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médico geral
Gustavo Gusso
Caso
Janete, de 42 anos, empregada doméstica desde os 15 queixa-se de dor
lombar há 2 meses. Nega irradiação para a perna. Já teve outros episódios
antes mas diz que desta vez está pior. Quando questionada se relaciona ao
trabalho nega e conta que não saberia porque está tendo dor se exerce a
mesma profissão há quase 30 anos e nunca passou por este tipo de
problema. Diz que está um pouco cansada do trabalho e da patroa com a
qual trabalha há 2 anos e tem carteira assinada. A patroa se separou do
marido há 6 meses e desde então as relações no trabalho pioraram. É
casada com Pedro, um eletricista, tem 2 filhos adolescentes, João Pedro e
Cauã. Descobriu que o mais velho, João Pedro, tem saído com os amigos e
começado a beber, o que está preocupando ela, porém é bom aluno e não
é agressivo. O marido (Pedro) já abusou do álcool mas agora bebe
socialmente. Diz que vivem bem com os “problemas de qualquer casal”, se
sente muito cansada por ter que fazer tudo sozinha como limpar a casa e
fazer a janta quando chega do trabalho. Já usou paracetamol com melhora
parcial. Tem como outros problemas de saúde tabagismo e histerectomia
há 2 anos por mioma.
2
Questões
• Qual a principal hipótese diagnóstica quanto
a dor lombar levando-se em conta história e
probabilidade pré-teste?
a. Lombalgia mecânica não irradiada
b. Lombalgia mecânica irradiada
c. Dor referida
d. Lombalgia não mecânica
3
Questões
• Qual dos “alertas amarelos” (que poderia indicar
perpetuação da dor) abaixo está claramente
presente?
a. Tratamento prévio que não se adequa às melhores
práticas
b. Indícios de exagero na queixa e esperança de
recompensa
c. Histórico de abuso de atestado médico
d. Problemas no trabalho, insatisfação com o
emprego
4
Questões
• Com base nesta história qual a conduta que você tomaria
na relação do trabalho com a lombalgia”?
a. Sugeriria atestado por 3 meses e procurar outro emprego
b. Sugeriria atestado por 2 meses e depois retorno normal
c. Sugeriria afastamento por no máximo 7 dias com carta para
a patroa explicando necessidade de repouso curto a cada
hora de trabalho e sugerindo se manter ativa durante
período afastada do trabalho
d. Não sugeriria afastamento do trabalho
5
Questões
• Qual alternativa abaixo não indica “alerta
vermelho”?
a. Dor localizada
b. Febre
c. História de trauma
d. Trabalho pesado
6
Questões
• Qual manobra seria indicada para avaliar
ganho secundário (simulação)?
a. Laségue com o paciente distraído
b. Punho percussão lombar
c. Palpação vigorosa das apófises espinhosas
d. Romberg
7
Aspectos chave
8
Epidemiologia
• 5 a 10 diagnósticos mais freqüentes
• 2,8% de todos os problemas manejados
– 51 a 84% dos adultos terão lombalgia ao longo da
vida
– de 39 a 67% no último ano
– 33% no último mês
– entre 13 e 28% relatarão este sintoma no
momento do estudo
9
Demanda em Florianópolis
1. HAS – 9,8%
2. Sem doença – 5,5%
3. IVAS – 3,8%
4. Gravidez – 3,5%
5. DM tipo 2 – 3%
6. Depressão – 2,7%
7. Contracepção – 1,7%
8. Medicina preventiva 1,5%
9. Lombalgia 1,4%
10
Classificação
Duração
- Não irradiadas:
Hérnia de disco (4%) – Dor irradiada (na perna) sempre pior que a
local mais acometido: dor lombar; dor abaixo do joelho
entre L4 e S1
Compressão por fratura Coluna dolorida; comum história de trauma
decorrente de
osteoporose (4%)
Estenose da medula Dor melhora quando a coluna é fletida ou
espinhal (3%) quando sentado; dor piora quando
caminha em descida mais do que
quando em subida; sintomas
frequentemente bilaterais
Espondilolistese Dor piora na atividade e melhora ao
(deslizamento do repouso; geralmente detectado em
corpo vertebral) (2%) exame de imagem; controverso como
causa de dor significativa 13
Diagnóstico diferencial
2. Não mecânica (1%)
14
Diagnóstico diferencial
3. Referida (2%)
Abuso de substância
x x x
psicoativa
Falha terapêutica após 6
semanas de tratamento
(manutenção ou piora do x x x** x
quadro)
18
Alertas amarelos
São sinais que podem indicar recorrência da
lombalgia bem como ausências no trabalho
além de déficit funcional por longo tempo. Ao
contrário dos alertas vermelhos que indicam
riscos eminentemente físicos, os alertas
amarelos sugerem fatores de risco
psicossociais.
