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Caderno de Apresentação
Sumário:
1. Programa
2. Bibliografia
3. Apontamentos
Análise de Projectos de Investimentos (2º Ano) UCAN - 2016
1. Programa
1 Projectos de Investimento
2 Formulação de Projectos
2. Bibliografia
Barros, C. (2000)
Decisões de Investimento e Financiamento de Projectos. Edições Sílabo
3. Avaliação de conhecimentos
Ter em consideração o Regulamento de Avaliação de Conhecimentos da
Universidade Católica de Angola.
i) Frequência – 30%
ii) Exame Final – 50%
iii) Avaliação Contínua – 20%
iv) Trabalho Prático (uma ponderação importante na nota final)
4. Equipa docente
Dr. Salim Abdul Valimamade
Professor Auxiliar Convidado
Licenciado em Gestão (Instituto Superior de Gestão)
Mestre em Finanças e Investimentos (Universidade de York)
E-Mail: salimv@ucan.edu
Súmula:
A primeira parte desta disciplina vai incidir sobre as principais etapas e os principais
elementos para a elaboração e avaliação da rentabilidade de um projecto de
investimento. Far-se-á a introdução dos diversos critérios de avaliação de rentabilidade
de projectos numa óptica meramente económica, isto é, quando o investimento é
financiado unicamente por capitais próprios. A destacar os critérios do VAL, da TIR,
IRP e o PRI.
Objectivo da disciplina
Plano de Investimento
1 - Imobilizado corpóreo
2 - Imobilizado incorpóreo ,respeita aos bens ou outros activos que não têm
uma existência física - patentes, estudos e projectos, etc...
3- Investimentos em fundos circulantes, que representam aplicações de
fundos originadas pelo ciclo de exploração da empresa - stocks, dívidas de
clientes, dívidas a fornecedores, etc..
Balanço
Investimento Financiamento
Plano de Financiamento
3. Capital alheio
Uma das funções dos responsáveis pela área financeira é a de encontrar as fontes de
financiamento que minimizem o custo do capital que a empresa suporta.
Não tem um custo explícito, mas apresentam um custo de oportunidade, uma vez que,
ao aplicar fundos na empresa, os sócios renunciam à remuneração que poderiam obter
em aplicações alternativas.
Plano de Exploração
Demonstração de Resultados
C.E.V.C. Vendas
F.S.E. Prestação de serviços
Custos com pessoal Outros proveitos operacionais
Outros custos de exploração
Amortizações Proveitos financeiros
Outros custos operacionais Proveitos extraordinários
Custos financeiros
Custos extraordinários
Result. antes impostos
I.R.C
Resultado líquido
Cash-Flows
O cash-flow pode ser definido como fluxos líquidos gerados pelo projecto que assume
a forma de numerário. Os recebimentos e pagamentos efectivos em numerário são os
registos relevantes para a medição do cash-flow, tornando-se assim, numa medida
objectiva e registável de forma inequívoca. Por exemplo, a venda a prazo é registada
na contabilidade como um proveito, um aumento de lucro. Contudo, para efeitos de
determinação do cash-flow, enquanto o dinheiro não for recebido não se verifica
qualquer alteração.
Vendas
S / Clientes xPM Re cebimento
360
O saldo de existências (produto acabado, matéria prima, etc) são considerados como
necessidades de exploração, pois é uma aplicação de recursos financeiros que está em
armazém. Esta depende do consumo e do prazo médio de rotação de existências no
armazém.
CMVMC
S / Existências xPMRotação
360
Compras
S / Fornecedores xPMPagamento
360
Para o cálculo das compras deve-se ter em linha de conta seguinte equação:
3. Valores Residuais
3.1 Valor Residual em Capital Fixo: Esta rubrica compreende o valor obtido
com a alienação do capital fixo no final do período de vida útil do projecto
(cash-inflow), ou o seu valor de mercado estimado para essa altura. dada a
dificuldade da previsibilidade do valor de mercado do capital fixo no final de
vida útil do projecto, e na ausência de uma estimativa melhor do mercado,
opta-se por considerar que o Valor Residual do capital Fixo = Valor Líquido
Contabilístico (VLC) do Imobilizado, ou seja, do valor ainda não amortizado
do imobilizado. VLC = Valor de Aquisição – Amortizações Acumuladas.
