma visão abrangente da realidade municipal e seja capaz de dialogar
com outros parceiros na prefeitura, além de abrir-se ao convívio com a comunidade. Essa
pessoa deve ter um perfil articulador e que saiba extrair do corpo técnico e de
especialistas tudo aquilo que eles puderem oferecer em termos de soluções, sem,
contudo, tornar-se prisioneira de visões estritamente técnicas.
48
E Qual deve ser o tamanho e a composição da equipe de meio ambiente de seu
município? Vamos pensar sobre isso?
Para refletir
Considerando a realidade do seu município, utilize os critérios abaixo para
compor, individualmente ou em grupo, a equipe técnica necessária ao
Órgão Municipal de Meio Ambiente:
- Quais serão as atribuições dessa equipe?
- Que trabalhos cabem à equipe permanente e quais podem ser delegados a
terceiros?
- Quais são as características profissionais necessárias a uma equipe
permanente, considerando a realidade administrativa e ambiental do
município?
- Qual o tamanho ideal da equipe, para que esta seja capaz de atender às
demandas, sem que haja capacidade ociosa?
No caso de cargos efetivos, também deve ser realizado concurso público. Além das
provas, a análise de títulos, por exemplo, com a comprovação dos anos de experiência
profissional e acadêmica, podem complementar os critérios de seleção. Em geral, as
universidades prestam valioso auxílio na formulação e promoção de concursos públicos.
Após a realização de concurso, pode haver também uma fase de treinamento dos
aprovados na seleção, algo bastante recomendável, tendo em vista uma melhor
ambientação do corpo técnico às atividades que executará.
Em resumo
Para ser instituído, este órgão de caráter técnico precisa estar previsto em lei. A lei
deve prever o exercício de fiscalização, bem como conferir este poder ao corpo de fiscais.
Além de exercer a fiscalização, o Órgão Municipal de Meio Ambiente tem a atribuição de
realizar o licenciamento ambiental, para o qual deve contar com um quadro técnico
capacitado. Essa atividade só poderá ser exercida se o município tiver o Conselho
Municipal de Meio Ambiente em atividade.
Para o seu bom funcionamento, o Órgão Municipal de Meio Ambiente deve contar
com orçamento próprio, infraestrutura física condizente e pessoal preparado para exercer
as tarefas. Deve também dar o exemplo para a administração municipal, introduzindo
práticas ecológica e socialmente corretas, que vão desde a escolha do espaço físico às
práticas administrativas que poupem os recursos naturais e promovam maior qualidade
nos ambientes de trabalho.
50
Até aqui compreendemos os processos de mobilização, elaboração de leis e
formação do Órgão Municipal de Meio Ambiente. Vamos avançar um pouco mais? A
seguir, estudaremos a formação dos conselhos municipais de meio ambiente.
51
UNIDADE 4: CONSELHO MUNICIPAL DE MEIO AAMBIENTE: INSTÂNCIA DE
DECISÃO E DE PARTICIPAÇÃO
52
proporcionar a institucionalização da participação de segmentos da sociedade civil
organizada (BRASIL, 2010).
PERCENTUAL DE MUNICÍPIOS
BRASILEIROS QUE DISPUNHAM DE
CONSELHO MUNICIPAL
67,90%
63,70%
56,30%
34,10%
53
Um espaço representativo
Cada vez mais a população, juntamente com o poder público, tem sido chamada a
participar da gestão do meio ambiente. Para isso, é necessário que sejam criados
mecanismos institucionais que promovam o aumento da consciência ambiental e a
mudança de hábitos e de comportamentos. O Conselho Municipal de Meio Ambiente é um
órgão criado para esse fim. Trata-se de um instrumento de exercício da democracia,
educação para a cidadania e convívio entre diferentes setores da sociedade.
54
Cada conselho deve espelhar em sua composição as forças atuantes no local. Por
isso, é necessário conhecer antes quais são essas forças. Devido à interdisciplinaridade
da questão ambiental, de forma genérica, podem fazer parte do Conselho Municipal de
Meio Ambiente, por exemplo, representantes de:
Câmara de vereadores;
Sindicatos;
Entidades ambientalistas;
Associações de bairros;
55
É importante ressaltar também que os conselheiros
municipais de meio ambiente são pessoas que agem
de forma voluntária em benefício da comunidade e,
portanto, não recebem pagamento pelos serviços
prestados.
56
O papel do Conselho Municipal de Meio Ambiente
Essas são algumas das atribuições possíveis, mas cada município pode
estabelecer as competências do seu conselho, de acordo com a realidade local. Porém,
lembre-se, o conselho não tem a função de criar leis!
