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Análise
sistemática qualitativa
Nota do editor: Este capítulo tem como base o livro DIAS, S. L. P. et al. Análise qualitativa em escala semimicro.
Porto Alegre: Bookman, 2016.
ÍONS EM SOLUÇÃO
GRUPO I GRUPOS
AgCl, PbCl2, Hg2Cl2 II, III, IV, V
GRUPO II GRUPOS
HgS, CuS, CdS, PbS III, IV, V
Bi2S3, As2S5, Sb2S5, SnS2
H2S em meio
Processo 3
amoniacal tamponado
GRUPO IV
GRUPO V
MgNH4PO4, Ba3(PO4)2,
Ca3(PO4)2, Sr3(PO4)2
SOLUÇÃO PROBLEMA
P 1.3 K2CrO4
P 1.4 NH3(aq) 3,0 mol/L
ppt amarelo
PbCrO4
Ag(NH3)2
0
HgNH2Cl, Hg
AgCl
HgCl42, Hg2 ppt branco
duas porções
Hg2Cl2 branco
NHNHC6H5
ou Hg0
Hg O=C
NHC6H5
2
IMPORTANTE
2+ + 2+
O Grupo I é constituído pelos cátions Pb , Ag e Hg2 que formam sais de baixa solubilidade
com íons cloretos.
O cloreto mercuroso (Hg2Cl2) é o menos solúvel dos três cloretos formados. O cloreto de
chumbo (PbCl2) é apreciavelmente solúvel em solução aquosa, sendo, por isso, considerado um
precipitado ligeira ou moderadamente solúvel. A sua solubilidade aumenta rapidamente com o
incremento da temperatura, o que não acontece com os outros dois cloretos (AgCl e Hg2Cl2).
Portanto, o PbCl2 pode ser separado dos outros dois precipitados por aquecimento com água
destilada.
IMPORTANTE
O ácido clorídrico é adicionado à água de lavagem para diminuir, pelo efeito do íon comum, a
solubilidade do cloreto de chumbo.
䉴 Processo 1.2
Trate o precipitado branco, obtido no processo anterior, adicionando entre 4 a 6 gotas
de água, misture e aqueça em banho-maria durante 3 minutos. Centrifugue logo em
seguida, transferindo o centrifugado para outro tubo. Repita o tratamento do preci-
pitado com água sob aquecimento. Centrifugue e reúna os dois centrifugados para
identificação do cátion Pb2+ no Processo 1.3 e tratamento do precipitado que contém
AgCl e Hg2Cl2 no Processo 1.4.
䉴 Processo 1.3
O centrifugado pode conter Pb2+. Junte algumas gotas de solução de cromato de po-
tássio. O aparecimento de um precipitado amarelo confirma a presença de chumbo.
A reação envolvida é:
2+ 2–
Pb (aq) + CrO4 (aq) U PbCrO4 (s)
䉴 Processo 1.4
O resíduo pode conter AgCl e Hg2Cl2. Adicione 10 gotas de NH4OH 3,0 mol/L. Agite
a solução com bastão de vidro e centrifugue. O aparecimento de um precipitado de
cor preta indica a presença de mercúrio.
As reações envolvidas são:
+
AgCl(s) + 2 NH3(aq) U Ag(NH3)2 (aq) + Cl–(aq)
+
Hg2Cl2(S) + 2 NH3(aq) U HgNH2Cl(s) + Hg(s) + NH4 (aq) + Cl–(aq)
䉴 Processo 1.5
O centrifugado pode conter a prata sob a forma de complexo. Acidifique com HNO3
3,0 mol/L. O aparecimento de um precipitado assinala a presença de prata.
As reações envolvidas são:
IMPORTANTE
A precipitação do AgCl em meio ácido ocorre com qualquer concentração de íons prata.
䉴 Processo 1.6
O resíduo pode conter HgNH2Cl. Lave com 10 gotas de água. Centrifugue despre-
zando o líquido de lavagem. Dissolva, sob aquecimento, em água-régia (1 gota de
HNO3concentrado + 3 gotas de HClconcentrado). Dilua com 5 gotas de água destilada. Homo-
geneize e divida em duas porções.
