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Derivadas parte 1
Derivadas parte 1
Site: AVA Moodle UTFPR
Curso: CDI1 Câmpus CP, FB, MD, PG e TD
Livro: Derivadas parte 1
Impresso por: RODRIGO PEREIRA ALVES
Data: segunda, 30 março 2015, 13:43
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30/03/2015 Derivadas parte 1
Sumário
4.1 Objetivos
4.2 Introdução
4.3 Ideia Intuitiva
4.4 Reta Tangente
4.5 Taxa de Variação
4.6 Coeficiente Angular
4.7 Variação da Função Não Linear
4.8 Equação da Reta Tangente
4.9 Reta Normal
4.10 Derivadas
4.11 Continuidade de Funções Deriváveis
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4.1 Objetivos
Determinar a equação de retas tangentes a uma curva em um determinado ponto;
Resolver problemas que envolvem retas paralelas e normais à reta tangente de uma curva em
ponto;
Calcular derivadas pela definição;
Derivar qualquer função, usando as regras de derivação;
Derivar funções compostas (regra da cadeia);
Derivar implicitamente uma função;
Encontrar a derivada de funções parametrizadas;
Determinar derivadas de ordem superior;
Estudar a variação de funções através dos sinais das derivadas;
Estudar as diferenciais e suas aplicações.
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30/03/2015 Derivadas parte 1
4.2 Introdução
Para atender as necessidades matemáticas, basicamente mecânicas dos cientistas dos séculos XVI e
XVII, o cálculo diferencial lidou com o problema de calcular taxas de variações. Ele permitiu que as
pessoas definissem os coeficientes angulares de curvas, calculassem a velocidade e a aceleração de
corpos em movimento e determinassem os ângulos que seus canhões deveriam estar para serem
disparados, buscando maior alcance, além de se prever quando os planetas estariam mais próximos
ou distantes de si.
No século XVII, Leibniz algebriza o Cálculo Infinitesimal, introduzindo os conceitos de variável,
constante e parâmetro, bem como a notação de dx e dy para designar os infinitésimos em x e em y.
Desta notação surge o nome do ramo da Matemática conhecido hoje como “Cálculo Diferencial” que
tem como objetivo de medir os incrementos ou variações de grandezas.
A partir daí, com a introdução do conceito de derivada, com Leibniz e Newton, o Cálculo Diferencial
tornase um instrumento importantíssimo e cada vez mais indispensável pela sua aplicabilidade nos
mais diversos campos da Ciência.
Uma das razões de sua versatilidade é o fato de que a derivada se aplica ao estudo das
taxas de variação em geral, e não só do movimento. Por exemplo, um químico pode
utilizála para prever o resultado de diversas reações químicas; ao biólogo ela é útil na
pesquisa da taxa de crescimento de bactérias numa cultura; o eletricista empregaa para
descrever a variação da corrente num circuito elétrico; os economistas aplicamna a
problemas de lucros e perdas (THOMAS, 2005).
Após observar o grande número de aplicações que a derivada possui, vamos construir por
meio de exemplos o conceito de derivadas. Em seguida com o auxilio das definições
estudaremos as técnicas de derivação que serão utilizadas na resolução de problemas
nas diferentes áreas do conhecimento que envolvam taxas de variações e otimização.
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4.3 Ideia Intuitiva
Antes de estudarmos a derivada de uma função, precisamos rever alguns conceitos e definições já
vistos e revistos na unidade précálculo.
Uma função pode ser crescente, decrescente ou constante para todo domínio ou em partes do
domínio. Vejamos por meio de exemplos, algumas destas funções:
1) Função Constante. Uma função constante não tem variação, ou seja, a variação é nula. Se
tomarmos diferentes pontos do gráfico da função o valor funcional não se altera. Matematicamente,
podemos representar como , em que e são números reais.
Exemplo 1: Considere a seguinte função: f(x) = 2
Figura 4.1 Gráfico de uma função constante
As funções lineares são crescentes ou decrescentes e sua variação é constante.
Exemplo 2: Todo final de semana o restaurante Oba – Oba promove um rodízio de pizza, com um total
de 18 sabores (doces e salgadas). O valor do rodízio por pessoa é de R$ 14,90. Um estudante da
UTFPR resolveu participar do rodízio. Este estudante poderá consumir apenas 0,2kg e pagará
R$14,90, como poderá consumir 0,5kg e também pagará R$14,90, ou seja, o estudante poderá
consumir qualquer quantidade de pizza que o mesmo pagará R$ 14,90.
