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I CIRCULAR TÉCNICA

I I
TSSN 0100 - 8013

Novembro, 1995

A LAGARTA-DO-CARTUCHO
NA CULTURA DO MILHO

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuiiria - EMBRAPA


Vinculada ao ~inistehoda Agricultura, do Abastecimento e
da Reforma Agrária - maara
Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo - CNPMS
sete' Lagoas, MG
REP'IJBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Presidente: Fernando Henrique Cardoso


Ministro da Agricultura, do A bastecimento e da Reforma Agrhria:
Jose Eduardo de Andrade Vieira
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUSA ACROPECC:AR~A - EVBRAPA
Presidente: Alberto Duque Portugal
Diretores: Jsst Roberto Rodrigues Peres
Dante Daniel Giãcomelli Scolarl
Elza Ângela Battaggia Brito da Cunha

CESTRO NAClOMAL DE PESQL'FSA DE MILHO E SORGO - CSFMS


Chefe: Antônio Fernandino de Castro Rahia Filho
CIRCULAR TÉCNICANo 2 1 ISSN 0100-80 13
Novembro, 1995

A LAGARTA-DO-CARTUCHO
NA CULTURA DO MILHO

Empresa Brasileira de pesquisa Agropecuária - EMBRAPA


Vinculada ao Ministério de Agricultura, do Abastecimento e
da Reforma Arna-MAARA
-
Centro Nacional de Pesquisa de Miho e Sorgo C W M S
Sete Lagoas, MG
Copyright O EMBRAPA 1995 -
Exemplares desta publicação podem ser solicitados ao:
-
Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo CNPMS
-
Krn 65 da Rod. MG 424 Belo HorizontelSete Lagoas
Telefones (03 1) 773-5644;5466; 5673 Telex (3 1)2099; Fax (3 11773-9252
Caixa Postal 15 1 , CEP 3 570 1-970 Sete Lagoas, MG

Tiragem: 8.000 exemplares

Editor: Comite de Publicaqbes


Maurício Antanio Lopes (Presidente) Frederico Ozanan Machado Durães
(Secrethrio), Arnaldo Ferreira da Silva, Antônio Carlos de Oliveira, Barbara
H.M. Mantovani, Fernando Tavares Fernandes, Carlos Roberto Casela

Revisiio: Dilermando Lúcio de Oliveira


Diagramaç%a:Tânia Mara Assunç%oBarbosa
NarmalizaçEIo bibliogthfica: Maria Tereza Rocha Ferreird

CRUZ, I. A lagarta-do-cartucho na cultura do milho. Sete Lagoas:


EMBRAPAICNPMS, 1 995. 45p. (EMBRAPAICNPMS. Circular Tecn ica,
21).

I . Milho - Praga - Lagarta-do-cartucho. 2. Milho - Praga - Spodoptera


frugiperda . Titulo. I1 Sbrie.

CDD-633. P 5
PAginã
I . INTRODUÇAO ........... . ...... ......................................................
I

5
2 . BIOECOLOGTA DO INSETO .......................................................... 5
2.1. Distribuiçiio.*...............................................................................6
2.2. Dimensão dos Danos .................................................................... 6
2.3. Ciclo de Vida ............................................................................... 7
2.4. Descriçgs de Spadoptera frugiperda ........................................... 1 1
2.4.1. Ovo ........................................................................................12
2.4.2. Larva ......................................................................................
12
2.4.3. Pupa .......................................................................................
13
2.4.4. Adulto ...................................................................................
I3
2.5. Hospedeiros ............................................................................... 14
3 . MEDIDAS DE CONTROLE ..*................. . , .............................. 14
3 1 . o t r Cultura1 .................................................................. 14
3.2. Controle Quirnico ...............................,....................................... 14
.
3.2. I . Escolha da Inseticida............... . ............................................ 15
3.22. Seletividade ........................................................................... 16
. .
3.3. Inimigos Naturais ................... . .................................................I7
3.3. I . Parasitbides e Predadores ........................................................ 17
3.3.2. Principais Predadores e Parasitbides para o controle
Biolbgico da Lagarta-do-Cartucho em milha no Brasil ..............17
3.3.2.1 . Doru luteipes (Tesotirinha) ...................................................21
3.3.2.2. Trichograrnmu sp ......................... . .....................................22
3.3 .2.3. Telsnomus sp .................... , . ., .....,... ........................... 2 4
3 - 3.2.4. Chelanus insuhris ............ ., ........................................ 2 5
3.3 .2.5. Cumpotefisfluvicincta .......................................................... 26
3.3.3. Entornopatlógenos .................................................................... 27
3.3 .3.1. Buculovirus ..........................................................................28
4 . RECOMENDAÇ~ESPARA O MANEJO D A LAGARTA-
DO-CARTUCHO EM MILHO ................................................3 0
4.1 . Uniformidade de Plantio ...................... .. .... ............................30
4.2. Bicos ......................................................................................... 31
4.3. Inseticidas ................................................................................. 31
4.4. Nivel de Dana ................................ ........................................... 3 1
4.4.1 . Ponto de Decisgo sobre o Controle.. ...................................v.m... 32
4.5. Tratamento da Semente ........................................................ 33
4.6. n f e s t a o na p i a .................................................................. 34
4.7. Controle Bio16gico ..................................................................... 35
5 . REFERENCIAS B I B L I O G R ~ F I C A............................................
S 36
A LAGARTA-DO-CARTUCHO N A CULTURA DO MILHO
Ivan Crtrz '

A lagarta-do-cartucho, Spodopteva frrrgiperda (Smith), no estidio


larval, k uma das mais importantes pragas da cultura do milho, no Brasil.
Alimenta-se em todas as fases de crescimento da cultura, mas tem preferência
por cartuchos de plantas jovens e pode causar perdas significativas h
ptoduç%o, se n%o controlada. Embora esse inseto tenha sido reconhecido como
praga por quase 200 anos, dados sobre níveis de danos ainda s%o escassos.
Tem-se relatado que as reduçães nos rendimentos de milho provocadas pela
lagarta-do-cartucho chegam a 34%. Essas perdas podem variar de acordo com
a fase de desenvalviments da planta, com o tipo de cultivar utilizada, local de
plantio e mesmo entre hreas adjacentes, de acordo com as praticas
agronômicas adotadas. Portanto, a selaçiio entre os danos nas diferentes fases
de desenvolvimento e rendimento 6 muita complexa.
A m6 regulagem dos equipamentos e a escolha incorreta de produtos
qufrnicos têm aumentado o número mddio de aplicaçaes de inseticidas na
cultura do miIho, sem,no entanto, atingir os objetivos de controle dessa praga,
pois, a cada ano, os danos provocados pela lagarta-do-cartucho t&m sido mais
severos. Entretanto, a pesquisa j6 gerou inumeras tecnologias não só para a
escolha de produtos quimicoç adequados e equipamentos de aplicagão, mas
t a m b h de métodos alternativos, como o controle blolhgico, com a
identificação de vhrios in irn igos naturais.
Alem da possibilidade de utilizaçiio desses agentes de controle
biológico, atravts de li beraç8es peribdicas, a preservação dos in irn igos
naturais, com o uso seletivo de inseticidas, tem sido priorithria em programas
de manejo integrado da lagarta-do-cartucho.

2. BEOECOLOGIA DO INSETO

A lagarta-do-cartucho foi reconhecida como praga de milho em 1797,


na Gebrgia, Estados Unidos. Foi originalmente descrita com o nome d e
PhaJaena frugiperda. Desde entgo, tem mudado de nome varias vezes, até a
denominaç30 atual de Spodopiera frugiperda.
2.1. Distribuição

O inseto pode ser encontrado nas Am6ricas e em algumas ilhas a oeste


da Índia. Nos Estados Unidos, os insetos sobrevivem, no inverno, nas regiões
tropicais do sul da Flórida e Texas. Dali, as mariposas migram durante a
primavera, verão e outono, podendo se deslocar a grandes distâncias,
atingindo as regiões ao norte do país até o Cana$&. No Brasil, em função da
alimentação Siversificada e disponivel o ano todo e das condiç6es de clima
favorhveis ao inseto, a sua distribuição 6 geral em todas as regiões do
territbrio nacional.

2.2. Dimensiio dos danos

O primeiro grande surto registrado na hist6ria ocorreu em T 8 9 9 ,


quando uma grande parte dos Estados Unidos, a leste das Montanhas
Rochosas, foi invadida pela lagarta-do-cartucho, causando severos danos em
milho, feijgo, arroz, sosgo e trigo. Em 1902, cerca de 40.000 acres de
pastagens foram severamente danificados peIo inseto, no Texas. Também nos
Estados Unidos, ataques intensos foram verificados em aveia, algodão e
pastagens. Tem sido considerada a principal praga de milho, pastagem e
amendoim nos estados americanos do Sudeste. No Brasil, um surto foi relatado
em 1964, com enormes danos em milho, arroz e pastagens.
O inseto t também considerado uma das pragas mais importantes do
milho na Colômbia, Venezuela, Guatemala, Mdxico, Peru e Chile.
A fsmea adulta (Prancha 1 , Figura 1 ) coloca seus ovos (Prancha 1 ,
Figura 2) nas folhas do milho. As larvas de primeiro instar (Prancha 1, Figura
3 ) geralmente iniciam sua alimentação nos tecidos verdes de um lado da folha,
deixando a epiderrne membranosa do outro lado intacta, causando o sintoma
conhecido como 'Tolhas raspadas" (Prancha 1, Figura 4). Isso é uma boa
indicação da presença de larvas jovens na planta, uma vez que poucas s3o as
larvas de Ilepidbpteros que exibem esse mesmo hiibito, na hrea invadida pela
lagarta-do-cartucho.
Larvas maiores (Prancha 1, Figura 5 ) começam a fazer buracos na
folha e, quando est%oentre o quarto e o sexto instares (oito a 14 dias), podem
destruir completamente pequenas plantas ou causar severos danos em plantas
maiores (Prancha 1, Figuras 6 , 7, 8 e 9). O maior dano é feito por larvas de
quinto e sexto instares (Prancha 1 , Figura 10). Pode tambtm se alimentar do
colmo, i semelhança do dano causado pela broca-da-cana-de-açilicar, Diatraea
spp, causando a quebra do colmo, ou secçionando a planta na base, A
semelhança da lagarta-rosca, Agrotis ipsilon Huffnagel. Muitas vezes,
especialmente quando o milho 6 muito precoce elou as infestagões ocorrem
mais tarde, a larva já bem desenvolvida dirige-se para a região da espiga,
atacando o pedlinculo e impedindo a formação dos grãos (Prancha 1 , Figuras
1 1 e 12). Pode também penetrar as espigas na sua porçao basal e danificar
diretamente os grãos (Prancha 1 , Figuras 13 e 14) ou alimentar-se da ponta da
espiga (Prancha I, Figura 15). Até sete larvas já foram encontradas em uma
única espiga. Algumas vezes, 6 possivel verificar simultaneamente a presença
das duas pragas na espiga (Prancha I , Figura 16).
No Brasil, reduç6es no rendimento de milho devido ao ataque da
lagarta-do-cartucho variam de 15 a 34 %. Esse percentual de danos depende da
fase de desenvolvimento da planta em que ocorre o ataque, sendo a de oito a
dez folhas a mais sensível.

