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Área: 762
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Objectivos:
Preparar actividades recreativas e de lazer para idosos
Desenvolver actividades recreativas e de lazer segundo as necessidades dos
idosos, de acordo com as orientações da equipa técnica
Objectivos específicos:
Avaliação:
Sumativa: Teste de Avaliação de Conhecimentos (100%)
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1. Metodologias de planificação de actividades
“Cada sociedade tem os velhos que merece, como a história antiga e a meieval
amplamente demonstra cada tipo de organização socioeconómica e cultural é responsável pelo
papel e imagem dos seus velhos. Cada sociedade segrega um modelo de homem ideal e é desse
modelo que depende a imagem da velhice, a sua desvalorização ou valorização” (Minois,
1999).
Numa sociedade cada vez mais envelhecida os valores que têm vindo a ser
projectados ao longo dos anos, são cada vez mais aterradores do ponto de vista social e
económico, com grandes custos para o Estado e para o desenvolvimento das dinâmicas.
Segundo a Pordata (2016), desde 1970 o número de pessoas idosas quintuplicou,
sendo que em 1977 residiam em Portugal 836 058 pessoas com mais de 65 anos de
idade, em 2012 ultrapassamos a barreira do milhão e, dados referentes ao ano de 2016
dizem-nos que nesse mesmo ano o número de idosos era superior a dois milhões.
Esta tendência demográfica tende a manter-se ou mesmo agravar-se, dadas as
fracas políticas de natalidade, o aumento da esperança média de vida e ao novo papel da
mulher na sociedade que propiciam esta propensão.
Porém, este aumento progressivo da esperança média de vida desencadeia no
indivíduo muitas mudanças físicas, funcionais, psicológicas e socioeconómicas que
podem colocar o mesmo numa posição de desvantagem social, cultural e económica no
meio onde está inserido, comprometendo de igual forma a sua autonomia e
independência, o que, infelizmente, não significa que viver mais é sinónimo de melhor
qualidade de vida.
Outro dos graves problemas que tem vindo a agravar é a perda de
responsabilidade social por parte da família do idoso, o que nos leva ao frequente
abandono em hospitais, estruturas residenciais para idosos, ou mesmo, no próprio lar,
gerando sentimentos e efectiva solidão e isolamento, e em última instância ocorrem
problemas como depressão, perda de laços emocionais com esta importante parte da
nossa vida, questionando-se o sentido da vida e do seu propósito.
O termo “envelhecimento activo” foi
adoptado pela Organização Mundial de
Saúde, no final dos anos 90, e procura
transmitir uma mensagem mais abrangente
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do que a designação “envelhecimento saudável”, reconhecendo que, para além dos
cuidados com a saúde, existem outros factores que afectam o modo como os indivíduos
e as populações envelhecem. O conceito de envelhecimento activo aplica-se tanto a
indivíduos quanto a grupos populacionais e permite que as pessoas percebam o seu
potencial para o bem-estar físico, social e mental ao longo do curso da vida e inclui a
participação activa dos seniores nas questões económicas, culturais, espirituais, cívicas
e na definição das políticas sociais. O objectivo primordial do envelhecimento activo é
aumentar a expectativa de uma vida saudável e de qualidade de vida. Cinco classes
gerais, que podem servir de referência tanto para os mais velhos como para os
profissionais que os atendem (Fernandez, 1997):
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Com isto percebe-se que a animação é nada mais, nada menos, que um conjunto
de tempos livres que devem ser ocupados com actividades que trazer prazer a quem a
pratica, e não mais uma obrigação. Devem ser momentos que propiciem prazer,
satisfação, descontracção e relaxe.
Para se pôr em prática um programa de animação deve-se ter em conta uma série
de critérios, tais como (Martins 2013):
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uma actividade apenas para um conjunto de utentes. O que realmente importa é que
todos os utentes tenham actividades direccionadas para as suas especificidades,
tendo em conta o seu grau de dependência.
Independentes;
Ligeiramente Dependentes;
Moderadamente Dependentes;
Dependência grave / Dependentes
Este plano deve conter os dados mais importantes relacionados com a animação,
nomeadamente o público, os objectivos gerais e específicos, os materiais de apoio
necessários, o tempo que será despendido, os vários recursos, o nome da actividade,
entre outros (ANEXO 1).