Desta, maneira, a quantidade de pizza que pode ser consumida é variada, porém o preço é único.
Esta situação poderá ser representada graficamente, como na Figura 4.2.
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Figura 4.2 : Gráfico do valor pago no rodízio (R$) em função da quantidade de pizza(kg) consumida.
Pelo gráfico podemos observar que temos uma função constante, em que a variável dependente se
mantém constante, independentemente da quantidade de pizza consumida.
2) Função do 10 Grau. A variável dependente varia proporcionalmente a variação da variável
independente, e esta proporcionalidade é constante. Matematicamente podemos representar como
, com .
Exemplo 3: Suponhamos que o deslocamento de um determinado objeto pudesse ser representado
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pela função S(t)=2t+1 onde t representa o tempo em segundos e S(t) representa a distância em
metros.
Figura 4.3: Gráfico deslocamento x tempo
Qual a velocidade desse objeto?
Da Física, sabemos que a velocidade e a variação da distância na unidade de tempo, ou ainda, é a
razão entre a variação da distância pela variação do tempo. Logo podemos escrever que:
ou ainda,
Onde
distância final;
distância inicial;
tempo final;
tempo inicial;
– a velocidade esperada.
Podemos observar três pontos na Figura 4.3, quais sejam: (0,1); (1,3); (2,5).
Fazendo uma interpretação simples, podemos ver que no início da contagem do tempo o objeto se
encontra a um metro do observador que está localizado em (0,0). Passado um segundo o objeto se
encontra a três metros do observador e, passados exatamente dois segundos o objeto encontrase a
cinco metros do observador.
Para determinar a velocidade desse objeto em movimento podemos tomar quaisquer dois pontos da
reta, tais que e obteremos a velocidade.
logo
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logo
logo
Podemos observar nestes cálculos que a velocidade é constante. Desta forma a taxa de variação da
distância em função do tempo é constante. Isso acontece em todas as funções do 1o grau.
http://www.calculo.iq.unesp.br/sitenovo/Calculo1/funcaograficosreta.html
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4.4 Reta Tangente
Você sabe o que é reta tangente?
Antes de sabermos o significado, vamos intuitivamente observar os gráficos da Figura 4.4
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Figura 4.4 Reta tangente à função no ponto P.
Analisando os gráficos da Figura 4.4 com relação a reta tangente no ponto P, podemos observar que:
Na Figura 4(a) temos o gráfico de uma função do 2o grau (uma parábola) e a reta tangente t que
tangencia esse gráfico no ponto
Na Figura 4(b) temos o gráfico da função de 1o grau (uma reta), e uma reta tangente t no ponto
, essa reta também é tangente em todos os demais pontos do gráfico da função.
Na Figura 4 (c) temos o gráfico de uma função polinomial, e uma reta tangente t no ponto ,
essa mesma reta intercepta o gráfico em outro ponto, porém nesse ponto a reta não é tangente.
Na Figura 4(d) temos o gráfico de uma função trigonométrica e uma reta tangente t no ponto .
Porém essa reta é tangente em outros pontos da curva.
Na Figura 4(e) temos o gráfico de uma função polinomial e uma reta tangente t no ponto , essa
mesma reta intercepta o gráfico em outro ponto, porém nesse ponto a reta não é tangente.
Portanto, na visão geométrica uma reta é tangente, quando o gráfico da função e a reta tangente tem
um único ponto em comum, sem que a reta intercepta o gráfico da função, naquele ponto.
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4.5 Taxa de Variação
Podemos considerar dois tipos de taxas de variação: taxa de variação média e taxa de variação
instantânea. Na disciplina de física e matemática do ensino médio, alguns conteúdos fazem uma
abordagem sobre taxas de variações médias.
Vamos ver agora um exemplo relacionando as taxas de variação e a precisão de cada uma.
Suponha que um estudante more na cidade A e tenha que se deslocar para a universidade que está
localizada na cidade B, a distância entre as duas cidades é de 70km e a velocidade permitida neste
trajeto é de 80km/h. Ele faz esse trajeto diariamente de ônibus. Mas em um determinando dia, ele se
atrasou e perdeu o ônibus. Neste dia, o mesmo precisava ir para a universidade pois tinha prova. E
agora como ir para a universidade? Então o estudante pediu o carro para seu pai. O pai cedeu o carro
mediante a uma condição, que o filho ligasse quando chegasse a universidade. Ao chegar o filho ligou.