2.3. Ciclo de Vida

É um inseto com metamorfose completa, isto 6, durante seu ciclo de


vida passa por quatro fases distintas - ovo, larva, pupa e adulto. Os ovos são
colocados em massas (Prancha 1, Figura 2), não havendo, aparentemente, local
preferido na planta. Essa n%o-preferênciapor local de oviposição pode ser
devido a natureza polífaga da larva, ou seja, independente de onde os ovos
sejam colocados, haverá sempre uma grande probabilidade de a larva
encontrar um alimento adequado.
O número de posturas depositado por fêmea varia bastante. Jh foi
observado um maximo de 13 posturas por fêmea e que um s6 indivíduo pode
depositar at6 oito posturas em um só dia. O número de ovos por postura
também varia, tendo sido observados entre 9 e 593, com rnddias variando de
143 a 250. Os ovos são depositados em grupos, geralmente em duas camadas.
Na Tabela I , encontram-se os dados relativos A fecundidade do inseto, obtidos
de coletas de massas de ovos em campos de milho, em Sete Lagoas, MG, em
diferentes epocas do ano. O número de ovos por postura variou de 22 a 276,
com uma mddia de i 00,2.
O periodo de incubaçao t mais em funçiio da temperatura do que da
umidade, uma vez que larvas de uma mesma postura nascem no mesmo tempo,
tanto e m locais secos como úmidos. As larvas nascem em apenas dois dias
quando a temperatura media d de 26,7"C. Mais de quatro dias s%onecessários
para o periodo de incubaçgo, quando a temperatura abaixo de 20°C. Uma
síntese de resultados obtidos por diferentes autores, para o período de
incubação de acordo com a temperatura, B apresentada na Figura 17,
TABELA 1. Fecundidade de Spadoptera frargiperda, proveniente de ovos
coletados em condições de campo. EMBRAPAICNPMS. Sete
Lagoas, MG, 1994.

Mes da coleta Número de posturas Ovos por postura Amplitude


Maio 19 50,O 33,O - 066,5
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Total

-
15 17 20 21 22 26 n 28 2s 30 31
Temperatura (graus ceicius)

FIGURA 1.7. Período de incubação mkdio (dias) de Spodopterafrugiperda em


função da temperatura (em "C), segunda diferentes autores.

As larvas recdm-nascidas alimentam-se da prbpria casca do ovo. Apbs


esse primeiro alimento, permanecem em repouso por duas a dez horas, antes
de sair em busca de outros alimentos. As larvas jovens, antes de se
alimentarem, são fototrbpicas positivas, isto 6, são atraídas pela luz. Apds
encontrarem alimento, esse fototropismo diminui, mas ainda d evidente. As
larvas tecem um fio de seda que 6 usado como meia de dispersgs elou de
escape de inimigos naturais, A habilidade d e tecer é perdida ap6s o primeiro
instar larva1 (cerca de dois dias após a eclosão). Entretanto, os fios de seda
foram também observados no segundo instar e no inicio do terceiro. Nessa
ocasião, podem caminhar atd 47 metroç em uma hora. Tão logo encontram
uma planta apropriada, começam a se alimentar dos tecidos, geralmente a *
partir das porções mais tenras.
A duraçgo de cada instar larva1 depende das condiç8es de temperatura.
Ocorrem seis instares na fase larval da lagarta-do-cartucho, sendo cada um
dividido em dois períodos, um ativo de alimentaçiio e outro de descanso, que
ocorre prhximo a cada troca de pele. Esse periodo Inativo 6 prolongado por
baixas temperaturas. Durante OS periodos ativos, o suprimento alimentar 6
muito importante, mas o comprimento desses períodos pode também ser
influenciado pela temperatura. Dentro de um certo limite, quanto maior a
temperatura, menor a ciclo larval (Figura 18). Quanto mais desenvolvida a
larva, maior ser8 a quantidade de alimento ingerida.

FIGURA 18. Período Iarval medi0 (dias) de Spodoptera frugiperda em funçno


da temperatura (em O C ) ), segundo diferentes autores.

Como em outras espkcies de insetos, as larvas de S.frugiperda, podem


ser canibais. Esse hábito é um regulador natural da populaçllo.
Quando completamente desenvolvida, a larva usualmente dirige-se
para o solo, e passa por um período denominado prç-pupa, durante o qual ela
ngo se alimenta. A fase de prt-pupa pode durar somente um dia, quando a
temperatura é elevada, geralmente no vergo (acima de 27 "C), mas em
periodos amenos pode-se estender por um período de tres a cinco dias. Após o
periodo de pré-pupa, a larva se transforma em pupa, Aldm do solo, que B o
local mais comum, tambern tem sido observado que a larva pode tsansformar-
se em pupa dentro do cartucho, no pendão e mesmo nas espigas de milho,
especialmente entre a palha.
O tipo de solo 6 um fator importante para se determinar a
profundidade na qual a celula pupal e formada, bem como a caracteristica
dessa c6lula. Em soIos arenosos ou leves, a larva desce até uma profundidade
de 2,5 a 7,5 centímetros e tece um casulo solto, conectando partfculas de solo
com fios de seda. Em solos argilosos, a transformaçgo em pupa raramente
ocorre em profundidades maiores do que dois centímetros. Às vezes a pupa B
formada na base da planta, onde as k v a s fazem um casulo bem frhgil. No
solo, quando se transformam em pupas em maiores profundidades, as larvas
ficam protegidas de grandes oscilações de temperaturas, o que resulta em
aumento da sobrevivencia durante períodos desfavoráveis. Entretanto, o inseto
não consegue permanecer em sua fase pupal por um perlodo maior do que dois
ou tres meses. A duraç%o dessa fase 6 influenciada mais pela temperatura do
que pela umidade. A duração do período pupal varia de 6 a 5 5 dias, em função
da temperatura (Figura 1 93,
A nova geração de mariposas, que emerge das pupas, geralmente voa
para longe da área de origem, antes de fazer as posturas. Quando indivíduos de
ambos os sexos se transformam em pupas na mesma época, as fêmeas
emergem cerca de um dia ou mais antes da emergência do macho. A
emergência da mariposa ocorre somente h noite, durante o outono, mas ocorre
a qualquer hora durante a primavera. A temperatura 6timã para a ernergencia
varia de 2 1 a 26,7"C.
As mariposas não sgo ativas durante o dia e pedem ser encontradas
escondidas sob a folhagem, pr6xima ao solo. Se perturbadas durante esse
tempo, voam de maneira erriitica, até encontrarem outro esconderijo nas
proximidades. Em milho, freqiientemente descansam durante o dia, entre as
folhas fechadas do cartucho.
A atividade dihria das mariposas começa próximo ao pôr-do-sol e
atinge o pico entre duas e quatro horas mais tarde, quando as condiç8es de
temperatura são mais favoráveis. Ò acasalamento ocorre nessa ocasião. A
oviposiçiío ocorre durante o terceiro e o quarto dias após a emergência da
femea.
12 75 22 26 28
Temperatura, (graus celcius)

FIGURA 19. Período pupal mddio (dias) de Spodoptera frugiperda em função


da temperatura (em *C)), segundo diferentes autores.

A oviposiçiio sem a fertifizaç8o 6 possivel. As mariposas alimentam-se de


ndctar de várias plantas e podem ser facilmente alimentadas no laboratdrio,
com açúcar, mel ou cerveja. A longevidade dos adultos 6 influenciada pelo
alimento e pela temperatura. Sem alimentaç%o,as mariposas vivem em média
4,4 dias, enquanto que mariposas alimentadas vivem por cerca de T3,3 dias. A
longevidade mhxima tem sido a mesma para ambos os sexos.
O tempo necessfirio para completar o ciclo de vida de S. frugiperda
depende da temperatura. A medida que esta decresce, aumenta o ciclo, que, em
media, é de 30 dias durante o vergo, podendo chegar até 50 dias, durante os
periodos mais frios. O número de gerações que podem ocorrer durante o ano
depende da latitude do habitat. Nas regiões onde o inseto tem condições de
sobreviver o ano todo, podem-se ter seis ou mais gerações.

2.4. Descrição de Spúdopferafrsrgiperda

Os esthdios de vida de S. frugiperda tem sido bem descritos na


literatura- A compiIaç%oaqui apresentada relaciona-se com aspectos gerais do
corpo e tem a intenção de ajudar na identificação das diferentes fases do
inseto.
Logo ap6s a oviposição, o ovo 6 de coforaçfio verde-clara, passando a
uma coloração alaranjada ap6s 12 ou 15 horas. Pr6ximo ao nascimento das
larvas, mostra-se escurecido, devido A cabeça negra da larva, vista atravds da
casca. O ovo t circulas quando visto de cima, com um digmetro polar de 0,39
mm. Apresenta forma oblonga esferoidal, quando visto de perfil lateral, Sua
superffcie é escu I turada com pontos quadrangulares, que s%o retangulares na
região equatorial e triangulares nos pblos. Os ovos são cobertos com urna
camada fina e longa de escamas, colocada pela fêmea por ocasi50 da postura.
São achatados nos pontos de contato com os locais de oviposição.

