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Secretaria Municipal de Educação

PROPOSTA CURRICULAR
DE 6º AO 9º ANO DO
ENSINO FUNDAMENTAL

MANAUS/AM
Amazonino Armando Mendes
Prefeito de Manaus

Carlos Alberto Cavalcante de Souza


Vice-Prefeito de Manaus

Mauro Giovanni Lippi Filho


Secretário Municipal de Educação

Suames Maciel Gomes


Subsecretário de Gestão Educacional

Marcelo Henrique Campbell da Fonseca


Subsecretário de Infraestrutura e Logística

Luís Fabian Pereira Barbosa


Subsecretário de Administração e Finanças
Wissilene Nelson de Oliveira Brandão
Diretora do Departamento de Gestão
Educacional

Luiz Carlos Albuquerque de Souza


Diretor do Departamento Geral dos Distritos

Marcionília Bessa da Silva


Chefe da Divisão de Ensino Fundamental

Izabel Martins dos Anjos


Gerente de Documentação e Auditoria
Escolar
FICHA TÉCNICA

Coordenação Geral
Departamento de Gestão Educacional - DEGE

Coordenação de Elaboração
Divisão de Ensino Fundamental - DEF
Gerência de Documentação e Auditoria Escolar - GEDAE

Comissão de Elaboração
Assessores da Divisão de Ensino Fundamental - DEF
Formadores da Divisão de Desenvolvimento Profissional do Magistério
- DDPM
Assessores Pedagógicos da Divisões Regionais de Educação - DRE’s
Representantes dos Professores da Escolas Municipais dos Diversos
Componentes Curriculares:
- Língua Portuguesa;
- Matemática;
- Ciências;
- História;
- Geografia;
- Língua Estrangeira;
- Artes;
- Educação Física;
- Ensino Religioso.

Programação Visual e Revisão Gramatical


Assessoria de Comunicação

1ª Edição
ASSESSORES PEDAGÓGICOS DAS DIVISÕES DISTRITAIS

Andreia Paula Ferreira de Araújo – DRE II


Angeline Ugarte Amorim – DRE II
Deuzilene Marques Salazar – DRE I
Early Gomes Bezerra Freitas - DRE II
Elizabeth Matos Melo – DRE II
Ivany Souza da Silva – DRE VI
Jacy Alice da Silva Grande - DRE II
José Iran Lamego Barbosa - DRE II
Josiane Maria Feitosa do Valle – DRE II
Maria Elizaude R. de Araújo – DRE V
Maria Rosália Melo de Souza – DDZ Sul
Maria Silvandira Cruz Lemos - DRE I
Maria Zeneide Rocha de Souza – DRE III
Miqueline Pereira da Silva - DRE II
Neice de Sena Pereira - DRE II
Paulo Reinaldo S. Bindá – DRE VII
Regina Lucia Martins da Costa – DRE III
Roberto Santos Almeida - DRE II

REPRESENTANTES DE PROFESSORES DAS ESCOLAS MUNICIPAIS POR


DISCIPLINA:

LÍNGUA PORTUGUESA
Alcino Bessa Cynara Melo Gato
Alzeneide Lopes Santos Damiana de Souza Costa
Ana Goreth Vieira Marques Dangliney A. K. Neves
Andréia Rodrigues ibeiro Daniel Tito
Carlen Antonio da Silva Plácido Daniele Mafra dos Santos
Carlos A. Mar Filho Davi da Silva Cardoso
Carlos Sérgio Moura Novo Elizabeth da Silva Leal
Cleide dos Santos Érica Bastos

Fernando Souza Nogueira Maria Inês de Lima Fernandes

Francisco José Torres da Costa Maria Isélia Saraiva de Oliveira

Gildima da Silva Lima Maria Izabel Lima de Rocha

Graciely Godinho da Mota Maria Luzilda Cativo Pereira


Guilherme Pascoal Garavito Maria Oneidi de Souza
Helenir Nobre Marinalva Herculano Ribeiro
Hildevan Silva Rodrigues Mario José Siqueira Gonçalves
Ilda Reis de Souza Silva Maristela de Fátima Marchante
Ildeci Vinhote de Souza Marlene Farias de Lima
Iris Pereira de Souza Michele da Silva Santos
Janaina Karla P. Borges Otávio Brasil de Moraes
João Bosco de Melo Alexandre Raimunda Lilia V. Fernandes

Joel Almeida Raimundo Nascimento Sombra

Jorge Costa Fonseca Raimundo Nonato Gomes de Freitas

José Carlos Ferreira da Silva Renata Braga de Carvalho Castro

José Jorge Parente da Silva Rita Christina Gomes Correa Costa

Karina Azevedo V. B. da Silva Ruth Lima Coelho

Katia Cristina A. de Castro Safira dos Santos Branches

Leiderley Santiago de Araújo Sandra Maria Silva de Oliveira

Leila Maia Cordeiro de Almeida Sebastiana P. da Silva

Liane Navarro Valdeliz da Silva Ribeiro

Luciana Oliveira Vanusa dos Santos

Manoel Rodrigues M. Neto Vicente de Oliveira Braga

Márcia de Paula da Silva Victor Hugo Silva Lobo

Maria das Graças Silva de Lima


Maria do Socorro de Oliveira

MATEMÁTICA

Airton Júlio de O. Reis Antonio Monteiro Saraiva


Ana Walfrida da S. S. Lima Antonio Pereira Lima Neto
Anézio Ferreira Mar Neto Antonio Sérgio P. Lima
Antonio Carlos Jerônimo Fernandes Aurenir Marques de Paula Gadelha
Carlos André Alonso da Silva Marcelo Alves de Almeida
Carlos Ulisses Lira Soares Márcio Fernando Farias de Souza
Edison Seide P. da Silva Marcos de Oliveira Nines
Eduardo Jorge Façanha Frayha Maria Jucimara V. da Silva
Elbert José C. de Almeida Maria Jucimara Vanderlei da Silva
Elbert José Costa de Almeida Mariel Silva de Oliveira
Elissandra Rubim de Carvalho Mariluce de Souza Nunes
Ellen Doane da Costa Newton Sérgio Lima
Flávio Cunde Dias Ozani Fontão Dias
Gilcicleide da Silva Fernandes Raimunda Maria Ribeiro
Gilson P. Angelo Rocicleia da S. Pires
Haroldo Marques dos Santos Rodolfo Andrade Barbosa

Iris Helena de Paula Modesto Rosa Marina da Silva Menezes

Israel Paes Romano Sarney Pereira Moreira

Ivaldo Fróes Lemos Sônia Campos Fernandes

Jean Pereira de Carvalho Sósthenes Nunes dos Santos

João Cruz Neto Valneice Cadete da Silva

Lionésio de Abreu Verônica Marins Ramos

Luzmarina Lopes Waldison C. Monteiro


Weimar Pereira do Nascimento

CIÊNCIAS
Aliomar Saraiva da Silva Janaina dos Santos Monte
Andreia Mercia Cirino da Silva Joelton Pereira Ribeiro
Antonio Izomar M. Rodrigues Joneide Mouzinho de Brito
Ariane da Silva Camargo Kayla Menezes Brasil
Ecilene Maria Mourão Solart Maria Aparecida
Elaine Cristina Maria Berenice Sampaio Silva
Emilia Serra Silva Moreira
Érika Daniela Marques Marttelet Maria Ivonei Carvalho Albuquerque
Francinéia Carvalho de Souza Maria Raquel da C. G. dos Santos
Gladys de Oliveira Queiroz Marilia da Silva Cardoso
Graciela Nascimento Lima Maura Adriana de Oliveira
Herman Oliveira Nogueira Octaviano Gonçalves Cardso Neto
Iara Nádia Alves de Oliveira Raimunda Maria Ribeiro
Jaime Vieira dos Santos Raimundo Nonato de L. Pinheiro
Raimundo Nonato Valdivino de Oliveira Rita da Silva Andrade
Rita da Silva AndradeRogério de Sirley Macedo de Lima
Araujo Nascimento Vanessa Doren Oliveira Lira
Rose Lilian Martinez Waldeiza da S. e Silva
Roseane dos Santos Rocha

HISTÓRIA
Graciete Picanço Rebouças Pedro Alencar Moreira
Julio César Lira Chaves Raimundo José Fernandes da Costa
Luiz Boaes Maciel Raimundo Sidney Silva dos Santos
Maria Guadalupe C. Souza Rita Maria Valcácio Nogueira
Maria Márcia M. Lima Sandra Maria Maia Lima
Maria Vera Lúcia Félix Sérgio Carvalho de Lima
Mariana Menezes Rebouças Simira Bindá Franco
Naisa A. O. Slobil Valmir Marques Medeiros

GEOGRAFIA

Alexandre Nogueira Avelino Maria José O. Aguiar


Carlos José Farias dos Santos Mauro Gonçalves Grillo
Dilaci Siqueira Pinto Nara Emília A. de Souza
Eliana Cascaes de Moraes Neidemar G. de Farias
Enio César Souza Lima Neiliana R. Laurido
Francisco Calixto Gaspar Regilson Ferreira da Costa
Francisco José C. Costa Ronize Mary A. do Nascimento
Getúlio Gonçalves Xavier Rosilene Maria Mota de Souza
Helenise Farias de Menezes Silvana Albuquerque
João Zacarias Mar de Oliveira Sonja Garcia Aquino de Souza
Mahatma da Silva Maduro Wagner Oliveira Nogueira
Márcio Paulo do Carmo Menezes Waldinely G. da Silva
Maria das Graças Melo Ribeiro
ARTE
Ademir de Souza Monteiro Irlanda Rodrigues de Souza
Ana Cristina V. Baraúna Isaias Souza de Farias
Ana Lúcia Miranda da Silva Islândia Vilna Danel
André Luiz Alves Siqueira Joelza Barbosa da Silva
Andreia Veras dos Santos Ludmila dos S. Oliveira
Antonio Geraldo L. Lacerda Manoel Jorge de S. Viana
Arquimedes Gonçalves Pereira Maria Luiza Maia Hage
Belrile Coelho da Silva Pollyanna D'Avila G. Dias
Eneida Maria Lopes Vasconcelos Ulysses Abtibol Bremgartner
Eugênio G. de Oliveira Zeilane Maureen S. Teles
Everson da Costa Alcantarino
Francisco Rufino Vieira

ENSINO RELIGIOSO
Adolfo Augusto Souza M. Ramos Juscelino Odorico Lima Costa
Antonio Lima da Silva Leila de Abrantes Bezerra
Antonio Pereira Barbosa Neto Maria José Neves de Freitas
Julio César Lira Chaves Nicilene Dias Reis Cordeiro
Raimunda Georgina de Ananias
Verçosa

EDUCAÇÃO FÍSICA

Agripina de Jesus Corrêa Edilene Colares Pinto


Alexandre Lemos da Silva Edinelcy Ribeiro Cavalcante
Aline Nascimento Emanuel da Silva
Aracy Grana Neves Harrison Alves Jennings
Carlos Augusto Humberto Marques Cruz
Dayany Sena de Andrade Jonathan S. da Silva
Dilce Elaine da Silva Ramos Lizandra Asevedo Souza
Dorval Mário Maciel Negreiros Mansour Dorgan Neto
Edgar Moraes Brito Márcio Marcelo Alves da Silva
Margherita Araújo de Souza Railton Leite Brasil
Maria Altair dos Campos Silva Renata Alves Krichanã Mendonça
Maria Cristina Ricardo S. Magalhães
Maria Rosiene do Carmo Silva Rosemary Ferreira Nunes

LÍNGUA ESTRANGEIRA - Inglês


Adenirio de Oliveira Portirio Giselle Diana da S. S. Diniz
Carina Dias Navegante Josiane Silva de Oliveira
Jander Lopes Viegas Karen M. de Matos
Leia Almeida da Silva Leida Maria Guedes da Silva
Luciana Conceição Matos Tavares Neyla Brito Fernandes de Souza
Mirvana Cristina Azevedo do Thiago Eugênio Gomes
Nascimento Vanuza dos Santos Nunes
Nágila Adriana da Silva Lima Wallace S. de Arruda
Washington da Silva Wanderlane Brito de Souza
Amarildo Nunes de Oliveira
Bárbara Maria Silva Corrêa
Eliana Maria Esteves Hatchwell

ATIVIDADE CURRICULAR COMPLEMENTAR

Aline Silva do Nascimento


PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO

A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação


(SEMED), em consonância com as novas necessidades e demandas educacionais, vem
apresentar sua Proposta Curricular do Ensino Fundamental dos anos finais (6º ao 9º ano),
reformulado e revisado em sua versão de 2010, atendendo as orientações da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, imbuída dos preceitos históricos-filosóficos
presentes nos paradigmas atuais da política educacional brasileira disponibilizados pelo
Ministério da Educação.
Assim, quando se faz uma prospecção em torno do processo de ensino e
aprendizagem, leva-se em consideração que educar para a cidadania requer também o
desenvolvimento de novas capacidades e habilidades, numa educação que considere as
inúmeras dimensões que permeiam o ser humano.
A natureza da proposta traz um caráter voltado para construção de uma escola
com qualidade social, dotando-a como polo irradiador de cultura e conhecimento do
processo histórico humano, tendo como princípio a gestão democrática educacional,
externada pela profunda reflexão e debates no processo que envolveu uma equipe
multidisciplinar, para a realização interdisciplinar na busca de soluções para
problemáticas em torno da educação, com a participação de profissionais de ensino das
várias instâncias da Secretaria.
Nesse sentido, o currículo, assentado pelas Diretrizes Políticas Educacionais,
foi repensado considerando a complexidade da atual realidade, tendo preocupação com
uma visão prospectiva de educação. Assim, desde o ano de 2004 a Secretaria Municipal
de Educação do município de Manaus reorganizou a estrutura pedagógica do Ensino
Fundamental, que passou a ter nove anos de duração, sendo organizada em anos iniciais
e finais, visando à permanência do aluno na escola, a promoção de um ensino com
qualidade mediante a abordagem de conteúdos significativos que valorizem e
contemplem sua realidade sociocultural, tornando o processo de ensino e aprendizagem
um ato prazeroso em nossas escolas municipais.
Ao considerar a perspectiva sociointeracionista, apoiamos nossa prática
pedagógica nos teóricos: Lev Vygotsky, Morin e Freire, na busca de procurar alternativas
que deem conta da complexidade do processo de conhecimento, admitindo que o
conhecimento é construído, se forma e se transforma pela interação entre todos os

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO


PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

partícipes envolvidos na educação, ou seja, não apenas na relação aluno-professor, mas


aluno-professor-comunidade, tendo o professor como mediador do processo,
considerando a zona de desenvolvimento proximal do discente.
Partindo desta premissa, a prática docente volta-se para a estimulação do
trabalho coletivo, enriquecendo a prática social, inter e intrapessoal, possibilitando que o
aluno alcance a independência intelectual e afetiva. Assim, a escola deve ter a
preocupação com a formação que o sujeito terá para toda sua vida, refletindo na
organização de toda uma sociedade, suas relações políticas, econômicas, sociais e
culturais. O importante é uma formação para a vida, para o resgate do espírito solidário,
coletivo, com justiça social e crítico da realidade.
A nova Proposta Curricular do Ensino Fundamental dos anos finais ( 6º ao 9º
ano), está organizada de forma a contemplar: as diversas áreas do conhecimento, a
caracterização da área, objetivos gerais, conteúdos de ensino por ano, as competências e
habilidades, orientações sobre ACC – ( Atividades Curriculares Complementares), temas
sociais contemporâneos, as orientações didáticas, avaliação e critérios de avaliação
regulamentando as práticas já existentes nas escolas e as orientações metodológicas.
Acredita-se que essa organização favorece uma aprendizagem, por
excelência, de construção e reconstrução do conhecimento. Dessa forma, as temáticas
aqui contempladas não são estanques e, no cotidiano escolar serão contextualizadas
garantindo uma aprendizagem significativa para o aluno.
PROPOSTA CURRICULAR DE 1º AO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

SUMÁRIO

Introdução---------------------------------------------------------------------------------------------- 01
Estrutura Organizacional do Ensino Fundamental de nove anos------------------- 06
Aspecto Legal ---------------------------------------------------------------------------------------- 06
Estrutura Curricular -------------------------------------------------------------------------------- 07
Ensino Religioso/ ACC ---------------------------------------------------------------------------- 07
Educação Física ------------------------------------------------------------------------------------- 08
História e Geografia -------------------------------------------------------------------------------- 08
Língua Portuguesa e Matemática -------------------------------------------------------------- 08
Artes ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 08
A Proposta Curricular dos anos finais ------------------------------------------------------- 10
O aluno dos 6º ao 9º ano -------------------------------------------------------------------------- 10
Manifestações da adolescência hoje --------------------------------------------------------- 10
Estrutura da Proposta Curricular -------------------------------------------------------------- 11
Objetivos do Ensino Fundamental ------------------------------------------------------------ 14

Conhecimentos da Língua Portuguesa - Português 6º ao 9º ano


Caracterização da Área ----------------------------------------------------------------------------- 16
Objetivos Gerais da Área --------------------------------------------------------------------------- 19
Conteúdos de Ensino--------------------------------------------------------------------------------- 20
Competências e Habilidades -----------------------------------------------------------------------29

Conhecimentos Matemáticos – Matemática 6º ao 9º ano


Caracterização da Área ---------------------------------------------------------------------------- 31
Objetivos Gerais da Área-------------------------------------------------------------------------- 33
Conteúdos de Ensino 6º ano---------------------------------------------------------------------- 34
Competências e Habilidades 6º ano ----------------------------------------------------------- 37
Conteúdo de Ensino 7º ano------------------------------------------------------------------------ 39
Competências e Habilidades 7º ano------------------------------------------------------------ 41
Conteúdo de Ensino 8º ano------------------------------------------------------------------------ 42
Competências e Habilidades 8º ano------------------------------------------------------------ 44
Conteúdo de Ensino 9º ano------------------------------------------------------------------------ 46
Competências e Habilidades 9º ano------------------------------------------------------------ 48

Conhecimentos do Mundo Físico e Natural – Ciências 6º ao 9º ano


Caracterização da Área------------------------------------------------------------------------------ 50
Objetivos Gerais da Área---------------------------------------------------------------------------- 51
Conteúdos de Ensino 6º ano ---------------------------------------------------------------------- 53
Competências e Habilidades 6º ano ------------------------------------------------------------- 54
Conteúdos de Ensino 7º ano----------------------------------------------------------------------- 55
Competências e Habilidades 7º ano------------------------------------------------------------- 56
Conteúdos de Ensino 8º ano----------------------------------------------------------------------- 57
Competências e Habilidades 8º ano-------------------------------------------------------------- 59
Conteúdos de Ensino 9º ano----------------------------------------------------------------------- 61
Competências e Habilidades 9º ano------------------------------------------------------------- 63

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO


PROPOSTA CURRICULAR DE 1º AO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Conhecimentos da Realidade Social e Política do Brasil – História 6º ao 9º ano


Caracterização da Área ---------------------------------------------------------------------------- 65
Objetivos Gerais da Área--------------------------------------------------------------------------- 69
Conteúdos de Ensino 6º ano----------------------------------------------------------------------- 70
Competências e Habilidades 6º ano--------------------------------------------------------------72
Conteúdos de Ensino 7º ano----------------------------------------------------------------------- 43
Competências e Habilidades 7º ano------------------------------------------------------------- 76
Conteúdos de Ensino 8º ano---------------------------------------------------------------------- 78
Competências e Habilidades 8º ano------------------------------------------------------------ 81
Conteúdos de Ensino 9º ano--------------------------------------------------------------------- 83
Competências e Habilidades 9º ano------------------------------------------------------------ 87

Conhecimentos do Mundo Físico e Natural – Geografia 6º ao 9º ano


Caracterização da Área ---------------------------------------------------------------------------- 89
Objetivos Gerais da Área -------------------------------------------------------------------------- 91
Conteúdos de Ensino 6º ano----------------------------------------------------------------------- 92
Competências e Habilidades 6º ano------------------------------------------------------------- 94
Conteúdos de Ensino 7º ano----------------------------------------------------------------------- 95
Competências e Habilidades 7º ano------------------------------------------------------------- 98
Conteúdos de Ensino 8º ano---------------------------------------------------------------------- 99
Competências e Habilidades 8º ano------------------------------------------------------------ 101
Conteúdos de Ensino 9º ano--------------------------------------------------------------------- 102
Competências e Habilidades 9º ano------------------------------------------------------------ 104

Artes - 6º ao 9º ano
Caracterização da Área ---------------------------------------------------------------------------- 105
Objetivos Gerais da Área -------------------------------------------------------------------------- 107
Conteúdos de Ensino 6º ano---------------------------------------------------------------------- 108
Competências e Habilidades 6º ano------------------------------------------------------------- 110
Conteúdos de Ensino 7º ano---------------------------------------------------------------------- 111
Competências e Habilidades 7º ano------------------------------------------------------------ 113
Conteúdos de Ensino 8º ano---------------------------------------------------------------------- 114
Competências e Habilidades 8º ano------------------------------------------------------------ 115
Conteúdos de Ensino 9º ano--------------------------------------------------------------------- 116
Competências e Habilidades 9º ano------------------------------------------------------------ 117

Ensino Religioso -6º ao 9º ano


Caracterização da Área ----------------------------------------------------------------------------118
Objetivos Geral da Área --------------------------------------------------------------------------- 120
Conteúdos de Ensino 6º ano---------------------------------------------------------------------- 121
Competências e Habilidades 6º ano-------------------------------------------------------------123
Conteúdos de Ensino 7º ano---------------------------------------------------------------------- 124
Competências e Habilidades 7º ano------------------------------------------------------------ 125
Conteúdos de Ensino 8º ano---------------------------------------------------------------------- 126
Competências e Habilidades 8º ano------------------------------------------------------------ 127
Conteúdos de Ensino 9º ano--------------------------------------------------------------------- 128
Competências e Habilidades 9º ano------------------------------------------------------------ 129

Educação Física - 6º ao 9º ano


Caracterização da Área ----------------------------------------------------------------------------130
Objetivos Gerais da Área-------------------------------------------------------------------------- 132
Conteúdos de Ensino 6ºe 7º ano---------------------------------------------------------------- 133
Competências e Habilidades 6ºe 7º ano------------------------------------------------------- 136

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO


Conteúdos de Ensino 8ºe 9º ano----------------------------------------------------------------- 137
Competências e Habilidades 8ºe 7º ano--------------------------------------------------------141

Língua Estrangeira Moderna – 6º ao 9º ano

Caracterização --------------------------------------------------------------------------------------- 142


Objetivos Gerais da Área-------------------------------------------------------------------------- 144
Conteúdos de Ensino 6º e 7º ano--------------------------------------------------------------- 145
Competências e Habilidades 6º e 7º ano------------------------------------------------------ 147
Conteúdos de Ensino 8º e 9º ano--------------------------------------------------------------- 148
Competências e Habilidades 8º e 9º ano----------------------------------------------------- 150

Atividade Curricular Complementar (ACC)

Caracterização da Área--------------------------------------------------------------------------- 151


Objetivos Gerais da Área------------------------------------------------------------------------- 152
Conteúdos de Ensino------------------------------------------------------------------------------ 152
Competências e Habilidades--------------------------------------------------------------------- 152

Temas Sociais Contemporâneos --------------------------------------------------------------- 163


Saúde -------------------------------------------------------------------------------------------------- 163
Orientação Sexual ---------------------------------------------------------------------------------- 165
Meio Ambiente --------------------------------------------------------------------------------------- 167
Pluralidade Cultural -------------------------------------------------------------------------------- 170
Orientação para o Trânsito ---------------------------------------------------------------------- 171
Ética---------------------------------------------------------------------------------------------------- 172
Orientação para o Trabalho e Consumo------------------------------------------------------ 174
Valorizando o Idoso-------------------------------------------------------------------------------- 175
Educação Fiscal------------------------------------------------------------------------------------- 176
Orientações Didáticas----------------------------------------------------------------------------- 179
Avaliação---------------------------------------------------------------------------------------------- 189
Critérios de Avaliação------------------------------------------------------------------------------ 191
Referências------------------------------------------------------------------------------------------- 192

Referências / Obras Consultadas


PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

INTRODUÇÃO

O Município de Manaus apresenta algumas peculiaridades, que não podem


ser desconsideradas na formulação da Política Educacional. Atualmente, Manaus é a
cidade que possui a segunda maior região metropolitana do norte do País e a décima
segunda do Brasil, com cerca de 2.000.000 de habitantes sendo a oitava cidade mais
populosa, segundo dados do IBGE/2009. A economia, anteriormente extremamente
pautada na indústria, passa por mudanças. Hoje, apesar de a indústria responder
ainda por grande parte da economia da cidade e do Amazonas, teve a importância
diminuída nos últimos anos com o advento de outras áreas econômicas, como a
construção civil, turismo e desporto.
Essas mudanças preconizam demandas sociais a espera de respostas
imediatas do Poder Público, apresentando também um intenso fluxo migratório, tanto
do interior do Estado quanto de outros recantos do país, aumentando, com isso, a
necessidade da implantação de Políticas Públicas que contemplem esse mosaico de
interesses das distintas zonas da cidade.
Atualmente a Rede de Escolas do Município de Manaus atende a 340
escolas de Ensino Fundamental do 1º ao 9º ano beneficiando um total de 176.645
alunos, desses cerca de 61.726 são do 6º ao 9º ano.
Entendendo essas premissas que nossa cidade apresenta, a Secretaria
Municipal de Educação elaborou uma Proposta Curricular do Ensino Fundamental de
6º ao 9º ano, que atenderá aos objetivos do Ensino Fundamental na construção do
capital intelectual, não exclusivamente voltado para a produção capitalista, mas,
sobretudo, um indivíduo que não contemple apenas sua realidade, mas que possa
compreendê-la e modificá-la, se necessário.
A Proposta Curricular de 6º ao 9º ano objetiva ajudar o professor a ampliar o
horizonte de seus alunos, preparando-os para um mundo competitivo, sendo
necessário, portanto, a escola considerar as novas exigências que essas
transformações trazem para a sociedade. Nesse sentido, o currículo escolar precisa
estar atualizado. No entanto, como o próprio nome indica, o documento é uma
proposta, ou seja, são orientações gerais para o trabalho de sala de aula e para seu
funcionamento.

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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Na organização da Proposta Curricular de 6º ao 9º ano, destacamos


inicialmente os objetivos gerais do Ensino Fundamental à luz dos Parâmetros
Curriculares Nacionais, em que se destacam os aspectos cognitivos, afetivos, físicos,
éticos, estéticos e de inserção social, ditames básicos necessários para conceitos,
habilidades e atitudes dos alunos. Uma boa aula consiste em identificar conceitos,
procedimentos e atitudes realmente importantes para uma vida inteira.
Dessa forma, é imprescindível verificar quais conteúdos contribuem para o
desenvolvimento intelectual do aluno, estimulam a criatividade, a capacidade de
criação e a análise crítica.
É através da construção de conceitos e princípios que os sujeitos
conseguem explicar os mecanismos da vida, da natureza, da sociedade, ou mesmo,
um princípio científico e sua aplicação. A aprendizagem de conceitos refere-se à
construção ativa das capacidades intelectuais para operar com símbolos, signos,
ideias, imagens e regras, capazes de representar, explicar e intervir na realidade,
elaborar textos, quadros, matrizes diversas.
Quanto aos procedimentos, se refere à formação e esquemas de ação
pelos alunos, estando presente em todos os conteúdos e componentes curriculares
do Ensino Fundamental. Isso significa compreender a natureza pragmática dos
conteúdos escolares, relacionando-se ao desenvolvimento de habilidades do estudo,
de exercícios metodológicos que favoreçam a disciplina, a ação sistemática e
sequenciada. Fazer uma leitura, uma pesquisa, simular um experimento, elaborar um
resumo ou desenhar um mapa, são exemplos de habilidades que ensejam os
conteúdos, no sentido de resultar num saber fazer dos alunos.
A atitude se relaciona aos princípios éticos, às normas, valores, juízos que
se encontram na base das relações humanas, dos sujeitos entre si, com a sociedade
e o ambiente. A definição de atitudes a desenvolver no trabalho com os conteúdos
corresponde à perspectiva socializadora da escola, a qual deve adotar posições
sobre que valores pretendem transmitir e construir entre os alunos.
A Proposta Curricular, além de contemplar as diferentes áreas do
conhecimento, valoriza também os Temas Sociais Contemporâneos. Portanto, a hora
certa para cada um dos temas entrar em cena vai depender da avaliação e da
sensibilidade do professor, qualquer episódio relevante pode render um interessante
debate sobre alguns dos temas em sala de aula. Uma grave notícia publicada no
jornal, a festa que mobiliza a comunidade, uma enchente no bairro, a violência entre

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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

os colegas, o bullying, os direitos do consumidor etc. É a utilização da


transversalidade no contexto escolar. Não são novas matérias, mas assuntos que
devem atravessar todas as disciplinas ao longo do ano.
Nessa perspectiva, as problemáticas sociais em relação à ética, saúde,
meio ambiente, pluralidade cultural, orientação sexual, trabalho e consumo são
integradas à proposta educacional dos Parâmetros Curriculares Nacionais como
Temas Transversais. Não se constituem em novas áreas, mas num conjunto de temas
que aparecem transversalizados, permeando a concepção das diferentes áreas, seus
objetivos, conteúdos e orientações didáticas. (PCNs p. 65)
Quanto à temática Valorização do Idoso, têm-se como respaldo legal a Lei
10.741/2003 e o Decreto Municipal nº. 5.482/01 e nos Parâmetros Curriculares
Nacionais – PCNs, instituídos para garantir os direitos sociais dos idosos, autonomia,
integração e participação efetiva como instrumento de cidadania, reforça os direitos
de seguridade com a defesa do conjunto dos aspectos da vida que incidem no
processo de envelhecimento, intenta articular um conceito de bem-estar na velhice
enfocando um certo espírito da seguridade. A função principal do Estatuto do Idoso é
funcionar como carta de direitos de melhor tratamento ao idoso, verdadeira educação
cidadã, no tocante ao respeito e à luta pela dignidade das pessoas com idade mais
avançada em nosso país.
A Lei 10.639/03 contemplou as questões sobre diversidade etnicorracial,
alterando a Lei 9.394/96 estabelecendo a obrigatoriedade, em caráter de
transversalidade, nos componentes curriculares de História, Língua Portuguesa e
Artes, no entanto, não exime as demais disciplinas dessa responsabilidade.
As alterações geraram como desdobramento e com o objetivo de
operacionalizar esse processo, o Parecer CNE/CP nº 03/2004, a Resolução CNE/CP
nº 01/2004, respectivamente aprovando as Diretrizes Curriculares Nacionais e
detalhando os direitos e obrigações dos entes federais frente à implementação da
Lei 10.639/03.
Posteriormente, a Lei 11.645/08 que altera a Lei nº 9.394/96, modificada
pela Lei nº 10.639/2003, no artigo 26-A, que passa a vigorar com a redação “Nos
estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados,
incluir no currículo a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena” e incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam
formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o

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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

estudo da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a
cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade
nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política,
pertinentes à história do Brasil.
A fim de garantir a educação básica de qualidade, serão oferecidas
oportunidades educacionais que contribuirão para a formação humana dos alunos,
dessa forma o Ensino Religioso de matricula facultativa de acordo com a Lei nº
9.475/97, não retém o aluno e tendo esta prerrogativa, faz-se necessário a escola
oferecer outros meios de aprendizagem. Assim a Secretaria Municipal de Educação
oferece como norte às escolas a disciplina ACC – Atividade Curricular Complementar
- considerando a cultura e o saber como parte integrante e indispensável do currículo
de uma escola. Desta feita, passará a compreender a importância de sua participação
social e política, bem como exercer seus direitos e deveres políticos, civis e sociais,
adquirindo hábitos e atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças,
respeitando o outro e exigindo para si, respeito.
Nessa perspectiva, pretende-se que o aluno se perceba como ser
integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus
elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do
meio ambiente e envolvido nesse contexto sócio-histórico.
Enquanto sujeito desse processo, utilizará as diferentes linguagens:
verbal, matemática, gráfica, plástica e corporal como meio para produzir, expressar e
comunicar suas ideias, interpretar e usufruir das produções culturais, em contexto
público e privado, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação,
assim como saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos
para adquirir e construir conhecimentos.
A avaliação, parte integrante e intrínseca ao processo educacional, deve
caminhar muito além da visão tradicional, que focaliza o controle externo por meio de
notas e conceitos.
A função da avaliação é alimentar, sustentar e orientar a ação pedagógica
e não apenas constatar certo nível do aluno. Está implícito, também, que não se
avaliam só os conteúdos conceituais, mas também os procedimentais e os
atitudinais. A avaliação, assim entendida, oferece descrição e explicação; é um meio
de compreender o que se alcança e por quê. Tornando-se, desse modo, uma ação
iluminadora e alimentadora do processo de ensino e aprendizagem, uma vez que dá

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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

retorno ao professor sobre como melhorar o ensino, possibilitando correções no


percurso, retorno ao aluno sobre seu próprio desenvolvimento.
Vale ressaltar que os princípios que fundamentaram a construção dessa
Proposta Curricular solicitam dos profissionais o engajamento para uma contínua
reflexão sobre este documento, para que sua participação crítica, constante e
transformadora se efetive nas escolas.

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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

ENSINO FUNDAMENTAL

1 Estrutura Organizacional do Ensino Fundamental de Nove Anos

A ampliação do Ensino Fundamental para Nove Anos tem sido uma


das prioridades do Ministério da Educação. Este tem assumido o compromisso
com a implementação de políticas indutoras de transformações significativas na
estrutura da escola, na organização dos tempos e dos espaços escolares, nas formas
de ensinar, aprender, avaliar, organizar e desenvolver o currículo, e trabalhar
com o conhecimento, respeitando as singularidades do desenvolvimento humano.
Em consonância com o Governo Federal, a Secretaria Municipal de
Educação em 2004 incluiu as crianças de seis anos no Ensino Fundamental.
Com a Lei Nº. 11.274/06 atualizou a estrutura curricular, organizando-a em ciclo
de formação humana. E a partir do ano de 2009, reorganizou a Estrutura
Curricular do Ensino Fundamental que passou a trabalhar com períodos anuais,
do 1º ao 9º ano, tendo como objetivo principal assegurar, a todas as crianças,
um tempo mais longo de convívio escolar, maiores oportunidades de aprender e,
com isso, uma aprendizagem mais efetiva.
Sabemos que o ingresso da criança de seis anos no Ensino Fundamental
não pode se constituir em uma medida meramente administrativa, neste sentido,
a Secretaria Municipal de Educação vem envidando esforços para garantir a atenção
necessária ao processo de desenvolvimento e aprendizagem das crianças, o
que implica conhecimento e respeito às suas características etárias, sociais,
psicológicas e cognitivas.

1.2 Organização do Ensino Fundamental

LDB nº 9394/96 Art. 23 - A educação básica poderá organizar-se em


séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de
estudos, grupos não – seriados, com base na idade, na competência e outros critérios,
ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de
aprendizagem assim o recomendar.
Na Secretaria Municipal de Educação, a partir de 2009, a Estrutura
Curricular do Ensino Fundamental atende a uma nova organização estabelecendo a

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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

carga horária das disciplinas que compõe a Base Nacional Comum com o intuito de
cumprir com a atribuição legal e contemplar as alterações da legislação vigente e as
novas diretrizes da educação.
,
1.3 Aspecto Legal
Lei nº. 11.274/06 - Altera a redação dos Arts. 29, 30, 32, e 87 da Lei nº.
9.394/1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, dispondo
sobre a duração de 9 (nove) anos para o Ensino Fundamental, com matrícula
obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade.
Resolução nº 07/2006 – CME/Manaus 27 de julho de 2006. Estabelece
normas e dá orientações para a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos de
duração no Sistema Municipal de Ensino.
Resolução nº 098/2005 – CEE/Amazonas de 06/12/2005. Dispõe
sobre a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos de duração a partir
do ano de 2006, no Sistema de Ensino do estado do Amazonas.
Resolução nº 009/09 – CME/Manaus de 17/12/09. Aprova a Estrutura
Curricular de Ensino Fundamental de 9 anos nas Escolas Municipais, com
oferta desse nível de ensino, a partir do ano letivo de 2010.
Parecer nº 08/CME/Manaus. Parecer favorável à Estrutura Curricular
do Ensino Fundamental de 9 anos nas Escolas com oferta desse nível de ensino, a
partir do ano letivo de 2010.
LDB Art. 26. Os currículos do Ensino Fundamental e médio devem ter uma
base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e
estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características
regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.

2 A Estrutura Curricular
Com o intuito de cumprir com a atribuição legal de contemplar as alterações
da Legislação Educacional Vigente e as Novas Diretrizes da Educação, a Secretaria
Municipal de Educação realizou a reestruturação da Estrutura Curricular do
Ensino Fundamental para o ano letivo 2010, contemplando a ampliação do
Ensino Fundamental para nove anos.
No que tange a carga horária dos anos finais do Ensino Fundamental, houve
alterações significativas referentes aos Componentes Curriculares: Ensino Religioso,
Educação Física e Fundamentos de História e Geografia do Amazonas.

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2.1 Ensino Religioso/ACC


No que se refere ao Ensino Religioso, a carga horária estabelecida
pela Estrutura Curricular de 1997 correspondia a duas horas semanais, sendo de
matrícula facultativa para o aluno e de oferta obrigatória para o sistema (Lei nº
9.475 de 22/7/1997). A partir da Nova Estrutura Curricular, fica garantida ao aluno
a opção pelo Componente Curricular da Parte Diversificada do Currículo – Ensino
Religioso. Caso o aluno não opte pelo referido componente, automaticamente estará
matriculado no componente - ACC – Atividade Curricular Complementar.