É importante seleccionar o tipo de público-alvo ao qual se dirige a actividade,
desta forma, delinearemos objectivos mais concretos, tendo em conta o conjunto de
especificidades e dependências dos mesmos.
O plano de sessão/ficha de actividade deve ser incluído no plano de actividades
(anual e/ou semestral).
Os materiais já existentes devem ter tidos em conta, de forma a não despender de
recursos económicos de forma desnecessária.
A duração de cada actividade deve também ser tida em conta, não devendo
prolongar-se muito no tempo, e ao mesmo tempo, não ser muito curta. O ideal será entre
60 a 90 minutos, no entanto, devemos ter em conta as dependências de cada utente,
assim como as diversas limitações associadas. Em contexto institucional o ideal será
dinamizar sessões de actividades de animação três vezes por semana.
Avaliação
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Assim, entenderemos quais as motivações dos idosos, o que os estimula mais ou não e
quais são as suas expectativas em relação a essa parte, principalmente aquando ingressa
numa instituição.
Falar pausadamente;
Dar conta do que se vai fazer;
Não ser apressado;
Repetir quantas vezes as necessárias;
Valorizar os objectivos atingidos, mesmo que, em algum momento possam
ficar aquém das expectativas;
Ter uma atitude calma;
Ser paciente e compreensivo.
O facto de se realizar uma ou várias actividades não quer dizer que estas são
estanques, ou seja, devemos sempre proceder à avaliação das mesmas. E quando as
actividades são realizadas com outros organismos e/ou instituições, essa avaliação
deverá ser trocada entre si, de forma a melhorar os pontos negativos.
Uma das dificuldades ainda encontrada em contexto institucional é o facto de a
maioria dos utentes não se encontrar alfabetizado, o que poderá condicionar a forma
como se realiza a avaliação da actividade. No entanto, esta poderá ser feita de forma
oral, individual ou grupal, sendo ainda uma forma de estimulação cognitiva e de
exploração de habilidades que por vezes podem ser esquecidas.
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Posto a avaliação feita por utentes, outras instituições envolvidas e os próprios
funcionários que estiveram envolvidos na actividade é hora de realizar o Registo de
Actividade/Avaliação Actividade (ANEXO 2).
Uma das respostas sociais com mais procura por parte da população portuguesa,
principalmente quando as famílias não têm os mecanismos de resposta às necessidades
dos idosos é a Estrutura Residencial para Idosos, sendo também muito comum o Centro
de Dia e Centro de Convívio. Estes organismos, são de facto uma forma de assistir os
idosos aquando entrada na idade da reforma ou posteriormente, que se encontram
muitas vezes em risco de perda de independência e/ou autonomia. Espera-se que estas
estruturas tenham serviços de apoio social, psicológico e cultural, com o intuito de
promover a qualidade de vida e para a condução de um envelhecimento autónomo,
activo e plenamente integrado, de forma a prevenir algumas mudanças físicas,
psicológicas e cognitivas próprias do processo de envelhecimento, mas que se não
retardadas podem-se agravar de forma galopante.
Assim, todas as actividades a desenvolver neste tipo de contexto, ou mesmo em
domicílio devem ir de encontro às necessidades dos seus utentes, pois estes são o foco
de actuação dos diversos profissionais.
Objectivos:
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Assegurar as condições de estabilidade necessárias para o reforço da sua
capacidade social, assegurando as condições de estabilidade necessárias
para o reforço da sua capacidade autónoma na organização das actividades
da vida diária
Dentro das instituições voltadas para a área da terceira idade é cada vez mais
comum a existência de um/a animador/a sociocultural ou alguém interno com formação
na área, mas de certa forma, ainda existem lacunas no que concerne às práticas
realizadas.