2,4.2. Larva

O corpo de larvas recdm-nascidas, quando comparado com o de uma


larva completamente desenvolvida, apresenta mais pêlos e a cabeça é mais
larga em proporç2lo ao tamanho do corpo. Em geral, a larva 6 esbranquiçada
antes de se alimentar e esverdeada aphs a aIirnentaç%o. Uma larva
completamente desenvolvida no primeiro instar mede aproximadamente 1,90
rnm de comprimento, com a chpsula cefsllica medindo 0,30 mrn de largura.
O segundo instar larva1 caracterizado por um corpo de coloração
esbranquiçada, com um çombrearnento marrom na dorso; o çomprirnenro do
corpo varia de 3 3 a 4 mm. A chpsula cefálica mede cerca de 0,40 m m .
A Iarva de terceiro instar é de coloração marrom-clara no dorso,
esverdeada na parte ventral, com linhas dorsais e subdorsais brancas e
completamente visiveis. O comprimento do corpo varia de 6,35 a 6,50 mrn. A
c8psuIa cefhlica mede cerca de 0,74 rnm.
No quarto instar, a larva apresenta a cabeça marrom-avermelhada e o
dorso do corpo marrom-escuro. O comprimento da larva chega a 10 mm e a
largura da chpsula cefhlica mede 1,O9 mrn.
Na quinta instar a corpo da larva é semeIhante Aquele do instar
anterior, embora um pouca mais escuro. O comprimento do corpo 4 em torno
de 18 mrn e a largura da chpsula cefAlica 6 de aproximadamente 1 ,&O mim.
A larva de Últimz, instar tem o corpo cilíndrico, que 6 de coloração
marrom-ncinzentada no dorso, esverdeada na parte ventral e subventral, sendo
que essa última parte apresenta manchas de coloração marrom-avermelhada.
As linhas dorsais e subdorsais são proeminentes. O corpo é mais amplo nas
regibes do setimo, oitavo e nono segmentos abdominais. A fronte da cabeça 6
usualmente marcada com um Y invertido, embora essa caracteristica n%o seja
sempre suficientemente evidente para servir como um meio çonfiAvel de
identificação. O corpo mede cerca de 35 rnm e a largura da chpsula cefhIica
varia de 2,70 a 2,78 rnm. A Tabela 2 mostra os resultados de duraçiio e a
medida da chpsula cefhlica de cada instar, obtidos em laboratbrio, em Sete
Lagoas, MG.

TABELA 2. PnrSlmetros de desenvoIvimento dos diferentes instares Inrvais de


Spodoptera frugiperda, quando alimentada com dieta à base de
milho ou artificial (padrno), t~ base de feijão e germe de trigo.
EMBRAPA/ÇNPMS. Sete Lagoas, MG, 1994.

Instar1 Duração (dias) Largura da chpsula cefhlica (mm)


Milho Dieta artificial Milho Dieta artificial
1o 2,o 3 ,2 0,32 0,32
2 O 2,1 2,1 0,50 0,52
3" 13 2,4 0,7& 0,84
4" 1,7 2,s 1,26 1,2T
5 O 2,1 L7 1,86 1,87
6" 4-4 4*9 2,55 2,52
7 60 5 ,5 2,55 2,75
8" 7,o 3,05
'Apenas 20 e 10 % dos insetos atingiram o 7" e 8" instares, respectivamente.

S.4,3. Pupa

Logo apbs sua formação, a pupa d de coloraç%o verde-clara, sendo


transparente o integumento. com as vlsceras vislveis. O corpo 6 frhgil nessa
ocasiãio e muito sensivel a danos. Dentro de poucos minutos a pupa torna-se
alaranjada e mais tarde passa ?coloraç3o
i definitiva, marrom-avermelhada,
tornando-se progressivamente mais escura, atd ficar praticamente preta,
prbximo li emergência do adulto. Se perturbada, a pupa movimenta-se
vigorosamente com a porlção cefiilica do corpo. Seu comprimento 6 de cerca de
13 a 16 rnm e a maior largura é. de 4,5 rnm de diarnetro, As porções cefhficas
do quinto, sexto e setimo segmentos abdominais no dorso são finas,
densamente pontilhadas e o cremaster consiste de dois espinhos pequenos.

2.4.4. Adu IEo

O inseto adulto tem 35 mrn de envergadura e o comprimento do corpo


It' de cerca de 15 mm, com coloração cinza. As asas anteriores do macho
possuem manchas mais claras, diferenciando-os totalmente das fêmeas
(Prancha 1 , Figura 1). As asas posteriores de ambos os sexos s3o de coloração
clara, circu1adns por linhas marrons.

2.5. Hospedeiros

A lagarta-do-cartucho possui hábito alimentar diversificado,


alimentando-se de diferentes hospedeiros. No entanto, exibe preferência por
algumas plantas, especialmente aquelas da famllia das grarníneas, incluindo
milho, trigo, sorgo e arroz. Ataca e causa danos também a culturas como
alfafa, feijão, amendoim, batata, batata doce, repolho, espinafre, tomate,
couve, abfbora, algodão. Mais de 50 variedades de plantas, distribuídas em
mais de 20 famílias botânicas, siio relatadas como hospedeiras da praga.

3. MEDIDAS DE CONTROLE

3.1. Controle Cultural

A maioria dos trabalhos de pesquisa com esse inseto trata de seu


controle. O manuseio do solo como medida cultural de controle tem sido
tentado desde 1815. A gradagem leve e superficial causa mortalidade das
pupas, de 3 5 a 50 %. Elas sfio mortas diretamente, por esmagamento, ou
indiretamente, por exposição ao calor do sol, que pode atingir até 54OC na
superfície do solo seco. Temperaturas como essas são suficientes para matar as
pupas expostas em 30 minutos. Essa prhtica cultural torna-se muito importante
especialmente quando se pensa no plantio de uma cultura que pode ser
hospedeira da praga, na safrinha, como o próprio milho ou sorgo.

3.2. Controle Químico

Diversos inseticidas têm sido avaliados contra essa praga. A exceção


dos clorados, praticamente todos os grupos quirnicos têm representantes
registrados para uso na cultura de milho, isto 6, fosforados, carbamatos,
clorofosforados, piretróides e, mais recentemente, os produtos fisiológicos. Os
insucessos no controle da praga, no Brasil, podem ser atribuidos aos mktodos
inadequados de aplicaç%o eJou A aplicação tardia; quando os danos já foram
causados. É sugerida a utilização de medidas de controle tâo logo apareçam os
primeiros adultos ou as primeiras 'larvas, direcionando o inseticida para o
interior do cartucho da planta.
3.2.1, Escolha do Inseticida

A escolha de um produto deve ser baseada, alkm da eficiência, na


econornicidade e nu impacto ambienta1 advindo de sua aplicação. Deve,
tambkm, haver um preocupação quanto aos efeitos sobre os inimigos naturais.
Alguns inseticidas são mais seletivas aos inimigos naturais do que outros. Por
isso, é importante compara-Ios para se fazer uma escolha adequada antes de
sua recornendaçfio. Por exemplo, para adultos ou larvas de joaninhas, depois
de vários trabalhos de pesquisas comparando seu efeito tóxico, foi poçslvel
fazer uma classificação geral, na qual se salienta que os compostos
organofosforados são mais letais que os organoclorados. Entre os
organofosforados, os produtos niío-persistentes (Trichnrfon, por exemplo) e os
sistêrnicos (por exemplo, derneton) estão entre os menos toxiçss. Esporos d e
Bacillus thuringiensis, um inseticida biolbgico, que afeta somente insetos
rnastigadores, são altamente seletivos e , portanto, inócuos aos predadores e
parasitóides. Investigações feitas sobre adultos de 17 espécies de
hirnenópteros parasitóides e uma espécie de taquinídeo mostraram ciararnente
que, nesses insetos, os organoclorados foram mais letais que os compostos
organofosforados, e que triçhorfon e meti 1 demeton foram novamente os
menos tóxicos do grupo dos organofosforados,
Os inseticidas piretr6ides combinam excelente efichcia contra uma
gama de artrópodes-pragas com baixa taxidade a phssaros e mamiferos,
persistência limitada no ambiente, mobilidade mínima no solo, rápido
metabolismo e excreçãe pelos vertebrados. Pode-se afirmar, com certeza, que
o uso de piretrdides na agricultura não apresenta perigo para os pássaros ou
mamiferos nem efeitos adversos sobre as funç6es daqueles .organismos
responsáveis pela manutenção da estrutura e fertilidade do solo. O uso
agrícola de muitos piretróides tampouco é perigoso para abelhas e outros
importantes polinizadores.
É mais dificil tirar conclusões com relação aos efeitos sobre
artrbpodes predadores ou parasitdides, uma vez que os compostos variam d e
acordo com diferentes grupos taxon8micos, e os efeitos observados variam de
acordo com a cultura. Estudos com piretróides em cultivos de cereais, algodão,
algumas fruteiras e arroz tlem demonstrada que esses compostos sealmen te
possuem seletividade para alguns grupos importantes. Em milho, tem-se
observado a seletividade dos piretrbides sobre os principais inimigos; naturais,
especialmente com relação ao predador Doru luteipes e aos parasitóides
Trichogramma spp., Telenomus sp. e Campoleti~f%avicSncta (Ashrnead).
3.2.2. Seietividade