2.2 Educação Física

No tocante a Educação Física, a carga horária estabelecida pela


Estrutura Curricular (1997) correspondia três horas semanais, baseada na Lei
Federal n.º 10.793/03, normatizada pela Resolução nº 07/2007 do Conselho
Municipal de Educação. A partir da Nova Estrutura Curricular, é garantida a realização
da atividade prática e teórica de Educação Física no mesmo turno de aula.

2.3 História e Geografia


Fundamentos de História e Geografia do Amazonas, com carga horária
de 2 horas semanais foram estabelecidas na Estrutura Curricular de 1997 para
contemplar a exigência da Lei Estadual nº 1901 e nº 1906 de 1989 que tornou
obrigatório o ensino nos 6º e 7º anos do Ensino Fundamental. Na Nova Estrutura
Curricular os conteúdos dessas disciplinas estão incorporados nos componentes
curriculares História e Geografia.

2.4 Língua Portuguesa e Matemática


Destacamos na nova estrutura o aumento da carga horária dos
Componentes Curriculares Língua Portuguesa e Matemática para 5h semanais.

2.5 Artes

O atendimento à Lei nº 11.769/08, abordando o conteúdo de música


no Componente Curricular Artes.

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ESTRUTURA CURRICULAR DO ENSINO


FUNDAMENTAL DE 9 ANOS

Legislação Ensino Fundamental

Áreas do Componente Anos Iniciais Anos Finais


Conhecimento Curricular
Leis Nº 11.114/05 e 11.274/06, Resolução nº 02/98 – CNE e Resolução nº 07/06 – CME

1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª

S A S A S A S A S A S A S A S A S A
Base Nacional Comum

LínguaPortuguesa
7 280 7 280 7 280 7 280 7 280 5 200 5 200 5 200 5 200
Artes
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nº 9394/96

Linguagens
1 40 1 40 1 40 1 40 1 40 1 40 1 40 1 40 1 40
Educação Física

2 80 2 80 2 80 2 80 2 80 2 80 2 80 2 80 2 80

Matemática
Ciências 200 200 200 200 200 200 200 200 200
5 5 5 5 5 5 5 5 5
Naturais
e Matemática
Ciências 2 80 2 80 2 80 2 80 2 80 2 80 2 80 2 80 2 80

História 2 80 2 80 2 80 2 80 2 80 2 80 2 80 2 80 2 80
Ciências
Humanas
Geografia 1 40 1 40 1 40 1 40 1 40 1 40 1 40 1 40 1 40

EnsinoReligioso/ACC * * * * * * * * * * 1 40 1 40 1 40 1 40

Parte
Diversificada Língua Estrangeira
Moderna – Inglês 2 80 2 80
2 80 2 80
* * * * * * * * * *

TOTAL SEMANAL 20 * 20 * 20 * 20 * 20 * 20 * 20 * 20 * 20 *

CARGA HORÁRIA ANUAL 800 800 800 800 800 800 800 800 800
* * * * * * * * *

LEGENDA: S: Semanal A: Anual SEMANAS: 40


OBSERVAÇÕES:

I – Os Temas Sociais Contemporâneos (Ética, Saúde, Meio Ambiente, Orientação Sexual, Pluralidade Cultural,
Trabalho e Consumo, Orientação para o Trânsito, Educação Fiscal e Valorizando o Idoso) devem ser abordados
de forma interdisciplinar.

II – Os conteúdos de História e Cultura Afro – Brasileira e Indígena devem ser ministrados no âmbito do currículo
escolar, em especial nos componentes curriculares de História, Arte e Língua Portuguesa, de acordo com
os dispositivos da Lei nº 11.645/08.

III – A disciplina Ensino Religioso é de matrícula facultativa ao aluno, de acordo com a Lei nº 9.475/97, sendo
que a escola deve oferecer a ACC – Atividade Curricular Complementar (Leitura, Robótica, Informática etc)
aos que não fizerem opção por essa disciplina.* Nos anos iniciais do Ensino Fundamental é abordado de
forma interdisciplinar.

IV – O conteúdo de música deve ser abordado no componente curricular Artes, de acordo com os dispositivos
da Lei nº 11.769/08
V – O componente curricular Educação Física deve ser ministrado de forma teórica e prática no mesmo turno
de aula
VI – O conteúdo de Fundamentos de História e Geografia do Amazonas está inserido nos conteúdos dos
componentes curriculares História e Geografia respectivamente.

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3 A Proposta Curricular dos anos finais

3.1 O aluno do 6º ao 9º ano


O aluno que está neste período de estudo tem em média, entre 11 e 15
anos. É um adolescente que está experimentando grandes transformações no próprio
corpo e no modo de pensar e agir. Está em busca de identidade própria e tem especial
interesse em novas formas de pensar e interpretar seus problemas.

3.2 Manifestações da adolescência hoje


A precocidade nos jovens hoje é um fato evidente. Sem dúvida,
impulsionados pela mídia e pelo mercado. Nossos meninos e meninas estão entrando
em uma espécie de puberdade cada vez mais antecipada. Nessa fase coincide de
adentrarem nos anos finais do Ensino Fundamental, da mudança de um só professor
ou professora, para vários professores e diferentes disciplinas, fora a mudança em seu
corpo, são várias situações que este aluno precisa lidar.

Machado descreve:
Na adolescência, as modificações biológicas e fisiológicas que alteram a imagem
corporal são inexoráveis. Despedir-se de um corpo infantil é uma tarefa bastante difícil.
Geralmente nessa fase considera-se onipotente, não podendo lutar contra as mudanças
em seu corpo, torna-se delirante aos níveis das ideias. Debate com os pais, com os
professores, argumenta, fantasia, quer mudar regras e realidade.(Questões Urgentes na
Educação, p. 234)

Torna-se por vezes violento, ou se junta a grupos com tais ímpetos. O grupo
torna-se tão ou mais importante que pais e professores. Durante a adolescência, a
dependência infantil anterior não é mais aceita, cobra-se um comportamento mais
amadurecido, no entanto ainda não o é, ele ainda não alcançou a autonomia suficiente
para conduzir-se por sua própria conta.
Na raiz desse choque de gerações a principal tarefa da escola é ajudar esse
adolescente, a passar por essa fase.

Muitos conflitos acontecem, porque o professor, não reflete sobre todas as mudanças no
interior do aluno, esse processo de identidade em construção. Quem sou eu? A
constituição de si mesmo, como sujeito consciente ou inconscientemente buscando
resposta a essa pergunta. O adolescente experimentando diferentes grupos e situações,
acumulando experiências entre pressões diversas dos pais, dos amigos, da escola, e vai
aos poucos definindo-se como pessoa, construindo sua personalidade, resultante de um
complexo conjunto de identificações. (MACHADO, 2002, p. 230-234)

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Para que a escola possa ser um espaço privilegiado na construção de


referências para os alunos, é preciso que ela compreenda onde e como eles vêm
construindo suas identidades para, a partir daí, ampliar seu campo de possibilidades e
propor reflexões.
Quanto mais esse aluno entrar em contato com textos provocativos,
diferentes, mais ele encontrará respostas para suas questões imediatas. Esse período
também é marcado pela luta por ser ouvido, esse processo começa dentro de casa e
continua na escola. A sala de aula será então um espaço onde o aluno consegue
opinar, defender seus pontos de vista, aprendendo a respeitar as opiniões diferentes.
A escola não pode perder de vista que particularmente os adolescentes e
jovens dos setores populares vêm sendo socializados no interior de uma cultura da
violência, marcada por discriminação e estereótipos socialmente construídos, que
tende a produzir uma identidade inferiorizada.

4 Estrutura da Proposta Curricular

A proposta inicia com uma visão sobre os Objetivos Gerais do Ensino


Fundamental descritos nos Parâmetros Curriculares Nacionais e constituem a
referência principal para definição de áreas e temas. Os objetivos indicam
capacidades relativas aos aspectos cognitivo, afetivo, físico, ético, estético, de
atuação e de inserção social, de forma a expressar a formação básica necessária para
o exercício da cidadania e nortear a seleção de conteúdos.
A concepção sobre a área de conhecimento especifica, inicia a exposição
denominada neste documento como caracterização da área, segue-se a definição dos
objetivos gerais da área, que expressam capacidades que os alunos devem
desenvolver ao longo da escolaridade obrigatória, explicitando a contribuição
específica dos diferentes âmbitos do conhecimento.
Tanto os objetivos gerais do ensino fundamental, como os gerais de área,
estão formulados de modo a respeitar a diversidade social e cultural e são
suficientemente amplos e abrangentes para que possam permitir a inclusão das
características locais.
Segue-se a apresentação dos conteúdos, organizados em função das
especificidades de cada área e são meios para que os alunos desenvolvam as
capacidades que lhes permitam produzir bens culturais, sociais e econômicos e deles
usufruir. É importante deixar claro que, na escolha dos conteúdos a serem trabalhados,

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é preciso considerá-los numa perspectiva mais ampla, que leve em conta o papel, não
somente dos conteúdos de natureza conceitual que envolvem a abordagem de fatos,
conceitos e princípios, que têm sido tradicionalmente predominantes, mas também os
de natureza procedimental e atitudinal.
Os conteúdos procedimentais expressam um saber fazer, que envolve
tomar decisões e realizar uma série de ações, de forma ordenada e não aleatória, para
atingir uma meta. Os conteúdos procedimentais sempre estão presentes nos projetos
de ensino, pois realizar uma pesquisa, desenvolver um experimento, fazer um resumo,
construir uma maquete, são proposições de ações presentes nas salas de aula.
Os conteúdos de natureza atitudinal, incluem normas, valores e atitudes,
que permeiam todo o conhecimento escolar. A escola é um contexto socializador,
gerador de atitudes relativas ao conhecimento, ao professor, aos colegas, às
disciplinas, às tarefas e à sociedade.
Em seguida, o professor poderá verificar as competências que envolvem
muito mais que acumular conhecimento, desenvolver habilidades e introjetar valores.
Nas matrizes de referencia do SAEB (2009) destaca-se que “Buscou-se uma
associação entre os conteúdos de aprendizagem com as competências utilizadas no
processo da construção de conhecimento.” (p.17).
As habilidades diferem-se por tratar especificamente, do plano objetivo e
prático do saber fazer e decorrem, diretamente, das competências já adquiridas e que
se transformam em habilidade. (p.18)
As Orientações Didáticas presentes neste documento discutem questões
sobre a aprendizagem de determinados conteúdos, e de como ensiná-los de maneira
coerente para que ocorra a aprendizagem significativa. Além disso, traz uma análise
das diferentes relações que ocorrem entre alunos-professor-saber e de diferentes
variáveis didáticas presentes no processo de ensino e aprendizagem. Não são
receitas de “como ensinar”, mas, fundamentalmente, reflexões que possam orientar a
ação do professor na criação de situações de aprendizagem.
A avaliação e os critérios para realizá-la se constituem em indicadores para
a reorganização do processo de ensino e aprendizagem. Tais critérios, porém, não
devem ser confundidos com critérios de aprovação e reprovação de alunos. A
avaliação é hoje um elemento integrador, entre a aprendizagem e o ensino, que
envolve:

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O ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno


aprenda da melhor forma;
Obtenção de informações sobre os objetivos que foram atingidos;
Obtenção de informações sobre o que e como foi aprendido;

É uma ação que ocorre durante todo o processo de ensino e aprendizagem


e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes
etapas de trabalho, e que envolve não somente o professor, mas também alunos, pais
e a comunidade escolar.
A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão contínua
sobre a sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de
aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o
processo de aprendizagem individual ou de todo grupo.
Portanto, para o aluno a avaliação é o instrumento de tomada de
consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganização de
seu investimento na tarefa de aprender. Para a escola, possibilita definir prioridades e
localizar quais aspectos das ações educacionais demandam maior apoio.

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OBJETIVOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Os Parâmetros Curriculares Nacionais indicam como objetivos do ensino


fundamental, que os alunos sejam capazes de:

COMPREENDER a cidadania como participação social e política, assim como,


exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia,
atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e
exigindo para si o mesmo respeito;

POSICIONAR-SE de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes


situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar
decisões coletivas;

CONHECER características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais,


materiais e culturais como meio para construir, progressivamente, a noção de
identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao País;

CONHECER E VALORIZAR a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro,


bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra
qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças,
de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais;

PERCEBER-SE integrante, dependente e agente transformador do ambiente,


identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para
a melhoria do meio ambiente;de etnia ou outras características individuais e sociais;

DESENVOLVER o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de


confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-
relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de
conhecimento e no exercício da cidadania;

CONHECER E CUIDAR do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos


saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com
responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva;

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COMPREENDER as diferentes linguagens — verbal, matemática, gráfica, plástica


e corporal - como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e
usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a
diferentes intenções e situações de comunicação;

SABER UTILIZAR diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para


adquirir e construir conhecimentos;

QUESTIONAR a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los,


utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de
análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação.

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LÍNGUA PORTUGUESA

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

Refletir sobre o ensino da Língua Portuguesa significa pensar num


acontecimento cotidiano: a realidade da linguagem. Ela nos acompanha desde o
primeiro instante de vida, sendo a responsável direta pelas relações que travamos com
o mundo que nos cerca. É através da linguagem que nos situamos subjetivamente no
mundo e, também, é o que diferencia o homem dos animais irracionais.
Por isso, que durante o ensino fundamental, espera-se que os alunos
adquiram, progressivamente, uma competência, em relação à linguagem, que lhes
possibilite a resolução de problemas da vida cotidiana, o acesso aos bens culturais e a
participação plena no mundo letrado – condições indispensáveis para o exercício
efetivo da cidadania. Para que essa perspectiva se concretize, o ensino de Língua
Portuguesa deverá se organizar de forma que os alunos possam desenvolver a
capacidade de compreensão e expressão, tanto em situações de comunicação escrita
quanto oral.
Letramento, aqui, está sendo entendido como um conjunto de práticas
sociais que usam a escrita como sistema simbólico. Assim, o letramento refere-se
àquelas práticas discursivas que precisam da escrita para torná-las significativas ainda
que não envolvam as atividades específicas de ler ou escrever. Refere-se, também, ao
desenvolvimento da capacidade de usar a linguagem para refletir sobre a própria
linguagem. Dessa concepção de letramento decorre a compreensão de que, nas
sociedades modernas, não existe grau zero de letramento, de que a alfabetização (no
sentido estrito) é parte importante, mas é apenas uma parte do letramento, pois as
pessoas podem tornar-se letradas antes mesmo de serem alfabetizadas.

O domínio da linguagem
Não basta saber falar e escrever; é preciso dominar a linguagem para
participar da vida do bairro, da cidade e do país. Pelo uso da linguagem, escolhendo as
palavras certas para cada tipo de discurso, as pessoas se comunicam trocam opiniões,
têm acesso às informações, protestam e fazem cultura.

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O que surgiu com a linguística


Em vez do ensino tradicional, que muitas vezes alimenta a falsa ideia de que
o português é uma língua difícil, o que devemos ter claro é que os alunos refletem
variações linguísticas que representam sua origem regional, de gênero (variações
segundo o sexo), etária (varia de acordo com a idade) e socioeconômica. A Linguística,
traz um respeito maior a diversidade social e regional, um caminho para democratizar o
ensino.
No lugar da atitude “corretiva”, o professor usa a linguagem do aluno como
exemplo para mostrar a diferença – e não o erro. Há o respeito pelos diversos falares, a
diversidade cultural enfim.

O que surgiu com a linguística


Em vez do ensino tradicional, que muitas vezes alimenta a falsa ideia de que
o português é uma língua difícil, o que devemos ter claro é que os alunos refletem
variações linguísticas que representam sua origem regional, de gênero (variações
segundo o sexo), etária (varia de acordo com a idade) e socioeconômica. A Linguística,
traz um respeito maior a diversidade social e regional, um caminho para democratizar o
ensino.
No lugar da atitude “corretiva”, o professor usa a linguagem do aluno como
exemplo para mostrar a diferença – e não o erro. Há o respeito pelos diversos falares, a
diversidade cultural enfim.
Trabalhando com a língua falada
Ao adentrar a escola a criança já traz a habilidade para a linguagem oral e
cabe ao ensino da disciplina ampliar a capacidade de usar a língua de forma
competente, nas diferentes situações comunicativas.
No 6º ao 9º ano o aluno deve trabalhar com o domínio das pausas, a
construção de frases claras e concisas, além de perceber a importância dos elementos
não-verbais, como gestos, expressão facial ou postura corporal.
Essa responsabilidade é, tanto maior quanto menor for o grau de letramento das
comunidades em que vivem os alunos. Considerando os diferentes níveis de
conhecimento prévio, cabe à escola promover a sua ampliação de forma que,
progressivamente, durante o ensino fundamental, cada aluno tenha se tornado capaz de
interpretar os diferentes textos que circulam socialmente, tenha se tornado capaz de
assumir a palavra e, como cidadão, produzir textos eficazes nas mais variadas situações
da vida. (PCN: Língua Portuguesa, P. 19, 1998).

Pela linguagem se expressam ideias, pensamentos e intenções, se


estabelecem relações interpessoais, anteriormente inexistentes, e se influencia o outro,
alterando suas representações da realidade e da sociedade e o rumo de suas (re)ações.

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Nessa perspectiva, língua é um sistema de signos específico, histórico e social, que


possibilita aos homens e mulheres significar o mundo e a sociedade. Aprendê-la é
aprender não somente palavras e saber combiná-las em expressões complexas, mas
apreender pragmaticamente seus significados culturais e, com eles, os modos pelos
quais as pessoas entendem e interpretam a realidade e a si mesma.
No ensino da Língua Portuguesa, é importante que o aluno mantenha
contato com textos polêmicos, diferentes, que façam refletir e buscar soluções. Desse
modo, ele (o aluno) deve ser estimulado a ouvir e a respeitar as opiniões dos outros. Ao
exercer essas atividades, o aluno irá desenvolver, ainda mais, sua própria linguagem,
passando a dominá-la e a usá-la de forma conveniente, como cidadão participante de
uma comunidade, de um país.

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OBJETIVOS GERAIS DA ÁREA DE


LÍNGUA PORTUGUESA

-Utilizar a linguagem em instâncias privadas, aplicando com eficácia em instâncias


públicas para que, em qualquer situação da vida, possam assumir a palavra para
produzir textos adequados, tanto orais quanto escritos;

-Interpretar textos, com os quais se defronta no cotidiano escolar, sabendo analisá-los


tanto do ponto de vista do conteúdo como da intencionalidade de quem os produz;

-Compreender a leitura como fonte de informação e via de acesso ao mundo criado


pela literatura, ampliando, assim, o horizonte cultural, o conhecimento letrado, a
capacidade de aprendizagem e o próprio repertório de leitura;

-Utilizar a linguagem como instrumento para a aprendizagem, sabendo selecionar


estratégias adequadas e procedimentos necessários para ter acesso e compreender
as informações contidas nos textos: identificar aspectos relevantes; organizar notas;
elaborar roteiros; compor textos coerentes a partir de trechos oriundos de diferentes
fontes; fazer resumos, índices, esquemas etc.;

-Empregar a linguagem na melhoria da qualidade de suas relações pessoais, sabendo


expressar seus sentimentos, experiências, ideias e opiniões, e acolher as dos outros;

-Conhecer e analisar, criticamente, os usos da língua como veículo de valores e


preconceitos de classe, raça, credo e sexo – como parte do objetivo geral da educação
em respeito à diferença;

-Conhecer e respeitar diferentes variantes linguísticas, do português falado;

-Reconhecer e valorizar a linguagem dos diferentes grupos sociais como instrumento


adequado e eficiente na comunicação cotidiana, na elaboração artística e na interação
com pessoas de outros grupos sociais, que se expressem por meio de outras
variedades.

* Extraído dos Parâmetros Curriculares Nacionais, Língua Portuguesa, versão


preliminar, MEC, novembro, 1995.

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CONTEÚDOS DE ENSINO

6º Ano
1 Procedimentos de Leitura
Leitura de pequenos textos de diferentes estruturas textuais;
Leitura de textos sobre a temática indígena e afro-descendente.

2 Implicações do Suporte, do Gênero e/ou do


Enunciador na Compreensão do Texto
Comunicação e Linguagem (verbal e não-verbal);
Níveis de linguagem (formal e informal);
Leitura e Interpretação de textos
Tipologia textual e gêneros textuais (narrativas).

3 Relação entre Textos


Trabalhar a distinção entre tipologia textual e gênero textual;
Textos literários: prosa (descrição física e psicológica de personagens, contos,
fábulas, lendas etc.) e poesia (textos poéticos);
Textos instrucionais: receitas, manuais, normas;
Textos publicitários: anúncios, folhetos, cartazes;
Textos jornalísticos: jornais, revistas;
Textos epistolares: bilhetes, cartas, ofícios;
Textos de informação científica ou histórica: relatos, biografias etc.

Obs: Todos os textos que serão trabalhados deverão incluir questões


relacionadas à temática indígena e afro-descendente.

4 Coerência e Coesão no Processamento do Texto


Relatos de experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras,
acontecimentos, eventos, textos literários ou informativos, programas de TV, filmes,
entrevistas etc;

Descrição de lugares, objetos, pessoas e processos, observando a diversidade


indígena e afro-descendente;

Produção de diversos gêneros e tipos de textos.

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5 Relação entre Recursos Expressivos e Efeitos de Sentido


Fonética: Letras e fonemas;
Ortografia: a/há; emprego de e/i; o/u; j/g; c/ç; z/s; x/ch; por que/porque/por
quê/porquê; onde/aonde; tem/têm; mau/mal; siglas; abreviaturas;
Encontros vocálicos e consonantal
Separação silábica;
Sílaba tônica e átona;
Acentuação gráfica;
Crase: conceitos e regras;
Variações Linguísticas: sexo, idade, regiões, vocábulos de origem indígena e
africana;
Linguagem culta e coloquial;
Adequação e inadequação linguística;
Substantivo: função, classificação e flexão;
Adjetivos: função, classificação e flexão;
Artigos: definidos e indefinidos;
Numeral: função, flexão e emprego;
Pronome: função, classificação e emprego;
Verbo: função, flexão, emprego e concordância;
Advérbio;
Preposição;
Conjunção;
Interjeição;
Pontuação: ponto final, ponto de interrogação, ponto de exclamação, dois
pontos, travessão e vírgula;
Tipos de frase;
Termos essenciais da oração (sujeito e predicado);
Verbos impessoais.

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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS DE ENSINO

7º Ano
1 Procedimentos de Leitura
Leitura de pequenos textos de diferentes estruturas textuais;
Leitura de textos sobre a temática indígena e afro-descendente.

2 Implicações do Suporte, do Gênero e/ou do


Enunciador na Compreensão do Texto
Comunicação e Linguagem (verbal e não-verbal);
Níveis de linguagem (formal e informal);
Leitura e Interpretação de textos: tipologia textual e Gênero textual,
especialmente o gênero narrativo.

3 Relação entre Textos


Trabalhar a distinção entre tipologia textual e gênero textual;
Textos literários: prosa (descrição física e psicológica de personagens, contos,
fábulas, lendas etc.) e poesia (textos poéticos);
Textos instrucionais: receitas, manuais, normas;
Textos publicitários: anúncios, folhetos, cartazes;
Textos jornalísticos: jornais, revistas;
Textos epistolares: bilhetes, cartas, ofícios;
. Textos de informação científica ou histórica: relatos e biografias, incluindo
questões relacionadas à temática indígena e afro-descendente;
Noções básicas de argumentação;
Textos narrativos: lendas e tradições;
Textos descritivos.

4 Coerência e Coesão no Processamento do Texto


Relatos de experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras,
acontecimentos, eventos, textos literários ou informativos, programas de TV, filmes,
entrevistas etc;

22
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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Descrição de lugares, objetos, pessoas e processos, observando a diversidade


indígena e afro-descendente;
Produção de diversos gêneros e tipos de textos.

5 Relação entre Recursos Expressivos e Efeitos de Sentido

Fonética: Letras e fonemas;


Ortografia: emprego do a/há, e/i, l/u, x, ch, s, ss, xc, ç, z, mas/mais/más,
mal/mau, onde/aonde, porque/porquê/por que/por quê, traz/trás, emprego do hífen,
palavras parônimas e homônimas;
Encontros vocálicos e consonantais;
Dígrafo;
Separação silábica;
Sílaba tônica e átona;
Acentuação: monossílabos tônicos, oxítonas, paroxítonas, proparoxítonas,
ditongos abertos;
Crase: conceitos e regras;
Variações Linguísticas (sexo, idade, regiões);
Vocábulos de origem indígena e africana;
Linguagem culta e coloquial;
Adequação e inadequação linguística;
Substantivo: flexão, gênero, número e graus;
Adjetivos: graus do adjetivo, flexão dos adjetivos compostos (inclusive plural);
Pronome: função, classificação e emprego;
Verbo: tempos, modos e concordância, formas nominais, locuções verbais,
verbos regulares e irregulares;
Advérbio e Locução Adverbial;
Adjunto adverbial;
Adjunto adnominal;
Preposição: função, emprego e formas combinadas;
Conjunção;
Pontuação: vírgula, ponto, ponto e vírgula, dois pontos, ponto de interrogação,
ponto de exclamação, reticências, parênteses, travessão
Frase, oração e período;

23
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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Termos essenciais da oração (sujeito e predicado);


Tipos de sujeito;
Tipos de predicado: verbal, nominal e verbo-nominal.

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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS DE ENSINO

8º Ano
1 Procedimentos de Leitura
Leitura de pequenos textos de diferentes estruturas textuais;
Leitura de textos sobre a temática indígena e afro-descendente.
Réplicas e tréplicas.

2 Implicações do Suporte, do Gênero e/ou do


Enunciador na Compreensão do Texto
Consistência argumentativa;
Adequação vocabular;
Manutenção de um ponto de vista ao longo da fala;
Comunicação e Linguagem (verbal e não-verbal);
Níveis de linguagem (formal e informal);
Leitura e Interpretação de textos.
3 Relação entre Textos
Trabalhar a distinção entre tipologia textual e gênero textual;
Textos literários: prosa, poesia e memória;
Textos instrucionais: receitas, manuais, normas;
Textos publicitários: anúncios, folhetos, cartazes;
Textos jornalísticos: jornais, revistas;
Textos epistolares: bilhetes, cartas, ofícios;
Textos dissertativos;
Textos narrativos: lendas e tradições;
Textos de informação científica ou histórica: relatos, biografias, incluindo
questões relacionadas à temática indígena e afro-descendente.

4 Coerência e Coesão no Processamento do Texto


Relatos (situações pessoais, ocorrências e vivências familiares,
acontecimentos, eventos, textos expositivos sobre temas das outras áreas, programas
de TV, filmes, entrevistas etc).

Narração e descrição de histórias conhecidas e relato de acontecimentos,


garantindo o encadeamento dos fatos e sua sequência cronológica.

25
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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Produção de diversos tipos e gêneros textuais: literários, instrucionais,


publicitários, jornalísticos, epistolares, dissertativos, narrativos, textos de informação
científica ou histórica, incluindo questões relacionadas à temática indígena e afro-
descendente.

5 Relação entre Recursos Expressivos e Efeitos de Sentido


Fonética;
Ortografia: porque, porquê, por que, por quê; há/a; mau/mal; mas/mais/más;
onde/aonde; x/z; e/i; o/u; g/j; esa/isa; es/ez; isar/izar; uso do hífen ligando os pronomes
oblíquos e separando elementos da maioria dos substantivos compostos por
justaposição.
Crase – revisão;
Variações Linguísticas (sexo, idade, regiões);
Vocábulos de origem indígena e africana;
Linguagem culta e coloquial;
Adequação e inadequação linguística;
Conjunção: definições, classificação, locuções conjuntivas;
Verbos (classificação): regulares, irregulares, anômalos, defectivos,
abundantes, auxiliares;
Regência: nominal e verbal;
Concordância: nominal e verbal (casos gerais);
Predicativo do sujeito e do objeto;
Aposto e vocativo;
Colocação pronominal;
Sentido próprio e sentido figurado;
Pontuação: vírgula, ponto, ponto e vírgula, dois pontos, ponto de interrogação,
ponto de exclamação, reticências, parênteses, travessão;
Frase, oração e período;
Termos essenciais da oração (sujeito e predicado);
Tipos de sujeito;
Tipos de predicado: verbal, nominal e verbo-nominal;
Figuras de Linguagem: comparação, metáfora, metonímia;
. Análise Sintática: conectivos, período simples e período composto por
coordenação e por subordinação, tipos de predicado, vozes do verbo, termos da
oração (integrantes e acessórios).

26
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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS DE ENSINO

9º Ano
1 Procedimentos de Leitura
Réplicas e tréplicas;
Leitura de textos diversificados;
Leitura de textos sobre a temática indígena e afro-descendente.

2 Implicações do Suporte, do Gênero e/ou do


Enunciador na Compreensão do Texto
Consistência argumentativa;
Adequação vocabular;
Manutenção de um ponto de vista ao longo da fala;
. Respeito à diversidade linguística da sociedade;
Características próprias de diferentes situações de uso formal da oralidade:
aula expositiva, seminário, entrevista, pesquisa de opinião, diálogo com autoridades,
debate, assembleia, dramatização.

3 Relação entre Textos


Trabalhar a distinção entre tipologia textual e gênero textual;
Textos literários: prosa, poesia e memória;
Textos instrucionais: receitas, manuais, normas;
Textos publicitários: anúncios, folhetos, cartazes;
Textos jornalísticos: jornais, revistas;
Textos epistolares: bilhetes, cartas, ofícios;
Textos dissertativos;.
Textos narrativos: lendas e tradições;
Textos de informação científica ou histórica: relatos, biografias, incluindo
questões relacionadas à temática indígena e afro-descendente.
4 Coerência e Coesão no Processamento do Texto
Relatos (situações pessoais, ocorrências e vivências familiares,
acontecimentos, eventos, textos expositivos sobre temas das outras áreas, programas
de TV, filmes, entrevistas etc);

Narração e descrição de histórias conhecidas e relato de acontecimentos,


garantindo o encadeamento dos fatos e sua sequência cronológica;

27
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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Descrição de lugares, objetos, pessoas e processos, observando a diversidade


indígena e afro-descendente;
Produção de diversos tipos e gêneros textuais: literários, instrucionais,
publicitários, jornalísticos, epistolares, textos de informação científica e histórica,
incluindo questões relacionadas à temática indígena e afro-descendente;
Dissertação.
5 Relação entre Recursos Expressivos e Efeitos de Sentido
Encontro vocálico;
Encontro consonantal;
Dígrafo;
Acentuação: primeira vogal do hiato oo(s) final; os verbos ter e vir e seus
derivados na 3ª pessoa do plural; a primeira vogal do hiato ee dos verbos dar, crer, ler,
ver e seus derivados na 3ª pessoa do plural; nova ortografia; trema dos grupos que,
qui, gue, gui;
Crase;
Ortografia: onde/aonde, mas/mais, se não/senão, mau/mal), uso do hífen,
formação de palavras com alguns prefixos, separação com sufixos tupis: açu, guaçu,
mirim (revisão);
Variações Linguísticas (sexo, idade, regiões);
Vocábulos de origem indígena e africana;
Linguagem culta e coloquial;
Adequação e inadequação linguística;

Revisão de algumas classes de palavras (substantivo, artigo, adjetivo, numeral,


pronome, verbo);
Emprego do “se” e do “que”;
Período composto por subordinação (oração subordinada substantiva, adjetiva,
adverbial e reduzida);
Concordância nominal e verbal;
Radical, vogal temática, tema, desinência nominal e verbal;
Afixos: prefixos e sufixos (prefixos e radicais gregos e latinos);
Vogais e consoantes de ligação;
Estrutura de palavra: processos de formação de palavras: derivação prefixal e
sufixal, prefixação e sufixação, parassintética, imprópria; composição: justaposição e
aglutinação; abreviações, onomatopeias, hibridismo;
Verbos: tempos compostos, formas rizotônicas e arrizotônicas;
Figuras de linguagem: catacrese, metáfora, metonímia, perífrase, antítese,
eufemismo, ironia, hipérbole, comparação, prosopopéia, pleonasmo, silepse, elipse,
anacoluto, hipérbato;
Vícios de linguagem: barbarismo, ambiguidade, cacófato, eco, pleonasmo
vicioso.

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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES - 6º ao 9º Ano

No documento “Saeb 2001: Novas Perspectivas” (2002), define-se


competência, na perspectiva de Perrenoud, como sendo a “capacidade de agir em um
determinado tipo de situação, apoiando-se em conhecimentos, mas sem se limitar a
eles”.
Assim, as competências cognitivas podem ser entendidas como as
diferentes modalidades estruturais da inteligência que compreendem determinadas
operações que o sujeito utiliza para estabelecer relações com e entre os objetos
físicos, conceitos, situações, fenômenos e pessoas.
Ainda no mesmo documento, é mencionado que habilidades referem-se,
especificamente, ao plano objetivo e prático do saber fazer e decorrem, diretamente,
das competências já adquiridas e que se transformam em habilidades.
Assim, as competências e habilidades pertinentes à área da linguagem
aparecem em ordem crescente de aprofundamento e/ou ampliação a cada ano, em
função das etapas próprias do processo de desenvolvimento do aluno. São elas:

1 Procedimentos de Leitura
Localizar informações explícitas em um texto;
Inferir o sentido de uma palavra ou expressão;
Inferir uma informação implícita em um texto;
Identificar o tema de um texto;
Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.

2 Implicações do Suporte, do Gênero e/ou do


Enunciador na Compreensão do Texto

Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas,


quadrinhos, foto etc);
Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.

3 Relação entre Textos


Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de
textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido
e daquelas em que será recebido;

29
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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo


fato ou ao mesmo tema.

4 Coerência e Coesão no Processamento do Texto


Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou
substituições que contribuem para a continuidade de um texto;
Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a
narrativa;
Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto;
Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por
conjunções, advérbios etc;
Identificar a tese de um texto;
. Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la.

5 Relação entre Recursos Expressivos e Efeitos de Sentido


Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados;
Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de
um texto;
Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras
notações;
Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada
palavra ou expressão;
Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos
ortográficos e/ou morfossintáticos.

30
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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

MATEMÁTICA

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

A Matemática está presente em praticamente tudo o que nos rodeia, com


maior ou menor complexidade. Perceber isso, é compreender o mundo a nossa volta e
atuar nele. E a todos indistintamente, deve ser dada essa possibilidade de
compreensão e atuação como cidadão. A atividade matemática escolar não é “olhar
para coisas prontas e definitivas”, mas a construção e apropriação de um
conhecimento pelo aluno e se servirá dele para compreender e transformar a sua
realidade.
Um exemplo de contextualização do saber pode ser dado pelas atividades
de ensino relativo ao tratamento de dados numéricos (porcentagem, gráficos, tabelas,
razão, proporção...) como por ocasião das eleições políticas, quando os alunos ficam
envolvidos pelo clima de debates eleitorais. Este contexto transcende o aspecto
conceitual e oferece oportunidade para o professor articular o conteúdo matemático
com os temas transversais da ética e da cidadania.
A Matemática tem o valor formativo que ajuda a estruturar o pensamento e o
raciocínio dedutivo desempenhando também papel instrumental, pois é uma
ferramenta que auxilia no cotidiano e em muitas tarefas específicas.
No ensino da matemática torna-se imprescindível que o aluno perceba que
a mesma consiste num conjunto de técnicas e estratégias que podem ser aplicadas a
outras áreas do conhecimento, assim como para atividade profissional.

Segundo os PCNs (1998, p. 26, 27)

A sobrevivência na sociedade depende cada vez mais de conhecimento, pois diante da


complexidade da organização social, a falta de recursos para obter e interpretar
informações, impede a participação efetiva e a tomada de decisões em relação aos
problemas sociais. Impede, ainda, o acesso ao conhecimento mais elaborado e dificulta o
acesso às posições de trabalho.

31
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Também é importante salientar que a compreensão e a tomada de decisões


diante de questões políticas e sociais dependem da leitura crítica e interpretação de
informações complexas, muitas vezes contraditórias, que incluem dados estatísticos e
índices divulgados pelos meios de comunicação. Ou seja, para exercer a cidadania é
necessário saber calcular, medir, raciocinar, argumentar, tratar informações
estatisticamente.
Para que ocorram as inserções dos cidadãos no mundo do trabalho, no
mundo das relações sociais e no mundo da cultura, e para que desenvolvam o senso
crítico diante das questões sociais, é importante que a Matemática desempenhe, no
currículo, equilibrada e indissociavelmente, seu papel na formação de capacidades
intelectuais, na estruturação do pensamento, na agilização do raciocínio do aluno, na
sua aplicação a problemas, situações da vida cotidiana e atividades do mundo do
trabalho e no apoio à construção de conhecimentos em outras áreas curriculares.
É primordial, também, ressaltar a importância do trabalho interdisciplinar. É
fundamental que os professores tomem conhecimento dos conteúdos que serão
trabalhados nas outras áreas e que planejem como as questões sociais vão ser
abordadas em diferentes contextos de aprendizagem das várias áreas.

