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ESTRUTURA DA FRASE

DO PORTUGUÊS DO BRASIL

por Lee Pontes

1. – AS CATEGORIAS DUPLAS

O infinitivo, o particípio, o gerúndio e os interrogativos relativos são categorias duplas.

1.1 Verbo e Substantivo

O verbo em sua forma infinitiva é simultaneamente VERBO e SUBSTANTIVO.


Exemplo:
Não consigo aprender piano

O termo aprender se comporta como substantivo, pois é objeto direto do verbo “conseguir”
(consigo); além de verbo, visto que solicita um complemento do tipo objeto direto, expresso pelo
termo piano.
Infinitivo significa sem fim, sem limite, porque o infinitivo não sofre o limite de pessoa que aparece
nas outras formas verbais. Em sentido lato, são infinitivos o particípio, o gerúndio e o próprio
infinitivo. Neste caso porém se prefere usar a expressão FORMAS NOMINAIS.

1.2 Verbo e Adjetivo

O particípio é simultaneamente verbo e adjetivo.


Exemplo:
Deitado tranquilamente na rede, o ancião recordava a longínqua mocidade.

O termo deitado, sendo verbo, tem dois adjuntos adverbiais, um de modo e o outro de lugar; como
adjetivo, está concordando com o substantivo ancião.

1.3 Verbo e Advérbio

O gerúndio é simultaneamente verbo e advérbio.


Exemplo:
Observando a natureza, encontrei a Deus

O termo observando, sendo verbo, tem objeto direto em natureza; sendo advérbio, exprime a
circunstância de meio, e modifica a forma verbal encontrei.
O gerúndio latino, que se deriva do gerundivo, é apenas um substantivo neutro cujo nominativo é o
infinitivo:
nominativo: amare
vocativo: …………………….
acusativo: amandum e amare
genitivo: amandi
dativo: amando
ablativo: amando

O nosso gerúndio corresponde ao ablativo do gerúndio latino; como o ablativo é o caso do adjunto
adverbial, é natural que o gerúndio português seja a forma adverbial do verbo.
Como o gerúndio latino representa quatro casos, e o português apenas o ablativo, evidencia-se que o
primeiro tem maior amplitude sintática do que o segundo.
Gerúndio, do latim gerundium, quer dizer propriamente o que está por se realizar ou o que deve
realizar-se, conforme a do gerundivo, do qual, como já foi dito, se deriva o gerúndio. Em português
significação o gerundivo latino se conserva com valor adjetivo:

a) doutorando o que está por doutorar-se;


b) venerando o que se deve venerar;
c) colendo que se deve respeitar.

1.4 Pronome Interrogativo / Relativo e Conectivo Oracional

O grupo qu- é simultaneamente interrogativo-relativo e conectivo oracional.

Exemplo:
Não sei quem és

Exemplo:
Não chores o tempo que passa

Pertence ao grupo QU- as seguintes palavras:

qual, quais;
quamanho, quamanha, quamanhos, quamanhas;
quanto, quanta, quantos, quantas;
quando;
quão;
que;
quem;
como;
cujo
onde.

Exemplos:

Mentir é vergonhoso
Peguei o passarinho tremendo de frio

2. OS PROCESSOS SINTÁTICOS

2.1 As orientações para as funções sintáticas

As funções sintáticas se manifestam de cinco maneiras:

a) pela ordem ou posição – Sistema Posicional;


b) pela flexão casual – Sistema Casual;
c) pela entoação – Sistema Tonal;
d) pelas preposições – Sistema Preposicional.
e) pelo sentido – Sistema semântico.

Não parece haver língua que use apenas um sistema com exclusão total dos outros. A construção
latina
Homines tigres timent
(Os humanos temem os tigres)

2.1.1 Sistema Posicional:

A posição-antes, com relação ao verbo, indica o sujeito; a posição-depois indica o objeto direto.

O lobo matou o tigre

em que o lobo só é sujeito por se achar na posição-antes, e o tigre é objeto direto por se achar na só
posição-depois. Mudem-se as posições:

a) O tigre matou o lobo;


b) O lobo o tigre matou;
c) O tigre o lobo matou;
d) Matou o lobo o tigre;
e) Matou o tigre o lobo;

e a significação torna-se diversa, duvidosa ou confusa.