19
Alertas amarelos
Os alertas amarelos podem estar
relacionados com atitudes e crenças
com relação à dor, comportamento,
aspectos compensatórios,
diagnóstico e tratamento, emoções,
família e trabalho.
20
1- Explorando a enfermidade e a experiência 2- Entendendo a pessoa como um todo
da pessoa em estar doente
dicas e movimentos
enfermidade pessoa
(illness)
história sentimentos
exame clínico idéias
função doença
Método Clínico Centrado na Pessoa
exames (disease)
complementares expectativas
contexto próximo
contexto distante
3- Elaborando
projeto comum de
manejo dos
problemas
problemas
objetivos
papéis
4- Incorporando prevenção
6 - Sendo decisões e promoção à saúde
realista conjuntas
21
5 – Intensificando a relação médico-pessoa
Alertas amarelos
• Humor deprimido ou negativo (principal fator de risco para
cronicidade), isolamento social
• Crença que a dor e a manutenção da atividade são danosas
• “Comportamento doentio” (insistência em ficar de repouso
por longo período)
• Tratamento prévio que não se adequa às melhores práticas
• Indícios de exagero na queixa e esperança de recompensa
• Histórico de abuso de atestado médico
• Problemas no trabalho, insatisfação com o emprego
• Trabalho pesado com poucas horas de lazer
• Superproteção familiar ou pouco suporte familiar
22
Exame físico: Pac em pé
• Agachar e levantar + marcha
• Inspeção: hiperlordose, cifose ou escoliose
• Palpação: apófises espinhosas e musculatura
paravertebral
• Teste de Schober
• Flexão lateral
23
Exame fisico: Pac. Apoiado e sentado
• Função motora: flexores do quadril (L2-L3),
extensores do quadril (L4-L5), extensores do joelho
(L3-L4), flexores do joelho (L5-S1), flexor plantar do
pé (S1-S2) e dorsiflexores do pé (L4-L5)
obs: a força é graduada de 0 a 5 sendo 5 a força normal, 4 vence
parcialmente a resistência, 3 vence a gravidade apenas, 2 não vence a
gravidade, 1 tem apenas tônus e 0 não tem tônus
24
Exame físico: Pac. deitado
• Manobra de Lasegue clássico: O teste é
positivo quando há dor que irradia até abaixo
do joelho afetando o lado testado ou
bilateralmente a partir de 60º
• Teste de Patrick ou FABER: flexão, abdução,
rotação externa
25
Exame físico: Pac. deitado
26
Testes para avaliar pacientes suspeitos de
simulação para ganho secundário
• Reação exagerada durante exame físico: sincope, sudorese,
tremor, expressão facial de muita dor em qualquer teste
• Pressão na cabeça com paciente em pé: pacientes simuladores
exibem dor em testes como este que não têm uma função
definida (exceto discreta dor na nuca que é esperada)
• Teste de Lasègue com paciente distraído (sentado)e e depois
confirmado com paciente deitado (descrito acima)
• Palpação extremamente superficial da coluna com paciente
em pé e tentativa de reprodução do teste ao final do exame
físico (marca-se com caneta locais mais doloridos)
• Alterações motoras ou sensitivas que não correspondem a
lesão anatômica
27
Exames complementares
• Radiografia simples:
– Radiografias normais não descartam outros diagnósticos
enquanto que muitas alterações não têm relação com a
dor e constituem apenas achados casuais.