(...) é importante destacar que a perspectiva da transversalidade não pressupõe o


tratamento simultâneo, e num único período, de um mesmo tema por todas as áreas,
mas o que se faz necessário é que esses temas integrem o planejamento dos professores
das diferentes áreas, de forma articulada aos objetivos e conteúdos delas. (PCN, 1998. p.
28 e 29)

32
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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

OBJETIVOS GERAIS DA ÁREA

Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e


transformar o mundo a sua volta e perceber o caráter de jogo intelectual, característico
da Matemática, como aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de
investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver problemas;
Compreender através de observações sistemáticas dos aspectos quantitativos
e qualitativos da realidade, estabelecendo inter-relações entre eles, utilizando o
conhecimento matemático (aritmético, geométrico, métrico, algébrico, estatístico,
combinatório, probabilístico);
Resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e resultados,
desenvolvendo formas de raciocínio e processo como, intuição, indução, dedução,
analogia, estimativa, e utilizando conceitos e procedimentos matemáticos, bem como
instrumentos tecnológicos disponíveis;
Estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e
conhecimentos de outras áreas curriculares;
Sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos
matemáticos, o respeito ao trabalho dos colegas e a perseverança na busca de
soluções;
Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na
busca de soluções para problemas propostos, identificando aspectos consensuais, ou
não, na discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e
aprendendo com eles;
Construir procedimentos para coletar, organizar, representar e interpretar
dados compreendendo gráficos, como forma eficiente de comunicação e análise de
informações;
Reconhecer a importância da Matemática na organização do pensamento,
envolvendo possibilidades;
Identificar estratégias de síntese, transmissão e interpretação de dados;
Relacionar etapas da história da matemática com a evolução da humanidade.

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CONTEÚDOS DE ENSINO

6º Ano
1 ESPAÇO E FORMA
1.1 Geometria
· Ponto, reta e plano
· Figuras geométricas planas e espaciais
· Segmento de reta
· Polígonos
· Curvas abertas e fechadas
· Triângulos
· Quadriláteros

2 GRANDEZAS E MEDIDAS
2.1 Sistema Métrico Decimal – Comprimento
· Unidades de medida de comprimento
· Transformações de unidades
· Perímetro de um polígono
· Comprimento de uma circunferência
2. 2 Sistema Métrico Decimal – Superfície
· Unidades de medidas de superfície
· Transformações de unidades
· As medidas agrárias
· Áreas das figuras geométricas planas
2.3 Sistema Métrico Decimal – Volume
· Unidades de medidas de volume
· Transformações de unidades
· Os sólidos geométricos
· Cálculo do volume de alguns sólidos geométricos
2.4 Sistema Métrico Decimal – Capacidade
· Unidades de medidas de capacidade
· Transformações de unidades
· Problemas envolvendo volume e capacidade
· Sistema Métrico Decimal – Massa
· Unidades de medidas de massas

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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

· Transformações de unidades
· Tempo: hora, minuto e segundo

3 NÚMEROS E OPERAÇÕES/ÁLGEBRA E FUNÇÕES


3.1 Sistema de Numeração
· Base não decimal
· Base decimal
· Valores absoluto e relativo
· Introdução ao Sistema de Numeração: números Indo-arábicos
3.2 Números Naturais
· Adição
· Subtração
· Multiplicação
· Divisão
· Problemas envolvendo as operações com números naturais
· Potenciação
· Expressões numéricas
3.3 Divisibilidade
· Critérios de divisibilidade
· Fatores ou divisores naturais de um número
· Números primos
· Decomposição em fatores primos
· Máximo Divisor Comum (M.D.C)
· Múltiplos naturais de um número
· Mínimo Múltiplo Comum (M.M.C)
· Relação entre M.M.C e o M.D.C de dois números naturais.
3.4 Números Racionais Absolutos
· Tipos de fração
· Frações equivalentes
· Simplificação de frações
· Redução de frações ao mesmo denominador
· As frações e a porcentagem
· Comparação
· Adição e subtração
· Multiplicação
· Divisão
· Potenciação
· Radiciação
· Expressões numéricas
· Resolução de problemas com números racionais

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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

3.5 Números Racionais Decimais


· Representação decimal
· Leitura de números decimais
· Propriedades gerais dos números decimais
· Comparação de números decimais
· Adição e subtração
· Multiplicação
· Os números decimais e o cálculo de porcentagem
· Divisão
· Potenciação

4 TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
4.1 Estatística:
· Leitura e Interpretação de gráficos de colunas simples e dupla entrada;
· Construção de gráficos de colunas simples e dupla entrada;
· Leitura e interpretação de gráficos de barras simples;
· Construção de gráficos de barras simples;
· Leitura, interpretação de Pictogramas;
· Cálculo e comparação de probabilidade de um evento.

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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

6º Ano
1 ESPAÇO E FORMA
. Reconhecer, na vida diária, figuras geométricas;
· Identificar os instrumentos básicos do Desenho e da Geometria (régua,
esquadros, compasso) como elementos auxiliares na construção de figuras
geométricas e na formação de conceito.

2 GRANDEZAS E MEDIDAS
. Reconhecer a medida como comparação entre grandezas e a existência de
padrões arbitrários para medir essas grandezas;
· Identificar as unidades fundamentais para medir comprimentos, superfícies,
volume, capacidade e massa;
· Resolver problemas significativos utilizando de medidas padronizadas como
Km/m/ cm/mm, Kg/g/mg, l/ml;
Transformar unidade de mesma espécie e comparar as grandezas que elas
expressam;
· Aplicar as técnicas de medição a objetos simples e usuais na vida diária.

3 NÚMEROS E OPERAÇÕES/ÁLGEBRA E FUNÇÕES


. Compreender as distintas formas culturais de manejar quantidades, números,
medidas e relações geométricas;
. Identificar o sistema decimal e os algarismos indo-arábicos como uma
linguagem matemática universal que permite a comunicação dos diferentes povos;
Efetuar as operações fundamentais com números naturais;
· Resolver problemas com números naturais, inicialmente seguindo alguns
modelos, mas desenvolvendo, também, a iniciativa e a criatividade própria;
· Conceituar divisão exata e não-exata, aprendendo os conceitos de múltiplos e
divisores;
· Obter os divisores de um número ou reconhecer quando ele é primo;
· Operacionalizar o cálculo do MDC pelo processo das divisões sucessivas e pelo
processo da decomposição em fatores primos;
· Operacionalizar o cálculo do MMC pelo processo da decomposição em fatores
primos e pela decomposição simultânea;
· Efetuar as operações fundamentais com frações;

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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

· Efetuar as conversões de números da forma decimal para a de fração ordinária


e vice-versa;
· Resolver problemas que envolvem números decimais.

4 TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
· Analisar a importância da Estatística, desenvolvendo uma postura crítica diante
dos dados divulgados pelos meios de comunicação.

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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS DE ENSINO

7º Ano
1.1 Geometria
· Ângulos
· Conceito
· Medida de ângulos
· Operações envolvendo ângulos
· Ângulos congruentes
· Bissetriz de um ângulo
· Ângulo reto, agudo e obtuso
· Retas perpendiculares
· Ângulos consecutivos e adjacentes
· Ângulos suplementares
· Ângulos complementares

2 GRANDEZAS E MEDIDAS
2.1 Grandezas Proporcionais
· Razão e Proporção
· Números diretamente proporcionais
· Números inversamente proporcionais
· Regra de três simples e composta

3 NÚMEROS E OPERAÇÕES/ÁLGEBRA E FUNÇÕES


3.1 Números Inteiros Relativos (Z)
· Adição e Subtração
· Multiplicação e Divisão
· Potenciação
· Radiciação
3.2 Números Racionais Relativos (Q)
· Adição e Subtração
· Multiplicação e Divisão
· Potenciação
· Radiciação
· Equações do 1° grau

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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

· Problemas do 1° grau com uma variável


· Inequação do 1° grau com uma variável
· Produto cartesiano
· Sistema de equações do 1° grau com duas variáveis
. Porcentagem
. Juros simples
. Juros compostos
Médias: aritméticas e geométricas

4 TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
4.1 Estatística
· Gráficos de barras
· Gráficos de setores

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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

7º Ano
1 ESPAÇO E FORMA
· Investigar as formas geométricas nas construções físicas das comunidades e
nos artefatos indígenas;
· Identificar região angular, ângulos congruentes, correspondentes,
consecutivos e adjacentes;
· Identificar construindo ângulo agudo e obtuso;
· Conhecer a forma como a matemática é aplicada no cotidiano dos povos
indígenas, percebendo as distinções existentes em face da matemática universal.

2 GRANDEZAS E MEDIDAS
· Efetuar com as propriedades das proporções;
· Aplicar os conceitos de sucessões direta e inversamente proporcionais;
· Elaborar esquemas para problemas que se resolvam pela regra de três simples
e composta.

3 NÚMEROS E OPERAÇÕES/ ÁLGEBRA E FUNÇÕES


Efetuar as operações com números inteiros relativos em qualquer uma de suas
formas;
· Calcular um valor desconhecido numa adição ou numa subtração, a partir da
ideia de operação e sua inversão;
· Solucionar problemas com valor desconhecido e efetuar operação com
potenciação;
· Construir classes de equivalência de um número racional;
· Relacionar o significado do expoente negativo de um número racional;
. Aplicar noção de porcentagem e o seu cálculo em seu cotidiano;
· Calcular juros simples, compostos, capital e montante;
· Identificar quando uma sentença é uma equação, uma identidade ou uma
impossibilidade num dado universo;
· Resolver interpretando equações e problemas do 1° grau.

4 TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
· Construir, graficamente, um sistema de equação com duas variáveis.

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CONTEÚDOS DE ENSINO

8º Ano
1 ESPAÇO E FORMA
1.1 Geometria
. Entes geométricos: Ponto, reta e plano
1.2 Ângulos
· OPV (oposto pelo vértice);
· Ângulos formados por duas retas paralelas e uma transversal. Propriedades.
1.3 Polígonos
· Classificação
1.4 Triângulos
· Classificação;
· Condição de existência;
· Congruência de triângulos.
1.5 Quadriláteros
· Classificação geral e propriedades;
· Paralelogramo;
· Trapézio.
1.6 Circunferência e Círculo
· Corda e Diâmetro;
· Círculo.
1.7 Relações métricas na circunferência
· Posições de um ponto em relação a uma circunferência;
· Posições de uma reta em relação a uma circunferência.
1.8 Arcos
· Ângulo central;
· Ângulo inscrito;
· Ângulo de segmento;
· Ângulo excêntrico.

2 GRANDEZAS E MEDIDAS
. Números de diagonais;
. Soma das medidas dos ângulos internos;
. Soma de ângulos internos;
· Medidas.

42
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3 NÚMEROS E OPERAÇÕES/ÁLGEBRA E FUNÇÕES


3.1 Números Reais (R)
· Ordenar e representar R na reta numérica;
· Operações e suas propriedades.

3.2 Introdução à Álgebra


· Expressões algébricas;
· Valor numérico;
· Monômios: operações com monômios;
· Grau, redução a termos semelhantes;
· Polinômios;
· Grau, redução a termos semelhantes, operações;
· Produtos notáveis;
· Fatoração;
· Fatoração de expressão algébrica, casos;
· M.D.C e M.M.C de monômios e polinômios.
3.3 Fração algébrica
· Simplificação, redução ao mesmo denominador;
· Operações;
· Equações fracionárias e literais;
· Resolução de equações fracionárias;
· Sistemas de equações fracionárias;
· Resolução de problemas;
· Equações literais.

4 TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
4.1. Estatística
· Introdução;
· Estudando tabelas e gráficos;
· Frequência: organizando dados de uma pesquisa;
· Variável qualitativo e quantitativo.

43
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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

8º Ano
1 ESPAÇO E FORMA
Definir conceitos de ângulos consecutivos, adjacentes, retos, agudos e obtusos;
Conhecer e aplicar as relações entre os pares de ângulos formados por duas retas
cortadas por uma transversal;
· Definir o conceito de triângulo, sua classificação quanto a lados e ângulos;
Construir procedimentos para determinar a soma das medidas dos ângulos
internos e dos ângulos externos de um polígono qualquer;
· Relacionar os elementos especiais dos triângulos: altura, mediana, bissetriz,
ângulos internos e externos;
· Reconhecer a importância da utilização de triângulos em estruturas, devido à
sua rigidez;
. Aplicar, em situações-problema, os casos de congruência de triângulos;
Equacionar problemas de quadrilátero, inclusive a soma de ângulos internos;
Interpretar os conceitos de circunferência e círculo, assim como de seus elementos:
raio, diâmetro, corda e arco;
· Relacionar a medida de arcos com o ângulo central, do ângulo central com o
ângulo inscrito e ângulo excêntrico, e resolver problemas correlatos;
· Resolver problemas com as relações métricas da circunferência.

2 GRANDEZAS E MEDIDAS
. Equacionar e resolver problemas envolvendo ângulos e diagonais de um
polígono convexo;
. Relacionar a medida de arcos com o ângulo central, do ângulo central com o
ângulo inscrito e ângulo excêntrico, e resolver problemas correlatos.

3 NÚMEROS E OPERAÇÕES/ ÁLGEBRA E FUNÇÕES


· Compreender a relação de inclusão entre os conjuntos R, Q, Z e N e seus
subconjuntos;
· Efetuar cálculo algébrico que envolve a adição, subtração, multiplicação e
divisão de polinômios;
· Reconhecer os produtos notáveis e resolvê-los;
· Calcular o MDC e o MMC de monômios e polinômios, aplicando os casos de
fatoração;

44
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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

· Utilizar expressões algébricas para representar e resolver situações-problema


da matemática e de outras ciências;
Resolver as equações fracionárias e literais redutíveis ao 1° grau, e discutir as
soluções dentro do conjunto verdade e solucionar problemas;
· Representar as soluções e resoluções de inequação do 1° grau, aplicando o
princípio das desigualdades.

4 TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
· Elaborar interpretando analiticamente tabelas e gráficos.

45
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CONTEÚDOS DE ENSINO

9º Ano
1 ESPAÇO E FORMA
1.1 Geometria
· Razão entre segmentos;
· Segmentos proporcionais;
· Feixe de paralelas;
· Teorema de Tales.
1.2 Semelhança
· Figuras semelhantes;
· Semelhanças de polígonos;
. Semelhança de triângulos. Casos.
1.3 Relações métricas
. Triângulo retângulo;
. Triângulo qualquer.
1.4 Relações métricas
· Cordas;
· Secantes;
· Tangentes.
1.5 Polígonos regulares
· Polígono inscrito numa circunferência;
· Polígono circunscrito numa circunferência;
· Relações métricas nos polígonos regulares.
1.6 Medida de arcos de circunferência
· Comprimento da circunferência;
· Medida do arco de circunferência;
· Radiano.

2 GRANDEZAS E MEDIDAS
2.1 Geometria
. Área de Polígonos

3 NÚMEROS E OPERAÇÕES/ÁLGEBRA E FUNÇÕES


3.1 Números Reais (R)
· Potenciação;

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· Notação científica;
· Propriedades dos radicais;
· Simplificação dos radicais;
· Redução dos radicais ao mesmo índice;
· Comparação de radicais;
· Radicais semelhantes;
· Operações com radicais;
· Racionalização.
3.2 Equações do 2º Grau
· Equações incompletas;
· Equações completas;
· Equações biquadradas;
· Equações irracionais;
· Sistemas de equações do 2° grau;
· Problemas de equações do 2° grau.
3.3 Funções
Conjuntos, subconjuntos, relação de pertinência, operações entre conjuntos;
· Produto cartesiano;
· Relações e funções: Representação gráfica de uma função;
· Função do 1° grau;
· Função do 2° grau.

4 TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
4.1 Estatística
· Introdução;
. Estudando tabelas e gráficos;
. Frequência: organizando dados de uma pesquisa;
. Variável qualitativo e quantitativo.

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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

9º Ano
1 ESPAÇO E FORMA
. Relacionar os aspectos da arquitetura dos povos indígenas e afro-
descendentes com as formas geométricas;
. Compreender o conceito de semelhança entre figuras.

2 GRANDEZAS E MEDIDAS
· Conceituar razão entre dois segmentos com base em suas medidas;
· Identificar o Teorema de Tales e sua extensão aos lados de um triângulo;
· Aplicar as relações métricas nos triângulos retângulos na resolução de
problemas;
· Conceituar as relações seno, coseno e tangente de um ângulo agudo num
triângulo retângulo;
· Efetuar as operações com altura, distâncias e elementos de um triângulo
retângulo;
· Identificar as relações métricas nos triângulos quaisquer, reconhecendo a
natureza de um triângulo em função das medidas dos lados;
· Aplicar as relações de potência de um ponto em relação a uma circunferência,
nos seguintes casos: quando o ponto é externo, quando é interno ou quando pertence
à curva;
· Calcular lados e apótemas de polígonos inscritos ou circunscritos a uma
circunferência;
· Diferenciar os conceitos de superfície e área correspondente;
· Calcular as áreas das principais figuras planas: retângulo, quadrado, triângulo,
paralelogramo, losango, trapézio e polígonos regulares;
· Calcular a área do círculo e de partes do círculo (setor circular, coroa circular e
segmento circular);
· Relacionar os aspectos da arquitetura dos povos indígenas e afro-descendentes
com as formas geométricas.

3 NÚMEROS E OPERAÇÕES/ÁLGEBRA E FUNÇÕES


· Efetuar as operações de adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação
e radiciação de radicais;

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· Resolver equações numéricas do 2° grau e discutir as raízes em função do


discriminante;
· Identificar, resolvendo as equações biquadradas, irracionais e sistemas de
equações do 2° grau;
· Conceituar domínio, contradomínio e conjunto-imagem de uma função;
· Construir os gráficos da função constante do 1° grau e 2° grau;
· Obter as raízes reais, as coordenadas do vértice da parábola e identificar a sua
concavidade;
· Determinar os valores de x para os quais uma função do 2° grau seja positiva,
nula ou negativa.

4 TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
. Analisar criticamente as formas cotidianas, dados estatisticos, tabelas e
gráficos.

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CIÊNCIAS

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA
No Brasil, o ensino de Ciências sofreu grandes influências do cenário
educacional internacional. Desde o período jesuítico, o ensino de ciências assentou-se
numa educação livresca e memorística de conceitos, dissociado da realidade do
aluno. O professor de ciências naturais acompanha as tendências desse período
dividindo-se entre um ensino de ciências caracterizado por teórico, livresco e a
proposta de mudança para uma metodologia ativa, valorizando principalmente as
atividades experimentais.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais lançados no final da década de 90,
propõe conhecimentos em função de sua importância social, de seus significados para
os alunos e de sua relevância científico-tecnológica. O Ensino de Ciências Naturais
organiza-se em torno dos seguintes eixos temáticos: Vida e Ambiente, Ser Humano e
Saúde, Tecnologia e Sociedade e Terra e Universo.
O desenvolvimento de atitudes e valores é tão essencial quanto o
aprendizado de conceitos e de procedimentos. A responsabilidade da escola e do
professor é promover o questionamento, o debate, a investigação, visando o
entendimento da ciência como construção histórica e como saber prático, superando
as limitações do ensino passivo, fundado na memorização de definições e de
classificações sem qualquer sentido para o aluno.
Mais do que ensinar, a concepção de Ciências deve trazer a consciência do
desenvolvimento do ser humano como cidadão, ético, tendo assim relevância, as
interações entre Ciência, Tecnologia e Sociedade.

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OBJETIVOS GERAIS DA ÁREA

COMPREENDER a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em sociedade,


como agente de transformações do mundo em que vive;

VALORIZAR o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a


construção coletiva do conhecimento;

COMPREENDER a Ciência como um processo de produção de conhecimento e uma


atividade humana, histórica, associada aos aspectos de ordem social, econômica,
política e cultural;

ANALISAR as relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e


condições de vida, compreendendo a tecnologia como meio para suprir necessidades
humanas, sabendo elaborar juízo de valor sobre riscos e benefícios das práticas
científico-tecnológicas;

COMPREENDER a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e


coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes;

PROPOR SOLUÇÕES para problemas reais a partir de elementos das Ciências


Naturais, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no
aprendizado escolar;

RECONHECER conceitos científicos básicos, associando-os a energia, matéria,


transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;

VALORIZAR e compreender a natureza, usando adequadamente os recursos naturais


renováveis;

IDENTIFICAR os elementos do ambiente, suas relações, interações e


transformações, percebendo-se como parte destes processos;

VALORIZAR, progressivamente, a aplicação do vocabulário científico como forma


precisa e sintética para representar e comunicar os conhecimentos sobre o ambiente
natural e tecnológico;

COMPREENDER a tecnologia como recurso para auxiliar as necessidades dos seres


vivos, diferenciando os usos corretos e necessários daqueles prejudiciais ao equilíbrio
do ambiente;

VALORIZAR o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica-reflexiva e cooperativa


para construção coletiva do conhecimento;

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COMPREENDER a importância da doação de sangue como ato de cidadania e


solidariedade;

RECONHECER a necessidade da utilização racional dos recursos minerais.

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CONTEÚDOS DE ENSINO

6º Ano
I - Ambiente Natural e Construído

1. Biosfera: seus componentes e ambientes;


2. Estudo da ecologia: ecossistemas, espécies, população, comunidade, habitat,
nicho;
3. A energia e os seres vivos. Cadeia e teia alimentar;
4. Relações entre seres vivos: harmônicas e desarmônicas;
5. Inferência do homem nos ecossistemas e alterações do ambiente: desmatamento,
caça e pesca predatória, poluição, uso de agrotóxico, biopirataria;
6. Os seres vivos e suas relações com o ar, água e o solo;
7.O ar: as camadas da atmosfera, evidência da existência, composição, deslocamento
do ar, a importância do ar para a saúde, poluição e doenças, preservando o ar;
8. A água: composição, tipos, qualidade da água, mudanças dos estados físicos da
água, ciclo da água, importância da água: tratamento e saneamento básico, poluição e
doenças, preservação;
9. O solo: cuidando do solo: formação, tipos de solo, preparação do solo para
agricultura, erosão do solo, o cuidado no uso do agrotóxico solo, doenças veiculadas
pelo solo, preservando o solo;

10. O lixo: o homem e a produção do lixo, o lixão, aterro sanitário, a incineração, lixo
orgânico e reciclagem;

11. Recursos naturais renováveis e não renováveis (as jazidas, os metais, os


combustíveis fósseis, energia nuclear e o gás natural).

II - Corpo Humano e Saúde

1. Ciclo vital do homem: nascimento, crescimento, desenvolvimento, reprodução e


morte;
2. Conhecimento do corpo e suas transformações;
3. Conhecimento dos aparelhos de reprodução (masculino e feminino);

4. Higiene social – problemas ambientais, violência, desemprego, prostituição e


drogas.

53
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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

6º Ano
I - Ambiente Natural e Construído

. Identificar a relação entre ecossistemas terrestres e as adaptações dos seres


vivos;
. Identificar a interdependência das relações dos organismos entre si, vantagens
e desvantagens das associações para as espécies, entendendo os conceitos de
habitat, nicho, população, comunidade, ecossistema e biosfera;
. Relacionar a interferência do homem nos ambientes aquáticos, aéreos e
terrestres e suas consequências para os seres vivos;
. Comentar acerca das funções vitais dos seres vivos;
. Compreender as características próprias do ar, com relação a sua composição,
a pressão que exerce, ao peso, a propriedade e ao seu deslocamento;
. Conhecer as características sobre a água: composição, tipos, propriedades,
mudanças de estado e seu ciclo na natureza;
. Compreender a importância da água, ar e solo para a saúde dos seres vivos,
bem como conhecer a prevenção para evitar a transmissão de doenças por formas
inadequadas de seu uso;
. Citar as consequências do papel da industrialização na modificação do planeta:
o aproveitamento dos recursos e a poluição ao meio ambiente;
. Identificar a existência de jazidas minerais, percebendo a interferência do
homem na obtenção de materiais e nas alternativas de utilização dos mesmos,
enfatizando a importância de se proceder legalmente a exploração das mesmas;
. Estabelecer relação entre a utilização que o homem faz da energia do carvão,
petróleo, gás, álcool etc., e a necessidade de seu uso racional;
. Compreender a importância dos recursos renováveis e não-renováveis;
. Reconhecer a necessidade da utilização racional dos recursos minerais.

II - Corpo Humano e Saúde


Relacionar as transformações sofridas no corpo e no comportamento dos jovens:
menstruação e masturbação.

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CONTEÚDOS DE ENSINO

7º Ano
I - Ambiente Natural e Construído
1. Características dos seres vivos: organização, nutrição, ciclo vital, reprodução,
excitabilidade (sensibilidade e irritabilidade);

2. Classificação dos seres vivos: critérios morfológicos, unidades de classificação;

3. Caracterização geral dos Reinos: Monera, Protista, Fungos, Vegetal e Animal;

4. Funções vitais dos Seres Vivos: digestão, respiração, circulação e excreção,


locomoção;

5. Vírus: características doenças e prevenção (viroses);

6. Divisão do reino animal e vegetal;

7. Utilidade e nocividade dos seres vivos;

8. Importância dos vegetais como fonte de alimentos e matéria-prima;

9. Animais e vegetais da região Amazônica;

10. Desmatamento: atividade econômica com impactos ambientais.

55
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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

7º Ano
. Comentar acerca da origem e evolução dos seres vivos;
. Diferenciar os seres vivos pelas suas estruturas morfológicas e características
de classificação;
. Citar as características dos reinos Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animália,
bem como da utilidade e nocividade dos representantes de cada reino;
. Relacionar as funções desenvolvidas pelos seres vivos como: digestão,
respiração, circulação, excreção, locomoção e reprodução;
. Mostrar a importância da flora e fauna da nossa região, propondo medidas para
a preservação e conservação;
. Discutir sobre as interferências do homem nas alterações produzidas ao meio
ambiente, expondo a importância de preservá-lo nas dimensões local, nacional e
mundial;
. Pesquisar a utilização de recursos naturais para a subsistência e representação
dos povos indígenas e afro-descendentes;
. Nomear os tipos de doenças causadas por fungos, bactérias, protozoários e
vírus;
. Conceituar o controle biológico, citando formas de combater as pragas através
de predadores naturais;
. Citar as técnicas mais utilizadas para conservar os alimentos em períodos de
abundância e alguns indícios de deteriorização de produtos alimentícios
industrializados, indicando os órgãos responsáveis pela vigilância sanitária no
município;
. Proteger-se de relacionamentos sexuais coercitivos ou exploradores.

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CONTEÚDOS DE ENSINO

8º Ano
I - Ambiente Natural e Construído
1. Evolução do Homem
. Variável qualitativo e quantitativo.

II - Corpo Humano e Saúde


1. Organização do Corpo: células, tecidos, órgãos e sistemas;
2. Anatomia e Fisiologia dos Sistemas Humanos:
. Locomotor (estrutura do esqueleto e ação dos músculos);
. Digestório (alimentos, vitaminas e enzimas);
. Respiratório (cordas vocais, os pulmões, alvéolos pulmonares e bronquíolos);
. Circulatório (grupos sanguíneos e fator Rh);
. Reprodutor (hereditariedade, cromossomos, divisão celular e patrimônio
genético);
. Excretor (composição da urina e glândulas sudoríparas e sebáceas);
3. Relação entre reprodução e transmissão de fatores genéticos;
4. Coordenação das funções orgânicas pelos sistemas:
. Nervoso (anatomia e fisiologia);
. Hormonal (tipos, localização e desempenho das glândulas);
. Relação do organismo com o ambiente (os órgãos do sentido e suas funções);
5. Noções de Sistema Imunológico: antígeno e anticorpo;
6. Importância dos exercícios físicos para o bom desenvolvimento e funcionamento
muscular;
7. Importância da alimentação adequada e balanceada, para o bom funcionamento do
organismo;
8. Intoxicação e insuficiência alimentar;
9. Ciclo reprodutivo da mulher;
10. Doenças Sexualmente Transmissíveis: formas de contágio e profilaxia;
11. Aborto;
12. Planejamento Familiar;
13. Métodos contraceptivos: modo de uso, ação no organismo, efeitos colaterais;
14. Tipos de parto;
15. Importância do aleitamento materno nos primeiros meses de vida;

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16. Necessidade de evitar a automedicação;


17. Implicações biopsicossociais no uso de drogas não-medicamentosas;
18. Importância da doação do sangue, mitos e processos que envolvem a doação de
sangue, doenças que envolvem os sistemas: locomotor, digestório, respiratório,
circulatório e sanguíneo, excretor, reprodutor, nervoso, hormonal e imunológico;
19. Primeiros Socorros: fraturas, afogamento, queimadura, asfixia, envenenamento,
picadas de insetos e animais peçonhentos.

III - Recursos Técnicos e Tecnológicos


1. Vitaminas industrializadas;
2. Aparelhos utilizados na respiração artificial;
3. O emprego das cirurgias vasculares;
4. Aplicação do som na medicina: ultrassonografia, audiometria;
5. Processos de Inseminação Artificial;
6. Produção e importância de vacinas e soros;
7. Importância dos laboratórios de análises clínicas;
8. Transformações do Corpo: transplante de órgãos, marca-passo, próteses.

58
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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

8º Ano
. Identificar na cultura indígena e afro-descendente a história da evolução
humana em comparação com as teorias evolucionistas;
. Conceituar célula, nomeando e desenhando as partes principais definindo as
suas funções;
. Realizar experiências práticas laboratoriais para caracterizar os diferentes tipos
de células;
. Explicar, após análise de um problema, como as células se organizam para
formar os sistemas;
. Classificar as várias funções desempenhadas pelo organismo humano;
. Descrever a constituição dos músculos, localização e função;
. Relacionar as funções de nutrição, relação, coordenação e reprodução aos
vários sistemas que as executam;
. Identificar a importância dos alimentos e nutrientes para o organismo humano;
. Estabelecer comparações, entre os processos químicos e físicos da digestão
ocorridos na boca, estômago e intestino;
. Explicar a importância das enzimas no processo digestivo;
. Citar a importância da respiração para a maioria dos seres vivos;
. Identificar os órgãos que constituem o sistema genital da mulher e do homem,
descrevendo o seu funcionamento;
. Comentar acerca da importância do sangue para o organismo e sua estrutura
(glóbulos vermelhos, brancos, plaquetas, defesa, imunidade);
. Descrever a constituição anatômica do coração, bem como o processo de
circulação sanguínea;
. Explicar como são eliminados os vários resíduos do organismo, caracterizando
os órgãos do sistema excretor;
. Relacionar a importância do sistema nervoso como integrador de todos os
sistemas do organismo, citando a classificação, constituição e função;
. Explicar a função do sistema endócrino, citando as principais glândulas
existentes no organismo humano e os hormônios por elas produzidos;
. Citar fatos reais do cotidiano sobre: gravidez precoce, aborto, doenças
sexualmente transmissíveis: suas causas e consequências sociais;
. Comentar sobre a utilização das noções de primeiros socorros, em caso de
acidentes;

59
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. Desenvolver atitudes e responsabilidade pessoal para a conservação de sua


saúde;
. Identificar as principais vitaminas industrializadas, assim como seus efeitos no
organismo: vantagens e desvantagens;
. Identificar a importância dos recursos modernos: aparelhos, cirurgias, técnicas
laboratoriais para auxiliar e recuperar o corpo humano.

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CONTEÚDOS DE ENSINO

9º Ano
I - Ambiente Natural e Construído
1. Importância, para o homem, em relação ao conhecimento sobre a estrutura da
matéria;
2- A Carta da Terra.

II - Química
1. Composição, propriedades, estados físicos da matéria e suas mudanças;
2. Estrutura dos materiais que compõem o ambiente: átomos, moléculas, elementos
químicos, substâncias químicas;
3. Identificação da estrutura do átomo, camadas eletrônicas, número e distribuição de
elétrons na camada eletrônica e os subníveis de energia;
4. Identificação de número atômico, número de massa e massa atômica;
5. Classificação dos elementos e tabela periódica;
6. Substâncias simples e compostas;
7. Características das misturas e das combinações;
8. As misturas e seus processos de separação;
9. Ligações químicas: tipos, valência e radicais;
10. Montagem das fórmulas químicas das substâncias;
11. Reações químicas: reagentes e produtos (representação, balanceamento, tipos);
12. Identificação de substâncias por meio de reações químicas: gás carbônico,
oxigênio, amido e proteína;
13. Fatores que influenciam as reações químicas;
14. Leis das combinações (conservação da massa);
15. Funções Químicas: tipos, nomenclaturas e propriedades;
16. Presença de ácidos, bases, sais e óxidos em materiais do cotidiano.

II - Química
1. Transformação: fluxo de energia e relação entre matéria e energia;
2. Conceitos simples para termos utilizados em Mecânica: movimento e repouso,
trajetória, ponto material e referencial;
3. Tipos e fatores que influenciam no movimento;
4. Força: elementos, medidas, unidades, sistemas;

61
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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

5. Relação trabalho e energia;


6. Formas de energia cinética e potencial;
7. Máquinas simples: alavancas e roldanas;
8. Calor: equilíbrio térmico, efeitos, dilatação, quantidade;
9. Acústica: características das ondas, frequência, velocidade, reflexão e absorção do
som;
10. Óptica: corpos luminosos e iluminados, fenômenos ópticos, propagação,
velocidade, reflexão, refração, prisma e espelhos;
11. Magnetismo: processo de magnetização;
12. Diferença entre eletricidade estática e dinâmica;
13. Passagem da eletricidade de um corpo para outro: descarga elétrica;
14. Corpos bons e maus condutores de eletricidade;
15. Eletricidade atmosférica.

62
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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

9º Ano
. Conceituar a matéria;
. Identificar as propriedades da matéria;
. Identificar os fenômenos da natureza;
. Citar exemplos observados no dia-a-dia em que ocorrem mudanças de estados
físicos, identificando e analisando os fatores que interferem nessas mudanças;
. Identificar os diversos processos de separação de misturas, conceituando
solubilidade, soluto e solvente;
. Conceituar átomo e reação química;
. Comentar acerca de alguns acontecimentos ocorridos na reação química como:
mudança de cor, o desprendimento de um gás, precipitação de uma substância,
absorção ou liberação de calor;
. Identificar os elementos químicos da tabela periódica;
. Localizar a posição dos metais, não metais, gases nobres, na tabela periódica;
. Citar as consequências que os compostos químicos causam ao meio ambiente;
. Estabelecer relações entre aplicações da energia nuclear e consequente
impacto ambiental e implicações sociais;
. Relacionar transformações de uma forma de energia em outra, com sua
aplicabilidade e os devidos cuidados em relação ao uso da mesma;
. Identificar os diferentes tipos de energia e compreender sua importância
econômica e social, e reconhecer quais são oriundos de tecnologia limpa e tecnologia
suja;
. Diferenciar as formas de energia;
. Usar materiais simples para demonstrar a atuação da resultante centrípeta
sobre um corpo humano;
Diferenciar entre movimento e repouso, trajetória e deslocamento em relação ao
referencial adotado;
. Explicar as leis de Newton e as suas contribuições para a Astronomia;
. Identificar em objetos o ponto de apoio, força potente e força resultante,
utilizando materiais como: martelo com garra, pinça, abridor de latas, tesoura, alicate,
cabo de vassoura;
. Associar o funcionamento de máquinas simples, comparando com o movimento
do corpo humano;
. Estabelecer a diferença entre ondas mecânicas e ondas eletromagnéticas;

63
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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Construir uma bússola utilizando materiais caseiros e um imã para imantar uma
agulha;
. Enumerar as principais diferenças entre eletricidade estática e dinâmica;
. Explicar a passagem de carga elétrica de um corpo para outro através de
experimento;
. Diferenciar os bons e maus condutores de eletricidade;
. Respeitar a diversidade de valores crenças e comportamentos relativos à
sexualidade;
. Reconhecer e respeitar as diferentes formas de atração sexual e o seu direito de
expressão, garantida a dignidade do ser humano.

64
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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

HISTÓRIA

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

A História, enquanto ciência humana tem como objeto de estudo o homem e


as relações sociais, políticas, econômicas e culturais construídas por este em
sociedade através do tempo. O homem é, portanto, ao mesmo tempo, sujeito e objeto
do estudo da história.
As relações de convivência humana em sociedade são construídas, isto
porque o homem se organiza fundamentalmente a partir do convívio em grupo. Cada
sociedade humana tem características e peculiaridades únicas, produzidas através do
tempo. É importante destacarmos o fato das relações humanas serem organizadas de
forma dialética, ou seja, são frutos diretos do embate de interesses, e como resultado
desse processo contínuo de embate, constrói-se a realidade sócio-histórica de cada
sociedade humana.
É importante afirmar que a História é produzida em conjunto pelos homens,
ela não é o ato isolado de heróis ou de poucos privilegiados existentes em cada
sociedade. É necessário entender e compreender essa afirmação para se atribuir
significação e conceituação à prática social em que está envolvido cada ser humano.
Os diversos grupos sociais que compõem a sociedade contribuem para a
permanência ou mudança de aspectos da mesma, portanto, os chamados “anônimos
da História” atuam como protagonistas das transformações pelas quais as sociedades
passam.
O historiador, por meio de registros históricos, busca adentrar em aspectos
da realidade de sociedades passadas objetivando revelar as transformações e os
grupos envolvidos neste processo. Neste sentido, os fatos históricos, como construção
do historiador, inserem-se num contexto maior, ou seja, num determinado momento
histórico onde é interpretado à luz do aparato teórico-metodológico escolhido pelo
pesquisador.
Com efeito, os fatos como “constructos”, só podem ser explicados
plenamente, dentro da totalidade que engloba a relação entre os homens. Como tais
relações estão permeadas de dominação e exclusão – não esquecendo as diversas
formas de resistências e lutas dos segmentos populares frente a projetos que trazem
em seu bojo a exclusão e dominação - faz-se necessário explicitar os mecanismos
deste processo.

