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Direito Penal p/ TRF 2ª Região (Analista Judiciário - Área Judiciária) - com videoaulas
SUMÁRIO
1. DAS PENAS .................................................................................................. 2
1.1. Conceito ................................................................................................... 2
1.2. Princípios ................................................................................................. 2
1.3. Finalidade: teorias ................................................................................... 3
1.3.1. Teoria absoluta e sua finalidade retributiva .................................................. 3
1.3.2. Teoria relativa e sua finalidade preventiva ................................................... 4
1.3.3. Teoria Mista (unificadora ou eclética ou unitária) e sua dupla finalidade ........... 4
1.4. Espécies ................................................................................................... 4
1.5. Penas em espécie ..................................................................................... 6
1.5.1. Privativa de liberdade ............................................................................... 6
1.5.1.1. Regras do regime fechado ...................................................................... 7
1.5.1.2. Regras do Regime semiaberto ................................................................. 8
1.5.1.3. Disposições gerais acerca dos regimes de cumprimento da pena .................. 9
1.5.2. Penas restritivas de direitos ..................................................................... 10
1.5.2.1. Regras da substituição ......................................................................... 12
1.5.2.2. Penas restritivas de direitos em espécie.................................................. 14
(i) Prestação pecuniária .................................................................................. 14
(ii) Perda de bens e valores .......................................................................... 15
(iii) Prestação de serviços à comunidade ......................................................... 16
(iv) Interdição temporária de direitos .............................................................. 18
(v) Limitação de fim de semana ....................................................................... 19
1.6. Pena de multa ........................................................................................ 20
2. RESUMO .................................................................................................... 22
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1.! DAS PENAS !
1.1.! Conceito
Se a conduta incriminada pelo tipo penal incriminador é um preceito
primário, a pena (sanção penal) a ele cominada (prevista) é o que se pode
chamar de preceito secundário.
A pena criminal é, acima de tudo, um castigo1. Trata-se de um mal
que se aflige a alguém em razão da prática de um delito2. O conceito não
se confunde, porém, com os fins (ou finalidades) da pena.
A pena possui como pressuposto de sua aplicação a culpabilidade
do agente3. Já as medidas de segurança não possuem a culpabilidade
como pressuposto de sua aplicação (até porque o agente não é plenamente
imputável, não possuindo, portanto, culpabilidade), mas sim a
periculosidade. Isto é importante!
A pena pode ser conceituada como a resposta que a sociedade dá ao
indivíduo que transgride a ordem jurídico-penal estabelecida, e consiste na
privação ou restrição de um bem jurídico do condenado (liberdade,
patrimônio, etc.), de forma a castigá-lo e reeducá-lo.
1.2.! Princípios
Alguns princípios norteiam a Teoria Geral da Pena:
a) Reserva legal ou legalidade estrita – Somente a Lei (em sentido
estrito) pode cominar penas: “Nulla poena sine lege”. Está previsto no art.
5°, XXXIX da Constituição e art. 1° do CP;
b) Anterioridade – A Lei que prevê a pena para a conduta deve ser
anterior à prática do crime: “Nulla poena sine praevia lege”. Também
está previsto no art. 5°, XXXIX da Constituição e art. 1° do CP, sendo,
juntamente com o princípio da reserva legal, subprincípios do princípio da
LEGALIDADE; 06113402754
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1
BATISTA, Nilo; ZAFFARONI, Eugénio Raúl. Direito Penal brasileiro. 4. ed. Rio de Janeiro: Ed. Revan,
2011. Tomo I, p. 99.
2
MIR PUIG, Santiago. Introducción a las bases del Derecho penal. 2. ed. Montevideo, Buenos Aires:
Ed. B. de F., 2003, p. 49.
3
DIAS, Jorge de Figueiredo. Direito penal, parte geral. 2. ed. Coimbra: Coimbra Editora, 2007. tomo
I, p. 46-47
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d) Inevitabilidade ou inderrogabilidade da pena – Presentes os!
requisitos para a condenação, a pena não pode deixar de ser imposta e
cumprida. É mitigado, atualmente, por institutos como o sursis, o
livramento condicional, etc.;
e) Princípio da humanidade ou humanização das penas – A pena não
pode desrespeitar os direitos fundamentais do indivíduo, violando sua
integridade física ou moral, e também não pode ser de índole cruel,
desumano ou degradante (art. 5°, XLIX e XLVII da Constituição);
f) Princípio da proporcionalidade – A sanção aplicada pelo Estado deve
ser proporcional à gravidade da infração cometida e também deve ser
suficiente para promover a punição ao infrator e sua reeducação social;
g) Princípio da individualização da pena – A pena deve ser aplicada de
maneira individualizada para cada infrator em cada caso específico. Essa
individualização se dá em três fases distintas: a) cominação: O legislador
deve prever um raio de atuação para o Juiz aplicar a pena no caso concreto,
estabelecendo penas mínimas e máximas, de forma que o Juiz possa aplicar
a quantidade de pena que achar conveniente no caso concreto; b)
aplicação: Saindo da esfera legislativa, passamos à esfera judicial,
segunda etapa, que consiste na efetiva aplicação individualizada da pena,
que será imposta conforme as circunstâncias do crime e os antecedentes
do réu, de acordo com a margem estabelecida pelo legislador; c) Na
terceira e última fase temos a aplicação deste princípio na execução
da pena (esfera administrativa), de forma que o cumprimento da pena,
progressão de regime, concessão de benefícios devem ser analisados no
caso concreto, e não abstratamente, pois entende-se que “cada caso é um
caso”, e não cabe ao legislador retirar do Juiz a possibilidade de analisá-lo
e proceder da forma que melhor atenda aos anseios da sociedade. Está
previsto no art. 5°, XLVI da Constituição da República.