As reações envolvidas são:
–
+ 6 Cl–(aq) + 4 H+ (aq) U 2 HgCl4
2–
2 HgNH2Cl (s) + 2 NO3 (aq) (aq) + N2 (g) + 2 NO (g)+ 4 H2O
–
+ 12 Cl–(aq)+ 12 H+ (aq) U 3 HgCl4
2–
3 Hg(s) + 2 NO3 (aq) (aq) + 2 NO (g) + 6 H2O
NH-NH-C6H5 NH-N-C6H5
2 O=C Hg
2
(aq) Hg O=C 2 H(aq)
NH-NH-C6H5(aq) NH-NH-C6H5
2(aq)
difenilcarbazida quelato azul violeta
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1 gota HNO3, NH3 3,0 mol/L, HCl 3,0 mol/L, 1 gota HCl conc.
P2.1
(H3O 0,3 mol/L), H2S
HgS, CuS, CdS, Bi2S3, PbS, As2S5, Sb2S5, SbS2 GRUPOS III, IV e V
PbCrO4
ppt amarelo Óxido azuis de Mo
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14 Química analítica: teoria e prática essenciais
IMPORTANTE
2+ 3+ 3+ 4+ 5+ 5+
A adição de HNO3 tem por finalidade oxidar Sn Ag e Sb a Sn , As e Sb , aumentando o
caráter ácido desse grupo de elementos.
IMPORTANTE
Como reagente gerador de íons sulfeto, emprega-se a tioacetamida que, por hidrólise a quente,
produz H2S segundo a equação :
CH3CSNH2(aq) + 2H2O U CH3COO –(aq) + H2S(aq) + NH4
+
(aq)
IMPORTANTE
A coloração dos sulfetos precipitados oferece informações úteis. Quando o precipitado for preto,
isso pode indicar a presença de sulfetos de Hg, Cu, Pb e Bi. O Hg também pode formar precipitado
branco de 2HgS∙Hg(NO3)2 que enegrece pelo acréscimo de mais H2S.
Um precipitado amarelo é indicativo da presença de sulfetos de As, Sb, Sn ou Cd. O sulfeto
de antimônio é normalmente alaranjado, o de arsênio é amarelo brilhante, e o de chumbo, mesmo
a frio, é preto.
IMPORTANTE
O aquecimento é feito para expulsar os vapores de H2S, impedindo que o sulfeto se oxide a sulfa-
to, lentamente, em repouso. A formação de íons sulfato causaria a precipitação de componentes
do Grupo IV, junto com os do II (mais especificamente, o bário). Se a análise do Grupo III for efe-
tuada logo em seguida, essa operação poderá ser omitida.
IMPORTANTE
A adição de cloreto de amônio ao líquido de lavagem serve para manter o precipitado na forma
coagulada, evitando a peptização e a consequente dispersão coloidal que dificulta a separação
do precipitado por filtração ou centrifugação.
IMPORTANTE
A separação dos sulfetos do subgrupo II-A em relação aos sulfetos do II-B deve-se à insolubilida-
de dos primeiros e à solubilidade dos segundos em bases fortes (como KOH). Os sulfetos do sub-
grupo II-B, As, Sb e Sn, têm comportamento químico igual ao de óxidos ácidos, mas são menos
ácidos, é verdade, pois o enxofre está situado abaixo do oxigênio na Tabela Periódica.
– 3– 3–
4As2S5(s) + 24 OH (aq) U 3 AsO4 (aq) + 5 AsS4 (aq) + 12 H2O
Por outro lado, considerando os sulfetos do subgrupo II-A, exceto o de chumbo, os demais
são básicos, portanto, insolúveis em bases. A basicidade desses sulfetos é maior do que a que
ocorre com os respectivos óxidos, não sendo possível prever sua solubilização em KOH.
Transfira o centrifugado (c1) para outro tubo. Trate novamente o resíduo com
4 gotas de hidróxido de potássio 2,0 mol/L, agite, aqueça e centrifugue. Separe o
centrifugado (c2) que deve ser incorporado ao centrifugado (c1).
O centrifugado constitui o subgrupo II-B, formado pelos tioânions e oxitioâ-
nions dos elementos As, Sb e Sn, e é analisado segundo o Processo 2.16.
O resíduo insolúvel em KOH constitui o subgrupo II-A, formado pelos sulfetos
de Hg, Bi, Pb, Cu e Cd e é analisado de acordo com o Processo 2.3.
IMPORTANTE
A adição de HNO3 provoca a solubilização dos sulfetos de Pb, Bi, Cu, Cd.