– 50 anos
• 67% tem alguma patologias discal como encurtamento do espaço
intervertebral
• 20% possuiu osteófitos enquanto apenas
• 13% das pessoas desta faixa etária com ou sem dor lombar tem
radiografia normal.
• até 75% dos achados em pacientes com lombalgia eram sem
significado clinico
28
Exames complementares
• Radiografia simples: Indicações
29
Exames complementares
• Radiografia simples: Indicações
30
Exames complementares
• Cintilografia óssea: suspeita de infecção,
tumor, artrite e fratura
• Tomografia computadorizada: suspeita de
hérnia de disco, estenose da medula, mieloma
múltiplo, avaliação de órgãos retroperitoniais
• Ressonância Nuclear Magnética: suspeita de
hérnia de disco, tumores intraespinhais
31
Exames complementares
• Hemograma completo, velocidade de hemossedimentação,
proteína C reativa: ( processo inflamatório ou neoplasia)
• Cálcio sérico e fosfatase alcalina (doença óssea difusa)
• Eletroforese de proteínas séricas e urinárias (mieloma
múltiplo)
• Antígeno Prostático Especifico (metástase por câncer de
próstata)
• Analise qualitativa da urina (doença renal)
• Sangue oculto nas fezes (úlceras e tumores gastrointestinais)
32
Tratamento não farmacológico
Evidênci Tratamento Comentário
a
Benéfico Permanecer Evidências sugerem benefícios para
ativo pacientes com dor aguda sem
irradiação32 (A)
Exercícios Tão efetivos quanto outras formas de
tratamento; sem evidência de qual
modalidade é mais benéfica17,18,19 (A);
claramente efetivo para lombalgia
crônica33 (A); benéfico para a saúde
integral e não apenas para lombalgia
33
Tratamento não farmacológico
Evidênci Tratamento Comentário
a
Benefício Acupuntura Estudos sugerem melhora temporária da
duvid dor; interessante como terapia
oso adjuvante14,15,16
Fitoterapia Embora faltem ensaios clínicos
randomizados, Harpagophytum
procumbens, Salix alba and Capsicum
frutescens parecem reduzir a dor mais
que placebo20
Frio e calor Estudos não demonstram benefício sendo
local que o calor pode proporcionar algum
alivio por um curto período (B); os
estudos com frio local são ainda menos
favoráveis21
34
Tratamento não farmacológico
Evidênci Tratamento Comentário
a
Benefício Hidroginástica Apesar da carência de estudos de grande
duvid qualidade, há evidências de ser
oso benéfica inclusive para gestantes22
Massagem Efetivo especialmente se combinada com
educação do paciente e exercícios; há
estudos demonstrando que shiatsu é
ainda mais efetivo23
“Mente-corpo Estudos não são conclusivos mas indicam
terapias” que há segurança e melhora da dor, em
(biofeedbac especial com yoga, tai chi e hipnose e
k, tai chi, qi relaxamento muscular progressivo24
gong, yoga,
hipnose,
meditação,
relaxament
35
o muscular
Tratamento não farmacológico
Evidênci Tratamento Comentário
a
Benefício Quiropraxia/ Sem evidências claras dos benefícios25,26
duvid manipulaçã (B)
oso o da coluna
Suporte Sem evidência suficiente para avaliar
lombar possíveis riscos e benefícios27
Provavel Repouso Deve ser o mais breve possível e a grande
mente maioria dos casos necessita de no
danos máximo 3 dias sendo que o
o prolongamento pode ser deletério5; a
posição de pernas fletidas em decúbito
dorsal ou de lado é a mais benéfica. (A)
36
37
Promoção á saúde
38
Determinantes Sociais em Saúde
• Aleimentação
• Atividade física
• Sono
• Trabalho
Dahlgren e Whitehead (1991)
39
Relação com o trabalho
Não se deve intensificar a relação direta com o trabalho quando
este é manual e repetitivo, direcionando para a causalidade. Na
história é importante entender se o paciente faz esta relação ou não
mas evitando fortalecê-la ao final da consulta caso o paciente não
entenda como causal. Esta estratégia pode ser arriscada caso se
