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ENGENHARIA ECONÔMICA

CURSOS DE GRADUAÇÃO – EAD

Engenharia Econômica – Prof. Ms. Carlos Alberto Marinheiro

Meu nome é Carlos Alberto Marinheiro, sou mestre em


Bioengenharia, pela Interunidades Escola de Engenharia de
São Paulo, Instituto de Química de São Carlos e Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo.
Tenho formação em Matemática (licenciatura plena), Pedagogia
e Engenharia Civil, com especializações em: Geometria
Analítica (Matemática), Métodos de Procedimentos Didáticos
(Educação) e Metodologia e Técnicas de Ensino (Educação)
e pós-graduação lato sensu em Metodologia do Ensino de
Matemática. Atuo como docente nas áreas de Metodologia
da Pesquisa Científica, Administração de Produção, Estatística
Aplicada à Administração, Desenho Geométrico e Geometria
Descritiva, Tópicos de Educação Matemática e Biofísica em diversos cursos de Graduação,
e com Metodologia da Pesquisa Científica nos cursos de Pós-graduação. Além disso, sou
coordenador da CPA (Comissão Própria de Avaliação) e membro do CEP (Comitê de Ética
em Pesquisa) no Centro Universitário Claretiano de Batatais.
E-mail: marinheiro@claretiano.edu.br

Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação


Carlos Alberto Marinheiro

ENGENHARIA ECONÔMICA

Batatais
Claretiano
2013
© Ação Educacional Claretiana, 2010 – Batatais (SP)
Versão: dez./2013

658.15 M289e

Marinheiro, Carlos Alberto


Engenharia econômica / Carlos Alberto Marinheiro – Batatais, SP :
Claretiano, 2013.
258 p.

ISBN: 978-85-8377-102-9

1. Conceitos básicos de Matemática. 2. Fluxo de Caixa e definições.


3. Porcentagem e juros simples. 4. Aspectos técnicos da calculadora
HP-12C. I. Engenharia econômica.

CDD 658.15

Corpo Técnico Editorial do Material Didático Mediacional


Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves

Preparação Revisão
Aline de Fátima Guedes Cecília Beatriz Alves Teixeira
Camila Maria Nardi Matos Felipe Aleixo
Carolina de Andrade Baviera Filipi Andrade de Deus Silveira
Cátia Aparecida Ribeiro Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz
Dandara Louise Vieira Matavelli Rodrigo Ferreira Daverni
Elaine Aparecida de Lima Moraes Sônia Galindo Melo
Josiane Marchiori Martins
Talita Cristina Bartolomeu
Lidiane Maria Magalini
Vanessa Vergani Machado
Luciana A. Mani Adami
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Luis Henrique de Souza Projeto gráfico, diagramação e capa
Patrícia Alves Veronez Montera Eduardo de Oliveira Azevedo
Rita Cristina Bartolomeu Joice Cristina Micai
Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Simone Rodrigues de Oliveira Luis Antônio Guimarães Toloi
Raphael Fantacini de Oliveira
Bibliotecária Tamires Botta Murakami de Souza
Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11 Wagner Segato dos Santos

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SUMÁRIO

CADERNO DE REFERÊNCIA DE CONTEÚDO


1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 11
2 ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO........................................................................... 13

Unidade 1 – CONCEITOS BÁSICOS DE MATEMÁTICA


1 OBJETIVOS......................................................................................................... 37
2 CONTEÚDOS...................................................................................................... 37
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 38
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE................................................................................ 39
5 FAZENDO OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAIS............................................... 40
6 EQUAÇÕES......................................................................................................... 57
7 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS........................................................................ 64
8 CONSIDERAÇÕES............................................................................................... 67
9 E-REFERÊNCIAS................................................................................................. 67
10 R EFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 67

Unidade 2 – FLUXO DE CAIXA


1 OBJETIVOS........................................................................................................ 69
2 CONTEÚDOS...................................................................................................... 69
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 70
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE................................................................................ 70
5 FLUXO DE CAIXA................................................................................................ 71
6 REPRESENTAÇÕES DO FLUXO DE CAIXA DE SITUAÇÕES REAIS..................... 73
7 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS......................................................................... 77
8 CONSIDERAÇÕES............................................................................................... 79
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................... 80

Unidade 3 – PORCENTAGENS E JUROS SIMPLES


1 OBJETIVOS......................................................................................................... 81
2 CONTEÚDOS...................................................................................................... 81
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE................................................ 81
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE................................................................................ 82
5 PORCENTAGEM................................................................................................. 83
6 JUROS SIMPLES................................................................................................. 89
7 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS................................................................................. 91
8 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS......................................................................... 94
9 CONSIDERAÇÕES............................................................................................... 95
10 R EFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................... 96
Unidade 4 – INTRODUÇÃO À CALCULADORA HP-12C
1 OBJETIVOS......................................................................................................... 97
2 CONTEÚDOS...................................................................................................... 97
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE................................................ 98
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE................................................................................ 99
5 LIGAR E DESLIGAR A CALCULADORA HP-12C.................................................. 99
6 CARACTERÍSTICAS GERAIS DA HP-12C............................................................ 100
7 EFETUANDO OPERAÇÕES ARITMÉTICAS SIMPLES......................................... 104
8 FUNÇÃO CALENDÁRIO DA HP-12C................................................................... 105
9 CÁLCULO DE PORCENTAGENS.......................................................................... 108
10 OUTRAS OPERAÇÕES IMPORTANTES PARA OS CÁLCULOS FINANCEIROS.........111
11 LOGARITMOS..................................................................................................... 113
12 F UNÇÕES FINANCEIRAS DA HP-12C................................................................ 114
13 Q UESTÕES AUTOAVALIATIVAS......................................................................... 118
14 C ONSIDERAÇÕES............................................................................................... 120
15 R EFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................... 121

Unidade 5 – JUROS COMPOSTOS


1 OBJETIVOS......................................................................................................... 123
2 CONTEÚDOS...................................................................................................... 123
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE................................................ 124
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE................................................................................ 124
5 COMPARAÇÃO DOS JUROS SIMPLES E DOS JUROS COMPOSTOS................. 125
6 FÓRMULA DO MONTANTE............................................................................... 125
7 EQUIVALÊNCIA DE CAPITAIS A JUROS COMPOSTOS...................................... 132
8 TAXAS EQUIVALENTES...................................................................................... 138
9 CÁLCULO COM PRAZOS FRACIONÁRIOS......................................................... 140
10 Q UESTÕES AUTOAVALIATIVAS......................................................................... 143
11 C ONSIDERAÇÕES............................................................................................... 144
12 R EFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................... 145

Unidade 6 – FORMULÁRIO
1 OBJETIVOS......................................................................................................... 147
2 CONTEÚDOS...................................................................................................... 147
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE................................................ 148
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE................................................................................ 148
5 CÁLCULO DO VALOR FUTURO (F), DADO O VALOR PRESENTE (P)................. 149
6 CÁLCULO DO VALOR PRESENTE (F), DADO O VALOR FUTURO (P)................. 150
7 CÁLCULO DO VALOR FUTURO (F), DADO O VALOR UNIFORME (U).............. 151
8 CÁLCULO DO VALOR UNIFORME (U), DADO O VALOR FUTURO (F).............. 152
9 CÁLCULO DO VALOR UNIFORME (U), DADO O VALOR PRESENTE (P)........... 154
10 C ÁLCULO DO VALOR PRESENTE (P), DADO O VALOR UNIFORME (U)........... 155
11 C ÁLCULO DO VALOR FUTURO (F), DADO O VALOR DO GRADIENTE
ARITMÉTICO (G), NUMA SÉRIE EM GRADIENTE............................................. 156
12 C ÁLCULO DO VALOR PRESENTE (P), DADO O VALOR DO GRADIANTE
ARITMÉTICO (G), NUMA SÉRIE EM GRADIENTE............................................. 158
13 C ÁLCULO DO VALOR UNIFORME (U), DADO O VALOR DO GRADIENTE
ARITMÉTICO (G), NUMA SÉRIE EM GRADIENTE............................................. 160
14 Q UESTÕES AUTOAVALIATIVAS......................................................................... 163
15 C ONSIDERAÇÕES............................................................................................... 164
16 R EFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA........................................................................... 164

Unidade 7 – ALTERNATIVAS ECONÔMICAS: MÉTODO DO VALOR


PRESENTE LÍQUIDO
1 OBJETIVOS......................................................................................................... 165
2 CONTEÚDOS...................................................................................................... 165
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE................................................ 166
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE................................................................................ 167
5 ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS ECONÔMICAS................................................... 167
6 TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE (TMA)......................................................... 168
7 CUSTO DE OPORTUNIDADE.............................................................................. 169
8 VALOR PRESENTE LÍQUIDO – TAXA DE DESCONTO........................................ 169
9 VALOR PRESENTE LÍQUIDO DE UM FLUXO DE CAIXA – CONVENÇÃO DE
SINAIS................................................................................................................. 171
10 VALOR PRESENTE LÍQUIDO DE FLUXO DE CAIXA COM PREDOMINÂNCIA
DE DISPÊNDIOS – CUSTO PRESENTE LÍQUIDO (CONVENÇÃO CONTRÁRIA
DE SINAIS).......................................................................................................... 173
11 A NÁLISE E SELEÇÃO DA MELHOR ALTERNATIVA............................................ 176
12 Q UESTÕES AUTOAVALIATIVAS......................................................................... 187
13 C ONSIDERAÇÕES............................................................................................... 188
14 R EFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................... 188

Unidade 8 – MÉTODO DO VALOR FUTURO LÍQUIDO


1 OBJETIVOS......................................................................................................... 189
2 CONTEÚDOS...................................................................................................... 189
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE................................................ 190
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE................................................................................ 190
5 VALOR FUTURO LÍQUIDO................................................................................. 190
6 VALOR FUTURO LÍQUIDO DE UM FLUXO DE CAIXA – CONVENÇÃO DE
SINAIS............................................................................................................................ 191
7 VALOR FUTURO LÍQUIDO DE FLUXO DE CAIXA COM PREDOMINÂNCIA
DE DISPÊNDIOS – CUSTO FUTURO LÍQUIDO (CONVENÇÃO CONTRÁRIA
DE SINAIS).......................................................................................................... 192
8 ANÁLISE E SELEÇÃO DA MELHOR ALTERNATIVA............................................ 193
9 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS......................................................................... 201
10 C ONSIDERAÇÕES............................................................................................... 202
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 202

Unidade 9 – MÉTODO DO VALOR UNIFORME LÍQUIDO


1 OBJETIVOS........................................................................................................ 203
2 CONTEÚDOS...................................................................................................... 203
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE................................................ 203
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE................................................................................ 204
5 SÉRIE UNIFORME EQUIVALENTE..................................................................... 204
6 ESCOLHA E SELEÇÃO DA MELHOR ALTERNATIVA........................................... 206
7 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS......................................................................... 213
8 CONSIDERAÇÕES............................................................................................... 214
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................... 215

Unidade 10 – MÉTODO BENEFÍCIO-CUSTO


1 OBJETIVOS......................................................................................................... 217
2 CONTEÚDOS...................................................................................................... 217
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE................................................ 217
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE................................................................................ 218
5 CONCEITOS DE BENEFÍCIOS E CUSTOS............................................................ 218
6 RELAÇÃO BENEFÍCIO E CUSTO......................................................................... 219
7 RELAÇÃO BENEFÍCIO-CUSTO............................................................................ 219
8 ANÁLISE INCREMENTAL – ∆B / ∆C ............................................................ 220
9 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS......................................................................... 235
10 C ONSIDERAÇÕES............................................................................................... 236
11 R EFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................... 237

Unidade 11 – MÉTODO DA TAXA DE RETORNO


1 OBJETIVOS......................................................................................................... 239
2 CONTEÚDOS...................................................................................................... 239
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE................................................ 239
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE................................................................................ 240
5 TAXA DE RETORNO............................................................................................ 240
6 SELEÇÃO DA MELHOR ALTERNATIVA............................................................... 247
7 TOMADA DE DECISÃO....................................................................................... 253
8 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS......................................................................... 254
9 CONSIDERAÇÕES............................................................................................... 255
10 E-REFERÊNCIA ................................................................................................... 255
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 256
Claretiano - Centro Universitário
Caderno de
Referência de
Conteúdo

CRC

Ementa––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Conceitos básicos de Matemática. Fluxo de Caixa e definições. Porcentagem e
juros simples. Aspectos técnicos da calculadora HP-12C. Juros compostos e sua
aplicação. Formulário financeiro. Alternativas econômicas: valor presente líquido,
valor futuro líquido, valor uniforme líquido e taxa interna de retorno – TIR.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

1. INTRODUÇÃO
Durante o exercício da profissão, os engenheiros e técnicos da
área econômico-financeira enfrentam situações que envolvem toma-
das de decisão em alternativas que se aplicam em estudos econômicos.
Nesse sentido, para que possamos analisar investimentos,
devemos considerar vários fatores, como o custo do capital em-
pregado, o prazo, o retorno e a taxa de juros para confirmar a via-
bilidade do projeto.
Alguns exemplos práticos de problemas que envolvem a En-
genharia Econômica são:
12 © Engenharia Econômica

1) Adquirir um veículo novo ou usado?