–
3 PbS(s) + 2 NO3 (aq) + 8 H+(aq) U 3 Pb2+(aq) + 3 S0 + 2 NO(g) + 4 H2O
䉴 Processo 2.4
O resíduo também pode conter HgS preto ou então 2 HgS∙Hg(NO3)2 branco. Dissol-
va em água-régia (uma gota de HNO3concentrado + 3 gotas de HClconcentrado) por aqueci-
mento. Dilua com 5 gotas de água, homogeneize e divida em duas porções.
IMPORTANTE
O HNO3 não é um oxidante satisfatório para dissolver o HgS. Recomenda-se o emprego de água-
-régia (HCl + HNO3), que alia as propriedades oxidantes do íon nitrato às propriedades comple-
xantes do cloreto sobre mercúrio II.
3 HgS(s) + 2 NO3(aq) + 12 Cl –(aq) + 8 H+(aq) U 3 HgCl4
– 2–
(aq) + 3 S0 + 2 NO(g) + 4 H2O
䉴 Processo 2.7
O centrifugado pode conter Cu2+, Cd2+, Pb2+, Bi3+. Adicione NH4OH concentrado (até
o meio ficar nitidamente alcalino) e centrifugue. Separe o centrifugado para análise
nos Processos 2.13, 2.14 e 2.15. Lave o resíduo com 5 gotas de água, centrifugue e
reúna o líquido de lavagem ao centrifugado.
IMPORTANTE
䉴 Processo 2.8
O resíduo pode conter Pb(OH)NO3 e BiONO3. Adicione 5 gotas de KOH 2,0 mol/L,
agite, aqueça e centrifugue. Separe o centrifugado. Adicione mais 2 gotas de KOH
2,0 mol/L ao resíduo, aqueça, dilua com 4 gotas de água. Centrifugue e adicione o
líquido ao centrifugado anterior.
IMPORTANTE
IMPORTANTE
O teste é mais bem observado em acidez não muito elevada, por isso, o BiOOH deve ser dissol-
vido na menor quantidade possível de HCl. A cinchonina é uma substância básica que forma sais
com os ácidos.
+
H (aq) + B(aq) U BH+(aq) (B = cinchonina)
+
BH (aq) + 4 I –(aq) + Bi3+(aq) U Bi(BH)I4(s)
IMPORTANTE
2– 10 2–
A espécie Cu(CN)3 é aproximadamente 10 vezes mais estável que a espécie Cd(CN)4 . Por
isso, no equilíbrio, a espécie tetracianocadmiato fornece à solução quantidade suficiente de íons
2+
Cd , de modo a formar um precipitado amarelo de CdS.
2– + – –28
Cu(CN)3 (aq) U Cu (aq) + 3 CN (aq) KInst ⬇ 10 ou Kest ⬇ 1028
2–
Cd(CN)4 (aq) U Cd2+(aq) + 4 CN–(aq) KInst ⬇ 10–18 ou Kest ⬇ 1018
2–
Cd(CN)4 (aq) + S–(aq) U CdS (s) + 4 CN–(aq)
IMPORTANTE
Quando uma solução básica, formada pelos tio e oxiânions de As, Sb e Sn, for acidificada com HCl
diluído, poderão formar-se os ácidos correspondentes que, reagindo entre si, formam os sulfetos
pouco solúveis.
3–
AsS4 (aq) + 3 H+(aq) U H3AsS4(aq)
3–
AsO4 (aq) + 3 H+(aq) U H3AsO4(aq)
5 H3AsS4(aq) + 3 H3AsO4(aq) U 4 As2S5(s) + 12 H2O
A não formação de precipitado nesse momento significa a ausência do Grupo IIB.
䉴 Processo 2.17
Adicione 6 gotas de HCl concentrado ao precipitado, aqueça e agite durante 3 mi-
nutos e centrifugue. Remova o centrifugado para um tubo de ensaio (c1). Trate o
resíduo com uma mistura de 4 gotas de água e 4 gotas de HCl concentrado sob
aquecimento. Centrifugue (c2). Junte o centrifugado (c2) ao (c1) para análise nos
Processos 2.21, 2.22 e 2.23. Homogeneize.
