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ENGENHARIA ELÉTRICA

CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA

PROFº ANDERSON DA SILVA JUCÁ


(apontamentos)
8. Lei Circuital de Ampère
Agora que a intensidade de campo magnético (H) foi definida e demonstrada como
tendo unidade de ampère-espiras/metro, pode-se deduzir uma expressão muito
útil. Sabe-se que H é um vetor que tem o mesmo sentido e o mesmo lugar
geométrico circular que o do campo magnético B.

Uma integração de linha de H ao longo de algum percurso circular dado resulta em:
2 π.r
I1 Ampère [A] Obs: a integral de linha é usada

∫ H •dl= ∫ 0
2π.r
•dl= I1 Eq.09 porque H tem dimensão por unidade
de comprimento.

Esta equação mostra que a integral de linha fechada da intensidade do campo


magnético é igual às correntes envolvidas (ou ampère-espiras) que produzem as
linhas de campo magnético. Esta relação é denominada de Lei de Ampère de
Circuito, e é expressa por:
Onde ℑ designa os ampère-espiras envolvidos pelo percurso

∫ H •dl= ℑ = NI x Eq.10 fechado assumido das linhas de fluxo. ℑ é também conhecido como
força magnetomotriz e é freqüentemente abreviada como fmm.
8. Lei Circuital de Ampère

As definições anteriores foram feitas a partir da experiência elementar de Ampère


com dois condutores conduzindo corrente. Pela manipulação correta destas
grandezas, outras fórmulas úteis podem ser obtidas.
A equação Eq.08 é uma equação vetorial que descreve a intensidade do campo
magnético para uma dada geometria e corrente. Se o comprimento total do percurso
de uma linha de fluxo for suposto como sendo l, então a força magnetomotriz (fmm)
associada à linha de fluxo especificada é:
B
ℑ = Hxl = xl Eq.11
µ

Agora, nas situações onde B é uma constante e penetra uma área fixa e conhecida
(A), o fluxo magnético correspondente pode ser escrito da equação Eq.07 como
sendo:

φ = BxA Eq.12
8. Lei Circuital de Ampère

Introduzindo a equação Eq.12 na Já está claro que ℑ é a fmm que gera o


equação Eq.11, obtém-se: fluxo φ, que penetra a área de seção
transversal especificada A. Contudo, esse
fluxo é limitado em módulo pelo que é
B  l 
ℑ = Hxl = xl = φ
 µxA  Eq.13 chamado a relutância do circuito
µ   magnético, que é definida como:

O termo entre parênteses mostra uma


grande semelhança com a definição de l
resistência em um circuito elétrico.
ℜ = Eq.14 ℑ = φxℜ Eq.15
µxA
Um exame da equação Eq.13 fornece
uma interpretação similar para o
circuito magnético. A equação Eq.15 é também conhecida
como a Lei de Ohm do circuito magnético.
É somente válida se B e A forem
quantidades fixas.
9. Circuitos Magnéticos

Aplicando a equação acima no circuito magnético simples, temos:

  NI = H l , no caso: N I = Hn ln

A intensidade de campo magnético (H), produz uma


indução magnética (B) em toda a região sujeita ao campo
magnético.

Figura 21 B=µ.H ou B=φ/A [Wb/m2]

A unidade da indução magnética (B) é o Weber/metro2 (1 Wb=108 linhas de campo magnético.

µ = permeabilidade magnética do núcleo = µo . µr ⇒(µo = 4π x 10-7 Wb/A.m)

µr = permeabilidade relativa do material, valores típicos de µr estão na faixa de 2.000 a 6.000,


9. Circuitos Magnéticos
Para o circuito magnético abaixo, temos: Todos os termos que aparecem nessa
ℑ = H .l equação são conhecidos, com exceção
das forças magnetizantes para as
Onde H é a força magnetizante em uma seção do diferentes partes do circuito
circuito magnético e l, o comprimento da seção.
magnético, que podem ser obtidas a
partir do gráfico B-H se a densidade
de fluxo (B) for conhecida.