Da mesma forma, o conselho não tem poder de polícia. Pode indicar ao órgão
ambiental municipal a fiscalização de atividades poluidoras, mas não exerce diretamente
ações administrativas de fiscalização. Pode ainda expedir resoluções, como o fazem o
CONAMA e alguns conselhos estaduais de meio ambiente (CONSEMAs).
Além disso, nos conselhos pode haver câmaras técnicas e grupos de trabalho.
Essa não é uma prática comum aos conselhos de municípios pequenos. Entretanto, nos
municípios mais populosos, o trabalho do conselho pode estar mais bem distribuído por
meio de câmaras técnicas, grupos de trabalho temáticos ou ad hoc para questões
específicas.
58
Ad hoc
Expressão latina que significa para isto; para tal fim. Portanto, um
consultor “ad hoc” é designado, por se tratar de perito, para executar
determinada tarefa (BRASIL, 2006, p. 23).
Devemos considerar também que não há impedimento legal para que o conselho
se dedique a outra área de atuação, além de meio ambiente. Se o município assim o
desejar, poderá criar um conselho de meio ambiente e turismo, meio ambiente e
agricultura, etc. Esse tipo de arranjo pode atender às necessidades de pequenos
municípios ou daqueles em que a questão ambiental está intimamente ligada a uma
atividade específica, como é o caso das estâncias hidrominerais ou dos municípios
litorâneos, que se dedicam principalmente ao turismo.
59
câmara de vereadores ou ao Ministério Público para que sejam tomadas as devidas
providências.
Agora que já temos uma base conceitual sobre os conselhos municipais de meio
ambiente, vejamos a seguir como criá-lo em seu município.
Em primeiro lugar devemos ter em mente que a criação do conselho dá-se por
meio de lei, mediante iniciativa do Poder Executivo municipal. Pode ser também iniciativa
do Poder Legislativo, quando o prefeito não se interessar ou se omitir. Porém, como está
vinculado ao Poder Executivo e implica despesas e criação de cargos, convém que a
iniciativa parta do prefeito.
60
Redação e aprovação da lei. O conselho deve ser instituído por meio de lei
elaborada e aprovada pela câmara de vereadores do município. O texto da
lei conterá finalidades, competências, composição, estrutura e
funcionamento do conselho, conforme consta nesta minuta de lei.
61
Para refletir
Caso no seu município não exista Conselho Municipal de Meio Ambiente, é
importante criá-lo. Com base nas informações obtidas até agora e nas minutas
apresentadas anteriormente, elabore um conselho para seu município,
considerando, principalmente, as finalidades, composição, organização dos
trabalhos e o funcionamento.
Agora, avalie suas escolhas, considerando os seguintes princípios :
Caso seu município já possua conselho de meio ambiente, verifique, com base
nos princípios citados acima, de que forma este atende aos requisitos de bom
funcionamento.
Em resumo
O apelo para que a população participe mais dos cuidados com o meio ambiente
tem sua expressão máxima no Conselho Municipal de Meio Ambiente. Este possui as
funções de opinar, assessorar a prefeitura e decidir questões municipais relativas ao meio
ambiente e à qualidade de vida. Destina-se também a colocar em torno da mesma mesa
todos os setores sociais em busca do desenvolvimento sustentável.
62
município; analisar e conceder licenças ambientais; avaliar recursos sobre aplicação de
multas, receber e apurar denúncias, fiscalizar as ações e a destinação de recursos, etc.
63
UNIDADE 5: RECURSOS PARA A GESTÃO AMBIENTAL MUNICIPAL
64
Orçamento público
Ao longo dos anos, ganhou cada vez mais força a importância da participação
popular na definição do orçamento. Uma prática hoje adotada por dezenas de municípios
brasileiros é o orçamento participativo, no qual cidadãos e cidadãs dos meios urbano e
rural decidem juntos onde serão gastos os recursos destinados aos investimentos
municipais. Afinal, ninguém melhor que os próprios moradores, que “sentem na pele” os
problemas do cotidiano, para decidir onde serão gastos os recursos. Atualmente, milhares
de cidadãos participam da discussão, definição e fiscalização do orçamento público,
acompanhando de forma mais atenta como está sendo gasto o seu dinheiro.
Orçamento participativo
Para cada política pública definida, deve-se estabelecer quais ações serão
realizadas e quanto dinheiro será gasto em cada uma. Isso é, em suma, o caráter do
Orçamento público. O plano é elaborado pelo Poder Executivo municipal e aprovado pela
65
Câmara dos Vereadores. Nele constarão quanto, em dinheiro, o poder público (Executivo,
Legislativo e Judiciário, se houver) vai receber e em quais ações esses recursos serão
aplicados durante todo o ano. A base para a realização do orçamento é a busca de
equilíbrio entre receitas, isto é, entre ganhos, rendas e todo tipo de entrada de dinheiro do
município, e as despesas, ou seja, os gastos, investimentos e compras.