O pai então verificou que o tempo de viagem foi de 1 hora.
Sobre estas condições podemos concluir que o filho realizou este percurso com qual velocidade? O
filho percorreu o trajeto dentro da velocidade permitida?
Vamos fazer o cálculo da velocidade média:
Pelo cálculo de velocidade média, podemos concluir que o estudante percorreu todo o trajeto com uma
velocidade dentro da permitida?
Embora, o estudante percorreu todo o trajeto com a velocidade média permitida, não é possível
garantir que este deslocamento foi feito sempre com a velocidade de 70km/h, pois provavelmente
houve momentos em que ele teve que fazer ultrapassagens com velocidade superior a 70km/h, ou
ainda, trafegar com velocidade inferior a 70km/h, e ainda pode ter excedido a velocidade em alguns
trechos por imprudência. Desta forma, o pai pode concluir que o filho andou sempre com a velocidade
de 70km/h? Com este tipo de cálculo não é possível fazer uma avaliação precisa do comportamento do
estudante durante o trajeto. Com isso, é necessário um cálculo mais preciso para fazer este
diagnóstico. Por exemplo, poderíamos fazer o cálculo dividindo o trecho em pequenos “trechinhos” e
calcular a velocidade média em cada “trechinho”. Quanto menor os trechos, chegamos mais próximo
da velocidade em cada ponto do trajeto. Se os “trechinhos” forem muito pequenos, temos a velocidade
instantânea em cada ponto do trajeto. Um equipamento que faz este tipo de cálculo é o tacógrafo, que
monitora o tempo (de uso do veículo), a distância percorrida e a velocidade que desenvolveu em cada
instante do trajeto percorrido.
Como vimos, o cálculo da velocidade média em várias situações não fornece dados com precisão.
Nesses casos, necessitamos de um cálculo mais preciso que é a taxa de variação instantânea.
A partir de agora vamos começar a estudar a taxa de variação instantânea e suas aplicações.
DerivadasVideo1Etapa1.flv
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4.6 Coeficiente Angular
O coeficiente angular de uma função do 1o grau representa a taxa de variação dessa função.
No exemplo 3, a velocidade é a variação da distância percorrida por unidade de tempo. Esta variação
da distância é o coeficiente angular da reta que descreve a distância percorrida em função do tempo.
Portanto, para determinar a variação (coeficiente angular) de funções do 1o grau, é muito simples.
Veja:
tal que
Vamos agora generalizar a variação da função do 1o grau.
Considerando uma função do 1o grau, qualquer, temos:
Figura 4. 5 Gráfico variação da função do 1o grau: coeficiente angular
O coeficiente angular da reta será:
tal que
(1)
Logo,
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4.7 Variação da Função Não Linear
As funções não lineares também tem variação só que esta não é constante, ou seja, varia de ponto a
ponto. A variação dessas funções num ponto qualquer da curva é igual à variação da reta tangente no
ponto desejado da curva.
Portanto, para determinar a variação da função num determinado ponto da curva é suficiente
determinar o coeficiente angular da reta tangente à curva naquele referido ponto. Este coeficiente
angular determina a variação instantânea da função naquele ponto.
Considerando uma função não linear qualquer, temos:
Figura 4. 6 Gráfico de uma reta tangente a uma curva não – linear
A variação da função no ponto é igual ao coeficiente angular da reta tangente à curva em
P.
Como vimos anteriormente, para determinar o coeficiente angular de uma reta, necessitamos de dois
pontos da reta.
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Mas para a reta tangente temos apenas um ponto da reta conhecido que é o ponto P (ponto de
tangência).
A partir da Figura 4.6, traçamos, além da reta tangente, uma reta secante que intercepta a curva nos
pontos P e Q, que está representado na Figura 4.7.
Figura 4.7 Gráfico de uma reta tangente e da reta secante a uma curva não – linear
Pelo gráfico da Figura 4.7, podemos observar duas retas: a reta tangente t e a reta secante s. Note
que os pontos P e Q pertencem a reta secante.
Como já vimos anteriormente, por dois pontos da reta podemos determinar o coeficiente angular. O
coeficiente angular da reta secante é:
(2)
Logo,
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Podemos observar que a inclinação das retas secante e tangente são diferentes. Logo o coeficiente
angular das duas retas é diferente, ou seja, .