IMPORTANTE
5+ 3+
Na solubilização do Sb2S5 em HCl concentrado, ocorre igualmente redução do Sb a Sb à custa
do íon sulfeto:
+
Sb2S5(s) + 6 H (aq) 2 Sb3+(aq) + 2 S0 + 3 H2S(aq)
IMPORTANTE
Para que o Sb seja identificado pela rodamina-B, ele deve ser previamente oxidado a Sb(V) por
meio de NaNO2:
3+ –
+ 6 Cl –(aq) + 4 H+(aq) U SbCl6
–
Sb (aq) + 2 NO2 (aq) (aq) + 2 NO(g) + 2 H2O
O excesso de nitrito não deve ser demasiado para evitar que o teste seja positivo, indepen-
dentemente da presença de antimônio.
+
RB (aq) + H3O (aq) U RBH+(aq)+ H2O
–
+ RBH+(aq) U [SbCl6 RBH+](aq)
–
SbCl6 (aq)
Em presença de antimônio, surge uma delgada suspensão de cristais de um sal de cátion or-
–
gânico do corante e do ânion SbCl6 , sal que, por transparência, tem uma coloração violeta. Na
ausência de antimônio, a solução tem uma coloração verde-amarelada.
C2H5
(C2H5)2N O N
C2H5
H C H
COOH
tetraetilrodamina
IMPORTANTE
4+
O magnésio é usado para reduzir o Sn a Sn2+. Nas mesmas condições, o Sb3+ reduz-se a Sb
metálico.
4+
Sn (aq) + Mg(s) Sn2+(aq) + Mg2+(aq)
2 Sb3+(aq) + 3 Mg(s) 2 Sb(s) + 3 Mg2+(aq)
2+ 0 4+ –
Sn (aq) + Hg2Cl2 (s) 2 Hg + Sn (aq) + 2 Cl (aq)
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P 3.1 NH4Cl/NH3(aq) conc./H2S
4 2
Mn(OH)2, Fe(OH)2, Co(OH)2, Ni(OH)2//Cr(OH) , Al(OH)4 , Zn(OH)4
P 3.4 Na2O2
SUBGRUPO BÁSICO SUBGRUPO ANFÓTERO
2 2
MnO2.H2O, Fe(OH)3, Co(OH)3, Ni(OH)2 CrO4 , Al(OH)4 , Zn(OH)4
Mn(OH)2
2 PbCrO4
Co(CNS)4 Al(OH)3 com aluminon
P 3.7 NH4CNS azul ppt amarelo adsorvido
agitar
3 mol/L (ppt vermelho)
NaF
P 3.9 dimetilglioxima ditizona
3 P 3.12
MnO2.H2O Fe(CNS)6 H2SO4 1,5 mol/L (agitar)
Vermelho difenilcabazida
Ni-dimetilglioxima
benzidina escuro
(ppt vermelho) Zn-ditizona
saturada (cor vermelha
cor violetada
na fase aquosa)
avermelhada
Capítulo 1 Análise sistemática qualitativa
Cor azul
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24 Química analítica: teoria e prática essenciais
IMPORTANTE
A adição de cloreto de amônio permite a formação de uma mistura tampão NH3/NH4Cl que limita
–
a formação de íons OH e, com isso, evita a precipitação do Mg(OH)2 junto com o Grupo III.
IMPORTANTE
É fácil testar se a precipitação foi completa: basta centrifugar a solução, tratar o líquido sobrena-
dante com algumas gotas de tioacetamida e aquecer ligeiramente, cuidando para que o líquido
não se misture com o precipitado separado.