O PPA é elaborado pelo Poder Executivo, mas pode ser alterado por meio de
emendas. A comunidade mobilizada tem o direito de exigir da prefeitura ou dos
vereadores que o PPA contenha recursos específicos para investimentos na melhoria da
qualidade ambiental, como a criação de mais áreas verdes, a coleta e a reciclagem de
lixo, o tratamento dos esgotos, entre outras medidas.
66
alimentos orgânicos gerados pelos produtores locais; ou ainda estabelecer que todas as
obras executadas pela prefeitura tenham como critério básico o respeito à integridade do
meio ambiente.
A Lei Orçamentária Anual define receitas e despesas para cada um dos programas
e projetos municipais a serem realizados no ano seguinte. Elaborada pelo Poder
Executivo, essa proposta de orçamento deve considerar as metas fixadas no PPA e os
critérios adotados na LDO. Dessa forma, a meta de tratamento de esgotos, prevista no
PPA para durar vários anos, deve ter recursos alocados ou previstos na proposta
orçamentária anual.
Porém, captar recursos não significa apenas obter dinheiro ou assistência técnica,
equipamentos e infraestrutura. Significa estabelecer e gerenciar relacionamentos com
instituições que têm interesse na gestão ambiental e no sucesso da administração
municipal. Dependendo de como serão tratadas, essas instituições podem se tornar
importantes parceiras do município.
67
Ambiente no município, devendo sua criação ser autorizada por lei municipal e suas
receitas, vinculadas ao aperfeiçoamento de mecanismos de gestão ambiental.
Os recursos desse Fundo podem ser utilizados por órgãos das administrações
direta e indireta do próprio município, organizações não-governamentais, organizações da
sociedade civil de interesse público, organizações de base, como sindicatos, associações
de produtores, associações de reposição florestal, entre outras, desde que se configurem
como organizações sem fins lucrativos.
58,90%
54,60%
53,10%
51,30%
42,60%
41,90%
36,70%
25,20%
21,40%
68
Devemos destacar que os estados do Rio de Janeiro (95,6%) e do Rio Grande do
Sul (95,2%) são os que apresentaram os maiores percentuais. Já, os estados do Piauí
(8,5%) e Paraíba (4,5%) apresentam percentuais opostos. Na Região Nordeste, somente
a Bahia (52,0%) mantém resultado superior ao obtido para a média Brasil (42,8%). Além
disso, A ocorrência de um fundo específico para o meio ambiente nos municípios ainda é
baixa entre aqueles com população de até 20 000 habitantes (33,6%), estando mais
presente entre aqueles com mais de 50 000 habitantes (80,2%) (BRASIL, 2014b).
Recursos extraorçamentários
69
Passos para a Criação do Fundo Municipal de Meio Ambiente
O Fundo Municipal de Meio Ambiente deverá ser criado e mantido pelo próprio
município para suprir as suas demandas de recursos na área ambiental. Para isso, é
preciso:
Criação da Lei
Regulamentação da Lei
No município, a Câmara de Vereadores é
Definir a natureza e finalidade do fundo;
o órgão responsável pela autorização na
forma como será administrado; recursos
criação do fundo. Este pode ser criado
com os quais poderá operar; modo de
mediante uma lei específica; pode, ainda,
destinação e aplicação dos recursos e
estar previsto na Lei Orgânica do
disposições sobre orçamento e
Município ou em capítulo específico
contabilidade.
sobre meio ambiente de outras leis.
Funcionamento
Agir em conformidade com as Leis no Implementação
8.666/1993 e a Lei Complementar nº Colocar as normas em práticas, o que
101/2000 e outros mecanismos legais, envolve: gestão transparente, com
liberar recursos mediante apresentação participação e controle social; instância
de projetos e adotar critérios para delibrativa colegiada e destinação
financiamento que estejam em exclusiva de recursos para projetos
consonância com a Política Nacional de socioambientais.
Meio Ambiente.
70
Para maiores informações sobre a Lei Complementar nº 101/2000, acesse
o site:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp101.htm
Além disso, o Fundo Municipal de Meio Ambiente deverá ser estruturado de modo
adequado ao tamanho do município e à sua capacidade de captar e destinar recursos
para o meio ambiente. Da mesma forma, a prioridade para uso dos recursos dependerá
do volume da arrecadação e da capacidade dos gestores em captá-los de outras fontes.
As indicações a seguir podem ser aprimoradas, considerando-se as distintas realidades
locais. Vejamos:
71
Colegiado
Cronograma físico-financeiro
ICMS ecológico
73
relativas a contrapartidas estabelecidas em convênios e contratos com
órgãos públicos e privados de pesquisa e de proteção ao meio ambiente e
aquisição de material permanente e de consumo necessário à execução da
Política Municipal de Meio Ambiente.