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Cabe destacar que a pobreza e as desigualdades sociais são resultantes das


relações sociais estabelecidas. Desta forma, a organização curricular, precisa
contemplá-las, além de questões relacionadas à diversidade cultural, característica da
humanidade, em especial da sociedade brasileira.
No que tange a diversidade cultural, algumas leis surgiram, como a Lei
10.639/03 e a Lei 11.645/08, que “força” a presença da História e Cultura Afro-Brasileira
e Indígena no currículo escolar do 6º ao 9º ano, visando reforçar a diversidade étnica e a
pluralidade cultural, sobretudo a questão da alteridade, ou seja, o reconhecimento e
respeito ao outro. Neste ínterim, a História das Culturas Orientais entra nesta órbita –
quebrando imagens e estereótipos sobre o Oriente – e apontando novamente as
diferentes culturas e o respeito entre as mesmas.
No caso do Amazonas – e em consonância com as referências curriculares
que tratam da questão indígena – cabe destacar que a trajetória das diferentes nações
indígenas, suas relações, produções, rituais e demais práticas culturais se configuram
como objeto de estudos da disciplina histórica. Assim, o resgate das diferentes culturas
indígenas se coloca como essencial e aponta novamente para a questão da diversidade
cultural.
Segundo Josep Fontana, historiador catalão que publicou uma obra chamada
“História: análise do passado e projeto social”, em 1982, na Espanha, e editada no Brasil
16 anos depois, o historiador necessita atuar de forma comprometida com as questões
sociais de seu tempo, desenvolvendo uma prática ativa no sentido de criar condições,
seja por meio da prática historiográfica ou docente, para formação de consciências
críticas que procurem intervir na realidade social em busca de uma sociedade mais justa
e humana.
Com efeito, precisa ser trabalhada na ação pedagógica da escola a reflexão
sobre os problemas sociais, culturais, econômicos, políticos, que conduzirão a alguns
questionamentos importantes:
· Qual a concepção de homem que acreditamos, defendemos e queremos
formar?
· Quais os princípios que são necessários para a sustentação e construção de
uma sociedade menos desigual e mais justa?
· A escola tem uma função político-social? Como esta função poderá se
materializar?
· Que projeto político pedagógico deve ser desenvolvido, no interior das escolas,
capaz de responder ao processo urgente de superação das atuais condições indignas
de vida dos homens que nela vivem?

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· Como desenvolver, no interior da escola, o entendimento de currículo no


sentido do próprio projeto pedagógico?
· Qual a concepção que temos da relação educador/educando e vice-versa?
· Qual a concepção de conteúdo escolar?
· Como o aluno aprende? Quais os passos a serem dados no processo ensino-
aprendizagem e que contemplem as questões acima expostas?
· Quais os elementos fundamentais e quais as estratégias a serem adotadas
nesse processo?
Os questionamentos propostos acima são fundamentais na construção de
um projeto educacional e devem constituir-se na preocupação essencial da
comunidade escolar. Eles viabilizam a construção de um referencial teórico que norteie
o trabalho pedagógico, oportunizando a construção da práxis, entendida como ação e
reflexão simultânea, sempre considerando a realidade onde os elementos envolvidos
estão inseridos.
Entende-se como práxis a definição clara de uma concepção pedagógica
fundamentada no conhecimento da realidade humana e no domínio de teorias
desencadeadoras do momento empírico, superando a dicotomização entre saber e
agir, ou seja, a teoria e a prática, construindo um saber novo comprometido com o ato
de educar.
A questão fundamental, na área de história, deve ser o conteúdo que
compõe o currículo da escola. Como categoria central de análise, ele deve ser
marcado da experiência humana e fortalecido, por um referencial teórico-
metodológico competente nas respostas que norteiam a construção de uma prática
social libertadora.
É exatamente na materialização do currículo, ou seja, quando ele está
sendo desenvolvido em sala de aula, o momento em que a intencionalidade da
proposta pedagógica deve ser reforçada. Entende-se intencionalidade, como
intervenção entre a experiência do educando a prática global e as teorias que as
explicam.
É o que Freire chama de "importância do ato político de ensinar", o que
significa dizer que o trabalho docente, inevitavelmente, é político, portanto, é
intencional. A definição do planejamento de ensino, dos recursos didáticos, do plano de
ação, do conteúdo escolar, etc., é uma escolha intencional, é uma escolha política, é
uma decisão consciente.
Neste sentido, os conteúdos curriculares da área de história devem ser
selecionados visando à compreensão da realidade em que vive o aluno. Assim, ele

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pode compreender a sua dimensão humana, ou seja, de sujeito da história, com


capacidade de agir sobre a realidade, portanto, atuando com consciência e dando
relevância aos conhecimentos, a experiência, como prática da cidadania.
Nesta perspectiva os estudos regionais, conteúdos estudados em
Fundamentos de História do Amazonas estão contemplados na disciplina História.
Evidentemente, a História de nossa região não pode ser desvinculada do contexto
mais amplo do país, ou seja, não podemos falar da economia de nosso estado, sem
fazer uma relação com o cenário nacional, mas isso não significa estabelecer escalas
de valores entre um tema e outro, o fundamental é perceber as relações
históricas e suas especificidades.

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OBJETIVOS GERAIS DA ÁREA

. Oportunizar situações que possibilite ao aluno o espírito crítico-reflexivo, tendo


por base o conhecimento histórico;
· Compreender o conhecimento da realidade histórica que norteia a sociedade
na qual está inserido, ampliando sua compreensão, confrontando-a e relacionando-a
com outras realidades;
· Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade humana,
considerando critérios éticos;
· Conhecer, respeitando a diversidade que norteia os diversos grupos em seus
vários tempos e espaços, em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e
sociais, reconhecendo semelhanças e diferenças entre elas, continuidades e
descontinuidades, conflitos e contradições sociais;
· Promover a discussão sobre o processo de construção do conhecimento
histórico, verificando a natureza desta produção bem como as correntes
historiográficas que norteiam a escrita da história;
· Identificar relações entre passado e presente, discernindo semelhanças e
diferenças, permanências e transformações no tempo, promovendo um elo com a
realidade cotidiana dos alunos;
· Oportunizar ao aluno o entendimento da história enquanto ciência que estuda o
homem em suas diferentes temporalidades;
· Contribuir para a formação do aluno como cidadão participante do seu mundo e
do seu tempo, mediando reflexiva identificação da história contada em diferentes
documentos e nas memórias e estimulando-o a argumentar e a construir suas próprias
narrativas históricas;
. Oportunizar uma reflexão sobre os ditames legais que envolvem a implantação
de políticas públicas voltadas para o combate à discriminação racial e a promoção da
igualdade racial observando as questões inerentes à temática dos direitos humanos.

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CONTEÚDOS DE ENSINO

6º Ano
I – INTRODUÇÃO
Ser humano é uma construção, resultante da sua natureza, da sociedade e
cultura em que vive;
. O Ser Humano, a Sociedade e a Cultura;
. A importância da Disciplina Histórica e a Função Social do Historiador.

II – TEMPO E HISTÓRIA
. O tempo linear e cíclico;
. O tempo de curta, média e longa duração;
. Tempo Linear (calendário gregoriano);
. Tempo cíclico da natureza e cultura (cristianismo);
. Tempo cotidiano e político (curta duração);
. Tempo econômico e ou conjuntural (média duração);
. Tempo da cultura ou mentalidade (longa duração).

III – A ORIGEM DO HOMEM


. As Teorias Criacionistas;
. A Teoria Evolucionista;
. A cultura material e a cultura não material;
. Surgimento do simbólico e da linguagem;
. Processo de domínio e transformação da natureza;
. Conceito de trabalho e a divisão social do trabalho;
. Os Mitos (gênesis, povos das florestas etc.);
. Os primeiros hominídeos;
. Ondas migratórias e as ocupações na Ásia, Europa e América;
. A cultura material dos primeiros hominídeos;
. O domínio do fogo e o uso da arte.

IV – A CHEGADA DO HOMEM NA AMÉRICA


. As teorias da origem do homem americano;
. A idade do “homem primitivo” brasileiro;
. As pesquisas arqueológicas;
. As descobertas no Piauí e demais regiões brasileiras.

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V – A AMAZÔNIA PRÉ-COLONIAL (+/- 12.000 a.C. AO SÉC. XV)


. As primeiras ondas migratórias para a Amazônia (+/-12.000 A C);
. Fases: Paleoindígena, Arcaica e a Pré-História Tardia;
. A diversidade étnico-cultural na Amazônia pré-colonial;
. As sociedades coletoras-caçadoras;
. As sociedades agricultoras de raízes;
. As sociedades dos “Cacicados Complexos”.

VI – A DESAGREGAÇÃO DAS SOCIEDADES TRADICIONAIS E O


SURGIMENTO DAS CIVILIZAÇÕES
. O surgimento da produção excedente, do Estado e da propriedade privada;
. As primeiras civilizações urbanas e as sociedades complexas.

VII – A ANTIGUIDADE ORIENTAL


. Egito;
. Mesopotâmia;
. Pérsia;
. Fenícia;
. Hebreus;
. Cartago;
. Mundo Árabe;
. Índia;
. China.

VIII – A ANTIGUIDADE OCIDENTAL


. Grécia;
. Roma.

IX – A DESINTEGRAÇÃO DO IMPÉRIO ROMANO E A FORMAÇÃO


DO MUNDO FEUDAL
. A crise do Império Romano e do escravismo;
. A instabilidade política e a queda do Império;
. Os Bárbaros, o fim do Império Romano e a Formação do Mundo Feudal.

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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

6º Ano
Compreender a sociedade enquanto construção humana.
. Identificar os elementos que constituem a disciplina histórica e as suas
diferentes temporalidades.
. Analisar a origem do homem e a chegada do mesmo na América.
. Compreender a Amazônia pré-colonial e os grupos indígenas que a habitavam.
. Analisar os elementos que contribuíram para a desagregação das sociedades
tradicionais e o surgimento de sociedades complexas.
· Compreender a organização socioeconômica, política e cultural das civilizações da
antiguidade Oriental e Ocidental.

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CONTEÚDOS DE ENSINO

7º Ano

I – A ALTA IDADE MÉDIA


. Os Povos “Bárbaros”;
. As Invasões e os Reinos Bárbaros;
. O Império Carolíngio;
. O Império Árabe;
. O Império Bizantino.

II – O FEUDALISMO
. O Modo de Produção Feudal;
. A Servidão;
. Economia, Sociedade e Política Feudal;
. A Igreja.

III – A BAIXA IDADE MÉDIA


. As transformações internas do Feudalismo;
. Renascimento urbano e comercial;
. As cruzadas;
. A crise do Feudalismo e as transformações políticas.

IV – A FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS


. O processo de formação das Monarquias Nacionais;
. Os teóricos absolutistas;
. O Absolutismo Francês e Inglês;
. O Absolutismo na Península Ibérica;
. As Revoluções Inglesas do Século XVII.

V – A EXPANSÃO MARÍTIMA E COMERCIAL EUROPÉIA


. Elementos constitutivos do processo de expansão marítima e comercial
europeia;
. O pioneirismo Português;
. A expansão marítima espanhola;
. As navegações inglesas, francesas e holandesas;
. Os impactos da expansão marítima e comercial europeia.

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VI – O MERCANTILISMO
. A política mercantilista;
. Características do mercantilismo;
. Princípios mercantilistas: balança comercial favorável, protecionismo,
intervencionismo, estatismo, monopólio, sistema colonial;

VII – RENASCIMENTO CULTURAL


. Definição de Renascimento;
. As Origens do Renascimento;
. Princípios básicos do Renascimento;
. O Humanismo: as idéias Renascentistas;
. O Renascimento italiano;
. O Renascimento na Europa;
. O Renascimento Científico: o nascimento da ciência moderna.

VIII – REFORMA E CONTRA-REFORMA


. Diferença entre reforma e contra-reforma;
. Elementos que contribuíram para a emergência de um movimento reformista;
. A Reforma Protestante: Luteranismo, Calvinismo e Anglicanismo;
. A Contra-Reforma ou Reforma Católica;
. As Consequências da Reforma.

IX – AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA
. Definição de “Altas Culturas” ou “Culturas Complexas”;
. Os Astecas;
. Os Maias;
. Os Incas.

X – A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA
. O contato cultural entre dois mundos: América e Europa;
. A organização socioeconômica colonial e o trabalho compulsório;
. Escravização, guerras e doenças e o mundo indígena;
. A resistência indígena frente ao processo de colonização espanhola;
. A administração na América espanhola.

XI – A COLONIZAÇÃO PORTUGUESA
. Os primeiros habitantes da América pré-cabralina;
. O contato cultural entre os portugueses e os indígenas;

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. A administração colonial: as Capitanias Hereditárias, as Câmaras Municipais e


os Governos Gerais;
. As Revoltas Contra a Metrópole.

XII – A ECONOMIA COLONIAL NA AMÉRICA PORTUGUESA


(SÉC XV A XVIII)
. A exploração do pau-brasil;
. A produção do açúcar e a sociedade açucareira;
. A dinâmica da economia açucareira;
. A mineração e a sociedade mineradora;
. A escravidão;
. Resistências à escravidão;
. A diversidade cultural dos indígenas e negros do Brasil.

XIII – A AMAZÔNIA COLONIAL (SÉCULOS XVI A XVIII)


. Expedições espanholas na Amazônia Quinhentista;
. A “conquista” portuguesa da Amazônia (1616 – 1640);
. A expedição de Pedro Teixeira;
. A resistência indígena frente ao processo de “conquista” da Amazônia;
. A colonização portuguesa da Amazônia dos séculos XVII E XVIII: as drogas do
sertão, a prática agrícola, legislação e trabalho indígena;
. Ordens Religiosas: franciscanos, carmelitas, mercedários e jesuítas;
. A Amazônia Pombalina (1750 a 1798): o Diretório dos Índios;
. A Capitania de São José do Rio Negro;
. Resistências indígenas na Amazônia Pombalina.

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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

7º Ano
. Compreender a desintegração do Império Romano e a formação do mundo
Feudal;
. Discutir o conceito de modo de produção feudal;
. Analisar os campos político, econômico, social e cultural do mundo Feudal;
. Identificar os elementos que contribuíram para a crise do feudalismo e transição
para o capitalismo;
. Conhecer as principais características do processo de formação e das
dinâmicas dos Estados Nacionais;
. Identificar e analisar os países que empreenderam o processo de expansão
marítima e comercial europeia.
. Compreender o movimento renascentista, suas principais características e
regiões onde ocorreram;
. Diferenciar a reforma protestante da contra-reforma católica, por meio de seus
princípios e características;
. Compreender a América pré-colombiana e os grupos indígenas que a
habitavam;
. Identificar e analisar o colonialismo europeu na América Espanhola e
Portuguesa;
. Compreender os elementos formadores do mundo colonial espanhol e
português;
. Conhecer as condições de vida e de exploração a que estavam submetidos os
escravos africanos no Brasil;
. Conhecer as diversas justificativas ideológicas para a escravidão;
. Conhecer as diversas formas de resistência impostas pelos africanos ao
processo de escravização;
. Compreender o impacto cultural provocado na Europa e no Novo Mundo, bem
como seus desdobramentos no mundo indígena;
. Analisar o processo de genocídio dos povos da América;
. Identificar e analisar as formas de resistências impostas pelos indígenas frente
ao processo de colonização;
. Compreender a diversidade cultural da humanidade;
. Valorizar a diversidade cultural, formando critérios éticos fundados no respeito
ao outro;

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. Refletir sobre o tema, relacionando-o com questões do presente· Analisar o


processo de formação da sociedade brasileira levando em consideração os aspectos
de desigualdade e exclusão social presente em todos os momentos de construção da
identidade nacional;
. Estabelecer relações dos conceitos de política, economia, sociedade e cultura
no seu cotidiano;
. Compreender a situação social, econômica e política atual, relacionando-a com
o processo de formação da sociedade e cultura brasileira;
. Comparar e perceber semelhanças e diferenças no passado e no presente;
. Refletir sobre o tema, relacionando-o com questões do presente;
. Valorizar da diversidade religiosa, formando critérios éticos fundados no
respeito ao outro.

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CONTEÚDOS DE ENSINO

8º Ano
I – O ILUMINISMO
. Origens do pensamento iluminista;
. O Iluminismo na França e em outras regiões da Europa;
. Os enciclopedistas;
. Os fisiocratas;
. O Iluminismo e Absolutismo: o despotismo esclarecido.

II – O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA NORTE AMERICANA


. A colonização do Centro e do Norte;
. A colonização do Sul;
. A relação entre Colônia e Metrópole: Conflitos;
. A luta pela independência e o primeiro governo dos Estados Unidos.

II – O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA NORTE AMERICANA


. A colonização do Centro e do Norte;
. A colonização do Sul;
. A relação entre Colônia e Metrópole: Conflitos;
. A luta pela independência e o primeiro governo dos Estados Unidos.

III – A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL


. A Revolução Industrial: aspectos gerais;
. Elementos que contribuíram para a eclosão da Revolução Industrial;
. O pioneirismo Inglês;
. As inovações tecnológicas e as fases da Revolução Industrial;
. Os desdobramentos sociais, políticos e econômicos da Revolução Industrial.

IV – A REVOLUÇÃO FRANCESA
. A França antes da revolução;
. Os passos rumo à revolução;
. As fases da Revolução Francesa: a Assembleia Nacional Constituinte (1789 -
1790), Monarquia Constitucional (1791 -1792), Convenção Nacional (1792-1794) e o
Diretório (1795-1799);
. O período Napoleônico.

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V – A INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA LATINA E A EXPANSÃO


NORTE AMERICANA
. As independências da América Espanhola;
. Os E.U.A. e a América Latina no século XIX.

VI – O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL (1808 – 1822)


. A Vinda da família Real para a América Portuguesa e as transformações
econômicas no Rio de Janeiro;
. A Abertura dos Portos e o Tratado de 1810;
. O “Brasil” a caminho da autonomia política;
. Os conflitos internos e a Independência.

VII – A EUROPA PÓS-NAPOLEÔNICA (1815 – 1848)


. O Congresso de Viena;
. As revoluções da década de 1830;
. As revoluções liberais de 1848.

VIII – A FORMAÇÃO DO ESTADO NACIONAL


BRASILEIRO (1822 – 1831)
. A formação do Estado Nacional Brasileiro: aspectos gerais;
. A Assembléia Constituinte;
. Os conflitos internos;
. As questões externas;
. As dificuldades econômicas e a crise política;
. A abdicação de D. Pedro I.

IX – O AMAZONAS IMPERIAL (1822 – 1850)


. O Grão-Pará e o Rio Negro e a Independência do Brasil;
. Comarca do Rio Negro (1824-1832);
. O processo de criação da Província do Amazonas.

X – O PERÍODO REGENCIAL (1831 – 1840)


. O Período Regencial: aspectos gerais;
. As Regências;
. As disputas políticas e as reformas na constituição;
. As revoltas regenciais: Cabanagem, Balaiada, Sabinada e Farroupilha.

XI – O SEGUNDO REINADO: A CONSTRUÇÃO DA NOVA


ORDEM POLÍTICA (1840 - 1889)
. O golpe da maioridade;
. Liberalismo e a Praieira;

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. Liberais, conservadores e o parlamentarismo;


. A economia imperial: o café, o cacau e a borracha;
. A economia cafeeira e a expansão para o Oeste paulista;
. A extinção do tráfico negreiro e a escravidão;
. As questões políticas externas e a guerra do Paraguai.

XII – A PROVÍNCIA DO AMAZONAS (1850-1889)


. Economia, sociedade e política;
. A questão da força de trabalho indígena;
. A navegação a vapor na Amazônia.

XIII – A FASE DE EXPANSÃO DA SOCIEDADE LIBERAL:


CRESCIMENTO DO UNIVERSO URBANO-INDUSTRIAL (1850 – 1910)
. O crescimento do universo urbano e industrial;
. A questão da pobreza;
. As reações organizadas das populações urbanas: os movimentos sociais;
. As mudanças no cotidiano.

XIV – O IMPERIALISMO DO SÉCULO XIX


. Imperialismo e Neocolonialismo;
. O imperialismo na Ásia, África e América;
. As conseqüências da expansão imperialista.

XV – A CRISE DO IMPÉRIO E A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA


BRASILEIRA
. A diversificação social e econômica na segunda metade do século XIX no
segundo reinado;
. O movimento abolicionista;
. O isolamento da monarquia: problemas institucionais com a Igreja e o Exército.

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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

8º Ano
. Perceber as origens do pensamento iluminista, suas características e regiões
de incidência;
. Compreender o despotismo esclarecido;
. Identificar e analisar os elementos que contribuíram para a emergência do
processo de independência norte-americana;
. Identificar e analisar os elementos que contribuíram para a eclosão da
Revolução Industrial;
. Refletir sobre as grandes transformações tecnológicas provocadas pela
Revolução Industrial e os impactos que elas produzem na vida das sociedades;
. Compreender os conceitos de revolução, lutas sociais, considerando as
especificidades históricas dos contextos em que se realizaram;
. Identificar as principais consequências sociais, econômicas e políticas da
Revolução Industrial;
. Identificar e analisar os elementos que contribuíram para a emergência de um
processo revolucionário na França em 1789;
. Caracterizar as fases da Revolução Francesa;
. Identificar as principais consequências sociais, econômicas e políticas da
Revolução Francesa;
. Compreender os conceitos de revolução, lutas sociais, e guerras, considerando
as especificidades históricas dos contextos em que se realizaram;
. Analisar o processo de formação das nações latino-americanas;
. Compreender o processo social, econômico e político que propiciou a
independência do Brasil;
. Reconhecer o processo de constituição do Estado brasileiro e seus confrontos,
lutas e guerras;
. Perceber as questões que resultaram na abdicação de D. Pedro I;
. Analisar o momento regencial, os confrontos e contradições resultantes de
projetos políticos divergentes no interior do Império Brasileiro;
. Compreender a construção da nova ordem política brasileira: o Segundo
Reinado;
. Analisar os aspectos econômicos, sociais e culturais do Segundo Reinado;
. Reconhecer o movimento abolicionista e sua atuação no âmbito do Segundo
Império;

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. Identificar o isolamento da monarquia e a transição para o regime republicano;


. Compreender as transformações sociais, econômicas, políticas e culturais que
resultaram na proclamação da República;
. Compreender a situação social, econômica e política atual, relacionando-a com
o processo de formação do Estado e das sociedades americanas;
. Reconhecer algumas diferenças, semelhanças, transformações e
permanências entre ideias e práticas envolvidas na questão da cidadania, construídas
e vividas no presente e passado.
. Conhecer as principais características do processo de formação das nações e
nacionalismos;
. Perceber as transformações e permanências nas relações de trabalho, no
presente e no passado;
. Refletir sobre o tema, relacionando-o com questões do presente;
. Compreender a importância da Revolução Francesa para a constituição da
sociedade democrática atual;
. Utilizar conceitos para explicar relações sociais, econômicas e políticas de
realidades históricas singulares, com destaque para a questão da cidadania;
. Compreender a organização político administrativa do Estado brasileiro atual a
partir de como se deu a sua formação;
. Compreender o processo de constituição do território, da nação e do Estado
brasileiro e seus confrontos, lutas e guerras.

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CONTEÚDOS DE ENSINO

9º Ano
I – A PRIMEIRA REPÚBLICA BRASILEIRA (1889 – 1930)
. A República do Café: aspectos gerais;
. A política na Primeira República Brasileira: a política dos governadores, a
política do café-com-leite e o coronelismo;
. A exclusão política dos segmentos populares na Primeira República Brasileira;
. A industrialização e urbanização na República do Café;
. Os movimentos sociais na Primeira República: Canudos, Contestado, Revolta
da Vacina, Revolta da Chibata e o Movimento Operário;
. A Década de 1920 e a crise da República Oligárquica.

II – O AMAZONAS NA PRIMEIRA REPÚBLICA:


O SERINGAL E O SERINGUEIRO
. O crescimento das exportações da borracha;
. A expansão dos seringais enquanto unidade de produção;
. Os atores sociais do seringal;
. O seringueiro;
. O sistema de aviamento;
. A crise da economia gomífera.

III – O AMAZONAS NA PRIMEIRA REPÚBLICA:


MANAUS, A CAPITAL DA BORRACHA
. A urbanização da capital da borracha;
. Transformações urbanas e exclusão social;
. A face social e política da crise.

IV – A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914 -1918)


. O Mundo pré-guerra;
. As alianças e a corrida armamentista;
. O conflito mundial;
. As consequências da 1º Guerra Mundial e o Tratado de Versalhes.

V – A REVOLUÇÃO RUSSA DE 1917


. A Rússia Pré-Revolucionária;
. A Revolução Russa: significado e importância

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. O Processo Revolucionário;
. A Guerra Civil na Rússia;
. Projetos políticos de Lênin, Trotski e Stálin;
. A Rússia Stalinista.
VI – A CRISE DE ECONÔMICA DE 1929
. A grande depressão;
. O New Deal;
. Liberalismo e Keynesianismo.

VII – OS TOTALITARISMOS NA EUROPA


. A ascensão do totalitarismo;
. Características do totalitarismo;
. A Itália fascista;
. A Alemanha Nazista.

VIII – A ERA VARGAS (1930 – 1945)


. A crise da República Oligárquica e o Governo Provisório de Vargas;
. Vargas e a Constituição de 1934;
. Vargas e os trabalhadores urbanos e industriais;
. O Golpe de 1937 e o Estado Novo;
. O Estado Novo (1937 – 1945).

IX – O AMAZONAS NA ERA VARGAS


. A configuração política no Amazonas;
. Os acordos de Washington e a Batalha da Borracha;
. Os soldados da borracha;
. O Amazonas e o Estado Novo.

X – A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (1939 - 1945)


. Elementos desencadeadores da 2º Guerra Mundial;
. O processo bélico e suas fases;
. O mundo pós-segunda guerra mundial.
XI – A GUERRA FRIA (1946 – 1989)
. Socialismo e Capitalismo;
. A Rússia e sua área de influência;
. E.U.A. e sua área de influência;
. Desdobramentos da Guerra Fria no globo.
XII – A DESCOLONIZAÇÃO DA ÁSIA E DA ÁFRICA
. O processo de descolonização;

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. A descolonização da Ásia;
. A descolonização da África.
XIII – O FIM DA GUERRA FRIA E A GLOBALIZAÇÃO DA ECONOMIA
. A queda do muro de Berlim e a abertura econômica da Rússia;
. A economia globalizada;
. Os E.U.A e o mundo atual.

XIV – A AMÉRICA LATINA NO SÉCULO XIX


. O Imperialismo norte-americano;
. A Revolução Cubana;
. O Peronismo na Argentina;
. A Ditadura Militar no Chile;
. O Sandinismo e a Nicarágua.

XV – O POPULISMO NO BRASIL (1946 – 1964)


. Definição de populismo;
. Os segmentos médios e populares na cena política;
. Os governos populistas: Dutra, Vargas, Juscelino K., Quadros e Goulart;
. A instabilidade política e o golpe militar de 1964.

XVI – A DITADURA MILITAR (1964 – 1985)


. A crise do governo Goulart e o golpe de 1964;
. Sorbonne e Linha Dura: conflitos internos;
. Sorbonne no poder: Castelo Branco;
. Linha dura no poder: Costa e Silva e Médici;
. Os atos institucionais;
. O “milagre econômico”;
. Repressão e luta armada.

XVII – ABERTURA POLÍTICA E O PROCESSO DE REDEMOCRATIZAÇÃO


. As contradições do regime;
. Governo, oposição e organização da sociedade;
. A abertura política: Geisel e Figueiredo;
. Eleições, reformas políticas e partidárias;
. Os movimentos sociais: o novo sindicalismo;
. A transição para a democracia: a campanha diretas já e o colégio eleitoral.

XVIII – A DITADURA MILITAR NO AMAZONAS


. Configuração política no Amazonas no governo militar;
. Projetos de “desenvolvimento econômico” para a Amazônia: SUDAM, Projeto
Calha Norte e Usina Hidrelétrica de Balbina;

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. A Zona Franca de Manaus;


. Abertura política e redemocratização no Amazonas;
. Os indígenas e o “desenvolvimento” do Amazonas.

XIX – A NOVA REPÚBLICA


. As eleições de 1986 e a Constituição de 1988;
. Os planos econômicos da década de 80;
. Collor no poder e o impeachment;
. Uma nova transição: Itamar Franco na Presidência;
. O Plano Real e a eleição de Fernando Henrique Cardoso;
. FHC e a política Neoliberal;
. Os movimentos sociais e o governo FHC
. O Governo Lula: aspectos gerais.

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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

9º Ano
. Identificar e analisar as transformações ocorridas na década de 80 do século
XIX que culminaram na Proclamação da República;

. Analisar a organização sócio-econômica e política da República do Café;


. Identificar as manifestações culturais presentes na Primeira República
Brasileira;
. Compreender os movimentos sociais que eclodiram no interior da República
Oligárquica;
. Identificar os elementos que contribuíram para a eclosão da Primeira Guerra
Mundial;
. Analisar as consequências resultantes do primeiro conflito mundial;
. Compreender o processo revolucionário Russo de 1917;
. Identificar e analisar os fatores constitutivos da crise econômica de 1929;
. Reconhecer a emergência de movimentos totalitários no mundo entre guerras,
bem como suas características e diretrizes;
. Caracterizar o fascismo italiano e o nazismo alemão;
. Esclarecer os pontos principais que contribuíram para o processo de crise da
República Oligárquica;
. Compreender o contexto histórico formativo da Era Vargas;
. Identificar e analisar a emergência do Estado Novo, bem como seus traços
principais;
. Entender a natureza dos movimentos sociais na Primeira República Brasileira e
na Era Vargas;
. Compreender os fatores sociais, econômicos, políticos e culturais que levaram à
Segunda Guerra Mundial, observando também as consequências deste conflito para o
mundo;
. Apresentar os elementos constitutivos do processo de descolonização da Ásia e
da África;
. Caracterizar o período da Guerra Fria;
. Compreender as transformações sociais, econômicas, políticas que resultaram
na Queda do comunismo e o fim da Guerra Fria;
. Compreender o processo de expansão e dominação do capitalismo no mundo;
. Entender as transformações sociais, econômicas, políticas e tecnológicas
responsáveis pelo processo de Globalização;

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. Identificar e analisar as transformações sociais, econômicas, políticas atuais;


. Entender o golpe militar de 1964;
. Analisar o contexto histórico resultante do golpe de 1964, bem como os
aspectos políticos, econômicos e sociais;
. Perceber os elementos que resultaram no processo de abertura política e
redemocratização no Brasil na década de 1980;
. Compreender a formação da Nova República Brasileira, bem como os aspectos
econômicos, sociais, políticos e culturais;
. Reconhecer diferenças e semelhanças entre os confrontos, as lutas sociais e
políticas, as guerras e as revoluções, do presente e do passado;
. Compreender o processo de expansão e dominação do capitalismo no mundo;
. Utilizar conceitos para explicar relações sociais, econômicas e políticas de
realidades históricas singulares, com destaque para a questão da cidadania;
. Utilizar conceitos para explicar relações sociais, econômicas e políticas em
diversos contextos, relacionando o presente com o passado;
· Compreender as transformações sociais, econômicas, políticas que resultaram no
Imperialismo Norte Americano na América Latina;
. Caracterizar o Imperialismo Norte Americano na América Latina;
. Caracterizar o populismo na Argentina;
. Compreender o modelo de desenvolvimento econômico implantado pela
ditadura, relacionando-o com a Zona Franca de Manaus;
. Caracterizar a organização social, política e econômica do Brasil
Contemporâneo;

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GEOGRAFIA

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA
A produção acadêmica em torno da concepção de Geografia passou por
diferentes momentos, gerando reflexões distintas acerca dos objetos e métodos do
pensar e fazer geográfico. De certa forma, essas reflexões influenciaram e ainda
influenciam muitas práticas de ensino. O estudo do pensamento e da produção
geográfica brasileira revela a necessidade de explicitar duas questões básicas. A
primeira é o fato de a Geografia ter métodos que lhe são próprios. A segunda é definir o
momento em que a Geografia passou a integrar o corpo disciplinar na academia,
constituindo um ramo específico de pesquisa e do conhecimento científico.
Neste sentido, cabe observar e destacar as relações que o homem
estabelece com a natureza, retirando dela os recursos necessários para a sua
sobrevivência de uma forma coletiva por meio da organização do trabalho e da criação
de instrumentos de trabalho.
Desta forma, sobretudo por meio do trabalho, o homem transforma a
natureza e ao mesmo tempo se transforma, produzindo a partir destas ações cultura.
Além de produzir cultura material, este mesmo homem produz uma série de
interpretações sobre esta cultura que fazem com que o campo das representações e
do simbólico entre em cena de forma ativa e significativa.
Os campos da representação e do simbólico nos remetem ao imaginário,
um sistema de percepção e critérios de classificação da realidade que influenciam as
leituras sobre o mundo. Neste sentido, o significado que as diversas paisagens,
naturais e/ou humanas assumem devem ser compreendidas dentro desta órbita.
Com efeito, as paisagens em transformação, as tecnologias que
influenciam os comportamentos humanos, a produção e circulação de mercadorias
que configuram o espaço e uma série de desdobramentos destas questões se
apresentam como objeto de estudo da geografia, numa perspectiva onde o humano e o
natural sejam focalizados de forma imbricada e não isolada. A natureza precisa ser
percebida também pelos fenômenos que ocorrem em seu espaço, mas não devemos
ocultar as ações do homem que geram mudanças no espaço geográfico.

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Não se pode neglicenciar duas questões importantes: a sustentabilidade e


os processos de territorialização. Quanto à primeira, faz-se extremamente necessário
discutir o conceito de sustentabilidade e como na prática esta questão se materializa,
no que tange aos limites e possibilidades. Já a segunda remete a compreensão dos
processos diferenciados de territorialização na Amazônia, a partir da emergência das
novas identidades coletivas e de sujeitos sociais organizados (indígenas, quilombolas,
seringueiros etc.)
O ensino de Geografia deve se pautar em três elementos fundamentais:
Homem, natureza e cultura. Neste sentido, para o professor de Geografia é importante
dominar conceitos relativos à disciplina e estar atualizado. E assim, conteúdos da
geografia regional que estavam dispostos em Fundamentos de Geografia do
Amazonas estão incluídos nesta Proposta Curricular na disciplina Geografia, pois a
importância de nossa região não pode estar desvinculada dos estudos da Geografia do
Brasil em vista de sua importância para o país e para o mundo.
A organização curricular busca materializar as questões acima expostas,
contribuindo para a formação de cidadãos que levem em consideração a construção
do espaço geográfico e a tentativa de minimizar os efeitos destrutivos desta relação
entre homem e natureza.

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OBJETIVOS GERAIS DA ÁREA

- AMPLIAR os conhecimentos sobre a organização do espaço geográfico e o


funcionamento da natureza em suas múltiplas relações;
- CONHECER o mundo atual em sua diversidade, favorecendo a compreensão, de
como as paisagens, os lugares e os territórios se constroem;
- COMPREENDER as especificidades de cada paisagem local, as diferentes
manifestações da natureza e a apropriação e transformação dela pela ação de sua
coletividade, de seu grupo social;
- RECONHECER semelhanças e diferenças nos modos que diferentes grupos sociais
se apropriam da natureza e a transformam, identificando suas determinações nas
relações de trabalho, nos hábitos cotidianos, nas formas de se expressar e no lazer;
- COMPREENDER que as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos, os
avanços técnicos e tecnológicos e as transformações socioculturais são conquistas
decorrentes de conflitos e acordos que se estabelecem dentro do espaço;
- ENTENDER que os bens produzidos no espaço ainda não são usufruídos por todos
os seres humanos e, dentro de suas possibilidades, empenhar-se em democratizá-las,
envolvendo-se em atividades sociais e políticas no seu espaço social;
- CONHECER algumas das consequências das transformações da natureza causadas
pelas ações humanas na paisagem local e em paisagens rurais;
- RECONHECER a importância de uma atitude responsável de cuidado com o meio em
que vive, evitando o desperdício e percebendo os cuidados que se deve ter na
preservação e na manutenção da natureza;
- FAZER leituras de imagens, de dados e de documentos de diferentes fontes de
informação, de modo a interpretar, analisar e relacionar informações sobre o espaço
geográfico e as diferentes paisagens;
- UTILIZAR a linguagem cartográfica para obter informações e representar a
espacialidade dos fenômenos geográficos;
- VALORIZAR o patrimônio sociocultural e respeitar a sociodiversidade,
reconhecendo-os como um direito dos povos e indivíduos, bem como um elemento de
fortalecimento da democracia;
- CONHECER procedimentos de pesquisa da Geografia para compreender a
paisagem, o território e o lugar, seus processos de construção, identificando suas
relações, problemas e contradições.

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CONTEÚDOS DE ENSINO

6º Ano
I – Geografia
1. Conceito;
2. Divisão: Geografia Física e Humana;
3. Importância;
4. Espaço Natural e Geográfico.

II – Planeta Terra
1. Sistema Solar;
2. Características do Planeta Terra (formação, eras geológicas, movimentos,
atmosfera);
3. Círculo da Terra:
. Orientação (pelo sol. Rosa dos ventos, Lua, Constelação do Cruzeiro do Sul,
Bússola)
. Coordenadas Geográficas (paralelos e medianos)
. Zonas Térmicas
. Fusos Horários
. Mapas, Atlas
. Escalas Cartográfica (numérica e gráfica)
4. Formação dos Continentes:
. Fatores internos e externos
. Placas Tectônicas
. Terremotos, Vulcões
5. Aspectos Físicos da Terra:
. Relevo (formas, características, estruturas geológicas);
. Hidrografia (tipos de rios, importância, utilização);
. Vegetação (formas vegetais, degradação ambiental);
. Clima (fatores que influenciam o clima, os tipos de climas);
6. Diferentes espaços (continente, país, regiões, estado, município e bairro).

III- Identificação e Caracterização da Amazônia


1. Amazônia Internacional;
2. Amazônia Legal;
3. Região Norte.

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IV- Aspectos Geopolíticos do Amazonas


1. Localização e Área (Posição Geográfica, Limites);
2. Divisão Política (Os Municípios de Fronteiras, Projetos de Fronteiras - SIVAM).