Em linhas gerais a animação procura:
Desenvolver competências;
Recordar experiências e vivências;
Promover a participação em movimentos cívicos, sociais, associativos e/ou
económicos;
Promover a inserção e inclusão social;
Centrar-se nas necessidades, desejos e/ou problemas vivenciados por cada
utente;
Preservar ao máximo a autonomia dos utentes;
Retardar mudanças físicas e cognitivas associadas ao envelhecimento;
Criar um estado de espírito, uma dinâmica, dentro dos estabelecimentos
que permita uma associação pessoal ao projecto de animação
implementado;
Definição de modos de organização da animação, tendo sempre em conta a
promoção da motivação;
Promover a interacção com o meio;
Diversão dos utentes;
Promover a dinamização de eventos;
Partilhar conhecimentos;
Promover a comunicação oral;
Promover valores;
SATISFAÇÃO E FELICIDADE!
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A animação não deve ser encarada apenas como uma ocupação de tempos livres,
mas também uma fonte variada de estímulos intelectuais e físicos, que sejam atractivos
e de interesse dos destinatários, de modo a incentivá-los a participar.
Os destinatários da animação não devem tomar um papel de espectadores, pelo
contrário, devem ser os protagonistas, de forma a serem realmente estimulados para a
participação.
Se, por um lado, a estrutura residencial para idosos oferece serviços que
anteriormente tinham que levá-los para fora de sua casa, por outro lado, a localização e
normas da instituição dificulta as saídas. Para isto deve ser adicionado à organização
interna da instituição as condições físicas e mentais do residente, que tem uma
influência directa sobre as possibilidades de manter o contacto com o exterior.
Não podemos falar de animação sem falar do/a animador/a. O/A animador/a é
aquele que conduz a animação e trabalha para que esta siga no bom caminho. Para isso
ele tem que ser uma pessoa optimista, alegre, bem-disposta e tem que saber agir no
momento certo para conduzir o projecto e/ou as actividades da melhor forma.
Para Jacob (2008) “(…) o animador é aquele que realiza tarefas e actividades de
animação, que é capaz de estimular os outros para uma determinada acção”.
Logo, um: animador é:
Dinamizador
Mobilizador
Agente: social
Relacionador
O animador exerce animação não só com indivíduos isolados, mas com grupos ou
colectivos os quais tenta envolver numa acção conjunta, desde o mais elementar até ao
mais comprometido.
O que ele deve procurar é a mudança de atitudes nos sujeitos (da passividade à
actividade).
É um agente social, visto que exerce a sua actividade com grupos; é um
relacionador, capaz de estabelecer uma comunicação positiva entre pessoas, grupos.
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Para Jacob: (2007, p. 30): o: “Animador é um mediador, um intermediário, um
provocador, um gestor, um companheiro e um agente de ligação entre um objectivo e
um grupo alvo”.
Assim, tem: por base na sua intervenção o objectivo fundamental e global de
ajudar a desbloquear o mundo interno do idoso, a promover relações humanas, pessoais
e a descobrir dimensões novas da sua personalidade.
Daí ter em conta que a animação de idosos, de acordo com Jacob (2007, p. 32)
tem por objectivos:
Características de um animador:
Dialogante;
Não autoritário;
Respeitosa para com os outros;
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Mentalidade aberta;
Tolerante;
Propícia a estabelecer relações;
Com uma visão global dos problemas sociais.
Vidente (…) Ler a vida mudar o destino. Aquele que vê o futuro, o antecipa, o torna tangível e
urgente; transforma a realidade. Traz a mensagem, a luta, o terramoto. Assume-se do lado da
vanguarda (…). Terapeuta (…) O que ajuda a nascer e acompanha o crescimento. O que cuida
dos distúrbios e sara as feridas. Acredita e faz acreditar que a esperança é o desenvolvimento.
O que integra e acompanha os processos de recuperação e reintegração (…). Guia (…) O que
introduz noutros mundos e olhares. Indica caminhos, desafiando para o que se esconde e
depois se revela e exprime. Guarda a memória, mas relaciona com o presente. Faz a ligação
com a cultura, a arte e os artistas para permitir a fruição e desafiar o que há de criador em
cada um e no colectivo (…).
Técnico (….) O que domina os equipamentos e as técnicas. Conhece os processos. Respeita
horários, hierarquias, instituições e compromissos. Lidera, coordena, gere. Integra, executa e
ensina. (…).
Mediador (…) O que põe em contacto, faz a rede. Liga os comentários e as distâncias.
Encontra parceiros. Promove encontro, na construção do coletivo até à comunidade. Soma
sinergias. Desafia os limites interiores. Faz iguais e maiores, únicos. Respeita diferenças.
