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ANATOMIA II -
ABDOME
Abdome ...................................................................................................................... 02
Diafragma ............................................................................................................. 11
Peritônio ................................................................................................................ 15
Esôfago ................................................................................................................. 31
Estômago ................................................................................................................. 36
Pâncreas ................................................................................................................. 56
Baço...................................................................................................................... 60
ABDOME
Se estende da margem inferior do tórax à margem superior da pelve
ABERTURA TORÁCICA INFERIOR é fechada pelo DIAFRAGMA, que constitui o limite superior da cavidade
abdominal
O limite inferior se dá pela ABERTURA PÉLVICA, sendo que a cavidade abdominal e a pélvica são
contínuas entre si.
CAVIDADE ABDOMINAL e PERITONEAL: abriga as vísceras abdominais.
PAREDE ABDOMINAL
Limitada pelas 5 vértebras lombares (posteriormente)
Parte superior do osso do quadril (inferiormente)
Margem costal, costela XII, extremidade da XI e processo xifoide (ântero-lateralmente)
MÚSCULOS ILÍACO, PSOAS MAIOR e QUADRADO LOMBAR (posteriormente)
MÚSCULOS TRANSVERSO, OBLÍQUO EXTERNO, OBLÍQUO INTERNO E RETO DO ABDOME
ABERTURA PÉLVICA
Parede abdominal e a cavidade abdominal são contínuas com a parede e com a cavidade pélvica
Margem circular da AERTURA PÉLVICA é formada por: sacro, sínfise púbica e margens ósseas
distintas do osso do quadril.
2. DIVISÃO EM 9 REGIÕES
Planos Horizontais:
o PLANO SUBCOSTAL: nível de L2 passando pela margem inferior
da X costela
o PLANO INTERESPINHAL: unindo ambas as espinhas ilíacas
ântero-superiores
o PLANO TRANSPILÓRICO: nível de L1 (metade do caminho entre
a incisura jugular e a sínfise púbica ou entre o umbigo e a parte inferior
do corpo do esterno)
o PLANO INTERTUBERCULAR: conecta os tubérculos ilíacos
Planos Verticais:
o PLANOS LATERAIS: sobre as linha semilunares
o PLANOS MEDIOCLAVICULARES: corta a metade da clavícula
ESTRATIGRAFIA
1. PELE
Linha Semilunar
5. M. OBLÍQUO
EXTERNO
M. Reto
Bainha do M. Reto
Intersecção Tendínea
6. M. OBLÍQUO
INTERNO Linha Alba
M. piramidal
7. M. TRANSVERSO
Bainha do Reto
Linha Arqueada
8. FÁSCIA TRANSVERSAL
1. PELE
2. FÁSCIA SUPERFICIAL: tecido subcutâneo do abdome constituído por tecido adipodo. É espessa;
contém os vasos e nervos superficiais.
2.1. CAMADA AREOLAR (FÁSCIA DE CAMPER): tecido subcutâneo contínuo com o panículo adiposo do
tórax, pelve e coxa. Em obesos é mais espesso.
2.2. CAMADA LAMELAR (FÁSCIA DE SCARPA): constituição fibrosa; intimamente ligada aos músculos
abdominais. É contínua com a fáscia lata, que reveste os músculos da coxa.
3. MÚSCULOS ABDOMINAIS
Mantém as vísceras abdominais na cavidade abdominal, agindo contra a pressão positiva
desenvolvida nesta cavidade (ABDOME = PRESSÃO + ; TÓRAX = PRESSÃO -)
Responsáveis pela manutenção da postura ereta
Músculos auxiliares da EXPIRAÇÃO (empurram vísceras para cima quando contraem, empurrando o
diafragma para cima – expiração forçada)
Auxilia nos processos de vômito e tosse
Auxiliam em processos que necessitam aumento da pressão intrabdominal (micção e defecação).
3.1. OBLÍQUO EXTERNO DO ABDOME
Mais externo; adjacente à fáscia superficial
Fibras musculares no sentido ínfero-medial (igual a dos intercostais externos – “MÃO DO BOLSO”)
Porção muscular nas laterais e porção aponeurótica medialmente e inferiormente.
Origina ANEL INGUINAL SUPERFICIAL e o LIGAMENTO INGUINAL (ver região inguinal)
3.2. OBLÍQUO INTERNO DO ABDOME
Entre o externo e o transverso
Fibras musculares no sentido antero-medial (tal qual as dos intercostais internos – “MÃO NO
PEITO”). Superiormente formam um ângulo de 90° com o obliquo externo; inferiormente, são
horizontais.
Origina o MÚSCULO CREMASTER (ver região inguinal)
3.3. TRANSVERSO DO ABDOME
Posterior ao obliquo interno
Fibras musculares no sentido horizontal (transversais)
Componente aponeurótico medialmente e fibras musculares laterais
TENDÃO CONJUNTO
É uma aponeurose curta inferior que constitui a inserção conjunta dos MÚSCULOS OBLÍQUO
INTERNO E TRANSVERSO DO ABDOME no púbis (união das aponeuroses).
Sua contração fecha o anel inguinal ajudando a prevenir hérnias.
MUSCULATURA ABDOMINAL
MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO INERVAÇÃO AÇÃO
8 Costelas inferiores Crista ilíaca e linhan. tóraco- Compressão
alba abdominal (ramos vísceras, flexão e
OBLÍQUO inferiores dos 5 rotação
EXTERNO nervos torácicos contralateral do
inferiores) e n. tronco.
subcostal
Fáscia toracolombar; X – XII costelas, N. Compressão
crista ilíaca, ligamento linha alba, púbis e toracoabdominais, vísceras, flexão e
OBLÍQUO
inguinal. linha pectínea (pelo n. subcostal e rotação ipsilateral
INTERNO
tendão conjunto). primeiros nervos do tronco.
lombares.
VII – XII cartilagens Linha alba, tendão n. Compressão das
costais, fáscia conjunto na linha toracoabdominais, vísceras.
TRANSVERSO toracolombar, crista pectínea e púbis. n. subcostal e
ilíaca e ligamento primeiros nervos
inguinal lombares.
Crista, tubérculo e V – VII cartilagens Nervos Compressão das
RETO sínfise púbica. costais e processo tracoabdominais e vísceras e flexão do
xifoide. n. subcostal tronco.
Região anterior do Linha alba Ramo anterior de Tencionar linha
PIRAMIDAL
púbis e sínfise púbica T12 alba.
4. FÁSCIA TRANSVERSAL
Profundamente ao músculo transverso do abdome
Equivalente à fáscia endotorácica
Auxilia na prevenção de hérnias inguinais
Constitui o epimísio da musculatura do abdome
5. TECIDO EXTRAPERITONEAL
Camada de tecido conjuntivo frouxo e adiposo
Localizada entre a fáscia transversal e o peritônio
6. PERITÔNIO (ver capítulo de peritônio)
BAINHA DO RETO
É uma BAINHA APONEURÓTICA FORMADA PELAS APONEUROOSES DOS MÚSCULOS OBLÍQUO
EXTERNO, INTERNO E TRANSVERSO do abdome que envolve os músculos reto do abdome e piramidal
ACIMA DA LINHA ARQUEADA:
Fáscia superficial
M. Reto M. Reto
Oblíquo externo
Oblíquo interno
Fáscia Transversalis
Tecido extraperitoneal Transverso
Peritônio parietal Linha Alba
LINHA ARQUEADA (de Douglas): formada pela transição súbita das aponeuroses dos músculos oblíquo
interno e transverso para a região anterior do músculo reto.
LINHA ANATÔMICAS
1. LINHA ALBA: formada pelo entrecruzamento das aponeuroses dos músculos abdominais planos. União
das lâminas anterior e posterior da bainha do reto na região mediana.
Localizada no plano sagital mediano
Se estende do processo xifoide à sínfise púbica
Litmitada lateralmente pelas bordas mediais dos músculos retos do abdome
Mais larga na região superior (HÉRNIAS MEDIANAS MAIS COMUNS NA REGIÃO EPIGÁSTRICA)
3. LINHA ARQUEADA (ou semicircular de Douglas): formada pela translocação súbita das porções
aponeuróticas dos músculos obliquo interno e transverso para a face anterior do músculo reto. Possui
disposição curva com concavidade inferior, inferiormente à cicatriz umbilical.
IRRIGAÇÃO ARTERIAL
1. PLANO SUPERFICIAL
1.1. SUPEIRORMENTE
Ramos colaterais das artérias INTERCOSTAIS POSTERIORES (ramos da aorta)
Ramos colaterais das artérias SUBCOSTAIS (ramo da aorta)
Ramos da artéria MUSCULOFRÊNICA (ramo terminal da torácica interna)
1.2. INFERIORMENTE
ARTÉRIA EPIGÁSTRICA SUPERFICIAL: acende anteriormente ao ligamento inguinal
ARTÉRIA CIRCUNFLEXA ILÍACA SUPERFICIAL: ascende até a espinha ilíaca ântero-supeiror onde
se divide em ramos.
