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ADEPTOS DO NOME
YEHOSHUA E SUAS
VARIANTES
Por Tarles Elias • 21 mai, 2019 •
I – Introdução
Os adeptos do nome Yehoshua e Suas Variantes (ASNYV) surgiram no Brasil por volta de 1987
aproximadamente. Esse movimento não é propriamente dito uma heresia ou seita de origem
brasileira, já que existem similares nos Estados Unidos e em outros lugares. Embora seja
relativamente novo no Brasil, esse movimento experimentou um incrível fracionamento. Entre os
adeptos do nome Yehoshua há muita divisão e rami cações, tanto doutrinária quanto
institucional. Há grupo que nega a doutrina bíblica da Trindade, outros são sabatistas, ou seja,
defendem a guarda do sábado, outros crêem ainda em duas categorias de salvos: os cristãos que
habitarão no céu e os judeus, assírios e egípcios, que embora possam ser salvos, herdarão a terra.
Outros crêem em tudo isso etc. São exclusivistas, ostentando assim o monopólio da salvação.
Alguns grupos são denominados de as Testemunhas de Yehoshua, Gideões de Yehoshua
Hamashiach, Igreja do Deus Yehoshua etc. Alguns dos seus líderes e escritores são: José Cláudio
Pinheiro, Josué B. Paulino, Ivo Santos de Camargo etc.
II – O Nome YEHOSHUA
Os adeptos do nome Yehoshua e suas variantes ensinam que o nome Yehoshua é de origem
divina e signi ca Deus Salvador (YEHO = SENHOR + SHUAH = SALVAÇÃO). Falam que o nome
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Jesus é de origem pagã e signi ca Deus-cavalo (YE = DEUS + SUS = CAVALO). Vão mais além na
sua obstinação contra o nome Jesus, comparando-o com Esus – deus mitológico dos celtas, que
aparece segurando serpentes com cabeça de carneiro. Concluindo precipitadamente que os
cristãos adoram a serpente, em vez do Cordeiro de Deus. Admitem ainda que o Senhor Jesus seja
o portador do misterioso número 666.
Gostaríamos de iniciar nossa breve consideração aos Adeptos do Nome Yehoshua e Suas
Variantes (ASNYV), partindo da perspectiva de que a complexidade do Nome de Deus (YHWH),
conforme nos é apresentada em Êx 3.13-15 é uma e a insistência de que somente a pronúncia
Yehoshua, para o nome de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, deve ser outra.
Nossa intenção não é desprezar, nem muito menos ridicularizar, mas apenas fazer a apologia
cristã das questões concernentes aos argumentos apresentados por eles.
Dizem os ASNYV que nome próprio não deve ser traduzido, mas apenas transliterado. Será
que realmente este princípio deverá ser sempre observado? Se a resposta for a rmativa, o que
podemos concluir acerca de tais nomes próprios: Simão, João, Pedro, José, Judas, Jacó, Maria,
Isabel, Débora, Moisés, Elias, Obadias etc.? Todos esses nomes próprios, dentre outros, são
transliterações, traduções ou equivalentes (formas) portugueses de nomes próprios hebraicos?
Nomes como rabi, messias, dracma, sábado, pentecostes, e siclo, são traduções,
transliterações ou equivalentes portugueses de nomes hebraicos?
“E Jesus, voltando-se e vendo que o seguiam, disse-lhes: Que buscais? Disseram-lhe: Rabi (que,
traduzido, quer dizer mestre), onde moras? ...Este achou primeiro a seu irmão Simão e disse-lhe:
Achamos o Messias (que, traduzido, é o Cristo). E levou-o a Jesus. E, olhando Jesus para ele, disse:
Tu és Simão, lho de Jonas; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro).”
Os nomes Jesus, Rabi, Mestre, Simão, Messias, Cristo, Jonas (João) e Pedro são escritos
respectivamente da seguinte forma no original grego: (Iesous), (rabbi), (didáskalos), (Símon),
(Messias), (Khristós), (hyiós), (Ioánnes), (Kephâs) e (Pétros).
Uma vez que todos os manuscritos do Novo Testamento grego estão escritos em grego Koiné,
não seria sensato insistirmos em argumentos que partem da hipótese de que os autógrafos, ou
seja, os escritos elaborados por seus próprios autores teriam sido escritos em hebraico ou
aramaico e depois traduzidos para o grego. Por isso, o critério máximo de autoridade em termos
de exegese e hermenêutica do Novo Testamento será o texto grego, ainda que sejam admitidos
os problemas de variantes textuais.
Em todos estes nomes não encontramos a transliteração de nomes próprios. (Iesous), (Símon),
(Ioánnes) e (Kephâs), não são transliterações do hebraico e aramaico, são apenas equivalentes
gregos de nomes próprios provenientes do hebraico e aramaico. (rabi) e (Messias) são
equivalentes do hebraico (rabbi) e (Mashiach). (kephâs) é um equivalente grego do aramaico
(keypha). (didáskalos), (Khristós), (hyiós) e (Pétros) são traduções gregas do hebraico e aramaico.
Como podemos perceber, não há nestas palavras nenhum exemplo de transliteração de nomes
hebraicos e aramaicos.
“Nem todos os manuscritos gregos apresentam a leitura: em letras gregas, latinas (romanas) e
hebraicas. O Novum Testamentum Graecae (NA 27), de suma importância para a crítica textual,
não aceita esta citação. Seria menos problemático o texto de João 19.20”
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a) Jesus, Simão e João são equivalentes portugueses dos nomes próprios (Iesous), (Símon) e
(Ioánnes), que são equivalentes gregos dos nomes próprios hebraicos (YEHOSHUA), (Shim’eon) e
(Yochanan);
d) Filho é a tradução do aramaico (bar), traduzido em grego por (hyiós) e em latim por lius;
Obs.: Não houve transliteração alguma, segundo o critério adotado pelos ASNYV.
Adaptação
Tarles Elias
Fonte
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