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4
BACIGALUPO, Enrique. Manual de Derecho penal. Ed. Temis S.A., tercera reimpressión. Bogotá,
1996, p. 12
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1.3.2.! Teoria relativa e sua finalidade preventiva !
Pune-se o agente não para castigá-lo, mas para prevenir a prática de
novos crimes. Essa prevenção pode ser:
1.4.! Espécies
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c) Pena de multa – Recai sobre o patrimônio financeiro do!
condenado;
d) Restritiva de liberdade – Restringem, mas não retiram o direito
de locomoção do condenado. Na verdade, trata-se de uma espécie de pena
restritiva de direitos. Exemplo: Proibir o marido de se aproximar da casa
da ex-esposa no caso de violência doméstica;
e) Penas corporais – Trata-se de castigos aplicados ao corpo do
indivíduo. É espécie de pena vedada pela Constituição Federal (art. 5°,
XLVII, e).
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1.5.! Penas em espécie !
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É admissível a adoção do regime prisional semiaberto aos reincidentes condenados a !
pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as circunstâncias judiciais.
SÚMULA 719
A IMPOSIÇÃO DO REGIME DE CUMPRIMENTO MAIS SEVERO DO QUE A PENA APLICADA
PERMITIR EXIGE MOTIVAÇÃO IDÔNEA.
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9
O exame criminológico tem por finalidade permitir a individualização da pena (um dos princípios
da pena) em sua terceira fase, em homenagem ao disposto no art. 5°, XLVI da Constituição:
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
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direito do qual ele está privado é a liberdade. Assim, o preso não se!
tornou um escravo do Estado, devendo receber pelo seu trabalho, como
qualquer pessoa.
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separado dos demais estabelecimentos prisionais e que não deva possuir!
características de prisão, principalmente no que se refere à existência de
obstáculos físicos para a fuga. Caso não haja vagas no regime semiaberto
(são raríssimas as casas de albergado), o STF entende que o preso deve
ser posto em liberdade, até que surja vaga. O STJ, por sua vez, entende
que deve o preso ficar recolhido à prisão domiciliar10.
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10
(...) 4. Admite-se a concessão, em caráter excepcional, da prisão domiciliar na hipótese de falta
de vagas em estabelecimento adequado para o cumprimento da pena em regime aberto, que não
justifica a permanência do condenado em condições prisionais mais severas.
Precedentes.
(...)
(REsp 1201880/RS, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA,
julgado em 07/05/2013, DJe 14/05/2013)
11
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
12
Art. 38 - O preso conserva todos os direitos não atingidos pela perda da liberdade, impondo-se a
todas as autoridades o respeito à sua integridade física e moral. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
Art. 39 - O trabalho do preso será sempre remunerado, sendo-lhe garantidos os benefícios da
Previdência Social. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
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ser recolhido a Hospital de custódia e tratamento psiquiátrico, ou outro!
estabelecimento adequado.13
CUIDADO! Se a doença mental sobrevém após o início da execução
da pena, aplica-se o art. 183 da LEP, que autoriza o Juiz a substituir a
pena privativa de liberdade por medida de segurança.
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13
Art. 41 - O condenado a quem sobrevém doença mental deve ser recolhido a hospital de custódia
e tratamento psiquiátrico ou, à falta, a outro estabelecimento adequado. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
14
Art. 37 - As mulheres cumprem pena em estabelecimento próprio, observando-se os deveres e
direitos inerentes à sua condição pessoal, bem como, no que couber, o disposto neste Capítulo.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
15
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito,
a idade e o sexo do apenado;
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Duas são as características elementares das penas restritivas de!
direitos: autonomia e substitutividade.16
Por autonomia entende-se a impossibilidade de serem aplicadas
cumulativamente com a pena privativa de liberdade.
Por substitutividade entende-se o caráter substitutivo das penas
restritivas de direito, ou seja, elas não são previstas como pena
originária para nenhum crime no Código Penal, sendo aplicadas de
maneira a substituir uma pena privativa de liberdade
originariamente imposta, quando presentes os requisitos legais.
Entretanto, as penas restritivas de direitos devem ser aplicadas
somente se presentes alguns requisitos, que a doutrina divide em
objetivos e subjetivos.17 Os primeiros referem-se ao crime em si, e à
penalidade imposta. Os últimos estão ligados à pessoa do criminoso. Estão
previstos nos incisos do art. 44 do CP.18
REQUISITOS OBJETIVOS
Natureza do crime Só pode haver substituição nos casos de crimes
culposos (todos eles) ou no caso de crimes
dolosos, desde que, nesse último caso, não
tenha sido o crime cometido com violência ou
grave ameaça à pessoa (ex.: Não caberia
substituição no caso de homicídio).
Quantidade de A pena aplicada, no caso de crimes dolosos, não
pena aplicada pode ser superior a quatro anos. No caso de
crimes culposos, pode haver a substituição
qualquer que seja a pena aplicada.
REQUISITOS SUBJETIVOS
Não ser OBS.1: Se o condenado for reincidente em crime
reincidente em culposo, poderá haver a substituição.
crime doloso OBS.2: Entretanto, excepcionalmente, mesmo
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poderá haver a substituição, desde que a medida !
seja socialmente recomendável (análise das
características do fato criminoso e do infrator) e
não se trate de reincidência específica
(reincidência no mesmo crime), conforme previsão
do art. 44, § 3° do CP.