Além dessas opções, há outras fontes de recursos para as ações ambientais nos
municípios. Vejamos a seguir essas demais possibilidades.
Para refletir
Pesquise se há no seu município um Fundo Municipal
de Meio Ambiente inserido na estrutura do Sistema
Municipal de Meio Ambiente.
Na esfera federal
75
Demanda espontânea. As propostas podem ser apresentadas em período
específico do ano, definido pelo Conselho Deliberativo, de acordo com as
linhas temáticas e regras do fundo.
No caso da demanda espontânea, os projetos são de 100 a 300 mil reais. Projetos
de demanda induzida têm seus limites estabelecidos pelo instrumento de seleção (edital
ou termo de referência).
Cabe destacar também que os itens financiáveis podem ser materiais de consumo,
passagens, diárias e despesas com locomoção, serviços de terceiros – pessoa física,
serviços de terceiros – pessoa jurídica, equipamentos e materiais permanentes.
Saiba mais
Para acessar recursos pelo FNMA, deve ficar
claro para a instituição que o recurso
oferecido é de toda a sociedade brasileira.
Sua utilização se sujeita, portanto, aos
princípios da administração pública:
legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência.
O Fundo Clima foi criado pela Lei nº 12.114/2009 e regulamentado pelo Decreto
nº 7.343/2010. É um instrumento da Política Nacional sobre Mudança do Clima - PNMC,
instituída pela Lei n° 12.187/2009.
77
Para maiores informações sobre o Decreto nº 7.343/2010, acesse o site:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-
2010/2010/Decreto/D7343.htm
Para maiores informações sobre o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, acesse
o site do MMA:
http://www.mma.gov.br/apoio-a-projetos/fundo-nacional-sobre-mudanca-do-clima
79
Para maiores informações sobre o Decreto Nº 7.167/2010, acesse o site:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-
2010/2010/Decreto/D7167.htm
Atividades florestais;
Educação ambiental; e
80
Para maiores informações sobre o Fundo Nacional de Desenvolvimento
Florestal, acesse o site:
http://www.florestal.gov.br/extensao-e-fomento-florestal/fundo-
nacional-do-desenvolvimento-florestal/fundo-nacional-de-
desenvolvimento-florestal
d) Fundo Amazônia
O Fundo Amazônia tem por finalidade captar doações para investimentos não
reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e
de promoção da conservação e do uso sustentável do Bioma Amazônia, nos termos do
Decreto 6.527/2008. O decreto prevê ainda a utilização de até 20% dos recursos do
fundo no apoio ao desenvolvimento de sistemas de monitoramento e controle do
desmatamento em outros biomas brasileiros e em florestas tropicais de outros países.
81
Para maiores informações sobre o Fundo Amazônia, acesse os sites:
http://www.mma.gov.br/apoio-a-projetos/fundo-amazonia ou
http://www.bndes.gov.br/
83
Para maiores informações sobre o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, acesse o
site:
http://portal.mj.gov.br/cfdd/main.asp?ViewID=%7B2148E3F3-D6D1-4D6C-B253-
633229A61EC0%7D¶ms=itemID=%7BDE78DD24-07B2-43ED-8925-
58C2D3EB1DE6%7D;&UIPartUID=%7B2868BA3C-1C72-4347-BE11-
A26F70F4CB26%7D
Na esfera estadual
84
recursos hídricos 66,7%; preservação da biodiversidade,61,9%; e recuperação de áreas
degradadas, apontada por 61,9% (BRASIL, 2014a).
a) ICMS Ecológico
Serviços ambientais
85
Saiba mais
Na esfera municipal
a) IPTU Verde
O IPTU Verde é um tributo municipal que prevê abatimento fiscal sobre o Imposto
Predial e Territorial Urbano para moradores que adotem práticas consideradas
ambientalmente adequadas pelo município. Tendo como objetivo principal incentivar a
proteção do meio ambiente, o IPTU Verde estimula a população criar e manter medidas
de sustentabilidade ambiental, como o plantio de árvores nas calçadas, captação de água
da chuva, sistema natural de iluminação, telhado verde, entre outras medidas.
Saiba mais
86
Recursos da cooperação Internacional
87
assistência humanitária, saúde e nutrição, democracia e governabilidade. No Brasil, apoia
ações nas áreas de mudanças climáticas, meio ambiente, uso de energia eficiente e
limpa, saúde.
Em Resumo
88
Mesmo sem recursos específicos, muito se pode fazer pela gestão ambiental a
partir das dotações orçamentárias de setores que possuem forte interação com o meio
ambiente. Só no governo federal, há diferentes ministérios e órgãos que apoiam o meio
ambiente, entre os quais os fundos específicos, como Fundo Nacional de Meio Ambiente
(FNMA), e o Fundo de Direitos Difusos entre outros, como os de Ciência e Tecnologia e
Educação.