ARTÉRIA PUDENDA EXTERNA SUPERFICIAL: direção ao anel inguinal superficial
ARTÉRIA PUDENDA EXTERNA PROFUNDA: vasculariza escroto e lábios maiores
2. PLANO PROFUNNDO: vasos transitam entre o músculo transverso e oblíquo interno do abdome
2.1. SUPERIORMENTE:
ARTÉRIA EPIGÁSTRICA SUPERIOR: um dos ramos terminais da artéria torácica interna (outro é a
musculofrênica). Anastomosa-se com a artéria epigástrica inferior dentro da bainha
(posteriormente ao músculo e entre ele e sua bainha)
ARTÉRIAS INTERCOSTAIS E SUBCOSTAIS
2.2. INFERIORMENTE:
ARTÉRIA EPIGÁSTRICA INFERIOR: ramo da ILÍACA EXTERNA. Ascende entre o peritônio e a fáscia
transversal até alinha arqueada perfuram a fáscia anastomose com as epigástricas
superiores atrás das fibras musculares do músculo reto.
ARTÉRIA CIRCUNFLEXA ILÍACA PROFUNDA: ramo da ILÍACA EXTERNA. Ascende póstero-
lateralmente.
DRNAGEM VENOSA
1. PLANO SUPERFICIAL
1.1. SUPERIORMENTE: drenagem pelas VEIAS TORACOEPIGÁTRICAS para VEIA AXILAR (direto ou
através da VEIA TORÁCICA LATERAL)
1.2. INFEIRORMENTE: drenagem venosa pelas veias de mesmo nome que as artérias. Drenam para a
VEIA SAFENA MAGNA FEMORAL
2. PLANO PROFUNDO: drenagem igual à irrigação arterial.
DRENAGEM LINFÁTICA
Linfáticos superficiais:
o Acima do umbigo: drenam para LINFONODOS AXILARES
o Abaixo do umbigo: drenam para LINFONODOS INGUINAIS
Art. Musculofrênica
Veia Musculofrênica
Veia Epigástrica Superior
Veia Toracoepigástrica
INERVAÇÃO
A pele, músculos e peritônio são supridos pelos nervos espinhais de T7 a T12 + L1
Ramos anteriores seguem em direção ínfero-lateral e originam ramos cutâneos laterais que terminam
como RAMOS CUTÂNEOS ANTERIORES
NERVOS INTERCOSTAIS (T7 a T11): continuam sobre a parede
do abdome entre o oblíquo interno e transverso perfuram a
bainha do reto pela sua borda lateral emitem ramos
cutâneos na linha mediana
NERVO SUBCOSTAL (T12): curso semelhante aos intercostais
NERVO ILIO-HIPOGÁSTRICO (L1) RAMOS DO PLEXO
NERVO ÍLIO-INGUINAL (L1) LOMBOSSACRAL
T7
Ramos cutâneos Laterais
T8
T9
Ramos cutâneos anteriores
T10
T11
Subcostal (T12)
Ilio-Hipogástrico (L1)
Ilio-Inguinal (L1)
ÁREA DE INERVAÇÃO
INERVAÇÃO X VASCULARIZAÇÃO
LINHAS DE FORÇA
DIAFRAGMA
Constitui o assoalho da cavidade torácica e o teto da cavidade abdominal, separando-as.
Principal musculo responsável pela ventilação/respiraçãos
Auxilia também na defecação, micção e emese.
FACE TORÁCICA: recoberta pela fáscia endotorácica que se interpõe entre o diafragma e as pleuras
FACE ABDOMINAL: recoberta pela fáscia transversal que se encontra aderida ao peritônio parietal.
ESTRUTURA
É um septo musculotendinoso com forma de abóboda de concavidade inferior
As fibras estriadas do diafragma têm origem no esterno, nas costelas e na coluna vertebral, e possuem
um trajeto em direção superior e central.
CENTRO TENDÍNEO DO DIAFRAGMA: porção central do diafragma para qual todas as fibras musculares
convergem. Estrutura aponeurótica que funciona como um verdadeiro tendão para a inserção das fibras.
O diafragma é formado por 2 CÚPULAS, separadas entre si pelo centro tendíneo.
CÚPULAS DIAFRAGMÁTICAS:
Possuem a forma de hemiabóbodas
CÚPULA DIAFRAGMÁTICA DIREITA: posição mais SUPERIOR QUE A CÚPULA ESQUERDA.
o Abriga em sua face abdominal a maior parte do lobo direito do fígado.
o Relação com o fígado se dá através do peritônio em sua grande parte.
o ÁREA NUA DO FÍGADO: região de contato direto entre diafragma e fígado (NÃO COBERTO
POR PERITÔNIO). Há somente fáscia transversal e tecido extraperitoneal.
CÚPULA DIAFRAGMÁTICA ESQUERDA: posição INFERIOR EM RELAÇÃO À DIREITA.
o Relações com o baço, estômago e com uma pequena parte do lobo esquerdo do fígado.
ORIGENS DO DIAFRAGMA
1. ORIGENS ESTERNAIS (ANTERIORES): grupo de fibras musculares que se originam na face posterior do
PROCESSO XIFOIDE do esterno.
2. ORIGENS CONDROCOSTAIS (LATERAIS): se originam nas cartilagens costais da 5ª à 10ª costelas e nas 4
últimas costelas (9ª à 12ª)
3. ORIGENS LOMBARES (POSTERIORES): fibras se originam no PROCESSO TRANSVERSO DE L1,
VÉRTEBRAS L1, L2 e L3, e DISCOS ITERVERTEBRAIS L1-L2 e L2-L3 e no LIGAMENTO LONGITUDINAL
ANTERIOR (da coluna).
PILARES DO DIAFRAGMA
São dois grupos de fibras musculares que se originam na face anterior dos corpos vertebrais.
Se inserem através de um GRANDE TENDÃO de inserção, diferentemente das outas fibras que
possuem tendões curtos.
1. PILAR DIREITO DO DIFRAGMA
É o mais importante dos dois pilares
Se origina da face anterior dos corpos vertebrais de L1, L2 e L3 e do ligamento longitudinal anterior.
Ascende em direção ao centro tendíneo, cruza linha mediana, e retorna, se inserindo no sorpo
vertebral de L1.
Forma uma circunferência que constitui o HIATO ESOFÁGICO, por onde transitam o esôfago e os
dois nervos vagos. Possui ação de um ESFÍNCTER EXTRÍSECO DO ESÔFAGO (pinçamento
diafragmático)
Forma a porção lateral direita do LIGAMENTO ARQUEADO MEDIANO (HIATO AÓRTICO), na linha
mediana, por onde passam a aorta, o ducto torácico e a veia ázigo.
2. PILAR ESQUERDO DO DIAFRAGMA
Possui origem na face anterior de T12 e L1
Trajeto ântero –superior, auxiliando na formação da extremidade esquerda do LIGAMENTO
ARQUEADO MEDIANO (HIATO AÓRTICO).
Passa lateral e posteriormente ao direito podendo, eventualmente, ajudar na constituição do histo
esofágico (somente em 40% dos casos).
HIATOS DO DIAFRAGMA
NOME DO HIATO ESTRUTURAS CONTIDAS LOCALIZAÇÃO ALTURA
Centro tendíneo à direita do plano
FORAME DA VEIA 1. Veia cava inferior
mediano. Nível de T8
CAVA INFERIOR 2. N. Frênico Direito
É o mais cranial e o mais largo hiato.
1. Esôfago
2. Nervos Vagos Composto pelo pilar direito do
3. Ramos esofágicos dos diafragma Nível de
HIATO ESOFÁGICO
vasos gástricos esquerdos Colocado à direita do plano sagital T10
4. Ramos sensitivos do mediano
frênico esquerdo
* Estruturas podem perfurar diretamente o diafragma e não passar pelos respectivos hiatos.
OBS: O hiato esofágico e o forame da veia cava inferior são considerados HIATOS VERDADEIROS, pois estão
envolvidos em todo o seu perímetro pelo diafragma, enquanto os demais hiatos são considerados HIATOS
FALSOS, pois não estão envolvido completamente pelo músculo.
VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL
ARTÉRIA PERICARDICOFRÊNICA: se origina da artéria torácica interna ao nível de T4. Supre pericárdio e
a face superior do diafragma
ARTÉRIA MUSCULOFRÊNICA: um dos ramos terminais da torácica interna após sua bifurcação no 7º
espaço intercostal. Emite os últimos ramos intercostais anteriores e supre a face superior do diafragma
ARTÉRIAS FRÊNICAS SUPERIORES: pequenos ramos da aorta torácica que suprem principalmente a
parte posterior do diafragma
Ramos das ARTÉRIAS INTERCOSTAIS
ARTÉRIAS FRÊNICAS INFERIORES: PRIMEIROS RAMOS DA AORTA ABDOMINAL. Antes de atingir o
diafragma, originam as ARTÉRIAS SUPRARRENAIS SUPERIORES. As artérias frênicas inferiores são mais
calibrosas que as superiores, constituindo o principal suprimento sanguíneo do diafragma.
DRENAGEM VENOSA
VEIAS FRÊNICAS SUPERIORES e VEIAS INTERCOSTAIS: tributárias do sistema ázigos que drena para a
VCS
VEIAS MUSCULOFRÊNICAS: drenam para as torácicas internas que drenam para as VCS
VEIAS FRÊNICAS INFEIRORES: tributárias diretas das VCI podendo comunicar-se à direita com a ázigo
INERVAÇÃO
Principal suprimento nervoso é realizado pelos NERVOS FRÊNICOS DIREITO E ESQUERDO, cada um
responsável pela inervação do hemidiafragma correspondente.