Seletividade a chave do manejo de pragas, em sistemas de controle


que visam diminuir ao rninimo as espécies de pragas, com um rnfnimo de
efeito sobre os outros componentes.
Os processos complexos de fomaç%o da cuticuIa são exclusivos da
classe Insecta e de alguns artr6podes prbxirnos; diversos tipos de novos
inseticidas esta0 sendo desenvolvidos, com o objetivo de intervir nesses
processos bioquimicos especificos. S%o os chamados inseticidas com
seletividade fisiológica, que s%o intrinsecamente seletivos, atuando sobre
apenas algumas poucas espdcies de insetos. Tais compostos tem como alvo de
ituaçáo alguns modelos de desenvolvimento característico e sHo especificos
para Arthropoda, ou são toxinas biolbgicas cujo ataque evolucionário tem-se
centralizado na classe ínsecta. Compostos semelhantes a hormbnio juven i1
imitam sua aç%onos insetos, evitando a metamorfose durante a fase imatura e,
conseqüentemente, o desenvolvimento da fase adulta, constituindo exemplos
de inseticidas altamente seletivos.
Alem da seletividade fisiológica, esforços têm sido realizados para
tornar o uso de inseticidas totalmente çompatlvel com o objetivo do manejo de
pragas, ou seja, tem-se procurado a seletividade ecológica. Essa seletividade
pode ser obtida pela redwçgo tanto da freqiiência como da dose utilizada. Para
a implernentação dessas reduqBes, deve-se pensar em aplicaçdes mais seletivas
de um inseticida e mesmo mudar o esquema de aplicações de rotina para
esquema de aplicações somente quando necesshrias, baseadas primordialmente
nos níveis de danas econbmicos.
A seletividade de um inseticida também pode ser alcançada atrav6s de
aplicações bem direcionadas. Sabe-se que aplicações em cobertura total, seja
atravds da pulverização ou do polvilharnento, B um meio pouco eficiente de
controle de insetos. Estimativas sugerem que somente cerca de 10 a 20% dos
inseticidas aplicados em pb e de 25 a 50% daqueles aplicados em
pulverizaç6es são depositados nas superficies das folhas; menos de I% d
aplicado sobre os insetos, Esses dados sugerem que, mesmo sob çondigbes
btimas, 50 a 75% do inseticida pulverizado ou polvilhado não é aproveitado,
sendo depositado no solo ou carregado para fora da área tratada, tornando-se
um contaminante ambienta1 indesejhvel, alem de significar perdas eçonômicas
abstanciais e desnecessárias para o agricultor.
A seletividade de um inseticida pode ser melhorada e as aplicaçbes
reduzidas atravbs do combate no tempo ou no local especifico, com relação ao
comportamento da praga. Isso pode ser conhecido atraves das tkcniças de
monitoramento, como o USO de armadilhas luminosas ou de ferorn6nio sexual.
Um inseticida quirnico deve ser selecionado para programas de manejo
integrado, baseando-se na sua segurança para os seres humanos, animais
domdsticos, inimigos naturais e insetos ben6ficos. Além disso, deve ser o
mínimo danoso h qualidade do ambiente e eficiente no controle da praga-alvo.
A Tabela 3 apresenta os resultados de pesquisa com seletividade, obtidos no
CNPMS, para alguns dos principais inimigos naturais de S. frugiperda.

3.3. Inimigos Naturais


3.3.1. Parasitbides e Predadores
Diversos parasitóides e predadores são fatores reguladores importantes
da população da lagarta-do-cartucho. Tem sido relatada a reIevante
importância de mamíferos, anffbios, pássaros e aracnídeos na destruiçso da
praga. Entre os insetos, os principais inimigos naturais da praga são
encontrados principalmente dentro das ordens Coleoptera, Hymenoptera e
Diptera. As Tabelas 4 e 5 mostram uma lista dos inimigos naturais (predadores
e parasitoides) da lagarta-do-cartucho anotados na literatura mundial.

3.3.2. Principais Predadores e Parasitbides para o Controle Biológico da


Lagarta-do-Cartucho em Milho, no Brasil

Embora seja relacionado um grande número de predadores e


parasitbides da lagarta-do-cartucho, poucos são os que realmente têm sido
pesquisados, no Brasil, visando o controle biológico dessa praga na cultura de
milho. Atualmente, o CNPMS tem enfatizado os seguintes: a predador Daru
luteipes (Dermaptera, Forficulidae) e os parasitóides Trichog~*arnwiaspp.
(Hymenoptera, Tsichogramrnatidae), Telenornus sp. (Hymenoptera,
Scel ion idae), Chelonus insularis (Hym enoptera, Braçonidae) e Campolefis
j'7avicincta (Hyrnenoptera, Ichneumonidae). Esses inimigos naturais são
importantes, pois atuam sobre ovos elou larvas de até cerca de 1,5 cm,
eliminando a praga antes que ocorram danos significativos.
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TABELA 4. Principais predadores de Spodoptera spp. mencionados na literatura.

Nome Científico Família Ordem

Calosoma alternans granulaturn Perty Carabidae Coleoptera


Calosoma angulata ( C hvr) Carabidae Caleoptera
Coleomegilla maculata De G. CoccineIidae Coleoptera
Cycioneda sanguipzea L. CoccineIEdae Coleoptera
Doru Euteipes Scudder Forficulidae Dermaptera
Eocanthecona Pentatomidae Hem iptera
Orius insidios us (S ay ) Anthocoridae Hem iptera
Podisus maculiventris Say Pentatomidae Hemiptera
Podisus sagitfa F. Pentatomidae Hemiptera
Sceliphronss figulan Dahlb Sphecidae Hymenoptera
Polistes versicolor Oliv. Vespidae Hymenoptera
Sycanus indagator (Stal) Reduviidae Hemiptera
TABELA 5. Principais parasitóides de Spodoptera fruglperda assinalados na literatura.

Nome cientifico Família Ordem


Achaetoneura archppivora (Williston) Tachinidae Diptera
Archytas incertus Tachinidae Diptera
Archytas marmoratus (Town.) Tachinidae Diptera
Archytas piliventris van der Wulp Tachinidae Diptera
Brachyrneria ovafa ( S a y ) Chalcididae Hymenoptera
Canapoletis grioti (Blanchard) Ichneumonidae Hymenoptera
Campoletis Jiavícincta (Ashmead) Ichneumonidae Hymenoptera
Campoletis perdisstinctus (Viereck) Ichneumonidae ~yrnenoitera
Campoletis sonorensis (Cameran) Ichneumonidae Hymenoptera
Chelonus insularis (=texanus) Cresson Braconidae Hymenoptera
Cotesia (=Apanteles) margiventris Cresson Braconidae Hymenoptera
Crypfuss albitarsis (Cresson) Ichneumonidae Hymenoptera
Diapetimorpha introita (Cresson) Ichneumonidae Hymenoptera
Orino imunda (Wiedernrnan) Tachinidae Diptera
Eiphosoma vitticole Cresson Ichneurnonidae Hymenoptera
Eucelatoria Tachinidae Diptera
Euphorocera Joridensis Tachinidae Diptera
Euplec frus comstockeii Howard Eulophidae Hymenoptera
Euplectrus platypenae Howard Eulophidae Hymenoptera
Lespesia sp (= Achaetoneura sp.) Tachinidae Diptera
Lixophaga diatraea (Towns) Tachinidae Diptera
Meteorus laphygmae Viereck Braconidae Hyrnenoptera
Meteorus autographae Muesebeck Braconidae Hyrnenoptera
Mícroplitis sp. Braconidae Hymenoptera
Ophion bilineata Say Ichneumonidae Hymenoptera
Patelloa sp. Tachinidae Diptera
Peleteria robusta Wied. Tachinidae Diptera
Perisierola sp. Bethy lidae Hymenoptera
Rogas laphygmae Viereck Braconidae Hymenoptera
Rogas berminaliss Cresson Braconidae Hymenoptera
Sarcophaga georgina Weid. Sarcophagidae Diptera
Telenomus remus Nixon Scelionidae Hy rnenoptera
Temelucha difficilis Dasch Ichneumonidae Hymenoptera
Trichogramma fascia f um (Perkinsj Trichogrammatidae Hymenoptera
Trichogramma minutum Riley Trichogrammatidae Hymenoptera
Voria ruralis (FalIen) Tachinidae Diptera
Winthemia quadrispulata (F.) Tachinidae Diptera
Winthernia trinitatis Tachinidae Diptera
Zelle mellea {Cresson) Braconidae Hymenoptera
3.3.2.1. Doru luteipes (Tesourinha)

Esse inseto passa por metamorfose incompleta, ou seja, apresenta as


fases evolutivas de ovo, ninfa (quatro instares) e adulto. Tanto as ninfas
quanto os adultos (Prancha 2, Figura 20) são predadores de ovos e de lagartas
de primeiros instares de Spodoptera frugiperda e de Helicoverpa zea, sendo
atualmente o inimigo natural mais importante daquelas duas pragas, na cultura
de milho. Sua bioEogia já foi bem estudada em laboratdrio (Tabela 6 ) ,
utilizando ovos e lagartas das pragas mencionadas. A média de ovos por
postura é em torno de 25. Após o período de incubação, ao redor de sete dias,
eclodem as ninfas, que comeqarn a se alimentar de ovos e lagartas pequenas
dos insetos. O período ninfal varia em torno de 35 a 40 dias. A vida dos
adultos é muito longa, sendo que alguns indivíduos chegam a viver cerca de
um ano, embora a media do ciclo total, em laboratório, seja em torno de 135
dias. O consumo médio, em condições de laboratório, chega a 12,5 e 21 de
ovos elou pequenas larvas de S. frugiperda, nas fases ninfal e adulta,
respectivamente. No campo, o inseto 6 encontrado quase sempre relacionado
com a planta de milho (Prancha 2, Figura 21) e sua postura é encontrada no
interior do cartucho (Prancha 2, Figura 22), ou nas primeiras camadas de
palhas, na espiga (Prancha 2, Figura 23). Nesses locais, normalmente a
umidade é alta e essa condição 6 fundamental para a incubaçlio.
No CNPMS, onde os cultivos de milho se sucedem o ano inteiro, o
inseto tem presença constante. Em certas ocasiões, o número de plantas com
pelo menos um indivíduo chega a mais de 70%.

TABELA 6. Duração mkdia do ciclo biológico do predador Doru luteipes


alimentado com ovos ou larvas de Spodoptsra frugiperdu.
EMBRAPAJCNPMS. Sete Lagoas, MG, 1994.