89
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto nº 3.524/2000, de 26 de junho de 2000. Regulamenta a Lei no 7.797, de
10 de julho de 1989, que cria o Fundo Nacional do Meio Ambiente e dá outras
providências. Presidência da República, Brasília, 26 de junho de 2000. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3524.htm>. Acesso em: 02.fev.2015
90
______. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Perfil dos municípios
brasileiros. Pesquisa de informações básicas municipais. Rio de Janeiro, 2010. 472 p.
Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/perfilmunic/2009/>
Acesso em: 16.jan.2015.
______. Lei 7.797/1989, de 10 de julho de 1989. Cria o Fundo Nacional de Meio Ambiente
e dá outras providências. Presidência da República, Brasília, 10 de julho de 1989.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7797.htm>. Acesso em:
03.fev.2015
______. Lei nº 7.913/1989, de 7 de dezembro de 1989. Dispõe sobre a ação civil pública
de responsabilidade por danos causados aos investidores no mercado de valores
mobiliários. Presidência da República, Brasília, 7 de dezembro de 1989. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7913.htm>. Acesso em: 02.fev.2015
______. Lei 8.666/1993, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da
Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública
e dá outras providências. Presidência da República, Brasília, 21 de junho de 1993.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8666compilado.htm>. Acesso
em: 04.fev.2015
91
______. Lei nº 8.884/1994, de 11 de junho de 1994. Transforma o Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (CADE) em Autarquia, dispõe sobre a prevenção e a
repressão às infrações contra a ordem econômica e dá outras providências. Presidência
da República, Brasília, 11 de junho de 1994. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8884.htm>. Acesso em: 03.fev.2015
______. Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III
e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da
Natureza e dá outras providências. Presidência da República, Brasília, 31 de agosto de
2000. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9985.htm> Acesso em:
05. jan. 2015.
92
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11284.htm>. Acesso em:
03.fev.2015
______. Lei Complementar nº 140, de 8 de dezembro de 2011. Fixa normas, nos termos
dos incisos III, VI e VII do caput do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal,
para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas
ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas à
proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à
poluição em qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da flora; e
altera a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Presidência da República, Brasília, 8 de
dezembro de 2011. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp140.htm> Acesso em: 05. jan. 2015.
93
______. Ministério do Meio Ambiente. Painel nacional de indicadores ambientais.
Brasília, DF, 2014c. 96p. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/publicacoes/pnia>
Acesso em: 20. nov. 2014.
GRANZIERA, Maria Luiza Machado. Direito ambiental. São Paulo, Atlas, 3ed, 2014,
848p.
TANNUS, Rafael Nora; YAMADA, Eliane Seiko Maffi; THOMÉ, João Paulo de Campos
Maia; GALERA, João Manoel Sanseverino Vergani; SALVO, Gabriele; MOTTA, Ronaldo
Serôa da; ORTIZ, Ramon Arigoni; CARDOSO, Marcelo; DINIZ, Carolina; AMBAR,
Stephanie Haapalainen; GRANZIERA, Maria Luiza; BORN, Rubens Harry. Serviços de
consultoria de pessoa jurídica para a elaboração de diagnóstico do estado da arte
sobre a aplicação de instrumentos econômicos na implementação das políticas
ambientais em nível municipal, estadual e federal. Relatório parcial, critérios de
elegibilidade e seleção preliminar de 15 iniciativas. São Paulo: Agência Verde,
Ecometrika, Vitae Civilis, 28 de abril de 2014. Produto 1. Ministério do Meio Ambiente.