Figura 22

+N I - Hab.lab - Hbc.Ibc - Hca.lca=0


NI = Hab.lab + Hbc.Ibc + Hca.lca
9. Circuitos Magnéticos

Os dispositivos de conversão de energia que incorporam um elemento móvel exigem


entreferros nos núcleos. Portanto, as estruturas magnéticas apresentam um
entreferro (espaço de ar inserido entre duas porções magnéticas) em seu circuito
magnético.

Este entreferro pode ser inserido propositalmente, como ocorre nos motores e
geradores elétricos como mostrado na Figura 23, ou involuntariamente devido ao
processo construtivo, como indicado na Figura 24

Figura 23 – Entreferro de um motor elétrico.

 
9. Circuitos Magnéticos

Figura 24 – Entreferro involuntário.

A colocação de chapas lado a lado introduz um pequeno entreferro


involuntário entre elas.

Qualquer que seja sua origem e tamanho, o entreferro é parte


importante da estrutura magnética e deve sempre ser considerado no
circuito magnético.
9. Circuitos Magnéticos

A Figura 25 mostra as linhas de campo magnético em uma estrutura com a presença


de um entreferro, destacando o fenômeno do espraiamento dessas linhas na região
do entreferro

Figura 25 - Espraiamento das linhas de campo.

O efeito do espraiamento das linhas de campo equivale a um acréscimo da área de


passagem do fluxo magnético no entreferro e como tal deve ser corrigida. Algumas
9. Circuitos Magnéticos

A.     Entreferro com faces paralelas e iguais

Figura 26 – Entreferro com faces paralelas e iguais.


g
 
Y

Neste caso, a área efetiva de passagem do fluxo magnético no entreferro é dada


por: S = ( X +  ).(Y +  )
g g g
 
9. Circuitos Magnéticos
B.     Entreferro com faces paralelas e diferentes

 Fig. 27 – Entreferro com faces paralelas e diferentes.

  Y

g

Nesta condição, a área efetiva de passagem do fluxo magnético é estimada a


partir da expressão:
S g = ( X + 2l g ).(Y + 2l g )
9. Circuitos Magnéticos

Os dispositivos de conversão de energia que incorporam um elemento móvel exigem


entreferros nos núcleos. Um circuito magnético com um entreferro (vácuo) é
mostrado a seguir:
 ln lg 

N I =φ +  onde: φn = φg = φ

 An µn Ag µo   
  
N I =φ(ℜn +ℜg )
Figura 28

N i = Hn ln + Hg lg
ℑ=φ(ℜn +ℜg ) I
onde: F = N .
Eq.16
  Bn Bg
NI = ln + l onde:
g B=µH ;H=B/µ
µn µo onde:
  ℜn = Relutância magnética do núcleo; [A/Wb]
φn φg
NI = l + l ℜg = Relutância magnética do entreferro; [A/Wb]
An µn n Ag µo gonde: B=φ/A ℑ = força magnomotriz; [Ae]
9. Circuitos Magnéticos
Circuito Elétrico Análogo:

Figura 29
9. Circuitos Magnéticos
9. Circuitos Magnéticos
9. Circuitos Magnéticos
Identifica-se as seguintes relações entre as grandezas elétricas e magnéticas:

Circuito Elétrico Circuito Magnético


I :Corrente Elétrica (A) φ : Fluxo Magnético (Wb)
E :Força eletromotriz (V) F = Ni :Força magnetomotriz (Aesp)
σ :Condutividade (S/m) µ :Permeabilidade (H/m)
I φ
J= : Densidade de B= : Densidade de Fluxo Magnético
S S
2 2
Corrente Elétrica ( A / m ) ( Wb / m )
1 l 1 l
R= : Resistência ( Ω) ℜ= :Relutância ( Aesp / Wb )
σS µS
1
1 Ρ= :Permeância
G = :Condutância ( S ) ℜ
R ( Wb / Aesp )