2) Qual a capacidade do reservatório de água a ser cons-
truído?
3) O depósito terá qual revestimento? E o piso?
4) Qual equipamento devo adquirir?
5) Qual investimento é mais favorável?
6) Podemos ter uma atividade com alta rentabilidade?
7) É importante aplicar em tecnologia?
8) Qual é a fonte de recursos? Ela é viável?
Todas essas questões são analisadas pela Engenharia Econô-
mica, que fornece subsídios para a sua adoção ou não.
Fazer análise de investimentos é a principal função da En-
genharia Econômica; para isso, será necessário aplicar métodos
científicos, com o objetivo de conseguir índices e coeficientes de
medida.
Uma ferramenta fundamental é a Matemática Financeira,
utilizada para instrumentar a análise com cálculos e auxiliar na
tomada de decisão. Nesse sentido, iniciaremos este Caderno de
Referência de Conteúdo oferecendo uma base teórica e prática da
Matemática Financeira.
Segundo Hummel e Taschner (1995, p. 21):
A Engenharia Econômica pode ser definida como um conjunto de
técnicas que permitem a comparação, de forma científica, entre os
resultados de tomadas de decisão referentes a alternativas diferen-
tes. Nesta comparação, as diferenças que marcam as alternativas
devem ser expressas tanto quanto possível em termos quantitativos.

Com este Caderno de Referência de Conteúdo, você recor-


dará, ainda, os conceitos de juros, porcentagens e aplicações da
Matemática. Também apresentaremos algumas técnicas de opera-
ções da calculadora financeira HP-12C. Para finalizar, serão enfoca-
dos alguns métodos de análise financeira, tais como o método do
valor presente líquido, o método do valor futuro líquido, o método
do valor uniforme líquido, o método benefício-custo e, finalmente,
o método da taxa de retorno.
© Caderno de Referência de Conteúdo 13

É importante que você saiba que a administração e a econo-


mia são atividades que abrangem situações previsíveis ou não, e
tomar decisão constitui um exercício difícil. Diante disso, ter coe-
ficientes que auxiliem na escolha de alternativas viáveis constitui
uma grande ajuda.
Embora a Matemática possa assustar um pouco, será neces-
sário conhecer vários conceitos importantes para a sua aplicação
na Engenharia Econômica.
Vale salientar que apenas o conteúdo apresentado neste mate-
rial não é suficiente para a formação de conceitos sólidos; por isso, é
muito importante que você acesse, busque e pesquise os livros apre-
sentados nas referências bibliográficas de cada unidade de estudo.
Nossos tutores estarão a postos para as suas perguntas e dúvidas.
Bons estudos!

2. ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO

Abordagem Geral
Neste tópico, apresenta-se uma visão geral do que será estu-
dado neste Caderno de Referência de Conteúdo. Aqui, você entrará
em contato com os assuntos principais deste conteúdo de forma
breve e geral e terá a oportunidade de aprofundar essas questões
no estudo de cada unidade. No entanto, essa Abordagem Geral
visa fornecer-lhe o conhecimento básico necessário a partir do
qual você possa construir um referencial teórico com base sólida
– científica e cultural – para que, no futuro exercício de sua profis-
são, você a exerça com competência cognitiva, ética e com respon-
sabilidade social.
A Engenharia Econômica consiste em analisar várias alterna-
tivas econômicas, optando pela mais viável, seja pelo tempo, seja
pelo valor econômico. A seguir, abordaremos, brevemente, o que
será estudado em cada unidade.

Claretiano - Centro Universitário


14 © Engenharia Econômica

Unidade 1
Para determinar índices de análise, vamos utilizar os recur-
sos da Matemática Financeira e as suas diversas fórmulas.
A Matemática sempre foi um problema para vários estudan-
tes e profissionais, e, diante disso, resolvemos iniciar este Caderno
de Referência de Conteúdo fornecendo bases matemáticas para a
aplicação da Engenharia Econômica.
Inicialmente, apresentaremos os conceitos dos números
reais, que são a base dos cálculos matemáticos. Além disso, vamos
apresentar as operações básicas e seus desenvolvimentos.
Dando continuidade, enfocaremos as famosas frações, que
causam espanto em vários estudantes e profissionais. As várias
operações com frações serão explicitadas, bem como as regras bá-
sicas de sua construção.
Nesse sentido, recordaremos que, para somar frações, deve-
mos conservar o denominador, que é o valor que está abaixo do
traço da fração, e somar os numeradores, que são os valores que
estão acima desse traço. Vale enfatizar que o traço que representa
a fração deverá ser sempre utilizado na posição horizontal. No
Ms Word, contudo, não conseguimos colocá-lo nessa posição (ho-
rizontal); por isso, devemos recorrer ao Equation, que deverá ser
configurado no próprio Word. Você verá, ainda, que somar, dividir
e multiplicar frações exigem algumas propriedades.
A Matemática Financeira utiliza, ainda, a fórmula de juros
compostos, em que a potência será o tempo; diante disso, serão
apresentadas as propriedades de todas as operações que envol-
vem as potências.
Recordaremos, ainda, as propriedades de operações que en-
volvem a soma, a subtração, a divisão e a multiplicação de potên-
cias, apresentando vários exemplos práticos.
É nesse contexto que exemplificaremos a função logarítmi-
ca, a qual pode, com suas propriedades, simplificar algumas ope-
© Caderno de Referência de Conteúdo 15

rações da Matemática Financeira, sobretudo com os conhecimen-


tos básicos do logaritmo decimal e do neperiano, presentes nos
cálculos de juros compostos.
Na sequência, vamos recordar os conceitos e as definições
de funções, bem como veremos que as relações financeiras são
baseadas em equações de primeiro e segundo graus. As equações
de segundo grau, em que o expoente é o número 2, podem ter
até duas respostas, ou duas raízes, aplicando-se aí a fórmula de
Bhaskara.
Já para as equações incompletas, podemos calcular as raízes
de forma simples; porém, quando a equação está completa, com
valores significativos em todos os coeficientes, precisamos aplicar
a famosa fórmula de Bhaskara, desenvolvida por esse filósofo in-
diano, sendo capaz de determinar as raízes de uma equação de
segundo grau.
Geralmente, os resultados de cálculos financeiros são repre-
sentados com duas “casas” depois da vírgula, chamadas de casas
decimais. Para apresentar os resultados de contas cujos resultados
não são exatos, devemos “aproximar” os valores representativos
dos resultados.
Para “arredondar” esses valores, devemos utilizar uma regra
básica, que consiste em “conservar” os valores cujos algarismos
subsequentes sejam 0, 1, 2, 3 e 4, e acrescentar uma unidade nos
valores 5, 6, 7, 8 e 9.
Após a demonstração do método de arredondamento, va-
mos enfocar o Fluxo de Caixa e suas características.

Unidade 2
O Fluxo de Caixa representa as aplicações e os saques du-
rante um determinado período, em que os valores de “entrada”
são colocados em um dos lados do eixo, e os valores de “saída”
são posicionados do outro lado. A calculadora HP-12C utiliza esse
conceito.

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16 © Engenharia Econômica

Para contribuir com a compreensão desses conceitos, serão


apresentadas convenções adotadas para a representação de um
Fluxo de Caixa, bem como disponibilizaremos vários exemplos de
aplicação.
Uma situação prática que podemos antecipar a você e que
mostra a utilidade do Fluxo de caixa é a seguinte: imagine que foi
feito um depósito de $2000,00, e, dois meses depois, foi realiza-
da uma retirada de $500,00. No próximo mês, foram depositados
mais mil reais. Se a taxa de juros é de 5% ao mês, quanto haverá na
conta depois de seis meses?
Note que, nesse exemplo, há vários dados monetários e
de tempo, sendo que os períodos não são constantes. Para com-
preender o problema, é importante que construamos um Fluxo de
Caixa, que deixará exposta, graficamente, a situação, ficando mais
fácil a sua resolução.
Ainda na Unidade 2, vamos compreender alguns termos téc-
nicos utilizados nas operações financeiras, tais como “estudo de
viabilidade”, “risco”, “gradiente”, “taxa nominal”, entre outros.

Unidade 3
Na Unidade 3, veremos que a porcentagem é um conceito
de proporção interessante e muito utilizado. Por exemplo, sempre
que expressarmos uma proporção de taxa, rendimento ou fatura-
mento, utilizaremos a porcentagem como medida.
Basicamente, denominamos de “cem por cento” (100%) o
total; logicamente, cinquenta por cento (50%) será a metade do
valor e, consequentemente, 25 por cento (25%) será a quarta par-
te. Você pode perceber que a sua compreensão é muito fácil; con-
tudo, os cálculos para se chegar a esse valor ou a essa proporção
às vezes não são tão simples assim.
Por exemplo, se o salário de Paulo era de $2000,00 e teve um
aumento de 5%, ele passou a ser de $2100,00. Podemos calcular,
© Caderno de Referência de Conteúdo 17

então, 5% e, depois, acrescentá-lo ao salário de $2000,00; tam-


bém podemos multiplicar o salário por 1,05, e teremos, da mesma
forma, $2100,00. Essas regras práticas devem ser utilizadas duran-
te os cálculos para não perder tempo durante as operações.
Outro exemplo de trabalhar com a porcentagem seria a ope-
ração inversa. Assim, se Paulo tivesse um acréscimo de 5% em seu
salário e passasse a ganhar $2100,00, qual seria o salário antigo
de Paulo?
Para resolver esse problema, devemos fazer uma peque-
na regra de três, na qual vamos dizer que $2100,00 equivalem a
105%, e vamos calcular o quanto seria 100%. Efetuando o cálculo,
chegaremos aos $2000,00.
Na sequência, estudaremos os juros simples, que são aque-
les baseados no capital inicial e que possuem uma evolução cons-
tante, pois são sempre baseados em um valor fixo. Para calcular
os juros simples, devemos multiplicar o capital pela taxa e pelo
tempo, lembrando que estes (a taxa e o tempo) devem estar na
mesma unidade, ou seja, se a taxa está ao mês, o tempo deverá
ser em meses também.
A taxa é representada por um símbolo de porcentagem e
deverá ser convertida em numeral. Por exemplo, 20% deverá ser
representado por 0,20. Da mesma forma, 25% será representado
por 0,25. Para comprovar, multiplique um valor qualquer por 0,25,
e você verá que o resultado ficará dividido por 4 – isso porque 25%
é a quarta parte de um todo. Diante disso, para dividir um número
por 5, podemos multiplicá-lo por 0,20, que representa 20%. Muito
fácil, não?
Para o cálculo de taxa, tempo e capital, basta utilizar a fór-
mula principal de juros simples.
É justo que, em uma determinada sociedade, os lucros e os
prejuízos sejam distribuídos entre os vários sócios de forma pro-
porcional aos capitais empregados e ao tempo durante o qual fo-
ram empregados. Para isso, utilizamos a regra de sociedade.

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18 © Engenharia Econômica

Um exemplo prático dessa regra seria a distribuição de


$30000,00 de lucro de uma empresa que possui dois sócios. O pri-
meiro sócio possui 200 cotas, e o segundo possui 600 cotas. Quan-
to caberá a cada um?
Para solucionar o problema, vamos fazer uma divisão em
partes diretamente proporcionais. Inicialmente, deveríamos divi-
dir $30000,00 em partes proporcionais a 200 e 600. A regra mais
prática é dividir o lucro de $30000 por 800 cotas e descobrir a pro-
porção por cada cota. Nesse caso, temos como resposta 37,5, que,
multiplicado por 200, daria 7500, e que, multiplicado por 600, te-
ria como resultado 22500. Dessa forma, o sócio que possui 200
cotas receberia $7500,00, e o sócio com 600 cotas, $22500,00.
Podemos também estabelecer outros tipos de proporções,
como dividir um gasto de $800,00 em uma pescaria, proporcional
aos dias em que cada pescador ficou no rancho. O procedimento
seria o mesmo, fazendo-se a proporção pelos dias.