Agora observe o gráfico no vídeo abaixo.
topico8_interpretacaodaderivada.flv
Gráfico de uma reta tangente e de várias retas secantes a função não linear
Podemos observar à medida que for se tornando pequeno, a reta secante tem sua inclinação cada
vez mais semelhante à inclinação da reta tangente e, consequentemente, o coeficiente angular da reta
secante cada vez mais semelhante ao da reta tangente.
Podemos reduzir infinitas vezes e traçar sucessivas retas tangentes. Quando tomarmos
infinitamente pequeno, , as retas, secante e tangente tendem a ser coincidentes, (tem
mesma inclinação), logo, o coeficiente angular da reta secante tende a ser igual ao coeficiente angular
da reta tangente. Veja:
Da equação (2) temos,
E quando , , então podemos concluir que:
, quando este limite existir.
Como a variação da função em ,é igual à variação da reta tangente, no mesmo ponto P,
então representa a taxa de variação instantânea da função no ponto P.
Assim sendo, podemos determinar a variação instantânea de qualquer função em qualquer ponto da
curva se, para aquele determinado ponto da curva o limite existir.
De uma maneira mais generalizada o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico de uma função
num ponto qualquer da curva é:
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(3)
quando este limite existir
http://ecalculo.if.usp.br/derivadas/popups/interp_geom.htm
Exemplo 4: Encontrar o coeficiente angular da reta tangente à curva no ponto:
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Figura 4.8 Representação gráfica da função e a reta tangente passando pelo
ponto (1,2)
Solução:
Sabendo que , para qualquer ponto da curva.
a) No ponto , temos:
Sabendo que
No ponto P temos
Logo,
Calculando o limite, temos:
b) No ponto P(1,2)
Como o cálculo anterior serve para qualquer ponto P(x,y) da curva, para a abscissa x=1, temos:
Encontramos que o coeficiente angular da reta tangente à curva no ponto P(1,2) é 2. Logo, a taxa de
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variação instantânea da função no ponto P(1,2) também é 2.
Isso significa que no ponto P(1,2) a curva tende a decrescer duas unidades por uma variação
crescente de unidade de deslocamento da abscissa. Podemos observar no gráfico da função que a
reta tangente realmente decresce duas unidades para cada unidade de deslocamento da abscissa.
c) No ponto de abscissa 3, temos:
Usando a expressão geral calculado em (a),
Logo,
Encontramos que no ponto de abscissa 2 a função tem uma taxa de variação instantânea igual a 2, ou
seja, neste instante a função tende a aumentar duas unidades por uma unidade de deslocamento da
abscissa.
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4.8 Equação da Reta Tangente
Se a função é contínua em , então a reta tangente à curva em é:
i) A reta que passa por P tendo inclinação
, se este limite existe.
Neste caso temos a equação:
(4)
Para determinar a equação da reta tangente num determinado ponto da curva é suficiente que
conheçamos o ponto de tangência e o coeficiente angular da reta tangente em .
O coeficiente m é chamado coeficiente angular, ou declividade de uma reta não perpendicular ao eixo
das abscissas, em que m é um valor real, obtido no cálculo da tangente trigonométrica do ângulo θ,
pois, com . Na trigonometria, definese tangente de um ângulo θ, o
quociente entre o cateto oposto a θ e o cateto adjacente a θ, ou seja: .
Desta forma, temos que, para temos que a função é crescente. Para
temos que é decrescente e para é constante e caso (não é função). Por
outro lado, temos que e , representam o ponto onde a reta passa. Assim, conhecendo o
coeficiente angular e um ponto onde a reta passa obtemos a equação da reta.
DerivadasVideo2Etapa1.flv
Exemplo 5: Determinar a equação da reta tangente ao gráfico da função no ponto
cuja abscissa é 3.
Solução:
No ponto de tangência a abscissa é 3
A ordenada nesse ponto é . Logo
O ponto de tangência é .
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Agora precisamos encontrar o coeficiente angular da reta tangente:
Sabemos que e
Calculando o limite, temos:
No ponto de abscissa 3 temos:
Logo
Para determinar a equação da reta tangente é necessário substituir o ponto da reta e o coeficiente
angular da reta tangente na fórmula da equação geral da reta. Fazendo isso, temos:
Logo a equação da reta tangente à curva no ponto P(3,15) é
Figura 4.9 Representação da função com a reta tangente.
Exemplo 6: Encontre a equação da reta tangente a curva , no ponto cuja abscissa é 0.