Note-se que a associação entre o circuito elétrico e o circuito magnético levou a denominação densidade de fluxo magnético como sinônimo do
campo magnético.
Exercícios

1. Dada a peça abaixo, determinar a 2. Com base na figura do exercício


densidade de fluxo B em Tesla. anterior, se a densidade de fluxo for 1,2 T
e a área da seção reta for 0,25 pol.2,
determinar o fluxo magnético no interior
da peça.
Solução: φ = B. A

Convertendo 0,25pol.2 em m2:

Solução:  1m   1m 
A = 0,25 pol.2  . 
φ 6.10 −5Wb  39,37 pol.   39,37 pol. 
B= =
A 1,2.10 −3 m 2 A = 1,613.10 − 4 m 2
φ = 1,2Tx1,613.10 − 4 m 2
B = 5.10 − 2 T
φ = 1,936.10 − 4 Wb
Exercícios

3. Para o circuito magnético em série Solução:


φ 4.10 −4 Wb
visto na figura abaixo, pede-se: a) B= = −3 2
= 2.10 −1T
A 2.10 m
a) Calcular o valor de I necessário para
B = 0,2T
gerar um fluxo magnético φ=4.10-4 Wb.
Do gráfico BxH, temos:
b) Determinar µ e µr para o material H(aço fundido) = 170A/m, logo: NI = Hl
nessas condições.
I = Hl/N = (170A/m x 0,16m)/400
I = 68mA

b) µ = B/H = 0,2(T)/1.709 (A.esp./m)


µ = 1,176.10-3 (Wb/A.m)
Logo a permeabilidade relativa é:
µr = µ/µ0 = 1,176.10-3/4.π.10-7
Exercícios
4. O reator mostrado na Figura abaixo foi construído com um material
magnético de permeabilidade relativa µ R = 3000 . A bobina de excitação possui 200
espiras. Calculemos a corrente na bobina de excitação necessária para estabelecer
uma densidade de fluxo magnético 1, 2Wb / m . É dada a permeabilidade do vácuo µ = 4π 10 (.H / m)
2 −7
0

E as dimensões estão em cm. Solução:


5 20 5 10
 A solução do problema se resume em montar o circuito
elétrico análogo do problema magnético.
5

i Assim, para este caso temos:

200  = 2 ⋅ ( 2,5 + 20 + 2,5 ) + 2 ⋅ ( 20 − 2 ⋅ 2,5 ) = 80 cm ou 0,8m


20

espiras
S = 5 ⋅10 = 50cm 2 ou 50 × 10−4 m 2
Como conseqüência resulta:
5

1 l 1 0,8
ℜ= = . = 42,44.10 3 ( Aesp / Wb)
µ S 3000.4π 10 50.10
−7 −4

Sendo B = 1,2Wb / m , obtém-se: φ = B.S = 1,2.50.10 = 60.10 Wb


2 −4 −4
Exercícios
Dessa forma, o circuito elétrico análogo é dado por:
φ = 60 × 10 −4 wb

R = 42.44 × 103 ( Aesp / ws )


ℑ = 200i

Da análise do circuito elétrico análogo, obtemos: Ni = ℜφ


 
 Substituindo pelos seus valores, obtém-se: 200i = 42,44.10 3.60.10 −4
 
ou ainda:
i = 1,27 A
Exercícios

5. A estrutura magnética da Figura abaixo é confeccionada de material magnético de permeabilidade


relativa µ R = 4000 . O número de espiras da bobina de excitação é 400 espiras. Determine a f.m.m. e a
corrente da bobina para estabelecer uma densidade de fluxo magnético 0,5Wb / m 2 no braço direito da
estrutura. Obs.: todas as dimensões são expressas em cm.
5 20 10 30 5 5 R1