Unidade 4
Na Unidade 4, observaremos que uma ferramenta bastante
interessante para os cálculos das operações financeiras é a calcu-
ladora HP-12C. Essa é uma máquina que foi lançada em 1981 e
permanece até hoje no mercado, sempre com novos modelos e
inovações.
O que torna interessante a HP-12C é o sistema RPN (Notação
Polonesa Reversa), em que não há a tecla com o sinal de igual (=).
No seu lugar, está a tecla ENTER.
Nessa calculadora, inserimos um valor digitando, por exem-
plo, [8] e [ENTER]. A partir disso, podemos fazer qualquer opera-
ção de forma simples e objetiva.
Se desejamos somar 3, basta digitar [3] e [+]. Se desejamos
subtrair 5, basta digitar [5] e [-]. Já para multiplicar por 12, deve-
mos digitar [12] e o sinal de multiplicação [x].
© Caderno de Referência de Conteúdo 19

O sistema de pilhas deixa registrado o valor em uma série


de quatro pilhas, o que permite que as operações sejam feitas de
forma prática e simples.
Para definir o número de casas decimais, basta digitar [f] e
o número de casas desejado. Caso as casas decimais estejam se-
paradas por um ponto, que é o sistema americano de numeração
financeira, desligamos a calculadora e, em seguida, pressionamos
a tecla ponto [.] e ligamos a calculadora [ON].
A calculadora possui 20 memórias e, para guardar valores
em cada uma delas, devemos pressionar a tecla [STO].
Como exemplo prático, vamos guardar o número 213 na me-
mória. Pressionamos o número [213], a tecla [ENTER], em seguida
[STO] e o número [4]. Dessa forma, armazenamos o número 213
na memória 4. Para relembrar ou reclamar o valor memorizado,
devemos digitar a tecla [RCL], ou seja, digitar [RCL] e o número [4].
No visor, aparecerá o número 213 que estava na memória 4.
Podemos armazenar valores nas memórias 1, 2, 3, até o 0.
Outra função interessante para os propósitos financeiros é
a função calendário (DATE). Como exemplo prático, podemos des-
cobrir o dia da semana do natal de 2020. Para isso, vamos deixar a
calculara preparada para receber datas no formato dia, mês, ano,
ou seja, deverá aparecer no visor da calculadora D.MY (em inglês:
day, month, year). Para tanto, vamos utilizar a função azul [g] e a
tecla [4].
Caso não apareçam essas letras, a calculadora recebe datas
no formato americano, ou seja, mês, dia, ano. Para voltar para esse
padrão (americano), digite a função azul [g] e [5].
Bem, já que estamos no Brasil, vamos deixar sempre no visor
da calculadora o D.MY.
Vamos descobrir, então, em qual dia da semana será o natal
de 2020. Digitamos [25]; em seguida, um ponto [.]; depois, [12];
e, por fim, [2020]. Note que colocamos um ponto somente após o

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20 © Engenharia Econômica

dia. Em seguida digite [ENTER], o número zero [0] (não desejamos


saber datas acima ou abaixo), a função azul [g] e a tecla [CHS].
No visor, aparecerá 25.12.2020 5. Note que, após a data,
aparece um número, que, no caso, é 5. Como se adota o 1 para
a segunda-feira, o 2 para a terça-feira, o 3 para a quarta-feira, e
assim por diante, o número 5 no visor indica que o natal de 2020
será em uma sexta-feira. Para descobrir o dia da semana em que
você nasceu, proceda da mesma maneira.
Da forma que fixamos uma data, podemos também desco-
brir qual data seria 500 dias após um determinado período. Por
exemplo, se hoje é dia 10 de março de 2011, quando será 500 dias
depois? Para isso, digite a data de hoje, lembrando que deve ser
dia, ponto, mês e ano. Digite [ENTER]; em seguida, [500] (note
que é positivo; então, será depois), a função azul [g] e a tecla CHS
[DATE]. No visor, aparecerá 22.07.2012 7. Será, então, no dia 22
de julho de 2012, em um domingo (indicado pelo número 7 após
a data).
Também podemos descobrir quantos dias foram decorridos
entre duas datas; para isso, utilizaremos a tecla ΔDYS (está acima
da tecla ENTER). Note que todas as teclas são azuis; por isso, deve-
remos sempre digitar a tecla [g] antes da função.
Para determinar o número de dias que você viveu até hoje,
basta digitar a sua data de nascimento. O procedimento é o se-
guinte:
1) digite a data do seu nascimento;
2) pressione a tecla [ENTER];
3) digite a data de hoje;
4) digita a tecla azul [g];
5) digite a tecla ΔDYS.
No visor, aparecerá o número de dias entre as duas datas
que digitou.
© Caderno de Referência de Conteúdo 21

As primeiras teclas da fileira superior da calculadora pos-


suem as funções financeiras de juros compostos, em que [n] re-
presenta o período (ou tempo), a tecla [i] representa a taxa, que
deverá ser digitada sem ser transformada em decimal, a tecla [PV],
que representa o valor presente ou capital, a tecla [PMT], que re-
presenta a prestação, e a tecla [FV], que representa o valor futuro
ou montante – lembrando que o montante é o capital adicionado
pelos juros.
Como exemplo prático, podemos aplicar $2000,00 à taxa de
10% ao mês durante 3 meses. Para saber qual será o montante, ou
seja, o valor final após os 3 meses, devemos realizar os seguintes
passos:
1) digitar [2000] e, em seguida, [PV] (indicando que é o ca-
pital);
2) digitar o número [10] e, depois, a tecla [i];
3) digitar o número [3] e a tecla [n];
4) pressionar a tecla [FV] (cálculo do montante).
Aparecerá o número 2.662, que é o resultado da aplicação
de 2000 durante 3 meses a juros compostos de 10 por cento ao
mês.
Podemos fazer a mesma forma para calcular o capital, a taxa
ou o tempo.

Unidade 5
Os juros compostos constituem as bases da Matemática Fi-
nanceira, pois representam os juros sobre capital mais juros acu-
mulados. Note que teremos uma função exponencial, pois os juros
serão calculados sempre sobre o capital acrescido dos juros, que
se tornam capital para a próxima operação.
Os juros simples constituem uma função linear, mas os juros
compostos formam uma função exponencial.
Já vimos que a calculadora HP-12C, de forma simples, permi-
te o cálculo de todos os elementos, ou seja, tempo, taxa, capital,
montante.

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22 © Engenharia Econômica

Para o cálculo dos juros compostos, vamos utilizar uma fór-


mula básica, que é:
M = C . (1 + i)n
Observe que, nessa fórmula, há uma potência, na qual o ex-
poente é o tempo. Da mesma forma que os juros simples, o tempo
deverá estar na mesma unidade que a taxa, ou seja, se esta estiver
ao ano, o tempo também deverá estar ano; se for em dias, o mes-
mo ocorre.
Para a solução de problemas de juros compostos utilizando
a fórmula, devemos ter em mãos uma calculadora científica, que
possui a tecla [yx]. Dessa forma, os cálculos serão simplificados; caso
contrário, devemos ficar multiplicando a base (1 + i) várias vezes.

Unidade 6
Todos os cálculos feitos com a HP-12C podem ser feitos com
uma calculadora científica, utilizando as fórmulas. Um formulário
será apresentando na Unidade 6 deste material.

Unidade 7
Para analisar qual a melhor alternativa econômica, a Mate-
mática Financeira oferece vários métodos, dos quais apresentare-
mos, em primeiro lugar, o método do valor presente líquido.
Esse método consiste em comparar os valores do Fluxo de
Caixa com o capital ou valor presente.
Inicialmente, vamos definir os conceitos de taxa mínima de
atratividade (TMA), que é também chamada de taxa de expectati-
va, ou taxa de equivalência, e representa o índice básico de com-
paração para a análise.
O método do valor presente líquido consiste em determinar
o valor no instante inicial, a partir de um Fluxo de Caixa formado
por uma série de receitas e dispêndios.
© Caderno de Referência de Conteúdo 23

Para exemplificar, vamos apresentar um exercício analisando


dois equipamentos: K e L.
O equipamento K tem o custo de $50.000,00 e o equipamen-
to L tem o custo de $80.000,00. São dados, também, o custo anual
de manutenção, o valor residual para venda e a vida útil. Consi-
derando uma taxa de atratividade de 20% a.a., qual equipamento
devemos adquirir?
No exemplo anterior, o prazo de duração foi de 10 anos. Para
determinar o valor presente líquido, então, vamos representar os
dados em um diagrama de Fluxo de Caixa.
Como vimos, o equipamento K tem um custo de $50.000,00,
o custo de manutenção é de $20.000,00 durante os 10 anos, e é
apresentado um valor residual de venda de $4.000,00. Em contra-
partida, o equipamento L tem um custo de $80.000,00, o seu custo
de manutenção é de $15.000,00 e o valor residual de venda é de
$8.000,00. A taxa de atratividade, por sua vez, é de 20% a.a.
Aplicando a fórmula para cada equipamento, verificamos
que a alternativa K equivale a um equipamento em que se inves-
tem $133.204,00, enquanto a alternativa L equivale a um investi-
mento de $141.595,50. Logo, devemos optar pelo equipamento K,
uma vez que é ele que exige um investimento menor.
Também podemos resolver esse problema utilizando a cal-
culadora HP-12C, o que simplifica significativamente os nossos cál-
culos.
Podemos ter, ainda, uma situação em que as alternativas
possuam durações desiguais. Nesse caso, deveremos calcular o
MMC, ou seja, o mínimo múltiplo comum dos tempos, bem como
aplicar a fórmula por ciclos.
Quando temos aplicações mensais iguais, utilizaremos a re-
lação de uniformidade, o que simplifica os cálculos.

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24 © Engenharia Econômica

Unidade 8
Outro método utilizado é o valor futuro líquido. Nesse caso,
consideraremos o instante final (montante).
Como aplicação prática, podemos expor uma situação em
que uma máquina é comprada por $30.000,00 e guardada por 2
anos. Após esse período, ela é vendida por $62.000,00, e as despe-
sas anuais são de $9.000,00. Sendo 20% ao ano a taxa mínima de
atratividade, qual será o valor futuro do investimento?
Para os cálculos, devemos fazer o Fluxo de Caixa para deixar
mais clara a situação apresentada e, em seguida, efetuar os cálculos.
Basicamente, vamos transformar os $30.000,00 em valor fu-
turo, que seriam $43.200,00 (2 anos, com a taxa de 20% ao ano), e
as duas despesas anuais de $9.000,00, que seriam $19.800,00. Esses
dois valores entram nos cálculos com valor negativo, que são soma-
dos com os $62.000,00 da venda, resultando $1.000,00. Por resultar
de modo negativo, podemos afirmar que haverá um dispêndio.
Também podemos analisar a melhor alternativa, dentre duas
ou mais apresentadas. Da mesma forma, transportamos todos os
valores para o final do período (valor futuro) e comparamos qual o
melhor equipamento ou alternativa.
Como exemplo, podemos apresentar duas alternativas, X e
Y, sendo que o custo inicial da alternativa X é $200.000 e o de Y
é $300.000. O custo anual de manutenção da alternativa X é de
$40.000 e da alternativa Y é de $20.000. O tempo de duração, por
sua vez, é de 10 anos para cada alternativa, e a taxa, de 5% a.a.
Transportando todos os valores para o final do fluxo, obser-
vamos a alternativa X em análise incremental com a alternativa Y,
de forma que podemos concluir que a alternativa Y será a melhor.