Fase Duragão do periodo Consumo médio de ovos elou larvas


(dias) Diário Total
I " instar 10,2 3,o 2 6,5
2" instar 8,s 9,o 69,O
3' instar 9,o 17,5 135,5
4' instar 11,2 20,O 141,O
5' instar 8 ,o 28,O 282,O
Fase ninfal 37,3 12,5 480,5
Fase adulta 9 8,4 21,O 2.349,O
Hoje em dia, esses parasitdides vêm sendo amplamente utilizados na
China, Franqa, Estados Unidos, Russia , NicarBgua e Colômbia, pois, aI&m da
sua eficiência no controle de diversas espeçies de pragas, podem ser criados,
de maneira fhcit e econômica, em laboratbtio, utilizando hospedeiros
alternativos.
As esp6cies do gênero Trichogramma sao fototrbpicas positivas e
apresentam máxima atividade de oviposição durante o dia, estando, por isso,
rn u ito sujei tas aos efeitos tdxiços da aplicação de inseticidas não-seletivos. A
f h e a adulta coloca seus ovos no interior dos o v o s do hospedeiro (praga).
Todo o desenvolvimento do parasitbide se passa dentro da ovo da praga. O
parasitismo pode ser verificado cerca de quatro dias apbs a postura, pois os
ovos parasitados tornam-se enegrecidos. O ciclo de vida da, parasitbide 6, em
media, de dez dias.
O número de ovos parasitados por fêmea depende da especie do
parasit6ide, do tipo de hospedeiro e da longevidade do adulto. A fecundidade
da hospedeiro é funçiio do suprimento alimentar, da disponibilidade do
hospedeiro, da temperatura e da atividade da fêmea, variando de 20 a 120 ovos
por femea,
Os fatores que afetam a eficiência do parasitbide liberado
artificialmente no campo siio os seguintes: nhmero de insetos liberados,
densidade da praga, espécie ou linhagem de Trichogramma liberada, época e
niimero de liberaçaes, metodo de distrfbuiç30, feenologia da cultura, número de
outros inimigos naturais presentes e condiçaes climhticas.
Em milho, o número de pontos de Iiberaç30 do parasitbide t de 30 por
hectare para Trickograrnma pretiosurn e de 80 pontos para T. evanesçens. No
Brasil, 56 foi verificado que a parasitismo por T. preiiosurn acompanha n
dinâmica da praga.
A eficiência do Trichogramma na campo tambtrn 6 afetada pelas
condições clirnaticas. Tem-se verificado, em algumas espbcies, que a umidade
relativa não influencia a sobrevPvEncia e a capacidade de dispersão do
parasitbide, na faixa de 33 a 92%. A aç3o do vento, em velocidades menores
que 3,6 m / seg, não teve influência na dispersão das fêmeas. A taxa de
dispersão (cmlmin) d o parasitóide, em ambos as sexos, aumenta com a
elevaçiío da temperatura. Os machos parecem ser mais sensíveis Lis altas
temperaturas da que as fèrneas, embora temperaturas abaixo de 20°C tenham
reduzida a capacidade delas.
A IiberaçClo do Trichogramma no campo deve ser sincronizada com o
aparecimento dos primeiros ovos elou adultos da praga a manejar. As
liberações devem ser repetidas com uma freqiiência semanal ou menor
intervalo, dependendo do grau de infestação dos ovos da praga. A época
correta de se iniciar as liberações, a freqliência em mantê-las e a quantidade
empregada são fatores fundamentais para garantir a eficácia do controle
biológico com o Trichogramma. É muito importante fazer avaliações antes e
depois das liberações, para qualificar o comportamento do parasitóide e poder
medir sua ação reguladora. Dessa maneira, podem-se também fazer os ajustes
necessários. Se possível, deve ser realizada a distribuição em pontos
estratégicos de ovos, para se determinar o índice de parasitismo ou coletar
ovos da populaçilo natural da praga. A avaliaçfío poderii. também ser
complementada através da avaliação dos danos nas foIhas, por arnostragern e
através de escala de darios.
Para liberar o parasitóide, existem vários métodos, mas o mais
recomendado é atravds da liberaçiio das vespinhas, ou seja, liberação do adulto
(Prancha 2, Figura 24). Esses adultos são obtidos no laboratório, em grande
escala, geralmente em ovos de um hospedeiro alternativo, mais fácil e
econômico de produzir, como a traça-das-farinhas, Anagasta kuehniella. Os
ovos dessa traça são colados em cartelas de papel cartolina, quando recebem
os adultos d e Trichogramma para serem parasitados. Para isso, utilizam-se
recipientes de plhstico ou de vidro, de 1,6 a 2 litros de capacidade, onde são
colocadas as cartolinas com os ovos da traça (3 cartelas de 150 cm2).Os
recipientes devem ser protegidos com um pano preto, preso por um elástico ou
goma. Algumas horas após a emergência dos adultos, os recipientes são
levados a campo, onde são intermitentemente abertos e fechados, a medida que
se percorra o Eocal de liberação, calibrando o passo de taE maneira a cobrir
uniformemente o campo. Na dia seguinte, devem novamente ser levados os
recipientes ao Iocal, para distribuição do material restante que emergiu,
depositando, cuidadosamente, no final, as cartelas sobre as plantas. Essa
segunda liberação deve ser realizada em sentido contrário ao do primeiro dia.
É necessário que o operario aproxime o rnaximo a boca do recipiente da
planta, para facilitar o encontro dos adultos com as folhas da mesma.
Se usar a tdcnica de levar o recipiente aberto todo o tempo, ele deve
estar na posição horizontal, com a boca em direçaio contrária a direçlio do
caminhamento, deixando que as vespinhas saltem, aproximando o máximo n a
altura da planta.
Outro metodo de distribuição é atravts da colocação da própria cartela
(Prancha 2, Figura 2 5 ) , antes da emergência dos adultos. Quando for
observada a emergência dos primeiros adultos, leva-se o materia1 para o
campo, recortando-se as cartelas em pequenos pedaços (9 cm2), que são
colocados presos as folhas da planta. As cartelas s3o colocadas em pontos
estratégicos dentro de cada talhão, em posições equidistantes e concêntricas.
Ao fazer as liberações, é indispensável ter em conta a direção d e
vento, o excesso de radiaçgo solar (calor) e a ocorrencia de chuvas. Para maior
eficiência do parasitbide, e necesshria a redução ou a eliminação do uso de
inseticidas químicos não-seletivos. Se for preciso, devem-se selecionar
produtos menos tóxicos e continuar liberando os parasitóides dois ou três dias
após, incrernentando a dose e a freqiiência, para restaurar o controle bioIógico.
A integração das liberaçbes com outras medidas culturais,
rnicrobiológicas, físicas e mecânicas pode aumentar a eficiência geral do
controle.

3.3.2.3. Telenomus sp.

Esse parasitóide (Prancha 2, Figura 26) é excftisivo de ovos,


completando todo o seu ciclo biológico dentro do ovo do hospedeiro. Portanto,
elimina a praga em seu primeiro estádio de desenvolvimento, impedindo
qualquer tipo d e danos a planta hospedeira. Juntamente com as espécies do
gênero Trichogramnaa, são considerados agentes de controle biológico
potenciais para diversas pragas, necessitando, pordm, de pesquisas básicas,
antes de serem recomendados como agentes de controle biológico. Completa o
seu ciclo em cerca de onze dias, nas condições de temperatura verificadas no
verão. Nessas mesmas condições, parasitam cerca de 250 ovos de S.
frugiperda durante seu período de vida. A fêmea coloca seus ovos em
praticamente todos os ovos de uma massa da praga, que ficam enegrecidos
cerca de quatro dias após o parasitismo, permanecendo com essa coloração
mesmo após a saida do adulto (Prancha 2, Figura 27). Aparentemente, o
parasitóide tem a capacidade de penetrar mesmo em diferentes camadas da
postura.
Estudos de liberação no campo têm sido realizados como uma
possibilidade d e controlar S. frugiperda em regiões onde não exista a
tesourinha, D. luteipes. Mesmo nos locais onde exista, 6 interessante fazer as
liberações artificiais um pouco antes do seu aparecimento ou quando ela está
em densidade populacional baixa, para que haja uma ação complementar entre
os dois inimigos naturais. O esquema de liberações é o mesmo adotado para o
Trichogra~nrna.
PRANCHA1: Spodoptera frugiperdu (Lagarta-do-cartucho do milho)

F I G U R A1 . Mariposa remea (no aito) e macno (ernriaixo) ae S. frugiperda.

FIGURA2. Posturas de S. frugiperda em folhas de milho.


PRANCHA1: Spodoprera frugiperda (Lagarta-do-cartucho do milho)

A Lagartas d e S. frugiperda recém-eclodidas (tamanho real igual a um


F I C I ~ R3.
milirnetro).

FIGURA4. Danos iniciais provocados por lagartas de S. frugiperda (folhas


raspadas).
PRANCHA 1 : Spodoptera frugiperda (Lagarta-do-cartucho do milho)

FIGURA6. Danos típicos da lagarta-do-cartucho.


1 : Spodoptera frzrgiperda (Lagarta-do-cartucho do m i1ho)
PRANCHA

F I Ct I R A 7. Sintoma tipo "coração morto", provocado pela lagarta-do-cartucho.

FICIIRA8. Danos severos provocados pela lagarta-do-cartucho em milho.


PRAKCHA1 : Spodnptera frugiperda (Lagarta-do-cartucho do milho)

F I G U R A 9. Danos nas folhas e redução n o numero de plantas de milho.


provocados pela lagarta-do-cartucho.

( t j i ~ a n b gteal
F!-G U R A 1 O . Lagarta-do-cartucho completqmentq. des,$nv~lvi>d~p ~ igual a
4.5 cm).
P~,rncrrn1 : Spodoptera frtrgiperda (Lagarta-do-cartucho do m iIho)

FIGURA 1 I . Lagarta-do-cariucha e dano provocado a planta dc milho na inserçdo da


cspiga.

FIGURA 12. Espiga morta pelo ataquc da lagarta-do-cartucho no pediinculo.


1 :Spodopterafrargiperdagprd (Lagarta-do-cartucho do milho)
PRANCHA

FICITRA13. Orificio de penetriçElo da lagarta-do-cartucho na parte basal da


espiga de milho.

14. Danos da lagarta-do-citrtuchl


FIG~:RA raos da parte basal d- an.iiga
de milho.
PRANCHA1: Spodoptsra frzkgiperda (Lagarta-do-cartucho do milho)

FIGURA 15. Lagarta-do-cartucho e dano na ponta da espiga de milho.