φ2 φ3

5
i φ1
400 400i

40
espiras R2 R3
φ3

5
Solução:
O primeiro passo na resolução do problema, consiste em montar o circuito elétrico análogo, o qual
possui a mesma geometria que a estrutura magnética. Assim, para o problema em questão, o circuito
elétrico análogo é dado ao lado. −2
1 l1 1 [2.(2,5 + 20 + 5) + (40 − 2.2,5)].10
ℜ1 = = . = 71,6.10 3 ( Aesp / Wb)
Em seguida calculamos as µ S1 4000.4π 10 −7
5.5.10 − 4
relutâncias de cada trecho.
Para o problema em questão 1 l2 1 [(40 − 2.2,5)].10 −2
ℜ2 = = . = 13,9.10 3 ( Aesp / Wb)
resultam: µ S 2 4000.4π 10 −7
10.5.10 −4

1 l3 1 [ 2.(5 + 30 + 2,5) + ( 40 − 2.2,5)].10 −2


ℜ3 = = . = 87,5.10 3 ( Aesp / Wb)
µ S 3 4000.4π 10 −7 5.5.10 − 4
Exercícios
No braço direito da estrutura é dado B3 = 0,5Wb / m 2, de modo que:
  φ = B .S = 0,5.25.10 −4 = 12,5.10 −4 Wb
 
3 3 3

Da malha direita do circuito obtemos: ℜ 2φ 2 = ℜ 3φ 3


 
 De modo que: 87,5.10 3.12,5.10 −4
φ2 = = 78,7.10 − 4 Wb
  13,9.10 3

 
Aplicando-se a lei de Kirchoff para as correntes obtém-se: φ1 = φ 2 + φ 3 = 91,2.10 −4 Wb
 
 
Aplicando-se agora a lei de Kirchoff das tensões para a malha da esquerda, podemos escrever:
  Ni = ℜ φ + ℜ φ
1 1 2 2

Resultando:
  fmm = Ni = 71,6.10 3.91,2.10 −4 + 13,9.10 3.78,7.10 −4 = 762 Aesp
 
e também: fmm 762
i= = = 1,9 A
N 400
Exercícios
6. A Figura abaixo mostra uma estrutura magnética confeccionada com material magnético de
permeabilidade relativa µ R = 2000 , na qual foi introduzido um entreferro de comprimento 1 mm. Todas as
demais dimensões estão em cm. Vamos calcular a corrente na bobina de excitação, a qual possui 500
espiras, necessária para estabelecer um fluxo magnético no entreferro de 5.10 −4 Wb .
2 6 2
2

i 2
R1

φ
1mm

12
500 espiras
500i R2
2

Solução:
  No circuito elétrico análogo A partir da análise de malhas obtém-se:
desta estrutura, além da fonte de f.m.m.
que produz o campo magnético devemos Ni = (ℜ1 + ℜ 2 )φ
inserir duas relutâncias em série; uma
relativa à porção do núcleo magnético e
outra devido ao entreferro, como mostra a
Figura ao lado.
Exercícios
Na qual:
  1 l1 1 [2(1 + 6 + 1) + 2(12 − 2.1)].10 −2
ℜ1 = . = . = 35,8.10 4 Aesp / Wb
  µ S1 2000.4π .10 −7
2.2.10 −4

é a relutância do núcleo e:
  1 l2 1 1.10 −3
  ℜ2 = . = . = 180.10 4 Aesp / Wb
µ 0 S 2 4π .10 (2 + 0,1)(2 + 0,1).10
−7 −4

é a relutância do entreferro.
 
Observe que apesar do entreferro ter apenas 1 mm, sua relutância, neste caso, é algo em
torno de 5 vezes maior que a relutância do núcleo.
 
Sendo φ = 5.10 −4 Wb obtemos: 500i = (35,8 + 180)10 4.5.10 −4
 

Resultando: i = 2,16 A
.
Anexo 01:
O Parâmetro Indutância

A indutância é uma característica dos campos magnéticos e foi descoberta


primeiramente por Faraday, em 1831. De um modo geral, indutância pode ser
caracterizada como aquela propriedade de um elemento do circuito pela qual a energia
pode ser armazenada num campo de fluxo magnético.