Unidade 9
O método do valor uniforme líquido consiste em transformar
os valores apresentados no Fluxo de Caixa em valores uniformes.
© Caderno de Referência de Conteúdo 25

Para exemplificar, vamos supor aplicações diferentes duran-


te 4 anos, ou seja: no ano 1, $200,00; no ano 2, $300,00; no ano
3, $400,00; e, no ano 4, $100,00. Se a taxa for de 15% ao ano, qual
valor substituiria todas essas quatro aplicações feitas, produzindo
o mesmo resultado? Perceba que o que desejamos é um valor uni-
forme.
Para solucionar esse problema, vamos transformar todos os
valores em valor presente, ou seja, vamos transformar os valores
de cada ano, que são montantes, em capitais. Somados todos os
valores, temos o valor presente líquido da aplicação. No caso espe-
cífico, o VPL será de $720,94.
Utilizando outra fórmula, vamos distribuir esse valor ao lon-
go do período de quatro anos, mantendo a taxa de aplicação, e
chegamos ao valor de $252,52, que representa a aplicação uni-
forme em cada ano, substituindo, assim, todas as outras descritas
anteriormente.
A calculadora HP-12C, de maneira simples, permite registrar
os diversos valores diferentes da aplicação, utilizando as teclas
[CFo] e [CFj]. O valor presente líquido (ou VPL) é, então, determi-
nado, e, utilizando a tecla [PMT], calculamos o valor uniforme.
Também podemos determinar a melhor alternativa dentre
duas ou mais apresentadas, utilizando esse método. Assim, a al-
ternativa que apresentar o menor valor será adotada.

Unidade 10
Outro método interessante é o do benefício-custo, cuja gran-
de vantagem é poder ser utilizado em pequenas ou grandes análi-
ses econômicas e com empresas particulares ou governamentais.
Esse método é amplamente utilizado em análise de obras
públicas, em que o prazo geralmente é bem grande. Devemos con-
ceituar, inicialmente, ambos os termos para ficar mais fácil a com-
preensão desse método:

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26 © Engenharia Econômica

• Benefícios: podem ser classificados como avaliações es-


pecíficas de receitas, faturamentos, dividendos e tudo
mais que pode trazer benefícios para o empreendimen-
to em questão. Note que o conceito de benefício é ge-
nérico, uma vez que cada pessoa pode considerar como
benefício algo que outra não classifique dessa maneira.
De modo geral, vamos considerar esse conceito como to-
dos os elementos que contribuem para que o empreen-
dimento considerado tenha seus objetivos alcançados de
forma prática, objetiva e rápida.
• Custos: vamos considerar os custos como avaliações es-
pecíficas de dispêndios, gastos, despesas, pagamentos e
todas as formas que possam endividar o empreendimen-
to considerado. O conceito de custo é muito relativo, uma
vez que pode ser alto ou baixo, estando sempre relacio-
nado com o benefício que trará no final.
Para exemplificar, vamos estabelecer a relação (razão) bene-
fício-custo (B/C). Para isso, vamos confeccionar uma tabela com os
valores de benefício e custos de várias alternativas. Em seguida,
dividimos o valor do benefício pelo custo de cada alternativa; se o
valor for maior que 1, ele é viável, pois o benefício é maior que o
custo.
De imediato, não podemos afirmar qual é a melhor alterna-
tiva ou optar por uma que tenha um valor de relação B/C maior do
que o das outras alternativas.
A definição da melhor alternativa deve ser feita por meio da
análise incremental, em que cada alternativa é comparada com
a melhor alternativa anterior, colocando-se os custos em ordem
crescente.
O próximo passo é colocar as alternativas em ordem cres-
cente de custos. Nesse sentido, vale salientar que a alternativa de
custo mais baixo é considerada padrão, ou seja, 1.
© Caderno de Referência de Conteúdo 27

Em seguida, compara-se cada alternativa com a melhor al-


ternativa anterior, estabelecendo a razão. A alternativa que pos-
suir a maior razão será a adotada. Podemos, também, continuar a
classificação de todas as alternativas, estabelecendo uma ordem
de escolha.
Nesse contexto, a calculadora HP-12C continua sendo uma
ótima ferramenta para simplificar os cálculos.

Unidade 11
Finalmente, temos o método da taxa de retorno, que pode
ser utilizado quando contratamos um investimento, em que, geral-
mente, estabelecemos uma taxa mínima de atratividade, ou taxa
de equivalência, ou, ainda, taxa de expectativa.
Dessa forma, comparando-se a quantia ganha com a quan-
tia investida, temos uma parcela percentual denominada taxa de
retorno.
As comparações são feitas entre as quantias recebidas e as
quantias investidas no instante inicial, sendo comum transformar
todas as quantias analisadas em quantias equivalentes no instante
inicial para achar o valor presente líquido.
Você tem de perceber como é importante o conceito de VPL,
ou seja, o valor presente líquido. Ele representa o valor aplicado,
ou valor inicial, ou o capital.
Vamos a um exemplo de aplicação: se tivéssemos um inves-
timento igual a 100, produzindo uma taxa de retorno de 10% a.a.,
teríamos, após um ano, um retorno igual a 110. O valor presen-
te líquido do Fluxo de Caixa seria nulo, pois o VPL seria igual a
$100,00 mais a taxa de 10%, sendo subtraído do valor de retorno,
que é 110.
Se a taxa mínima de atratividade (TMA) fosse igual a 7%
a.a., e a taxa de retorno também fosse de 7% a.a., teríamos, para
um investimento de 100, um retorno, após um ano, de 107.

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28 © Engenharia Econômica

Nesse caso, o valor presente líquido (VPL) também seria nulo,


pois seria a aplicação de $100,00, subtraído do valor de $107,00,
menos a taxa de 7%, que retornaria aos $100,00.
Contudo, note que, se tivéssemos um investimento de 100,
um retorno de 110 e uma TMA de 7% a.a., teríamos um VPL posi-
tivo, indicando uma aceitação do investimento.
Para exemplificar isso, vamos a um exemplo numérico: uma
pessoa recebeu uma proposta para investir $20.000,00, com pro-
messa de receber $5.000,00, anualmente, durante 5 anos, bem
como receber $15.000,00 no 7º ano a partir do investimento ini-
cial. Qual a taxa de juros considerada, ou seja, qual foi a taxa de
retorno? Deve a proposta ser aceita, considerando ser de 15% a
taxa mínima de atratividade (TMA)?
Inicialmente, deve-se calcular o VPL, igualando-o a zero, con-
cluindo o valor da taxa de retorno. Para a solução do problema,
devemos aplicar o método de determinação aproximada da taxa
de retorno, que consiste em transformar a equação VPL, em que
podem aparecer duas ou mais incógnitas, em uma equação com
uma só incógnita.
Perceba que consideraremos preponderante o U = 5.000,
pois ele aparece 5 vezes. Nesse caso, transformaremos as cinco
5
anuidades de 5.000 em 7 anuidades de U = 5000 . , ao mesmo
7
tempo em que transformamos o valor 15.000, que está localizado
15000
no período 7, em sete contribuições iguais a U = . Perceba
7
que essa é uma maneira simplificada e aproximada.
Por meio de tabelas, em que estão os valores da relação va-
lor presente, valor uniforme e período, vamos determinar que a
taxa seria de, aproximadamente, 21%.
© Caderno de Referência de Conteúdo 29

Esse é um valor aproximado, pois agora devemos colocar as


taxas encontradas na fórmula de “VPL igual a zero” até encontrar a
taxa que representará a real taxa interna de retorno.
Tomar decisões em empreendimentos financeiros é uma ati-
vidade de risco, e contar com coeficientes de análise é fundamen-
tal para o sucesso de empreendimentos.

Glossário de Conceitos
O Glossário de Conceitos permite a você uma consulta rá-
pida e precisa das definições conceituais, possibilitando-lhe um
bom domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de
conhecimento dos temas tratados no Caderno de Referência de
Conteúdo Engenharia Econômica. Veja, a seguir, a definição dos
principais conceitos:
1) Alternativa econômica: é uma opção, dentre outras,
para a tomada de decisão na aplicação financeira. Geral-
mente, dispomos de várias alternativas que devem ser
classificadas de acordo com um critério econômico.
2) Carência: existem ocasiões em que há um prazo neutro
entre a data do recebimento P e a data do primeiro paga-
mento U, no qual ou nada se paga, ou são pagos apenas os
juros. Esse prazo neutro é chamado de prazo de carência.
3) Decisão: de acordo com Hirschfeld (2000), a decisão é a
alocação de recursos a uma das alternativas econômicas,
possibilitando sua execução. Devemos tomar muito cui-
dado no julgamento das alternativas econômicas, pois
a alocação de recursos inicia um processo de execução
que, na maior parte das vezes, é irreversível. A alterna-
tiva julgada mais conveniente necessita estar lastreada
em bases seguras para não incorrer em erros irrepará-
veis, que o tempo se encarregará de demonstrar.
4) Estudo de viabilidade: é o estudo que fazemos em um
projeto a ser executado, a fim de verificar sua validade
(viabilidade), levando-se em consideração os aspectos
técnicos, comerciais, administrativos, jurídicos e finan-
ceiros.

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30 © Engenharia Econômica

5) Gradiente: se, numa série de compromissos financeiros,


existir um aumento contínuo em cada período, tal au-
mento é designado por G, chamando-se gradiente arit-
mético. Por exemplo, se aplicarmos, no mês 4, $500,00;
no mês 5, $600,00; no mês 6, $700,00; e, no mês 7,
$800,00, o Gradiente será de $100,00; em outras pala-
vras, ele é o valor constante que está sendo adicionado
a cada aplicação.
6) Período de capitalização: é um período em que uma
quantia rende uma taxa de juros i, após o qual os valores
resultantes dos juros são somados à quantia acumulada
até então. No período seguinte, tal soma renderá nova-
mente a taxa de juros i, repetindo-se o mesmo processo
até o final dos períodos.
7) Quantidades equivalentes: esse conceito será muito
utilizado na análise de investimentos. Os cálculos da
Matemática Financeira permitem que um investimento
seja considerado em várias datas, respeitando a taxa e
o valor investido. Tornamos equivalentes montantes em
datas diferentes.
8) Risco: é a possibilidade de obter resultados insatisfató-
rios mediante uma decisão. Há riscos enormes quando
uma decisão é subjetiva.
9) Taxa equivalente: dizemos que duas taxas são equiva-
lentes quando, ao serem aplicadas sobre um mesmo
capital, pelo mesmo período de tempo, produzem o
mesmo montante. A taxa de juros equivalente pode ser
aplicada no regime de juros simples ou compostos. Ao
regime de capitalização composto, não podemos dizer
que juros compostos de 1% ao mês equivalem a juros
compostos de 12% ao ano. Durante o desenvolvimento
deste Caderno de Referência de Conteúdo, aprendere-
mos a converter isso.
10) Taxa nominal e taxa efetiva de juros: exemplificando,
poderíamos estabelecer uma quantia de $20.000,00
aplicada por um período de 1 ano, rendendo juros de
10% a.a., e sendo o período de capitalização de, tam-
bém, 1 ano. Após o prazo de 1 ano, teríamos: 20000 +
10% = 22000. Como a taxa de juros é anual e o período
© Caderno de Referência de Conteúdo 31

de capitalização também, dizemos que a taxa nominal de


juros coincide com a taxa efetiva. Poderia ocorrer, ainda,
de a quantia de $20.000,00 ser aplicada por um perío-
do de 1 ano, rendendo juros de 10% a.a., cujo período
de capitalização fosse igual a 1 semestre (em lugar de
1 ano). Nesse caso, os juros anuais de 10% seriam ape-
nas nominais, não efetivos. Fazendo os cálculos, no pe-
ríodo de capitalização, que é de 1 semestre (metade de
1 ano), ter-se-ia uma taxa igual a 5% (metade de 10%),
e, após o 1º semestre, teríamos: 20000 + 5% = 20000 +
1000 = 21000. Para o 2º semestre, teríamos o valor de
21000 + 5% = 21000 + 1050 = 22050. Comparando os
$22.000,00 do primeiro caso com os $22.050,00 desse
segundo caso, notamos uma diferença no total. No ex-
posto, percebemos que a taxa nominal de juros é de 10%
a.a.; porém, a taxa efetiva é de 10,25% a.a.
11) Taxa prefixada: a taxa do empréstimo ou aplicação é fi-
xada na data do início da operação e será aplicada no
final ou no resgate. Não dependerá de variações e osci-
lações de algum indicador financeiro ou econômico.
12) Taxa proporcional: o conceito de taxa proporcional é
utilizado somente no regime de capitalização simples
(juros simples). Dizemos que uma taxa de juros simples
de 1% ao mês é proporcional a uma taxa de 12% ao ano.
13) Valor futuro: o valor futuro corresponde ao montante
após o período de capitalização, sendo também repre-
sentado por F. Na calculadora HP-12C, é representado
por FV (Future Value).
14) Valor presente: o valor presente é o capital empregado,
sendo também representado por P. Na calculadora HP-
-12C, ele é representado por PV (Present Value).