V- Quadro Natural e Meio Ambiente do Amazonas


. Interdependências dos Aspectos Físicos;
. Relevo (Formação geológica e Tipos de relevos);
. Hidrografia (Principais bacias, Os rios mais importantes e seus
aproveitamentos);
. Clima Equatorial (Fatores, Elementos e a Pluviosidade);
. Vegetação (As formações vegetais, Os tipos de matas e suas características);
. Solo (Tipos, Utilização, Erosão e Riquezas);
. Degradação ambiental (Poluição dos rios e igarapés, Áreas de preservação
ambiental).

VI- A Cidade de Manaus


1. Posição geográfica - zoneamento;
2. Êxodo rural;
3. Urbanização – invasões;
4. Educação, saúde e desemprego;
5. Transporte;
6. Programas sociais – PROSAMIM, 3ª idade...

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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

6º Ano
. Identificar as principais características da Terra, reconhecendo os processos
evolutivos do nosso planeta na sua origem, evolução e organização;
. Identificar que a terra é o habitat do homem, reconhecendo a dependência
existente entre nós e o meio ambiente na constituição da sociedade global;
. Compreender que os diferentes espaços: país, região, estado, região
metropolitana, município e bairro, formam o espaço mundial estabelecendo relações
entre eles;
. Utilizar conceitos de espaço mundial, continente, país, região metropolitana,
município e bairro, entendendo a função administrativa de cada um deles e sua inter-
relação;
. Identificar as diferentes formas de dividir a Amazônia, estabelecendo relação
entre o social e o meio ambiente;
. Utilizar corretamente os códigos criados pelos homens, compreendendo a sua
função social: comunicação, orientação, representação, localização;
. Reconhecer a importância de sua participação, como um ser social, no
processo de organização do espaço;
. Identificar os diferentes modos de relacionamento que o homem mantém com o
meio geopolítico amazonense, e as transformações que ele vem promovendo de
acordo com suas necessidades e o seu estágio sociocultural;
. Analisar interpretando os códigos específicos da Geografia como: mapas,
gráficos, tabelas, legendas etc.), considerando-os como elementos de representação
de fatos e fenômenos, tendo em vista, a alfabetização cartográfica;
. Identificar as interdependências entre os elementos formadores de paisagem:
relevo, hidrografia, clima, vegetação e solo estabelecendo relações entre eles;
Identificar que os homens se relacionam entre si, e com a natureza para suprir
necessidades, entendendo as implicações causadas nessa relação: poluição,
degradação, preservação e conservação do meio ambiente;
. Utilizar corretamente as coordenadas geográficas para localizar o Amazonas,
suas regiões e Manaus nos diferentes espaços;
. Entender os diferentes critérios de regionalização do espaço Amazônico,
comparando as diferentes representações: regiões naturais, geoeconômicas e as
definidas pelo IBGE.

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CONTEÚDOS DE ENSINO

7º Ano
I - Espaço Territorial do Brasil
1. Extensão territorial do Brasil;
2. Posição geográfica;
3. Fusos horários;
4. Divisão regional.

II - Regiões do Brasil: Norte, Nordeste, Sul, Centro-Sul e


Centro-Oeste.
1. Posição geográfica;
2. Área;
3.Limites;
4. Divisão Política;
5. Aspectos Físicos:
. Relevo (Formas de Relevo, Escudos maciços e antigos, Bacia Sedimentares);
. Hidrografia ( Bacias Hidrográficas – localização, importância e potencial);
. Clima ( Tipos de Climas, Temperatura, Massas de Ar, Ventos, Chuvas);
. Vegetação (As formações vegetais do Brasil).
6. Aspectos Humanos do Brasil:
. Formação Étnica da População (Tipos humanos, Grupos indígenas);
. Atual população;
. Distribuição da População;
. Indicadores Sociais;
. Áreas de maior e menor concentração populacional;
. Mobilidade Demográfica (Migrações, Êxodo rural, Transumância);
. Forma de ocupação da terra no meio urbano e rural;
1. Posição geográfica;
2. Área;
3.Limites;
4. Divisão Política;
5. Aspectos Físicos:
. Relevo (Formas de Relevo, Escudos maciços e antigos, Bacia Sedimentares);
. Hidrografia ( Bacias Hidrográficas – localização, importância e potencial);

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. Clima ( Tipos de Climas, Temperatura, Massas de Ar, Ventos, Chuvas);


. Vegetação (As formações vegetais do Brasil).
6. Aspectos Humanos do Brasil:
. Formação Étnica da População (Tipos humanos, Grupos indígenas);
. Atual população;
. Distribuição da População;
. Indicadores Sociais;
. Áreas de maior e menor concentração populacional;
. Mobilidade Demográfica (Migrações, Êxodo rural, Transumância);
. Forma de ocupação da terra no meio urbano e rural;
. Habitação (Identidade cultural, Grandes aglomerações);
. Urbanização.
7. Aspectos Humanos do Amazonas:
. Formação Étnica da População (Tipos humanos, Grupos indígenas no
Amazonas);
. Atual população;
. Distribuição da População;
. Indicadores Sociais;
. Áreas de maior e menor concentração populacional no Amazonas;
. Mobilidade Demográfica (migrações e êxodo rural);
. Forma de ocupação da terra no meio urbano e rural;
. Habitação (identidade cultural, grandes aglomerações);
. Urbanização.
8. Aspectos econômicos do Brasil:
. Extrativismo ( vegetal, mineral e animal);
. Atividades Agropecuárias;
. Indústria (evolução histórica, tipos de indústrias, pólos econômicos);
. Transporte (rodoviário, ferroviário, fluvial e aéreo);
. Turismo ( potencial econômico);
. Comércio ( exportação e importação);
. Produção Energética ( Petróleo, Gás Natural, Hidrelétricas);
. Comunicação.
9. Aspectos econômicos do Amazonas:
. Extrativismo no Amazonas (vegetal, mineral e animal);
. Atividades Agropecuárias;
. A Zona Franca de Manaus (criação e administração);
.
Pólo Industrial de Manaus ( principais atividades industriais e o Distrito
Industrial);

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. Transporte e comunicação no Amazonas (rodoviário, fluvial e aéreo);


. Turismo ( potencial econômico);
. Comércio ( exportação e importação);
. Produção Energética no Amazonas ( Petróleo, Gás Natural, Hidrelétrica de
Balbina).

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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

7º Ano
. Utilizar conceitos de espaço mundial, continente, país, região, estado, região
metropolitana, município e bairro, entendendo a função administrativa de cada um
deles em sua inter-relação;
. Utilizar corretamente as coordenadas geográficas para localizar o Brasil nos
diferentes espaços;
. Entender os diferentes critérios de regionalização do espaço brasileiro,
comparando as diferentes representações: regiões naturais, geoeconômicas e as
definidas pelo IBGE;
. Relacionar a interdependência entre os elementos formadores da paisagem:
relevo, hidrografia, clima, vegetação e solo estabelecendo relações entre eles;
. Identificar que os homens se relacionam entre si e com a natureza para suprir
necessidades, entendendo as implicações causadas nessa relação: poluição,
degradação, preservação, conservação do meio ambiente;
. Definir adequadamente o conceito de população identificando especialmente
as populações urbana e rural em seu movimento;
. Identificar que a organização do espaço resulta da interação entre os homens,
estabelecendo relações entre a distribuição da população e o crescimento
demográfico;
. Identificar os diferentes grupos étnicos que compõem população brasileira, em
especial, os grupos indígenas da Amazônia, resgatando a identidade cultural de nossa
população;
. Reconhecer a diversidade étnica – racial brasileira, desenvolvendo ações e
comportamentos que respeitem, valorizem e promovam a diversidade cultural,
contribuindo para a eliminação de qualquer forma de preconceito, racismo e
discriminação;
. Compreender os processos diferenciados de territorialização na Amazônia, a
partir da emergência das novas identidades coletivas e de sujeitos sociais
organizados: povos indígenas, quilombolas, seringueiros, castanheiros;
. Citar a importância da criação do fuso horário como resposta de
organização de tempo, em escala mundial, comparando as diferenças de horas em
diferentes lugares.

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CONTEÚDOS DE ENSINO

8º Ano
I- Divisões e Regionalizações da Terra
1. Divisão do mundo
. Sistemas Econômicos: Capitalismo e Socialismo;
. Nível de Desenvolvimento: Países desenvolvidos, em desenvolvimentos e
subdesenvolvidos;
. Características do desenvolvimento;
. Características do subdesenvolvimento;
. A dependência econômica e cultural.

II- Continente Americano – O Novo Mundo


1.Localização Geográfica;
2.As divisões do Continente Americano
. Divisão geomorfológica e geográfica – As Três Américas;
. Divisão histórica, cultural e econômica;
. A diferença entre as Américas.

3. A América Latina
. Localização geográfica;
. Aspectos do relevo;
. Hidrografia;
. As características do clima;
. Tipos de vegetação.
4. Aspectos econômicos da América Latina
. Os setores da economia;
. Extrativismo;
. A agropecuária;
. A atividade industrial;
. Comércio e transporte;
. Divisão socioeconômica;
. A Globalização e os blocos econômicos;
. MERCOSUL.

5. América Anglo-Saxônica

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. Localização geográfica;
. Aspectos econômicos;
. Aspectos do relevo;
. Hidrografia;
. Características do clima;
. Tipos de vegetação;
6. Aspectos econômicos da América Anglo-Saxônica
. Atividades econômicas;
. Nafta;
. Regiões geográficas dos Estados Unidos e Canadá;
. Problemas e desafios.

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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

8º Ano
. Identificar a divisão internacional do trabalho, compreendendo sua organização
mundial;
. Citar os diferentes critérios de regionalização do espaço mundial, comparando
as diferentes representações: regiões naturais e geoeconômicas;
. Conceituar superpotência, estabelecendo relações com a divisão internacional
do trabalho;
. Identificar que a organização do espaço resulta na integração entre os homens,
estabelecendo relações entre as formas de economia e política;
. Utilizar os códigos criados pelos homens, compreendendo a sua função social:
comunicação, localização, representação, orientação;
. Citar a importância da criação do fuso horário como resposta de organização do
tempo em escala mundial, comparando as diferenças de horas nos diferentes lugares
;
. Conceituar adequadamente população, identificando, especialmente, quanto
à sua formação histórica pelo território;
. Relacionar a interdependência entre os países do Continente Europeu e
demais países do mundo, estabelecendo as relações econômicas existentes entre
eles;
. Identificar na divisão do espaço mundial os dois principais conjuntos, político-
sociais e econômicos: países desenvolvidos ou industrializados e os países
subdesenvolvidos ou periféricos;
. Citar as relações dos países desenvolvidos ou industrializados com os países
subdesenvolvidos, especialmente o Brasil.

101
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CONTEÚDOS DE ENSINO

9º Ano
I - O Quadro Político Mundial do Século XX
1. O Mundo Multipolar dos anos 90
· A globalização e o controle da ciência e tecnologia;
· As grandes potências industriais e tecnológicas;
· A globalização da economia;
· Os três principais mercados internacionais;
· Desenvolvimento e subdesenvolvimento.
2. O Mundo Bipolar de 1945 aos anos 80
· A Guerra Fria e seu final;
· A dissolução da URSS;
· A reconstrução do Leste Europeu;
· A nova ordem mundial.

II - As Terras do Velho Mundo


1. Localização geográfica;
2. Principais características;
3. Divisão política do Velho Mundo;
4. O Continente Europeu;
4.1 Principais características:
· Localização geográfica;
· O quadro natural europeu;
· A população europeia;
· Economia europeia no cenário mundial;
· Economia e regiões da Europa.
4.2 A crise do Socialismo:
· A desintegração da União Soviética;
· A formação da CEI;
· A Rússia.
5. O Continente Asiático
5.1 Principais características:
· Aspectos gerais do sul da Ásia;
· A economia e a população;

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· O papel da religião;
· A fragmentação do Império Britânico no sul da Ásia.
5.2 Ásia: estudo de casos
· Israel;
· Índia;
· China;
. Oriente Médio;
· O Japão e os Tigres Asiáticos.
6. O Continente Africano
6.1 Principais características:
· Localização geográfica;
· A paisagem geográfica da África;
· A população africana;
· Os graves problemas sociais e a fome na África;
· Economia e regiões da África.
6.2 Os conflitos no continente Africano:
· Causas e consequências
7. Oceania – O Novíssimo Mundo
7.1 Principais características da Oceania:
. Localização geográfica;
. Aspectos físicos;
. População e atividades econômicas;
. Divisões da Oceania;
. Melanésia;
. Micronésia;
. Polinésia;
. Austrália e Nova Zelândia.

8. As Regiões Polares
. Ártico e Antártica

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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

8º Ano
. Identificar os diferentes critérios de regionalização do espaço mundial,
comparando as diferentes representações: regiões naturais e geoeconômicas;
. Citar a importância da divisão internacional do trabalho atual, comparando a
nova divisão com a velha divisão e o avanço do capitalismo;
. Definir o significado de subdesenvolvimento, estabelecendo relação entre a
divisão internacional do trabalho e o avanço do capitalismo;
. Identificar os diferentes critérios de regionalização da América Latina,
comparando as diferentes representações: física ou geográfica e histórico social;
Comentar acerca da importância da função das fronteiras entendendo as
relações: econômicas, políticas, culturais e sociais estabelecidas entre os homens;
. Citar a forma como as sociedades contemporâneas se apropriam da natureza e
como constroem os seus espaços, a partir das relações de dominação e dependência;
. Relacionar corretamente as diferentes formas de regionalização do espaço
mundial e a localização espacial do mundo contemporâneo para, em seguida,
aprofundando-se no estudo do sistema socioeconômico e formas de produção do
espaço.
. Identificar o processo de desenvolvimento sociopolítico-econômico dos
continentes Europeu, Asiático, Africano e conseqüentemente do mundo, gerando um
posicionamento crítico diante das diversas polêmicas mundiais

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ARTES

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

A arte promove o desenvolvimento de competências, habilidades e


conhecimentos necessários a diversas áreas. Entretanto, não é isso que justifica sua
inserção no currículo escolar, mas seu valor intrínseco como construção humana,
como patrimônio comum a ser apropriado por todos. Ela constitui uma forma ancestral
de manifestação e a sua apreciação como cidadão pode compartilhar de um modo de
interação único no meio cultural. Privar o aluno em formação desse conhecimento é
negar-lhe o que lhe é de direito.
Aprender arte, envolve a ação em distintos eixos de aprendizagem: fazer,
apreciar e refletir sobre a produção social e histórica da arte, contextualizando os
objetos artísticos e seus conteúdos. Contextualizar é situar as criações no tempo e no
espaço, considerando o campo de forças políticas, históricas, sociais, geográficas e
culturais, presentes na época da realização das obras.
Os alunos devem aprender por interesse e curiosidade, e não por pressão
externa. Isso não implica a não-diretividade, mas a proposta de conteúdos de ensino e
o incentivo a cada aluno para navegar pelas relações que estabelece entre os
conteúdos da aprendizagem, a própria cultura e a vida pessoal.
Geralmente, é o professor quem valida às produções atribuindo-lhes
qualidades na orientação das discussões coletivas ou na recepção das produções
individuais, valorizando e incentivando os esforços dos aprendizes nos processos de
construção de saberes cognitivos, procedimentais ou atitudinais e nas combinações
desses tipos de saberes.
O papel do professor deveria ser como o de um regente de orquestra, para o
qual os alunos (instrumentistas) têm participação única e significativa na construção
coletiva e individual dos processos e produtos da aprendizagem. Apesar de que o
gosto por aprender tenha raízes no universo do aluno, na maioria dos casos é a
situação de aprendizagem que gera disposição ou indisposição. Professores que
realizam comparações que não valorizam os avanços do aprendiz em relação a níveis
alcançados e que não consideram o enfrentamento dos obstáculos inerentes ao
aprender arte podem gerar sentimentos de baixa autoestima e humilhação, ou de
poder e orgulho por corresponder ou não às expectativas.

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Ensina-se a gostar de aprender arte com a própria arte, em uma orientação


que visa melhoria das condições de vida humana, em uma perspectiva de promoção
de direitos na esfera das culturas (criação e preservação), sem barreiras de classe
social, sexo, raça, religião e origem geográfica. É necessário que o professor seja um
“estudante” fascinado por arte, pois só assim terá entusiasmo para ensinar a transmitir,
a seus alunos, a vontade de aprender. Nesse sentido, um professor mobilizado para a
aprendizagem contínua, em sua vida pessoal e profissional, saberá ensinar essa
postura a seus estudantes.
A Arte é uma disciplina obrigatória nas escolas, conforme determinação da
LDB 9394/96. Portanto, cabe aos educadores da rede de ensino municipal realizar um
trabalho de qualidade, afim de que crianças, jovens e adultos tenham a oportunidade
de se envolver com o ensino das artes. Compete aos centros de formação, investir em
projetos de pesquisa e de formação continuada para que os professores sejam os
protagonistas de práticas de excelência em sala de aula.
A nova lei Nº 11.769/2008 dispõe sobre a obrigatoriedade do ensino da
música na educação básica que passa a ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo,
do componente curricular arte.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de Arte: “São
características desse novo marco curricular as reivindicações de identificar a área por
ARTE, e não mais por educação artística e de incluí-la na estrutura curricular como
área com conteúdos próprios ligados a cultura artística, e não apenas como atividade”.
Assim, a arte é importante na escola, principalmente porque é importante
fora dela. Por ser um conhecimento construído pelo homem através dos tempos, a arte
é um patrimônio cultural da humanidade e todo ser humano tem direito ao acesso a
esse saber.
Tratar a arte como conhecimento, em programas escolares é promover a
formação de pessoas, desenvolvendo seus valores e competências necessárias para
desenvolverem a afetividade, a sensibilidade e o entendimento da representação do
mundo simbólico, por meio de experiências que levem a descoberta do seu próprio
corpo, sua capacidade de pensar e agir e, sobretudo sua relação sociocultural.
“O desenvolvimento da capacidade artística da criança envolve um trabalho
que deve ser intensamente cultivado e apóia-se em três sistemas existentes no ser
humano: o sistema que faz o sistema que percebe, e o sistema que sente (PCNs)”
A partir do exposto, propomos conteúdos de artes fundamentados pelos
PCNs abrangendo os seguintes aspectos: Expressão e Comunicação Humana,
Manifestação Coletiva, Produto Cultural e Apreciação Estética. Também apontamos a
necessidade de capacitação para os professores da rede a fim de promovermos
momentos de vivência e troca de experiências aplicadas ao ambiente escolar
enquanto objeto de conhecimento.

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OBJETIVOS GERAIS DA ÁREA

- Experimentar e conhecer materiais e instrumentos variados utilizados nas artes


visuais, na dança, na música e no teatro, devendo identificá-los e contextualizá-los
culturalmente, promovendo o desenvolvimento das habilidades e competências;

- Expressar-se artisticamente, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a


investigação, a sensibilidade e a reflexão na realização das produções artísticas;

- Expressar sabendo comunicar-se em arte, mantendo uma atitude de busca pessoal


ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a investigação, a
sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções artísticas;

- Construir uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal e os


conhecimentos estéticos, respeitando a própria produção e a dos colegas no percurso
da criação;

- Identificar e relacionar as diferentes funções da arte, do trabalho e da produção dos


artistas, no decorrer da história da humanidade;

- Compreender a arte como fato histórico contextualizado nas diversas culturas,


conhecendo, respeitando e podendo observar as produções presentes no entorno,
assim como o patrimônio cultural e do universo natural, identificando a existência de
diferenças nos padrões artísticos e estéticos de diversos grupos culturais;

- Compreender as relações entre a arte e a realidade, refletindo, investigando,


indagando, com interesse e curiosidade, exercitando a discussão, a sensibilidade,
argumentando e apreciando arte de modo sensível;

- Promover, através da arte, o desenvolvimento de competências, habilidades e


conhecimentos necessários para a formação sistêmica do
- Reconhecer as culturas indígenas e africanas, valorizando-as enquanto matrizes de
identidade ética e cultura brasileira;

- Valorizar a própria identidade étnica e cultural, fortalecendo a autoestima.

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CONTEÚDOS DE ENSINO

6º Ano
1 HISTÓRIA DA ARTE
. Pré História: Paleolítico e Neolítico;
. Movimentos Modernistas: Impressionismo, Expressionismo, Abstracionismo
Geométrico, Cubismo;
. Modernismo Brasileiro (Semana de Arte Moderna).

2 FOLCLORE
. Artesanato regional;
. Arte indígena;
. Arte afro brasileira.

3 GEOMETRIA CRIATIVA
. Ponto, linhas, formas regulares e irregulares, círculos e semicírculos, grafismo
indígena;
. Expressividade artística das linhas;
. Simetria bilateral;
. Desenho figurativo e abstrato;
. Origami / dobraduras de pape.l

4 ESTUDO DAS CORES


. Cores primárias e secundárias;
. Cores quentes e frias;
. Cores monocromáticas;
. Cores policromáticas.

5 TÉCNICAS DE EXPRESSÃO PLÁSTICA


. Giz de cera, caneta hidrográfica, giz colorido, lápis colorido, nanquim e guache,
grafite, pincel hidrocor e pigmentos naturais;
. Recorte, colagem e composição;
. Textura;
. Releitura de obras de arte.

6 MÚSICA
6.1 Percepção auditiva

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. Conceito de som;
. Ruído e poluição sonora;
. Sons do corpo e sons do ambiente;
. Sons onomatopéicos.
6.2 Percepção Musical
. Propriedades do som: altura, intensidade, timbre, duração e andamento;
. Notas musicais.
6.3 Música Folclórica e cantigas de roda
6.4 Hinos Oficiais

7 TEATRO
. Origem do teatro grego (história);
. Palavras chaves do teatro e suas funções;
. Máscaras e Fantoches;
. Linguagem Cênica.

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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

6º Ano
. Criar, articulando percepção, imaginação, sensibilidade, conhecimento e
produção artística pessoal e em grupo;
. Identificar formas visuais no trabalho frequente de relações entre os elementos
que as compõem, como ponto, linha, plano, cor, textura, movimento e ritmo;
. Representar ideias, emoções, sensações por meio das artes visuais, do teatro,
da dança e da música, desenvolvendo trabalhos individuais em grupos;
. Identificar as relações entre Arte e outras áreas de conhecimentos humanos
(Educação Física, Matemática, Ciências, Literatura), estabelecendo as conexões
entre elas, sabendo utilizar tais áreas nos trabalhos pessoais e coletivos;
. Construir uma relação de cooperação, respeito, diálogo e valorização das
diversas escolhas e possibilidades de interpretação e de criação, em relação aos
colegas;
. Valorizar, interpretar e apreciar a Cultura Amazonense, estabelecendo sua
relação com as outras modalidades artísticas e as demais áreas do conhecimento;
. Conhecer a história da Arte contemplando a concepção africana e indígena;
. Identificar cores primárias, secundárias, quentes, frias e cores monocromáticas
e policromáticas;
. Utilizar técnicas de expressão plástica em sua produção pessoal;
. Escrever a história da música identificando os gêneros musicais.

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CONTEÚDOS DE ENSINO

7º Ano

1 HISTÓRIA DA ARTE
. Arte Grega (faixas gregas, vasos gregos e pintura);
. Arte Bizantina (mosaicos);
. Missão artística francesa e o Barroco no Brasil.

2 FOLCLORE (local e regional


. Artesanato : papel, madeira, sementes e material reutilizável;
. Arte afro brasileira : estudo de pintura e desenho corporal;
. Arte indígena: desenho corporal.

3 GEOMETRIA CRIATIVA
. Polígonos regulares;
. Polígonos estrelados;
. Circunferência e círculo;
. Dobraduras.

4 ESTUDO DAS CORES


. Cores primárias, secundárias e terciárias;
. Cores complementares e análogas;
. Harmonia, policromia e contraste;
. Cores e matizes.

5 TÉCNICAS DE EXPRESSÃO
. Desenho ampliado com a técnica da quadricula;
. Técnicas de pintura: lápis de cor, pincel hidrocor. Giz de cera, grafite, caneta
hidrográfica, e outros pigmentos;
. Recorte e colagem (mosaicos);
. Releitura de obras de arte;
. Grafismo.
6 MÚSICA
6.1 Elementos estruturais da música: ritmo, melodia e harmonia
. Noções de escrita musical;
. Voz humana;

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. Formação de coro em uníssono.


6.2 Instrumentos musicais
. Classificação: famílias e produção de som;
. Confecção de instrumentos com material alternativo.

7 TEATRO
. Historia do Teatro Brasileiro (século XVI e XVII);
. Termos teatrais e suas funções ;
. Gêneros Teatrais (Barroco, comedia Dell'arte, Farsa);
. Linguagem Teatral cênica.

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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

7 º Ano
. Estabelecer relação de respeito, compromisso com sua produção artística e
com a produção dos colegas nas atividades artísticas da escola;
. Identificar e valorizar as diversas culturas, especialmente a brasileira,
estabelecendo relações entre as produções individuais ou por grupos, da localidade e
de outras regiões;
. Representar através de atividades artísticas, articulando a percepção, a
imaginação, a memória, a sensibilidade e a reflexão, observando o próprio percurso de
criação;
. Utilizar múltiplos meios (computador, vídeo, cinema, fotografia), materiais
naturais e fabricados, percebendo, analisando e produzindo trabalhos artísticos;
. Relacionar artes com outras áreas do conhecimento humano;

. Dramatizar utilizando os elementos da linguagem teatral;


. Contextualizar historicamente o estudo da arte;
. Identificar elementos geométricos no desenho de observação;
. Utilizar técnicas de expressão plástica na composição e produção artística;
. Conceituar e valorizar aspectos das manifestações folclóricas regionais;
. Reconhecer a influência das culturas africana e indígena na arte e na formação
do povo brasileiro.

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CONTEÚDOS DE ENSINO

8 º Ano
1 HISTÓRIA DA ARTE
. Arte Noveau;
. Barroco e Rococó;
. Patrimônio material e imaterial: prédios e monumentos.

2 FOLCLORE
. Artesanato : cestaria, cerâmica, pintura e desenho;
. Pintura e desenho nos rituais indígena e africanos.

3 GEOMETRIA CRIATIVA (artes gráficas)


. Comunicação Visual;
. Ilustração;
. Cartaz;
. Letras e Números;
. Logomarcas e logotipos;
. Arte multimídia.
4 TÉCNICAS DE EXPRESSÃO PLÁSTICA
. Cores: Monocromia e policromia (usar as cores no desenho de ampliação);
. Desenho ampliando com a técnica de quadriculas (natureza morta e
paisagismo);
. Recorte e colagem (construção de mosaicos, releitura de obras, confecções de
máscaras).

5 MÚSICA
5.1 Noções de canto coral: uníssono e duas vozes.
5.2 História da música:
. Música Erudita Brasileira;
. Música Popular brasileira;
. Música Contemporânea: Impressionismo, Dodecafonismo e Modernismo.

6 TEATRO
. Historia do teatro Brasileiro (século XVIII e XIX);
. Termos teatrais e suas funções;
. Gêneros Teatrais (Tragédia, comédia, teatro de variedades);
. Linguagem Teatral cênica.

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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

8 º Ano

. Utilizar com propriedade diversas técnicas de aplicação gráfica visual com


procedimentos de pesquisa, experimentação e produção;
. Desenvolver uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal,
relacionando a própria produção com a de outros, valorizando e respeitando a
diversidade estética, artística e de gênero;
. Registrar e documentar informações, relacionando-os às suas próprias
experiências pessoais, como criadores, intérpretes e apreciadores de arte (dança
artes visuais, musica e teatro);
. Apreciar, valorizar e criar atitudes de respeito frente às variedades de estilos
musicais;
. Construir e aplicar as manifestações artísticas, fazendo uso das produções
tecnológicas;
. Conhecer a história do teatro brasileiro durante o século XVIII e XIX;
. Identificar as relações entre a arte e o cotidiano dos indígenas e afro-
descendentes;
. Conhecer e valorizar o patrimônio público local, resguardando seu valor
histórico;
. Utilizar as fontes de documentação de arte, valorizando os modos de
preservação, conservação e restauro dos acervos das imagens e objetos presentes
em museus, galerias, ateliês de artistas, centro de cultura, oficinas populares, feiras,
mercados e meios virtuais.

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CONTEÚDOS DE ENSINO

9º Ano

1 HISTÓRIA DA ARTE
. Arquitetura Grega: colunas gregas;
. Arquitetura romana: arcos e coluna;
. Renascimento;
. Pintura acadêmica no Brasil.

2 GEOMETRIA CRIATIVA
. Arcos arquitetônicos e colunas;
. Perspectiva com um ponto de fuga;
. Planificação de poliedros;
. Representação tridimensional dos poliedros.

3 FOLCLORE
. Artesanato : produção com materiais recicláveis;
. Máscaras indígenas e africanas: confecção com papel, Eva, pet e outros
materiais recicláveis.

4 TÉCNICAS DE EXPRESSAO PLÁSTICA


. Criação de Mosaicos (recorte e colagem ou pintura);
. Produção de vitrais (recorte colagem ou pintura);
. Rosáceas (representação gráfica e pintura);
. Pinturas com lápis de cor, giz de cera, hidrocor, nanquim, guache, aquarela e
outros pigmentos.

5 MÚSICA
. Prática coral: polifonia;
. Música e comunicação: música e tecnologia e indústria musical;
. Estilos Musicais: pop rock, rock, sertanejo, pagode, axé, boi bumbá, música
eletrônica, reggae e musica amazonense.

6 TEATRO
. Produção e apresentação de trabalhos cênicos.

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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

9º Ano

. Identificar a diversidade de elementos da linguagem visual que se encontra em


múltiplas realidades (vitrines, cenários, roupas, adereços, objetos domésticos,
movimentos corporais, meios de comunicação), percebendo e analisando,
criticamente, objetos e imagens naturais e fabricados, presentes no entorno escolar ou
específico dos meios de comunicação visual;
. Refletir e discutir os múltiplos aspectos das relações comunicativas dos jovens
e adultos, em fase de escolarização, com a música pelos meios tecnológicos
contemporâneos - que trazem novos paradigmas perceptivos e novas relações de
tempo/espaço - e com mercado cultural (indústria de produção, distribuição e formas
de consumo);
. Refletir, relacionando e registrando a produção teatral construída na escola, no
teatro local, as formas de representação dramática veiculadas pela mídia e as
manifestações da crítica sobre essa produção;
. Distinguir diferentes momentos na História das Artes, os aspectos estéticos
predominantes, a tradição dos estilos e a presença dessa tradição na produção
contemporânea;
. Conhecer a documentação existente nos acervos e arquivos públicos sobre as
artes plásticas, o teatro, a dança e a música, sua história e seus profissionais;
. Conhecer e valorizar as culturas afro-descendentes e indígenas e suas
contribuições na arte e na religiosidade brasileira;
. Citar lendas e mitos amazônicos, bem como a produção dos artistas
amazonenses;
. Reconhecer a prática do teatro como tarefa coletiva de desenvolvimento da
solidariedade social.

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ENSINO RELIGIOSO

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

O processo das experiências do ser humano, desenvolve-se a partir de suas


transformações biopsicossociais. É nessa caminhada que, adolescentes e jovens
descobrem e constroem sua maturidade e consequentes habilidades para garantir a
sua vida, a prevalência de pensamentos, comportamentos, ações e relações sociais,
políticas, culturais e espirituais abertas para o novo, dignas, respeitosas, amorosas e
valorativas para consigo, para com o outro e para a sociedade como um todo.
Esse curso do embasamento da personalidade da pessoa e,
consequentemente, do educando, promove o seu enriquecimento ou a sua
deformação, de acordo com o nível da quantidade e qualidade da educação e
orientação da família, escola, amigos, e da comunidade onde vive.
Para definir seu currículo escolar, a escola essencialmente tem que definir
seus valores, e aqui, estará definido o tipo de homem e de sociedade que quer formar.
A definição dos valores não se dá somente no discurso, faz-se diariamente na prática.
Então, por serem os valores que determinam as ações humanas, a escola, ou melhor,
a educação como um todo estrutural, não deve somente pregar hábitos de higiene,
respeito, valorização, amor, disciplina, alegria, competência, perdão, justiça etc. É
necessário que ela explicite e vivencie esses valores em cada relação/contato com o
educando, educadores, técnicos, diretores, serviços gerais, merendeiras, pais,
comunidade em geral onde a escola está inserida.
Então, apesar das diferentes concepções que se tem de valores, estes não
são algo que surgem do vazio, brotam de dentro de cada ser, pois, parece que é ponto
pacífico que "Quando se diz que o valor é oriundo de uma intuição, se está dizendo que
o órgão adequado mediante o qual se capta o valioso é a emotividade e não o intelecto”
(Girará, 1973. p. 36). O valor, então, está vinculado ao "encontro dialógico" da pessoa
com a realidade concreta, liga-nos e nos torna co-criadores de um objetivo comum. Por
isto, é fundamental o papel da escola em selecionar e cultivar valores relativos à
dignidade que todo ser humano merece voltado para valores que priorizem decidir o
que é mais importante para as pessoas, para a sociedade: SER ou TER?

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Desse modo, os objetivos, os conteúdos, as atividades, as metodologias e a


avaliação definidas e desenvolvidas nas escolas devem conhecer e considerar os
valores, as formas próprias de cada educando ser, enxergar e fazer o mundo,
contribuindo assim, concreta e positivamente na efetivação de seus atos e atitudes em
enfrentar a vida, em ser pessoa.
É essencial a definição e assimilação clara e precisa do seu objetivo pela e
na escola, fundamentalmente em função da diversidade de credos e complexidade
cultural das pessoas que são atingidas por essa disciplina. Até porque o
desenvolvimento e a relação teórico-prática (conhecimento e visão da realidade -
definição - de objetivos - priorização de atividades - definição / seleção de métodos,
técnicas e materiais pedagógicos / execução/ avaliação / replanejamento das
atividades de Ensino Religioso) só têm condições mínimas de viabilização concreta e
coerente a partir da clareza dos objetivos da disciplina e respectivos conteúdos, tendo-
os contínua e constantemente imbricados à realidade econômica, política-social,
cultural e religiosa em que a comunidade escolar e, especialmente, o educando está
inserido.

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OBJETIVOS GERAL DA ÁREA

- Propiciar o conhecimento sobre o fenômeno religioso, analisando e compreendendo


as diferentes manifestações do sagrado, a partir da realidade sociocultural do
educando;

- Contribuir com a construção da cidadania, promovendo o diálogo inter-religioso, o


respeito às diferenças, a superação de preconceitos e o estabelecimento de relações
democráticas e humanizadoras.

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CONTEÚDOS DE ENSINO

6º Ano

1 O Ensino Religioso: art. 33 da Lei n°. 9394/96 e nova


redação da Lei n°. 9475/97.
2 O surgimento da vida
· Visão religiosa ( cristianismo, africano, indígenas, judeus.....);
· Visão científica.

3 O desenvolvimento humano
· Mudanças biopsicológicas;
· Concepção;
· Pré-natal;
· 1ª infância;
· 2ª infância;
· Adolescência;
· Juventude;
· Vida adulta.
4 O mundo em que vivemos
· O meio social e justiça social: respeito, dignidade e ética;
· Direitos, regras e valores da sociedade;
· O EU como valor infinito;
· A consciência de si como destinado ao infinito.

5 As religiões: Judaísmo, Cristianismo, Indígenas, Africanos


· Histórico;
· Escrituras;
· Transcendente (divindades, verdades de fé, vida além da morte);
· Ritos (rituais, símbolos, espiritualidades);
· Valores.
6 Da consciência de si, cada um como ser transformador do
meio em que vive.
· O espírito de solidariedade humana nas tragédias, na fome, na miséria etc.;

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· Através do espírito de Fraternidade, descobrimos que somos todos iguais


(negros, brancos, índios, homossexuais, jovens, velhos etc.);
· Justiça - direito e dever de todos, distribuição dos bens sociais, dos bens
culturais e uso dos recursos naturais.

7 Culturas e Tradições Religiosas


. Textos Sagrados, Teologias, Ritos e Ethos

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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

6º Ano
. Reconhecer a importância do Ensino Religioso como fomento do
desenvolvimento espiritual do ser humano;
. Identificar incentivando o desenvolvimento dos valores humanos, tais como:
respeito, cooperação, lealdade, responsabilidade na sala de aula;
. Incentivar aspectos positivos da relação homem e mulher, tendo como base à
formação da família em suas diversas composições através de hábitos de convivência
sadia e altruísta;
. Compreender a sexualidade como uma dimensão fundamental do
desenvolvimento humano;
. Favorecer a compreensão de suas atitudes como sendo expressão da emoção
em relação a si próprio e ao outro nas diferentes situações de vida (amizade, namoro,
relações hierárquicas, conflitos de ideias e ações,...);
. Propiciar diferentes situações (debates, seminários,...) favorecendo a busca de
sua própria identidade cultural, pessoal e profissional (vocação).

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CONTEÚDOS DE ENSINO

7º Ano

1 A existência em sociedade
· A busca do belo;
· No olhar a natureza;
· No olhar as outras pessoas - observar aspectos psíquicos, afetivos,
emocionais, sensíveis e outros;
· A busca da verdade - o sentido que explica toda a existência humana e faz o
homem ser aberto à verdade do outro;
· A história de cada um - a experiência pessoal como reveladora de um caminho a
ser trilhado;
· Nas brincadeiras, no trabalho, nas várias experiências do dia a dia se revela o
desejo de algo maior;
· A busca do amo;
· O amor paterno e materno;
· O amor dos amigos e do (a) namorado (a);
· O amor conjugal.