Suficiência da A pena restritiva de direitos deve ser suficiente
medida (princípio para garantir o alcance das finalidades da pena
da suficiência) (punição e prevenção, geral e especial).
de multa, observados os critérios dos incisos II e III do art. 44 deste Código. (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). Como conciliar este artigo com o art.
44, § 2° do CP, que expressamente permite a substituição pela
pena de multa nos casos de crime cuja pena seja igual ou inferior
a um ano? Como fazer quando a pena privativa de liberdade for
superior a seis meses, mas não superior a um ano? O
entendimento majoritário é o de que o art. 44, § 2°, por ter sido
incluído pela Lei 9.714/98, sendo mais recente, portanto, que o art. 60,
§ 2° (incluído pela Lei 7.209/84), revogou este último, de forma que a
substituição da pena privativa de liberdade pela pena de multa pode
ocorrer quando a pena aplicada não for superior a um ano.19
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
19
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. cit., p. 671/672
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Pode ocorrer, durante o cumprimento da pena restritiva, que o!
condenado descumpra a obrigação imposta pelo Juiz. Nesse caso, ocorrerá
o que se chama de RECONVERSÃO OBRIGATÓRIA. Embora a lei diga
“conversão”, a conversão ocorreu da primeira vez, quando se converteu a
pena privativa de liberdade em restritiva de direitos. O que acontece,
agora, é uma reconversão à pena original. Nos termos do art. 44, § 4°
do CP:
§ 4o A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade quando
ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta. No cálculo da
pena privativa de liberdade a executar será deduzido o tempo cumprido da
pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta dias de detenção
ou reclusão. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
É mais ou menos assim:
B) Lei permite que ele não vá para a jaula, desde que cumpra pena
restritiva de direitos
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cumprirá ambas, simultaneamente; se não for possível, haverá a!
reconversão para a pena privativa de liberdade anteriormente aplicada.20
EXEMPLO: Imagine que fulano tenha sido condenado a pena de 02 anos
de detenção, substituída por restritiva de direitos consistente na
prestação de serviços à comunidade. Enquanto cumpria a pena
alternativa, fulano foi condenado a uma pena privativa de liberdade que
não foi suspensa (sursis) nem convertida em restritiva de direitos. Nesse
caso, o cumprimento de ambas é inviável, pois fulano não pode ao mesmo
tempo estar preso e cumprir a pena de prestação de serviços à
comunidade. Assim, deverá haver a reconversão da restritiva de direito
em privativa de liberdade.
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
20
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. cit., p. 699
21
HC 133.942/MG, Rel. Ministro ADILSON VIEIRA MACABU (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO
TJ/RJ), QUINTA TURMA, julgado em 28/02/2012, DJe 20/03/2012
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No entanto, pode acontecer de, por acordo entre o infrator e o!
beneficiário da prestação, esta ser de outra natureza que não seja
patrimonial.22
EXEMPLO: joias, bens móveis, imóveis, mão-de-obra, etc.
financeiro do condenado.23
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
22
§ 1o A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou
a entidade pública ou privada com destinação social, de importância fixada pelo juiz, não inferior a
1 (um) salário mínimo nem superior a 360 (trezentos e sessenta) salários mínimos. O valor pago
será deduzido do montante de eventual condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os
beneficiários. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
§ 2o No caso do parágrafo anterior, se houver aceitação do beneficiário, a prestação pecuniária pode
consistir em prestação de outra natureza. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
23
Está prevista no art. 45, § 3° do CP:
§ 3o A perda de bens e valores pertencentes aos condenados dar-se-á, ressalvada a legislação
especial, em favor do Fundo Penitenciário Nacional, e seu valor terá como teto - o que for maior - o
montante do prejuízo causado ou do provento obtido pelo agente ou por terceiro, em consequência
da prática do crime. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
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Poderá ter, como teto, dois parâmetros:
•! Montante do prejuízo causado
•! Montante do proveito obtido pelo agente ou por terceiro
com a prática do delito
Perceba, caro aluno, que esta pena só poderá ser aplicada nas
hipóteses de crimes que gerem algum prejuízo ao sujeito passivo ou tragam
algum benefício ao sujeito ativo ou a terceira pessoa.
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pode ter como destinatária entidade privada, desde que possua!
destinação social.24
A Doutrina entende, ainda, que a pena não pode ser prestada em
Igrejas, por não se tratar de serviço à comunidade, e pelo fato de que seria
uma ofensa ao princípio do Estado laico (art. 19, I da Constituição).
O § 1° determina que a pena deva ser cumprida mediante a atribuição
de tarefas gratuitas ao condenado. Ou seja, diferentemente do que ocorre
no caso de trabalho realizado pelo preso no estabelecimento prisional,
quando em cumprimento de pena privativa de liberdade, aqui o
condenado não recebe nada pelo trabalho, exatamente porque esta
é a própria pena. Na pena privativa de liberdade a execução das tarefas
não é a pena (que é a privação da liberdade), mo’tivo pelo qual naqueles
casos o preso deve receber retribuição salarial.
O § 3° estabelece que as tarefas sejam atribuídas de acordo com
as aptidões do condenado. Vejamos:
§ 3o As tarefas a que se refere o § 1o serão atribuídas conforme as aptidões
do condenado, devendo ser cumpridas à razão de uma hora de tarefa por dia
de condenação, fixadas de modo a não prejudicar a jornada normal de
trabalho. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
24
Em nenhuma hipótese será possível a prestação de serviços a entidades privadas que visem lucro.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. cit., p. 682
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Imagine, no exemplo anterior, que a condenação de fulano tenha sido!
a dois anos de reclusão. Nesse caso, o CP possibilita que fulano realize duas
horas-tarefa por dia, o que lhe fará abater dois dias de cumprimento da
pena, que será cumprida na metade do tempo previsto. No entanto, o
cumprimento não pode se dar em menos da metade do tempo previsto!