Esquema dos conceitos-chave


Para que você tenha uma visão geral dos conceitos mais im-
portantes deste estudo, apresentamos, a seguir (Figura 1), um Es-
quema dos Conceitos-chave do Caderno de Referência de Conteú-
do. O mais aconselhável é que você mesmo faça o seu esquema de

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32 © Engenharia Econômica

conceitos-chave ou até mesmo o seu mapa mental. Esse exercício


é uma forma de você construir o seu conhecimento, ressignifican-
do as informações a partir de suas próprias percepções.
É importante ressaltar que o propósito desse Esquema dos
Conceitos-chave é representar, de maneira gráfica, as relações en-
tre os conceitos por meio de palavras-chave, partindo dos mais
complexos para os mais simples. Esse recurso pode auxiliar você
na ordenação e na sequenciação hierarquizada dos conteúdos de
ensino.
Com base na teoria de aprendizagem significativa, entende-se
que, por meio da organização das ideias e dos princípios em esque-
mas e mapas mentais, o indivíduo pode construir o seu conhecimen-
to de maneira mais produtiva e obter, assim, ganhos pedagógicos
significativos no seu processo de ensino e aprendizagem.
Aplicado a diversas áreas do ensino e da aprendizagem es-
colar (tais como planejamentos de currículo, sistemas e pesquisas
em Educação), o Esquema dos Conceitos-chave baseia-se, ainda,
na ideia fundamental da Psicologia Cognitiva de Ausubel, que es-
tabelece que a aprendizagem ocorre pela assimilação de novos
conceitos e de proposições na estrutura cognitiva do aluno. Assim,
novas ideias e informações são aprendidas, uma vez que existem
pontos de ancoragem. 
Tem-se de destacar que “aprendizagem” não significa, ape-
nas, realizar acréscimos na estrutura cognitiva do aluno; é preci-
so, sobretudo, estabelecer modificações para que ela se configure
como uma aprendizagem significativa. Para isso, é importante con-
siderar as entradas de conhecimento e organizar bem os materiais
de aprendizagem. Além disso, as novas ideias e os novos concei-
tos devem ser potencialmente significativos para o aluno, uma vez
que, ao fixar esses conceitos nas suas já existentes estruturas cog-
nitivas, outros serão também relembrados.
Nessa perspectiva, partindo-se do pressuposto de que é
você o principal agente da construção do próprio conhecimento,
© Caderno de Referência de Conteúdo 33

por meio de sua predisposição afetiva e de suas motivações inter-


nas e externas, o Esquema dos Conceitos-chave tem por objetivo
tornar significativa a sua aprendizagem, transformando o seu co-
nhecimento sistematizado em conteúdo curricular, ou seja, esta-
belecendo uma relação entre aquilo que você acabou de conhecer
com o que já fazia parte do seu conhecimento de mundo (adap-
tado do site disponível em: <http://penta2.ufrgs.br/edutools/
mapasconceituais/utilizamapasconceituais.html>. Acesso em: 11
mar. 2010).

Figura 1 Esquema de Conceitos-chave do Caderno de Referência de Conteúdo


Engenharia Econômica.

Como você pode observar, esse Esquema dá a você, como


dissemos anteriormente, uma visão geral dos conceitos mais im-
portantes deste estudo. Ao segui-lo, você poderá transitar entre
um e outro conceito deste Caderno de Referência de Conteúdo

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34 © Engenharia Econômica

e descobrir o caminho para construir o seu processo de ensino-


-aprendizagem.
O Esquema dos Conceitos-chave é mais um dos recursos de
aprendizagem que vem se somar àqueles disponíveis no ambien-
te virtual, por meio de suas ferramentas interativas, bem como
àqueles relacionados às atividades didático-pedagógicas realiza-
das presencialmente no polo. Lembre-se de que você, aluno EAD,
deve valer-se da sua autonomia na construção de seu próprio co-
nhecimento.

Questões autoavaliativas
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões
autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados, as quais podem
ser de múltipla escolha ou abertas com respostas objetivas ou dis-
sertativas. Vale ressaltar que se entendem as respostas objetivas
como as que se referem aos conteúdos matemáticos ou àqueles
que exigem uma resposta determinada, inalterada.
Responder, discutir e comentar essas questões, bem como
relacioná-las com a Engenharia Econômica pode ser uma forma
de você avaliar o seu conhecimento. Assim, mediante a resolução
de questões pertinentes ao assunto tratado, você estará se prepa-
rando para a avaliação final, que será dissertativa. Além disso, essa
é uma maneira privilegiada de você testar seus conhecimentos e
adquirir uma formação sólida para a sua prática profissional.
Você encontrará, ainda, no final de cada unidade, um gabari-
to, que lhe permitirá conferir as suas respostas sobre as questões
autoavaliativas (as de múltipla escolha e as abertas objetivas).

As questões dissertativas obtêm por resposta uma interpretação


pessoal sobre o tema tratado. Por isso, não há nada relacionado a
elas no item Gabarito. Você pode comentar suas respostas com o
seu tutor ou com seus colegas de turma.
© Caderno de Referência de Conteúdo 35

Bibliografia Básica
É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus
estudos, mas não se prenda só a ela. Consulte, também, as biblio-
grafias complementares.

Figuras (ilustrações, quadros...)


Neste material instrucional, as ilustrações são parte integran-
te dos conteúdos, ou seja, elas não são meramente ilustrativas,
pois esquematizam e resumem conteúdos explicitados no texto.
Não deixe de observar a relação dessas figuras com os conteúdos,
pois relacionar aquilo que está no campo visual com o conceitual
faz parte de uma boa formação intelectual.

Dicas (motivacionais)
É importante que você se atente às explicações teóricas, prá-
ticas e científicas que estão presentes nos meios de comunicação,
bem como partilhe suas descobertas com seus colegas, pois, ao
compartilhar com outras pessoas aquilo que você observa, permi-
te-se descobrir algo que ainda não se conhece, aprendendo a ver e
a notar o que não havia sido percebido antes. Observar é, portan-
to, uma capacidade que nos impele à maturidade.
Você, como aluno dos Cursos de Graduação na modalidade
EAD, necessita de uma formação conceitual sólida e consistente.
Para isso, você contará com a ajuda do tutor a distância, do tutor
presencial e, sobretudo, da interação com seus colegas. Sugeri-
mos, pois, que organize bem o seu tempo e realize as atividades
nas datas estipuladas.
É importante, ainda, que você anote as suas reflexões em
seu caderno ou no Bloco de Anotações, pois, no futuro, elas pode-
rão ser utilizadas na elaboração de sua monografia ou de produ-
ções científicas.

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36 © Engenharia Econômica

Leia os livros da bibliografia indicada, para que você amplie


seus horizontes teóricos. Coteje-os com o material didático, discuta
a unidade com seus colegas e com o tutor e assista às videoaulas.
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões
autoavaliativas, que são importantes para a sua análise sobre os
conteúdos desenvolvidos e para saber se estes foram significativos
para sua formação. Indague, reflita, conteste e construa resenhas,
pois esses procedimentos serão importantes para o seu amadure-
cimento intelectual.
Lembre-se de que o segredo do sucesso em um curso na mo-
dalidade a distância é participar, ou seja, interagir, procurando
sempre cooperar e colaborar com seus colegas e tutores.
Caso precise de auxílio sobre algum assunto relacionado a
este Caderno de Referência de Conteúdo, entre em contato com
seu tutor. Ele estará pronto para ajudar você.
EAD
Conceitos Básicos de
Matemática

1
1. OBJETIVOS
• Apresentar os conceitos básicos de Matemática para a re-
solução de problemas da Engenharia Econômica.
• Estabelecer relações práticas de aplicações matemáticas.
• Associar os fundamentos das equações para estabelecer
parâmetros de comportamento financeiro.
• Enfocar os conceitos básicos da Matemática para a reso-
lução de problemas financeiros
• Utilizar os conceitos da Matemática para a análise de in-
vestimentos.

2. CONTEÚDOS
• Operações com números reais.
• Potenciação.
38 © Engenharia Econômica

• Produtos Notáveis.
• Equações.
• Método de arredondamento.

3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE


Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que
você leia as orientações a seguir:
1) Tenha sempre à mão o significado dos conceitos expli-
citados no Glossário e suas ligações pelo Esquema de
Conceitos-chave para o estudo de todas as unidades
deste CRC. Isso poderá facilitar sua aprendizagem e seu
desempenho.
2) Lembre-se de que a Matemática é fundamental para o
desenvolvimento dos cálculos financeiros.
3) Mantenha, ao seu lado, os velhos livros de Matemática
e folhas de rascunho para fazer e refazer os exercícios
apresentados.
4) Uma calculadora científica pode auxiliá-lo nas operações de
maior complexidade, as quais tomam algum tempo; contu-
do, é preciso ressaltar que ela não desenvolve o raciocínio.
5) Tenha em mente que, na maioria das vezes, o repúdio pela
Matemática é motivado por professores que não tiveram
habilidade para mostrar a beleza dessa ciência, bem como
a sua utilidade prática e a facilidade de seus cálculos.
6) Durante o estudo desta unidade, faça vários exercícios,
iniciando, sempre, por aqueles que apresentam menor
dificuldade; aos poucos, vá ousando realizar alguns mais
desafiadores.
7) Procure associar uma aplicação prática a cada conceito
de Matemática; assim, você vai descobrir que os concei-
tos dessa ciência nos acompanham no nosso dia a dia.
8) Não tenha receio de revisitar os conceitos apresentados
nesta unidade, muito menos de fazer perguntas, a fim
de sanar as suas dúvidas. Com este estudo, você verá
que a Matemática é bela e muito útil.
© U1 - Conceitos Básicos de Matemática 39

4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
A Matemática sempre foi considerada um transtorno para o
aluno, causando dores de cabeça e até mesmo provocando o desin-
teresse pela matéria. Isso se deve, em grande parte, ao uso constante
do raciocínio lógico durante a resolução dos problemas e, também,
pela falta de aplicação prática dos conceitos abordados.
A todo momento, utilizamos a Matemática em nosso dia a
dia, seja em casa, no trabalho, no lazer, seja, sobretudo, nos jogos.
Quem não deseja ganhar uma boa fortuna com os jogos de lote-
ria? Saber as chances que possui para ganhar é fundamental antes
de pagar caro para entrar em um jogo.
Utilizar fórmulas e resolver problemas com o uso de calcu-
ladoras eletrônicas são caminhos que ofereceremos a você para a
aplicação prática dos conceitos de Matemática.
Esta, diferentemente de outras disciplinas, não permite que
o aluno "perca" uma aula, pois ela pode fazer falta (e muita falta!)
para entender e resolver futuros problemas. Como exemplo, po-
demos citar aquela falta na aula inicial do ensino de "frações".
Vale dizer, utilizando-nos do exemplo de frações, que a nos-
sa vida é fracionada em anos, meses, dias, minutos, segundos, e,
nas competições de curta duração, em até milésimos de segundo.
Vários outros conceitos matemáticos utilizam frações em seus cál-
culos.
Muitas vezes, não conseguimos acompanhar o raciocínio
de um exercício por falta de conhecimentos básicos que devería-
mos ter.
Com esta unidade inicial, pretendemos recordar com você os
conceitos básicos da Matemática elementar, de forma suficiente
para que possa acompanhar com tranquilidade, mais adiante, os
conceitos de Engenharia Econômica que serão apresentados nas
unidades subsequentes deste Caderno de Referência de Conteúdo.

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40 © Engenharia Econômica

Diante dessa breve exposição, vamos nos esquecer dos pro-


fessores que não ensinaram “direito”, das aulas que perdemos e
do pequeno ódio que temos da Matemática, para que possamos
iniciar bem o nossos estudos.