2 A sexualidade humana
· O respeito pelo próprio corpo e pelo dos outros;
Órgãos sexuais masculinos;
· Órgãos sexuais femininos;
· Os riscos do uso inadequado da sexualidade;
· Gravidez na adolescência;
· Prevenção a DST, AIDS, drogas;
· Aborto;
· Homossexualismo;
· Prostituição juvenil (masculina e feminina);
O trato da sexualidade entre os indígenas.

3 Bens naturais e bens particulares


· O conceito de cidadania como direito de todos os cidadãos - os bens comuns;
· Os direitos coletivos — assegurados pela Constituição, acesso à arte, direito ao
lazer, aos bens culturais diversos etc;

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· O respeito pelo meio-ambiente;


· A consciência subjetiva;
· A autoestima;
· O direito de ser si próprio;
· A escolha religiosa;
. Práticas tradicionais e indígenas.

4 As grandes religiões: Budismo, Islamismo, Hinduísmo


· Histórico;
· Escritura/Tradições Orais;
· Transcendente (divindade, verdade de fé, vida além da morte);
· Ritos (rituais, símbolos, espiritualidades);
· Valores.
5 A responsabilidade de cada um perante a vida e a morte

6 Celebração da morte nas diversas culturas


( indígenas, africanas etc.)

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

7º Ano

. Compreender conceitos como justiça, respeito, solidariedade, cooperação para


sensibilizar-se pela necessidade da construção de uma sociedade justa;
. Agir com responsabilidade em relação às questões sexuais;
. Refletir sobre aspectos sociais da vida humana;
. Interferir sobre fatores desfavoráveis a vida individual e coletiva;
. Compreender a cidadania como o conjunto de direitos e deveres humanos,
políticos, civis e sociais garantidos a todos;
. Ter atitude de respeito e solidariedade em relação ao outro, independente de
sua condição social, sexual ou racial, de sua cultura ou de sua crença.

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CONTEÚDOS DE ENSINO

8º Ano

1 Educação à liberdade como responsabilidade


· A necessidade de encontrar um sentido para a própria vida;
· A descoberta da razão - aprender a olhar a realidade em todos os seus fatores;
· Humanismo ético, religioso e político.

2 Análise das políticas sociais


· Trabalho - direito e exercício da dignidade humana;
· Educação - valorização dos seres humanos;
· Segurança - proteção da vida humana;
· Saúde - o respeito pela saúde física e mental.

3 O relacionamento com a autoridade constituída


· O respeito à autoridade;
· Usos e abusos do poder;
· Respeito à cidadania - direito de todos.
4 As grandes correntes espirituais e místicas da atualidade
· Yoga;
· Espiritismo;
· Fé Ba-Hai;
· New Age.

5 As grandes religiões ameríndias


· Histórico;
· Escrituras / Tradições Orais;
· Transcendente (divindades, verdades de fé, vida além da morte);
· Ritos (rituais, símbolos, espiritualidades);
· Valores.

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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

8º Ano
. Motivar o educando ao resgate de valores, hábitos e atitudes humanas
positivas, exercitando a vivência e convivência que valorize sua vida e a do outro;
. Valorizar e respeitar a pessoa a partir de suas diferenças socioeconômico-
político-culturais e religiosas, propiciando elementos essenciais à construção de
comportamentos e ações sociais abertos ao novo e diferente;
. Compreender conceitos como estrutura, economia, sociedade, política, cultura,
apreendendo o sistema de organização social brasileira e suas consequências;
. Refletir os diversos aspectos das Políticas Sociais, favorecendo o
desenvolvimento da participação política eminentemente crítico-propositiva-
qualitativa;
. Incentivar o educando a analisar, entender, valorizar e criar formas alternativas
de busca e conquista dos direitos e deveres dignos de todo ser humano.

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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS DE ENSINO

9º Ano

1 As várias religiões e suas principais regras e ensinamentos


· Hinduismo;
· Budismo;
· Religiões ameríndios e afro-descendentes.

2 O permissivismo social e suas conseqüências na vida dos jovens


— liberdade ou escravidão.
· Brigas, desavenças, prostituição, galeras, abusos sexuais;
· Novos caminhos a seguir - a vida comunitária;
. Justiça social.

3 O destino último da vida para:


· Cristãos – ressurreição;
· Espíritas – reencarnação;
· Orientais – ancestralidade;
· Mundo moderno - o nada;
. Celebração da morte nas diversas culturas inclusive afro-descendentes e
indígenas.

4 A concepção religiosa do homem moderno:


· Racionalismo;
· Materialismo;
· Preconceito religioso;
· Ideologia e experiência religiosa.
5 O destino cultural do homem:
· Angústia diante do enigma do significado;
· Desespero ético;
· Consequências antropológica;
. Influências tradicionais indígenas e afro-descendentes em contexto urbano.

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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

. Despertar os jovens para a busca de um direcionamento espiritual e religioso,


dando ênfase na formação de uma consciência de si como ser participativo e
comprometido com o mundo em que vive;
. Permitir que cada jovem possa vislumbrar a possibilidade de transformar a
realidade em que vive, comprometendo-se com sua família seus amigos, sua
comunidade, sua escola na busca de novos caminhos;
. Ajudar os jovens a estabelecer, fundamentalmente, pontos comuns e diferentes
entre as regras básicas das várias religiões, valorizando e respeitando-as;
. Estabelecer mecanismos que permitam a formação de uma consciência de si
voltada para a busca da própria liberdade;
. Formar jovens capazes de emitir juízo de valor diante das várias problemáticas
suscitadas pelo ambiente político, social e religioso e sobre as várias formas de
permissivismo existente no meio em que vive.

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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

EDUCAÇÃO FÍSICA

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA
A educação física, enquanto componente curricular da educação básica,
deve assumir a tarefa de introduzir e integrar o aluno na cultura corporal de movimento,
formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la,
instrumentalizando-o para usufruir do jogo, do esporte, das atividades rítmicas e
danças em benefício da qualidade de vida.
A partir desta perspectiva, a contribuição da educação física é articular as
múltiplas dimensões do ser humano, proporcionando o desenvolvimento psicomotor,
sociopolítico, emocional, afetivo e cultural, abrangendo todas as modalidades de
ensino.
A relação aluno-conhecimento em educação física deve levar em
consideração seus conhecimentos prévios, buscando a participação ativa destes
sujeitos no processo, a partir de um enfoque mediador onde o mesmo passa a tomar
consciência dos seus limites e possibilidades. Os Parâmetros Curriculares Nacionais
(2001) propõem que o processo ensino-aprendizagem considere, simultaneamente,
três elementos: A Diversidade, a Autonomia e as Aprendizagens Específicas.
A diversidade, no sentido de dispor de variadas formas de abordagens para
a aprendizagem, entre elas as situações de jogo coletivo, os exercícios de preparação
corporal, de aperfeiçoamento. O acesso à informação está articulado às possibilidades
concretas de vivenciar o maior número possível de práticas e modalidades da cultura
corporal de movimento.
A autonomia pauta-se na ampliação do olhar da escola sobre o objeto de
ensino e de aprendizagem da cultura corporal de movimento onde, o aluno constrói
seus conhecimentos a partir de situações concretas e significativas, desenvolvidas na
dimensão conceitual, atitudinal e procedimental.
A aprendizagem específica, atrelada a uma aprendizagem significativa e
ampliação das experiências dos alunos, permite a reflexão sobre o corpo, a sociedade,
a ética, a estética e as relações inter e intrapessoais a partir de temas atuais que se
expressam na realidade do aluno.
Tais elementos implicam, também, compreender a organização institucional
da cultura corporal em nossa sociedade; é necessário que a educação física escolar,
instrumentalize o aluno para uma apreciação crítica das informações que recebe, dos
meios de comunicação, sobre cultura corporal de movimento e outros temas
relacionados a esta área.

130
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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

A educação física escolar constituiu-se numa ação pedagógica que


proporciona aos alunos, nesta fase de escolaridade o aperfeiçoamento das
habilidades específicas e a aprendizagem de habilidades mais complexas, voltadas
para a aptidão física, bem como a prevenção de problemas posturais, respeitando
seus níveis de desenvolvimento, características e interesses.

131
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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

OBJETIVOS GERAIS DA ÁREA

- Participar das atividades corporais reconhecendo e respeitando as limitações


de si e dos outros, sem discriminar, seja por razões pessoais, sociais ou de gênero,
adotando comportamentos solidários, cooperativos, não-agressivos e evitando
atitudes de rivalidade em situações competitivas;
- Valorizar respeitando a pluralidade de manifestações de cultura corporal do
Brasil e do mundo, percebendo-as como recursos valiosos para integração entre
pessoas e diferentes grupos sociais;
- Reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos de
higiene, alimentar e atividades corporais e relacionando-os com os efeitos sobre sua
própria saúde e como instrumento de recuperação, manutenção e melhoria da saúde
coletiva;
- Solucionar problemas de ordem corporal em diferentes contextos, regulando e
dosando seu esforço a um nível compatível com suas possibilidades, considerando
que o aperfeiçoamento e o desenvolvimento das capacidades e habilidades corporais
decorrem de perseverança e regularidade e que devem ocorrer de modo saudável e
equilibrado;
- Conhecer a diversidade de padrões de saúde e estética corporal existente nos
diferentes grupos sociais, compreendendo sua inserção dentro da cultura em que são
produzidos, para analisar criticamente os padrões divulgados pela mídia, evitando o
consumismo e o preconceito;
- Desenvolver suas potencialidades atentando sempre para a preparação e
manutenção das capacidades e habilidades, bem como o aperfeiçoamento e toda a
fundamentação técnica e teórica dos diferentes esportes;
- Vivenciar, apreciar e acumular conhecimentos referentes à prática das
diversas modalidades esportivas, os quais sejam recursos para atender suas
necessidades de movimento, comunicação e expressão, organização do seu tempo
livre, promoção e manutenção da saúde;
- Contribuir para a apreciação crítica da cultura do movimento, a prática das
condutas corporais mais significativas de seu meio sociocultural e para a construção
de um estilo pessoal de exercê-las;
- Desenvolver os esportes jogos, lutas, ginástica como o melhor instrumento de
inclusão social, melhor divulgador de metas e comportamentos de promoção dos
educandos.

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CONTEÚDOS DE ENSINO

6º e 7º Ano

1 Conceitos e Procedimentos: Conhecimentos sobre o corpo


· Identificação das capacidades físicas básicas;
· Compreensão dos aspectos relacionados com a boa postura;
· Compreensão das relações entre as capacidades físicas e as práticas da
cultura corporal de movimento;
· Compreensão das técnicas de desenvolvimento e manutenção das
capacidades físicas básicas;
· Vivência de diferentes formas de desenvolvimento das capacidades físicas
básicas;
· Identificação das funções orgânicas relacionadas às atividades Motoras;
· Vivências corporais que ampliem a percepção do corpo sensível e do corpo
emotivo;
· Conhecimento dos efeitos que a atividade física exerce sobre o organismo e a
saúde;
· Compreensão dos mecanismos e fatores que facilitam a aprendizagem motora;
· Compreensão dos fatores fisiológicos que incidem sobre as características da
motricidade masculina e feminina.

2 Conceitos e Procedimentos: Esportes, Jogos, Lutas e Ginásticas.


· Compreensão dos aspectos histórico-sociais relacionados aos jogos, lutas, aos
esportes e as ginásticas;
· Participação em jogos, lutas, e esportes dentro do contexto escolar de forma
recreativa e competitiva;
· Vivência de jogos cooperativos;
· Desenvolvimento das capacidades físicas e habilidades motoras, por meio das
práticas da cultura corporal de movimento;
· Compreensão e vivência dos aspectos relacionados à repetição e a qualidade
do movimento na aprendizagem do gesto esportivo;
· Compreensão e vivência dos aspectos técnicos e táticos do esporte no contexto
escolar;
· Desenvolvimento da capacidade de adaptar espaços e materiais na criação de
jogos;

133
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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

· Desenvolvimento da capacidade de adaptar espaços e materiais para realizar


esportes simultâneos, envolvendo diferentes objetivos de aprendizagem;
· Vivência de esportes individuais e coletivos dentro de contextos participativos e
competitivos;
· Vivência de variados papéis assumidos no contexto esportivo (goleiro, defesa,
atacante, técnico, torcedor, juiz);
· Participação na organização de campeonatos, gincanas, excursões e
acampamentos dentro do contexto escolar;
· Compreensão das diferentes técnicas ginásticas relacionadas com diferentes
contextos histórico-culturais e com seus objetivos específicos;
· Compreensão e vivência dos aspectos de quantidade e qualidade relacionados
aos movimentos ginásticos;
. Compreensão de fatores fisiológicos que incidem sobre as características da
motricidade indígena e afro-descendente.

3 Conceitos e Procedimentos: Atividades Rítmicas e Expressivas


· Compreensão dos aspectos histórico-sociais das danças;
· Percepção do ritmo pessoal;
· Percepção do ritmo grupal;
· Desenvolvimento da noção espaço/tempo vinculada ao estímulo musical e ao
silêncio com relação a si mesmo e ao outro;
· Exploração de gestos e códigos de outros movimentos corporais não
abordados nos outros blocos;
· Compreensão do processo expressivo partindo do código individual de cada um
para o coletivo (mímicas individuais, representações de cenas do cotidiano em grupo,
danças individuais, pequenos desenhos coreográficos em grupo);
· Percepção dos limites corporais na vivência dos movimentos rítmicos e
expressivos;
· Predisposição a superar seus próprios limites nas vivências rítmicas e
expressivas;
· Vivências das danças folclóricas e regionais, compreendendo seus contextos
de manifestação (carnaval, escola de samba e seus integrantes, frevo, capoeira,
bumba-meu-boi etc.);
· Reconhecimento e apropriação dos princípios básicos para construção de
desenhos coreográficos e coreografias simples;
· Vivência da aplicação dos princípios básicos na construção de desenhos
coreográficos.

4 Atitudes: Conhecimento sobre o corpo; Esportes, Jogos, Lutas


e Ginásticas; Atividades Rítmicas e Expressivas.

134
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· Predisposição à cooperação e solidariedade (ajudar o outro, dar segurança,


contribuir com um ambiente favorável ao trabalho etc.);
· Predisposição ao diálogo (favorecer a troca de conhecimento, não sonegar
informações vitais ao desenvolvimento do outro, valorizar o diálogo na resolução de
conflitos, respeitar as opiniões dos outros);
· Valorização da cultura popular e nacional;
· Respeito a si e ao outro (próprios limites corporais, desempenho, interesse,
biotipo, gênero, classe social, habilidade, erro etc.);
· Valorização do desempenho esportivo de um modo geral, sem ufanismo ou
regionalismo;
· Predisposição em aplicar os conhecimentos técnicos e táticos;
· Valorização do próprio desempenho em situações competitivas desvinculadas
do resultado;
· Reconhecimento do desempenho do outro como subsídio para a própria
evolução, como parte do processo de aprendizagem (diálogo de competências);
· Disposição em adaptar regras, materiais e espaço visando inclusão do outro
(jogos,
ginásticas, esportes etc.);
· Valorização do estilo pessoal de cada um;
· Valorização da cultura corporal de movimento como instrumento de expressão
de afetos, sentimentos e emoções;
· Valorização da cultura corporal de movimento como possibilidade de obter
satisfação e prazer;
· Valorização da cultura corporal de movimento como linguagem, como forma de
comunicação e interação social;
· Respeito às diferenças e características, relacionadas ao gênero presente nas
práticas da cultura corporal de movimento;
. Compreensão e vivência dos movimentos rítmicos expressivos por meio dos
rituais dos indígenas e dos afro-descendentes.

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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

6º e 7º Ano
. Reconhecer e apropriar-se de alguns processos de aperfeiçoamento de
habilidades motoras próprias das situações relacionais;
. Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade na prática dos
jogos e dos esportes, buscando encaminhar os conflitos pelo diálogo;
. Reconhecer e valorizar as diferenças de desempenho, linguagem e
expressividade decorrentes, inclusive, das diferenças culturais, sociais e de gênero;
. Perceber e relacionar as noções conceituais de esforço, intensidade e
frequência por meio do planejamento e sistematização de suas práticas corporais;
. Organizar e participar dos esportes, lutas e danças dentro do tempo disponível,
bem como ter a capacidade de alterar ou interferir nas regras convencionais, com o
objetivo de torná-las mais adequadas ao momento do grupo, favorecendo a inclusão
dos praticantes;
. Conhecer e organizar espaços físicos, na comunidade, de forma autônoma e
reivindicando locais para prática de atividades corporais e de lazer, reconhecendo-as
como uma necessidade do ser humano e como um direito do cidadão;
Pesquisar esportes, jogos, brincadeiras, danças, expressões corporais praticados
pelos povos indígenas e afro-descendentes, assim como influências na prática da
Educação Física Ocidental.

136
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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS DE ENSINO

8º e 9º Ano
1 Conceitos e Procedimentos: Conhecimentos sobre o corpo.
. Identificação das capacidades físicas básicas como força, velocidade,
coordenação motora, flexibilidade, ritmo, equilíbrio etc.;
· Compreensão dos aspectos relacionados com a boa postura física e ambiental;
· Compreensão das relações entre as capacidades físicas e as práticas da
cultura corporal de movimento;
· Compreensão das técnicas de desenvolvimento e manutenção das
capacidades físicas básicas;
· Vivência de diferentes formas de desenvolvimento das capacidades físicas
básicas;
. Vivências corporais que ampliem as formas de desenvolvimento das
capacidades físicas básicas dos indígenas e dos afro-descendentes;
· Identificação das funções orgânicas relacionadas às atividades Motoras;
· Vivências corporais que ampliem a percepção do corpo sensível e do corpo
emotivo;
· Compreensão dos mecanismos e fatores que facilitam a aprendizagem motora;
· Conhecimento dos efeitos que a atividade física / corporal exerce sobre o
organismo e a saúde;
· Compreensão dos fatores fisiológicos que incidem sobre as características da
motricidade;
. Compreensão das funções orgânicas relacionadas às vivências dos indígenas e
dos afro-descendentes.

2 Conceitos e Procedimentos: Esportes, Jogos, Lutas e Ginásticas.


· Compreensão dos aspectos histórico-sociais relacionados aos jogos, lutas,
esportes e ginásticas;
· Participação em jogos, lutas e esportes dentro do contexto escolar de forma
recreativa e amadora;
· Participação em jogos, lutas, e esportes dentro do contexto escolar de forma
competitiva, não profissional;
· Vivência de jogos cooperativos;
· Desenvolvimento das capacidades físicas e habilidades motoras por meio das
práticas da cultura corporal de movimento;

137
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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

· Compreensão e vivência dos aspectos relacionados à repetição e a qualidade


do movimento na aprendizagem do gesto esportivo;
· Aquisição e aperfeiçoamento de habilidades específicas a jogos, esportes,
lutas e ginásticas;
· Compreensão e vivência dos aspectos técnicos e táticos do esporte no contexto
escolar;
· Desenvolvimento da capacidade de adaptar espaços e materiais na criação de
jogos, realização de esportes simultâneos, envolvendo diferentes objetivos de
aprendizagem;
· Vivência de esportes individuais e coletivos dentro de contextos participativos e
competitivos;
· Vivência de variados papéis assumidos no contexto esportivo (goleiro, defesa,
atacante, técnico, torcedor, organizador, juiz);
· Participação na organização de campeonatos, gincanas, festivais, jogos dentro
do contexto escolar;
· Compreensão das diferentes técnicas ginásticas relacionadas com diferentes
contextos histórico-culturais e com seus objetivos específicos;
· Compreensão e vivência dos aspectos de quantidade e qualidade relacionados
aos movimentos ginásticos.

3 Conceitos e Procedimentos: Atividades Rítmicas e Expressivas.


· Compreensão dos aspectos histórico-sociais das danças;
· Percepção do ritmo pessoal e em grupo;
· Desenvolvimento da noção espaço/tempo vinculada ao estímulo musical e ao
silêncio com relação a si mesmo e ao outro;
· Compreensão do processo expressivo partindo do código individual de cada um
para o coletivo (mímicas individuais, representações de cenas do cotidiano em grupo,
danças individuais, pequenos desenhos coreográficos em grupo);
· Percepção dos limites corporais na vivência dos movimentos rítmicos e
expressivos;
· Predisposição a superar seus próprios limites nas vivências rítmicas e
expressivas;
· Vivências das danças folclóricas e regionais, compreendendo seus contextos
de manifestação (ciranda, “quadrilha”, frevo, carimbo, boi-bumbá, danças indígenas e
afro-descendentes etc.);
· Reconhecimento e apropriação dos princípios básicos para construção de
desenhos coreográficos e coreografias simples;
· Vivência da aplicação dos princípios básicos na construção de desenhos
coreográficos;
· Vivência das manifestações das danças urbanas mais emergentes e
compreensão do seu contexto originário;
· Vivência das danças populares regionais, nacionais e internacionais e
compreensão do contexto sociocultural onde se desenvolvem.

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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

4 Atitudes: Conhecimento sobre o Corpo; Esportes, Jogos, Lutas


e Ginásticas; Atividades Rítmicas e Expressivas.
· Predisposição a cooperação e solidariedade (ajudar o outro, dar segurança,
contribuir com um ambiente favorável ao trabalho, lazer, família etc.);
· Predisposição ao diálogo (favorecer a troca de conhecimento, não evitar
informações indispensáveis ao desenvolvimento do colega, valorizar o diálogo na
resolução de conflitos, respeitar a opinião do outro);
· Valorização da cultura regional e nacional;
· Predisposição para a busca de conhecimento das diversidades de padrões,
atitude crítica aos padrões impostos, do reconhecimento a outros padrões pertinentes
a diferentes contextos;
· Respeito mútuo (próprios limites corporais, desempenho, interesse, biótipo,
gênero, classe social, habilidade, erro etc.);
· Valorização do desempenho esportivo de um modo geral, sem sentimento
nacionalista ou regionalista exagerado;
· Predisposição para a troca de experiências (experimentar situações novas ou
que envolvam novas aprendizagens);
· Predisposição para criar uma cultura de práticas corporais sistemáticas
(exercícios técnicos, manutenção e melhoria das capacidades físicas etc.);
· Predisposição para lidar com o fair-play (jogo limpo - aceitando a disputa como
um elemento da competição e não como uma atitude de rivalidade frente aos
oponentes);
· Predisposição em aplicar os conhecimentos técnicos e táticos nos jogos,
esportes e lutas;
· Valorização do próprio desempenho em situações competitivas desvinculadas
do resultado (reconhecer seus limites e possibilidades ignorando o resultado positivo);
· Reconhecimento do desempenho do outro como subsídio para a própria
evolução, como parte do processo de aprendizagem (interação de competências –
habilidades e capacidades);
· Disposição em adaptar regras, materiais didáticos e espaço visando inclusão
de seus colegas (jogos, ginásticas, esportes etc.);
· Disposição para aplicar os conhecimentos adquiridos e os recursos disponíveis
na criação e adaptação de jogos, danças e brincadeiras, otimizando o tempo
disponível para o lazer;
· Valorização da cultura corporal de movimento como parte do patrimônio cultural
da comunidade, do grupo social e da nação;
· Valorização do estilo pessoal de cada um;
· Valorização da cultura corporal de movimento como instrumento de expressão
de afetos, sentimentos e emoções;

139
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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Construir uma bússola utilizando materiais caseiros e um imã para imantar uma
agulha;
. Enumerar as principais diferenças entre eletricidade estática e dinâmica;
. Explicar a passagem de carga elétrica de um corpo para outro através de
experimento;
. Diferenciar os bons e maus condutores de eletricidade;
. Respeitar a diversidade de valores crenças e comportamentos relativos à
sexualidade;
. Reconhecer e respeitar as diferentes formas de atração sexual e o seu direito de
expressão, garantida a dignidade do ser humano.

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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

8º e 9º Ano
. Aquisição e aperfeiçoamento de habilidades específicas a jogos, esportes, lutas
e ginásticas;
. Vivência das manifestações das danças urbanas mais emergentes e
compreensão do seu contexto originário;
. Predisposição para a busca do conhecimento, da diversidade de padrões, da
atitude crítica em relação a padrões impostos, do reconhecimento a outros padrões
pertinentes a diferentes contextos;
. Predisposição para experimentar situações novas ou que envolvam novas
aprendizagens;
· Predisposição para cultivar algumas práticas sistemáticas (exercícios técnicos,
de manutenção das capacidades físicas etc.);
· Aceitação da disputa como um elemento da competição e não como uma atitude
de rivalidade frente aos demais;
. Disposição para aplicar os conhecimentos adquiridos e os recursos disponíveis
na criação e adaptação de jogos, danças e brincadeiras, otimizando o tempo disponível
para o lazer;
· Valorização da cultura corporal de movimento como parte do patrimônio cultural
da comunidade, do grupo social e da nação;
. Analisar alguns dos padrões de beleza e saúde compreendendo sua inserção no
contexto sociocultural em que são produzidos, despertando para o senso crítico;
. Identificar, explicar e demonstrar corporalmente brincadeiras, esporte, danças,
lutas e ginásticas vivenciadas no contexto da comunidade;

. Buscar a participação de todos independentemente de gênero, sexualidade,


raça, etnias ou biótipo;
. Analisar e comentar em diversas situações o desempenho do participante,
compreendendo-o como das características pessoais e da diversidade da prática;
. Respeitar o direito de expressão dos colegas aceitando diferentes graus de
participação;
. Reconhecer as atividades as atividades que ocorrem em outros grupos culturais
e vivenciá-los;
. Reconhecer a intencionalidade das praticas esportivas publicas e do terceiro
setor;
. Perceber os limites corporais nas vivencias dos movimentos rítmicos das danças
afro-descendentes e indígenas.

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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA
A aprendizagem de uma língua estrangeira é direito que todo cidadão tem
garantido por lei. A integração cada vez maior entre as nações em todos os níveis faz
com que essa disciplina tenha um papel fundamental na formação pessoal e
profissional do homem, uma vez que o conhecimento de uma segunda língua é
ferramenta essencial para que o mesmo possa ter acesso a todas as informações
disponíveis e outras oportunidades no mercado de trabalho.
Ainda que o foco de quem estuda uma língua estrangeira seja uma melhor
qualificação profissional, o estudo dessa língua proporciona a seu aprendiz o
conhecimento de uma cultura diferente da sua que consequentemente altera o modo
como vê a sua própria cultura. O contraste de estruturas léxico-gramaticais entre a
língua-alvo e a língua materna permite um maior entendimento da segunda. Assim,
podemos dizer que ao adquirir uma nova língua e cultura, o estudante adquire mais
conhecimento sobre si mesmo e a sociedade da qual faz parte.
Ao longo dos registros históricos é possível notar que o país com maior
influência política e econômica tem em sua língua seu maior símbolo de hegemonia,
direcionando as outras nações a utilizarem-na como língua-franca nas comunicações
internacionais. Podemos concluir a partir deste fato que a escola deve atender a essa
demanda oferecendo o ensino dessa língua como componente curricular de sua
grade.
Atualmente, de acordo com os PCNs, a leitura “é a habilidade que o aluno
pode usar em seu contexto social imediato” (PCN: Língua Estrangeira, p. 20, 2001),
pois os concursos formais como vestibular, cursos de pós-graduação e admissão a
cargos públicos (Salvo em situações específicas) verificam a capacidade de ler e
interpretar textos em língua estrangeira. Assim, o ensino dessa disciplina deve estar
direcionado para esta demanda. Entretanto, a aprendizagem das outras habilidades
(Compreensão oral e produção oral e escrita) não está vetada desde que o seu
desenvolvimento esteja contextualizado com a realidade e necessidades do local e
desde que haja recursos para tal.
A posição do Brasil nos quadros econômico e político mundial nos últimos
anos desperta o interesse de outros países em um maior intercâmbio de informações.
Esse fato é comprovado a partir do momento que o Brasil passou a sediar encontros
importantes em diversos segmentos, especialmente os segmentos ambiental,

142
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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

comercial e esportivo. Em consequência, a busca por profissionais aptos a


comunicarem-se em língua estrangeira aumentou consideravelmente o que justifica
dar ao ensino de línguas uma abordagem mais dinâmica e moderna, diversificando a
aprendizagem de ao menos duas habilidades.
Além da escolha da habilidade que será trabalhada em sala de aula, é
importante observar que esta disciplina deve permitir ao aluno um engajamento
discursivo sólido e que seja capaz de realizar uma leitura crítica do mundo e seus
valores. A inclusão de temas sociais contemporâneos ao conteúdo de ensino deve levar
em consideração a abordagem de assuntos que afetem o aluno diretamente como a
questão da segurança pública, da prevenção de doenças e a postura do homem como
agente da sociedade ao seu redor.
A proposta curricular que segue tem por intuito a integração dos diferentes
pensamentos a cerca do ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras, trazendo uma
abordagem mais comunicativa em seus primeiros anos e dando um foco maior para a
leitura instrumental nos anos seguintes, sempre respeitando os recursos disponíveis e
a capacidade do professor de combinar os itens programáticos com o princípio da
interdisciplinaridade e da transversalidade que ajudam a promover o aluno como um
cidadão ciente das suas responsabilidades e de seu papel no desenvolvimento de uma
sociedade mais igualitária.

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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

OBJETIVOS GERAIS DA ÁREA

- Identificar no universo que o cerca as línguas estrangeiras que cooperam nos


sistemas de comunicação, percebendo-se como parte integrante de um mundo
plurilíngüe;
- Vivenciar uma experiência de comunicação humana, refletindo no seu dia a
dia, nos costumes e maneira de agir e interagir;
- Reconhecer que o acesso desta língua ou mais línguas lhe possibilita acesso a bens
culturais da humanidade;
- Construir conhecimento sistêmico sobre a organização textual e sobre como e
quando utilizar a linguagem, nas situações de comunicação, tendo como base os
conhecimentos da língua materna;
- Construir consciência linguística e consciência crítica dos usos que se fazem
da língua estrangeira que está aprendendo;
- Utilizar as habilidades comunicativas de modo a poder atuar em situações
diversas do cotidiano do aluno;
- Ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer, utilizando-a como
meio de acesso ao mundo do trabalho e dos estudos avançados;
- Proporcionar reflexão sobre a realidade política, econômica, e social de outros
países. A aula de língua estrangeira pode ampliar o conhecimento de mundo do aluno,
não só no que diz respeito à informação, mas também a sua formação como cidadão.

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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS DE ENSINO

6º Ano

Tópicos Gramaticais Vocabulário


1) Uso do verbo “Be” nas formas: - Uso de expressões de
afirmativa; negativa e interrogativa; apresentação ('My name is...'; 'Nice
to meet you') e cordialidade (Thank
-Pronomes pessoais: I; You; He; you);
She...
- Países e nacionalidades.

2) WH – Questions: What; Who; - Informações pessoais (Name,


When; Where; birthday, sign, favorite food…);

- Possessivos: My; Your; His; Her… - Números cardinais de 1 a 100.

3) Alfabeto; - Profissões (Teacher; policeman;


bus driver etc.).
- Uso dos artigos 'A' e 'An'.

4) Pronomes demonstrativos:
This;That; These e Those nas - Objetos da sala de aula (Book,
formas afirmativa, negativa e notebook, pencil, eraser etc.)
interrogativa;

Uso das preposições de lugar: in;


on; at.

5) There to be' (presente) nas Lugares e estabelecimentos


formas afirmativa, negativa e comuns (School; drugstore;
interrogativa; supermarket etc.).

Uso das preposições de lugar:


beside; behind; between; across
from; on the corner of etc.

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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

7º Ano
Tópicos Gramaticais Vocabulário
1) Presente simples dos verbos nas - Preferências (Like / Don't like);
formas afirmativa e negativa (1ª e 2ª
pessoas. - Alimentos diversos (Pizza; cake;
ice-cream etc.).

2) Presente simples dos verbos nas -Atividades do dia a dia;


formas afirmativa e negativa (3ª
pessoa do singular). - Dias da semana.

3) Presente simples dos verbos na


forma interrogativa: uso do auxiliar
'Do' e 'Does'.

4) Uso dos advérbios de frequencia: - Expressões relacionadas às horas


always; sometimes; hardly ever e (What time is it?; - a quarter to four
never. etc.).

5) Plural dos substantivos; - Outros tipos de alimentos (Frutas,


verduras e bebidas).
- Uso de 'some/any'.

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PROPOSTA CURRICULAR DE 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

6º e 7º Ano

. Compreender a importância da Língua Inglesa como língua universal;


. Estabelecer relação entre a língua inglesa, africana e indígena tendo como
base a Língua Portuguesa;
. Conhecer as influências que a Língua Portuguesa sofreu de outras línguas,
utilizando vocábulos e expressões idiomáticas que possuem origem inglesa, africana e
indígena;
. Dominar um vocabulário básico que permita que os alunos desenvolvam um
bom desempenho na comunicação;
. Expressar com ritmo e entonação corretos as saudações e cumprimentos
básicos da língua inglesa;
. Demonstrar corretamente pessoas e objetos de acordo com a distância;
. Identificar e fazer localização de objetos de sala de aula;
. Descrever o bairro onde mora;
. Falar das suas preferências quer seja escrita ou falada;
. Conhecer atividades diárias relacionando a questão de tempo;
. Conhecer estruturas básicas da língua estrangeira, visando a sua importância
no contexto atual;
. Comparar a estrutura gramatical da língua inglesa com determinadas línguas
africanas e indígenas, tendo como base os conhecimentos da língua materna.

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CONTEÚDOS DE ENSINO

8º Ano
Tópicos Gramaticais Vocabulário
1) Presente contínuo dos verbos - Vestuário (T-shirt; pants; skirt,
nas formas afirmativa, negativa e etc.);
interrogativa;
- Cores (Blue; green; yellow, etc.);
- Uso dos adjetivos (Tall; short; fast;
expensive etc.). - Meios de transporte (Car; bycicle;
airplane etc.).

- Os meses do ano;
2) Passado simples dos verbos
regulares e irregulares na forma
- Expressões de tempo passado
afirmativa.
(Yesterday; last week etc.).

3) Passado simples dos verbos - Atividades relacionadas a lazer


regulares e irregulares nas formas (Traveling; going to the movies; go
negativa e interrogativa. out with friends etc.).

4) Uso do verbo modal 'Can/Can't'; - Habilidades diversas (Dance; sing;


play an instrument etc.);
- Uso dos verbos modais 'Could' e
'Should'; - Estilo de vida saudável
(Meditation; Jogging; Physical
- Uso de 'Why' e 'because'. activities etc.);

Dar conselhos.

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9º Ano

Tópicos Compreensão Produção


Vocabulário
Gramaticais Escrita Escrita

1) Uso do 'Be -Lugares ao - Textos - Redação


going to' nas redor do mundo; descritivos sobre simples sobre o
formas -Atividades de pontos turísticos que fazer nas
afirmativa, recreação (read a locais e em próximas férias.
negativa e book; play outros países
interrogativa. soccer; go to the
movies etc.).

2) Uso do verbo - Comparação do - Textos sobre - Criação de um


modal 'Will' nas uso do 'Be going previsões do plano de ações
formas to' e 'Will'. futuro do planeta futuras (Para o
afirmativa, (Ambiental, bairro, cidade
negativa e tecnológico etc.). etc.).
interrogativa.

3) Uso de 'Would - Expressões de - Pequenos - Redação de


like' nas formas cordialidade textos com dicas pequenos
afirmativa (Would you like to de etiqueta; convites formais
negativa dance?; I e informais.
- Exemplos de
convites formais
e informais.

4) Comparação - Exemplos de - Textos com - Redação sobre


entre os tipos de dicas de seus pratos
substantivos alimentos alimentação favoritos;
contáveis e não- contáveis e não- saudável;
contáveis; contáveis; - Produção de
- Receitas de receitas.
- Uso de - Tipos de pratos típicos de
expressões recipientes (Bowl; outras regiões.
quantitativas bottle; can).
como 'How
much/many',
'Few/a few' etc.

5) Graus dos - Vocabulário - Textos - Registros de


adjetivos: relacionado a comparativos 'recordes' entre
comparativo e clima; relacionados ao os alunos;
superlativo. clima, veículos
- Adjetivos etc.; - Elaboração de
diversos comparações
- Textos sobre entre cidades
recordes diferentes ou
mundiais. produtos
diversos.

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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

8º e 9º anos
. Usar os adjetivos e seus diferentes graus para comparar meios de transporte,
vestuário etc.;
. Compreender o uso do passado simples dos verbos regulares e irregulares em
inglês para descrever eventos diversos e relacioná-los a situações atuais;
. Descrever diferentes habilidades apresentadas em sala de aula (Cantar,
desenhar, tocar um instrumento musical etc.);
. Utilizar expressões que permitam ao aluno compreender conselhos em inglês;
. Reconhecer gêneros textuais dentro da língua-alvo e compará-los às estruturas
textuais da língua materna;
. Compreender e produzir textos na língua-alvo a partir dos modelos
apresentados;
. Desenvolver a prática da comunicação escrita como ferramenta de interação
social;
. Discutir os diferentes temas abordados nos textos de modo a despertar um
futuro engajamento discursivo.