L,\ vd
>,

i-:
h , ,

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FIGURA 16. Lagarta-do-cartucho (embaixo), lagarta-da-espiga (no alta) e


danos provocados a ponta da espiga de milho.
PRANCHA 2: Inimigas Naturais de Spodoptera frugiperda (Lagarta-do-
cartucho do milho)

FI CIIRA SQ. Esthdios imaturos e adultos de DOPUluteipes (tesourinha).

FIGIIRA21. F&mea de Dorzc I ~ t t í t ~ e\~zsúurinha)


s no cartucho de plantas de
milho.
~ Inimigos Naturais de Spodnprera Jrtrgiperlkr (Lagarta-do-
P R A K C H ,2:
cartucho do milho)

F I G I T R22.
A Ovos de Doru lzifeipes na base do cartucho de plantas d e milho

FICIIRA23. Fêmea de Doru fureipes junta a postura entre as palhas da espiga


de milho.
PRANCHA 2: Inimigos Naturais de Spodnprera frirgiperrlri (Lagarta-do-
cartucho do milho)

\ Adu Ito d o parasitciide Ii.icko~qi.ci1itrli~7


F I ~ ; V R .24. sp. (taiiiaiiho real igiial a 1
inin de cnriipriiiietiro).

FIG~R;\25. Liberação do parasiróide T r i c h o g r a i ~ ~sp.


~ ~através
~a de cartelas
contendo ovos parasitados.
PRANCHA2: Inimigos Naturais de Spodoptera frugiperda (Lagarta-do-
cartucho do milho)

26. Adulto do parasit6ide de ovos Tedenomus sp. (comprimento real


FIGURA
igual a 1,5 mm).

FIGURA27. Ovos de S. frugiperda parasitados por Te/enomzss sp. e alguns com


orificios de saída do parasitoide adulto.
PRANCHA 2: Inimigos Naturais de Spodopiera frugiperdu (Lagarta-do-
cartucho do m'ilho)

28. Adulto do parasitdide ckelonus insularis (tamanho real igual a 10


FIGURA
mm).

PIGVW f9. Femea de C insdhrls pclrssitando ovos dc S. Fugiperda


PRANCHA 2: Inimigos Naturais de Spodopreru frugiperdu (Lagarta-do-
cartucho do milho)

FIGURA30. Ovos'e lagartas recém-eclodidas de S.fritgiperdu parasitados por


C. ins daris.

31. Larva de C. insularis saindo do corpo da lagarta de S. frugiperda.


FIGURA
PRA'ICHA 2: Inimigos Naturais de Spodoprera Jrtrgiperda (Laçarta-do-
cartucho do milho)

FICIIRA 32. Comparaçao de tamanho entre lagartas de S. frugiprrda


parasitadas por C. insularis (duas A esquerda) e lagarta nHo-
parasitadas.

FIGIIRA33. Larva, pupa e adulto de Campohtis jlavicincfa (tamanho real


igual a 8 mm), destacando-se restos da lagarta de S. frzrgiperda,
prbximos ao casulo do parasitbide.
PRANCHA2: Inimigos Naturais de Spodoptera frugiperda (Lagarta-do-
cartucho do milho)

34. Macerado de lagartas mortas por Baculovirus,


FIGI~RA

FIGURA35. Formulação P6 Molhhvel do Baculovirus.


3.3.2.4 Chelonus insularis

Várias são as espécies de Chelonus relatadas como parasitóides de


lepidópteros, pragas de diferentes cuIturas de importância econômica.
Chelonus insularis, por exemplo, foi mencionado como parasitbide de
Spodoptera frugiperda, Spodoptera exigua, Helicoverpa zea e Elasmopalpus
Iignossllus, todos insetos-pragas do milho. Essa gama de hospedeiros inclusive
aumenta as chances de sobrevivencia do parasitbide no campo durante o ciclo
da cultura,
O parasitbide C. insularis (Prancha 2, Figura 28) é muito comum em
várias regi6es do Brasil, onde exerce papel importante como agente de
controle biológico da lagarta-do-cartucho. A fêmea coloca os seus ovos no
interior dos ovos da praga (Prancha 2, Figura 29), permitindo a eclos3o das
larvas (Prancha 2, Figura 30) de S. f~wgiperda, que apresentam
desenvolvimento aparentemente normal. Após o completo desenvolvimento, a
Iarva do parasitóide (Prancha 2, Figura 31) mata a larva do hospedeiro, ao
perfurar o seu abdbmem para se transformar em pupa no ambiente externo. A
lagarta parasitada tem a sua biologia e o seu comportamento alterados.
Estudos de alguns aspectos biológicos do parasitóide criado em ovos de S.
frugiperda, conduzidos no CNPMS, mostraram não existir período de pré-
oviposição para o C. insularis e que o periodo médio de incubação foi de 1,s
dia. Os ovos já depositados são de tamanho reduzido, com as extremidades
arredondadas. O período larva1 varia de 17 a 23 dias, apresentando média
geral de 20,4 dias e o periodó pupal mddio de 6,2 dias. A duração média do
ciclo total é 28,6 dias. A longevidade mkdia de fêmeas acasaladas é, em
media, l1,6 dias, com o máximo de 18 e o mínimo de cinco dias. O número de
ovos parasitados e a longevidade variaram muito de fêmea para fêmea, sendo
que a capacidade de parasitar foi reduzida consideravelmente, próximo a
morte. A maior taxa de parasitismo ocorre quando as fêmeas estão com três
dias de idade, com o máximo de 92,2 e o mínimo de 48,2 ovos parasitados
naquele dia. No intervalo entre o 3" e o 6" dias, as fêmeas apresentaram um
percentual de 72 a 80% de parasitismo, coincidindo com a fase jovem mais
ativa das mesmas. Lagartas parasitadas diminuem sensivelmente o consumo
foliar. O consumo foliar total de lagartas parasitadas foi de 12,21 cm2, e
terminou quando as lagartas estavam com 13 dias de idade. O consumo foliar
das lagartas não-parasitadas foi de 178,84 cm2, obtido no 17" dia de
alimentação. A menor alimentação das lagartas parasitadas significa, na
prática, menor dano as plantas, Lagartas parasitadas desenvolveram-se até o
quinto instar, enquanto que, do grupo das não-parasitadas, seis foram até o
sexto e 13 até o sétimo instar. O primeiro instar, nas lagartas parasitadas, foi o
de maior duração, sendo 1,67 dia maior do que a instar correspondente das
lagartas não-parasitadas. A duraç%atotal dos instares das lagartas parasitadas
foi de 12,8 1 dias e das nlio-parasitadas, 16,19 dias.
De maneira geral, as lagartas parasitadas tiveram comprimento do
corpo semelhante ao das n%o-parasitadas, no primeiro e segundo instares, e
menor em todos os outros. Em valores percentuais, o comprimento médio total
das Iagartas parasitadas foi de apenas 45,4 % do comprimento das n%o-
parasitadas. A Figura 32 (Prancha 2) mostra a diferença de desenvolvimento
d e uma lagarta sadia com duas parasitadas e próximo h saída da Iarva d o
parasitbide. Nos primeiros três instares, as lagartas parasitadas tiveram peso
semelhante ao das não-parasitadas. Nos instares seguintes, as difesenqas foram
evidenciadas, sendo que, no final do ciclo, a reduçgo do peso das lagartas
parasitadas em relação $s não-parasitadas foi de 89,2%.

Campoletts flavicirtçra 6 uma vespa com cerca de 15 m m de


envergadura (Prancha 2, Figura 33). A fêmea coloca seus ovos na interior de
lagartas de primeiro e segundo instares de Spodoptera frugiperda e a larva
completa todo a seu ciclo alimentando-se d o conteúdo interno do hospedeiro.
Mais p r ~ x i m oda fase de pupa, a larva da parasitóide (Prancha 2, Figura 33)
sai do carpa da lagarta. matando-a, para construir seu casulo na ambiente
externo. A larva parasitada muda seu comportamento e, ao se aproximar a
época de saída da larva de parasitdide, deixa o cartucho, indo em direçiio As
falhas mais altas, permanecendo nesse local ate a morte. A larva do
parasitóide perfura o abdbrnen ou o tdrax do hospedeiro, matando-o. No
ambiente externo, tece em poucas horas um casulo, dentro do qual se
transforma em pupa. O que sesta da larva de S. frugiperda fica agregada ao
casulo do parasitbide, tornando facilmente identificável a ocorréncia do
inimigo natural.
O número d e lagartas parasitadas varia em função da idade (instar) do
hospedeiro. Estudos realizados em laboratdrio mostraram efeito altamente
significativo com relação ao número de lagartas parasitadas. O número médio
de lagartas parasitadas para cada fêmea foi de 232, quando o parasitóide tinha
como hospedeiro lagartas de três dias de idade; este valor só n3o diferiu
daquele obtido para lagartas de dois dias de idade, cuja média por fêmea foi
de 182,5 indivíduos parasitados. Em lagartas de quatro e cinco dias, embora
ç e n d ~ parasitadas, o número mlédio de parasitismo foi bem menor,
respectivamente, 80,7 e 71 individuos parasitados por fêmea; já com relação
ao ciclo de vida do parasitóide, não houve grandes diferenças em função da
idade do hospedeiro. No campo, normalmente lagartas pequenas da praga s3o
encontradas alimentando-se das folhas externas, pr6ximo ao loca1 onde foi
colocada a postura. Desta maneira, o inseto fica muito mais vulnerAvel ao
ataque do parasitóide. Lagartas maiores normalmente encontram-se dentro do
cartucho d a milho, ficando mais protegidas contra os inimigos natuais.
O ciclo total do parasithide é., em media, de 2I,9 dias, sendo de 14,5
dias o periodo de ovo a pupa e de 7,3 dias o perfodo pupal. As lagartas
parasitadns vivem cerca de uma semana menos do que as lagartas sadias.
Enquanto que lagartas sadias, durante todo o seu perfodo de vida, consomem,
em média, 209,3 çmZ de Area foliar, as lagartas parasitadas consomem apenas
14-5 çm" ou seja, 6,9% do consumo normal; este menor consumo de alimento
é confirmado pela quantidade de fezes produzida: a média das lagartas sadias
foi de 0,172 mg, comparada com uma mkdia de 0,007 rng produzida pelas
lagartas parasitadas, ou seja, apenas 4,E% da produç?ro normal. Portanto, por
parasitar especificamente lagartas pequenas e em grande quantidade, alem de
ser eficiente por provocar a morte das lagartas, o paraçitbide reduz
drasticamente o consumo foliar das lagartas, evidentemente reduzindo os
danos no campo. Por ser parasitdide de lagartas, 6 um inseto perfeitamente
compatível com os inimigos naturais que são exclusivos de ovos dos
hospedeiras, coma Trfchagrarnma spp. e Telenomrts sp.