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Art. 57 - A pena de interdição, prevista no inciso III do art. 47 deste Código,!
aplica-se aos crimes culposos de trânsito. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
25
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. cit., p. 688/689
26
Entende-se que o lugar deva ter alguma relação com o delito cometido, e que seja um lugar que
exerça influência criminógena sobre o condenado (um lugar que propicie a ele a prática do delito).
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. cit., p. 690/691
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Está regulamentada pelo art. 48 do CP: !
Art. 48 - A limitação de fim de semana consiste na obrigação de permanecer,
aos sábados e domingos, por 5 (cinco) horas diárias, em casa de albergado ou
outro estabelecimento adequado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Parágrafo único - Durante a permanência poderão ser ministrados ao
condenado cursos e palestras ou atribuídas atividades educativas.(Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
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EXEMPLO: Imagine que um réu é condenado ao pagamento de 10 dias- !
multa, considerando-se cada dia multa como 1/30 do maior salário
mínimo vigente (exemplificativamente, R$ 600,00). Assim, 1/30 de R$
600,00 igual a R$ 20,00. Desta forma, o valor total da condenação será
de 10 (quantidade de dias-multa) x R$ 20,00 (valor do dia-multa). Logo,
a pena de multa será fixada em R$ 200,00 (Duzentos reais).
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conversão). Nesse caso, a multa será considerada como dívida de valor e!
executada pelo procedimento de cobrança da dívida ativa da Fazenda
Pública (Execução Fiscal).29
A Doutrina e a Jurisprudência entendem, em razão disso, que
embora o não cumprimento da pena de multa não possa gerar a conversão
em pena privativa de liberdade, isto não lhe retira seu caráter de pena.
Assim, aplicada pena de multa e sobrevindo a morte do infrator, estará
extinta a punibilidade30, nos termos do art. 107, I do CP, já que não se
pode estender os efeitos da pena aos sucessores do infrator, por força do
art. 5°, XLV da Constituição, que ressalvou apenas a obrigação de
reparar o dano e o perdimento de bens.
Por fim, o art. 52 do CP prevê que, sobrevindo doença mental ao
condenado, ficará suspensa a pena de multa.
2.!RESUMO
CONCEITO - A pena pode ser conceituada como a resposta que a
sociedade dá ao indivíduo que transgride a ordem jurídico-penal
estabelecida, e consiste na privação ou restrição de um bem jurídico do
condenado (liberdade, patrimônio, etc.), de forma a castigá-lo e reeducá-
lo (adoção da teoria mista, unificadora, eclética ou unitária - dupla
finalidade: punição e prevenção).
PRINCÍPIOS
a) Reserva legal ou legalidade estrita – A pena deve estar prevista em
Lei Formal.
b) Anterioridade – A pena deve estar prevista em Lei anterior ao fato.
c) Intranscendência da pena – A pena não pode passar da pessoa do
condenado.
d) Inevitabilidade ou inderrogabilidade da pena – Uma vez aplicada,
não pode deixar de ser executada. Há exceções (Ex.: Sursis).
06113402754
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
29
Art. 51 - Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será considerada dívida de
valor, aplicando-se-lhes as normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive
no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição. (Redação dada pela Lei nº
9.268, de 1º.4.1996)
30
GOMES, Luiz Flavio. BIANCHINI, Alice. Op. cit., p. 531
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g) Princípio da individualização da pena – A pena deve ser aplicada de!
maneira individualizada para cada infrator em cada caso específico. Essa
individualização se dá em três fases distintas: a) cominação; b)
aplicação; c) Na terceira e última fase temos a aplicação deste
princípio na execução da pena;
ESPÉCIES
São adotadas no sistema penal brasileiro:
Privativas de liberdade – Retiram do condenado o direito à liberdade de
locomoção, por determinado período (é vedada pena de caráter perpétuo,
art. 5°, XLVII, b da Constituição).
Restritivas de direitos – Em substituição à pena privativa de liberdade,
limitam (restringem) o exercício de algum direito do condenado.
Pena de multa – Recai sobre o patrimônio financeiro do condenado.
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06113402754
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!
OBS.: Natureza da pena:
Pena de reclusão – Qualquer regime inicial
Pena de detenção – Regime inicial somente semiaberto ou aberto
!
Regras para fixação do regime inicial
Leva em conta a quantidade de pena aplicada, reincidência e circunstâncias
judiciais:
Regra:
!! Condenado a pena superior a 8 (oito) anos – Regime inicial
fechado.
!! Condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4
(quatro) anos e não exceda a 8 (oito) – Pode ser fixado regime
inicial semiaberto.
!! Condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a
4 (quatro) anos - Pode ser fixado regime inicial aberto.
Observações importantes:
!! É possível fixar regime inicial semiaberto aos reincidentes
condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as
circunstâncias judiciais (súmula 269 do STJ).
!! A opinião do julgador sobre a gravidade ABSTRATA do delito não é
fundamento para aplicar regime mais severo que o previsto (súmula
718 do STF)
!! A fixação de regime inicial mais severo exige motivação IDÔNEA
(súmula 719 do STF)
!! Gravidade CONCRETA da conduta é considerada motivação idônea.
!
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS
Também chamadas de “penas alternativas”, pois se apresentam como uma
alternativa à aplicação da pena privativa de liberdade, muitas vezes
desnecessária no caso concreto.