Em orações interrogativas como

Quem o professor procura?

há duas posições-antes: a imediata denota o sujeito, a mediata denota objeto direto. O normal seria:
O professor procura quem?, mas os interrogativos-relativos constituem um caso à parte. Em Quem
procura o professor? não cabe observação, pois se manteve o princípio geral: quem é sujeito
professor é objeto.
Em orações adjetivas,
A criança que o guarda salvou não era carioca,

o fenômeno sintático é igual ao precedente: a posição imediatamente antes exprime o sujeito de


salvou, a mediatamente antes exprime o objeto.

A exceção especial que atinge os interrogativos-relativos explica-se pelo seguinte fato: nas orações
interrogativas e adjetivas, os termos interrogativo e relativo encabeçam normalmente a oração
aquele por na oração ser o mais importante, este por ser igualmente conectivo. Não fora isto, a
construção seria:

a) O professor procura quem?;


b) A criança, o guarda salvou que, não era carioca.

As posições antes e depois podem ou o sujeito e o sujeito apenas, o verbo; o objeto direto objeto
direto e o sujeito, colocam-se antes, sem por isto haver ambiguidade. E porém necessário que se
tome uma das seguintes ser violadas: o objeto direto, colocam-se após apenas, ou o medidas
preventivas:
a) a entoação: interferência do sistema tonal no sistema posicional; – O tigre, o lobo matou.
Obs: O Apolinário, um sujeito matou agorinha;

b) o pleonasmo: – O tigre o lobo o matou;


c) a flexão casual: herança da língua latina; (pronome sujeito [caso reto] e pronome objeto ou
complemento [caso oblíquo]);

d) preposição: interferência do sistema preposicional sistema posicional ou casual; – Ao tigre o lobo


o matou;

e) concordância – O soldado os presos espancou, os presos o soldado espancou;

f) sentido – Lágrima amargas derramaram teus olhos;

g) predicação: verbo intransitivo – Caiu a ponte, Saiu a lua, Nasceu a criança.

2.1.2 Sistema Casual

Resquícios do sistema de casos do Latim

PRONOMES DO PORTUGUÊS DO BRASIL


NOM eu tu ele ela nós vós eles elas SUJ
VOC tu vós VOC
ACUS me te se o a nos vos os as se OD
GEN -------
DAT mim ti si lhe lhe lhes lhes si OI
ABL migo tigo sigo nosco vosco sigo ADV

SUJEITO COMPLEMENTO
Sujeito Obj. Dir. Obj. Ind. Obj. Dir. Qualquer A preposição
Predicativo Predicativo Adj. Adn. Obj. Ind. preposição COM
EU ME MIM COMIGO
TU TE TI CONTIGO
ELE O LHE SE si/ele CONSIGO
ELA A LHE SE si/ela CONSIGO
NÓS NOS NÓS CONOSCO
VÓS VOS VÓS CONVOSCO
ELES OS LHES SE si/eles CONSIGO
ELAS AS LHES SE si/elas CONSIGO

2.1.3 Sistema Tonal

Meu filho, estuda matemática na UFC.

diferente

Meu filho estuda matemática na UFC.

2.1.4 Sistema Preposicional

Certas funções só são expressas por meio da preposição

a) O objeto indireto: Ana gosta de sorvete / Dei-lhe a chave ou Dê-me a chave;

b) O agente da passiva (por e de): O projeto produzido por Luiz foi o vencedor / A terra era povoada
de selvagens;
c) O adjunto adverbial: Viajei de carro / Viajo amanhã.
3. Termos primários e secundários da frase (oração)

Elementos da oração em Língua Portuguesa


Os primários são os termos em negrito e os demais são os secundários.
ADJUNTO ADVERBIAL
Pred. do
Objeto **AGENTE
ADJ. CN Adj. Adn. CN Adj. Adn Aposto Vocativo DA
ADV. SUJEITO VERBO OBJETO OBJETO
DIRETO INDIRETO PASSIVA
Aposto *Vocativo Aposto Vocativo CN Adj. Adn
PREDICATIVO DO SUJEITO
*O vocativo é relativo;
**O agente da passiva também pode receber complemento nominal, adjunto adnominal, aposto e vocativo.

3.1 Termos essenciais da Oração

3.1.1 SUJEITO

SIMPLES Ex. A Joana é trabalhadora.


COMPOSTO Ex. Joana e Lúcia são trabalhadoras.
Não está expresso o sujeito, mas, pelo
contexto, sabe-se quem pratica a ação.
SUBENTENDIDO
Ex. Fui ao cinema. (eu)
Comemos sorvete. (nós)
TIPOS Não se sabe quem pratica a ação.
DE INDETERMINADO Ex. Dizem que o país está cada vez pior.
SUJEITOS Trabalha-se muito na minha empresa
NULO
O sujeito não está expresso. Refere-se a
frases que não têm sujeito, porque dizem
respeito a fenômenos meteorológicos, da
EXPLETIVO natureza ou quando utilizam o verbo a
haver com sentido existencial.
Ex. Choveu muito.
Há bolachas na lata.