Originado de C3, C4 e C5
Transita entre os músculos escalenos médio e anterior passa anteriormente ao escaleno anterior
entre artéria e veia subclávia passa anteriormente ao pedículo pulmonar (entre pleura mediastinal e
o saco pericárdico) acompanhado pelos vasos pericardicofrênicos
NERVO FRÊNICO ESQUERDO: emite 4 ramos motores para o diafragma e pequenos ramos sensitivos
para o abdome através do hiato esofágico (suprem peritônio e alguns órgãos abdominais como o
pâncreas)
o Pacientes com pancreatite aguda podem manifestar dores no ombro esquerdo
NERVO FRÊNICO DIREITO: emite 4 ramos motores para o diafragma e pequenos ramos sensitivos para o
abdome através do hiato da veia cava inferior (suprem peritônio e plexo hepático – vesícula biliar).
o Pacientes com colecistite aguda podem manifestar dores no ombro direito.
Tronco
Simpático
Ducto Torácico Esquerdo
Tronco Veia Hemiázigo
simpático
direito
Aorta descendente
(torácica)
Veia ázigo
Folheto esquerdo do
centro tendinoso
Esôfago
Folheto direito do
Centro tendíneo
Vasos pericardicofrênicos e
nervo frênico esquerdos.
Vasos torácicos
Veia Cava Inferior internos esquerdos
Artéria Frênica
Inferior Direita
Artéria Suprarrenal
superior esquerda
Pilar Direito do
Diafragma
Pilar esquerdo do
diafragma
PERITÔNIO
O peritônio é uma membrana que reveste internamente a cavidade abdominal e recobre os órgãos nela
contidos.
Assim como as pleuras e o pericárdio seroso, o peritônio é uma membrana serosa composta por uma
camada de células epiteliais pavimentosas (MESOTÉLIO) apoiadas em uma fina camada de tecido
conjuntivo frouxo.
O peritônio é dividido em duas lâminas, contudo, sem uma delimitação entre as duas:
o LÂMINA PARIETAL: reveste as estruturas musculoaponeuróticas da parede abdominal e a face
inferior do diafragma.
o LÂMINA VISCERAL: reveste intimamente os órgãos abdominais em que está aderida (exceção: rins e
suprarrenais lâmina parietal, não tem relação de continuidade com a face posterior desses órgãos)
Entre os dois folhetos, encontramos a CAVIDADE PERITONEAL, um espaço potencial preenchido por um
líquido seroso (cerca de 50mL) secretado pelas células mesoteliais, que oferece capacidade de
deslizamento aos órgãos abdominais.
O peritônio oferece sustentação aos órgãos que envolve.
Baço se desenvolvendo
Mesentério Ventral Rotação do intestino anterior no mesentério dorsal
Futuro
Omento omento
menor maior
Omento menor
Pâncreas
ESTRUTURAS PERITONEAIS
1. PEDÍCULO: é a união dos elementos vasculares, linfáticos e nervosos que suprem determinado órgão.
2. HILO: é a depressão existente em certos órgãos ao nivel do qual penetram elementos vasculares,
linfáticos e nervosos que suprem o órgão.
3. PREGAS PERITONEAIS: saliências peritoeais que se projetam no interior da cavidade peritoneal.
Rsultado da projeção de estruturas abdominais (ex: prega umbilical mediana e pregas umbilicais
mediais)
3.1. PREGA UMBILICAL MEDIANA: na parede anterior interna da cavidade abdominal. Formada pelo
LIGAMENTO UMBILICAL MEDIANO (RESQUICIO DO ÚRACO). Une o umbigo à extremidade supero-
lateral da bexiga urinária.
3.2. PREGAS UMBILICAIS MEDIAIS: parede anterior interna da cavidade abdominal, partindo da cicatriz
umbilical aos dois extremos da superfície anterolateral da bexiga. Formadas pelos LIGAMENTOS
UMBILICAIS MEDIAIS, resquícios das ARTÉRIAS UMBILICAIS OBLITERADAS.
3.3. PREGAS UMBILICAIS LATERAIS (EPIGÁSTRICAS): parede anterior interna da cavidade abdominal.
Formadas pela passagem dos VASOS EPIGÁSTRICOS INFERIORES, partindo dos vasos ilíacos externos
e passando lateralmente ao umbigo.
Ligamento falciforme
4. FUNDO-DE-SACO, FOSSAS, RECESSOS: espaços na cavidae peritoneal que estão situados entre
estruturas abdominopélvicas. Potencial de acúmulo de líquidos em situações patológicas.
4.1. RECESSO HEPATORRENAL: anteiormente peritônio visceral do fígado e posteriormente peritônio
parietal que recobra a suprarrenal direita e a polo superior do rim direito. É o ponto mais baixo da
cavidade peritoneal em decúbito dorsal.
4.2. ESCAVAÇÃO RETOUTERINA (FUNDO-DE-SACO DE DOUGLAS) (mulher): ponto mais baixo da
cavidade peritoneal feminina (em posição ortostática). Peritônio recobre a porção da bexiga, desce
para recobrir os órgãos genitais e retorna para recobrir a porção superior do reto, formando o
recesso.
4.3. ESCAVAÇÃO RETOVESICAL (homem): ponto mais baixo da cavidade peritoneal masculina (em
posição ortostática). Peritônio recobre a porção da bexiga, desce para recobrir os órgãos genitais e
retorna para recobrir a porção superior do reto, formando o recesso.
ESCAVAÇÃO RETOVESICAL
5. MESO: duas lâminas de peritônio entre as quais corre o pedículo (vasos e nervos)de uma víscera. Liga a
parede posterior do abdome as vísceras.
5.1. MESENTÉRIO: liga o jejuno e o íleo à parte posterior do abdome. Contém os vasos, nervos e
linfáticos que suprem o intestino delgado.
5.2. MESOCOLO TRANSVERSO: prega de peritonio que liga o colo transverso à parede posterior do
abdome. Camada anterior do mesocolo transverso é aderente à camada posterior do omento
maior. Divide a cavidade preritoneal em ANDAR SUPRAMESOCÓLICO E ANDAR INFRAMESOCÓLICO.
5.3. MESOCOLO SIGMOIDE: prega peritoneal invertida que fixa o colo sigmoide à parede do abdome.
MESOCÓLON TRANSVERSO
MESENTÉRIO (seccionado)
MESOCÓLON SIGMOIDE
6. OMENTOS (EPÍPLONS): lâminas aderidas de peritônio que unem dois órgãos abdominais, contendo
estruturas importantes (vasos ou linfáticos)
6.1. OMENTO MAIOR: é uma prega peritoneal grande, semelhante a um avental, que se fixa à grande
curvatura do estômago e á parte superior do duodeno. Dobra-se inferiormente sobre o colo
transverso, jejuno e íleo. Contém acúmulo de gordura. Deriva do mesentério dorsal, formado por 4
lâminas de peritônio que se fundiram. A lâmina anterior do omento maior forma 3 ligamentos:
LIGAMENTO GASTROFRÊNICO, GASTROESPLÊNICO E GASTROCÓLICO.
6.2. OMENTO MENOR: se estende da curvatura menor do estômago e a parte supeiror do duodeno até
a superfície inferior do fígado. Contém: vasos gástricos esquerdos, pedículo epático e ductos
císticos e colédoco e artéria gastroduodenal (ramo da hepática comum). É formado por:
LIGAMENTO HEPATOGÁSTRICO e LIGAMENTO HEPATODUODENAL
6.3. OMENTO (ou ligamento) GASTROESPLÊNICO: se estendo do fundo gástrico e da curvatura maior do
estômago até a face medial do baço e carrega os VASOS GÁSTRICOS CURTOS e a ARTÉRIA
GASTROMENTAL ESQUERDA
6.4. OMENTO (ou ligamento) PANCREÁTICO-ESPLÊNICO: do hilo do baço até a cauda do pâncreas.
Contém os vasos esplênicos.
Ligamento
OMENTO hepatogástrico
MENOR
Ligamento
hepatoduodenal
OMENTO MAIOR
7. LIGAMENTOS PERITONEAIS: dobras de peritônio que unem duas vísceras entre si (interviscerais)
ou une uma víscera à parede abdominal (parietovisceral). Não contém estruturas importantes, podendo
ser seccionados sem prejuízo da vascularização/ inervação das vísceras.
7.1. LIGAMENTO FALCIFORME: na linha sagital mediana; liga a face enterior do fígado à parede
abdominal anterior e ao diafragma. Separa a cavidade abdominal superior em esquerda e direita.
7.2. LIGAMENTO REDONDO DO FÍGADO: situado na borda livre do ligamento falciforme. Resquício da
veia umbilical obliterada que se conecta ao ramo esquerda da veia porta.
7.3. LIGAMENTO CORONÁRIO (ANTERIOR E POSTERIOR): conecta a porção superior do fígado ao
peritônio parietal da superfície diafragmática. Possui uma forma circular que lembra uma coroa, daí
o nome. Entre os dois ligamentos há um espaço que não é coberto por peritônio: ÁREA NUA DO
FÍGADO.