5. FAZENDO OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAIS


Trabalhamos com números reais o tempo todo. Para iniciar,
vamos apresentar os números inteiros. Veja-os a seguir:
... -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4...
Há, também, os números em sua forma decimal, podendo
ser, por exemplo, 5,4 (cinco inteiros e quatro décimos), ou as dízi-
mas periódicas, como, por exemplo, o 0,33333..., que é resultado
da divisão de 1 por 3.
1
Logo, não podemos afirmar que é igual a 0,33. Para pro
3
var, podemos multiplicar 0,33 por 3 e vamos obter 0,99 (diferente
1
de 1), que é o resultado de 3 vezes .
3

As calculadoras eletrônicas possuem a tecla [ 1 ], que já faz a


x
divisão pela unidade; além disso, você pode guardar na memória
o resultado. Dessa forma, você estará utilizando um número com
várias casas decimais.
Observe, a seguir, uma operação básica:
• Quanto é três vezes menos dois {3 . (-2)} ?
Para solucionar essa operação, devemos ter a seguinte ideia:
se multiplicarmos três vezes uma dívida (sinal de negativo) de dois,
teremos uma dívida de seis; portanto, o resultado é -6.
© U1 - Conceitos Básicos de Matemática 41

A fim de facilitar o raciocínio para efetuar operações como


essa, podemos associar o sinal de mais (+) com a palavra “tenho” e
o sinal de menos (–) com a palavra “devo”. Veja o exemplo a seguir:
• Calcule o valor da expressão: 3 – 7.
Observe como podemos resolver essa operação: note que
“tenho” três e “devo” sete. Se fizer o acerto, ou seja, se eu pagar a
dívida apenas com aquilo que tenho (que é três), continuarei a ter
uma dívida de quatro; portanto, a resposta é -4.

Conceito de maior, menor, maior ou igual e menor ou igual


Se colocarmos os números reais em uma “reta”, denominada
reta real, podemos partir do zero, que fica no centro, e, à direita,
temos os números positivos, e, à esquerda, os números negativos.
Vamos associar um número para cada ponto dessa reta:
quanto mais à esquerda ficar o número, menor ele será; da mesma
forma, quanto mais à direita da reta, maior será. Para representar
isso, utilizamos os símbolos < e >. Veja, a seguir, um exemplo de
como essa reta pode ser representada:
___________ .______.___ _.______._____.__________
-2 -1 0 +1 +2
Tomando por base essa reta, podemos afirmar, então, que 5
> 3, ou seja, cinco é maior que três. Podemos dizer, também, que
3 < 5, ou seja, três é menor que cinco. Note que houve apenas a
inversão do símbolo.
Podemos dizer, ainda, que três é maior ou igual a três, que é
representado por 3 ≥ 3, da mesma forma que podemos afirmar
que cinco é menor ou igual a cinco ou 5 ≤ 5.
Para o estudo de inequações, em que procuramos descobrir
"faixas" de aceitação, esses conceitos são muito importantes.

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42 © Engenharia Econômica

Conceito de frações
Afinal, o que é uma fração? É um pedaço? Uma parte? Ou
pode ser até maior que um inteiro?
1
Para a fração , temos a terça parte de um inteiro. Da mes-
3
1
ma forma, para , temos a quinta parte de um inteiro.
5
3
Contudo, se utilizarmos, por exemplo, a fração , teremos
2
como resultado 1,5, ou seja, um inteiro e mais metade. Portanto,
podemos concluir que a fração não é somente parte do inteiro; ela
pode representar um valor maior que este.
Ao valor 3 (que está acima do traço da fração apresentada
no exemplo anterior), denominamos numerador. Já ao valor 2
(que está abaixo do traço dessa fração), chamamos denominador.
Vale salientar que o traço da fração será sempre colocado na
horizontal.
É importante mencionar, neste contexto, que, quando, por
exemplo, digitamos o número 1, depois o sinal de barra (/) e, em
seguida, o número 2, temos representada a forma 1/2 – o que, de
acordo com a notação matemática, não é correto.
Para que a fração seja representada corretamente, utiliza-
mos o programa Microsoft Equation, que tem o símbolo α .
Para deixar o aplicativo na barra de ferramentas, faça o se-
guinte procedimento:
• Ferramentas > personalizar > comandos > inserir > bus-
que o símbolo do Equation Editor e arraste-o até a barra
de ferramentas.
O uso desse aplicativo é simples; lá, você encontrará letras
gregas, radicais e várias outras notações matemáticas.
Nos subtópicos a seguir, você poderá conferir como se deve
proceder quando se deparar com operações matemáticas em que
haja frações.
© U1 - Conceitos Básicos de Matemática 43

Soma e subtração
Para realizar a operação de soma ou subtração entre frações,
deve-se fazer a seguinte ação: conservar o denominador (que é o
número que está abaixo do traço) e somar ou subtrair o numera-
dor (que é o número que está acima do traço).
Para exemplificar de forma prática, vamos calcular as seguin-
te expressão:
1 3
+ =
4 4
Para a soma de duas frações, devemos “conservar” o deno-
minador e somar os numeradores:
1 3 1+ 3 4
+ = = =1
4 4 4 4
Agora, vamos resolver as expressões a seguir:

5 2 5 + 2 7
• + = =
3 3 3 3
1 5 1 + 5 6
• + = =
8 8 8 8

Note que isso é bem simples, mas o que ocorre é que nem
sempre o denominador da ou das frações que vamos somar ou
subtrair são iguais. Para aplicar a fórmula, devemos “transformar”
todos os denominadores em números iguais, sem que os valores
das frações sejam alterados.
Então, o que fazer? Fácil: basta alterar os valores do deno-
minador e do numerador da fração de forma proporcional. Dessa
forma, não alteraremos o valor da fração e deixamos todas as fra-
ções com o mesmo valor no denominador.

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44 © Engenharia Econômica

Divisão por zero–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––


Fique atento a isto: não existe divisão por zero!
1
Caso encontre a fração , a primeira ação a ser feita é indicar que x deve ser
x
diferente de zero. Pode ser um valor negativo, positivo, decimal, mas jamais zero.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Uma brincadeira que existe é provar que 2 é igual 1. Acompanhe
a sequência de operações – inicialmente, suponha que A = 1 e B = 1:
A=B
A . A = B . A (multiplicaram-se os dois lados da igualdade por A)
A² = A . B
A² – B² = A . B – B² (subtraiu-se B² dos dois lados da igualdade)
(A – B) (A + B) = B (A – B)
(A − B) (A + B)
= B [simplificamos (A – B)]
(A - B)

(A + B) = B
(1 + 1) = 1
2=1
O que houve?
Para entender esse resultado, vamos a um exemplo prático
de operação com frações. Tente calcular o valor da expressão:
1 1
+
2 4
Para solucionar essa expressão, ao aplicar a "fórmula" de
soma de frações, devemos “conservar” o denominador (número
que está abaixo do traço da fração) e somar os numeradores (que
estão acima do traço). Contudo, os denominadores são os núme-
ros 2 e 4, e não podemos "conservar" números diferentes. O que
devemos fazer então?
© U1 - Conceitos Básicos de Matemática 45

Devemos fazer uma redução ao mesmo denominador, a fim


de que, em ambas as frações, tenhamos denominadores iguais.
Para isso, temos de descobrir, no caso, um múltiplo comum a 2 e
a 4 (o melhor é encontrar o menor ou o mínimo múltiplo comum
– MMC) e fazer a proporção entre os valores, isto é, divide-se pelo
denominador, multiplica-se pelo numerador. O MMC entre 2 e 4 é
4, que é múltiplo, ao mesmo tempo, de ambos os denominadores.
1 1 2 1
+ = +
2 4 4 4
O que foi feito?
Foram colocadas duas frações com o número 4 no
1
denominador. Note que a fração possui, agora, um valor 4 no
2
denominador, ou seja, o 2 foi multiplicado por 2, (descobrimos
isso dividindo o 4, que é o MMC, pelo 2). Para não alterar o valor
da fração, multiplicamos o numerador, também, por 2, ficando,
2
assim, “transformada” em , ou seja, temos a mesma fração, mas
4
escrita de forma diferente; são, portanto, frações semelhantes.
Note que, agora, temos duas frações com o mesmo denomi-
nador (que é 4), o que nos permite aplicar a fórmula: conservar o
4 e somar os numeradores 2 e 1, ficando:
2 1 2+1 3
+ = =
4 4 4 4
Para conferir, basta notarmos que 0,5 + 0,25 = 0,75.
Com uma subtração, procederemos da mesma forma, ou
seja:
1 1 2 1 1
- = - =
2 4 4 4 4

Tal como fizemos na soma, para conferir essa subtração, bas-


ta verificar que 0,50 – 0,25 = 0,25.

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46 © Engenharia Econômica

Multiplicação e divisão
A multiplicação de frações é bem simples. Para tanto, multi-
plicam-se, apenas, os numeradores, cujo resultado será o nume-
rador da resposta, e, também, multiplicam-se os denominadores,
cujo resultado será o denominador da resposta.
Vamos a um exemplo prático, calculando o valor da expres-
são a seguir:
1 4 1. 4 4 2
. = = =
2 5 2 . 5 10 5

Conferindo: seria a metade (multiplicou-se por meio) de


quatro quintos (0,8). O resultado foi dois quintos – portanto, 0,4.
Já para realizar a operação de divisão entre frações, deve-
mos multiplicar a primeira fração pelo inverso da segunda fração,
ou seja:
a c a d a.d
÷ = . =
b d b c b.c
Para melhor exemplificar, vamos calcular o valor da expressão:
2 3 2 4 2.4 8
÷ = . = =
5 4 5 3 5 . 3 15
É importante ressaltar que, em Matemática Financeira, tra-
balhamos muito com tempos fracionários e, muitas vezes, com
taxa em decimais, o que nos leva a ter de multiplicar a fração por
números decimais. O que fazer quando isso acontece?
Veja um exemplo a seguir:
1
. 0,25
3
Para solucionar essa expressão, temos a oportuni-
dade de utilizar vários caminhos, em que podemos multiplicar os
numeradores (1 e 0,25) e, também, multiplicar os denominadores
(3 e 1), ficando:
© U1 - Conceitos Básicos de Matemática 47

1 1 . 0,25 0,25
. 0,25 = =
3 3.1 3

Para evitar um número decimal em fração, podemos


multiplicar o numerador e o denominador por 100 (para não
alterar o valor da fração), ficando: 25 . Note que essa é uma
300
fração que pode e deve ser simplificada (divide-se o numerador 25 e o
denominador 300 por 25).
Outra solução é transformar o 0,25 em fração, o que corresponde
1
a , e, dessa forma, ficamos com a seguinte expressão:
4
1 1 1.1 1
. = =
2 4 2.4 8

Agora, como exercício de aplicação, vamos calcular o valor


de x na seguinte expressão:

2x + 4 = 1
9 6
Para solucionar essa expressão, encontrando o valor de x,
temos de ter o seguinte raciocínio: pela propriedade das propor-
ções, quando temos igualdade de duas frações, devemos "multi-
plicar em cruz", ou seja, o numerador da primeira fração deve ser
multiplicado pelo denominador da segunda fração, da mesma for-
ma que o denominador da primeira fração deve ser multiplicado
pelo numerador da segunda fração.
Se procedermos dessa forma, teremos o seguinte:
(2x + 4) . 6 = 9 . 1
12x + 24 = 9 (note que aplicamos a distributiva)
12 x = 9 – 24
12 x = -15

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48 © Engenharia Econômica

− 15 −5
x= , que, se for simplificado, fica: x = .
12 4

Hierarquia de operações
Quando vamos calcular alguma expressão, devemos ficar
atentos com relação à hierarquia das operações, ou seja, à ordem
em que estas devem ser realizadas. Nesse sentido, a multiplicação
e a divisão devem ser feitas antes da soma e da subtração.
Para entender melhor, vamos a um exemplo prático, calcu-
lando o valor da seguinte expressão:
2+3.5
Mesmo não havendo parênteses nessa expressão, não de-
vemos fazer a soma de 2 e 3 e multiplicar o resultado dessa soma
por 5. O correto é, em primeiro lugar, efetuar a multiplicação de
3 por 5, que resulta 15, e, em seguida, adicionar o número 2, che-
gando ao resultado de 17.

Propriedade distributiva
Você se lembra de que, num exemplo anterior, dissemos que
havia sido aplicada a distributiva? Mas o que é essa propriedade
distributiva? Veja, por exemplo, a expressão a seguir:
a (b + c)
Para eliminar os parênteses dessa expressão e resolvê-la, de-
vemos “distribuir” o a, ou seja, multiplicar o a pelo b e, também,
pelo c, mantendo a soma. Se assim procedermos, teremos o se-
guinte resultado:
ab + ac
Outro exemplo para aplicarmos a distributiva seria o seguinte:
2(3 + x)
© U1 - Conceitos Básicos de Matemática 49

Aplicando essa regra, a expressão ficaria 2.3 + 2x, ou 6 + 2x.