Um fator importante e diferenciador da indutância, contudo, é que ela aparece num


circuito apenas quando há uma corrente variável, ou mesmo um fluxo variável.

No entanto, um elemento do circuito possa ter indutância, em virtude de suas


propriedades geométricas e magnéticas, sua presença no circuito somente poderá ser
sentida, desde que haja uma variação da corrente no tempo.

Para cobrir o assunto completamente, a indutância será analisada sob três pontos de
vista: a) de circuito; b) de energia e c) físico.
O Parâmetro Indutância

a) Análise sob o ponto de vista de circuito


A relação entre tensão e corrente referente ao parâmetro indutância é expressa a
seguir:

di A equação mostra a diferença de potencial vL que aparece nos


vL = L. terminais do parâmetro indutância, quando uma corrente variável
dt
circula para o terminal “c” do circuito.
Eq.01

b I c
Note-se que a ponta da seta na variável vL está +
mostrada no terminal “c”, indicando que este
terminal é, neste instante, positivo em relação ao v(t)
L
terminal “d”, pois o coeficiente angular (di/dt), ou VL
declividade, é positiva, caso contrário, a ponta da
seta estaria apontando para o ponto “d” -
(coeficiente angular negativo). a d
Figura 1
O Parâmetro Indutância
Qualquer elemento do circuito que apresente a propriedade de indutância é
denominado indutor e é designado pelo símbolo constante no circuito anterior. Como
elemento ideal, o indutor é considerado como não tendo resistência, embora, na
prática, deve ter a resistência do fio que constitui a bobina.

vL A razão entre a diferença de potencial nos terminais do


L = Volt. s / A ou indutor num determinado instante de tempo e a derivada
di Henrys (H)
dt correspondente da função corrente-tempo, expressa o
Eq.02
parâmetro indutância.

1
Expressando a corrente no indutor em função da di = .vL.dt
L
tensão, nota-se que a corrente em um indutor é i( t ) t
1
dependente da integral da tensão através de seus ∫i( 0 ) di = ∫0 L .vL.dt
terminais, assim como a corrente na bobina no início da
integração i(0). 1
t
i( t ) = ∫ vL.dt + i( 0 )
Eq.03 L 0
O Parâmetro Indutância

Uma análise na equação (Eq. 04) abaixo revela uma propriedade importante da
indutância: a corrente num indutor não pode variar abruptamente, num tempo nulo,
pois uma alteração finita na corrente num tempo nulo requer que uma tensão infinita
apareça no indutor, o que é fisicamente impossível.

di
t
1
vL = L. i( t ) = ∫ vL.dt + i( 0 )
dt Eq.04
L 0 Eq.05

Por outro lado, a equação (Eq. 05) revela que, num tempo nulo, a contribuição para a
corrente no indutor do termo com a integral é zero, de forma que a corrente
imediatamente antes (I-) e depois (I+) da aplicação da tensão no indutor é a mesma.

Portanto, pode-se considerar a indutância como tendo a propriedade de inércia.


O Parâmetro Indutância
b) Análise sob o ponto de vista de energia
Supondo que um indutor tenha corrente inicial nula (i(0)=0A) . Então, se um corrente i
circula na bobina, na qual existe uma diferença de potencial vL, a energia total
recebida no intervalo de tempo de 0 a t é:
t
W = ∫ v .i.dt
L → Joule ( J )
0
t
Considerando o indutor como sendo ideal, a equação
 di  anterior estabelece que o indutor absorve uma quantidade
W = ∫0  L. dt .i.dt
de energia que é proporcional ao parâmetro indutância (L),
bem como, ao quadrado do valor instantâneo da corrente.
i
W = ∫ L.i.di
Desta forma, a energia é armazenada pelo indutor num
0

1
W = .L.i2 → Joule ( J ) campo magnético, e é de valor finito e recuperável.
2
Eq.06

Face ao fato, de que a energia associada com o parâmetro indutância aumenta e


diminui com a corrente, podemos concluir que o indutor tem a propriedade de ser
capaz de retornar energia à fonte da qual a recebe.
O Parâmetro Indutância

A equação anterior revela que, uma forma alternativa de identificar o parâmetro


indutância é em termos da quantidade de energia armazenada no seu campo
magnético, correspondente à sua corrente instantânea. Assim, pode-se escrever que:

2.W Já foi demonstrado que, para a diferença de potencial


L = 2 → Henry ( H ) existir nos terminais de um indutor, a corrente deve
i
Eq.07
variar.