Cash-Flows de Exploração
3 - Para a determinação dos MLP pressupõe-se que todos os custos de exploração são
fiscalmente aceites para a determinação da estimativa anual do imposto sobre o
rendimento.
5 - Os valores residuais do imobilizado vão ser determinados pelo seu valor líquido
contabilístico, com a excepção para o terreno que se considera um imobilizado não
depreciável, logo não efectuam as respectivas amortizações.
Método Empírico
Método Científico
A questão que se coloca é saber qual a taxa de actualização que se utiliza para se
proceder a tal actualização dos cash-flows.
Esta também vai ser idêntica à Taxa de Rendimento Mínimo exigido pelo investidor,
uma vez que este só promove o projecto de investimento se tiver um rendimento igual
ou superior a outras alternativas de investimento de risco semelhante.
T1 – Taxa de remuneração real dos capitais próprios. Esta vai ser igual à taxa real de
rendimento do activo sem risco, ou seja, igual à taxa de rendimento dos Bilhetes de
Tesouro deflacionada (sem inflação);
T2 – Prémio de Risco. Não existe uma receita infalível para a determinação deste
parâmetro. O risco do projecto, isto é, o risco económico (aleatoriedade da actividade
de exploração do projecto) e o risco financeiro (nível de endividamento e liquidez do
projecto), está associado ao carácter previsional do projecto. A sua avaliação. bem
como, a sua compensação por assumir esse risco ( prémio de risco) é subjectiva. Vai
depender de diversos factores, tais como, a natureza do projecto, o montante investido,
do país a investir, do sector, etc... No entanto, certas instituições como o Banco
Mundial referem que os valores podem variai entre os 3% e os 8%. Para países ou
sectores mais instáveis, como é o caso da maior parte dos países africanos, estes
valores podem ser mais elevados.
Assim pode concluir-se que taxa de actualização deve ser igual ao custo de
oportunidade, ao rendimento mínimo exigido pelo investidor e também igual ao custo
de capital dos fundos investidos no projecto ( numa primeira fase de avaliação, o custo
dos capitais próprios).
N CFlows K
Valor Actual Líquido: VAL = I
K 1 (1 i) K
O VAL pode ser definido como o excedente económico acumulado pelo projecto de
investimento cuja determinação é realizada através da actualização dos cash-flows do
projecto à taxa do custo de oportunidade.
Decisão:
Por outras palavras, o VAL positivo significa que o projecto é gerador de mais
dinheiro do que a aplicação alternativa de risco semelhante.
N CFlows K
Taxa Interna de Rentabilidade (TIR): 0 I
K 1 (1 TIR ) K
VAL1
Sendo i2 > i1 TIR i 1 (i 2 i 1 ) x
VAL1 VAL 2
Decisão:
1) TIR > C. Oportunidade, diz-se que o projecto é economicamente viável, pois está a
proporcionar uma rentabilidade superior `a rentabilidade da melhor alternativa de risco
semelhante.
3) TIR < C. Oportunidade, diz-se que o projecto não é economicamente viável, pois os
outros projectos alternativos de risco semelhante estão a ter uma rentabilidade superior
relativamente a este projecto.
N
CFlows K
K 1
(1 i) K VAL
Índice de Rentabilidade do Projecto : IRP ou IRP 1
I I
Decisão:
1) IRP > 1 => VAL > 0, diz-se que o projecto é economicamente viável à taxa do
custo de oportunidade. Por exemplo, IRP =1,5, por cada unidade monetária investida,
o projecto tem um retorno 1,5 unidades monetárias, ou seja, recupera totalmente o
investimento, obtém a remuneração adequada e gera um excedente de 0,5 unidades
monetárias.
3) IRP < 1 => VAL < 0, diz-se que o projecto é economicamente inviável à taxa do
custo de oportunidade. Por exemplo, IRP =0,5, por cada unidade monetária investida,
o projecto tem um retorno 0,5 unidades monetárias, ou seja, está a gerar um retorno
menor do que essa unidade monetária investida.
Se esse período for inferior a período de vida útil do projecto, diz-se que o projecto é
economicamente viável.
a) Capitais Próprios;
b) Autofinanciamento;
c) Capitais Alheios.