7.4. LIGAMENTOS TRIANGULARES 7.8. LIGAMENTO HEPATODUODENAL
7.5. LIGAMENTO GASTROFRÊNICO 7.9. LIGAMENTO HEPATOGÁSTRICO
7.6. LIGAMENTO GASTROCÓLICO 7.10. LIGAMENTO FRENOCÓLICO
7.7. LIGAMENTO GASTROESPLÊNICO
(OMENTO)
Ligamento gastrofrênico
Ligamento gastro-esplênico
Ligamento esplenorrenal
Ligamento frenocólico
Ligamento (omento)
Bolso Omental gastroesplênico
VCI
Forame omental
(de Winslow)
Pedículo Hepático
REGIÃO INGUINAL
A região inguinal compreende o espaço localizado lateralmente às linhas semilunares e inferiormente ao
plano interespinhal.
Possui o formato de um triangulo com base no ligamento inguinal
CANAL INGUINAL
Constitui o trajeto do FUNÍCULO ESPERMÁTICO (no homem) e do LIGAMENTO REDONDO DO ÚTERO
(na mulher) entre as diversas camadas da parede abdominal anterior.
Sua orientação é oblíqua do plano profundo para o superficial (de lateral para medial e de superior
para inferior)
ANEL INGUINAL PROFUNDO é o início do canal inguinal. Fica logo acima do ligamento inguinal e
imediatamente lateral aos vasos epigástricos inferior. É o início da evaginação tubular da fáscia
transversal que forma uma das coberturas (FÁSCIA ESPERMÁTICA INTERNA) do funículo espermático
no homem ou o ligamento redondo nas mulheres.
ANEL INGUINAL SEPRFICIAL constitui o fim do canal inguinal. É uma abertura na aponeurose do
músculo oblíquo externo do abdome.
1. LIMITES:
o Parede anterior: formada pela aponeurose do oblíquo externo, reforçada por fibras do oblíquo int.
o Parede Posterior: formada quase totalmente pela fáscia transversal; é reforçada medialmente pelo
tendão conjunto.
o Parede superior (teto): formado pelas FIBRAS ARQUEADAS dos músculso oblíquo interno e
transverso do abdome.
o Parede inferior (assoalho): formada pela superfície dos ligamentos inguinal e lacunar; é reforçada
pelo trato iliopúbico.
m. transverso
m. oblíquo interno
m. oblíquo externo
Vasos epigástricos inferiores
Peritônio parietal
Tecido extraperitoneal
Vasos cremastéricos Vasos testiculares e ramo genital
do nervo genitofemoral
Funículo espermático
Tendão Conjunto
M. Cremaster
Vasos Testiculares
Ligamento inguinal
Ducto Deferente
Anel Femoral
Ligamento Pectíneo Ligamento Lacunar
2. GÊNESE
2.1. SEXO MASCULINO
O testículo inicia sua formação entre o peritônio e a fáscia transversal na região lombar da parede
abdominal posterior (retroperitoneal)
O testículo primordial está ligado por uma espécie de “corda fibrosa” a saliência labioescrotal,
denominada GUBERNÁCULO.
A partir da sétima semana começa a formação de uma projeção de tecido peritoneal em direção ao
que será a bolsa escrotal denominada PROCESSO VAGINAL
Essa projeção pode ser entendida como se fosse um “dedo de luva” que estivesse se formando e
querendo avançar sobre a musculatura da parede abdominal. O orifício de entrada do dedo de luva
seria o anel inguinal superficial.
O crescimento do processo vaginal é mais rápido que a descida testicular, de modo que o processo
passa a se chamar CONDUTO PERITONEOVAGINAL.
Como o testículo estava preso à fáscia transversal pelo gubernáculo, o testículo é tracionado
anteriormente pelo conduto recém formado.
À medida que o testículo é tracionado contra a parede abdominal, uma série de estruturas é levada
junto com ele, constituindo camadas do saco escrotal e do funículo espermático:
o FÁSCIA TRANSVERSAL originou o anel inguinal superficial e continuou como FÁSCIA
ESPERMÁTICA INTERNA
o MÚSCULO OBLÍQUO INTERNO constitui o MÚSCULO CREMASTER
o APONEUROSE DO MÚSCULO OBLÍQUO EXTERNO origina o anel inguinal superficial e
constitui a FÁSCIA ESPERMÁTICA EXTERNA
O MÚSCULO TRANSVERSO DO ABDOME NÃO PARTICIPA DA DESCIDA TESTICULAR
O caminho originado na parede abdominal anterior é denominado CANAL INGUINAL
O pedículo que une o testículo da parede abdominal até a bolsa escrotal recebe o nome de
FUNÍCULO ESPERMÁTICO
O pedículo do processo vaginal é obliterado após o nascimento, deixando apenas uma porção que
circunda o testículo, a TÚNICA VAGINAL. Possui 2 folhetos: lâmina parietal e lâmina visceral. Entre
elas há um líquido que permite movimentação dos testículos.
A função do músculo cremaster está relacionada com a manutenção da temperatura dos testículos.
O músculo cremaster age contraindo-se para aproximar os testículos do tronco, para aquecê-los, ou
relaxando e afastando os testículos para resfriá-los. Este mecanismo de contração e relaxamento
provoca uma visível movimentação dos testículos e ocorre de forma involuntária a fim de controlar a
temperatura escrotal para o bom desempenho da espermatogênese .
3. CONTEÚDOS
3.1 PAREDE DO CANAL INGUINAL
NERVO ILIOINGUINAL (L1): percorre cominho entre o transverso e o oblíquo interno do abdome.
Termina atingindo a fáscia espermática externa, sobre a qual repousa anteriormente provendo a
inervação da parede anterior do escroto.
ARTÉRIA CREMASTÉRICA: se origina da artéria epigástrica inferior, próximo ao ponto que esta se
origina da ilíaca externa. Segue junto com o músculo cremaster.
REFLEXO CREMASTÉRICO
O músculo cremaster e sua fáscia associada são supridos pelo RAMO GENITAL DO NERVO
GENITOFEMORAL (L1/L2). A contração deste músculo pode ser estimulada por um arco reflexo: o
toque suave da pele da face medial da parede superior da coxa e em torno dela estimula as fibras
sensoriais do nervo ilioinguinal, que entra na medula no nível de L1, estimulando as fibras motoras
do nervo genitofemoral, resultando na elevação testicular. O reflexo é mais ativo em crianças,
tendendo a diminuir com a idade. Pode ser usado para teste de função da medula espinhal.
b) SEXO FEMININO
O canal inguinal feminino costuma ser mais estreito que o masculino
É envolto pelas mesmas fáscias
Dá passagem ao LIGAMENTO REDONDO DO ÚTERO
ARTÉRIA DO LIGAMENTO REDONDO DO ÚTERO
RAMO GENITAL DO NERVO GENITOFEMORAL
Limite lateral: VASOS EPIGÁSTRICOS INFERIORES, que o separam do anel inguinal profundo
Base: formada pelo encontro do ligamento inguinal com a fáscia ilíaca.
Limite medial: borda lateral do músculo reto do abdome.
M. Reto do abdome
Ligamento Inguinal
Ligamento Lacunar
Canal Femoral
Ligamento Pectíneo
HÉRNIAS INGUINAIS
Uma hérnia inguinal e a protrusão ou passagem de um saco peritoneal, com ou sem conteúdo abdominal,
através de uma parte enfraquecida da parede abdominal na região inguinal.
HÉRNIAS INGUINAIS DIRETAS: hérnia que penetra diretamente através da parede abdominal ,
medialmente ao canal inguinal. Em geral ocorre quando há um enfraquecimento da musculatura
abdominal ou defeito na fáscia transversal. O abaulamento ocorre no TRÍGONO INGUINAL.
HÉRNIAS INGUINAIS INDIRETAS: é o tipo mais comum, sendo mais presente nos homens. Ocorre
porque parte do processo vaginal embrionário permanece aberta. A protrusão ocorre dentro do CANAL
INGUINAL.
ATENÇÃO!!!
ATENÇÃO!!!
Ao cruzarem o hiato esofágico, o NERVO VAGO ESQUERDO PASSA EM POSIÇÃO ANTERIOR e o NERVO VAGO
DIREITO PASSA EM POSIÇÃO POSTERIOR ao esôfago. Isso ocorre devido à rotação de 90° no sentido horário (vista
cranial) que o intestino anterior sofre durante a formação do estômago.
Nervos Vagos
ESTREITAMENTOS DO ESÔFAGO
1. ESTREITAMENTO CRICOIDEO = ESFÍNCTER ESOFÁGICO SUPERIOR
Situado entre C6 e C7 ao nível da cartilagem cricoide
Representado pelo esfíncter esofágico supeiror, constituído pela parte cricofarígea
do músculo constritor infeiror da faringe, ou MÚSCULO CRICOFARÍNGEO
É a “porta de entrada do esôfago”, marcando seu início.
Controla a passagem de estruturas que estão na luz da laringofaringe, sendo o único
estreitamento esofágico que não pode see ultrapassado sem que o paciente realize
deglutição ou esteja anestesiado durante o procedimento endoscópico.
2. ESTREITAMENTO BRONCOAÓRTICO
Representa o cruzamento do esôfago com o arco aórtico e com o brônquio principal
esquerdo, os quais provocam uma impressão/abaulamento na parede esofágica.
Neste local, há um pequeno desvio do esôfago para o lado direito.
Não há um estreitamento significativo na luz esofágica a ponto de impedir a
passagem do bolo alimentar.
