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© SENAI-SP, 2002
Trabalho revisto e atualizado pela Gerência de Educação da Diretoria Técnica do SENAI-SP, a partir de
conteúdos extraídos da apostila Manutenção/Lubrificação, do curso Formação de Supervisores de
Primeira Linha/Coordenadores de Equipe.
Equipe responsável
Coordenação Dario do Amaral Filho
Revisão e atualização Aparecido Campos
Edson Mitsuji Imamura
Jair Esteves Alavase
Joaquim Mikio Shimura
Digitalização UNICOM - Terceirização de serviços Ltda.
E-mail senai@sp.senai.br
Home page http://www.sp.senai.br
Administração da manutenção
Sumário
Objetivos 5
Conceitos e métodos preventivos 7
TPM e controle da manutenção 35
Administração de materiais 55
Administração da manutenção 77
Referências bibliográficas 103
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Administração da manutenção
SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Objetivos
SENAI-SP - INTRANET 5
Manutenção/Lubrificação
6 SENAI
Administração da manutenção
Conceitos e métodos
preventivos
Introdução
E não poderia ser diferente, visto que o bom estado das máquinas é responsável direto
pela qualidade do produto. Assim, os responsáveis pela produção acabaram
compreendendo que além de terem as máquinas disponíveis eles precisam delas
confiáveis.
Por outro lado, prevenir tão bem a ponto de chegar-se a 100% de funcionamento
confiável no futuro previsível é utopia. Porém, nada impede que se busque este
desempenho, uma vez que as técnicas de manutenção já evoluíram o bastante para
isso.
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Administração da manutenção
Conceitos básicos
Manutenção
São todas as ações necessárias para que um equipamento, máquina ou componente
seja conservado ou restaurado de modo a poder permanecer de acordo com uma
condição especificada.
Defeito
São ocorrências nos equipamentos que não impedem seu funcionamento, mas
diminuem o rendimento e podem acarretar indisponibilidade a curto ou longo prazo.
Falha
São ocorrências nos equipamentos que causam a indisponibilidade, ou seja, é a
quebra do equipamento.
Confiabilidade
É a probabilidade de bom funcionamento.
Manutenibilidade
É a probabilidade de duração dos serviços de manutenção.
Através de um indicador a produção pode saber quanto tempo a máquina ficará parada
quando quebrar.
8 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Disponibilidade
É a probabilidade de assegurar a execução
de um plano de produção.
MTBF
D= x 100
MTBF + MTTR
onde:
D = disponibilidade porcentual
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Administração da manutenção
Prioridade
O conceito genérico de prioridade é a qualidade do que está em primeiro lugar ou
daquilo que deve ser atendido preferencialmente.
Emergencial(1)
O atendimento deve ser imediato, pois a produção parou ou há condição insegura de
trabalho.
Urgente(2)
O atendimento deve ser feito o mais breve possível, antes de se tornar uma
emergência. É o caso de a produção ser reduzida ou estar ameaçada de parar em
pouco tempo ou, ainda, o perigo de ocorrer condição insegura do trabalho.
Necessária (3)
O atendimento pode ser adiado por alguns dias, porém não deve ser adiado mais que
uma semana.
Rotineira (4)
O atendimento pode ser adiado por algumas semanas, mas não deve ser omitido.
Prorrogável (5)
O atendimento pode ser adiado para o momento em que existam recursos disponíveis
e não interfira na produção e nem no atendimento das prioridades anteriores. É o caso
de melhoria estética da instalação ou defeito em equipamento alheio à produção.
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Administração da manutenção
Divisões da manutenção
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Administração da manutenção
Manutenção corretiva
12 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Exemplo:
Se um componente (rolamento, engrenagem, contador, etc.) falha, a “corretiva
costumeira” apenas troca o componente.
Manutenção preventiva
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Administração da manutenção
Note ainda que antes de ser iniciado o programa preventivo, deve ser estabelecido um
padrão de produtividade confiável para que se tenha condições de avaliar o programa.
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Administração da manutenção
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Administração da manutenção
Implantação do controle
Significa colocar em prática um esquema que possa avaliar a atuação da manutenção
preventiva e, ainda, oriente tomadas de decisão.
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Administração da manutenção
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Administração da manutenção
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Administração da manutenção
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Administração da manutenção
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Administração da manutenção
SENAI-SP - INTRANET 21
Administração da manutenção
Por meio do quadro abaixo pode-se ter uma idéia do ciclo de manutenção preventiva.
É mostrada a marcação dos horímetros e uma estimativa em anos de trabalho.
Para o referido quadro foi considerada uma solicitação de 70% para o horímetro de
operação, 44 horas para a semana e ano de 50 semanas.
22 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
A prática tem mostrado que resultados palpáveis somente são obtidos após 30 a 36
meses de implantação do programa de manutenção preventiva.
SENAI-SP - INTRANET 23
Administração da manutenção
• Valor dos sobressalentes para manutenção ⇒ deve ficar entre 20 e 25% do valor
total do estoque da empresa;
• Materiais de preventiva com risco do estoque chegar a zero ⇒ não deve exceder a
4% dos materiais em estoque para preventiva.