3.1.2 PREDICADO

Função sintática desempenhada pelo grupo verbal. O predicado (transitividade do verbo) pode
assumir a forma de um:
a. Verbo → Ex. Ele adoeceu;
b. Verbo + Complemento(s) → Ex. Ele concluiu os estudos;
c. Verbo + Predicativo do Sujeito → Ex. Ele continua em casa;
d. Verbo + Modificadores → Ex. Ontem, O Rui deu uns brincos à Cátia.

3.1.3 COMPLEMENTO DIRETO ou OBJETO DIRETO


É exigido pelo verbo, sendo a função sintática desempenhada por um grupo nominal; responde às
questões quem? ou O quê?. Pode ser substituído pelo pronome pessoal o, a, os, as (no, na, nos, nas,
lo, la, los, las).
Ex. O Pedro ofereceu um CD à Joana.
A Ana encontrou a amiga na rua.

3.1.4 COMPLEMENTO INDIRETO ou OBJETO INDIRETO

Função sintática desempenhada por um grupo preposicional, selecionado por um verbo. Responde à
questão a quem? e pode ser substituído pelo pronome pessoal lhe, lhes.
Ex. O Pedro ofereceu um CD à Joana.
A Joana telefonou-lhe.

3.1.5. COMPLEMENTO AGENTE DA PASSIVA

É a função sintática de um grupo preposicional numa frase passiva, introduzido pela preposição por.
É constituído pela expressão que tem a função de sujeito na frase ativa.
Ex. Esse livro foi escrito por Sophia de Mello Breyner. (frase ativa correspondente: Sophia de
Mello Breyner escreveu esse livro)

3.1.5 PREDICATIVO DO SUJEITO

Função sintática desempenhada pelo constituinte que ocorre em frases com verbos copulativos, que
predica algo acerca do sujeito.
Ex. O João é [professor de Matemática];
Os alunos estão [muito interessados];

A Joana ficou [na escola].

NOTA: Os verbos copulativos ou de ligação mais frequentes são: ser, estar, permanecer, ficar,
continuar, tornar-se, revelar-se.

3.1.6 PREDICATIVO DO OBJETO

É o elemento que atribui qualidades ou propriedades ao complemento direto. É obrigatoriamente


selecionado por um verbo transitivo predicativo. (achar, chamar, supor, declarar, considerar, eleger).
Ex. O público considerou a banda excelente.

Nesta frase: “considerou” – Verbo transitivo predicativo “a banda” – Complemento Direto


“excelente” - Predicativo do Complemento direto.

Ex. Elegeram a Ana delegada de turma.


Nesta frase: “Elegeram” – Verto transitivo predicativo “a Ana” – Complemento Direto “delegada de
turma” - Predicativo do Complemento direto.

3.2 Termos acessórios da Oração

3.2.1 MODIFICADOR DE FRASE (Adjunto Adverbial)

Características: Modifica toda a frase e não apenas o verbo. Pode apresentar a forma de grupo
adverbial, de grupo preposicional e de uma oração (Oração subordinada adverbial condicional e
oração subordinada adverbial concessiva):
Ex. Infelizmente, o Zé reprovou.
OBS: O modificador de frase não faz parte do predicado e exprime uma atitude, uma apreciação em
relação ao que se diz, aparece sempre isolado por pontuação.
3.2.2 MODIFICADOR DO NOME (Adjunto Adnominal ou Complemento Nominal)

Modificador restritivo do nome Restringe a realidade referida pelo nome que modifica. Não pode
ser separado por vírgulas do nome a que se refere.
Exemplos:
Ele comeu maçã assada.
Ele comprou uma faca de cozinha.
O meu primo que vive no Maranhão (oração subordinada adjetiva relativa restritiva) casou.
Aquela casa nova foi assaltada.
A construção das casas demorou cinco anos para ser concluída.
O medo de altura é dos tipos de fobia mais frequente entre os passageiros de avião.

3.2.3 MODIFICADOR DO NOME (Aposto)

Modificador apositivo do nome


Não restringe a realidade referida pelo nome que modifica. É separado obrigatoriamente por
vírgulas.
Exemplos:
José Silva, presidente do clube, apresentou a sua demissão.
José Saramago, um autor consagrado, é lido nas escolas.
A neve, que é anormal nesta época, provocou acidentes.

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