3. ESTREITAMENTO DIAFRAGMÁTICO (pinçamento diafragmático)
Provocado pelo pinçamento do HIATO ESOFÁGICO do diafragma
Não representa uma barreira para a passagem do bolo alimentar.
VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL
O esôfago não possui um pedículo vasculonervoso único, sendo sua vascularização segmentar,
provindo de vasos que suprem os órgãos vizinhos.
ARTÉRIAS ESOFÁGICAS SUPERIORES (esôfago cervical) provém da ARTÉRIA TIREOIDEA INFERIOR
ARTÉRIAS ESOFÁGICAS MÉDIAS (esôfago torácico) provém de ramos das ARTÉRIAS TIREOIDEIAS
INFERIORES, das SUBCLÁVIAS, das BRONQUIAIS e diretamente da AORTA.
ARTÉRIAS ESOFÁGICAS INFERIORES (esôfago abdominal): ramos diretos da ARTÉRIA GÁSTRICA
ESQUERDA que corre a pequena curvatura gástrica. Há também contribuição das artérias frênicas
inferiores.
DRENAGEM VENOSA
De modo geral, os vasos da drenagem venosa têm a mesma topografia e trajeto que as artérias.
Sangue dos 2/3 superiores circulação sistêmica VCS
o VEIAS ESOFÁGICAS SUPERIORES: drenam para as tireoideas superiores que drenam para a VCS
o VEIAS ESOFÁGICAS MÉDIAS: tributárias do SISTEMA ÁZIGOS tributário da VCS
Sangue do 1/3 infeiror circulação portal
o VEIAS ESOFÀGICAS INFERIORES: Tributárias da VEIA GÁSTRICA ESQUERDA que é (na maioria
das vezes) tributária direta da VEIA PORTA.
Existência de dois PLEXOS VENOSOS na parede esofágica que comunicam o sistema porta com o sistema
da veia cava superior. Quando há, em geral em decorrência de cirrose, um aumento da pressão no
sistema porta, há um ingurgitamento das colaterais na junção esofagogástrica, surgindo as VARIZES
ESOFÁGICAS (dilatação das veias do plexo esofágico).
V. Intercostal
V. Intercostal Superior E.
Superior D.
V. Esofágicas (plexo)
A. Bronquial D.
e seu ramo esofágico V. hemiázigo
A. Inferior Bronquial E. V. Ázigo Acessória
e seu ramo esofágico
V. Hemiázigo
Ramos esofágicos V. Frênicas Inf.
da Aorta
Ramo esofágicos
da A. Gástrica E.
V. Porta do Fígado
A. Gástrica E.
Tronco Celíaco
V. Gástrica Esquerda
INERVAÇÃO
Parte cervical: NERVO LARINGEO SUPEIROR deglutição voluntária
Esôfago torácico no mediastino superior: N. LARINGEO RECORRENTE
ESQUERDO e VAGOS D. e E.
Esôfago torácico no mediastino inferior: exclusivamente INVOLUNTÁRIO. Inervado pelo PLEXO
ESOFÁGICO composto pelos 2 NERVOS VAGOS (parassimpático) e por ramos da CADEIA LÁTERO-
VERTEBRAL do SIMPÁTICO.
Recebem fibras dos
PLEXO MIOENTÉRICO (AUERBACH): entre as duas camadas musculares
TRONCOS VAGAIS
PLEXO SUBMUCOSO (de MEISSNER): na submucosa
(parassimpático)
Ocorrem quando há protrusão de uma víscera abdominal à cavidade torácica através do hiato esofágico.
Em geral, a víscera que protrui para o tórax é o esôfago abdominal.
ESTÔMAGO
É a maior cavidade do tubo digestório, estando situado entre o esôfago e o duodeno.
Ocupa a maior parte do hipocôndrio esquerdo e uma porção significativa do epigástrico.
FUNÇÃO: mistura e armazenamento de alimentos que aí sofrem a digestão enzimática através do suco
gástrico secretado pela sua mucosa.
É um órgão consideravelmente distensível podendo armazenar por volta de 2 a 3 litros de alimento.
VÍSCERA INTRAPERITONEAL RELATIVA
PAREDE ANTERIOR: totalmente coberta por peritônio
PAREDE POSTERIOR: possui uma ÁREA NUA (região da cárdia), a qual está em contato com o pilar
esquerdo do diafragma. A parede posterior constitui o limite anterior da bolsa omental.
PEQUENA CURVATURA: localizada na borda superior do órgão. É CÔNCAVA PARA A DIREITA.
Inicialmente vertical, passando para a posição horizontal no seu término. Nessa transição existe um
acidente anatômico denominado INCISURA ANGULAR.
GRANDE CURVATURA: na borda inferior do estômago. CONVEXIDADE LATERAL ESQUERDA, formando
a margem esquerda do estômago e estendendo-se até o piloro.
PORÇÕES DO ESTÔMAGO
1. CÁRDIA: localizado na porção da junção esofagogástrica, sendo que nesta região está localizado o
ÓSTIO CÁRDICO, que comunica o esôfago com o estômago.
2. FUNDO GÁSTRICO: superiormente ao plano que se inicia no nível da INCISURA CÁRDICA e que se
dirige horizontalmente até a curvatura maior. Porção mais superior do órgão na qual fica armazenado o
ar deglutido que pode ser visível em exames radiológicos (BOLHA GÁSTRICA). É a porção que constitui a
válvula esofagogástrica.
3. CORPO GÁSTRICO: entre o fundo e o antro pilórico. Maior porção do estômago.
4. PARTE PILÓRICA: entre o corpo do estômago e o início do duodeno. Divide-se em duas porções:
4.1. ANTRO PILÓRICO: primeira e mais ampla porção da parte pilórica.
4.2. CANAL PILÓRICO: possui entre 1 e 2 cm de comprimento. No final do canal pilórico está o piloro
propriamente dito que contém o:
a) ESFÍNCTER PILÓRICO: formado por um espessamento da camada muscular circular (média) do
estômago. Controla a passagem de alimento para o duodeno e evita o refluxo duodenogástrico.
b) ÓSTIO PILÓRICO: comunica o estômago com o duodeno.
Pequena FUNDO
Curvatura GÁSTRICO
Gástrica
CANAL
PILÓRICO
ANTRO
PILÓRICO
Grande
Curvatura
Gástrica Região Cárdica
Incisura Cárdica
Linha Z
Esfíncter Pilórico
Incisura Angular
Óstio Pilórico
Região do Corpo e
Fundo Gástrico
Região Pilórica
ESTRUTURA:
o Mucosa e Submucosa
o Camada muscular helicoidal/oblíquo/parabólico
(profunda)
o Camada muscular circular (média)
o Camada muscular longitudinal (superficial)
o Túnica serosa (peritônio visceral)
RELAÇÕES DO ESTÔMAGO
ANTERIORMENTE: cúpula diafragmática esquerda, lobo esquerdo do fígado, parede abdominal
anterior.
POSTERIORMENTE (LEITO GÁSTRICO): diafragma e pilar esquerdo, parede abdominal posterior,
BOLSA OMENTAL e estruturas retroperitoneais (suprarrenal esquerda, superior do rim esquerdo e
face anterior do pâncreas).
VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL
TRONCO CELÍACO
Ramo da AORTA ABDOMINAL que emite 3 principais artérias responsáveis pelo suprimento sanguíneo
arterial da maioria das vísceras do andar supramesocólico. Seus ramos são:
ARTÉRIA GÁSTRICA POSTERIOR: inconstante (ausente em mais de 1/3 das pessoas). Ramo da A.
ESPLÊNICA que vasculariza a porção posterior do estômago.
A. Gástrica E.
TRONCO CELÍACO
A. Hepática Própria
A. Gástrica D. A. Esplênica
A. Gastroduodenal
A. Gastromental D.
V. Esplênica
V. Gástrica E.
V. Mesentérica Inferior
V. Gástrica D.
V. Gastromental E.
V. Gastromental D.
DRENAGEM VENOSA
As veias acompanham as respectivas artérias e drenam para o SISTEMA PORTA-HEPÁTICO.
VEIAS GÁSTRICAS DIREITA E ESQUERDA: drenam para a VEIA PORTA.
VEIA GASTROMENTAL DIREITA: drena para a VEIA MESENTÁRICA SUPERIOR
VEIA GASTROMENTAL ESQUERDA e VEIAS GÁSTRICAS CURTAS: drenam para a VEIA
ESPLÊNICA.
DRENAGEM LINFÁTICA
Principais áreas de drenagem linfática: curvatura menor e menor, região pilórica.
Drenam para os LINFONODOS CELÍACOS do redor do tronco celíaco.
INERVAÇÃO
Inervação parassimpática: pelos TRONCOS VAGAIS ANTEIROR e POSTERIOR que correm na pequena
curvatura gástrica.
Inervação simpática: PLEXO CELÍACO
1. FACES
1.1. FACE DIAFRAGMÁTICA (ANTERIOR)
É convexa e tem localização anterior, encaixando-se na concavidade do músculo diafragma
Separada da face visceral anteriormente pela borda inferior (ou ântero-infeiror)
Separada da face posterior pela borda póstero-superior
1.2. FACE POSTERIOR
Não é visível à abertura da cavidade peritoneal, já que está isolada pelas lâminas do ligamento
coronário
Engloba a ÁREA NUA DO FÍGADO, sendo, portanto, RETROPEIRIOTONEAL
Pequena parte, junto à borda póstero-inferior, é INTRAPERITONEAL
É separada da face visceral pela borda póstero-inferior.