06113402754
Características
!! Autonomia - Impossibilidade de serem aplicadas cumulativamente
com a pena privativa de liberdade.
!! Substitutividade - Não são previstas como pena originária
para nenhum crime no Código Penal, sendo aplicadas de maneira
a substituir uma pena privativa de liberdade originariamente imposta,
quando presentes os requisitos legais.
Requisitos:
REQUISITOS OBJETIVOS
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Natureza do crime Só pode haver substituição nos casos de crimes !
culposos (todos eles) ou no caso de crimes
dolosos, desde que, nesse último caso, não
tenha sido o crime cometido com violência ou
grave ameaça à pessoa (ex.: Não caberia
substituição no caso de homicídio).
Quantidade de A pena aplicada, no caso de crimes dolosos, não
pena aplicada pode ser superior a quatro anos. No caso de
crimes culposos, pode haver a substituição
qualquer que seja a pena aplicada.
REQUISITOS SUBJETIVOS
Não ser OBS.1: Se o condenado for reincidente em crime
reincidente em culposo, poderá haver a substituição.
crime doloso OBS.2: Entretanto, excepcionalmente, mesmo
se o condenado for reincidente em crime doloso,
poderá haver a substituição, desde que a medida
seja socialmente recomendável (análise das
características do fato criminoso e do infrator) e
não se trate de reincidência específica
(reincidência no mesmo crime), conforme previsão
do art. 44, § 3° do CP.
Suficiência da A pena restritiva de direitos deve ser suficiente
medida (princípio para garantir o alcance das finalidades da pena
da suficiência) (punição e prevenção, geral e especial).
Esquema:
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<Φ∆:Η9Η9 Τ!
?≅ΧΦΑ8Σ≅! 98ϑ:Α8
9Ηϑ8?Χ8!98!?ΓΗ!
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06113402754
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Regras da substituição !
Pena igual ou inferior a um ano = Substituição por multa ou uma pena
restritiva de direitos.
Pena superior a um ano = Substituição por pena de multa e uma pena
restritiva de direitos, ou por duas restritivas de direitos. No caso de serem
aplicadas duas restritivas de direitos, o condenado poderá cumpri-las
simultaneamente, se forem compatíveis, ou sucessivamente, se
incompatíveis (art. 69, § 2° do CP).
Reconversão
!! Obrigatória - Descumprimento injustificado da restrição imposta.
!! Facultativa – Superveniência de nova condenação à pena privativa
de liberdade, por outro crime. Pode deixar de reconverter se for
possível cumprir ambas simultaneamente.
Observações importantes:
Não se admite a reconversão se o condenado deixa de pagar a pena
de multa.
Não se deve confundir pena de MULTA com pena de PRESTAÇÃO
PECUNIÁRIA. A primeira é uma modalidade de pena, a outra é uma
espécie de pena RESTRITIVA DE DIREITOS. No primeiro caso, NÃO É
POSSÍVEL A CONVERSÃO EM PRISÃO pelo não pagamento. No segundo
caso é POSSÍVEL, conforme entendimento do STJ.
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Prestação de serviços à comunidade - Atribuição de tarefas gratuitas,!
e de acordo com as aptidões do condenado, em favor da comunidade ou
de entidades públicas (em entidades assistenciais, hospitais, escolas,
orfanatos e outros estabelecimentos congêneres, em programas
comunitários ou estatais), ou privadas com destinação social
(entendimento doutrinário). Cabível para as condenações superiores a seis
meses de privação da liberdade. O sistema de cumprimento adotado pelo
CP é o da hora-tarefa, ou seja, cada hora de tarefa realizada será
computada como um dia da condenação. Se superior a 01 ano, pode ser
cumprida em menor tempo, mas nunca inferior à metade.
Interdição temporária de direitos – Consiste na limitação temporária
de alguns direitos do condenado, e pode ser de diversas ordens:
(a) proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública,
bem como de mandato eletivo - só pode ser aplicada quando o crime
for cometido no exercício do cargo ou função pública
(b) proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que
dependam de habilitação especial, de licença ou autorização do
poder público – só pode ser aplicada quando o crime for cometido no
exercício de atividade que dependa de habilitação especial, licença ou
autorização do poder público.
(c) suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir
veículo – somente se aplica nos casos de crimes culposos cometidos no
trânsito (CTB também trata deste tema).
(d) proibição de frequentar determinados lugares – Impossibilita o
condenado de frequentar certos lugares, e deve ter relação com o fato
praticado (Ex.: proibir um valentão, membro de torcida organizada, de
frequentar estádios de futebol).
(e) proibição de inscrever-se em concurso, avaliação ou exame
públicos - em se tratando de uma pena substitutiva, esta pena terá
como duração o mesmo período da pena privativa de liberdade aplicada.
___________
Bons estudos!
Prof. Renan Araujo
3.!EXERCÍCIOS DA AULA
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As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma!
progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes
critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais
rigoroso:
a) o condenado reincidente, cuja pena seja igual a 4 (quatro) anos, deverá,
desde o início, cumpri-la em regime aberto.
b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 6 (seis) anos e
não exceda a 12 (doze), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime
semiaberto.
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro)
anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.
d) o condenado reincidente, cuja pena seja inferior a 4 (quatro) anos,
deverá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.
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(>=Ιϑ∋#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋,∋∗ΚΜ≅∋3Ν!
d) poderá conceder a suspensão condicional da pena privativa de liberdade!
por até 4 anos.
e) poderá fixar o regime aberto para o cumprimento inicial da pena
privativa de liberdade.
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(>=Ιϑ∋#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋,∋∗ΚΜ≅∋3Ν!
