Вы находитесь на странице: 1из 5

1

HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRAS E INDÍGENAS

Esta disciplina tem a finalidade de promover reflexões referentes às Relações Étnico-Raciais


na sociedade brasileira, referentes à história e à cultura afro-brasileiras e indígenas.
Entende-se que historicamente a sociedade brasileira manteve uma relação de
expropriação da dignidade humana e de direitos da população afrodescendente. No sentido de
proceder a “políticas de ações afirmativas”, visando a reparações, reconhecimento e valorização
de sua história, cultura e identidade.
Nosso trabalho inicia com o desenvolvimento de um currículo, que permeando os
conhecimentos históricos, sociais e antropológicos, oriundos da realidade brasileira,
desenvolvamos estratégias de combate ao racismo e às discriminações que atingem
particularmente os negros.
Novos conhecimentos precisam ser produzidos, viabilizando “formação de atitudes,
posturas e valores que eduquem cidadãos orgulhosos de seu pertencimento étnico-racial -
descendentes de africanos, de povos indígenas, de descendentes de europeus e asiáticos.” As
condições de interações democráticas precisam acontecer para que todos, igualmente, tenham
seus direitos garantidos e sua identidade valorizada.

Sobre os conceitos de etnia e raça

Nossos estudos vão se referir bastante sobre os termos etnia e raça. Esses termos possuem
conceitos diferentes. Podemos entender que o conceito de Raça é utilizado para se referir aos
parâmetros que classificam diferentes populações a partir das características visíveis da pessoa,
como aspectos físicos, tonalidade da pele, tipo de cabelo, o formato do crânio e do rosto. A
palavra etnia é derivada do grego ethnos. O conceito de Etnia é se refere a uma comunidade com
afinidades culturais, afiliação tribal, religião, língua, tradições e nacionalidade.

Reportando-nos ao contexto histórico

As narrativas produzidas entre Séc. XVI ao XVIII, sobre o Brasil, apontam uma característica
importante para se compreender o interesse dos portugueses colonizadores. Jean de Léry (1536-
1613) relatou que os escrivães que acompanhavam as naus portuguesas não conheciam
absolutamente nada do índio e estavam interessados no Brasil como “vaca leiteira”, porque seus
perfis eram de mercadores, agentes de mercadores ou agentes da Coroa Portuguesa. Os
historiadores comprovam que essa atitude perdurou até o Séc. XIX.
As expedições portuguesas eram compostas por homens sem letras. Nas poucas
expedições francesas e alemãs havidas para o Brasil, no período colonial, sempre havia
Universidade de Marília http://ead.unimar.br
Av. Hygino Muzzi Filho, 1001 – Campus Universitário – Marília-SP – CEP: 17525-902 – (14) – 21054000 - http:// www.unimar.br
2

intelectuais, homens de letras e de ciência, (supostamente interessados em ciência). Os


portugueses não faziam esse tipo de registro com este cuidado, nos séculos XVI ao XVII. Mesmo
entre os jesuítas poucos eram letrados, pois prevalecia o interesse da Ordem.

A relação de dominação portuguesa sobre os indígenas

Quando os portugueses chegaram às terras ocidentais, que hoje chamamos Brasil,


implantaram o sistema de colonização. A Coroa portuguesa autorizou, em 1535, a escravização
dos nativos indígenas. Os religiosos pressionaram Portugal para proibir a captura de índios para o
trabalho escravo, cujo resultado foi expresso na Carta Régia de 1570.

Em 1562 ocorre a primeira guerra dos portugueses contra os indígenas em São Vicente,
conforme relata Padre Anchieta. Em Pernambuco, desde o início, a ralação não foi pacífica, pois
“os indígenas foram militarmente derrotados pelos portugueses”. (KOSHIBA; PEREIRA, 1996, p.
25). Na Bahia, os primeiros contatos dos portugueses com os indígenas parecem ter sido pacíficos.
O dia de 22 de abril de 1500 é relatado por trocas de objetos, seguido por celebrações, como a
primeira missa, possivelmente realizada oito dias depois do desembarque. Não permaneceu
sempre assim. A guerra foi declarada contra os tupinambás e a relação amistosa foi mantida como
uma aliança com os tupiniquins. (KOSHIBA; PEREIRA, 1996).
O trabalho escravo representa historicamente o início de uma relação social de
inferiorização dos portugueses para com os indígenas.