1.3. FACE VISCERAL
Levemente côncava e voltada para trás, para baixo e para a esquerda.
RELAÇÕES:
o À DIREITA: rim direito e suprarrenal direita
Ligamento
Ligamento Coronário
Triangular E.
ÁREA NUA
DO FÍGADO
FACE POSTERIOR
3. FIXAÇÃO DO FÍGADO
3.1. VEIA CAVA INFEIROR: adesão do fígado à veia cava inferior através das 3 VEIAS HEPÁTICAS (ou
supra-hepáticas).
3.2. LIGAMENTO FALCIFORME: reflexão de peritônio junto à liha sagital mediana. Trajeto em direção à
face diafragmática do fígado, ligando-a à parede abdominal anterior e ao diafragma.
LIGAMENTO REDONDO DO FÍGADO: na margem livre do ligamento falciforme. (veia umbilical
obliterada). Vai da cicatriz umbilical até o ramo esquerdo da veia porta.
3.3. LIGAMENTO CORONÁRIO: lâmina superior se insere na borda póstero-superior do fígado,
constituindo a deflexão de diafragma que cobre o diafragma. Lâmina inferior cobra a parede
posterior do abdome. Essas lâminas não se encontram, formando um espaço entre elas = ÁREA
NUA DO FÍGADO, na qual o fígado e o diafragma estão em contato direto sem cobertura peritoneal.
3.4. LIGAMENTOS TRIANGUARES (DIREITO e ESQUERDO): São as extremidades das 2 lâminas do
ligamento coronário na sua união.
3.5.
3.6. OMENOT MENOR: se estende do fígado até a curvatura menor do estômago. Constituído por dois
ligamentos:
LIGAMENTO HEPATOGÁSTRICO
LIGAMENTO HEPATODUODENAL
o SULCO LONGITUDINAL ESQUERDO: formado pelo sulco do ligamento redondo e pelo sulco do
ligamento venoso.
o SULCO TRANSVERSO = HILO HEPÁTICO
De acordo com os acidentes superficiais do fígado, este foi dividido em 4 lobos:
5.1. LOBO DIREITO ANATÔMICO: à direita do ligamento falciforme até o sulco longitudinal direito na
face visceral.
5.2. LOBO ESQUERDO ANATÔMICO: à esquerda do ligamento falciforme até o sulco longitudinal
esquerdo da face visceral.
5.3. LOBO QUADRADO DO FÍGADO: entre a fossa da vesícula biliar e o sulco do ligamento redondo do
fígado. Limitado ântero-superiormente pelo hilo hepático (porta hepática) que o separa do lobo
caudado.
5.4. LOBO CAUDADO DO FÍGADO (de Spiegel): Limitado pelo sulco da VCI (à direita), pela fissura do
ligamento venoso (à esquerda) e pelo hilo hepático (inferiormente).
OBS: os lobos caudado e quadrado só são visualizados na face visceral do fígado.
Essa divisão não segue vascularização do órgão, não sendo funcional e de importância em termos
clínicos e cirúrgicos.
Na prática são aceitas ambas as classificações, o que gera confusão, sobretudo porque aa
nomenclatura de ressecções hepáticas também possui duas classificações.
As duas classificações do lobo direito se equivalem
Contudo, a classificação do lobo esquerdo funcional, tanto na nomenclatura, quanto na topografia,
divergem:
o Setor paramediano do fígado esquerdo (seg. IV e III) = segmento medial + subsegmento
lateral inferior do lobo esquerdo
o Setor lateral esquerdo (segmento II) = subsegmento látero-superior
Diferentemente dos lobos e segmentos broncopulmonares, os lobos, setores e segmentos
hepáticos não são individualizados por septos de tecido conjuntivo, o que torna mais complexa a
realização das cirurgias hepáticas.
7. PEDÍCULO HEPÁTICO
HILO HEPÁTICO (porta hepática) = encontra-se póstero-inferiormente ao setor medial do lobo
esquerdo (segmento IV).
PEDÍCULO HEPÁTICO = Conjunto de estruturas vasculares e nervosas que suprem o fígado. Penetra
através do hilo hepático.
SINTOPIA DO PEDÍCULO HEPÁTICO:
o DUCTO HEPÁTICO COMUM – anteriormente e à direita
o ARTÉRIA HEPÁTICA PRÓPRIA – anteriormente e à esquerda
o VEIA PORTA – posteriormente
Pedículo hepático se localiza na BORDA LIVRE DO OMENTO MENOR (MESO DO FÍGADO)
Constitui o limite anterior do forame omental (forame de Winslow)
Veia Porta
Forame Omental
8. SUPRIMENTO SANGUÍNEO
8.1. ARTÉRIA HEPÁTICA PRÓPRIA
Responsável por 25% do volume sanguíneo e 30 a 40% do oxigênio que supre o órgão.
É ramo terminal da ARTÉRIA HEPÁTICA COMUM que é ramo do TRONCO CELÍACO
Se bifurca em 2 ramos terminais = ARTÉRIA HEPÁTICA DIREITA e ESQUERDA
Emite a ARTÉRIA CÍSTICA, que vasculariza da vesícula biliar.
TRÍGONO CISTO-HEPÁTICO (ou trígono hepático ou triângulo de Calot): formado pela superfície
visceral do fígado, pelo ducto hepático comum e ducto cístico. Transita através dele a ARTÉRIA
HEPÁTICA DIREITA e a ARTÉRIA CÍSTICA (segundo o Vilson: as duas / segundo o Airton, só a cística
se cair na prova, colocar só cística porque é o Airton que manda).
Artéria Hepática Esquerda
Artéria Cística
Tronco Celíaco
o A VEIA MESENTÉRICA INFERIOR drena para a VEIA ESPLÊNICA atrás do corpo do pâncreas
constituindo o TRONCO VENOSO ESPLENOMESENTÉRICO, que se une com a VEIA
MESENTÉRICA SUPERIOR constituindo a VEIA PORTA.
A VEIA PORTA recebe as VEIAS GÁSTRICAS DIREITA e ESQUERDA e a VEIA CÍSTICA
A veia porta se divide em dois ramos: RAMO DIREITO e RAMO ESQUERDO da veia porta.
Tronco Esplenomesentérico
ANASTOMOSE PORTO-SISTÊMICAS
9. DRENAGEM VENOSA
O sangue venoso deixa o fígado através das 3 VEIAS HEPÁTICAS – DIREITA, ESQUERDA e MÉDIA, que
drenam para a VCI superiormente ao fígado.
Não possuem trajeto extra-hepático.
Na grande maioria dos casos, a veia hepática esquerda une-se à média antes de desembocar na VCI.
11. INERVAÇÃO
SIMPÁTICO: fibras do 7º ao 10º gânglios simpáticos torácicos (nervos esplâncnicos torácicos) que
fazem sinapse ano gânglio celíaco antes de chegar ao plexo hepático
PARASSIMPÁTICO: pelos nervos vagos
VIAS BILIARES
Ducto Hepático D.
Ducto Hepático E.
Corpo
Ducto Colédoco
Fundo
Ducto Pancreático
Principal
Papila Maior do Ampola Hepatopancreática
Duodeno (de Vater)
(de Vater)
INTESTINO DELGADO
É a parte mais longa do trato gastrointestinal, sendo responsável pela maior parte da digestão e
absorção de nutrientes.
Início: ÓSTIO PILÓRICO
Fim: JUNÇÃO ILEOCECAL (ou ileocólica ou ileocecólica)
Varia de 5 a 8 m de comprimento
Constituído por 3 porções: DUODENO, JEJUNO e ÍLEO
ESTRUTURA
o Mucosa
o Submucosa (PLEXO DE MEISSNER – SUBMUCOSO)
o Camada muscular circular (interna)
o PLEXO DE AUERBACH - MIOENTÉRICO
o Camada muscular Longitudinal (externa)
o Serosa
Presença de nódulos linfáticos na parede de todo o intestino delgado. Mais numerosos no ÍLEO,
formando a chamada PLACA DE PEYER (aglomerado de nódulos linfáticos)
SUPERFÍCIE DE ABSORÇÃO: A mucosa do intestino delgado tem sua superfície de absorção
extremamente aumentada por 3 estruturas:
a) PREGAS CIRCULARES: (pregas de Kerckring): projeções da mucosa intestinal que iniciam da 2ª
porção do duodeno desaparecendo no íleo terminal.
b) VILOSIDADES INTESTINAIS: recobrem toda a superfície da muscosa, constituindo pequenas
projeções da mucosa
c) MICROVILOSIDADES: pequeníssimas projeções da membrana apical dos enterócitos
(microscopia eletrônica).
DUODENO
O duodeno é a porção inicial do intestino delgado
Início: PILORO
Fim: FLEXURA DUODENOJEJUNAL
D1
Flexura Duodenojejunal
D2 Jejuno
D4 Art. MESENTÉRICA
D3 SUPERIOR PINÇAMENTO
AORTOMESENTÉRICO
AORTA
1. DIVISÃO
1.1. PRIMEIRA PORÇÃO (D1) = PORÇÃO SUPERIOR
Início: PILORO
Fim: FLEXURA DUODENAL SUPERIOR
Segue horizontalmente da esquerda para a direita ao nível de L1
Relaciona-se com a vesícula biliar e o lobo quadrado do fígado anteriormente e posteriormente
com o pedículo hepático.
