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Martins Pena e a Compreensão de um Novo Teatro: o Passado como

Campo de Possibilidades para o Presente.


Rafaela Cavalcante Gonçalves Souza Melo1
Eduardo José Reinato2

RESUMO
O presente trabalho busca analisar e compreender, a partir da história, o conteúdo performático produzido
pelo dramaturgo e comediógrafo Martins Pena no século XIX, mais precisamente a partir de 1830.
Percebendo o meio em que este se encontra, e sua capacidade de analisar a sociedade naquele período de
forma crítica. Cabendo destacar que a aparição das comédias de costumes, em suas obras, traz à tona certos
hábitos que até então, não haviam sido mencionados em obras de outros autores. Sendo a responsável por
satirizar determinado contexto (tanto histórico, como político e social), como o intuito de divertir e analisar
um determinado público ou leitor. Essa cabe como análise, a partir de que ao mesmo tempo em que ela é
capaz de entreter, ela também pode criticar certas praxes. É possível, analisar também os inacabamentos do
tempo, por meio de uma ligação entre passado e o presente.

Palavras-chave: Martins Pena, Comédia de Costumes, Sátira.

INTRODUÇÃO
Este artigo é fruto da inscrição para comunicação oral na VI Semana Científica de
História da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, que ocorrerá entre os dias 11 e 15
de dezembro de 2017.

A pesquisa de iniciação científica que justifica este trabalho tem por objetivo
analisar historicamente o conteúdo performático do escritor e dramaturgo Martins Pena
no século XIX, no âmbito de obras e textos teatrais, para análise crítica e compreensão da
sociedade de sua época, tal como vontades políticas e sociais.

A característica principal de suas obras são as comédias de costumes 3, que por


meio desta somos capazes de compreender determinado período e ao mesmo tempo
investigar determinadas práticas de uma sociedade, trazendo uma eficácia para entender
um tempo histórico. Desde a Antiguidade, há a presença da sátira de costumes, iniciada
com o dramaturgo romano Plauto (205 a.C. a 184 a.C.), com o proposito de fazer com

1
Discente de Graduação em Licenciatura em História pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás e
participante da Iniciação Científica. Email: rafaelacavalcante15@gmail.com
2
Professor orientador da Graduação em Licenciatura em História na Pontifícia Universidade Católica de
Goiás. Email: eduardo.reinato63@gmail.com
3
Gênero do teatro brasileiro, que proporciona uma analise dos comportamentos humanos e de seus
costumes em um determinado contexto social.
que o público seja capaz de refletir sobre determinados hábitos que possuem que são tidos
como errados e sejam assim capazes de mudar.

Um dos objetivos de Martins Pena, enquanto escritor, era justamente passar uma
mensagem, que tinha caráter arguidor da realidade. O próprio comediógrafo compreendia
a demanda e eficiência dessa forma cultural de se estabelecer uma comunicação. Para
analisar certos contextos é necessário que voltemos alguns séculos, traçando uma linha
histórica para compreendermos o que mudou em âmbito teatral no Brasil.

Uma das primeiras aparições do teatro no Brasil deu-se logo no inicio da


colonização da nova terra descoberta além mar. Ocorreu com o intuito de catequizar os
índios e os colonos, de forma com que os Jesuítas pudessem, no século XVI, instruir
religiosamente por meio de encenação – esse aspecto é interessante, pois, foi um meio
que encontraram para doutrinar esses povos, já que não falavam a mesma língua.

Durante o século seguinte essas práticas ainda se mantem, porém agora, as festas
carnavalescas trazem consigo um aspecto teatral, pessoas saindo às ruas para
comemorações vestidas com adereços, desfilando mascaradas, dançando, cantando e
tocando instrumentos.

Apenas com a chegada da família real, no século XIX (1808), o teatro muda
totalmente sua forma. O então rei Dom João VI, assina um decreto que reconhece a
necessidade de construir teatros aptos para os nobres que desembarcaram aqui. Vale
ressaltar que, até agora a performance teatral não possuía uma identidade brasileira.
Grandes espetáculos chegaram ao Brasil, porém, além de refletirem os gostos europeus
da época, eram somente para os aristocratas e o povo não tinha qualquer participação.

Ainda no século XIX, o teatro brasileiro começa a se moldar. A representação da


tragédia Antônio José ou O Poeta e a Inquisição de Gonçalves Magalhães em 1838, foi
um momento importante para o desenvolvimento do teatro nacional. Esse drama foi
encenado por uma companhia totalmente brasileira, com atores e propósitos nacionalistas.
É nessa época que surgem as Comédias de Costume com o escritor teatral Martins Pena.

A necessidade agora é de um teatro realista no Brasil, deixando de lado assuntos


banais e visar o debate de temas atuais, problemas sociais e conflitos psicológicos
tentando mostras e revelar o cotidiano da sociedade, o amor adúltero, a falsidade e o
egoísmo humanos.
Essa característica se mantem até hoje. E é aqui que da para se fazer uma boa
analise do objeto a ser pesquisado. Há uma vinculação histórica com o passado e o
presente; Walter Benjamin, pensador alemão, irá avaliar a necessidade de investigar o
passado como um campo de possibilidades para o presente.

Por exemplo, as obras de Martins Pena ainda servem como exemplo tanto para
dramaturgos, quanto para escritores literários. Ou seja, os feitos humanos de outras eras
adquirem atributos e qualidades com a capacidade de mobilizar agentes sociais na
atualidade.

ROTEIRO

 Me apresentar:
 nome,
 período,
 curso,
 apresentar meu orientador,
 título do projeto de pesquisa “História e Performances Culturais: Interlocuções
entre sensibilidades, linguagens e estética.”,
 título do meu plano de trabalho “A influência das obras de Martins Pena na
consolidação de um novo teatro para o século XIX e os seguintes
 título da comunicação “Martins Pena e a Compreensão de um novo teatro: o
passado como campo de possibilidades para o presente”
 explicar quem foi Martins Pena;
 escola literária a qual ele pertencia (explicar de forma resumida)
 falar sobre essa característica única que é a comédia de costumes;

BIBLIOGRAFIA

BRECHT, B. Estudos sobre Teatro. Lisboa: Ed. Portugália, s/d.

BLOCH, Marc. Apologia da História, ou, O ofício de historiador. Tradução de


André Telles. Rio de Janeiro: J. Zahar, 2001..
BENJAMIN, W. Obras Escolhidas. São Paulo: Brasiliense, 1991. (3 vols.)

CACCIAGLIA, Mario. Pequena História do Teatro no Brasil (quatro séculos de


teatro no Brasil). São Paulo, Edusp, 1986.

JUNIOR, Benjamin Abdala. Movimentos e Estilos Literários. São Paulo:


Scipione, 1995. 96p.

MARTINS PENA, Luis Carlos. O Noviço. Rio de Janeiro, 1845.

MARTINS PENA, Luis Carlos. O Juiz de Paz da roça. Rio Janeiro, 1838.

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