Solução:
http://ava.utfpr.edu.br/mod/book/tool/print/index.php?id=3419 20/38
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Vamos encontrar o coeficiente angular da curva no ponto P(0,1).
Trocando por h temos:
http://ava.utfpr.edu.br/mod/book/tool/print/index.php?id=3419 21/38
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pelos limites fundamentais temos:
Como
http://ava.utfpr.edu.br/mod/book/view.php?
id=3411&chapterid=9937
Usando (4) escrevemos a equação da reta tangente à curva em P(0,1):
Graficamente temos:
Figura 4.10 Representação da função com a reta tangente
Exemplo 7 (Adaptado Stewart): Encontre uma equação da reta tangente à hipérbole no ponto
.
Solução:
http://ava.utfpr.edu.br/mod/book/tool/print/index.php?id=3419 22/38
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Encontrando o m.m.c, obtemos:
Fazendo a divisão de fração
Aplicando o limite: .
Portanto, uma equação da reta tangente no ponto é:
Usando a equação da reta tangente:
ou podemos escrever como
.
No Figura 4.12 temos o gráfico da hipérbole e a reta tangente passando pelo ponto .
Figura 4.11 Representação da função com a reta tangente
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Resposta: Equação da reta tangente:
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4.9 Reta Normal
Sabendo que retas ortogonais têm seus coeficientes angulares opostos e inversos, podemos ainda
determinar a reta ortogonal à reta tangente no ponto de tangência com a curva determinada pela
função. A reta ortogonal à reta tangente no ponto P da curva é a normal da curva em P.
Como é o coeficiente angular da reta tangente em P, então o coeficiente angular da reta normal (
) no ponto P é:
(5)
Considerando um ponto qualquer da curva e o correspondente a este ponto, a reta
normal à curva em P é:
Exemplo 8: Dada a função , determinar a equação da reta normal à curva em P(5,1).
Inicialmente calculamos o valor de (coeficiente angular da reta tangente, equação (3))
Calculando o limite, temos:
No ponto P(5,1) será
http://ava.utfpr.edu.br/mod/book/tool/print/index.php?id=3419 25/38
30/03/2015 Derivadas parte 1
Assim, temos que , ou seja, o coeficiente angular da Reta tangente.
Para encontrarmos o coeficiente angular da reta normal basta utilizarmos a equação
Assim, temos:
Logo a equação da reta normal é
Graficamente temos:
Figura 4.12 Representação da função com a reta tangente e a reta normal
http://ava.utfpr.edu.br/mod/book/tool/print/index.php?id=3419 26/38
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Resposta: Equação da reta normal
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4.10 Derivadas
A derivada de uma função num ponto qualquer é a variação instantânea da função no ponto . Esta
variação da curva em é igual à variação da reta tangente em . Logo, a derivada da função que representa a
taxa de variação instantânea de uma função num ponto qualquer é igual ao coeficiente angular da reta
tangente no mesmo ponto .
Portanto, se a derivada puder ser representada por , temos:
Este limite nos dá a inclinação da reta tangente à curva no ponto . Portanto,
geometricamente, a derivada da função no ponto representa a inclinação da curva neste ponto.
Dizemos que uma função é derivável quando existe a derivada em todos os pontos de seu domínio.
Podemos representar a derivada de uma função por diferentes notações:
i) ( lêse f linha de x no ponto );
ii) (lêse y linha);
iii) (derivada de y em relação a x);
iv) (lêse derivada de f(x) em relação a x);
http://ecalculo.if.usp.br/
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Exemplo 9: Dada uma função , calcular:
a) A derivada da função, usando a definição.
b) A derivada da função no ponto P(2,1).
Solução
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30/03/2015 Derivadas parte 1
Calculando o limite, temos:
b) A derivada (taxa de variação instantânea) em P(2,1) é:
definicao_de_derivadas_01.flv
Solução:
Pela definição da derivada num ponto temos que:
, então:
e aplicando a definição temos:
multiplicando pelo conjugado temos:
Fazendo a simplificação temos:
Substituindo o valor do limite:
Exemplo 11: Dada a função , determinar:
a) A derivada da função usando a definição 1
b) A derivada da função no ponto de abscissa 5
c) O coeficiente angular da reta tangente no ponto
d) O coeficiente angular da reta normal à curva no ponto de abscissa 5.
e) As retas tangente e normal à curva no ponto
Solução:
a) e
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Calculando o limite temos:
b) A derivada no ponto x=5 é
c) O coeficiente angular da reta tangente no ponto é igual a derivada da função no mesmo ponto.