Integra e autonomiza.” (pp.51-53).
Este técnico é muitas vezes alguém mais próximo do idoso do que a própria
família, e torna-se com facilidade no “confidente”, no “conselheiro”, e no “amigo”
deste. O animador tem normalmente mais tempo para se dedicar ao idoso, e pode-lhe
dar por isso mais atenção e carinho. Segundo Jacob (2007) é muito importante que um
animador que trabalhe com idosos goste muito daquilo que faz e tenha muita
disponibilidade. O trabalho destes técnicos é compensado não só através de um salário,
mas sobretudo a nível afectivo e emocional. Atrevemo-nos a dizer que, ou o animador
gosta muito do que faz, ou então não é capaz de exercer esta profissão.
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máximo nível de funcionalidade e de independência nas ocupações em que desejam
participar.
Ora, é a avaliação, tratamento e habilitação de indivíduos com disfunção física,
mental, de desenvolvimento, social e outras, utilizando técnicas terapêuticas integradas
em actividades seleccionadas consoante o objectivo pretendido e enquadradas na
relação terapeuta/utente.
Pretende assim prevenir a incapacidade, através de estratégias adequadas com
vista a proporcionar ao indivíduo o máximo de desempenho e autonomia nas suas
funções pessoais, sociais e profissionais e, se necessário, o estudo e desenvolvimento
das respectivas ajudas técnicas, em ordem a contribuir para a melhoria da qualidade de
vida.
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4.2 Benefícios a nível da saúde
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O ponto de partida da animação de idosos começa quando respeitamos os mais
elementares dos seus direitos, como sejam o direito à escolha, o direito à privacidade e
o direito à integração e à participação activa nos pormenores da sua vida.
A qualidade de vida do idoso numa instituição depende destes factores assim
como de um acompanhamento decente, cuidado e eficiente por parte dos trabalhadores
das instituições que os acolhem. Acompanhamento esse que só se consegue através de
uma formação cuidada e regular por parte das equipas técnicas.
A animação mais importante para o idoso numa instituição passa pela participação
activa deste na gestão corrente da instituição, na cooperação em actividades de rotina
diária (ajudar no jardim ou na cozinha) e pelo contacto com as ajudantes de lar, que
deve ser atencioso, cuidadoso e amável.
A qualidade de vida do idoso, institucionalizado depende em grande medida dos
seguintes factores:
Motivação
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Se forem dadas condições ao indivíduo para que ele tenha um bom desempenho
na execução de uma determinada tarefa ou actividade e ele tiver as competências
necessárias, o seu grau de eficácia depende apenas da sua motivação.
Uma das principais teorias existentes sobre a motivação humana é a Pirâmide das
Necessidades de Maslow, que diz que as necessidades estão ordenadas segundo o seu
valor, e que uma determinada necessidade só se manifesta quando as necessidades do
nível anterior estiverem satisfeitas.
Segundo esta teoria, o ser humano apresenta cinco níveis de necessidades:
fisiológicas, de segurança, de afecto, de estima e de auto-realização. As necessidades
fisiológicas e de segurança são primárias, enquanto as restantes são secundárias.
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Para que um indivíduo se motive de forma durável, ele tem que ser estimulado
diversas vezes;
Uma apreciação negativa do indivíduo ou de um comportamento que ele não
pode ou não sabe como modificar faz com que ele perca a motivação (Respeitar
as limitações);
A maior fonte de motivação para o ser humano é o conseguir atingir, com
esforço, um objectivo que ele se fixou a si próprio.
I. Rotinas Diárias
Higiene;
Culinária;
Costura;
Jardinagem.
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No entanto, estas são maleáveis, dependendo muito de quais são as rotinas que o
idoso teve ao longo da sua vida, o que lhe dá prazer, e o que vê como necessidade e útil
para si.
II.Atividades Manuais
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III.Atividades Recreativas
Exemplos:
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Desportes como boccia (noção de espaço, motricidade fina, sentimentos
de pertença, melhoria da atenção)
(https://www.youtube.com/watch?v=Xm1SzjIy3lI);
Jogos com bola, ténis de mesa;
Excursões;
Colónias de inverno e verão;
Praia;
(…)
IV.Actividades Físicas
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O nosso corpo é um veículo de sensações. É através dele que vamos adquirindo a
sensibilidade proprioceptiva ou seja as noções de espaço que não são visíveis, (ex:
quando nos sentamos, sabemos sem olhar onde está a cadeira).