chegue à conclusão, muitas vezes falsa, que a profissão exercida por
muitos anos é a única causadora dos danos. Se o trabalho é manual
e pesado e o paciente não faz esta relação ela pode ser construída
durante a consulta mas evitando um caminho sem saída, ou seja,
mais importante que a relação causal é desenvolver estratégias de
como lidar com o problema para que a pessoa possa continuar
profissionalmente ativa. Por exemplo, fazer repouso a cada 1 a 2
horas de trabalho (tabela 6) e evitar posições não anatômicas
(figura 1) são estratégias benéficas
40
Tratamento farmacológico
41
Tratamento farmacológico
Grupo Opçõ Dose Risco34 Comentário
medic es
ament
oso
Analgésicos Parace 500 – 1 g até Toxicidade hepática Há mais estudos com
(A) ta de 6/6 hs dose dependente paracetamol provavelmente
mo (máximo por se tratar de uma patente
l recomend de origem americana, porém
ado 4 não há contra indicação
g/dia) formal ao uso de dipirona
como analgésico sabendo-
se que há o risco de
agranulocitose
Antiinflamató Lesão e sangramento É importante avaliar risco-
rios não gástrico e lesão benefício de efeito colateral
esteroid renal, ambas gastrintestinal e renal bem
ais variadas conforme como evitar uso contínuo;
(AINE) medicação; uso de sugere-se alternar com
(A) protetor gástrico paracetamol para minimizar
pode minimizar riscos (uso rotineiro de
este efeito. paracetamol e AINE quando
exacerbação da dor)
42
Tratamento farmacológico
Grupo Opções Dose Risco34 Comentário
medica
mentos
o
Relaxantes Carisopr Até 350 mg no Sonolência e tontura Usado em associação com
muscula odol máximo de (muito comuns), analgésicos ou AINEs;
res (A) 8/8 horas constipação evitar uso prolongado;
intestinal nunca usar como a única
Cicloben 5-10 mg até de
estratégia de relaxamento
zapr 8/8 horas
muscular sem outras
ina
medidas comportamentais
Antiinflamató Predniso 5-20 mg/dia (dose Lesão gastrintestinais; Uso apenas em caso de hérnia
rios na única matinal) supressão do eixo de disco (há enm geral
esteroid hipotálamo- componente inflamatório
ais (D) hipófise-adrenal associado) após tentativa
(rara em até 7 dias de alivio com analgésicos
de uso com dose ou AINEs porque há
diária matinal); componente inflamatório
euforia; hipertensão associado; neste caso pode
arterial; resistência ser até realizada infiltração
a insulina; aumento epidural por especialista;
de peso; retardo de evitar uso de corticóides via
crescimento intra muscular em especial
para lombalgia crônica ou
recorrente 43
Tratamento farmacológico
Grupo Opções Dose Risco34 Comentário
medica
mento
so
Opióides Codeína 30 - 60 mg até Sonolência, tontura e Pode-se usar codeína cm
(D) de 4/4 hs instabilidade ou sem paracetamol;
postural, déficit evitar uso crônico.
Tramadol 50 – 100 mg até
de atenção,
de 6/6 hs
constipação
(máximo
intestinal,
recomendad
retenção urinária,
o 400
náusea/ vômito.
mg/dia)
Antidepress Amitriptilina 10-50 mg Hipotensão postural, Uso apenas para
ivos retenção urinária, pacientes crônicos
tricíclic boca seca. quando outras
os (D) retardamento do estratégias falharam;
orgasmo usar dose única à
noite; sempre reavaliar
paciente para verificar
se efeitos colaterais
superam benefícios;
começar com dose
baixa de até 25 mg 44
Tratamento farmacológico
• Os benzodiazepínicos não são específicos para
relaxamento muscular e devem ser usados
com cautela sempre
45
Trtamento farmacológico - escolha
• Disponibilidade na rede local
• Viabilidade econômica (para rede provada) ou
tempo de espera (na rede pública)
• Experiências anteriores do paciente
• Disponibilidade de estudos que demonstrem
que os benefícios superam os riscos
46
Retorno ao trabalho
Nível de atividade Retorno ao trabalho estimado Principal modificação
(dias)
Dor mod Dor sev Ciat.