䉴 Processo 3.2
Lave o precipitado do Processo 3.1, constituído pelos hidróxidos de Cr e Al, e pelos
sulfetos de Zn, Fe, Co e Mn, com 10 gotas de água contendo duas gotas de NH4Cl sa-
turado. Centrifugue e despreze o líquido de lavagem. Dissolva o precipitado em duas
gotas de HClconcentrado, sob aquecimento, por 1 minuto. Adicione, então, uma gota de
HNO3 concentrado. As reações envolvidas são:
+
Cr(OH)3 (s) + 3 H (aq) U Cr3+(aq) + 3H2O
+
Al(OH)3 (s) + 3 H (aq) U Al3+(aq) + 3H2O
+
ZnS(s) + 2 H (aq) U Zn2+(aq) + H2S(g)
MnS(s) + 2 H+(aq) U Mn2+(aq) + H2S(g)
FeS(s) + 2 H+ (aq) U Fe2+(aq) + H2S(g)
–
3 CoS(s) + 2 NO3 (aq) + 8 H+ (aq) U 3 Co2+(aq) + 3 S0 + 2 NO(g) + 4 H2O
–
3 NiS(s) + 2 NO3 (aq) + 8 H+ (aq) U 3 Ni2+(aq) + 3 S0 + 2 NO(g)+ 4 H2O
IMPORTANTE
3+ Subgrupo
+ 3OH–(aq) U Al(OH)3 (s) + OH–(exc) U Al(OH)4
–
Al (aq) (aq) íon aluminato
anfótero
2+
+ 2OH–(aq) U Zn(OH)2 (s) + 2 OH–(exc) U Zn(OH)4
2–
Zn (aq) (aq) íon zincato
2+
Mn (aq) + 2OH–(aq) U Mn(OH)2 (s)
Fe2+(aq) + 2OH–(aq) U Fe(OH)2 (s)
Subgrupo
Co2+(aq) + 2OH–(aq) U Co(OH)2 (s) básico
䉴 Processo 3.4
Lentamente, adicione 0,1-0,2g de Na2O2; aqueça por 3 minutos em banho-maria e
centrifugue. Lave o resíduo com 10 gotas de água e centrifugue. Junte a água de
lavagem ao centrifugado anterior.
As reações envolvidas são:
– 2– 2–
2Cr(OH)4 (aq) + 3 O2 (aq) U 2 CrO4 (aq) + 4 OH–(aq) + 2 H2O
+ H2O U MnO2 . H2O(s) + 2 OH–(aq)
2–
Mn(OH)2(s) + O2 (aq)
2–
2 Fe(OH)2(s) + O2 (aq) + H2O U 2 Fe(OH)3(s) + 2 OH–(aq)
2–
2 Co(OH)2 (s) + O2 (aq) + 2 H2O U 2 Co(OH)3(s) + 2 OH–(aq)
IMPORTANTE
A adição de peróxido de sódio, Na2O2, visa especialmente a oxidar os íons cromito a cromato e
2-
Mn(II) a Mn(IV) pela ação oxidante do íon peróxido, O2 . Concomitantemente, Fe(II) e Co(II) são
oxidados ao estado trivalente.
O precipitado será analisado mediante Processos 3.5 a 3.9. O centrifugado será ana-
lisado mediante os Processos 3.10 a 3.12.
IMPORTANTE
Na execução do teste de Mn, adiciona-se tartarato duplo de sódio e potássio com a finalidade de
complexar o Fe(III), impedindo que este precipite sob a forma de hidróxido quando se acrescenta
KOH.
3+ 2– 3–
Fe (aq) + 3 C 4H4O6 (aq) U Fe(C4H4O6)3 (aq)
2+ –
Mn (aq) + 2 OH (aq) U Mn(OH)2 (s)
Desse modo, precipita somente Mn(OH)2 branco que, sob agitação, permite a incorporação
de O2 do ar, formando-se um precipitado marrom de Mn(OH)4.
Mn(OH)2(s) + 1/2 O2 (g) Mn(OH)4(s)
IMPORTANTE
3+ 2+
Em presença de sulfocianeto em meio ácido, o Fe forma um íon complexo vermelho FeCNS .
O teste é muito sensível.
3+
+ 6 CNS –(aq) U Fe(CNS)6
3–
Fe (aq) (aq)
IMPORTANTE
2+ 3+ 2+
A reação de identificação do Co é similar à do Fe . Para possibilitar a identificação de Co
3+
sem interferência do Fe , adiciona-se NaF, que forma com o íon férrico um complexo incolor
3–
muito estável, [FeF6] .
3+ – 3–
Fe (aq) +6F (aq) U FeF6 (aq)
IMPORTANTE
2+
A reação pela qual o Co é identificado é a seguinte:
2+
+ 4 CNS –(aq) U Co(CNS)4
2–
Co (aq) (aq)
2–
A coloração azul do Co(CNS)4 não é muito estável; por isso, usa-se solução saturada de sulfo-
cianeto de amônio em álcool, caso contrário, a cor nem chega a aparecer.
IMPORTANTE
3– 3+
A adição de NaF tem por finalidade formar o complexo [FeF6] , impedindo a interferência do Fe
2+ 2+
na identificação de Co e Ni . No teste do Mn, costuma-se empregar o tartarato como comple-
xante por tornar o teste um pouco mais sensível.