Sobre a pena de MULTA prevista no Código Penal, é INCORRETO afirmar!
que
A) deve ser paga dentro de 10 (dez) dias depois do trânsito em julgado da
sentença.
B) se converte em pena de detenção, quando o condenado solvente deixa
de pagá-la ou frustra a sua execução.
C) sua cobrança pode ser efetuada mediante desconto no salário do
condenado, quando aplicada isoladamente.
D) sua execução será suspensa se sobrevém ao condenado doença mental.
E) se cobrada mediante desconto no salário, não deve incidir sobre os
recursos indispensáveis ao sustento do condenado e de sua família.
B) III e V.
C) I, II e IV.
D) I, II e III.
E) II, IV e V.
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∗)∗+∀7%∗∋89!∀:∀;#∀&∋,∋;#∃∗∋89!∀:∀;#∀∗∋
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(>=Ιϑ∋#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋,∋∗ΚΜ≅∋3Ν!
C) seis meses, não sendo reincidente o condenado. !
D) um ano, não decorrendo eventual reincidência da prática do mesmo
crime e a medida for socialmente recomendável.
E) dois anos, independentemente de reincidência.
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c) III. !
d) I e II.
e) II e III.
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b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. !
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
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inferior a um salário mínimo, nem superior a trezentos e sessenta salários !
mínimos.
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Com relação aos conceitos, objetivos e princípios do direito penal, às penas !
restritivas de direitos, ao livramento condicional e à reincidência, julgue
os itens subsecutivos.
O juiz poderá substituir a pena privativa de liberdade do condenado
reincidente não específico por penas restritivas de direitos se, em face da
condenação anterior, a substituição for socialmente recomendável.
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A pena privativa de liberdade de réu reincidente em crime culposo poderá!
ser substituída por uma pena restritiva de direitos.
4.!EXERCÍCIOS COMENTADOS
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c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento!
adequado.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
Vemos, assim, que a alternativa correta é a letra C, eis que de acordo com
o previsto no art. 33, §2º, c do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.
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que dispõe sobre a substituição da pena privativa de liberdade, por!
restritivas de direito.
a) A substituição não pode ser aplicada a Antônio, por ser a pena
imposta de reclusão.
b) A substituição não pode ser aplicada a Antônio, por ser ele
reincidente em crime doloso.
c) A substituição não pode ser aplicada a Antônio, por serem ambas
as condenações por crimes contra o patrimônio.
d) A substituição pode ser aplicada a Antônio, pois a reincidência
não é pela prática do mesmo crime.
e) A substituição pode ser aplicada a Antônio, pois ele não é
reincidente.
COMENTÁRIOS: No caso em tela o agente é considerado primário, eis que
decorridos mais de cinco anos desde a extinção da punibilidade pela
condenação anterior (art. 64, I do CP).
Neste caso, temos um agente primário, que praticou delito sem violência
ou grave ameaça e cuja pena aplicada é de 02 anos e 04 meses de reclusão.
Vejamos o que diz o art. 44 do CP:
Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as
privativas de liberdade, quando: (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime
não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que
seja a pena aplicada, se o crime for culposo; (Redação dada pela Lei nº 9.714,
de 1998)
II - o réu não for reincidente em crime doloso; (Redação dada pela Lei nº
9.714, de 1998)
III - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do
condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa
substituição seja suficiente. (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
Assim, vemos que é possível a substituição da pena, pois o agente não é
reincidente.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E. 06113402754
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d) poderá conceder a suspensão condicional da pena privativa de!
liberdade por até 4 anos.
e) poderá fixar o regime aberto para o cumprimento inicial da pena
privativa de liberdade.
COMENTÁRIOS: No caso em tela a substituição não é possível,
considerando-se que se trata de crime praticado com violência ou grave
ameaça à pessoa (art. 44, I do CP), também não sendo possível a
concessão de sursis, eis que a pena é superior a 02 anos (art. 77 do CP).
Com relação ao regime de cumprimento, por se tratar de pena inferior a 04
anos, o Juiz poderá fixar o regime aberto como o regime inicial de
cumprimento da pena:
Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-
aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo
necessidade de transferência a regime fechado. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
(...)
§ 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma
progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios
e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
(...)
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro)
anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
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Pode ser aplicada aos reincidentes, desde que não se trate de reincidência!
específica e a medida seja socialmente aconselhável (art. 44, § 3° do CP).
Diz, ainda, o art. 45, em seus §§ 1° e 2°, que a prestação pecuniária pode
ter como beneficiários, além dos familiares, entidades públicas ou privadas
com destinação social, e que a prestação pode ser de outra natureza, que
não a pecuniária, desde que haja aceitação do beneficiário.
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
ADMINISTRATIVA)
A pena de interdição temporária de direitos NÃO inclui:
A) proibição do exercício de mandato eletivo.
B) suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo.
C) proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que
dependam de habilitação especial, de licença ou autorização do
poder público.
D) proibição de frequentar determinados lugares.
E) proibição de se ausentar da casa de albergado aos sábados e
domingos.
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COMENTÁRIOS: A pena restritiva de direitos na modalidade de interdição!
temporária de direitos está prevista no art. 47 do CP, que prevê as suas
modalidades:
Art. 47 - As penas de interdição temporária de direitos são: (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984),
I - proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de
mandato eletivo; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam de
habilitação especial, de licença ou autorização do poder público;(Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984), III - suspensão de autorização ou de
habilitação para dirigir veículo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
IV - proibição de freqüentar determinados lugares. (Incluído pela Lei nº 9.714,
de 1998),
V - proibição de inscrever-se em concurso, avaliação ou exame públicos.