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ACC–ATIVIDADE CURRICULAR COMPLEMENTAR

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA
Sabe-se que, durante muito tempo, o homem foi visto e estudado a partir de
um prisma que o colocava dotado de uma única inteligência geral que poderia ser
medida e quantificada. Posteriormente, com as pesquisas e estudos admite-se que o
ser humano é dotado de diversas potencialidades que podem ser desenvolvidas e
estimuladas.
Howard Gardner (1983), psicólogo da Universidade de Harvard, pós-
piagetiano, propôs em sua teoria a multiplicidade do intelecto humano, ou seja,
constructos científicos potencialmente úteis, relativamente autônomos entre si,
chamadas de inteligências múltiplas: linguística, musical, lógico-matemática, espacial,
corporal-cinestésica, naturalista, existencial, pictórica, intrapessoal e interpessoal,
entre outras.
A partir dessa perspectiva, a estrutura curricular do Ensino Fundamental
para os anos finais sugere na Parte Diversificada a ACC, que tem como amparo legal a
Resolução 09/2009 - CME de 17 de dezembro de 2009. A sua origem vem da
necessidade de proporcionar aos estudantes uma alternativa educativa aos que não
optarem em cursar o componente curricular Ensino Religioso.
O componente curricular ACC – Atividade Curricular Complementar, se
constitui em atividades com a finalidade de enriquecer a formação do aluno por meio
de diferentes atividades educacionais divididas em oito eixos temáticos, contribuindo
assim, para potencializar o aprendizado do aluno, desenvolver competências e
promover a qualidade da educação. Cada escola selecionará um mínimo de quatro
atividades, visando oportunizar aos alunos a vivência de diferentes conhecimentos. Os
eixos são: Meio Ambiente, Prevenção e Promoção da Saúde, Esporte e Lazer, Cultura
e lazer, Inclusão digital, Educomunicação, Educação científica, Educação Econômica.
Assim, a ACC busca estimular as múltiplas potencialidades que os alunos
possuem, valorizando as inúmeras capacidades de ordem cognitiva, física, afetiva,
relacionamento inter e intrapessoal, ética e estética, apontando desta forma uma
formação ampla e dinâmica.

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OBJETIVOS GERAIS DA ÁREA

Qualificar o processo educativo, contribuindo para melhorar o aprendizado do


aluno;

Oportunizar aos alunos o desenvolvimento das competências linguística,


musical, lógico-matemática, espacial, corporal-cinestésica, naturalista, existencial,
pictórica, intrapessoal e interpessoal.

CONTEÚDOS DE ENSINO

1 Meio Ambiente
Ementa: Desenvolvimento de ações e processos estruturantes de educação
ambiental, numa perspectiva sistêmica e integrada, abrangendo: o planejamento
interdisciplinar; a inserção qualificada de temas socioambientais no currículo e de
ações educadoras integradas no projeto pedagógico da escola; o fortalecimento do
diálogo escola/comunidade.

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

Sensibilizar os estudantes para a importância do combate a práticas


relacionadas ao desperdício, à degradação e ao consumismo, visando à melhoria do
meio ambiente e da qualidade de vida;
. Estimular a incorporação, a percepção e a valorização da dimensão educativa a
partir do meio ambiente;
. Favorecer as aprendizagens múltiplas e significativas a partir da implantação da
horta como espaço educador sustentável.

Atividades

1.Horta escolar e/ou comunitária

2 Prevenção e Promoção da Saúde:


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Ementa: Promoção de uma cultura de prevenção e promoção à saúde no espaço


escolar reforçando a prevenção de agravos à saúde e vulnerabilidades, bem como a
relação entre as redes públicas de educação e de saúde.

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

. Conhecer os princípios básicos da alimentação saudável;


. Desenvolver hábitos de higiene bucal ;
. Ampliar o conhecimento entre os alunos sobre a saúde reprodutiva e prevenção
às doenças sexualmente transmissíveis;
. Sensibilizar os alunos para as ameaças que envolvem o uso das drogas lícitas e
ilícitas;
. Promover a cultura de paz a partir do debate sobre as várias formas de
violências e acidentes;
. Sensibilizar a comunidade discente de sua responsabilidade na prevenção e
combate das doenças que atingem o cenário regional.
Atividades
1. Alimentação saudável;
2. Saúde bucal;
3. Educação para a saúde sexual, Saúde reprodutiva e prevenção das
DSTs/AIDS;
4. Prevenção ao uso de álcool, tabaco e outras drogas ;
5. Promoção da cultura de paz e prevenção das violências e acidentes;
6. Prevenção em saúde a partir do estudo dos principais problemas da região:
dengue, febre amarela, malária, hanseníase etc.
3 Esporte e Lazer

Ementa: Atividades esportivas baseadas em práticas corporais e lúdicas através da


participação e construção pelos próprios sujeitos envolvidos, estimulando o
desenvolvimento físico, cognitivo e motor dos alunos.

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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

. Conhecer os fundamentos básicos da prática esportiva do tênis de mesa, a fim


de desenvolver habilidades técnicas e estratégicas, bem como o raciocínio lógico, o
respeito as regras, a socialização e a criatividade;
. Conhecer os fundamentos básicos da prática esportiva do xadrez tradicional, a
fim de desenvolver a capacidade intelectual e de raciocínio lógico, promovendo a
observação, a reflexão, a análise de problemas e busca de soluções, a socialização, a
inclusão e a melhoria do desempenho escolar;
. Conhecer os fundamentos básicos da prática esportiva do xadrez virtual, a fim
de desenvolver a capacidade intelectual, o raciocínio lógico, a observação, a reflexão,
a análise de problemas, a busca de soluções, a interação dos alunos com a informática
e inclusão digital.

Atividades

1. Tênis de mesa;
2. Xadrez Tradicional;
3. Xadrez Virtual.

4 Cultura e Lazer

Ementa:
- Estudo de obras artísticas culturais e incentivo à leitura; conhecimento de atividades
de arte na educação tais como: artes cênicas, musicais e visuais considerando a
cultura clássica e cultura popular, partindo do conceito de multiculturalismo.
- Desenvolvimento do gosto pela música como instrumento para o desenvolvimento
integral e como prática socializadora. Familiarização com instrumentos, ritmos e
arranjos musicais.
- Danças coletivas (regionais, clássicas e modernas) que permitam apropriação de
espaços e ritmos e possibilidades de subjetivação dos alunos. Estudo teórico e prático
da linguagem pictórica.
- Desenvolvimento intelectual por meio do ato de criação, emocional, social,
perceptivo, físico, estético e criador tendo como mote a pintura, o desenho e o grafite.
- Utilização de técnicas tradicionais, contemporâneas e experimentais das formas de
pintura.
- Valorização das expressões culturais juvenis como expressões de cidadania,
identidade e enraizamento local/global, entre elas o “hip hop”.

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- Promoção por meio dos jogos teatrais de processos de socialização, de criatividade


realçando o processo histórico e os valores humanos.
- Abordagem do grafite como representação gráfica.
- Diferenciação de pichação e grafite. Introduzir as produções atuais em grafite. Visão
das principais práticas relacionadas ao desenho.
- A utilização da música – percussão como elemento de desenvolvimento cultural,
social, intelectual, afetivo e emocional dos alunos, recriando as dimensões humanas,
estéticas, éticas, sociais usando como elementos formativos a fabricação de
instrumentos a partir de sucatas e o ensino da percussão.
- Incentivo a pratica da capoeira, enfatizando os seus aspectos culturais, físicos,
éticos, estéticos e sociais, a origem e evolução da capoeira, seu histórico,
fundamentos, rituais, músicas, cânticos, instrumentos, jogo e roda e seus mestres.

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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

. Incentivar o hábito da leitura a partir das fontes populares – fábulas, poesia,


prosa entre outros;
. Contribuir para formação integral dos alunos, usando os instrumentos musicais
como meio de inserção a iniciação musical;
. Familiarizar o aluno com a música, usando o recurso vocal como elemento
facilitador e integrador do aluno no universo musical;
. Oportunizar aos alunos manifestações culturais que os façam perceber a
presença da diversidade cultural na formação da sociedade brasileira, e sua influencia
nas diversas formas expressão artística;
. Proporcionar ao aluno a oportunidade de utilizar as diversas formas de
comunicação. Usando a linguagem corporal como meio de se apropriar das diferentes
manifestações culturais (regionais, clássicas e modernas);
. Promover por meio do teatro o desenvolvimento da capacidade de
comunicação oral e escrita, levando o aluno a exercitar a sua liberdade de expressão e
autonomia;
. Utilizar a linguagem pictórica como forma integrante da formação cultural e
intelectual do aluno, ampliando sua sensibilidade, criatividade e sua percepção
estética;
. Usar a arte de grafitar como forma de expressão artística, levando o aluno a
exercitar sua cidadania e perceber a diferença entre a arte do grafite e a pichação;
. Proporcionar ao aluno o acesso aos diferentes materiais utilizados no desenho
e reconhecer a sua relação, função e contribuição no desenvolvimento da
humanidade;
. Utilizar a produção de instrumentos musicais de percussão a partir de sucatas
ou de outros materiais, de forma que a música possa contribuir para o desenvolvimento
integral e contextualizado do aluno;
. Incentivar à prática da capoeira como motivação para desenvolvimento cultural,
social, intelectual, afetivo e emocional de crianças e adolescentes.
Atividades
1. Hora da Leitura;
2. Banda Fanfarra;
3. Canto coral;
4. Hip Hop;
5. Dança;
6. Teatro;

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7. Pintura;
8. Grafite;
9. Desenho;
10. Percussão;
11. Capoeira.

5 Inclusão Digital

. Desdobramentos da Guerra Fria no globo.


Ementa: Utilização do microcomputador e de redes nas atividades educativas.
Noções Básicas de Informática. Fornecimento de conceitos básicos de informática,
familiarizando os educandos com o equipamento e os termos técnicos. Utilização do
computador e da informática nas atividades escolares realçando as possibilidades de
aprendizagem possibilitadas pela inclusão digital.

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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

. Fornecer elementos teóricos e práticos de computação para apresentar o


histórico, a estrutura física e os programas de computador, promovendo competências
básicas de informática, visando o desenvolvimento da autonomia do aluno na
utilização eficiente do computador nas suas tarefas cotidianas e principalmente no
processo ensino e aprendizagem;
. Oferecer capacitação a alunos que já tenham noções de informática básica no
uso da tecnologia avançada em informática visando a comunicação globalizada,
complementada por formação para o exercício pleno da cidadania, desenvolvimento
pessoal.

Atividades
1. Informática Básica;
2. Informática Avançada.

6 Educomunicação
Ementa: Criação de “ecossistemas comunicativos” nos espaços educativos, que
cuidem da saúde e do bom fluxo das relações entre as pessoas e os grupos humanos,
bem como do acesso de todos ao uso adequado das tecnologias da informação.

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

. Utilizar os recursos dos laboratórios de ciências e matemática para estimular o


interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da
capacidade para resolver problemas;
. Utilizar os conhecimentos construídos nos espaços educativos nos processos
de pesquisa, criando metodologias e formulações diferenciadas.

Atividades
1. Laboratório de Ciências e Matemática;
2. Projetos Científicos (PCE);
3. Robótica.

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8 Educação Econômica
Ementa: Atividades baseadas em experiências que motivem o exercício do
empreendedorismo para o consumo consciente, responsável e sustentável dos
recursos naturais e materiais que promovam a participação no funcionamento e no
aperfeiçoamento dos instrumentos e mecanismos de controles sociais e fiscais.

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

Despertar no aluno o espírito empreendedor, potencializando aspectos


cognitivos, emocionais e comportamentais, para uma postura ativa diante da vida e da
carreira profissional;
. Vivenciar experiências que motivem o exercício do empreendedorismo, para o
consumo consciente, responsável e sustentável dos recursos naturais e materiais;
. Conhecer os direitos e deveres do cidadão, reconhecendo que o tributo é a
contribuição de todos para a construção de uma sociedade mais justa, o que só será
possível com o controle popular do gasto público;
. Propiciar às crianças e adolescentes um processo ativo de construção de
conhecimento através da valorização e da reinterpretação dos bens culturais
comunitários.
Atividades
1. Empreendedorismo;
2. Educação Fiscal;
3. Educação Patrimonial.

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Para a organização das turmas o gestor deve fazer o levantamento da


demanda e organizar as turmas de acordo com os projetos que a escola desenvolve,
priorizando as ações referentes aos projetos de Leitura e de Educação Científica. No
caso de não haver nenhum projeto sendo desenvolvido na escola, deverá ser feito um
levantamento da realidade na qual os estudantes estão inseridos, para então, em
comum acordo entre os docentes e discentes ser escolhido um dos eixos temáticos
sugeridos. Cabe á escola definir os conteúdos e os projetos que serão trabalhados.
Através do trabalho com projetos temáticos, os conteúdos passam a ser
abordados de forma contextualizada, tornando possível assim, que sejam
consideradas as diferentes formas de aprender dos estudantes.
Cada aluno participará de uma atividade por ano. É importante que, no
decorrer das atividades, o professor observe o desempenho dos estudantes, com o
objetivo de verificar as dificuldades que se apresentem. Essa ação tornará possível
intervir nas situações em que os estudantes não consigam avançar, ficando a cargo do
professor, proceder a troca por uma atividade que melhor se ajuste ao seu perfil.
Busca-se com a ACC, possibilitar o desenvolvimento dos alunos em
múltiplas áreas do conhecimento, não se limitando a uma ou outra competência
privilegiada nos diferentes contextos (linguística, pictórica, lógico-matemática, musical
etc.). Nessa perspectiva, pretende-se romper com a fragmentação que existe entre as
diversas áreas do conhecimento, possibilitando assim, a integração dos componentes
curriculares e dos diferentes saberes das várias áreas do conhecimento. Desse modo,
a opção em trabalhar de forma integrada, deve envolver todos os participantes do
processo de ensino e aprendizagem favorecendo, assim, um trabalho interdisciplinar.
O aluno, ao se deparar com as relações entre as diferentes disciplinas,
procurará buscar novos conhecimentos sobre um tema, problema ou questão, pois
agora o projeto apresenta perspectivas múltiplas, fazendo com que todas as
disciplinas contribuam para uma aprendizagem significativa.
Sugestões de atividades que podem ser desenvolvidas no componente
curricular ACC – Atividades Curriculares Complementares:

· Seminário;
· Palestras;
· Workshop;
· Semana de estudos;
· Visita à feiras relacionadas ao eixo temático em estudo.

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AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser compreendida como parte integrante do processo ensino-


aprendizagem e envolve no contexto educacional uma perspectiva de antecipação e
intervenção na prática pedagógica com o objetivo de torná-la eficaz e transformadora.
Nesse sentido a avaliação escolar possui um caráter prognóstico, sendo um
meio de fornecer informações sobre o processo ensino-aprendizagem tanto para o
professor conhecer e identificar os resultados de seu trabalho, como para o aluno
verificar seu próprio desempenho.
Segundo Luckesi (1992) o ato de avaliar como atividade constituinte da ação educativa
compreende três passos básicos:
. Conhecer o nível de desempenho do aluno;
. Verificar o nível de integração com os conhecimentos considerados importantes
no processo educativo;
. Projetar finalidades: buscar decisões que possibilitem atingir os resultados
esperados.
. Portanto, a avaliação possibilita ao professor um olhar progressivo e frequente da
aprendizagem dos alunos, dando clareza quanto a seleção de conteúdos, a
identificação das estratégias e materiais apropriados, assegurando assim um
planejamento mais adequado às dificuldades e avanços dos alunos durante o
processo de escolarização. É importante ressaltar, que no desenvolvimento das
Atividades Curriculares Complementares a avaliação assume um papel fundamental,
sendo necessário, portanto, que o professor ao iniciar as atividades, faça uma
avaliação diagnóstica com o objetivo de verificar o desempenho dos alunos na sua
realização.
. Nesse sentido, o papel da avaliação segue a perspectiva investigativa, onde,
naturalmente, confere ao professor uma postura de permanente indagação perante
seus propósitos no trabalho com a metodologia de projeto a partir dos instrumentos
que seguem abaixo:
. Auto-Avaliação: análise individual e coletiva sobre as ações;
. Diário Escolar: usado para o professor registrar avanços e dificuldades no
processo de construção do conhecimento do aluno;
. Discussão coletiva: permite a socialização de saberes e o confronto de ideias.
Neste ponto do processo devemos ainda observar algumas capacidades:
. Grau de responsabilidade: atendimento aos prazos e regras consensuais;
. Atitudes diante do diálogo: capacidade de trocar e produzir em grupo;

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. Autonomia: capacidade de enfrentar e solucionar problemas;


. Conceitos aprendidos: avanços individuais e coletivos no processo de
aprendizagem.

Para a avaliação das ACCs o professor deverá realizar registros do


desempenho dos alunos no desenvolvimento das competências, de acordo com o eixo
temático. Esses registros serão traduzidos em notas de 5 (cinco) a 10 (dez). Ressalta-
se que, a exemplo do componente curricular Ensino Religioso, que não retém o aluno,
da mesma forma se dará como componente curricular ACC.

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TEMAS SOCIAIS CONTEMPORÂNEOS

A transversalidade pressupõe um tratamento integrado das áreas e um


compromisso com as relações interpessoais no âmbito da escola, pois os valores que
se quer transmitir, os experimentados na vivência escolar e a coerência entre eles
devem ser claros para desenvolver a capacidade dos alunos de intervir na realidade e
transformá-la, tendo essa capacidade relação direta com o acesso ao conhecimento
acumulado pela humanidade.
São debatidos em diferentes espaços sociais, em busca de soluções e de
alternativas, confrontando posicionamentos diversos tanto em relação à intervenção
no âmbito social mais amplo quanto à atuação pessoal. São questões urgentes que
interrogam sobre a vida humana, sobre a realidade que está sendo construída e que
demandam transformações e também mudanças de atitudes, exigindo, portanto,
ensino e aprendizagem de conteúdos relativos a essas duas dimensões.

OBJETIVO GERAL

Ao lado do conhecimento de fatos e situações marcantes da realidade


brasileira, de informações e práticas que lhe possibilitem participar ativa e
construtivamente dessa sociedade, os objetivos do ensino fundamental apontam a
necessidade de que alunos se tornem capazes de eleger critérios de ação pautados na
justiça, detectando e rejeitando injustiça quando ela se fizer presente, assim como criar
formas não violentas de atuação nas diferentes situações da vida.

1 SAÚDE
Quando a escola se compromete com a educação para a saúde de seus
alunos, a escola consegue alcançar dois objetivos. Primeiro, funciona como referência
para a prática de estilos de vida saudáveis. Segundo, faz o assunto tomar parte nos
diferentes componentes curriculares. Somente a participação em diversas áreas, cada
qual enfocando conhecimentos específicos, pode garantir que os adolescentes
construam uma visão ampla do que é saúde – e como ela é importante.

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OBJETIVOS GERAIS

. Compreender saúde como direito de cidadania, valorizando as ações voltadas


para sua promoção, proteção e recuperação;
. Compreender a saúde nos seus aspectos físico, psíquico e social como uma
dimensão essencial do crescimento e desenvolvimento do ser humano;
. Compreender que a saúde é produzida nas relações com o meio físico,
econômico e sociocultural, identificando fatores de risco à saúde pessoal e coletiva
presentes no meio em que vive;
. Conhecer e utilizar formas de intervenção sobre os fatores desfavoráveis à
saúde presentes na realidade em que vive agindo com responsabilidade em relação à
sua saúde e à saúde coletiva;
. Conhecer os recursos da comunidade voltados para a promoção, proteção e
recuperação da saúde, em especial os serviços de saúde;
. Responsabilizar-se pessoalmente pela própria saúde, adotando hábitos de
autocuidado, respeitando as possibilidades e limites do próprio corpo.

1.1 CONTEÚDOS QUE ABORDAM O TEMA

Auto-conhecimento para o auto-cuidado:

. Conhecendo o corpo humano, suas modificações ao longo da vida, seus


aspectos físicos e suas emoções;
. Conhecimento do corpo;
. Cuidado com o próprio corpo;
. Noções básicas de higiene;
. Processo orgânico de nutrição;
. Noções gerais de higiene com os alimentos e as consequências da ausência
desses cuidados à saúde;
· Identificação das doenças associadas à ingestão de água imprópria.

Vida Coletiva:
· Sistema de tratamento de água;
· Formas de destino de dejetos humanos e animais;
· Mapeamento das transformações necessárias no ambiente em que vive;
· Relação entre a preservação e recuperação ambiental e a melhoria da
qualidade de vida e saúde;

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· Rejeição aos atos de destruição do equilíbrio e sanidade ambientais;


· Participação ativa na conservação do ambiente limpo e saudável no domicílio,
na escola e nos lugares públicos em geral.

2 ORIENTAÇÃO SEXUAL
Sabendo que a sexualidade é inerente a todo ser humano e que está
presente em todas as fases da vida: antes do nascimento, quando bebês, criança, na
adolescência, na juventude, na vida adulta, na maturidade, e quando envelhecemos. A
sexualidade é universal e deve ser vivenciada de forma saudável.
A finalidade do trabalho de Orientação Sexual é contribuir para que os
alunos possam desenvolver e exercer sua sexualidade com prazer bem-estar, alegria,
estímulo, desejos, fantasias, curiosidade do outro, relacionamentos, amizade, amor,
afeto, carinho, contato físico, sexo, sensibilidade, prazer e responsabilidade. Esse
tema vincula-se ao exercício da cidadania na medida em que propõe o
desenvolvimento do respeito a si e ao outro e contribui para garantir direitos básicos a
todos, como a saúde, a informação e o conhecimento, elementos fundamentais para a
formação de cidadãos responsáveis e conscientes de suas capacidades.
O objetivo principal é desvincular a sexualidade dos tabus e preconceitos e
como algo ligado ao prazer e a vida. Não cabe à escola julgar a educação que cada
família oferece aos seus filhos.
O respeito à diversidade de valores, crenças e comportamentos é uma
atitude a ser estimulada no debate entre educadores e alunos. A escola deve atuar de
forma integrada com os serviços públicos de saúde da região.
É importante que os alunos conheçam os métodos contraceptivos, suas
indicações e contra indicações, necessário que se trabalhe com informações
atualizadas sobre prevenção e transmissão de contágio da Aids, com histórico da
enfermidade, a diferença entre um portador do vírus e uma pessoa que desenvolve a
doença e as formas de tratamento.
A repetição de conteúdos faz bem aos alunos, porque a sexualidade nas
pessoas é despertada em diferentes momentos.

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OBJETIVOS GERAIS

. Respeitar a diversidade de valores, crenças e comportamentos relativos à


sexualidade, reconhecendo e respeitando as diferentes formas de atração sexual e o
seu direito à expressão, garantida a dignidade do ser humano;
. Compreender a busca de prazer como um direito e uma dimensão da
sexualidade humana;
. Conhecer seu corpo, valorizar e cuidar de sua saúde como condição necessária
para usufruir prazer sexual;
. Identificar e repensar tabus e preconceitos referentes à sexualidade, evitando
comportamentos discriminatórios e intolerantes e analisando criticamente os
estereótipos;
. Reconhecer como construções culturais as características socialmente
atribuídas ao masculino e ao feminino, posicionando-se contra discriminações a eles
associadas;
. Identificar e expressar seus sentimentos e desejos, respeitando os sentimentos
e desejos do outro;
. Reconhecer o consentimento mútuo como necessário para usufruir prazer
numa relação a dois;
. Proteger-se de relacionamentos sexuais coercitivos ou exploradores;
. Agir de modo solidário em relação aos portadores do HIV e de modo propositivo
em ações públicas voltadas para prevenção e tratamento das doenças sexualmente
transmissíveis/Aids;
. Conhecer e adotar práticas de sexo protegido, desde o início do relacionamento
sexual, evitando contrair ou transmitir doenças sexualmente transmissíveis, inclusive
o vírus da Aids;
. Evitar uma gravidez indesejada, procurando orientação e fazendo uso de
métodos contraceptivos;
. Proporcionar consciência crítica e tomadas de decisões responsáveis a
respeito de sua sexualidade;
. Possibilitar com o método da transversalidade o conhecimento sistematizado
dentro das diversas disciplinas, de forma que haja o enriquecimento do assunto.

2.1 CONTEÚDOS QUE ABORDAM O TEMA


· Corpo: Matriz da Sexualidade
· Respeito ao próprio corpo e ao corpo do outro;
· Respeito aos colegas que apresentam desenvolvimento físico e emocional
diferente;

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. Fortalecimento da autoestima.

· Relações de Gêneros (masculino e feminino)


· A diversidade de comportamento de homens e mulheres em função da época e
do local onde vivem;
· O respeito a muitas e variadas expressões do feminino e do masculino.
· Prevenção da violência Sexual
. Pedofilia;
. Abuso sexual com contato físico;
. Abuso sexual sem contato físico;
. Estupro;
. Exploração sexual;
. Trafico interno de pessoas para fins de exploração sexual;
· Prevenção às doenças sexualmente transmissíveis –
DST/AIDS;
. O conhecimento da existência de doenças sexualmente transmissíveis;
. O repúdio às discriminações em relação aos portadores de HIV;
. O processamento de informações sobre a DST/AIDS, por meio de folhetos
ilustrados, textos e artigos, jornais e revistas.

MEIO AMBIENTE

Considerando a importância da temática ambiental, a escola deverá, ao


longo do ensino fundamental, oferecer meios efetivos para cada aluno compreender
os fatos naturais e humanos referentes a essa temática, desenvolver suas
potencialidades e adotar posturas pessoais e comportamentos sociais que lhe
permitam viver numa relação construtiva consigo mesmo e com seu meio,
colaborando para que a sociedade seja ambientalmente sustentável.
Não é difícil introduzir a discussão com os alunos pois boa parte deles
demonstra interesse pelo assunto e carrega informações adquiridas fora da escola por
meio de conversas: a enchente dos rios, as águas impuras ao redor da comunidade, o
desmatamento de áreas verdes... Importante é desenvolver nos alunos uma postura
crítica em relação a essas informações obtidas. Com isso a visão deles sobre questões
ambientais torna-se mais ampla e, portanto, mais segura diante da realidade em que
vivem.

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OBJETIVOS GERAIS

. Identificar-se como parte integrante da natureza e sentir-se afetivamente


ligados a ela, percebendo os processos pessoais como elementos fundamentais para
uma atuação criativa, responsável e respeitosa em relação ao meio ambiente;
. Perceber, apreciar e valorizar a diversidade natural e sociocultural, adotando
posturas de respeito aos diferentes aspectos e formas do patrimônio natural, étnico e
cultural;
. Observar e analisar fatos e situações do ponto de vista ambiental, de modo
crítico, reconhecendo a necessidade e as oportunidades de atuar de modo propositivo,
para garantir um meio ambiente saudável e a boa qualidade de vida;
. Adotar posturas na escola, em casa e em sua comunidade que os levem a
interações construtivas, justas e ambientalmente sustentáveis;
. Compreender que os problemas ambientais interferem na qualidade de vida
das pessoas, tanto local quanto globalmente;
. Conhecer e compreender, de modo integrado, as noções básicas relacionadas
ao meio ambiente;
. Perceber, em diversos fenômenos naturais, encadeamentos e relações de
causa/efeito que condicionam a vida no espaço (geográfico) e no tempo (histórico),
utilizando essa percepção para posicionar-se criticamente diante das condições
ambientais de seu meio;
. Compreender a necessidade e dominar alguns procedimento de conservação e
manejo dos recursos naturais com os quais interagem, aplicando-os no dia a dia.

3.1 CONTEÚDOS QUE ABORDAM O TEMA


· Os ciclos da Natureza

Ciclo da água

· Tipo de manancial;
· Tratamento e distribuição para abastecimento;
· Aproveitamento e o desperdício da água;
· Lançamento de lixo nos igarapés – saneamento;
· Doenças de veiculação hídrica.

· Ciclo do Carbono e do Oxigênio


· Reservas naturais dos ciclos;

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· As alterações presentes nesses ciclos;


· Fatores que provocam o desequilíbrio nascido;
· Os seres vivos afetados diretamente pelo desequilíbrio;
· Esgotamento das reservas dos ciclos da natureza.

· Seres vivos no ambiente

· A inter-relação entre os seres vivos: competição, predação, parasitismo e o


mutualismo;
· Equilíbrio ambiental – cadeia alimentar;
· Qualidade ambiental – importância;
· Sustentabilidade ecológica – fauna e flora;
· Banco genético – carga genética atribuída às futuras gerações.

· Sociedade e Meio Ambiente

· Característica da paisagem regional;


· Organização do ser humano no ambiente;
· A ocupação do solo diferenciado por região;
· O conhecimento das questões ambientais para melhor posicionamento no
encaminhamento das soluções;
· Infraestrutura – planejamento urbano;
· Deficiência nas políticas habitacionais;
· Ocupação de área de riscos: morros, encostas, barrancos;
· Degradação ambiental em prol do consumismo e desperdício.

· Manejo e Conservação Ambiental

· Sustentabilidade ecológica (critérios);


· Poluentes: indústrias, mineração, postos de gasolina, matadouros, atividades
pecuárias, adubos químicos e agrotóxicos;
· Crescimento populacional X desequilíbrio ambiental (invasões);
· Técnicas tradicionais, sua dimensão e potencial de desestabilização dos ciclos
naturais: queimadas, áreas de cultivo, desmatamento;
· Técnicas alternativas coerentes sugeridas pela própria comunidade para as
queimadas, desmatamento e áreas de cultivo animal e alimentos;
· O crescimento urbano desordenado provoca a ocupação de áreas de risco
encostas, barrancos, morros;
· Os impactos negativos ocasionados pela autoprodução de lixo, devido ao
grande crescimento populacional;

169
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· Alternativas tecnológicas como reciclagem de materiais, desperdício de água e


energia elétrica;
· Campanhas pela melhoria do saneamento básico do município.

4 PLURALIDADE CULTURAL
O tema da Pluralidade Cultural busca contribuir para a construção da
cidadania na sociedade pluriétnica e pluricultural. Tendo esse objetivo maior em vista,
propõe o desenvolvimento de capacidades que possibilitam que o aluno possa
conhecer a diversidade do patrimônio etnocultural brasileiro, cultivando atitude de
respeito para com pessoas e grupos que a compõem.
Reconhecendo a diversidade cultural como um direito dos povos e dos
indivíduos e elemento de fortalecimento da democracia, repudiar toda discriminação
baseada em diferenças de raça/etnia, classe social, crença religiosa, sexo e outras
características individuais ou sociais e analisar com discernimento as atitudes e
situações fomentadoras de todo tipo de discriminação e injustiça social.

4.1 CONTEÚDOS QUE ABORDAM O TEMA:


· A vida dos adolescentes no Brasil;
. Direitos de cidadania da criança;
. Constituição de 1988: artigo 227;
. O Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei N 8.069/ 1990;
. Protocolo de Parlermo (Decreto 5.017/2004 – Tráfico de Pessoas);
. Declaração Universal dos Direitos da Criança.
· A organização familiar;
· A vida comunitária - base de relações econômicas em diferentes regiões;
· Diferentes grupos humanos;
· Pluralidade Cultural na Formação do Brasil;
· As origens Continentais;
· Movimentos populacionais internos ao território brasileiro;
· A complexidade das origens e da formação do Brasil;
· O ser humano como agente social e produtor de cultura;
· Formas de produção cultural que são mediadas pela tradição oral;
· Usos e costumes de diferentes culturas;
· Estudos dos interesses particulares do adolescente: marcas de vestuário,
idade, posição social, profissão, festas etc.;
· A produção artística: Música, Teatro, Arte, Dança, Escultura; Pintura; Literatura
e outras;
· Direitos humanos, direitos de cidadania e pluralidade;
· A organização social dos grupos humanos.

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5 SEGURANÇA NO TRÂNSITO
A intenção de abordar a orientação para o trânsito é explorar as diferentes
linguagens utilizadas no trânsito, percebendo-as como forma objetiva de traduzir
mensagens fundamentais à locomoção segura das pessoas no espaço público.
No trânsito é possível encontrar, basicamente, três tipos de linguagem: a
visual, baseada em ícones (figuras e imagens); a sonora, em sons emitidos pelo
agente de trânsito, pelas buzinas dos veículos; e a gestual, em gestos dos agentes de
trânsito, de condutores, pedestres, ciclistas, motociclistas e demais usuários das vias
públicas. São estas linguagens que possibilitam a comunicação com o espaço
público e no espaço público. Se as pessoas não decodificarem as mensagens
transmitidas por meio das linguagens utilizadas no trânsito, causarão situações de
conflito e acidentes.
A inclusão do tema trânsito no currículo das instituições de Ensino
Fundamental deve ser organizada de forma a possibilitar ao aluno conhecer sua
cidade,
Os conteúdos definidos são:
. a sinalização de trânsito e sua importância para assegurar a
locomoção de todas as pessoas (motorizadas ou não): sinalização horizontal,
sinalização vertical, dispositivos de sinalização auxiliar, luminosos, sonoros,
gestos do agente de trânsito, do condutor e do pedestre;
. sinais e gestos do ciclista para transitar em vias públicas;
. avanços tecnológicos dos dispositivos de fiscalização auxiliar:
radares, fotossenssores, lombadas eletrônicas;
. consequências ocasionadas ao meio ambiente em função da poluição
sonora e visual dos centros urbanos.

5.1 CONTEÚDOS QUE ABORDAM O TEMA


· Segurança de pedestres: locais seguros para atravessar vias; uso de
adesivos reflexivos em mochilas; regras para transitar em calçadas; cuidados com
locais de risco (saídas de garagens, estacionamentos); importância de ver e ser visto;
·Segurança de passageiros: respeito às regras e às normas para transitar
no interior de veículos (automóvel, transporte escolar, transporte coletivo) e como
passageiros em motocicletas, conforme a idade das crianças; a importância do uso do
cinto e demais equipamentos de segurança;
·Segurança de ciclistas: acessórios de segurança para os ciclistas
(capacete, cotoveleira, luvas, sapatos fechados, roupas claras); equipamentos de

171
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segurança para as bicicletas (sinalização noturna dianteira, nos pedais, nas laterais
e traseira da bicicleta, espelho retrovisor do lado esquerdo e campainha); cuidados
com a bicicleta (pneus, freios); os casos em que o ciclista deve desmontar da bicicleta
para transitar como pedestre; os perigos de pegar carona na traseira de ônibus ou
caminhões;
· Órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito (SNT):
a importância de conhecer as competências estabelecidas para cada órgão e
entidade que compõe o SNT, descritas no CTB (Código de Trânsito Brasileiro).

5.2 Convivência social no trânsito


Nenhuma atitude no trânsito pode ser concebida sob o ponto de vista
individual, pois todas as pessoas se locomovem num espaço público, ou seja, num
espaço que pertence a toda a coletividade. Neste espaço de relacionamento
interpessoal podem ser criadas situações harmoniosas ou de conflito.
É importante ressaltar que a posição das pessoas no trânsito muda
constantemente. Isso possibilita o entendimento que não existem pedestres,
condutores ou passageiros como seres imutáveis. Vem daí, a importância de
desenvolver atividades nas quais os alunos assumam diferentes posições e
compreendam que os conflitos no trânsito só podem ser minimizados quando suas
atitudes, independentemente da posição ocupada, estiverem voltadas ao bem
comum.

6 ÉTICA
A questão central das preocupações éticas é a análise dos diversos valores
presentes na sociedade, a problematização dos conflitos existentes nas relações
humanas quando ambas as partes não dão conta de responder questões complexas
que envolvem a moral e a afirmação de princípios que organizam as condutas dos
sujeitos sociais. Na escola, o tema ética se encontra nas relações entre os agentes que
constituem essa instituição, alunos,professores e pais, e também nos currículos, uma
vez que o conhecimento não é neutro nem impermeável a valores de todo tipo.
A proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais é que a ética —
expressa na construção dos princípios de respeito mútuo, justiça, diálogo e
solidariedade — seja uma reflexão sobre as diversas atuações humanas e que a
escola considere o convívio escolar como base para sua aprendizagem, não havendo
descompasso entre “o que diz” e “o que faz”. Partindo dessa perspectiva, o tema
transversal Ética traz a proposta de que a escola realize um trabalho que possibilite o
desenvolvimento da autonomia moral, o qual depende mais de experiências de vida
favoráveis do que de discursos e repressão. No convívio escolar, o aluno pode

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aprender a resolver conflitos em situações de diálogo, pode aprende a ser solidário ao


ajudar e ao ser ajudado, pode aprender a ser democrático quando tem oportunidade de
dizer o que pensa, submeter suas ideias ao juízo dos demais e saber ouvir.
Os PCNs definem quatro blocos de conteúdo para o ensino da ética. Eles
foram organizados para que os alunos tenham informações sobre como atuar
autônomo e criticamente em uma sociedade democrática.

.Respeito Mútuo – É a valorização de cada pessoa, independentemente de sua


origem social, etnia, religião, sexo, opinião. Revelar seus conhecimentos, expressar
sentimentos e emoções, admitir dúvidas sem ter medo de ser ridicularizado, exigir seus
direitos são atitudes que compreendem respeito mútuo.

. Justiça – Num primeiro momento pode nos remeter à obediência às leis. Mas o
conceito de justiça vai muito além disso. É a busca da igualdade de direitos de
oportunidades, o que pressupõe o julgamento do que é justo ou injusto.

. Solidariedade – É a expressão de respeito dos indivíduos uns pelos outros. Ser


solidário é partilhar um sentimento de interdependência e tomar para si questões comuns.
Solidariedade inclui desde a ajuda a um amigo até uma luta por um ideal coletivo da
sociedade.
. Diálogo – A comunicação entre as pessoas pode ser fonte de riqueza e alegrias.
É uma arte a ser ensinada. Mas, atenção! o diálogo só acontece quando os interlectores
têm voz ativa. Limitar-se a impor visões do mundo sem considerar o que o outro tem a
dizer não constitui um diálogo.

6.1 CONTEÚDOS QUE ABORDAM O TEMA:


· Respeito Mútuo
. O respeito a todo ser humano independentemente de sua origem social, etnia,
religião, sexo, opinião e cultura;
. A Coordenação das próprias ações com as dos outros, por meio do trabalho em
grupo;
. A compreensão de lugar público como patrimônio de todos, cujo zelo é dever de
todos;
. A utilização do regimento da escola e dos direitos e deveres do aluno,
construídos coletivamente no inicio de cada ano, com o professor, como forma de lutar
contra o preconceito;
. O zelo pelo bom estado das dependências da escola;
. A valorização do patrimônio cultural e o zelo por sua conservação.