Forma o limite inferior do forame omental
A metade proximal de D1 apresenta uma dilatação denominada BULBO DUODENAL. É a única
porção do duodeno que não é retroperitoneal, sendo INTRAPERIOTONEAL RELATIVA. Limite
externo: ARTÉRIA GASTRODUODENAL.
PAPILA MAIOR DO DUODENO (papila de Vater) abertura dos óstios do ducto colédoco e do ducto
pancreático principal (80% dos casos se abrem no mesmo orifício). Protegida pelo ESFÍNCTER DA
AMPOLA HEPATOPANCREÁTICA que controla a passagem dos fluido para o duodeno.
PAPILA MENOR DO DUODENO: geralmente 2 cm acima da papila maior. Desembocadura do
ducto pancreático acessório.
BULBO DUODENAL
Óstio pilórico
D1
Ducto Colédoco
Flexura Duodenojejunal
D2
D3
Ducto Pancreático Principal
2. VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL
ARTÉRIAS GASTRODUODENAL, SUPRADUODENAL e GÁSTRICA DIREITA ramos da artéria hepática
própria.
ARCADA PANCREÁTICO-DUODENAL: supre a maior parte do duodeno e a cabeça do pâncreas
o ARTÉRIAS PANCREÁTICO-DUODENAIS SUPERIORES (ANTERIO e POSTERIOR):
A. PANCREÁTICO-DUODENAL SUPERIOR ANTERIOR: ramo terminal da A. GASTRODUODENAL
(da A. Hepática Comum) juntamente com a artéria gastromental direita.
A. PANCREÁTICO-DUODENAL SUPERIOR POSTERIOR: ramo colateral da A. GASTRODUODENAL
o ARTÉRIAS PANCREÁTICO-DUODENAIS INFERIORES (ANTERIOR e POSTERIOR): originam-se da A.
MESENTÉRICA SUPERIOR geralmente de um tronco único.
4. DRENAGEM LINFÁTICA
Anterior: drenagem para linfonodos pilóricos e linfonodos pancreático-duodenais
Posterior: linfonodos mesentéricos superiores
A. Gástrica Direita
A. Supraduodenal
A. Gastromental
Tronco Celíaco
B. Pancreato-duodenal
Superior Posterior
Artéria Hepática Comum
A. Pancreato-duodenal
Superior Anterior
A. Pancreático-duodenal Infeiror
Ramo Posterior
JEJUNO E ÍLEO Ramo Anterior
JEJUNO
ÍLEO
Pregas Circulares
Mesentério (seccionado)
1. VASCULARIZAÇÃO
ARTÉRIAS JEJUNOILEIAS, ramos da MESENTÉRICA SUPERIOR.
o 3 a 7 artérias (acima da origem da artéria ileocólica) porção inicial do jejuno
o 8 a 17 artérias (abaixo as origem da artéria ileocólica) porção final do jejuno + íleo
Transitam entre 2 lâminas de peritônio (mesentério), unindo-se para formarem ALÇAS ou
ARCADAS ARTERIAIS, que originam os VASOS RETOS (anastomosam-se somente na parede
intestinal)
ARTÉRIA ILECÓLICA: vasculariza porção final do íleo
VEIAS JEJUNOILEAIS acompanham as artérias correspondentes desembocando na VEIA
MESENTÉRICA SUPERIOR, tributária do SISTEMA PORTA.
Artéria e Veia
Mesentérica Superior
Veia Ileocólica
Alças Anastomóticas
Artérias Retas
Artéria Ileocólica
2. DRENAGE LINFÁTICA
Drenagem para os LINFONODOS MESENTÉRICOS (entre as duas lâminas de peritônio)
desembocando na CISTERNA DO QUILO.
3. INERVAÇÃO
PLEXO CELÍACO e PLEXO MESENTÉRICO SUPERIOR
PLEXO MIOENTÉRICO e PLEXO SUBMUCOSO
PÂNCREAS
É uma glândula mista = possui uma porção tanto endócrina quanto exócrina
Situado na porção superior da cavidade abdominal, ocupando o EPIGÁSTRICO e o HIPOCÔNDRIO E.
Localizado no nível do plano TRANSPILÓRICO (L1 a L2)
LIMITES E RELAÇÕES:
o POSTERIORMENTE: coluna vertebral, à aorta e à VCI
o ANTERIORMENTE: cólon transverso (raiz) e estômago
o DIREITA: duodeno
o ESQUERDA: baço
Dividido em CABEÇA, PROCESSO UNCINADO, COLO ou ISTMO, CORPO E CAUDA.
Cabeça, processo uncinado, istmo e corpo = RETROPERITONEAIS SECUNDÁRIOS
Cauda = INTRAPERITONEAL RELATIVO (envolvida pelo OMENTO PANCREÁTICO-ESPLÊNICO ou
LIGAMENTO ESPLENORRENAL juntamente com os VASOS ESPLÊNICOS)
Artéria
Esplênica
CAUDA
CORPO
ISTMO
CABEÇA
Duodeno
Fixação do Mesocolo
Transverso
Vasos Mesentéricos Superiores
Fixação do Mesentério
PROCESSO UNCINADO
Tal qual a 2ª porção do duodeno, pode ser dividida em 2 segmentos pela inserção do mesocólon
transverso :
o Segmento superior = parede posterior do andar supra-mesocólico
o Segmento inferior = parede posterior do andar infra-mesocólico
RELAÇÕES:
o POSTERIOR:
Anteriormente à fáscia de coalescência: DUCTO COLÉDOCO e ARCADA PANCREÁTICO-
DUODENAL POSTERIOR
Posteriormente à fáscia de coalescência: BORDA MEDIAL DO RIM DIREITO, PEDÍCULO RENAL
DIREITO, VCI e DESEMBOCADURA DA VEIA GONADAL DIREITA.
o ANTERIOR:
Face anterior está em íntima relação com a ARCADA PANCREÁTICO-DUODENAL ANTERIOR
O segmento inferior da cabeça do pâncreas é contínuo com o PROCESSO UNCINADO
PINÇAMENTO AORTOMESENTÉRICO: ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR (anteriormente) + AORTA
(posteriormente) formam uma espécie de pinçamento de 3 estruturas importantes:
o VEIA RENAL ESQUERDA (superior)
o PROCESSO UNCINADO DO PÂNCREAS
o DUODENO (terceira porção) (inferior)
2. ISTMO ou COLO
Une a cabeça ao corpo do pâncreas
Transição na INCISURA PANCREÁTICA, delimitada pela veia mesentérica superior
NA FACE POSTERIOR DO ISTMO, HÁ O ENCONTRO DA VEIA MESSENTÉRICA SUPERIOR COM A VEIA
ESPLÊNICA, FORMANDO A VEIA PORTA.
3. CORPO DO PÂNCREAS
Continua a partir do colo, à direita dos vasos mesentéricos superiores
LIMITES
o Posteriormente: aorta (nível de L2), plexo celíaco e mesentérico superior
o Anteriormente: bolsa omental e estômago
o Inferiormente: alças do intestino delgado.
o Superiormente: vasos esplênicos
4. CAUDA
Extremidade esquerda do pâncreas; vai se afinando durante seu trajeto
Unida ao baço pelo LIGAMENTO PANCREÁTICO-ESPLÊNICO ou ESPLENORRENAL (ou omento) (se
dirige ao hilo esplênico), no qual está contida juntamente com os VASOS ESPLÊNICOS.
Totalmente supra-mesocólica
Íntima relação com as ramificações da artéria esplênica (hilo do baço)
DUCTOS PANCREÁTICOS
1. DUCTO PANCREÁTICO PRINCIPAL (de Wirsung)
Inicia-se na cauda do pâncreas, percorrendo o eixo maior do corpo em direção à cabeça.
Na cabeça, têm um trajeto ínfero-posterior
Calibre maior na cabeça do que na cauda
Ducto Colédoco
Incisura Pancreática
D1
D3
Ducto Pancreático Principal
VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL
1. CABEÇA
ARTÉRIA GASTRODUODENAL
ARCADA PANCREÁTICO
o ARTÉRIA PANCREÁTICO-DUODENAL SUPEIROR ANTERIOR
DUODENAL ANTERIOR
o ARTÉRIA PANCREÁTICO-DUODENAL SUPEIROR POSTERIOR
ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR
o ARTÉRIA PANCREÁTICO-DUODENAL INFERIOR ANTERIOR ARCADA PANCREÁTICO
o ARTÉRIA PANCREÁTICO-DUODENAL INFEIROR POSTERIOR DUODENAL POSTERIOR
2. CORPO E CAUDA
ARTÉRIA ESPLÊNICA: transita na borda superior do pâncreas; emite vários ramos pancreáticos, dos
quais se destacam:
o ARTÉRIA PANCREÁTICA MAGNA: ramo mais calibroso da artéria esplênica
Tronco Celíaco
Art. Esplênica
Art. Gastroduodenal
Art. Pancreática Magna
DRENAGEM VENOSA
VEIA PANCREÁTICO-DUODENAL SUPERIOR
POSTERIOR: drena para o tronco da veia
porta
VEIA PANCREÁTICO-DUODENAL SUPERIOR
ANTERIOR: drena para a gastromental
direita porta
VEIA PANCREÁTICO-DUODENAL SUPERIOR
POSTERIOR e ANTERIOR: drena para a
MESENTÉRICA SUP.