Com a idade estas capacidades vão-se perdendo, chegando ao ponto de se perder o
próprio esquema corporal.
É possível ajudar o idoso a adquirir estas noções com exercícios psicomotores.
A capacidade de realizar o movimento real, em caso de paralisia de um membro,
utiliza-se o membro são como auxiliar do movimento.
A massagem suave nos membros ou no tronco também são um bom suporte para a
consciencialização das diferentes partes do corpo, pois as nossas mãos são um estímulo
táctil e sensitivo.
Devemos ajudar o idoso aumentar as suas capacidades de representação mental do
corpo em movimento, mobilizando as extremidades (braços e pernas), perante o seu
olhar e referenciando os seus nomes, (ex: Sr.........., agora vou mexer no seu braço
direito e vou elevá-lo, e assim por diante.).
Alguns dos problemas do idoso relacionado com o seu corpo:
Desinteresse pelo arranjo exterior e por vezes com a própria higiene;
Dificuldades de adaptação, á imagem corporal;
Lentidão motora, movimentos pouco harmoniosos e de pequenas amplitudes;
Diminuição das sensações;
Medo das quedas e consequentemente as fracturas;
Hipertonia/rigidez muscular
Exemplo de jogos
1º jogo
Material:- Placa quadrada com várias filas de pregos, elásticos de várias cores e
grossuras diferentes.
2º jogo
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Material: - Garrafas de plástico de 1\2 l, ou de 1,5l, cheias de areia, pintadas,
com um cordel atado no gargalo, por sua vez este cordel com um metro de fio
está atado a um pequeno pau.
3º jogo
Modo de jogar: - atirar a bola para derrubar os pinos (garrafas) que estão em pé,
a uma certa distância.
4º jogo
Modo de jogar: - tentar acertar com as malhas dentro dos arcos variáveis: - arcos
e malhas com as mesmas cores, alterar as distâncias entre os arcos
5º jogo
V. Animação cognitiva
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Actividade Objectivos Materiais
- Eva
-Imagens
Jogos de Estimular a concentração, raciocínio e a observação imprimidas de
Memória objectos
Ou
- Baralho de
cartas
- Quadro
Palavra Abstracção do real -Giz/Marcador
Intrusa
Completar Estimular as capacidade intelectuais e culturais Valorização - Lista de
provérbios pessoal provérbios
Dominó Estimular o raciocínio Desenvolver e/ou manter a capacidade Dominó
intelectual e participativa e organizativa Convívio
Jogos de Estimular o raciocínio Desenvolver e/ou manter a capacidade
cartas intelectual e participativa e organizativa Convívio - Baralho de
cartas
Palavras Desenvolver e/ou manter a memória e a concentração
cruzadas Incentivar a comunicação e o trabalho de grupo - Palavras
Fomentar a realização destes jogos em grupo, de forma a cruzadas
integrar aqueles que não são alfabetizados ou que se
encontram com dificuldades de visão
Contar ------------
anedotas,
advinhas, Reavivar a memória
lengalengas,
ditos antigos
Palavras Estimular a imaginação e a criatividade Interacção de grupo - Lápis/Caneta
rimadas Comunicação - Papel
Jogo das Desenvolver e/ou manter a concentração e a observação - Jogo das
diferenças diferenças
puzzle Identificar as peças Associar a peça/figura ao orifício - Puzzle
correspondente
Tabuleiro de Identificar os números Associar os números aos orifícios - Jogo
números correspondentes Desenvolver o tacto Desenvolver o
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(para raciocínio
invisuais)
Exercícios - Latas numeradas - Latas
numéricos - Deve colocar o número de lápis nas latas correspondentes - Lápis/Caneta
- Identificação dos números
Desenvolvimento do raciocínio
Cubos de Desenvolver o tacto Estimular a capacidade intelectual - Jogo
encaixe
Identificar Desenvolver o olfacto e o paladar Estimular a capacidade - Ingredientes
sabores e intelectual Dar a conhecer o mundo de outra forma culinários
cheiros
Identificar Identificar sons do dia-a-dia Desenvolver a capacidade - Sons
sons intelectual e cognitiva Conhecer o mundo através da audição
Desenvolver a audição
Leitura Desenvolver a capacidade intelectual e cognitiva -Livros,
jornais…
Enfiar contas Desenvolver tacto e raciocínio - Fio,
missangas…
(…)
VI.Animação de comunicação
Neste tipo de animação queremos que os idosos comunicam com os outros e essa
comunicação pode ser feita pela música, pelo teatro, pela dramatização, pela dança,
pela poesia, prosa, fotografia, etc.