95
ANEXOS
96
Vll – solicitar aos órgãos competentes o suporte técnico complementar às ações
executivas do município na área ambiental;
Vlll – propor a celebração de convênios, contratos e acordos com entidades
públicas e privadas de pesquisas e de atividades ligadas ao desenvolvimento ambiental;
IX – opinar, previamente, sobre os aspectos ambientais de políticas, planos e
programas governamentais que possam interferir na qualidade ambiental do município;
X – apresentar anualmente proposta orçamentária ao Executivo Municipal, inerente
ao seu funcionamento;
XI – identificar e informar à comunidade e aos órgãos públicos competentes,
federal, estadual e municipal, sobre a existência de áreas degradadas ou ameaçadas de
degradação;
Xll – opinar sobre a realização de estudo alternativo sobre as possíveis
consequências ambientais de projetos públicos ou privados, requisitando das entidades
envolvidas as informações necessárias ao exame da matéria, visando a compatibilização
do desenvolvimento econômico com a proteção ambiental;
XIII – acompanhar o controle permanente das atividades degradadoras e
poluidoras, de modo a compatibilizá-las com as normas e padrões ambientais vigentes,
denunciando qualquer alteração que promova impacto ambiental ou desequilíbrio
ecológico;
XIV – receber denúncias feitas pela população, diligenciando no sentido de sua
apuração junto aos órgãos federais, estaduais e municipais responsáveis e sugerindo ao
Prefeito Municipal as providências cabíveis;
XV – acionar os órgãos competentes para localizar, reconhecer, mapear e
cadastrar os recursos naturais existentes no Município, para o controle das ações
capazes de afetar ou destruir o meio ambiente;
XVI – opinar nos estudos sobre o uso, ocupação e parcelamento do solo urbano,
posturas municipais, visando à adequação das exigências do meio ambiente, ao
desenvolvimento do município;
XVII – opinar quando solicitado sobre a emissão de alvarás de localização e
funcionamento no âmbito municipal das atividades potencialmente poluidoras e
degradadoras;
XVIII – decidir sobre a concessão de licenças ambientais de sua competência e a
aplicação de penalidades, respeitadas as disposições da Deliberação Normativa COPAM
97
nº 01 de 22 de Março de 1990 (“Minas Gerais” de 4/4/90) e da Deliberação Normativa
COPAM nº 29 de 9 de Setembro de 1998 (“Minas Gerais” de 16/09/98);
XIX – orientar o Poder Executivo Municipal sobre o exercício do poder de polícia
administrativa no que concerne à fiscalização e aos casos de infração à legislação
ambiental;
XX – deliberar sobre a realização de Audiências Públicas, quando for o caso,
visando à participação da comunidade nos processos de instalação de atividades
potencialmente poluidoras;
XXI – propor ao Executivo Municipal a instituição de unidades de conservação
visando à proteção de sítios de beleza excepcional, mananciais, patrimônio histórico,
artístico, arqueológico, paleontológico, espeleológico e áreas representativas de
ecossistemas destinados à realização de pesquisas básicas e aplicadas de ecologia;
XXII – responder a consulta sobre matéria de sua competência;
XXIII – decidir, juntamente com o órgão executivo de meio ambiente, sobre a
aplicação dos recursos provenientes do Fundo Municipal de Meio Ambiente;
XXIV – acompanhar as reuniões das Câmaras do COPAM em assuntos de
interesse do Município.
Art. 3°. – O suporte financeiro, técnico e administrativo indispensável à instalação e
ao funcionamento do
Conselho Municipal de Meio Ambiente será prestado diretamente pela Prefeitura,
através do órgão executivo municipal de meio ambiente ou órgão a que o CMMA estiver
vinculado.
Art. 4°. – O CMMA será composto, de forma paritária, por representantes do poder
público e da sociedade civil organizada, a saber:
I – Representantes do Poder Público:
a)um presidente, que é o titular do órgão executivo municipal de meio ambiente;
b)um representante do Poder Legislativo Municipal designado pelos vereadores;
c)um representante do Ministério Público do Estado;
d)os titulares dos órgãos do executivo municipal abaixo mencionados:
d.1)órgão municipal de saúde pública e ação social;
d.2)órgão municipal de obras públicas e serviços urbanos.
e)um representante de órgão da administração pública estadual ou federal que
tenha em suas atribuições a proteção ambiental ou o saneamento básico e que possuam
representação no Município, tais como: Polícia
98
Florestal, IEF, EMATER, IBAMA, IMA ou COPASA.
II – Representantes da Sociedade Civil:
a)dois representantes de setores organizados da sociedade, tais como: Associação
do Comércio, da Indústria,
Clubes de Serviço, Sindicatos e pessoas comprometidas com a questão ambiental;
b)um representante de entidade civil criada com o objetivo de defesa dos
interesses dos moradores, com atuação no município;
c)dois representantes de entidades civis criadas com finalidade de defesa da
qualidade do meio ambiente, com atuação no âmbito do município;
d)um representante de Universidades ou Faculdades comprometido com a questão
ambiental.
Art. 5°. – Cada membro do Conselho terá um suplente que o substituirá em caso de
impedimento, ou qualquer ausência.
Art. 6°. – A função dos membros do CMMA é considerada serviço de relevante
valor social.
Art. 7°. – As sessões do CMMA serão públicas e os atos deverão ser amplamente
divulgados.
Art. 8°. – O mandato dos membros do CMMA é de dois anos, permitida uma
recondução, à exceção dos representantes do Executivo Municipal.
Art. 9°. – Os órgãos ou entidades mencionados no art. 4º poderão substituir o
membro efetivo indicado ou seu suplente, mediante comunicação por escrito dirigida ao
Presidente do CMMA.
Art. 10 – 0 não comparecimento a 03 (três) reuniões consecutivas ou a 05 (cinco)
alternadas durante 12 (doze) meses, implica na exclusão do CMMA.
