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2.1. INTRODUÇÃO
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A partir da definição acima de complexos agroindustriais vamos dar continuidade nos
estudos a respeito desse assunto!
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Figura 1. Representação da cadeia do Complexo agroindustrial.
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Figura 2: Esquema do Complexo Agroindustrial.
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No Brasil, a década de 50 foi marcada por importantes mudanças no setor
agropecuário, onde o avanço técnico nas práticas administrativas e produtivas possibilitou o
crescimento de uma rede extensa e complexa de organizações públicas e privadas em prol
deste setor, formando o sistema de alimentos e fibras. Deu-se lugar a uma análise que buscou
destacar um sistema interligado de produção, processamento e comercialização de bens de
origem agropecuária, com o objetivo de satisfazer o consumidor urbano com uma ampla gama
de produtos elaborados, diferenciados, facilmente utilizáveis e com preço e qualidade
compatíveis, daí agribusiness, que traduzido, virou complexo agroindustrial (CAI) ou
agronegócio.
As relações entre campo/cidade e agricultura/indústria se intensificaram nas décadas
de 1960 e 1970, quando um setor passou a depender mais do outro e a produção industrial e
agrícola se voltaram ao atendimento do suprimento da demanda. A orientação do parque
industrial brasileiro e o atendimento e viabilização do processo de modernização da produção
agropecuária nacional colaboraram para a distensão do mercado consumidor urbano e para
a expansão na participação brasileira no mercado externo, estabelecendo relações, antes
distanciadas, entre os setores da produção agropecuária e industrial (MIORIN, 1982). As
políticas econômicas promoveram a disponibilidade de crédito e de incentivo financeiro como
o crédito rural e os incentivos fiscais. Com isto, o Estado brasileiro assumiu o papel de
promotor fundamental do processo agroindustrial, sendo seu principal difusor junto à
modernização agrícola e aprofundamento das relações entre o agro e a indústria através dos
“pacotes” de política econômica e creditícia (SILVA, 1998).
Silva (1998) reforça a concepção de Müller (1989) de que o desenvolvimento dos
complexos agroindustriais se constituiu no produto da modernização da agricultura iniciada
na década de 1960 e marcou o surgimento do novo padrão da agricultura brasileira. Para o
autor, fazia parte da chamada “industrialização expandida” e não contemplando apenas a
diversificação dos produtos de exportação, como também a “substituição localizada de
importações de matérias-primas estratégicas”.
Desta maneira, os CAIs, segundo Müller (1989), seriam “um conjunto formado pela
sucessão de atividades vinculadas à produção e transformação de produtos agropecuários e
florestais”. Sob esta visão, enquadrar-se-iam múltiplas atividades desde a geração dos
produtos, dos processos de beneficiamento e da transformação, assim como a produção de
bens de capital e de insumos industriais para as atividades agrícolas. Muitos autores colocam
igualmente armazenagem, transporte e distribuição dos produtos industriais e agrícolas, além
do financiamento, da pesquisa e da tecnologia e assistência técnica. Estes distintos processos
estariam ligados na forma de redes, por serem dinâmicos e estabelecerem fluxos de
produção, capital e informação.
Assim, a agricultura envolvida pelos complexos agroindustriais assumiu caráter
tecnológico compatível com o processo de modernização vigente na época que transformou
o antigo sistema de produção, denominado de tradicional e ou arcaico, em um sistema
moderno, o qual se diferenciava dos demais pelo emprego da mecanização e uso de insumos
sem atribuir valor algum as antigas formas de produção tradicionais.
Sabe-se que a atuação dos CAIs sobre o espaço rural se intensificou a partir da
segunda metade do século XX, em um contexto de mundialização da economia e de
disseminação de inovações técnicas no setor agropecuário. Pode-se considerar que as
mudanças ocorridas no espaço rural estão ligadas às transformações ocorridas no modo de
produção capitalista como um todo, ou seja, são determinadas por atores em nível mundial.
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A constituição dos CAIs é assegurada pela integração técnica intersetorial entre as
indústrias que produzem para a agricultura (bens de capital), a agricultura propriamente dita
e as agroindústrias processadoras. Essa integração só foi possível a partir da internalização
da produção de máquinas e insumos para a agricultura.
Sua consolidação foi favorecida pelo capital financeiro, basicamente, através do
Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR) e das políticas específicas de agroindustrialização
instituídas pelos chamados fundos de financiamento.
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2.5.2. A indústria de sementes
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2.5.7. Processamento e distribuição
2.5.10. Distribuição
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2.5.11. A adição de valor no sistema agroalimentar
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competitividade no mercado externo e representa a geração de grandes volumes de divisas
para o país.
A tecnologia pode ser ilustrada pelos avanços na pesquisa e desenvolvimento de
novos insumos, novos produtos para o consumidor, que pode se dar através do
processamento das matérias primas pelas agroindústrias. Na tecnologia repousam as maiores
oportunidades para o aumento da qualidade e a redução dos custos dos produtos vendidos
pelas empresas do agronegócio brasileiro.
Segundo Elias (2002), a expansão dos CAIs veio a constituir o principal vetor da
reestruturação produtiva da Agropecuária Brasileira e, consequentemente, também da
organização do agribusiness brasileiro e da expansão do Meio Técnico-Científico-
Informacional no campo.
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REFERENCIAS
GUIMARÃES, A. P. A crise agrária. 2 ed. Rio de Janeiro: Paz a Terra, 1979. 362 p.
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