H
O O
H3C N N CH3
C C
CH3 C NOH Ni 2 H(aq)
2
2 Ni(aq)
C C
CH3 C NOH H3C N N
CH3
O O
H
䉴 Processo 3.10
Primeira parte
Aqueça durante 1 minuto. Adicione igual volume de água e acidifique fracamente
com H2SO4 1,5 mol/L.
IMPORTANTE
Na hipótese de haver cromo presente, a solução tem cor amarela (devido à presença do cromato).
NH NH NH NH
3O C 2 CrO 2
4 (aq)
10 H
(aq)
3
(Cr )2 O C 8 H2O
NH NH N N
(org)
3(aq)
Difenilcarbazida Cr3-difenilcarbazona
䉴 Processo 3.10
Segunda parte
Acidifique com ácido acético 3,0 mol/L e adicione nitrato de chumbo. Um precipita-
do amarelo indica a presença de cromo.
IMPORTANTE
2+
A acidificação com ácido acético tem por objetivo evitar a precipitação dos íons Pb na forma
de Pb(OH)2.
䉴 Processo 3.11
Tome a segunda porção para a identificação do alumínio. Acidifique com ácido
acético 3,0 mol/L. Adicione duas gotas de aluminon. Alcalinize fracamente com
NH4OH 3,0 mol/L e aqueça.
IMPORTANTE
O hidróxido de alumínio é facilmente solúvel em bases fortes e muito pouco solúvel em hidróxido
de amônio, que é base fraca.
䉴 Processo 3.12
Tome a última porção e dilua com igual volume de água. Adicione 20 gotas de di-
tizona. Vede o tubo de ensaio e agite vigorosamente. A mudança para vermelho na
fase aquosa (superior) indica a presença de zinco, conforme a Figura 1.5.
A reação que ocorre é :
N N C6H5 N N C6H5
2S C Zn2(aq) Zn S C 2 H(aq)
NHNH C6H5 NH N C6H5
2
quelato vermelho
ditizona/CCl4
agitação
Zn2-ditizona
Zn2 complexo
descoloramento
ditizona/CCl4 da ditizona
Zn2
FIGURA 1.5 Procedimento experimental para a identificação de íons Zn2+ com ditizona.
GRUPOS IV e V
ppt amarelo
POSITIVO (positivo)
P 4.5
P 4.7 (NH4)2SO4
Mg2, Ca2
SrSO4
P 4.8 oxalato de amônio
CaC2O4 Mg2
TABELA 1.1 Constantes do produto de solubilidade (KPS) de compostos pouco solúveis dos
cátions Mg2+, Ba2+, Sr2+ e Ca2+ a 25ºC
Composto Mg2+ Ba2+ Sr2+ Ca2+
–9
NH4OH 10 – – –
–5 –9 –9
(NH4)2CO3 1,0 × 10 8,0 × 10 1,6 × 10 4,8 × 10–9
–10 –7
Na2SO4 – 1,0 × 10 2,8 × 10 6,1 × 10–5
–7 –8
(NH4)2C2O4 – 1,6 × 10 5,8 × 10 2,6 × 10–9
–10
K2Cr2O7 em meio de ácido acético – 2,4 × 10 – –
K2CrO4 – 2,4 × 10–10 3,5 × 10–5 –
䉴 Processo 4.1
Recolha, em um tubo de centrífuga, 5 gotas do centrifugado do Processo 3.1 (o
restante deve ser reservado para ser utilizado no Processo 4.2), adicione 2 gotas
de p-nitro-azo-benzeno-alfa naftol (magneson II) e, a seguir, 5 gotas de KOH
2,0 mol/L.
Agite com bastão de vidro durante 1 minuto e centrifugue. A formação de um
precipitado azulado identifica o magnésio.
As reações envolvidas são:
2+
Mg (aq) + 2 OH–(aq) U Mg(OH)2(s) ppt branco
Mg(OH)2(s) + magneson U Mg(OH)2(s) com magneson adsorvido superficialmente
䉴 Processo 4.3
Lave o precipitado do Processo 4.2 com 10 gotas de água acrescida de 1 gota de
NH4OH 3,0 mol/L. Centrifugue e despreze o líquido de lavagem. Dissolva o resíduo
em 5 a 10 gotas de ácido acético 3,0 mol/L.
As reações envolvidas são:
2+ 2+ 2+
Observação: Reações ocorrem da mesma maneira para os íons Mg , Sr e Ba .