Capitais Alheios:
Esta taxa vai ser designada como Custo Médio Ponderado (WACC), e vai ser a nova
taxa de actualização, a nova taxa de remuneração mínima exigida, ou a novo custo de
oportunidade ou o novo custo de capital, agora tendo em conta, não só o custo de
capital próprio, mas também o custo do capital alheio, ou seja, vai ter em linha de
conta a componente financeira de financiamento. Vai ser com a taxa do Custo Médio
Ponderado (WACC) que se vai actualizar os Cash-Flows do projecto.
Critérios de Decisão
a) Entre fontes externas de financiamento alternativas vamos escolher aquela que tiver
o menor Custo Efectivo de Capital Alheio.
Por outras palavras, o projecto à taxa de remuneração mínima exigida consegue cobrir
os custos de financiamento (quer de capital próprio, quer de capitais alheios), cobrir os
riscos económico e financeiros e ainda consegue gerar um excedente monetário.
O custo de capitais alheios que importa considerar é o custo nominal total corrigido
dos efeitos fiscais, isto porque os custos financeiros são dedutíveis fiscalmente.
O custo nominal total (KNT) = custo nominal (KN) + custos explícitos (KE) + custos
implícitos (KI).
Os custos explícitos são custos tais como os spreads, comissões de garantia, custos
resultantes da operação de financiamento e outras despesas.
O custo nominal total deve ser corrigido dos efeitos fiscais, pois os custos financeiros
são dedutíveis fiscalmente.
Exemplo: Taxa de Juro Anual Nominal (KN) = 15%, Aval Bancário (KE) = 1.5%,
Outras Despesas = 0.75%. Sabendo que IRC = 40%,
Os custos de capitais próprios, em princípio, são mais onerosos do que os custos dos
capitais alheios.
A situação ideal é o equilíbrio entre aquelas duas situações e constitui uma importante
questão sobre o Capital Structure da Empresa.
Notas:
O cálculo do custo efectivo de capital alheio antes da correcção dos efeitos fiscais
deve basear-se no custo específico total de todas as fontes externas de financiamento
utilizadas pela empresa: fornecedores, empréstimos bancários, empréstimo de sócios,
etc...
3- Pressupõe que o risco do projecto é igual ao risco da empresa. Sabemos que muitas
das vezes projectos são financiáveis não por mérito do projecto mas porque a empresa
investidora tem um rácio de endividamento menor e, por isso, oferece uma maior
garantia de solvabilidade à banca.
O custo marginal de capital é custo médio ponderado de capital (WACC) mas aplicado
ao capital structure do projecto e não ao capital structure da empresa.
Quando o projecto coincide com a criação da empresa, então não existe diferença entre
o WACC e o custo marginal de capital. Como o nome indica “marginal”, queremos
saber qual o custo de capital por cada unidade adicional investida pela empresa.
A principal crítica que se faz a este método é que relega para o segundo plano o risco
financeiro global do projecto. Se o método não for devidamente aplicado, poder-se-á
elevar sobremaneira o risco financeiro do projecto (redução da solvabilidade), o que,
consequentemente, obrigará a financiar futuros projectos com maior volume de
capitais próprios, cujo custo será em princípio mais elevado.
O custo actual das fontes de financiamento segue a lógica da determinação da TIR (de
financiamento), sendo obtida através dos fluxos financeiros resultantes da decisão do
financiamento.
CustoActual :
cflows(fin ) K
(1 TIR ) K
Critérios de Decisão:
c) Para a avaliação global do projecto, pode-se considerar que o custo actual das fontes
de financiamento (TIR do financiamento) é o custo efectivo de capitais alheios. Desse
modo, pode-se utilizar a TIR do financiamento como custo efectivo de capitais alheios
na fórmula do WACC (taxa de actualização pós financiamento).
Críticas ao Critério
Uma das críticas deste critério está relacionado com as limitações que o critério de
TIR apresenta (referidas na parte económica). Por outro lado, tal como os critérios
referidos, ignora o risco financeiro da empresa.
VA
Cflows(fin) K
(1 TA) K
Critérios de Decisão
Críticas ao Critério
Este método para além de permitir uma quantificação e a clara separação dos efeitos
das decisões económica e financeira nos projectos de investimento, também permite,
ao contrário dos outros critérios referidos, uma análise fácil de diversas alternativas de
financiamento de um projecto de investimento.
A principal critica que se aponta a este critério é que pode levar a situações em que as
decisões do VA de financiamento (VA positivos) podem contribuir para viabilizar
globalmente os projectos de investimento que se revelaram inviáveis na primeira fase
do se estudo (VAL económico negativos).