Art. 11 – O CMMA poderá instituir, se necessário, em seu regimento interno,
câmaras técnicas em diversas áreas de interesse e ainda recorrer a técnicos e entidades
de notória especialização em assuntos de interesse ambiental.
Art. 12 – No prazo máximo de sessenta dias após a sua instalação, o CMMA
elaborará o seu Regimento
Interno, que deverá ser aprovado por decreto do Prefeito Municipal também no
prazo de sessenta dias.
Art. 13 – A instalação do CMMA e a composição dos seus membros ocorrerá no
prazo máximo de 60 (sessenta) dias, contados a partir da data de publicação desta lei.
99
Art. 14 – As despesas com a execução da presente Lei correrão pelas verbas
próprias consignadas no orçamento em vigor.
Art. 15 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
100
Minuta de Regimento Interno do CMMA
DECRETO N°...........
Aprova o Regimento do Conselho Municipal
de
Meio Ambiente-CMMA. O Prefeito
Municipal
de ............................, no uso de suas
atribuições,
DECRETA:
Art.1° – Fica aprovado o Regimento Interno do Conselho Municipal de Meio
Ambiente que com este se publica.
Art.2°– Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação e revoga as
disposições em contrário.
REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO MUNICIPAL
DE MEIO AMBIENTE - CMMA
CAPÍTULO I
DO OBJETIVO
CAPÍTULO II
DA FINALIDADE E DA COMPETÊNCIA
Art.2° – O CMMA. instituído como órgão colegiado deliberativo pela Lei n° ......... de
........................, terá suporte técnico, administrativo e financeiro prestado pela Prefeitura
Municipal, inclusive no tocante às instalações, equipamentos e recursos humanos
necessários.
Parágrafo Único – O suporte técnico será suplementarmente requerido à Fundação
Estadual do Meio Ambiente - FEAM e aos demais órgãos e entidades afetos aos
programas de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente.
101
Art.3° – Compete ao CMMA formular e fazer cumprir as diretrizes da Política
Ambiental do Município, na forma estabelecida no art. 2° da Lei nº ............... e neste
Regimento.
Art.4° – O CMMA se compõe de:
I - ...................................................................................................;
II - ................................................................. .................................;
III - ...................................................................................................;
IV - ...................................................................................................;
V - ...................................................................................................;
VI - ...................................................................................................;
VII - ...................................................................................................;
VIII - ...................................................................................................;
listar conforme Lei Municipal que cria o CMMA)
Art.5° – Cada membro do CMMA terá um suplente que o substituirá em caso de
impedimento.
Art.6° – O mandato dos membros do CMMA corresponderá ao período de 02 (dois)
anos, permitida a recondução.
CAPÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO
102
III – dirimir dúvidas relativas a interpretação de normas deste Regimento;
IV – encaminhar a votação de matéria submetida a decisão do Plenário;
V – assinar as atas aprovadas nas reuniões;
VI – assinar as deliberações do Conselho e encaminhá-las ao Prefeito, sugerindo
os atos administrativos necessários;
Vll - designar relatores para temas examinados pelo CMMA;
Vlll – dirigir as sessões ou suspendê-las, conceder, negar ou cassar a palavra do
membro do CMMA;
IX – estabelecer, através de Resolução, normas e procedimentos para o
funcionamento do CMMA;
X - convidar pessoas ou entidades para participar das reuniões do Plenário, sem
direito a voto;
XI – delegar atribuições de sua competência.
Art.10 - Compete ao Vice-Presidente substituir o Presidente em seus
impedimentos, exercendo as suas atribuições.
Parágrafo Único – Em caso de impedimento simultâneo do Presidente e do Vice-
Presidente assumirá a
Presidência o membro mais idoso do CMMA .
Art.11 – O Plenário é o órgão superior de deliberação do CMMA, constituído na
forma do artigo 4° deste
Regimento.