䉴 Processo 4.4
Recolha 1 gota da solução em um tubo de ensaio e adicione uma gota de cromato
de potássio. Caso não se forme um precipitado amarelo, passe imediatamente para a
2+ 2+
operação relativa ao tratamento do centrifugado que pode conter somente Sr e Ca
(Processo 4.7).
䉴 Processo 4.5
Havendo formação de um precipitado pelo tratamento com cromato de potássio,
faça as seguintes operações: no restante da solução obtida do tratamento com áci-
do acético, acrescente cromato de potássio em quantidade suficiente para garantir a
precipitação completa (comumente 5 gotas). Deixe em repouso durante 1 minuto e
centrifugue (c1). Lave o precipitado uma vez com 3 gotas de água, centrifugue, junte
o líquido de lavagem (c2) ao centrifugado anterior (c1). O precipitado pode ser cro-
mato de bário, indicando a presença de bário. Confirme com o teste de chama: leve
uma pequena quantidade de material à zona de redução da chama do bico de Bunsen
com o auxílio do fio de Pt por 1 minuto.
Retire o fio de Pt, mergulhe-o em HCl e leve novamente à chama, porém na
zona de oxidação. O aparecimento de uma coloração verde confirma a presença de
bário. Caso a cor não apareça, repita a operação 4-5 vezes.
䉴 Processo 4.6
O centrifugado pode conter Sr, Ca e Mg. Alcalinize com hidróxido de amônio 3,0
mol/L e centrifugue. Despreze o centrifugado. Lave o precipitado, contendo os fos-
fatos de Sr, Ca e Mg, com 10 gotas de água e uma gota de NH4OH concentrado.
Centrifugue, desprezando o líquido de lavagem. Repita a operação de lavagem até o
descoramento do precipitado.
IMPORTANTE
2+ 3–
3 Ca (aq) + 2 PO4 (aq) U Ca3(PO4)2 (s)
⇒ 2 HPO42(aq)
䉴 Processo 4.7
Adicione 6 gotas de sulfato de amônio 1,0 mol/L e deixe em repouso por 3 minutos.
Centrifugue. Teste para verificar se a precipitação foi completa. O precipitado pode
conter sulfato de estrôncio, indicando a presença de estrôncio. Confirme com o teste
de chama. O estrôncio é revelado por um vermelho-carmim rápido e fugaz.
IMPORTANTE
A presença de precipitado branco neste ponto não significa necessariamente que o Sr esteja
2+
presente, pois a precipitação do Ba como cromato poderá não ter sido completa, precipitando,
então, sulfato de bário, muito pouco solúvel.
䉴 Processo 4.8
O centrifugado pode conter Ca2+ e Mg2++. Adicione 4 gotas de oxalato de amônio e
centrifugue. O precipitado pode conter oxalato de cálcio, indicando a presença de
cálcio.
IMPORTANTE
2+ 2+
A presença de precipitado neste ponto não é característica exclusiva do Ca , pois algum Sr
não precipitado no teste anterior poderá precipitar neste momento. É conveniente executar o
2+ 2+
teste de chama, no qual o Ca torna a chama vermelha, de cor menos intensa do que o Sr .
DICA
Os testes de chama para esses três elementos podem, por vezes, ser executados no material
original, obedecendo à seguinte ordem de aparecimento da coloração: Sr, Ca e Ba .
ridas para a precipitação dos Grupos I, II, III e IV. Portanto, todos os compostos
de sódio, potássio e amônio são solúveis, e esse grupo não apresenta um reagente
precipitante.
Como nos grupos anteriores da análise sistemática, usam-se diversos reagentes
sob a forma de compostos de amônio, por isso, o teste de íons amônio deve ser feito
na solução original.
Na remoção dos sais de amônio, por causa da volatilidade desses sais, é neces-
sário converter cloretos de potássio e sódio em sulfatos pela adição de ácido sulfúri-
co. Os cloretos de sódio e potássio podem ser perdidos por aquecimento.
DICA
+ +
Os testes de chama são particularmente importantes para a identificação de íons Na e K e são
preferidos em relação às reações de precipitação.
䉴 Processo 5.1
Ao centrifugado do Processo 4.2 contendo o Grupo V, adicione nitrato de magnésio até
que a precipitação do MgNH4PO4 seja completa. Centrifugue e despreze o precipitado.