VEIAS DO CORPO: drenam para a ESPLÊNICA
INERVAÇÃO
PARASSIMPÁTICA: TRONCOS VAGAIS ANTERIOR E POSTERIOR, que passam pelo plexo celíaco sem
fazer sinapse.
SIMPÁTICA: NERVOS ESPLÂNCNICOS TORÁCICOS e PLEXO CELÍACO e MESENTÉRICO SUPERIOR
NERVO FRÊNICO ESQUERDO passa pelo hiato esofágico e emite pequenos ramos em direção ao
pâncreas.
BAÇO
Órgão linfoide de cor avermelhada ou arroxeada
Situado no HIPOCÔNDRIO ESQUERDO junto ao diafragma ao nível da IX a X costela
Reservatório de sangue, células sistema imune, hemocaterese e destruição de plaquetas
FACES
FACE DIAFRAGMÁTICA: convexa, voltada para a esquerda para cima e para trás. Contato com o
diafragma
FACE VISCERAL: côncava, voltada medialmente e para baixo. Relacionada com o estômgao (impressão
gástrica), cólon (impressão cólica) e rim (impressão renal). Contém o HILO DO BAÇO, por onde passam
os VASOS ESPLÊNICOS.
Face diafragmática
Hilo Esplênico
Face visceral
LIGAMENTOS
1. LIGAMENTO PANCREÁTICO-ESPLÊNICO (OMENTO) ou ESPLENORRENAL
Folheto posterior: composto pela lâmina de peritônio que reveste posteirormente a cauda do
pâncreas e a face anterior do rim.
Folheto anterior: composto pela lâmina de peritônio que reveste anteriormente o corpo e a cauda do
pâncreas.
Une a cauda do pâncreas ao baço
Contém a CAUDA DO PÂNCREAS e os VASOS ESPLÊNICOS
2. LIGAMENTO GASTROESPLÊNICO (OMENTO)
Lâmina anterior: lamina que recobre a superfície anterior do baço, que se prolonga para atingir a
superfície anterior do estômago.
Lâmina posterior: reflexão da lâmina anterior do omento pancreático-esplênico junto ao hilo do baço.
Se estende do baço à grande curvatura do estômago
Abriga os VASOS GÁSTRICOS CURTOS, ramos dos vasos esplênicos
3. LIGAMENTO FRENOESPLÊNICO: Une o polo superior do baço ao diafragma
4. LIGAMENTO FRENOCÓLICO: existente apenas no lado esquerdo. Une a flexura cólica esquerda ao
diafragma. Constitui um assoalho que sustenta o baço.
Ligamento frenocólico
PEDÍCULO ESPLÊNICO
Contém os VASOS ESPLÊNICOS, assim como os elementos nervosos e linfáticos, que chegam ao HILO
DO BAÇO através do OMENTO PANCREÁTICO-ESPLÊNICO ou LIGAMENTO ESPLENORRENAL
VASCULARIZAÇÃO
1. IRRIGAÇÃO ARTERIAL: através da ARTÉRIA ESPLÊNICA (ramo do TRONCO CELÍACO). Possui uma forma
tortuosa e apresenta um trajeto na borda superior do pâncreas. Internamente ao ligamento pancreático-
esplênico, divide-se em 2 ou 3 RAMOS LOBARES, os quais se dividem em 3, 4 ou 5 artérias segmentares
no hilo do baço.
2. DRENAGEM VENOSA: feita através da VEIA ESPLÊNICA, formada por 2 ou 3 veias que saem do hilo
esplênico. Une-se com a VEIA MESENTÉRICA INFERIOR (formando o tronco esplenomesentérico) e
SUPERIOR, formando a VEIA PORTA.
INTESTINO GROSSO
Início: COLO E JUNÇÃO ILEOCÓLICA (final do íleo)
Fim: ÂNUS
Em média, possui comprimento de 135 cm
Dividido em 7 porções: CECO (e apêndice cecal), COLO ASCENDENTE, COLO TRANSVERSO, COLO
DESCENDENTE, COLO SIGMOIDE, RETO e CANAL ANAL.
Seu diâmetro é maior no ceco, gradualmente diminuindo. Torna-se novamente dilatado na porção
inferior do reto, acima do canal anal.
Camadas são iguais do intestino delgado.
A CAMADA LONGITUDINAL EXTERNA se condensa em 3 faixas musculares externas (1 cm de largura
cada) denominadas TÊNIAS DO CÓLON, que percorrem toda sua extensão longitudinalmente.
Características do intestino grosso:
a) Presença de TÊNIAS DO CÓLON: mais evidentes no ceco e cólon ascendente; No cólon sigmoide há
apenas 2 tênias que se alargam ao nível do reto e o envolve. A nomenclatura das tênias é feita por
suas relações no cólon transverso:
TÊNIA OMENTAL: relação com o omento maior. Ântero-superior no transverso e Pósteo-lateral
no ascendente e descendente.
TÊNIA MESOCÓLICA (ou MESENTÉRICA): relação com o mesocólon transverso. Posteriormente
no colo transverso e póstero-medial nos colos ascendente e descendente.
TÊNIA LIVRE (a mais larga): não possui relações. Ântero-inferiormente no colo transverso e
anteriormente nos colos ascendente e descendente.
b) HAUSTRAÇÕES ou SACULAÇÕES: entre as tênias; semelhante à bolsas que constituem a parede do
intestino grosso. As PREGAS SEMILUNARES (internamente) delimitam as AUSTRAÇÕES
(externamente).
c) APÊNDICES OMENTAIS: projeções de gordura envolvidas por peritônio junto ao intestino grosso.
Praticamente ausentes no ceco, apêndice e reto.
FUNÇÃO: absorção de água e eletrólitos. Absorção de cloreto e sódio e secreção de bicarbonato e
potássio.
1. CECO
Segmento inicial do intestino grosso
CECO
Óstio Ileal
COLO
Junção retossigmoidea SIGMOIDE
RETO
Mesocólon sigmoide
Apresenta tênias bem desenvolvidas que convergem para a origem do apêndice cecal.
Ramo Cólico
Ramo Ileal
A. Mesent. Sup.
Artéria Apendicular
Recesso Ileocecal
Pregas Cecais
inferio
A. Cecal Anterior
Apêndice Cecal Artéria Apendicular e Tênia
Mesoapêndice Tênia Omental Mesocólica
Relaciona-se com alças do intestino delgado, omento maior e parede anterior do abdome
(anteriormente) e com os músculos ilíaco, quadrado lombar e psoas maior, com o rim direito e com
os nervos da parede posterior (posteriormente).
3. CÓLON TRANSVERSO
Início: FLEXURA CÓLICA DIREITA (hepática) – mais baixa
Fim: FLEXURA CÓLICA ESQUERDA (esplênica) – mais alta; fixada pelo LIGAMENTO FRENOCÓLICO ao
diafragma e parte do baço.
30 a 60 cm de comprimento; trajeto para frente e para baixo.
Porção mais móvel do intestino grosso.
INTRAPERITONEAL RELATIVO, ligado á parede posterior do abdome pelo MESOCÓLON TRANSVERSO
RAIZ DO MESOCÓLON TRANSVERSO: cruza da direita para a esquerda extremidade inferior do rim
direito, ureter direito D2, cabeça e margem inferior do corpo do pâncreas e parte média do rim
esquerdo.
4. CÓLON DESCENDENTE
Início: FLEXURA CÓLICA ESQUERDA (esplênica)
Fim: borda medial do músculo psoas maior.
Varia de 20 a 30 cm de comprimento
Em geral é RETROPERITONEAL SECUNDÁRIO
Mais estreito que o cólon ascendente
5. CÓLON SIGMOIDE
Início: nível da borda medial do psoas maior, com o aparecimento do mesocólon sigmoide
Fim: Nível de S3 (início do reto)
Apresenta um trajeto tortuoso de cerca de 40 cm
As tênias fundem-se em 2: anterior (livre + omental) e posterior.
Apêndices omentais bem longos que diminuem em número e tamanho.
ANASTOMOSES INTERMESENTÉRICAS
ARTÉRIA (ARCADA) MARGINAL DE DRUMMOND (artéria marginal do cólon): anastomose entre artérias
ileocólica, cólica direita, cólica esquerda, cólica média, sigmoides e retal superior.
A drenagem venosa acompanha as artérias, drenando para as VEIAS MESENTÉRICAS SUPERIOR e INFERIOR,
que constituem o SISTEMA PORTA (junto com a veia esplênica). (ver sistema porta)
Artéria Ileocólica
DRENAGEM LINFÁTICA
LINFONODOS PARACÓLICOS: ao longo da artéria marginal do cólon (de Drumond)
Drenam para linfonodos situados ao redor dos vasos principais, drenando para o plexo mesentérico
superior e inferior.
BIBLIOGRAFIA
Anatomia Clínica e Cirúrgica do Abdome – “Livro do Vilson”
Gray’s - Anatomia para Estudantes
Netter
Anotações de aula
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