Universidade de Marília http://ead.unimar.br


Av. Hygino Muzzi Filho, 1001 – Campus Universitário – Marília-SP – CEP: 17525-902 – (14) – 21054000 - http:// www.unimar.br
3

A primeira missa no Brasil, 1861, sua obra mais celebrada. Museu Nacional de Belas Artes.

A relação de dominação portuguesa sobre os africanos

O crescimento do ciclo do açúcar foi determinante para que a Coroa Portuguesa


autorizasse, por meio de alvará, em 29 de marco de 1549, a importação de negros africanos para o
trabalho escravo, no Brasil. O documento permitia a entrada de até 120 escravos por engenho de
açúcar, isento do pagamento de tributos e os primeiros desembarcaram no Nordeste. Os africanos
eram leiloados ou vendidos como se fossem mercadorias. Seus preços variavam conforme suas
características físicas dos caros, os mais saudáveis aos mais baratos, os mais fracos e velhos.

Universidade de Marília http://ead.unimar.br


Av. Hygino Muzzi Filho, 1001 – Campus Universitário – Marília-SP – CEP: 17525-902 – (14) – 21054000 - http:// www.unimar.br
4

O tratamento desumano era mostrado desde o transporte, nos porões dos navios
negreiros, da África até o Brasil, amontoados, muitos morriam antes de chegar e seus corpos eram
lançados ao mar.

Nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro (a partir do século XVIII), os escravos
trabalhavam de sol a sol. Vestiam trapos e recebiam alimentos de qualidade ruim. As senzalas
(galpões escuros, úmidos e com pouca higiene) eram os abrigos noturnos, onde ficavam
acorrentados para evitar fugas. O castigado físico mais comum eram açoites.

Não eram aceitas praticas religiosas de origem africana, ou festas e rituais africanos. A
religião católica era imposta a todos. A língua portuguesa era imposta para a comunicação.
Mesmo com todas as imposições e restrições, não deixaram a cultura africana se apagar.
Escondidos, realizavam seus rituais, praticavam suas festas, mantiveram suas representações
artísticas e até desenvolveram uma forma de luta: a capoeira.
As mulheres negras também sofreram muito com a escravidão, embora os senhores de
engenho utilizassem esta mão-de-obra, principalmente, para trabalhos domésticos. Cozinheiras,
arrumadeiras e até mesmo amas de leite foram comuns naqueles tempos da colônia.
No Século do Ouro (XVIII) alguns escravos conseguiam comprar sua liberdade após
adquirirem a carta de alforria. Juntando alguns "trocados" durante toda a vida, conseguiam
tornarem-se livres. Porém, as poucas oportunidades e o preconceito das sociedades acabavam
fechando as portas para estas pessoas.
O negro também reagiu à escravidão, buscando uma vida digna. Foram comuns as revoltas
nas fazendas em que grupos de escravos fugiam, formando nas florestas os famosos quilombos.
Estes eram comunidades bem organizadas, onde os integrantes se sentiam em liberdade,
organizados em comunidade, grupamentos similares aos que viviam na África. Nos quilombos,
podiam praticar sua cultura, falar sua língua e exercer seus rituais religiosos. O mais famoso foi o
Quilombo de Palmares, comandado por Zumbi.

Universidade de Marília http://ead.unimar.br


Av. Hygino Muzzi Filho, 1001 – Campus Universitário – Marília-SP – CEP: 17525-902 – (14) – 21054000 - http:// www.unimar.br
5

REFERÊNCIAS

LÉRY, Jean. Histoire d’un voyage fait en terre du Brésil. Paris: Hachette, [1982]. (Livret
pédagogique)

OLIVEIRA, Iolanda; GOÇALVES, Petronilha Beatriz; PINTO, Regina Pahim. Negro e Educação: escola,
identidade, cultura e políticas públicas. São Paulo: Ação Educativa/ ANPED, 2005.

RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das
Letras, 2006.

Site para consultas

http://portalcapoeira.com/Publicacoes-e-Artigos/o-inico-de-palmares-a-escravizacao-do-indio

FOTOS DE ÍNDIOS (site)

https://www.google.com.br/search?q=fotos+de+negros+escravos+vendidos&tbm=isch&tbo=u&source=uni
v&sa=X&ei=Ey0dUrGqMJLl4AP70YCgCQ&ved=0CCwQsAQ&biw=1440&bih=775

Universidade de Marília http://ead.unimar.br


Av. Hygino Muzzi Filho, 1001 – Campus Universitário – Marília-SP – CEP: 17525-902 – (14) – 21054000 - http:// www.unimar.br

Вам также может понравиться