Portanto,
d) O coeficiente da reta normal tem a seguinte relação com o coeficiente angular da reta tangente:
Portanto,
e) Reta tangente
Resolvendo temos:
equação da reta tangente
Reta normal
Resolvendo temos:
equação da reta normal.
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Exemplo 12. Dada , encontre a derivada .
Solução:
Pela definição temos que:
Para resolvermos este limite, vamos fazer a troca de variáveis:
, então elevando ambos os membros a 3 obtemos:
então substituindo na definição temos:
fazendo a fatoração do denominador,
fazendo a simplificação de temos:
aplicando o limite
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Resposta:
derivada_pela_definicao_02.flv
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4.11 Continuidade de Funções Deriváveis
Segundo a resolução do exercício 12, podemos observar que é contínua em , o que não implica na
existência de . A recíproca é verdadeira. Veja o Teorema.
Prova. Seja uma função derivável em . Vamos provar que é contínua em , ou seja,
para que a função seja contínua ela deve satisfazer algumas condições:
(i) existe;
(ii) existe;
(iii)
Desta forma, temos que deve existir para que o limite tenha significado.
Além disso, temos que:
Logo,
E ainda,
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30/03/2015 Derivadas parte 1
Uma função terá uma derivada em um ponto se os coeficientes angulares das retas secantes que
passam por e um ponto próximo no gráfico tenderem a um limite à medida que se
aproxima de . Quando as secantes não têm uma posição limite ou se tornam verticais à medida que
tende a , a derivada não existe. Logo, a diferenciabilidade (derivabilidade) tem a ver com uma
“suavidade”do gráfico de .
Um função pode não apresentar derivada em determinado ponto por vários motivos, incluindo a
existência de pontos em que o gráfico apresenta:
Um “bico” , “quina”ou uma “dobra”, então o gráfico não terá tangente neste ponto e não será
diferenciável, além disso, as derivadas laterais são diferentes;
Uma cúspide, em que o coeficiente angular de tende a de um lado e a do outro;
Reta Tangente vertical, quando , isto é, é contínua em e , ou
também pode tender a . Isso significa que a reta tangente fica cada vez mais íngrime quando
Em qualquer descontinuidade, por exemplo uma descontinuidade de salto, deixa de ser
diferenciável, ou seja, se não for contínua em um determinando ponto , então não é
diferenciável em .
Outro caso em que a derivada pode deixar de existir ocorre quando o coeficiente angular da função
oscila rapidamente próximo a um determinado ponto , como em próximo da origem,
onde é descontínua.
Exemplo 13. Verifique se é derivável em .
Solução:
A função f pode ser descrita por duas equações equivalentes:
Para ser derivável em , uma função f tem que ser contínua em e as derivadas à direita
e à esquerda de devem ser iguais, isto é .
A função é contínua em
a) Cálculo do valor da função em
b) Verificando se o limite existe:
http://ava.utfpr.edu.br/mod/book/tool/print/index.php?id=3419 35/38
30/03/2015 Derivadas parte 1
c) a função é contínua em
Figura 4.13 Representação gráfica da função
Quando as derivadas laterais (direita e esquerda) existem e são diferentes em um ponto ,
dizemos que este é um ponto anguloso do gráfico da função, ou seja, f não é derivável em , o
gráfico de f apresenta um “bico” em . Além disso, o gráfico não admite
reta tangente em .
Exemplo 14. Seja dada a função . Verifique se esta função é diferenciável
no ponto .
Solução:
Notem que as derivadas laterais são diferentes, assim podemos afirmar que esta função não é
diferenciável no ponto . Podemos representar graficamente como:
http://ava.utfpr.edu.br/mod/book/tool/print/index.php?id=3419 36/38
30/03/2015 Derivadas parte 1
Figura 4.14 Representação gráfica da função
Note que no ponto o gráfico apresenta uma quina, ou uma dobra assim, também podemos
verificar que a função não é diferenciável.
Pelo Teorema temos que se uma função é diferenciável então ela é contínua neste caso não podemos
afirmar nada se esta função é contínua ou descontínua. Mas podemos fazer o teste de continuidade, e
verificar se esta função é contínua ou não no ponto .
Pelo teste da continuidade temos que:
(i)
(ii) Como os limites laterais são iguais temos que:
(iii)
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30/03/2015 Derivadas parte 1
http://ava.utfpr.edu.br/mod/book/tool/print/index.php?id=3419 38/38