Art.12 – Ao Plenário compete:
I – propor alterações deste Regimento para homologação pelo Prefeito Municipal;
Il – elaborar e propor leis, normas, procedimentos e ações destinadas à
recuperação, melhoria ou manutenção da qualidade ambiental, observadas as legislações
federal, estadual e municipal que regula a espécie;
III – fornecer subsídios técnicos para esclarecimentos relativos à defesa do meio
ambiente, aos órgãos públicos, à indústria, ao comércio, à agropecuária e à comunidade
e acompanhar a sua execução;
IV – propor a celebração de convênios, contratos e acordos com as entidades
públicas e privadas de pesquisas e de atividades ligadas a defesa ambiental;
V- opinar sobre a realização de estudos das alternativas e das possíveis
consequências ambientais de projetos públicos ou privados, requisitando das entidades
103
envolvidas as informações necessárias ao exame da matéria, visando à compatibilização
do desenvolvimento econômico com a proteção ambiental;
Vl – manter o controle permanente das atividades poluidoras ou potencialmente
poluidoras, de modo a compatibilizá-las com as normas e padrões ambientais vigentes,
denunciando qualquer alteração que provoque impacto ou desequilíbrio ecológico;
Vll – identificar e informar à comunidade e aos órgãos públicos competentes,
estaduais e municipais, sobre a existência de áreas degradadas ou ameaçadas de
degradação, propondo medidas para a sua recuperação;
Vlll – promover, orientar e colaborar em programas educacionais e culturais com a
participação da comunidade, que visam à preservação da fauna, flora, águas superficiais
e subterrâneas, ar, solo, subsolo e recursos não renováveis do Município;
IX – atuar no sentido de estimular a formação da consciência ambiental,
promovendo seminários, palestras e debates junto aos meios de comunicação e às
entidades públicas e privadas;
X – subsidiar a atuação do Ministério Público, quando de sua atuação prevista na
Lei n° ..................... ;
XI - exercer o Poder de Polícia, no âmbito da legislação ambiental municipal;
XII – julgar e aplicar as penalidades previstas em Lei, decorrentes das infrações
ambientais municipais;
XIII – opinar sobre uso e ocupação do solo urbano e parcelamento urbano,
adequando a urbanização às exigências do meio ambiente e à preservação dos recursos
naturais;
XIV- sugerir à autoridade competente a instituição de unidades de conservação
visando à proteção de sítios de beleza excepcional, mananciais, patrimônio histórico,
artístico, cultural e arqueológico, espeleológico e áreas representativas de ecossistemas
destinadas à realização de pesquisas básicas e aplicadas de ecologia;
XV – receber as denúncias feitas pela população, diligenciando no sentido de sua
apuração, encaminhando aos órgãos municipais e estaduais responsáveis e sugerindo ao
Prefeito Municipal as providências cabíveis;
XVI – propor ao Prefeito a concessão de títulos honoríficos a pessoas ou
instituições que houverem se destacado através de atos que tenham contribuído
significativamente para a preservação, melhoria, conservação e defesa do meio ambiente
do Município.
Art.13 – Compete ao membros do CMMA:
104
I – comparecer às reuniões;
Il – debater a matéria em discussão;
lIl – requerer informações, providências e esclarecimentos ao Presidente;
IV – apresentar relatórios e pareceres, dentro do prazo fixado;
V – votar;
Vl – propor temas e assuntos à deliberação e ação do Plenário.
Art.14 – A Secretaria Executiva é órgão auxiliar da Presidência e do Plenário,
desempenhando atividades de gabinete, de apoio técnico, administrativo e de execução
de normas referentes à proteção do meio ambiente.
Art.15 – As funções da Secretaria Executiva serão exercidas por servidor público
municipal, indicado pelo Prefeito.
Art.16 – Compete à Secretaria Executiva:
I – fornecer suporte e assessoramento técnico ao CMMA nas atividades por ele
deliberadas;
Il – elaborar as atas das reuniões;
III - organizar os serviços de protocolo, distribuição e arquivo do CMMA;
IV – executar outras tarefas correlatas determinadas pelo Presidente ou previstas
neste Regimento Interno.
CAPÍTULO IV
DAS REUNIÕES
105
Art.20 – Poderão participar das reuniões do Plenário, sem direito a voto,
assessores indicados por seus membros, bem como pessoas convidadas pelo
Presidente.
Art.21 – As reuniões do Plenário serão públicas.
Art.22 – As reuniões terão sua pauta preparada pelo Presidente, na qual constarà
necessariamente:
I - abertura da sessão, leitura, discussão e votação da ata da reunião anterior;
II- leitura do expediente e das comunicações da ordem do dia;
III - deliberações;
IV - palavra franca;
V - encerramento.
Art.23 - A apreciação dos assuntos obedecerá às seguintes etapas:
I - será discutida e votada matéria proposta pela presidência ou pelos membros;
Il – o Presidente dará a palavra ao relator, que apresentará seu parecer, escrito ou
oral;
III – terminada a exposição, a matéria será posta em discussão;
IV – encerrada a discussão, e estando o assunto suficientemente esclarecido, far-
se-á a votação.
Art.24 - As deliberações do Plenário serão tomadas por maioria de votos dos
membros presentes, cabendo ao
Presidente, além do voto pessoal, o de qualidade.
Art.25 – As atas serão lavradas em livro próprio e assinadas pelos membros que
participaram da reunião que as originaram.
Art.26 – As decisões do Plenário, depois de assinadas pelo Presidente e pelo
relator, serão anexadas ao expediente respectivo.
CAPITULO V
DISPOSIÇÕES ESPECIAIS
106