· Justiça

. O reconhecimento de situações em que a igualdade represente justiça (como


por exemplo, as regras de funcionamento da classe, o cumprimento de horários);

173
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. A identificação de situações em que a injustiça se faz presente; repúdio à


injustiça (verificar se os direitos dos alunos estão sendo respeitados);
. A compreensão da necessidade de leis que definem direitos e deveres;
. O conhecimento e compreensão da necessidade das normas escolares que
definem deveres e direitos dos agentes da instituição;
. O conhecimento dos próprios direitos de alunos e os respectivos deveres.

· Diálogo

. O uso e valorização do diálogo como instrumento para esclarecer conflitos;


. O ato de escutar o outro, por meio do esforço de compreensão do sentido
preciso da fala do outro;
. A formulação de perguntas que ajudem a referida compreensão;
. A expressão clara e precisa de ideias, opiniões e argumentos, de forma a ser
corretamente compreendido pelas outras pessoas;
. A disposição para ouvir ideias, opiniões e argumentos alheios e rever pontos de
vista quando necessário.

· Solidariedade

. Identificação de situações em que a solidariedade se faz necessária;


. As formas de atuação solidária em situações cotidianas (em casa, na escola, na
comunidade local) e em situações especiais (calamidades públicas, por exemplo);
. A resolução de problemas presentes na comunidade local, por meio de variadas
formas de ajuda mútua;
. As providências correntes, como alguns procedimentos de primeiros socorros,
para problemas que necessitam de ajuda específica.
7 TRABALHO E CONSUMO
Como a escola pode contribuir para a superação da reprodução da pobreza,
como pode acolher o jovem trabalhador ou aquele que se prepara para ingressar no
mercado de trabalho, o jovem que enfrenta no cotidiano os dilemas da exclusão de
acesso aos bens serviços essenciais ou está determinado aos apelos ao consumo?
Os dilemas do trabalho e do consumo são objeto de um intenso debate.
Esse debate, que congrega e mobiliza setores governamentais e não-
governamentais, igrejas, sindicatos, associações civis, traduz a necessidade e a
urgência de uma busca conjunta de soluções por parte do Estado, da sociedade civil e
de todos os cidadãos, que estimulem a distribuição de renda, políticas de habitação,
saúde, alimentação e educação.
No que cabe à escola, a partir da definição de seu projeto pedagógico, das

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capacidades a serem desenvolvidas, dos diálogos que manterá com as famílias e a


comunidade, poderá promover a aprendizagem de uma série de conteúdos
conceituais, favorecendo o reconhecimento e a compreensão da historicidade desses
dilemas, a relação que existe entre questões vividas como individuais ou privadas com
questões sociais mais amplas; de uma série de conteúdos procedimentais,
possibilitando que os alunos, em sua vida cotidiana, exerçam seus direitos e
responsabilidades, resolvendo os problemas que lhes são colocados, individual e
coletivamente; e de conteúdos atitudinais, identificando, criticando e repudiando as
atitudes de discriminação e de injustiça que favorecem a reprodução da pobreza e da
desigualdade, desenvolvendo práticas que permitam o desenvolvimento de atitudes
de respeito, de solidariedade e cooperação.
Trabalhar e consumir são direitos de todos, no entanto a realidade se mostra
bem diferente. Nem todos têm acesso a oportunidades ou podem usufruir os produtos
e serviços. Cabe à escola o papel de discutir esses temas com alunos, futuros
integrantes do mercado de trabalho e de consumo.

8 VALORIZAÇÂO O IDOSO
O Brasil não é mais um país com a maioria da população de jovens. Nosso
pais está ficando envelhecido. Nesta perspectiva, com o rápido envelhecimento da
população brasileira, faz-se necessário e urgente que o currículo envolva questões
referentes aos idosos.
Notadamente o povo brasileiro não está preparado culturalmente e
socialmente para o trato com o ser humano idoso, o que dificulta a inter-relação com o
idoso, dificuldade observada também com os obesos, os portadores de necessidades
especiais, etc., guardadas naturalmente as devidas proporções. Com o passar dos
anos, o ser humano passa por inúmeras transformações. No processo de
envelhecimento, diminuem as acuidades visual e auditiva, etc., o que dificulta o uso e o
acesso aos transportes, aos hospitais, repartições, aos espaços culturais, escadas,
aos banheiros etc.
Tendo em vista esse quadro, a proposta curricular da secretaria inclui
conteúdos voltados ao respeito e valorização do idoso e a implementação de ações
educativas transversais e permanentes que promovam o respeito e a dignidade dos
idosos na sociedade e dessa forma, resgatar sua cidadania, conscientizar e orientar a
respeito de seus direitos aos alunos.

8.1 CONTEÚDOS QUE ABORDAM O TEMA


· Fases de desenvolvimento da vida:
. infância;

175
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. adolescência;
. juventude;
. maturidade;
. velhice.
· Desmistificando imagens negativas do envelhecimento
. Idosos como pessoas (ultrapassados, implicantes, inúteis, não merecem
respeito etc.);
. Derrubando preconceitos e rotulações.
· Mitos sobre o envelhecimento
· Mitos sobre os conceitos;
· Mitos sobre as doenças;
· Mitos sobre a cidadania.
· Processo de envelhecimento
· Conceito de envelhecimento;
· Características (idade, limitações físicas etc.);
· Doenças mais comuns na velhice (dependência física e mental);
· Envelhecimento saudável (alimentação, atividade física, lazer);
· Sexualidade na 3ª idade;
· DST e AIDS.
· Leis, normas e regulamentos de proteção ao idoso:
· Política Nacional do Idoso;
· Decreto Municipal Nº 5.482 de 07/03/2001;
· Estatuto do Idoso;
· Conselho Nacional de Saúde: Resolução 196/96.
8.6 Políticas Sociais para o idoso.
· Serviços oferecidos aos idosos pela Prefeitura de Manaus e pelo Governo do
Estado do Amazonas nas áreas de:
· Saúde;
· Educação;
· Lazer.

9 EDUCAÇÃO FISCAL
A Educação Fiscal pode ser entendida como uma prática educacional que
tem como objetivo o desenvolvimento de valores e atitudes, competências e
habilidades necessárias ao exercício de direitos e deveres na relação recíproca entre o
cidadão e o estado. Fundamenta-se na conscientização da sociedade sobre a
estrutura e o funcionamento da administração pública, na função socioeconômica do
tributo, na aplicação dos recursos públicos e nas estratégias e meios para o exercício
do controle democrático.

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OBJETIVOS GERAL

Oportunizar a comunidade escolar (alunos, pais, professores e


funcionários) o conhecimento sobre os direitos e deveres do cidadão, reconhecendo
que o tributo é a contribuição de todos para a construção de uma sociedade mais justa,
o que só será possível com o controle popular do gasto.

9.1 CONTEÚDOS QUE ABORDAM O TEMA


· Educação Fiscal
. Conceito
. Importância
. Programa Nacional de Educação Fiscal/PNEF
. Consciência fiscal/tributária
· Cidadania
. O que é ser cidadão
. Direitos e deveres
. ECA: Estatuto da criança e do Adolescente
. Estatuto do Homem
. Constituição Brasileira/88: constituição da democracia
· Tributos
. História dos tributos no Brasil
. Tipos de tributos
. Função social dos tributos
. Conceito de tributos
. Origem dos tributos
. Sonegação de tributos é crime
. Pirataria é crime
. Nota fiscal e sua importância para a sociedade
. Lei de responsabilidade fiscal
· Uso do dinheiro público

. Escola
. Saúde
. Creches e Idosos
. Saneamento básico
. Segurança

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. Merenda
. Bolsa família
. Cultura

· Patrimônio Público

. O que é um patrimônio público


. Depredação
. Conservação
. Valorização do bem comum
. O ambiente como patrimônio público
. A cultura como patrimônio imaterial

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

O trabalho do aluno consiste em aprender a aprender; e o professor em criar


condições para que o aprendizado se realize de forma significativa.
No entanto encontrar soluções, abrir caminhos, fazer descobertas,
aprender a aprender acontecerá dependendo da metodologia aplicada. O professor
precisa buscar metodologias que viabilizem a aprendizagem. Cada individuo tem a sua
forma de aprender, uns mais outros menos e o professor percebe que a sua prática
diária, se voltada para o sucesso do aluno precisa estar sempre sendo avaliada.

LINGUA PORTUGUESA
No ensino da Língua Portuguesa, é importante que o aluno mantenha
contato com diferentes tipos e gêneros textuais, no sentido de buscar reflexões,
soluções e ampliação do seu universo de palavras. Desse modo, o aluno deve ser
estimulado a ouvir e a respeitar a opinião dos outros. Com tal exercício, irá
desenvolver, ainda mais, sua própria linguagem, passando a dominá-la e a usá-la de
forma adequada às diferentes situações comunicativas.
Para formar alunos reflexivos, deve-se dar preferência ao trabalho com
textos e não com frases soltas, assim como abandonar os exercícios repetitivos e
mecânicos. É preciso dar ênfase à criatividade dos alunos e não apenas à perfeita
correção gramatical, despertando-lhes o gosto e o prazer pela leitura de textos
literários, ricos e envolventes. Dessa forma, os alunos devem conhecer técnicas
variadas de criação textual para poder utilizá-las em seu cotidiano.
A gramática torna-se mais interessante, se ensinada a partir dos próprios
textos produzidos pelos alunos, pois os mesmos se sentem mais motivados quando
percebem que o conteúdo estudado tem relação com seu cotidiano.
A organização de um tempo de aula para sessões de leitura livre, em que os
alunos possam escolher o texto ou o livro que gostariam de ler, para depois expor seu
conteúdo aos colegas, pode despertar e incentivar o interesse da turma pela leitura. A
valorização da leitura de revistas e jornais ajuda a aperfeiçoar a escrita e a ampliar as
informações sobre a realidade social do aluno. É importante que sejam realizadas
atividades de pesquisa em bibliotecas ou na Internet, que culminem com a
apresentação oral em sala.
Outra forma metodológica pertinente à Língua Portuguesa é a aplicação de
projetos, o que permite a integração das diversas áreas, por meio da abordagem de um
tema comum que envolva o aluno com a sua realidade. Esse projeto pode durar dias ou

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meses e nada impede que seja relacionado a outras áreas do conhecimento. É


possível trabalhar com poesias, contos, peças teatrais, organização de jornais etc. A
utilização de um dos temas transversais (cidadania, ética, pluralidade cultural, trabalho
e consumo, meio ambiente, orientação sexual, saúde e orientação para o trânsito)
representa uma interessante alternativa para o trabalho com projetos numa concepção
interdisciplinar.

MATEMÁTICA
Considerando que a construção do conhecimento matemático prescinda de
estratégias concretas na análise de conceitos e procedimentos a serem ensinados, é
necessário atentar, na abordagem dos conteúdos, para as formas conceituais,
procedimentais e atitudinais, no sentido de tornar o conhecimento matemático viável
aos alunos.
Dessa forma, o professor deve considerar alguns pontos como: a realidade
da turma, complementação do conteúdo a partir da leitura de documentos atualizados,
pesquisas, estudos, consultas na internet, entre outras estratégias que não tornem o
currículo estanque, mas permita sua realização como sendo algo processual no
cotidiano do aluno, valorizando conhecimentos da comunidade entorno da escola.

Números e Operações
Para utilizar a numeração escrita, é preciso que os alunos interpretem e
produzam escritas numéricas, estabeleçam comparações entre diferentes escritas;
percebam que elas servem para resolver e representar problemas, ou seja, é
necessário que os números apareçam em contextos significativos. Ao produzir,
interpretar, comparar, ordenar, os alunos estão buscando meios para realizar os
problemas propostos, refletindo sobre possíveis respostas e procedimentos que as
levarão a argumentar sobre suas decisões.

Espaço e Forma
A Geometria proporciona o conhecimento das propriedades dos sólidos
geométricos e conceito de transformação, sendo necessário contextualizar os tipos de
geometria: euclidiana, topologia e a projetiva, no sentido de despertar o interesse dos
alunos para a compreensão, descrição e representação de forma organizada do
mundo em que vive.

Grandezas e Medidas
O conceito fundamental da Medida se dará por meio de experiências
concretas, tendo como referência objetos da sala de aula, atribuindo medidas aos
objetos no espaço e às figuras no plano, utilizando padrões para medir distância,

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massa, capacidade, temperatura, ângulos e a organização do tempo, que serão


registrados a partir dos símbolos numéricos. Tal compreensão se dará quando o aluno,
através do estabelecimento de relações, perceber que medir é, essencialmente, a
comparação entre grandezas, tomando uma como padrão. Os alunos estarão
preparados para realizar cálculos de perímetros, áreas, volumes e outras medições,
fazendo uso dos instrumentos adequados.
É válido ressaltar que os jogos, problemas e cálculo mental são estratégias
para a aquisição de conceitos e habilidades que devem permear todo o ensino da
Matemática, utilizando a problematização de situações reais. Essas situações
possibilitam uma aproximação maior entre o conhecimento científico e o empírico, já
que este se desenvolve a partir das necessidades diárias do homem. A troca de
experiências entre os alunos também contribui significativamente no sentido de criar
condições para a compreensão de conceitos não incorporados na sua totalidade.
O professor poderá, ainda, utilizar recursos audiovisuais, jogos de tabuada
(dando nome de times), material de sucatas, bingos, quebra-cabeças, o quadro valor
de lugar, ábaco, tangram etc.

Tratamento da Informação
Com ideias básicas de estatística, e possível analisar dados de tabelas e
gráficos, interpretar suas informações e fazer comparações.

CIÊNCIAS/HISTÓRIA/GEOGRAFIA
O combate ao isolamento de uma determinada área de conhecimento é
salutar a medida em que tal conhecimento sozinho não dá conta da complexidade que
a realidade comporta, necessitando assim, para o seu enriquecimento, da troca com
as outras áreas do conhecimento.
Para Leblon (apud MORIN, 2001, p.70) o importante é que ao invés de
somente querer modernizar, a todo custo, os conteúdos do ensino de ciências, o
interessante e mais urgente seria encaminhar e orientar os alunos à compreensão do
que é realmente Ciência, de seus processos de trabalhos, seus desafios
epistemológicos e suas implicações sociais. Ressalta a contribuição de disciplinas
como a história, a arte e a filosofia como papeis essenciais na formação de um ensino
significativo. Desta maneira, o aluno passa a entender a Ciência como construção
histórica e como saber prático, sem levar em consideração um ensino fundamentado
na memorização de definições e classificações que não fazem sentido para ele.
Assim, o emprego do método científico consubstanciado por uma prática
transversal, considerando todos os aspectos que comportam a complexidade da
realidade, proporciona, ao aluno, a aquisição de habilidades necessárias à
aprendizagem do ensino de Ciências. Sendo organizado de forma a solucionar um

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problema seguindo etapas para se chegar a uma conclusão. Seu objetivo, na escola, é
encaminhar o aluno a: problematização, observação, experimentação, análise e
reflexão crítica, elaboração do projeto e sistematização, desenvolvendo no aluno, a
capacidade de resolver problema, ou seja, de solucionar as situações com que se
depara de maneira investigativa e problematizadora.
O estudo da Ciências/História/Geografia visa promover uma divisão ampla
sobre o universo, o espaço-territorial mundial e brasileiro, estes devem ser trabalhos
de forma que o aluno faça uma relação com um mundo real, explicando o porquê das
coisas e fenômenos que acontecem ao seu redor. Para entender essa divisão do
mundo, a abordagem se faz a partir da forma como as sociedades contemporâneas se
apropriam da natureza e como constroem o seu espaço e a partir das relações de
dominação e dependência que fizeram com que os países passem a ocupar e
desempenhar novos papéis perante a divisão internacional do trabalho. A abordagem
do relacionamento homem/natureza deve ser ecológica havendo, portanto, a
preocupação de deixar claro que os recursos naturais são finitos e que os
ecossistemas são integrados, qualquer alteração em um elo atinge o todo.

Atividades a serem desenvolvidas:


Passeio pela comunidade para que o aluno possa observar e compreender:
o relevo, a hidrografia, a vegetação (preservação), a conservação das ruas, casa etc. e
a diversidade demográfica, entre outros. Esse tipo de atividade coloca-se na
perspectiva de leitura de paisagem, o que permite aos alunos conhecerem os
processos de construção do espaço geográfico, podendo ser feita por meio de
observação direta de um lugar que os alunos visitaram ou por meios de fotografias, de
textos, de vídeos ou relatos. Outras atividades práticas como mapas, desenhos,
construção de maquetes, exposições fotográficas também poderão ser utilizados.
Faz-se necessário que o professor, se conceba como mediador do processo
de ensino e aprendizagem, e o aluno, como sujeito ativo e responsável também pela
sua aprendizagem, contemplando assim várias metodologias que se façam
necessárias de acordo com o objetivo a ser alcançado. Como proposta de trabalho
para o ensino, temos:

1ª. PROBLEMATIZAÇÃO – Pode-se fazer uso desde uma visita a um


laboratório não formal, como parques, museus, rios etc., incitando nos alunos
questionamentos contextuais. Surge, portanto, discussão para definir, caracterizar e
limitar o problema, o importante é que o professor oriente o aluno a definir o problema,
considerando seu conhecimento prévio ou não do tema escolhido.
2ª. OBSERVAÇÃO - é a parte fundamental das investigações, assim como
parte indispensável de todas as atividades dos alunos; exige planejamento,

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objetivos bem definidos e um roteiro. A capacidade de observar já existe em cada


aluno, mas observar, não significa apenas ver, e sim buscar ver melhor, encontrar
detalhes no objeto observado. Observar como prática investigativa é mais do que ver, é
fazer uso de todos órgãos do sentido possível, captando informações dada por todos
os órgãos do sentido como: sentir, tato, olfato e quando possível o paladar.
A observação tem as seguintes finalidades: enriquecer experiências; obter
informações; esclarecer dúvidas, desenvolver o espírito científico, formar hábitos,
atitudes e desenvolver habilidades necessárias ao estudo.
3ª. EXPERIMENTAÇÃO - é o processo empregado pelo professor, que
utilizará um guia de experimentos ou não, dependendo do tipo de proposta
experimental, considerando a participação dos alunos, levantando suposições e
verificando-as.
4ª. CONCLUSÃO: Após o registro das observações parte-se para a
tentativa de dar respostas as suposições levantadas.
Para cada tema estudado o professor deverá organizar fechamentos ou
sistematizações de conhecimentos que podem ser parciais ou gerais.
O professor pode propor um registro final sob os conhecimentos adquiridos
na forma de desenhos, pequenos textos e dramatizações, textos-síntese, maquetes
acompanhadas de textos explicativos, registros com fotos, relatórios com uma
quantidade expressiva de dados e informações.

ARTE
Procuramos prover essa integração, de forma real, apresentando uma
concepção inovadora no fazer artístico, promovendo uma dinâmica organizada que
permite ao aluno contextualizar de forma criativa, seus conhecimentos, descobrindo
suas habilidades, fortalecendo suas competências, num compreender do papel
histórico e filosófico que vai do lúdico à ciência e seus desdobramentos e, na vivência
socioculturais que tornam a prática pedagógica aprazível, estabelecendo uma
dinâmica criativa e, às vezes, até original chegando a resultados de inclusão social.
Verificamos no PCN - Arte, que as orientações didáticas referem-se às
escolhas do professor quanto aos conteúdos selecionados para o trabalho artístico em
sala de aula. Referem-se aos direcionamentos para que os alunos possam produzir
compreender e analisar os próprios trabalhos e aprender noções de habilidades para
apreciação estética e análise critica do patrimônio cultural artístico. Os
encaminhamentos didáticos expressam, por fim, a seriação de conteúdos da área e as
teorias de arte e de educação selecionadas pelo docente.
A educação em arte visual requer trabalho continuamente informado sobre
os conteúdos e experiências relacionados aos materiais, as técnicas e as formas

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visuais de diversos momentos da história. Assim é importante que as atividades


permeiem:
. Observação e análise da formas no processo criativo pessoal e ou/
coletivo.
. Apreciação das produções visuais diversas e pesquisas de obras nas
diferentes culturas (regional nacional e internacional).

. Visitação e utilização das fontes de informação e comunicação artística,


presente nas culturas (museus, mostras, exposições, galerias, ateliês e oficinas).

ENSINO RELIGIOSO
Discutir acerca da importância da dimensão transcendental inerente a todo
ser humano, do desenvolvimento do nosso ser religioso no mundo, deixando margens
mais amplas para maior conhecimento e respeito da religiosidade dentro dos vários
credos;
Dialogar sobre o resgate consciente no que se refere aos verdadeiros
valores da vida humana: povo, humanização, história, cultura, liberdade, criatividade,
solidariedade, fraternidade, amor, afetividade, bem, justiça, realização, outros;
Compreender a crença no emergir e na construção diária do processo de
ser pessoa nova independente de religião, ideologias ou raça - através de vivência e
ensino rico e aberto que não vise doutrinação em qualquer sentido, mas sim formação
de seres humanos, que são diferentes, todavia compromissados com a vida, com a
construção de uma sociedade justa, fraterna e solidária para e entre todos.

EDUCAÇÃO FÍSICA
A relação aluno-conhecimento, na Educação Física, deve levar em
consideração seus conhecimentos prévios, buscando a participação ativa deste sujeito
no processo, a partir de um enfoque mediador, no qual o mesmo passa a tomar
consciência dos seus limites e possibilidades. Os Parâmetros Curriculares Nacionais
(1998) propõem que o processo ensino-aprendizagem considere, simultaneamente,
três elementos: A Diversidade, a Autonomia e as Aprendizagens Específicas.
A Diversidade, no sentido de dispor de variadas formas de abordagens para
a aprendizagem, entre elas, as situações de jogo coletivo, os exercícios de preparação
corporal, de aperfeiçoamento, de improvisação, os circuitos, atividades recreativas,
apreciação e discussão. O acesso à informação está articulado às possibilidades
concretas de vivenciar o maior número possível de práticas e modalidades da cultura
corporal do movimento.
A Autonomia pauta-se na ampliação do olhar da escola sobre o objeto de

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ensino e de aprendizagem da cultura corporal do movimento, onde o aluno constrói


seus conhecimentos a partir de situações concretas e significativas, desenvolvidas na
dimensão conceitual, atitudinal e procedimental.
A aprendizagem específica, atrelada a uma aprendizagem significativa e à
ampliação das experiências dos alunos, permite a reflexão sobre o corpo, a sociedade,
a ética, a estética e as relações inter e intrapessoais, a partir de temas atuais, que se
expressam na realidade do aluno.

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS


Os conteúdos de Língua Estrangeira Moderna – Inglês para o ensino do 6º ao
9º ano foram organizados de modo que haja um desenvolvimento progressivo do aluno.
Entretanto, fica a critério do professor combinar os itens curriculares acima
contextualizando com a realidade da sua escola.
Nos 6º e 7º anos do Ensino Fundamental orienta-se que as atividades sejam
voltadas ao desenvolvimento das habilidades de compreensão oral (Listening) e
produção oral (Speaking). Já nos 8º e 9º anos, a orientação é para que sejam focadas as
habilidades de compreensão escrita (Reading) e produção escrita (Writing) através de
uma abordagem instrumental.
Para o desenvolvimento comunicativo das aulas orienta-se:
1) Contextualizar os tópicos gramaticais e vocabulário a situações de
comunicação reais, sem transformar isso em um processo mecânico;
2) Utilizar atividades extras (jogos, dinâmicas, música etc.) como
complemento para as lições sempre que possível;
3) Havendo disponibilidade, fazer uso de recursos midiáticos (computador,
apresentação de slides, vídeo clipes, jogos eletrônicos etc.) para permitir ao aluno
outros níveis de interação com a língua-alvo;
4) Permitir que o aluno participe ativamente da construção do conhecimento,
trazendo um pouco de suas experiências para o ambiente da sala de aula.
Para os 8º e 9º anos, onde o foco será a aprendizagem elementar de
estratégias de leitura e escrita, é importante observar:
1) Valorizar o conhecimento prévio do aluno durante o desenvolvimento das
atividades;
2) Desenvolver a compreensão de gêneros textuais, através de
comparações estruturais de textos na língua materna e na língua-alvo;
3) Fazer uso de textos de fácil compreensão, sempre contextualizando com a
lição apresentada;

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4) Utilizar a leitura de textos para exercitar o aprendizado de estratégias de


leitura (Identificação de cognatos; marcas tipográficas; skimming; scanning etc.);
5) Incentivar a pesquisa de outros textos além dos apresentados em sala de
aula.
Nas atividades de produção escrita, é importante observar:
1) A conexão da leitura com a escrita, permitindo que o aluno observe e utilize
modelos de textos na sua prática;
2) Acompanhar e orientar o aluno durante seu processo de produção escrita
em sala de aula;
3) Sempre que possível, promover atividades de redação de textos em
grupos;
4) Permitir que os alunos compartilhem algumas redações de acordo com
seu objetivo (Carta pessoal, comercial etc.);
5) Incentivar a pesquisa de modelos de escrita além dos apresentados em
sala de aula.

Os Temas Transversais (Ética, Saúde, Meio ambiente, Orientação sexual


etc.) devem obedecer ao princípio da interdisciplinaridade e serem combinados de
acordo com o que o conteúdo curricular permite (Utilizar os modais 'could' e 'should'
para promover uma discussão sobre orientação sexual, por exemplo.), além de utilizar
as lições como ferramenta de intercâmbio cultural entre o Brasil e os países falantes da
língua-alvo.
As aulas de Língua Estrangeira Moderna – Inglês, também podem ser um
espaço para o descobrimento de outras culturas que compõem a sociedade brasileira
como os povos indígenas e afro-descendentes. Atividades de leitura e de comparação
léxica e gramatical também auxiliam o aluno a conhecer melhor a estrutura de sua
própria língua.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES
- Estabelecimento das regras de convivência - cabe ao professor organizá-
las de modo a democratizar as oportunidades de aprendizagem. No que se refere às
regras do convívio escolar, o professor deverá sugeri-las e discuti-las com seus alunos,
articulando-as com as diferentes atividades esportes, jogos, lutas e danças,
justificando sua origem histórica, propondo modificações.
- Leitura de textos - É preciso dar ênfase à criatividade dos alunos e não
apenas à perfeita correção gramatical, despertando-lhes o gosto e o prazer pela leitura
de textos de diferentes gêneros, ricos e envolventes. Nestes textos explorar gramática,
fontes históricas, aspectos geográficos, artísticos ou seja qual for a especificidade da
área de conhecimento.

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- Dinâmicas de grupo – para buscar interação e observar os momentos sociais


da turma e níveis de conhecimento entre os integrantes;
- Estudo por Projetos – Permite a interdisciplinaridade e transversalidade
dependendo do tema do projeto, observação do desempenho. Organizar os trabalhos
de Ciências, Matemática... através de Projetos, favorece ao professor a criação de
estratégias, de forma a permitir um tratamento significativo da informação e o
estabelecimento de relação entre os diferentes conteúdos para solução de problemas,
possibilitando ao aluno a construção de conhecimento na área e a transformação da
informação e o conhecimento próprio.

Todo o Projeto tem uma sequência de etapas:

a) Definição do tema - os temas podem ser, desde os mais abrangentes ou gerais até
os mais específicos.
b) Escolha do problema - é transformar o tema em uma questão que só toma a
dimensão de um problema quando suscita dúvida, estimula a solução, cria a
necessidade de ir em busca de informações para que as soluções se apresentem,
confronta soluções diferentes, analisa-as e conclui sobre a que melhor explica o tema
em estudo.
c) Conteúdo e atividade necessários ao tratamento do problema – os conteúdos
dos projetos dizem respeito àqueles em desenvolvimento e outros novos, que
representam acréscimo à compreensão do tema. O professor deverá elaborar um
roteiro contendo os aspectos a serem investigados, os conceitos a serem construídos,
os procedimentos necessários, as atividades a serem realizadas, os materiais
necessários, as atitudes a serem desenvolvidas, esclarecer as etapas de investigação e
modo de organização dos dados obtidos.
d) Intenções ou Objetivos - devem ser apresentados, aos alunos, como norteadores
das investigações que serão feitas.
e) Fechamento do projeto - as atividades de fechamento de um projeto devem reunir e
organizar os dados, interpretá-los e responder o problema proposto; organizar
apresentações ao público interno e externo à classe (podem incluir elaborações de
folhetos, jornais, maquetes, exposições orais ou exposições de experimentos).
f) Avaliação - existem várias avaliações envolvidas no projeto:
. Avaliações de Acompanhamento - o professor as realiza observando as
contribuições individuais e os resultados parciais dos grupos durante o projeto.
. Auto-Avaliação - permite ao professor e aos alunos conhecerem, durante o
projeto, as dificuldades e as aquisições individuais.
. Avaliação Final dos Projetos - é feita para verificar a aprendizagem dos
conteúdos realizada pelos grupos.
. Avaliação do Processo e Produto dos Projetos - é feita pelos educadores, que
deverão avaliar o alcance dos objetivos ou aspectos a serem aperfeiçoados
- Estudo por Pesquisas em diversas fontes – Permite a observação da escrita, a
capacidade de síntese, formulação de conceitos, descobertas e registros.

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- Exposição dialogada – Interação professor-aluno, permite o exercício da


ética, respeito ao trabalho do outro, disciplina e responsabilidade, exercício da
linguagem oral e escrita.
- Seminários – Método de apresentação dos resultados de alguma pesquisa,
visa o desenvolvimento da competência comunicativa, desinibição, fortalecimento do
interesse pela pesquisa, pelo diálogo e pela construção coletiva do conhecimento.
- Simpósios – Geralmente o professor busca trabalhar simpósios com alunos do
9º ano. Em um simpósio o aluno examina determinado tema, com base nos relatos e/ou
avaliações realizadas presencialmente por diferentes grupos. Com esta atividade
trabalha-se o convívio com a divergência e aceitação das diferenças. Exercício de
clareza, síntese. Desenvolve a capacidade de ouvir e dar opinião.
- Painel Integrado – Por meio dessa atividade o professor trabalha com o aluno a
capacidade de análise e síntese.
- Experimentação – Para conhecer e preciso experimentar e ter a própria
opinião sobre determinado fenômeno destacado pelo professor.
- Demonstrações – O aluno constata o objeto de estudo e o demonstra.
- Uso de tecnologias interativas educacionais (laboratório de informática, TV
escola, DVD, filmes etc.)
- Realização de excursões e passeios – aguçam a curiosidade, a capacidade
de observação, atenção ao espaço, obediência a regras.
-Utilização de música como instrumento didático. O trabalho com música
deve abrir espaço para: ouvir, interpretar e improvisar. Também deve levar em
consideração a enorme diversidade de estilos musicais. Mas, acima de tudo, a atividade
tem de ser significativa para o desenvolvimento dos alunos em relação à capacidade de
apreciar e produzir música.
- Elaboração de cartazes pertinentes ao estudo com ênfase ao tema transversal
em abordado.
- Elaboração de entrevista
- Criar um jornalzinho ou mural informativo com temas alusivos e inerentes ao
estudo da disciplina abordando o tema transversal incluso.

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AVALIAÇÃO

A avaliação ao longo da história da escolaridade tem sido uma das práticas


da atividade humana. Nos dias de hoje, muitas escolas ainda seguem a orientação
conservadora, na qual é mantida uma prática avaliativa que tem como proposta a
classificação quantitativa baseada no produto final da aprendizagem, o que não
garante um saber competente.
Conforme a Resolução CME/Manaus nº. 002/2003 a avaliação deve
ser entendida como instrumento diagnóstico e de tomada de decisões, onde os
educadores deverão avaliar a qualidade do seu trabalho, buscando descobrir pontos
que necessitem de maior atenção harmonizando-se com os princípios educativos. A
avaliação é uma ação pedagógica que visa à promoção moral e intelectual do aluno e
deve ser sistemática e contínua, tendo como objetivo principal a melhoria da
ação educativa.
No artigo 24 da LDB 9394/96 inciso quinto, alínea a, refere-se a avaliação
como contínua e cumulativa do desempenho do aluno, e dá outras regras com relação a
avaliação com destaque a prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos
e dos resultados ao longo do período sobre os eventuais resultados de provas.
A avaliação envolve autoestima, respeito à vivência e cultura própria do
indivíduo, filosofia de vida, sentimentos e posicionamento político. A avaliação precisa
ser vista como parte importante do processo de ensino e aprendizagem.
Embora essas dimensões não sejam perceptíveis por alguns professores,
observa-se, por exemplo, que um professor que usa o erro do aluno como ponto inicial
para compreender o raciocínio do aluno e rever sua prática docente, e, se necessário,
reformulá-la, possui uma posição bem diversa daquele que apenas atribui zero àquela
questão e continua dando suas aulas da mesma maneira. Do mesmo modo, o educador
que faz uso de instrumentos de avaliação diversos para, ao longo de um período,
acompanhar o ensino-aprendizagem, é diferente daquele que se restringe a dar uma
prova ao final do período.
Ao falar de avaliação é importante lembrar que não devemos confundi-la
com simples testes, assim poderemos descentralizar o controle por meio de notas ou
conceitos somente.
A contextualização é fundamental para melhorar seu conhecimento e a
participação deles nas atividades de fala escuta, escrita e leitura, as quais são
fundamentais para um melhor desempenho no processo de ensino-aprendizagem e
para que fique garantida a interação e pluralidade de visões.

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A avaliação parte da concepção que se tem de ensino e aprendizagem. De


acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, surge um dado novo: a avaliação
como elemento integrador entre aprendizagem do educando e a atuação do educador
na construção do conhecimento. Simplificando, a avaliação permeia os objetivos, os
conteúdos e a prática didática. Portanto, possui três etapas: inicial, formativa e final:
a) inicial – é o reconhecimento da bagagem de conhecimento que traz o
aluno;
. instrumentaliza o professor para que possa pôr em prática seu
planejamento de forma adequada;
. atende às necessidades dos educandos;
. levanta suas concepções sobre determinados conteúdos, possibilitando
ao professor estruturar sua programação;
. serve para gerar novos conhecimentos no início do ano e no início de
novos conteúdos;
b) formativa – organizada sistematicamente de acordo com os conteúdos
significativos, levando em conta o contexto, o desenvolvimento pessoal e a faixa etária
do educando;
Instrumentos possíveis para efetivar esta etapa de avaliação:
. observação sistemática: registros diversos;
. análise da produção dos educandos;
. atividades específicas, deixando claro aos educandos o que se pretende
avaliar dos conteúdos;
. autoavaliação, ou seja, análise e interpretação pelo educando, de suas
produções.
c) final – consiste na aferição dos resultados de todo o período de
aprendizagem de acordo com os objetivos. Avalia-se a aprendizagem de alguns
conteúdos essenciais e se determinam os novos conhecimentos para serem
trabalhados.
Finalmente, a prática da avaliação não pode oferecer critérios para
aprovação ou reprovação, mas fontes para uma análise individual de cada educando e
a continuidade do processo de aprendizagem.
Pensamos em uma avaliação pautada no aproveitamento escolar e
praticada como uma atribuição de qualidade aos resultados da aprendizagem dos
alunos, tendo por base seus aspectos essenciais e, como objetivo final, uma tomada de
decisão que direcione o aprendizado e, consequentemente, o desenvolvimento do
educando.

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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Os critérios de avaliação explicitam as expectativas de aprendizagem,


considerando objetivos e conteúdos propostos para a área, a organização lógica e
interna dos conteúdos, as particularidades de cada momento da escolaridade e as
possibilidades de aprendizagem decorrentes de cada etapa do desenvolvimento
cognitivo, afetivo e social em uma determinada situação, na qual os alunos tenham
condições de desenvolvimento do ponto de vista pessoal e social.
Os critérios de avaliação apontam as experiências educativas a que os
alunos devem ter acesso e que são consideradas essenciais para o seu
desenvolvimento e socialização.
Nesse sentido, eles devem refletir de forma equilibrada os diferentes tipos de
capacidades as três dimensões de conteúdos (conceitos, procedimentos e atitudes), e
servir para encaminhar as atividades de ensino e aprendizagem.
A seguir, apresentamos algumas sugestões a respeito dos critérios de
avaliação das habilidades comunicativa tendo como referência o PCN: Língua
Estrangeira (2001).
Quanto à compreensão escrita verificar se o aluno:
1) Obtém a compreensão geral de tipos de textos variados;
2) Seleciona informações específicas do texto;
3) Demonstra conhecimento da organização textual;
4) Demonstra consciência de que a leitura não é um processo linear que
exige o entendimento de cada palavra;
5) Demonstra consciência crítica em relação aos objetivos dos textos;
6) Demonstra conhecimento sistêmico necessário para o nível de
conhecimento fixado no texto.
Quanto a avaliação da compreensão oral, os aspectos são semelhantes aos
mencionados para a compreensão escrita, acrescidos dos conhecimentos fonético-
fonológicos e de interação social.
Quanto a avaliação da produção, tanto escrita quanto oral, verificar se o
aluno:
1) Demonstra adequação na produção no que diz respeito particularmente
ao significado;
2) Demonstra conhecimento nos diferentes tipos de textos orais e escritos a
contextos de uso da língua estrangeira;
3) Demonstra adequação no uso de traços entonacionais e conhecimento
ao nível fonológico nas produções orais.

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REFERENCIAS

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BERTUOL, Ir. Olírio. Educação Evangélico – Libertadora. Colégio Gonzaga. Pelotas,


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FERRAZ, Maria Heloisa Corrêa de Toledo, Metodologia do ensino de arte / Maria


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FREIRE, Paulo. NEVES, Regina. A importância do Ato de Ler: em três artigos que
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GARDNER, Howard. Inteligências Múltiplas a Teoria na Prática. Porto Alegre: Artes


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