3,3.3, En tomopa tógenss

VArias doenças de Spodopiera frugiperda tCm também sido relatadas


na 1 itesatura (Tabela 7). Fungos como Ilromuraea' rileyii, Borrylis rr'leyi Farlon
e Beauveria globuiifera (Speg) podem causar altas taxas de mortalidade em
larvas. O fungo Aspergilltcs parasiticus Speare já foi observado causando
mortalidade em adultos. Bactérias, especialmente do gênero BaciJlus, tem sido
tentadas para a controle biolbgico da praga, havendo, inclusive, produtos
comerciais i base de B. thuringiensis, por6rn os resultados de eficiência n5lo
estfio nos mesmas patamares daqueles obtidas com os produtos quimicos.
TABELA 7. Principais entomapat6genos associados a Spodoptera spp.

Agente etiológico Grupo

Aspergillus parasiticus Speare Fungo


Bacillus thuringiensis Bactéria
Baculovir us Vírus
Beauveria globulifera (Speg) Fungo
Hexarnermis sp Nematóide
Noctuidonema Nematóide
Nomuraea rileyi Farlon Fungo
Nusema necafrix Protozohrio
Sltei~rernema Nematbide

Doenças virbticas tem sido relatadas desde 1915 e são consideradas


como de maior potencial para o controle de insetos. Desde 1921, j B se tem
registro de doenças virbticas causando mortalidade m6dia de 37 % em larvas
coletadas no Mississippi, nos Estados Unidos, O controle de pragas atravhs de
vfrus, especialmente o Baculovirus, tem recebido muita ênfase nos últimos 20
anos e nesse grupo incluem-se os vírus de granulose e os vinis da poliedrose
nuclear, sendo este subgrupo o mais estudado e que tem sido apontado como o
de maior potencial para desenvolvimento de bioinseticida. Os Baculovirus s%o
conhecidos por serem eficazes no controle de populaçlões de insetos. São
muito específicos para a classe Insecta e relativamente fáceis de produzir em
grande quantidade; s%o marcadamente esthveis em condições específicas.
Podem ser considerados como os de menor risco ecolbgico quando liberados
no meio natural e , por isso, s%oos mais promissores agentes de controle.
Os vírus contaminam os insetos por via oral, os quais S ~ E ) ingeridos
com alimentos como folhas e caules de plantas. É possível a contsminaç80
interna, através dos ovos dos insetos, porém a disseminação do vírus sobre o
c6rion dos ovos pode ser mais freqtiente, devido ao h6bito da lagarta recdrn-
nascida de comer o cbrian,
Para alguns tipos de virus, existe inclusive a possibilidade de
contaminação do hospedeiro devido as picadas feitas com os ovipositores dos
parasitbides, como os microimentipteros do g&neroCotesio, que é tamb6m um
parasitbide de S. frrrgiperda.
Os virus de insetos s%o geraIrnente compativeis com pesticidas
quimicos e esse fato pode ser levada em conta para acelerar o processo da
doença, visando obter .uma epizootia dentro de uma população de insetos. A
atuação favorável dos inseticidas sobre o patdgenu concorre para a
preservação do indculo original, o que 6 importante para a formação de focos
primlirios das doenças.
Pesquisas mais aprofundadns visando o uso de Baculsvirus para o
controle da lagarta-do-cartucho têm sido desenvolvidas na
EMBRAPA/CNPMS. Em Iaboratbrio, tem-se verificado mortalidade de
lagartas de S. frugiperda de ate 1100 %. Em aplicaç6es realizadas no campo, na
cultura de milho, tem-se observado que, na base da folha, concentra-se a maior
quantidade de vfrus, sendo obtida rima maior mortalidade larval,
principalmente nas folhas centrais e na primeira folha, o que é, em termos
pthtiços, um fator positivo, pois, pelo comportamento da praga, ela se aloja
exatamente entre essas folhas. O virus pode ser utilizado somente pelo
macerada feito de lagartas mortas (Prancha 2, Figura 34) ou atraves do
produto formulado em p6 (Prancha 2, Figura 35). A formulação em p6
rnolh6veI apresenta-se mais estável que o virus preparado apenas por
maceração d a lagarta. Mesmo deixado em condiçiío ambiente (25 a 27OC), por
um perlodo de ate 60 dias, a formulação i>6 rnoIh8veI não perde a viabilidade,
provocando mortaIidade acima de 90% em lagartas de diferentes idades.
O Baculovirus, por si s6, tem apresentado, em condi~aesde campo,
eficiência comparhvel A dos produtos quirnicos convencionais, além de ser
altamente seletivo, nao prejudica o meio ambiente e o ser humano. Do ponto
de vista do controle de pragas, apresenta como vantagem adicional a
possibilidade de atuação de outros inimigos naturais, que, de maneira geral,
seriam eliminados pelo uso dos defensivos quimicos. Tem sido verificada alta
taxa de mortalidade provocada pelo Baculovirus (66 a 82 %), com media de 77
% para a lagarta-do-cartucho, elevando a media n um valor final de 86 %,
devido ao efeito adicional no controle de praga atravds do parasitisms de
inimigos naturais.
Para se ter sucesso no uso do Baculovirus no controle da Iagarta-do-
cartucho, deve-se seguir as seguintes recomendações:
I . Dependendo do nivel de infestação, o controle deve ser feito mais
cedo. O agricultor deve tomar medidas de controle quando observar o sintoma
d e folhas raspadas;
2. Quanto mais novas forem as lagartas, maior eficiencia pode ser
esperada do vErus. Por isso, t recomendada a aplicação do Baculovirus em
lagartas de, no mhxirno, 1,5 em;
3. Os mesmos equipamentos convencionais utilizadas para a apl icaç%o
das produtos quimicos servem também pata aplicar o vírus. Particularmente
para a lagarta-do-cartucho, recomenda-se usar o bico tipo leque 8004 ou 6504;
E fundamenta1 a regulagem do equipamento;
4. O vlrus tarnbtm pode ser aplicado via agua de irrigaçao, sendo que
um maior volume de Agira por unidade de hrea tem dado melhores resultados;
5 . Considerando que o virus t. sensfvel aos raios ultravioletas, a
pulverizaçla deve ser feita A tarde ou n o inicio da noite.

4. RECOMENDAÇÓES PARA O MANEJO DA LACARTA-DO-


CARTUCHO EM MILHO

O maneja da lagarta-da-cartucho tem-se tornado fundamental, pois,


apesar de haver um aumento no numero de aplieaçiks de inseticidas, o seu
ataque continua a causar danos ao milho. Muito fatores poderiam ser
levantados para tentar explicar as causas de insucessos no controle. N o
entanto, alguns podem ser facilmente encontrados. Desuniforrnidade de
plantio, especialmente quando a aplicação 6 tratorizada, escolha incorreta de
produtos e doses, aplicaçties em 6pocas inadequadas e metodologia de
aplicaç%o impr6pria e, iís vezes, atd mesmo manejo inadequado de outras
pragas.

4.1. Uniformidade de Plantio

A desuniformidade de plantio, especialmente em função da


declividade ou mal preparo do solo ou mesmo inabilidade do operador de
mhquina, acarreta diferenças marcantes no espaçamento. Em funç%o disso,
quando se aplica o inseticida com trator, mesmo que se faça uma correta
regulagem do equipamento no inicio da aplicação, h medida que essa vai
evoluindo começa a falta de coincidencia de alinhamento entre o cartucho da
planta e a ponta do bico de pulverizaç%e,fazendo com que o produto caia na
entrelinha, diminuindo a eficiencia do produto, pois a dose correta não C
aplicada no alvo. A S vezes, 6 necessbrio repetir a aplicaçáo, o que aumenta os
prejuizos acumutados com os danos provocados pela praga. Alem disso, pode-
se ainda ter efeitos colaterais indesejlveis, especialmente quando atinge
inimigos naturais que estejam no soIo ou nas proximidades da planta. Nessas
condiç2res, o aumenta da dose, em vez de resolver, agrava ainda mais a
situaçgo.

4.2. Bicos

A utilização d e bicos corretos, especialmente atravt's do bico- teque,


aumenta a eficiencia da aplieaç80, inclusive por diminuir os problemas
advindos da desunifomidade de plantio. Um bico que propicie um maior
hgulo de apIicaç30 6 mais eficiente, principalmente naqueles plantios
desuniformes. A excoçilo do bico de menor vazão, os demais bicos-leque
podem ser uti! izados.