48
Dicas
• Repouso por mais de 3 dias é em geral nocivo
• Explicar o tempo esperado para alívio da dor, reforçar que tem
grandes chances de remissão ou melhora importante e alertar para
possíveis fatores agravantes ajudam na recuperação
• Tratamentos não farmacológicos que envolvem desde mudança de
hábitos de vida até calor local, massagem e acupuntura devem ser
sempre abordados e oferecidos conforme disponibilidade e
aceitação do paciente.
• Discutir casos difíceis nas equipes multiprofissionais que atuam na
atenção primária.
• É importante o suporte de equipes multiprofissionais que tenham
dentre outros profissionais fisioterapeutas, enfermeiros e
psicólogos para o tratamento das lombalgias crônicas com o
enfoque na reabilitação do paciente.
49
Referênciamento
Apesar do nome, neste caso nem sempre os
sinais vermelhos indicam necessidade de
referenciamento ou presença de patologia
grave. A maioria deles indicam necessidade de
investigação quanto a uma causa mecânica ou
não mecânica diferente de distenção ou
tensão muscular.
50
Referênciamento
Tempo de espera Problema detectado
aceitável
Emergência Sinais de síndrome da cauda eqüina (disfunção
esfincteriana, progressivo déficit motor, anestesia
perineal, evidência de acometimento nervoso bilateral)
Até 1 semana Patologia envolvendo medula espinhal
Até 1 semana Progressivo déficit motor ou sensitivo sem outros sinais de
síndrome de cauda equina
Até 3 semanas Dor irradiada (ciatalgia) que não melhora até 6 semanas de
tratamento
Até 2 meses Suspeita de doença inflamatória como espondilite
anquilosante
Até 3 meses Paciente com lombalgia que não volta às atividades
normais em até 3 meses; neste caso referir para
especialista focal e equipe multiprofissional de
preferência com a presença de fisioterapeuta
51
Erros mais frequentes
• Avaliar previamente o paciente com lombalgia (hiperutilizador
ou não) como sendo um paciente difícil e diagnosticar
lombalgia mecânica não irradiada apenas pela alta
prevalência sem fazer passar pela história e exame físicos
adequados ou ao menos excluir alertas vermelhos
• Tentar vigorosamente achar alteração da coluna em exame
radiológico para justificar a dor
• Solicitar Raio X para pacientes de forma não criteriosa
• Desencorajar os pacientes quanto à possibilidade de melhora
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Erros mais frequentes
• Tratar apenas com medicamento nos casos de lombalgia crônica ou
recorrente
• Relacionar lombalgia com trabalho sem oferecer alternativas para
superação
• Nos casos de cronicidade não abordar e não tratar alertas amarelos,
em especial humor deprimido e/ou insatisfação com o trabalho
• Encaminhar pacientes hiperutilizadores ou com várias
comorbidades ou com um ou mais sinais de alerta amarelos ou com
lombalgia recorrente e sem sinais de alerta vermelhos ao
ortopedista; é recomendado que estes casos sejam discutidos em
equipe multiprofissional para avaliar se foram esgotadas todas as
alternativas na atenção primária e qual a conduta a ser tomada por
toda a equipe para o real benefício do paciente
53
Prognóstico
Grande parte dos pacientes melhora em uma
semana e a vasta maioria em em 8 semanas. Estudos
têm demonstrado que 80-90% dos pacientes terão
superado o episódio de lombalgia em até 12
semanas. Quanto mais tempo a lombalgia se
prolonga, pior é o prognóstico. Quando a dor se
prolonga por mais de 12 semanas a chance de
cronicidade é muito grande atingindo até dois terços
deste pacientes.
54