(Incluído pela Lei nº 11.250, de 2011).
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
COMENTÁRIOS:
A) CORRETA: Esta é a previsão do art. 50 do CP;
B) ERRADA: A pena de multa, quando não paga, não se converte em pena
privativa de liberdade, passando a ser considerada mera dívida de valor a
ser cobrada mediante execução fiscal. Nos termos do art. 51 do CP:
Art. 51 - Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será
considerada dívida de valor, aplicando-se-lhes as normas da legislação relativa
à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas
interruptivas e suspensivas da prescrição. (Redação dada pela Lei nº 9.268, de
1º.4.1996).
A Doutrina e a Jurisprudência entendem, em razão disso, que embora
o não cumprimento da pena de multa não possa gerar a conversão em pena
privativa de liberdade, isto não lhe retira seu caráter de pena. Assim,
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aplicada pena de multa e sobrevindo a morte do infrator, estará!
extinta a punibilidade, nos termos do art. 107, I do CP, já que não se
pode estender os efeitos da pena aos sucessores do infrator, por força do
art. 5°, XLV da Constituição, que ressalvou apenas a obrigação de
reparar o dano e o perdimento de bens. Esta é a posição majoritária
(esmagadora), embora existam alguns julgados no STJ entendendo que a
multa, nesse caso, passou a ter caráter extrapenal (ultraminoritário esse
entendimento).
C) CORRETA: Esta é a previsão do art. 50, § 1°, a do CP.
D) CORRETA: Sobrevindo ao condenado doença mental, ficará suspensa a
execução da pena de multa, nos termos do art. 52 do CP;
E) CORRETA: Os descontos efetuados no salário do condenado, de forma a
garantir o pagamento da pena de multa, não podem prejudicar o seu
sustento e o de sua família, nos termos do art. 50, § 2° do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.
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E) dois anos, independentemente de reincidência. !
COMENTÁRIOS: A pena de multa pode ser uma modalidade de pena
autônoma (regra) ou ser aplicada de maneira substitutiva a uma pena
privativa de liberdade previamente aplicada (multa vicariante). Nessa
última hipótese, a pena de multa poderá ser aplicada quando a pena
privativa de liberdade for igual ou inferior a um ano, ainda que o réu seja
reincidente, desde que, nesta hipótese, não se trate de reincidência
específica e a medida seja aconselhável. Esta é a inteligência do art. 44, §§
2° e 3° do CP.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.
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A ALTERNATIVA CORRETA, PORTANTO, É A LETRA A. !
(>=Ιϑ#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!6Ν!()!23!
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seja a pena aplicada, se o crime for culposo; (Redação dada pela Lei nº 9.714,!
de 1998)
III - ERRADA: Mesmo Maurício sendo reincidente, o art. 44, §3º permite a
substituição, caso o Juiz verifique que esta seja recomendável, já que
Maurício não é reincidente específico (no mesmo crime). Vejamos:
Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as
privativas de liberdade, quando: (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime
não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que
seja a pena aplicada, se o crime for culposo; (Redação dada pela Lei nº 9.714,
de 1998)
II - o réu não for reincidente em crime doloso; (Redação dada pela Lei nº
9.714, de 1998)
III - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do
condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa
substituição seja suficiente. (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
(...)
§ 3o Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde
que, em face de condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável
e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime.
(Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.
(>=Ιϑ#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!6Ο!()!23!
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COMENTÁRIOS: !
A) No sistema brasileiro não se admite a progressão por saltos, de forma
que progressão de regime deve sempre se realizar do regime mais gravoso
para o regime imediatamente menos gravoso.
B) A impossibilidade de progressão de regime nos crimes hediondos deixou
de existir em 2006, com decisão do STF. Em 2007, a Lei 11.464/07 passou
a possibilitar a progressão de regime para os crimes hediondos.
C) Item correto. Os critérios do cumprimento de 1/6 da pena e do mérito
do preso são genéricos. Os demais estão previstos especificamente para
este caso, nos termos do art. 33, §4º do CP:
Art. 33 - (...)
§ 4o O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão
de regime do cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que
causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos
legais. (Incluído pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)
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que serão ministrados cursos e palestras ou atribuídas atividades!
educativas.
Assinale:
a) se nenhuma afirmativa estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
COMENTÁRIOS:
I – ERRADA: A limitação de final de semana é modalidade de pena restritiva
de direitos.
II – ERRADA: Existem outras, como a perda de bens e valores e a limitação
de final de semana, nos termos do art. 43 do CP.
III - ERRADA: Item errado, pois a “obrigação de permanecer, aos sábados
e domingos, por cinco horas diárias, em casa de albergado ou outro
estabelecimento adequado, ocasião em que serão ministrados cursos e
palestras ou atribuídas atividades educativas” não é modalidade de
interdição de direitos, mas constitui a pena de limitação de final de semana,
nos termos do art. 48 do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.
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b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e!
não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-
aberto;
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro)
anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.
Contudo, o STJ possui entendimento sólido, inclusive sumulado, no sentido
de que é possível a fixação do regime semiaberto neste caso, desde que
favoráveis as circunstâncias judiciais. Vejamos:
Súmula 269 STJ
É admissível a adoção do regime prisional semi-aberto aos reincidentes
condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as
circunstâncias judicias.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.
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!∀#∃∀%&∋(∃)∗+∋,∋%#−∋./∋#∃0∀1&∋2.3456∋∋
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(>=Ιϑ∋#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋,∋∗ΚΜ≅∋3Ν!
É admissível a adoção do regime prisional semiaberto aos reincidentes!
condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as
circunstâncias judiciais.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.