Na animação plástica, os animados exprimem-se através de objectos, na animação
expressiva de comunicação eles transmitem os seus sentimentos e emoções através da
voz, do comportamento, da postura e do movimento.
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Com esta animação estimula-se o autoconhecimento, a interacção entre a pessoa e
o grupo e a dinâmica de grupo (Ex: Falar sobre a história de vida, profissões, sobre a
terra onde sempre viveu…).
Incluímos nesta animação toda a componente de religião, espiritualidade e
meditação.
VIII.Animação Lúdica
A animação lúdica, como o seu nome indica, é a animação que tem por objectivo
divertir as pessoas e o grupo, ocupar o tempo, promover o convívio e divulgar os
conhecimentos, artes e saberes. é vocacionada principalmente para a essência da
animação, do lazer, o entretenimento e a brincadeira.
Inclui-se o turismo sénior, os jogos, as idas aos museus, teatros, cinemas, o jornais
de paredes, as festas, a gastronomia, ver televisão, consultar a internet, etc.
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Nesta área o voluntariado assume um papel principal, visto que a grande maioria
das actividades executadas pelos idosos na comunidade é embutida de um espírito
voluntário.
Exemplos: Universidades Seniores, dirigentes de associações, voluntariado sénior,
consultores seniores, Programas Intergeracionais
Estes programas devem ter em conta os ritmos e motivações dos idosos e dos
jovens, assim como a duração que não deve ultrapassar uma hora, caso contrário
uma boa experiência pode-se tornar numa má experiencia.
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capacidades físicas (problemas de visão, de locomoção, doenças
cardiovasculares frequentes nesta faixa etária);
falta de segurança;
dificuldades económicas;
falta de integração social, e consequentemente, menor participação activa, deve-
se essencialmente à falta de poder económico;
tédio ou sentimento de inutilidade, consequente da entrada na reforma,
essencialmente na classe económica com rendimentos mais baixos.
5.Jogos Tradicionais
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não eliminou, no entanto, o nosso desejo de fazê-lo. O jogo, quer em crianças, em
adultos ou em idosos é das melhores formas de transmitirmos uma mensagem e de nos
divertirmos.
Com o jogo conseguiremos (Lorda, 2001):
Canalizar a nossa criatividade;
Libertar tensões e emoções;
Orientar positivamente as angústias quotidianas;
Reflectir;
Aumentar o número de amizades e relações;
Divertir-nos;
Aumentar o grau cultural e o compromisso colectivo;
Ter predisposição para realizar outros compromissos;
Obter integração intergerações quando se possibilitam oportunidades, e quando
isso é uma vontade dos participantes.
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Codificada, estando regulada de antemão por um conjunto de regras;
Fictícia, mais ou menos afastada da realidade;
Espontânea.
Segundo a sua função:
Estética: jogar significa, simultaneamente, construir, inventar, por conseguinte,
criar;
Cultural: jogar permite satisfazer os ideais de expressão e de socialização.
Social: jogar é sentir o prazer em compartilhar uma actividade comum que
conviria prolongar, além do espaço lúdico.
Psicológica: o jogo permite esta instância, combate o aborrecimento, estabelece
novos contactos no seio de uma equipe, incentiva o gosto pela acção e compensa
a falta de actividade profissional.
6.Conclusão
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Quanto à animação especificamente de idosos, esta define-se como um estímulo
da vida mental, física e afectiva da pessoa idosa. A animação incentiva-a a empreender
certas actividades que contribuem para o seu desenvolvimento, dando-lhe o sentimento
de pertença a uma lugar ou comunidade.