4.3. Inseticidas

Existem diversos inseticidas, em diferentes formulações, *que são


registrados para o controle da lagarta-do-cartucho na cultura do milho. As
doses recomendadas e a dpoca de aplicaqão estão contidas no rbtuilo do
produto. 6 fundamental que o produtor e o aplicadar leiam com atenção as
infozmaçães ali contidas. Deve-se estar atento particzrlrrrmente com relaçgo aos
cuidados na aplicaç%oe hs informaç8es sobre os sintomas Se intoxicação e bs
medidas a serem tornadas no caso de isso ocorrer.
O produtor deve tambtm levar em conta, alem do preço do produto,
outras vantagens, tais como a baixa taxicidade para s ser humano e animais
domésticos. A taxicidade do produto pode ser verificada pela cor do r6tir10,
sendo os de faixa verde (cIasse !V) menos t6xicos e faixa vermelha os mais
tdxieos (classe I). Rdttllos de cor amarela e azuT significam cIasse II e 111,
respectivamente. A tem dessas caracteristiças, o produtor deve levar em conta
os efeitos dos produtos sobre os inimigos naturais mais importantes da praga.
Sabe-se que dentre os produtos registrados para Q controlle da lagarta-do-
cartucho, os piretrdides de maneira. geral, os fisiolbgicos e alguns carbarnatos
t6m sido os mais seletivos, especialmente com relação ao predador D. fu~eipes
(tesourinha),

4.4. Nivel de Dano

A decis%ode se utilizar um produto quirnico para o controle da praga


depende do nfvel de dano. Geralmente, a taxa de perda de rendimento devido
aos danas de S.frtrgiperda em milho n%o 6 muito varlhvel. Portanto, quanto
maior for s produtividade esperada, ou seja, quanto mais tecnificada for a
lavoura, maior prejuízo o produtor terh se não utilizar medidas corretas de
controle da praga. Obviamente, a decisão de controlar mais tarde ou mais cedo
depende tarnbdrn do custo do controle e do pr6prio valor a ser obtido pela
produção. Com esses parâmettos, o produtor tem condiçaes de decidir, em
função da percentagem de ataque, qual 6 o nivel de plantas atacadas acima do
qual o controle deve-se iniciar. A Tabela 8 mostra esses valores. E uma Tabela
de dupla entrada, considerando diferentes valores de custo do tratamento e da
produção.

TABELA 8. Porcentagem de plantas atacadas pela lagarta-do-cartucho acima


da qual se deve utilizas medidas de controle, de acordo com o
custo de tratamento e valores da produção (Nivel de Controle -
NC, em %)I. EMBRAPAICNPMS. Sete Lagoas, MG, 1994.

Custo do tratamento Valor da produç%o(US$) VP -


(CT)em US$ (Produtividade (kglha) 5 preço do produto em USS3)
350 467 583 700 933

I6 22,8 17,1 I3,7 11,4 8-6


'NÇ 1%) = 100 CT 1 0,20 VP; IVa30res correspondentes a produtividades de 3,
4, 5 , 6 c 8 tlha, respectivamente; 3Preço por saco de 60 kg a US$ 7,00.

4.4.1. Ponto de Detisao sobre o Controle

Para utilizar essa Tabela, B necesshria a deterrninaç%oda incidência da


praga no campo. Deve-se escolher cinco pontos representativos da Ares por
hectare e determinar, em cada um, a niirnera de plantas com sintomas iniciais
de ataque, ou seja, folhas raspadas, em cada 100 plantas amostradas. Esse
valor deve ser comparado com os dados da Tabela. Valor igual ou maior do
que o da Tabela significa tpaca de entrar com medidas de cantra1e. Mesmo
assim,considerando que. os principais inimigos naturais têm atuaçgo em ovos e
larvas pequenas (ate 10 a 13 mrn) da praga, deve-se considerar a possibilidade
de esperar cerca de uma semana e fazer nova amostragem, pois podem n%oser
necesshrias as medidas de controle. O produtor deve estar sempre atento para a
presença dos inimigos naturais. De maneira geral, 6 mais fdcil detectar a
presença da tesaurinha, pelo seu maior tamanho, pela presença no cartucho e
mesmo pela menor mobilidade, jB que ela voa pouco quando estabelecida na
planta.
Essas considerações s5o de irnportfincia fundamenta1 para aqueles
produtores que aplicam os produtos via hgua de irrigação, convencional ou
pivô. Essa aplicaç%s, por ser em Area total, C pouco seletiva. O problema k
agravado se for utilizado um produto tambern pouco seletivo.

4.5. Tratamento da Semente

O uso da Tabela 8 é muito importante para se tomar a decisão correta


quanto ii aplicaçHo. Entretanto, talvez em função do desequilibrio provocado
pelo pr6prio homem, tem sido verificada a ocorrência da praga logo após a
germinação do milho. Nesse caso, a planta ainda t. muito tenra e pode ser
morta pelas larvas. Além do mais, por ainda não ter muita hsea foliar, a
retençSLo do inseticida 6 menor, não ocasionando, As vezes, o controle
adequado, alem de eliminar precocemente os inimigas naturais que psrventura
56 estejam no local. Em algumas regibes onde a lagarta-elasmo, Elasnropalpus
Iignosellus Zeller, k importante, a aplicação de medidas de controle para essa
praga, logo apbs a crnerghcia da plântula, pode provocar a mesma situação de
desequilfbrio bioldgico. Como estratkgia para evitar a utilizaçgo de uma
medida química de controle muito cedo, em cobertura total via iigua de
irrigação ou mesmo no sistema convencional, e considerando as vantagens da
aplicação de inseticidas sisttrnicos, t recomendAve1 o tratamento de sementes.
Pesquisas tem mostrado que essa metodologia 6 eficiente para a lagarta-
elasms, propicia certo controle para algumas pragas subterrgneas e, inclusive,
dependendo do produto, atua tarnbern contra a lagarta-do-cartucho, nas
infestações no inicio de desenvolvimento. Pela caIocaç7lo da inseticida junto h
semente, diminui os custos do produto e da mão-de-obra, a l h de dispensar os
equipamentos para pulverização e, conseqtientemente, a iigua para veicular os
produtos. É tarnbern um processa de seletividade ecolágiea, par confinar a
produto somente no local necesshrio. Deve ser salientado que a proteçaa das
sementes, raizes elou plântulas recdrn-germinadas propicia ao produtor, Iogo
no inicio do plantio, uma iddia do seu potencial produtivo. O estabelecimento
da populaç%o correta de plantas 6 o primeiro passo para se obter boa
produtividade.

4.6. Infestaçgo na espiga

A ocorrência da lagarta-do-cartucho na regifio das espigas tem


aumentado nos últimos anos. O controle do inseto, nesse local, atravds das
pulverizações, apresenta baixa eficiençia e pouca seletividade, aldm do risco
de desequilibrio biolbgico, pela eliminaç%odos inimigos naturais da lagarta-
da-espiga. Os inimigos naturais têm papel importante no balanqo da população
dessa praga, especialmente as espécies do gênero Trichogramma, cuja
incidençia em ovos dessa praga, na região de Sete Lagoas, chega a mais de 70
%. A ocorrCncia da Pagarta-do-cartucho e da lagarta-da-espiga nas espigas
aumentará substancialmente os prejuízos no milho e limitará as exploraçaes
comerciais da espiga como milho verde tanto in natura como para indústria de
congelados ou enlatados, especialmente no caso de milho doce, em função do
dano, da dificuldade de controIe e mesmo de reslduos tbxicos. Portanto, é
fundamental o manejo adequado da S. frugiperda quando ela ainda se encontra
no cartucho, utilizando as recomendaçoes sugeridas anteriormente. Deve ser
salientado, ainda, que tem-se verificado uma maios ocorrencia da lagarta-do-
cartucho nas espigas em plantios de milho irrigado, quando as irrigações V ~ Q
além do período necesshrio. Portanto, o correto manejo da hgua pode
contribuir para diminuir os problemas com essa praga.
A demanda por rniIho de ciclo curto pode afetar a dingmica
populacional das espdcies que usam o milho coma hospedeiro. O nome comum
de S.frugiperda adrdm do fato de o inseto completar todo o seu período larva1
alimentando-se no interior do cartucho da planta. A utilizaçlo de milho muito
precoce elou a ocorrência da praga um pouco mais tardiamente
invariavelmente levar8 a uma falta de sincronismo entre o desenvolvimento do
cartucho e da larva. Assim, larvas ainda não compIetamente desenvolvidas,
nos dois últimos instares, com maior capacidade de ingerir alimento e,
portando, de causar danos, atacam os prirnórdios florais da espiga, destruindo-
os completamente ou causando danos significativos ao alimentar-se
diretamente da espiga em formação.
O aumento de importancia da praga para a cultura do milho tem
tambcEm sido verificado nos plantios denominados safrinha, Com essa
expIoração agrfcola, que j6. t uma realidade no Brasil, a praga tem ii sua
disposição, praticamente o ano todo, o seu hospedeiro preferencial, podendo
sobreviver em condigdes totalmente adequadas. Em função disso, o agricultor
ter8 que lançar m%ode medidas estritamente tecnicas para alcanças seu
objetivo de controlar de maneira eficaz e aconbrnica essa espécie, que tem
sido urna praga importante para diferentes culturas por quase 200 anos.

4.7. Controle Biolbgico

Com o desequilfbrio biolbgico verificado nos filtimos anos, obrigando


o agricultor a aumentar o ndmero de aplicações em miIhç, pata o controle da
lagarta-do-cartucho, sem, porem, atingir um controle econ6mico
ecologicamente cornpativel, arimentatatn os estudos com os rnbtodos
alternativos de controle. Especialmente com relaç%oaos inimigos naturais,
houve um significativo aumento do conhecimento dos principais agentes de
controle biolbgico.
A utilizaçio do Baculovirus ou de Bacillus tem sido uma alternativa
vihvel, pois esses agentes podem ser produzidos e manuseados quase que da
mesma maneira que os produtos quimicos. Os insetos parasitbides e
predadores, por n#a terem que ser co!ocados Junto 4 praga, pois procuram o
hospedeiro por seus prbprios meios, tem sido cansiderados promissores no
controle natural das pragas de milho.
Particularmente para a S. frugiperda e mesmo para H. zea, em ataques
h espiga, a utilização de inimigos naturais ser8 fundamental para se conseguir
um controle adequado. Mesmo para os ataques as folhas, inimigos naturais
corno aqueles que vivem excIusiuamente de avos ou que atuem eliminando a
praga antes que danos significativos sejam feitos. devem ser utilizados pela
criação massa! em laboratbcio e liberaçao no campo, ou preservadas, pelo uso
seletivos de outras medidas de controle. Pesquisas dessa natureza tem sido
realizadas na EMBRA PAICNPMS, com dados promissores, especialmente
através da liberaçgo dos parasit6ides de ovos. Juntamente com todas essas
recomendaqões, n utilizaçgo de cultivares com algum grau de resistencia pode
aumentar significativamente a eficiencia de todas as outras medidas de
controle da praga.
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