Potências
As potências são representadas por uma base e um expoen-
te, desta forma:
• ab
Nesse exemplo, a é a base e b é o expoente.
Vale dizer que o expoente indica quantas vezes devemos
multiplicar a base. Como exemplo prático, vamos resolver as po-
tências a seguir:
a) 23 = 2 . 2 . 2 = 8
b) 32 = 3 . 3 = 9
c) a4 = a . a . a . a
d) -22 = -2 . -2 = 4
e) -33 = -3 . -3 . -3 = -27
Devemos ficar atentos, ainda, a alguns conceitos relaciona-
dos às potências. Por exemplo, você saberia dizer quando é 20?
Como regra, todo número elevado a zero (exceto o próprio
zero) é igual a 1. Logo, 20 = 1.
Você deve estar se perguntando: afinal, na prática, onde uti-
lizamos as potências? Elas são muito usadas, por exemplo, na apli-
cação de juros compostos, em que os juros são acumulados, ou
seja, há juros sobre capital mais juros.
A fórmula de juros compostos é a seguinte:
M = C (1 + i)n
Onde:
• M = montante ou FV (futuro valor).
• C = capital ou PV (presente valor).
• i = taxa (decimal).
• n = tempo.

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50 © Engenharia Econômica

Assim, se o capital for aplicado durante cinco meses, tere-


mos de elevá-lo ao expoente 5. Se for durante dois meses e meio,
deveremos elevar, consequentemente, ao expoente 2,5. Com isso,
ficamos com uma potência decimal, ou seja, 22,5, que significa que
devemos multiplicar duas vezes e meia a base 2.
Para esse cálculo, precisamos utilizar uma calculadora ele-
trônica, em especial a científica ou a financeira, que possuem a
tecla yx.
Nas próximas unidades, enfocaremos a calculadora finan-
ceira HP-12C e vamos mostrar com detalhes os cálculos que nela
podemos fazer.
No exemplo dado de 22,5 com a HP-12C, o procedimento se-
ria este:
• [2] [enter]
x
• [2,5] [y ]
Feito isso, chegaríamos ao resultado de 5,656854.
Já em uma calculadora científica, o procedimento seria:
x
• [2] [y ]
• [2,5] [=]
Obviamente, teríamos o mesmo resultado.
É importante ressaltar, ainda, algumas propriedades da po-
tenciação:
P1  am . an = am+n
Nessa fórmula, indicamos que, para o produto de potências
de mesma base, somam-se os expoentes.
Agora, observe esta outra propriedade:
am
P2  n = am-n
a
Nesse caso, com a divisão de potências de mesma base,
subtraem-se os expoentes.
© U1 - Conceitos Básicos de Matemática 51

A seguir, veja mais algumas propriedades das potências:


P3  (a . b) m = a m . b m
m
a am
P4    = m
b b

( )
n
P5  am = am.n
1
P6  a–m =
am
Note que não há expoente negativo, pois não podemos mul-
tiplicar negativamente uma base. Para resolver uma potência com
expoente negativo, devemos calcular o inverso dessa potência,
para que tenhamos um expoente positivo.
Como exemplo prático, temos:
1 1
2-2 = 2 =
2 4
Pode acontecer, também, de encontrarmos potências que
tenham expoentes fracionários.
n
Nesse sentido, podemos definir a m
n = am , sendo n > 0.
1 1 2
2
Logo, 4 = 4 = [(2)²] 2 = 2 2 = 2.
3
3
Ou, da mesma forma, 3
8 = 23 = 2 = 2.
3

Também podemos afirmar que:


3
3
• 4 = 42

• 3
−8 = (−2) = (-2) = -2
3 3 3

Muitas vezes, vamos encontrar uma situação como a descri-


ta a seguir, em que é preciso utilizar a fórmula do montante, em
juros compostos:
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52 © Engenharia Econômica

• Qual a taxa que faz um capital triplicar em quatro meses?


4
Ao aplicar a fórmula, chegaremos ao seguinte valor: 3 = (1 + i) .
Como resolver essa equação, elevando (1 + i) à quarta potên-
cia? Se fizermos isso, teremos uma equação de quarto grau.
Para solucioná-la, é preciso elevar os dois lados da igualdade
1
a , e, dessa forma, anularemos (ou seja, transformaremos em 1)
4
o expoente de (1 + i).
Observe os passos a seguir:
1 1
4
1) (3) 4 = [(1 + i) ] 4
1 4
2) 3 4 = (1 + i) 4
1
4
3) 3 = 1 + i (note que o expoente fracionário ficou apenas
para o número 3, que resolvemos utilizando a calculado-
ra eletrônica.)
4) 1,31607 = 1 + i
5) 1,31607 – 1 = i
6) Logo, i = 0,31607, e a taxa será de, aproximadamente,
31,61% a.m.
Outro caso que podemos encontrar é quando o tempo é re-
presentado por números decimais, como, por exemplo, três meses
e meio, ou seja, 3,5 meses.
Exemplificando, poderia ser:
3,5
1,13453 = (1 + i)

Para solucionar essa equação, devemos elevar os dois lados


1
da igualdade por 3,5 , ficando da seguinte forma:
© U1 - Conceitos Básicos de Matemática 53

1 1
3,5 3,5 3.5
(1,12453) = [(1 + i) ]
Note que fizemos a mesma operação utilizando o mesmo nú-
mero, com os dois lados3,5da igualdade, o que não altera a equação.
3,5
1,034101 = (1 + i)
1,034101 = 1 + i
1,034101 – 1 = i
0,034101 = i
Portanto, a taxa será 3,41% a.m.

Logaritmos
O conceito de logaritmo é derivado da função exponencial,
pois, pela definição, Log a b = c ou, em outras palavras, o logaritmo
de a na base b é igual a c, onde a e b > 0 e b ≠ 1.
Nesse contexto, vale dizer que:
• a = logaritmando;
• b = base;
• c = logaritmo.
Numericamente, temos, por exemplo, que log 9 3 = 2 (log de
2
nove na base três é igual a dois) ou 3 = 9.
Para resolver equações exponenciais, vamos utilizar os con-
ceitos de logaritmos. Esse tipo de equação aparecerá no cálculo de
tempo (período) em juros compostos.
Vamos relembrar algumas propriedades:

a) Produto:
log a M . N = log a M + log a N
b) Quocien- te:
M
log a = log a M – log a N
N

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54 © Engenharia Econômica

c) Potência:
x
log a b = x . log a b
Note como é interessante essa terceira propriedade. Ela
será utilizada no cálculo do tempo (período) em juros compostos.
Nela, um expoente passou a ser um fator (multiplicação).
Como exemplo prático, vamos calcular o valor de x da se-
guinte equação:
5,1358 = (1,14)x
Para solucioná-la, devemos proceder da seguinte forma:
log 5,1358 = log (1,14)x
Aplicando a propriedade da potência, temos:
log 5,1358 = x . log 1,14
Note que o x que estava no expoente passou a multiplicar o
log 1,14. Na sequência, temos:
log 5,1358 0,710608
x= = = 12,487663
log 1,14 0,0569048

Nesse exemplo, foi utilizado o logaritmo decimal, ou seja,


a base é 10. Podemos utilizar, também, o logaritmo neperiano,
cuja base é o número “e". Pode parecer estranho, mas é isso mes-
mo. O "e", na Matemática, é um número irracional, cujo valor é
2,718282.
Nas calculadoras eletrônicas, temos duas teclas para essas
funções:
• tecla [log] para logaritmo decimal;
• tecla [ln] para logaritmo neperiano (a calculadora HP-12C
também possui essa tecla).
No exemplo anterior, se utilizássemos o logaritmo neperia-
no, teríamos os seguintes resultados:
© U1 - Conceitos Básicos de Matemática 55

log e 5,1358 1,636236


x= = = 12,487662
log e 1,14 0,1310282
Ainda no estudo dos logaritmos, é importante mencionar
a mudança de base de um logaritmo, a qual se pode fazer com o
auxílio de uma fórmula.
Qualquer que seja a base que tenhamos, podemos mudá--
-la para qualquer outra base. Como as calculadoras e as tabelas
já estão definidas para os logaritmos de base e e, também, para
os de base 10, podemos “transformar” para essas bases, a fim de
facilitar o cálculo.
Confira, a seguir, a fórmula de mudança de base do logarit-
mo:
log aN
log b N =
log a b
Vamos a alguns exercícios práticos:
• Calcule log 2 5.
log 10 5
Solução: log 2 5 =
log 10 2
Graças à mudança de bases para 10, podemos utilizar as
tabelas e as calculadoras, as quais já possuem o logaritmo
de todos os números na base 10. Basta consultar, então, a
calculadora ou uma tabela e teremos:
log 10 5 0,69897
= = 2,3219
log 10 2 0,30103

• Sendo dados: log 2 = 0,301 e log 3 = 0,477, calcule o log


108.
Solução: ao fazer a decomposição em números primos,
temos que 108 = 2² . 3³. Então:
log 108 = log 2² . 3³

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56 © Engenharia Econômica

Aplicando a propriedade do produto, temos:


log 2² . 3³ =
log 2² + log 3³ =
2 . log 2 + 3 . log 3 =
2 . 0,301 + 3 . 0,477 =
0,602 + 1,431 = 2,033
Portanto, log 108 = 2,033.

Produtos notáveis
Existem alguns produtos que são utilizados em grande parte
dos exercícios matemáticos. Por isso, é comum denominá-los de
notáveis.
Veja-os a seguir:
1) O quadrado da soma:
(a + b)2 = a² + 2ab + b²
Note que temos (a + b) . (a + b), e, como resultado disso,
temos o quadrado do primeiro termo, mais duas vezes o primeiro
termo multiplicado pelo segundo, mais o quadrado do segundo
termo.

Observe, a seguir, um exemplo prático de como utilizar esse


produto notável:
• Resolva (2 + a)².
Solução: 2² + 2 . 2 . a + a² = 4 + 4a + a²
(a + b)² = a² + 2ab + b²

2) O quadrado da subtração:
(a – b)² = a² – 2ab + b²
© U1 - Conceitos Básicos de Matemática 57

Como exemplo prático de uso desse produto notável, pode-


mos calcular (2 – a)², que ficaria:
2² – 2 . a . b + b² = 4 – 2ab + b²

6. EQUAÇÕES
Uma equação significa uma "expressão de igualdade". Por-
tanto, quando igualamos uma expressão a um valor qualquer, te-
mos uma equação.
Mas o que é resolver uma equação? Resolver uma equação
é encontrar o valor da incógnita (geralmente representada por x
ou por qualquer outra letra) que torna verdadeira essa equação.
Como exemplo, vamos resolver a seguinte equação:
2x + 2 = 8
Para solucioná-la, devemos encontrar um valor que, ao ser
substituído pela incógnita (no caso, x), torne verdadeira a equa-
ção, ou seja, a igualdade.
Note que, no exemplo, o valor de x deve ser 3, pois, se
substituirmos o x pelo número 3, teremos:
2x + 2 = 8
2(3) + 2 = 8
6+2=8
8=8
Logo o "resultado" da equação é o número 3. Muito fácil,
não é mesmo?
Contudo, surge a dúvida: como chegar a esse valor? Para
tanto, é preciso separar a incógnita de um lado da igualdade e os
números de outro lado.
Observe:

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58 © Engenharia Econômica

2x + 2 = 8
2x = 8 – 2
2x = 6
6
x=
2
x = 3
Perceba que, ao resolver uma equação, um número que está
"de um lado” da igualdade “passa” para o outro e muda de opera-
ção, e não de “sinal”, como muitos aprenderam.
No exemplo anterior, note que o número 2 estava do lado
esquerdo da igualdade; quando ele “passou” para o lado direito,
mudou de operação, pois estava somando e passou a subtrair.
Em seguida, o número 2 estava multiplicando x e, ao “pas-
sar” para o lado direito da igualdade, mudou, também, de opera-
ção, ou seja, passou a dividir.
Vamos a mais um exemplo prático, resolvendo a equação:
x – 5 = 23.
Veja a sua resolução:
x – 5 = 23
x = 23 + 5
x = 28, que é a solução da equação, pois 28 menos 5 é igual a 23.
Como você pode perceber, aprendemos um processo de re-
solução que é "isolar" a incógnita e os números. Esse é o processo
mais prático e utilizado na resolução de equações.