(>=Ιϑ#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!74!()!23!
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! ! ! !!
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estabelecimento prisional, em serviços de natureza privada, !
durante o período diurno, desde que mediante prévia autorização
judicial.
COMENTÁRIOS: Nesse caso, não há possibilidade de trabalho fora do
estabelecimento prisional, em serviços privados, eis que aos condenados
do regime fechado só é permitido trabalhar fora do estabelecimento
prisional em serviços e obras PÚBLICAS. Vejamos:
Art. 34 - O condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a
exame criminológico de classificação para individualização da execução.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - O condenado fica sujeito a trabalho no período diurno e a isolamento
durante o repouso noturno. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - O trabalho será em comum dentro do estabelecimento, na conformidade
das aptidões ou ocupações anteriores do condenado, desde que compatíveis
com a execução da pena.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 3º - O trabalho externo é admissível, no regime fechado, em serviços ou
obras públicas. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Portanto, a afirmativa está ERRADA.
06113402754
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A) ERRADA: A pena em abstrato corresponde à pena que é possível de ser !
aplicada ao caso concreto, e não à que efetivamente é aplicada;
B) CORRETA: De fato, as penas alternativas são opções para substituição
da pena privativa de liberdade, nos casos previstos em lei;
C) CORRETA: Item certo. O Juiz deve sempre atentar para o que dispõe a
parte geral do CP, que é de aplicação obrigatória para todos os delitos;
D) CORRETA: O rol das atenuantes genéricas, previstas no art. 65, não é
taxativo, como expressamente diz o art. 66, que admite a utilização de
outras atenuantes não previstas em lei;
Portanto, a ALTERNATIVA INCORRETA É A LETRA A.
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Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. !
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29.! (CESPE – 2012 – TJ-RR – ANALISTA PROCESSUAL) !
Alberto, que já ostentava condenação anterior transitada em
julgado por crime de furto, praticou outro crime de furto, foi preso
em flagrante, confessou o delito e, posteriormente, foi condenado
a pena privativa de liberdade de um ano e três meses de reclusão
sob o regime fechado. Ao prolatar a sentença, o juiz agravou a
pena base tão somente por força da condenação anterior.
Com relação a essa situação hipotética, julgue os itens a seguir.
O juiz poderia estabelecer o regime semiaberto para o início de
cumprimento da pena.
COMENTÁRIOS: O item está correto. O regime aberto seria o aplicável,
em regra. Vejamos:
Art. 33 (...)
§ 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma
progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios
e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la
em regime fechado;
b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e
não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-
aberto;
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro)
anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.
Como o réu era reincidente, em regra seria aplicado o regime fechado.
Porém, o STJ possui entendimento sumulado no sentido de que aos
reincidentes condenados a pena não superior a quatro anos poderá ser
aplicado o regime inicial semiaberto, desde que favoráveis as
circunstâncias judiciais. Vejamos:
Súmula 269 do STJ:
É admissível a adoção do regime prisional semiaberto aos reincidentes
condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as
circunstâncias judiciais.
06113402754
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Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. !
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ano e dois meses de reclusão, em regime inicialmente aberto, e ao !
pagamento de doze dias-multa, no valor unitário mínimo legal. A
pena privativa de liberdade foi substituída por uma pena restritiva
de direitos e multa. O MP não apelou da sentença condenatória.
Com relação à situação hipotética acima, julgue os itens seguintes.
O pagamento da pena de multa deverá ser revertido à instituição
financeira lesada pelo delito.
COMENTÁRIOS: O item está errado. A pena de multa não se destina à
vítima, mas ao Fundo Penitenciário, nos termos do art. 49 do CP:
Art. 49 - A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da
quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo, de 10
(dez) e, no máximo, de 360 (trezentos e sessenta) dias-multa. (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.
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COMENTÁRIOS: Item correto, pois esta é a exata previsão do art. 2º, §2º!
da Lei 8.072/90:
Art. 2º (...)
§ 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos
neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se
o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente. (Redação dada
pela Lei nº 11.464, de 2007)
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.
5.!GABARITO
1.! ALTERNATIVA E
2.! ALTERNATIVA C
3.! ALTERNATIVA E
4.! ALTERNATIVA E
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! !! ! !
∗)∗+∀7%∗∋89!∀:∀;#∀&∋,∋;#∃∗∋89!∀:∀;#∀∗∋
! %<=>?≅∋<∋<Α<>ΒΧΒ?=∆∋Β=Ε<ΦΓ≅Η=∆∋
(>=Ιϑ∋#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋,∋∗ΚΜ≅∋3Ν!
5.! ALTERNATIVA E
!
6.! ALTERNATIVA C
7.! ALTERNATIVA E
8.! ALTERNATIVA B
9.! ALTERNATIVA B
10.! ALTERNATIVA E
11.! ALTERNATIVA D
12.! ALTERNATIVA D
13.! ALTERNATIVA A
14.! ALTERNATIVA A
15.! ALTERNATIVA C
16.! ALTERNATIVA A
17.! ALTERNATIVA A
18.! ALTERNATIVA B
19.! CORRETA
20.! CORRETA
21.! ERRADA
22.! ERRADA
23.! CORRETA
24.! ALTERNATIVA A
25.! CORRETA
26.! CORRETA
27.! CORRETA
28.! ERRADA
29.! CORRETA
30.! CORRETA
31.! ERRADA
32.! CORRETA
33.! ERRADA 06113402754
34.! CORRETA
35.! CORRETA
36.! CORRETA
37.! CORRETA
(>=Ιϑ#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!23!()!23!
!
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