Logo, uma corrente constante resulta em uma queda de tensão nula nos terminais do
indutor ideal. Isso não é verdadeiro, em relação à energia absorvida e armazenada
no campo magnético do indutor.
A equação acima, confirma imediatamente esse fato. Uma corrente constante resulta
numa energia armazenada fixa. Qualquer tentativa de se alterar esse estado de
energia encontra uma resistência firme dos efeitos do armazenamento inicial de
energia.
Isso, novamente, reflete o aspecto inercial de indutância.
O Parâmetro Indutância

c) Análise sob o ponto de vista físico


A tensão nos terminais de um indutor pode ser expressa, sob o ponto de vista de
circuito, em função da corrente que circula no indutor. Contudo essa mesma tensão
pode ser descrita pela Lei de Faraday em termos do fluxo produzido pela corrente e
pelo número de espiras (N) da bobina do indutor. Conseqüentemente, pode-se
escrever:

di dφ Nesses casos, onde o fluxo (φ) é diretamente


vL = L. = N. proporcional à corrente i para todos os valores (isto é
dt dt
resistor linear), essa última expressão se torna:
N.dφ.dt
L = N.φ
→ 
Wb − t 
di.dt L =  = (H)
i  A  Eq.09

N.dφ Aqui, o parâmetro indutância tem uma representação


L = → (H) híbrida, porque é em parte expresso em função da
di
variável do circuito (corrente i), e em parte, em função
Eq.08
da variável do campo (fluxo φ).
O Parâmetro Indutância

Para se evitar essa representação híbrida, substitui o fluxo por seu equivalente:

fmm N.i Onde a fmm é a força magnetomotriz que produz


φ = = o fluxo φ no circuito magnético que tem relutância
relutância' Magnética ℜ ℜ.
Eq.10

Se o núcleo é suposto como tendo um comprimento médio de “lm” metros e uma área
de seção transversal de “Am” metros quadrados, então a relutância magnética pode
ser escrita como:

lm Onde µ é a permeabilidade, uma propriedade física do


ℜ =
µ.Am material magnético.
Eq.11
O Parâmetro Indutância
Manipulando adequadamente as equações anteriores, resulta na expressão para o
parâmetro indutância, como sendo:
N2.µ.Am N2
L = =
lm ℜ
Eq.12

Uma análise da equação anterior revela alguns fatos interessantes sobre o parâmetro
indutância que não estão facilmente disponíveis quando essa variável é definida, tanto
do ponto de vista de circuito como de energia.
O que mais impressiona, é o fato de a indutância, como a resistência, ser dependente
da geometria das dimensões físicas e da propriedade magnética do meio. Isso é
importante porque nos diz o que pode ser feito para se alterar o valor de da
indutância L.
Desta forma, o parâmetro indutância pode ser aumentado de quatro formas: a)
aumentando o número de espiras; b) utilizando núcleo de ferro de maior
permeabilidade; c) reduzindo o comprimento médio do núcleo de ferro; e d)
aumentando a área de seção transversal do núcleo de ferro.
Bibliografia

• Fundamentos de Máquinas Elétricas. Autor: Vincent DEL TORO


• Máquinas Elétricas. Autor: A. E. FITZGERALD
• Máquinas elétricas e Transformadores. Autor: Irving I. KOSOW
• Apostila POLI/USP
• Ciência e Engenharia de Materiais. Autor: W. D. CALLISTER

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