Graus da equação
Uma equação pode ser de primeiro grau, ou de segundo grau,
ou de terceiro grau, ou ...? Até que grau podemos ter uma equação?
O que define o grau de uma equação é o expoente da incóg-
nita. Ou seja, se a incógnita (x, y ou outra letra qualquer) estiver
© U1 - Conceitos Básicos de Matemática 59

elevada a 1, ela será de “primeiro grau”. Da mesma forma, se esti-


ver elevada a 2, será de “segundo grau”, e, consequentemente, se
estiver elevada a 5, será de “quinto grau”, e assim por diante.
Como resolver essas equações?
Você deve se lembrar de que já vimos como resolver uma
equação de primeiro grau nesta unidade, em que a incógnita (no
exemplo dado, era x) estava elevada a 1.
Já na equação de segundo grau, que pode ter até duas res-
postas, podemos utilizar a famosa fórmula de Bhaskara, desco-
berta por um indiano no século 12.
A fórmula é a seguinte:
−b ± onde ∆ = b² – 4ac
2a

Vale dizer que o símbolo ∆ representa a letra grega “delta”;


ele e é o discriminante na fórmula de Bhaskara.
Na forma geral de uma equação de segundo grau, temos
que:
• ax² + bx + c = 0, onde a deve ser diferente de zero.
Note que a é o coeficiente numérico de x², b é o coeficiente
de x, e c é o termo independente.
A única restrição é que o coeficiente a não pode ser zero,
uma vez que, se assim ocorrer, seria anulada a equação de segun-
do grau.
Vamos a um exemplo prático, resolvendo a equação: 2x² +
5x – 3 = 0.
Observe que vamos descobrir o(s) valor(es) que, se
substituído(s) por x, torna(m) a equação verdadeira.
Segundo a famosa fórmula de Bhaskara, temos, nesse sen-
tido, que:

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60 © Engenharia Econômica

• a = 2 (coeficiente de x²);
• b = 5 (coeficiente de x);
• c = -3 (termo independente, sem incógnita).
Agora, vamos substituir esses valores na fórmula:
−b ±
2a
Se ∆ = b² – 4ac, então: ∆ = 5² – 4.2.(-3) = 25 + 24 = 49.
Uma vez encontrado o Ä , podemos resolver a fórmula:

−5 ± 49 = −5 ± 7 = −5 + 7 e −5 − 7
2.2 4 4 4

Nesse caso, o delta ( ∆ ), que chamamos de “discriminante”,


é maior que zero; portanto, teremos duas respostas, ou duas raí-
zes, para a equação:
−5 + 7 2 1
• primeira: = = ;
4 4 2
−5 − 7 −12
• segunda: = = -3.
4 4
1
Temos como resposta, então, [ , -3].
2
1
Note que, ao substituir a incógnita por ou -3, teremos
2
uma igualdade:
2x² + 5x – 3 = 0
2
1 1
2   +5 –3=0
2 2

1 5
2 + –3=0
4 2
2 5
+ –3=0
4 2
© U1 - Conceitos Básicos de Matemática 61

2 10 12
+ – =0
4 4 4
2 + 10 − 12
=0
4
0
=0
4
0=0
1
Logo, o resultado é válido para a raiz =
.
2
Agora, vamos substituir pela outra raiz, que é -3.
2x² + 5x – 3 = 0
2(-3)² + 5(-3) – 3 = 0
+(-15) – 3 = 0
18 – 15 – 3 = 0
18 – 18 = 0
0=0
Como se pode ver, esse resultado também válido para a raiz
= -3.
Para exercitar, apresentaremos, a seguir, algumas equações
com as respostas, ou seja, as raízes, para exemplificar:
1) 4x² – 4x + 1 = 0
1
Nesse caso, teremos apenas uma raiz, que é . Note que o
discriminante ( ∆ ) é igual a zero. 2
2) 3x² - 5x + 3 = 0
Nesse exemplo, não temos nenhuma raiz, ou seja, não há
valor que, se for substituído por x, torna a equação verdadeira.
Calculando o discriminante ( ∆ ), descobrimos que o seu va-
lor é negativo, ou seja, não há raiz quadrada de número negativo
nos números reais ( −9 ).

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62 © Engenharia Econômica

1) x² - 2x – 3 = 0
Resposta: -1 e 3.

3) –x² - 4x + 12 = 0
Resposta: -6 e 2.

2) 4x² = 0
Nesse caso, em que a equação não é "completa", não é ne-
cessário aplicar a fórmula de Bhaskara, por ser trabalhosa. Vale
ressaltar que uma equação "completa" é aquela que possui os
coeficientes a, b e c diferentes de zero. Note que, nesse exemplo,
o coeficiente b e c são iguais a zero, uma vez que poderíamos es-
crever a equação desta forma:
4x² - 0x + 0 = 0
A solução seria a seguinte:
4x² = 0
0
x² = ou x² = 0.
4
Logo, a resposta é 0.

Construindo fórmulas
As equações e as funções são utilizadas para a "montagem"
de fórmulas de situações em que há uma ou mais variáveis.
Veja um exemplo: uma locadora aluga um de seus carros nas
seguintes condições: uma taxa fixa de $100,00 e mais $0,50 por
quilômetro rodado. De que forma podemos expressar o custo de
locação, em função dos quilômetros rodados?
Para solucionar esse problema, vamos indicar o custo por C,
e o número de quilômetros rodados, por x.
C = 100 + 0,30x
© U1 - Conceitos Básicos de Matemática 63

Assim, por exemplo, se alguém alugar o automóvel e andar


80 quilômetros, ele pagará:
C = 100 + 0,30 (80)
C = 100 + 24
C = 124
Portanto, pagará $124,00.

Método de arredondamento
Muitas vezes, necessitamos representar o resultado de uma
operação com duas casas decimais (que estão depois da vírgula),
principalmente quando trabalhamos com unidade monetária.
Nesse sentido, note que $1,00 equivale a 100 centavos,
representado com duas casas decimais.
O critério adotado para o arredondamento de valores é o
seguinte:
• Se pretendermos deixar o resultado com duas casas de-
cimais, “cancelaremos” a terceira casa. Se for com quatro
casas decimais, “cancelaremos” a quinta casa, e assim por
diante. Sempre será “cancelada” a casa seguinte.
• Quando a “casa decimal” a ser cancelada for:
a) 0, 1, 2, 3 e 4  conserva-se a casa anterior;
b) 5, 6, 7, 8 e 9  acrescenta-se uma unidade na casa
anterior.
Para compreender melhor, observe os seguintes exemplos:
1) Deixe os valores apresentados a seguir com duas casas
decimais:
a) 23,4567 ≅ 23,46 (perceba que a terceira casa de-
pois da vírgula é 6; logo, acrescente uma unidade na
casa anterior, que é o 5);
b) 2.453,89199 ≅ 2.453,89 (a terceira casa depois da
vírgula é 1; logo, conserve a casa anterior, que é 9);

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64 © Engenharia Econômica

c) 67,5555 ≅ 67,56 (a terceira casa é 5; logo, acrescen-


te uma unidade na casa anterior, que é 5).
2) Faça que os valores a seguir fiquem com cinco casas de-
cimais:
a) 453,4567099 ≅ 453,45671 (a sexta casa é 9; logo,
acrescente uma unidade na casa anterior, que é 0)
b) 4,5853227 ≅ 4,58532 (a sexta casa é 2; logo, con-
serve a casa anterior, que é o 2).
c) 2.500,456788 ≅ 2.500,45679 (a sexta casa é 8; logo,
acrescente uma unidade na casa anterior, que é 8).
É importante mencionar que o símbolo ≅ significa “aproxi-
madamente”. Assim, sempre que arredondarmos um número, de-
vemos utilizá-lo.

7. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Procure responder às questões propostas a seguir para fixar
com mais propriedade a revisão de Matemática que foi exposta
nesta primeira unidade.
Lembre-se de que a Matemática é fundamental nos mais va-
riados ramos do saber, e a Administração, a Economia e a Gestão
Financeira de uma empresa estarão sempre se deparando com cál-
culos e contas.
1) Calcule o valor de x:

a) 10x − 4 = 8x − 20
6 4
b) 0,24x = 0,72
c) 5x – 9 = 8x + 16

d) 3x – 4 = 5x + 2
2 3

e) x + 2 = 2
x
© U1 - Conceitos Básicos de Matemática 65

2) Resolva as seguintes equações:


a) 2x + 1 = 0
b) x² - 5x + 6 = 0
c) x² -7x + 10 = 0
d) x² - 2x + 2 = 0
e) -2x² + 4x – 2 = 0
f) -x² + 6x – 5 = 0
g) 2x² - 50 = 0
h) x² - x – 6 = 0
i) 3x² - 8x = 0
3) Calcule o valor de x:
a) 2x = 64 (dica: decomponha o 64 em fatores)
(x + 3)
b) 7 = 1
c) 10x = 0,00001
(3x + 1)
d) 25 = 5(x + 1)
(x + 3) x
e) 9 = 27
4) Resolva:
a) -5 – [4 + (-3 – 8) + 1] + 2 =
b) (-4)5 =

c) – 36 =
d) − 36 =

1
5) Se a = e b = 5, calcule:
3
2a − b
b

6) Calcule o valor de expressão a seguir, se o valor de a é 2 e o de b = -3.


a³ + b³ - 2a² + 4ab + 1

Gabarito
Depois de responder às questões autoavaliativas, é importante
que você confira o seu desempenho, a fim de que possa saber se é pre-
ciso retomar o estudo desta unidade. Assim, confira, a seguir, as respos-
tas corretas para as questões autoavaliativas propostas anteriormente:

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66 © Engenharia Econômica

1) a) x = 13.
b) x = 3.
c) x = −25 .
3
d) x = −4 .
3
e) x = 2.

2) a) −1 .
2
b) 2 e 3.
c) 2 e 5.
d) Não existe resposta.
e) 1.
f) 1 e 5.
g) +5 e -5.
h) -2 e 3.

i) 0 e 8 .
3
3) a) x = 6.
b) x = -3.
c) x = -5.
d) x = −3 .
11
e) x = 6.
4) a) 3.
b) -1.024.
c) -6.
d) Não existe.
e) −13 .
15
f) -50.
© U1 - Conceitos Básicos de Matemática 67

8. CONSIDERAÇÕES
Conhecer as operações básicas da Matemática é fundamen-
tal para resolver os problemas apresentados pela Matemática Fi-
nanceira.
Para fixá-las, procure resolver vários tipos de exercícios, am-
pliando, assim, o seu conhecimento.
Diferentemente de outras disciplinas, a Matemática não
pode apresentar "falhas" durante o processo de aprendizagem.
Assim, caso você não tenha entendido algum conceito, questione
o seu tutor e sane a sua dúvida.
Na próxima unidade, vamos conhecer o conceito de Fluxo
de Caixa, aprendendo a construir um diagrama de Fluxo de Caixa,
bem como a aplicar esse conceito de forma correta nos diversos
problemas financeiros.

9. E-REFERÊNCIAS
MATEMÁTICA. Home page. Disponível em: <www.somatematica.com.br>. Acesso em:
12 maio 2010.
OBM. Olimpíada Brasileira de Matemática. Disponível em: <www.obm.org.br>. Acesso
em: 12 maio 2010.

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


BORTOLLOTO, Ângela Gomes. Frações. 2. ed. Caxias do Sul: Educs, 1993/1998.
CRESPO, Antonio Arnot. Matemática comercial e financeira fácil. 13. ed. São Paulo:
Saraiva, 2001/2004.
DIENES, Zoltan Paul; Euclides Jose Dotto [Trad.]. Conjuntos números e potências.
Traduzido do original: First years in mathematics sets numbers and powers. 2. ed. São
Paulo: EPU, 1974
FRANCISCO, Walter de. Matemática financeira. 7. ed. São Paulo: Atlas, 1994
GIOVANNI, Jose Ruy. Matemática fundamental: 2º grau. São Paulo: FTD, 1994.
GUELLI, Cid A. Conjuntos relações funções inequações. São Paulo: Moderna, 1998.
GUIDORIZZI, Hamilton Luiz. Um curso de cálculo. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001.

Claretiano - Centro Universitário


68 © Engenharia Econômica

HAZZAN, Samuel (1946). Fundamentos de Matemática elementar: combinatória


probabilidade. 6. ed. São Paulo: Atual, 1993.
SILVA, Sebastião Medeiros da. Matemática para os cursos de economia, administração,
ciências contábeis. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
VIEIRA SOBRINHO, José Dutra. Matemática financeira. 6. ed São Paulo: Atlas, 1997.

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