IMPORTANTE
O propósito deste ataque é remover o excesso de íons fosfatos que foram usados para precipitar
os cátions do Grupo IV. Como sua presença interfere no teste de precipitação para o sódio, todos
os íons fosfatos devem ser removidos.
䉴 Processo 5.2
Transfira o centrifugado do Processo 5.1 para um pequeno cadinho, adicione 4 gotas
de ácido sulfúrico 1,5 mol/L e evapore a seco.
Continue a aquecer um pouco abaixo do rubro, até cessar o desprendimento de
fumos. Trate o resíduo conforme o Processo 5.3.
IMPORTANTE
Todos os sais de amônio devem ser removidos porque interferem no teste de precipitação para o
potássio. Sódio e potássio permanecem no resíduo como sulfatos.
䉴 Processo 5.3
Esfrie o resíduo do Processo 5.2, acrescente uma gota de água e execute o teste de
chama para Na e K.
IMPORTANTE
O sódio confere cor amarela brilhante à chama, que dura algum tempo. Na ausência de sódio,
a chama de potássio, vista a olho nu, é violeta pálido. Os compostos de potássio são voláteis e
suas chamas têm curta duração. Em presença de sódio, a chama de potássio fica mascarada. O
vidro de cobalto consegue transmitir as raias de comprimento de onda muito curto do violeta e as
de comprimento de onda longo do vermelho do potássio, porém é opaco às raias intermediárias
amarelas do sódio. Portanto, é possível observar através desse vidro a chama violeta-avermelha-
da do potássio em presença de chama de sódio.
IMPORTANTE
IMPORTANTE
A formação de um precipitado amarelo não deve ser tomada como um teste para o potássio. Se o
potássio está presente, é possível ter cristais vermelho-alaranjados cintilantes em suspensão no
líquido, e a cor da solução poderá tornar-se brilhante quando ocorre a precipitação.
Identificação do sódio
Recolha duas gotas da solução em um tubo de centrífuga. Junte quatro gotas de ace-
tato de zinco e uranila. Deixe em repouso por 2 ou 3 minutos. O aparecimento de um
precipitado amarelo esverdeado indica o sódio.
A reação que ocorre é:
+
+ Zn2+ (aq) + 3 UO2
2+ –
Na (aq) (aq) + 9 C2H3O2 (aq) U NaZn(UO2)3(C2H3O2)9 (s)
Identificação do potássio
Coloque diversas gotas do restante da solução em um tubo de ensaio. Trate com uma
gota de dipicrilamina e deixe em repouso por alguns minutos. O aparecimento de
cristais vermelho-alaranjados, com consequente enfraquecimento da cor da solução,
indica o potássio.
+
K (aq) + [C6H2(NO2)3]2 NNa(aq) U [C6H2(NO2)3] NK(s) + Na+(aq)
䉴 Processo 5.4
Identificação dos íons amônio
Coloque duas gotas da solução original em um pequeno tubo de ensaio. Adicione
KOH 2,0 mol/L em excesso. Coloque um pedaço de papel de tornassol vermelho,
umedecido com água, na boca do tubo, sem tocar nas paredes, e aqueça a solução.
A mudança de cor do papel tornassol, do vermelho para o azul, indica a presença de
sais de amônio.
A reação que ocorre é :
+
NH3(aq) + H2O U NH4 (aq) + OH–(aq)
As tabelas a seguir são úteis para consulta e compreensão dos tópicos envol-
vendo a análise sistemática de cátions.
TABELA 1.3 Efeito da concentração do íon amônio sobre a precipitação de hidróxidos metálicos
(supondo concentração do cátion do metal igual a 10–2 mol/L e a concentração de amônia livre igual a
10–1 mol/L)
– +
Hidróxido KPS [OH ]máx, mol/L [NH4 ]mín, mol/L
–11 –5
Mg(OH)2 1,1 × 10 3,3 × 10 0,054
Mn(OH)2 2,0 × 10–13 4,5 × 10–6 0,40
Fe(OH)2 1,8 × 10–15 4,2 × 10–7 4,3
Ni(OH)2 1,6 × 10–16 1,3 × 10–7 14
Zn(OH)2 4,5 × 10–17 6,7 × 10–8 25
Cr(OH)3 6,7 × 10–31 4,1 × 10–9 4,4 × 103
Al(OH)3 5,0 × 10–33 7,9 × 10–11 2,3 × 104
Fe(OH)3 6,0 × 10–38 1,8 × 10–12 1,0 × 106