Contrariando a ideia que a maior parte dos idosos têm, de que já não servem para
nada, que não interessam à família, muito menos à sociedade.
Nesta questão da sociedade, ela exclui os idosos ou outras vezes são os próprios
idosos que se auto excluem, já devido as estas ideias pré-concebidas de que após idade
da reforma perderam a sua utilidade aos olhos dos outros. Por outro lado, a animação
pode também combater ideias pré concebidas pela sociedade, que excluem o idoso a
nível social, cultural e económico, desvalorizando a sua contribuição social ao longo da
sua vida, assim como, os seus ensinamentos.
É uma das funções do animador – no contexto da animação de idosos – fazer com
que estas ideias e preconceitos desapareçam ou noutros casos, que nunca surjam.
Para isso, ao animador compete-lhe criar movimento, vida e actividades. É
necessário que apresente propostas e sugestões, que seduza, que imagine, que desperte,
que suscite e que influencie o idoso, sem exercer qualquer tipo de obrigação ou
obrigatoriedade.
E este tipo de trabalho é ainda mais importante nas estruturas residenciais para
idosos, centros de convívio, centros de dia e outras respostas direccionadas para os
idosos. Vários estudos comprovam que os idosos utentes de lares têm uma auto-estima
mais baixa do que aqueles que vivem em casa própria. Uma das razões para esta
situação poderá ser a pouca actividade que têm nos lares, em comparação com os que
vivem em casa. Com a animação de idosos, a pessoa idosa pode enquadrar-se num
programa entre várias actividades recreativas, culturais e desportivas, permitindo um
estímulo constante às suas capacidades cognitivas e físicas.
A animação de idosos, esta deve estar incluída no conjunto de serviços prestados à
terceira idade. A animação de idosos deve estar em pé de igualdade com a alimentação,
cuidados de saúde e higiene, vestuário, conforto. Deverá ser considerada como um
serviço indispensável à qualidade de vida do idoso. E daqui a alguns anos teremos uma
nova geração de idosos. Menos depressivos, menos solitários, menos dependentes de
medicação e claro com uma velhice mais bem disposta e mais activa.
Desta forma quebram-se rotinas e hábitos dos idosos (comodismo), tornando-os
activos, dinâmicos e interventores (participação), recuperando-lhes a confiança e a
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valorização pessoal e relacional. Em diversas actividades os idosos têm a oportunidade
de dar largas à sua imaginação e à criatividade, através da pintura, colagem, escultura,
desenhos, recortes, rendas, etc., tendo como vantagens o desenvolvimento da
motricidade, a precisão manual, a coordenação psicomotora entre muitas outras.
Por fim, saliento que a animação tem em vista não só o bem geral, mas o bem
individual, pois cada indivíduo acarreta em si as mais diversas vivências, experiências,
dissabores e alegrias, que merecem ser respeitadas por quem intervém a nível social.
Assim, a intervenção deve ser individualizada logo à partida, no ingresso na instituição,
caso seja o caso, perguntando e observando o que para aquela pessoa é ou não
importante.
Referências Bibliográficas
33
Jacob, L. (2007). Animação de idosos. Porto: Âmbar.
Who (2002). The world health report 2002 – reducing risks, promoting healthy life.
Sequeira, S. (2013). Animar para melhor envelhecer, com satisfação. Instituto Politécnico de
Castelo Branco, Escola Superior de Educação.
Sousa, S (2013). Participação dos idosos nas actividades de desenvolvimento pessoal. Instituto
Superior de Serviço Social do Porto (Dissertação de Mestrado).
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ANEXOS
ANEXO I
Plano de Sessão
Instituição: Nome da Actividade:
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Local: Data:
Nome da Actividade:
Dinamizador:
Data:
Horário: Duração:
Público:
Atividades:
Materiais e equipamentos:
Recursos Humanos:
Recursos Físicos:
Recursos Económicos:
Outras indicações:
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ANEXO II
Avaliação de Actividade
Instituição: Nome da Actividade:
Local: Data:
Nome da Actividade:
Dinamizador:
Data:
Horário: Duração:
Público:
Facilitadores:
Pontos a melhorar:
Registos fotográficos:
Outras indicações:
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