Determinação de periodicidade
O período de intervenção preventiva pode ser determinado com base no MTBF, se ele
for conhecido.
Obviamente, esta é apenas uma sugestão teórica para dar referência aos trabalhos
iniciais. O conhecimento da máquina e a experiência da manutenção definirão os
tempos.
Fazer exercícios 1 e 2
Manutenção preditiva
24 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Os estudos para determinação do chamado ponto preditivo são feitos de duas formas:
análise estatística e análise de sintomas. A figura abaixo ilustra o ponto preditivo em
função da especificação de origem (E) e do tempo(t).
Análise estatística
É importante salientar que a taxa de falhas deve excluir as falhas extrínsecas ao item
da máquina analisado, tais como panes devido a instruções não respeitadas,
deficiência no manejo ou acidentes externos (inundações, incêndios, etc.).
SENAI-SP - INTRANET 25
Administração da manutenção
A taxa de falhas é determinada pela fórmula abaixo e sua unidade é falhas por hora
ou, ainda, falhas por lote produzido.
N 1
λ= ou λ =
t MTBF
N = número de falhas
t = duração do uso (expresso em horas ou número de lotes produzidos)
Vida útil
É o período durante o qual um equipamento opera com uma taxa de falhas aceitável,
ou ainda, o período em que o equipamento apresenta um percentual de risco de falha
igual ou menor que um limite estabelecido.
Curva da banheira
É uma curva que mostra o ciclo de vida de um equipamento segundo a relação taxa de
falhas (λ) versus tempo (t).
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Administração da manutenção
Análise de sintomas
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Administração da manutenção
Exemplos de aplicação
Exemplo 1
Nas plantas de processo contínuo tem-se, para os equipamentos mais críticos, a
preditiva com monitoramento contínuo.
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Administração da manutenção
Exemplo 2
Nas metalúrgicas e outras manufatureiras (empresas de processo discreto) geralmente
os componentes mais sensíveis das máquinas são os rolamentos. Por isso, foram
desenvolvidos programas de monitoramento dos rolamentos.
Exemplo 3
Em sua forma mais simples, o ponto preditivo pode ser determinado apenas com uma
lâmpada de alarme e um sensor. Este, deve permitir a passagem de corrente elétrica
quando o elemento monitorado atingir o nível de alarme.
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Administração da manutenção
Terotecnologia
30 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Exercício 1
Calcular a periodicidade para atuação da equipe de preventiva no caso abaixo:
• Máquina: retificadora sem centros
• MTBF no último ano: 800 horas
• Horímetro de operação comparado com o horímetro contínuo: 65%
• Disponibilidade: 80%
Preencha o quadro
Atividade Contínuo De operação
• Inspeção com máquina operando
• Inspeção com máquina parada
• Execução tipo 1
• Execução tipo 2
Exercício 2
Considere a seguinte situação:
• Você foi encarregado de selecionar equipamentos para entrar no programa de
manutenção preventiva.
• Programa está planejado para duas etapas. Na primeira, serão incluídas as
máquinas mais importantes e na segunda, outras máquinas que precisam de
preventiva mas podem esperar. Note que algumas, devido as suas características,
nunca precisarão entrar no programa.
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Administração da manutenção
Exercício 3
Calcule a disponibilidade de uma furadeira multifuso que, durante um ano, deveria ter
trabalhado 5.200 horas e teve intervenções de manutenção conforme quadro abaixo:
Intervenções
Qtde Tempo de cada
5 15 h
4 20 h
3 18 h
1 21 h
1 25 h
1 35 h
1 30 h
Questionário - resumo
2. O que é confiabilidade?
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Administração da manutenção
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Administração da manutenção
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Administração da manutenção
TPM e controle da
manutenção
Objetivos da TPM
Esse objetivo global tem por subitens a melhoria da natureza das pessoas e das
máquinas e equipamentos.
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Administração da manutenção
Manutenção autônoma
36 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Aplicação do 5S
O programa 5S é a base da TPM. Ele visa em primeiro lugar assegurar a confiabilidade
dos equipamentos. Seu desenvolvimento é o mesmo já estudado no método JIT.
Por outro lado, quando se trata da manutenção, o programa dos 5S pode ser
expandido para 8S. É o que muitas empresas japonesas fazem, criando modos de
verificar e avaliar através de 8S.
Os fatores que prejudicam o bom rendimento operacional das máquinas podem ser
reunidos em 6 grupos. Estes são conhecidos como as 6 grandes perdas. A eliminação
das perdas é obrigatória para o sucesso da TPM.
A figura da página seguinte mostra as perdas, seus efeitos sobre o tempo disponível e
as ações para eliminar. Os indicadores também aparecem mas serão estudados mais
adiante.
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Administração da manutenção
38 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
A idéia da quebra zero baseia-se no conceito de que a quebra é a falha visível. Falha
esta motivada por uma coleção de falhas não visíveis à semelhança de um “iceberg”
(figura abaixo). Logo, se operadores e mantenedores estiverem conscientes de que
devem evitar as falhas não visíveis, a quebra deixará de ocorrer.
As falhas não visíveis costumeiramente deixam de ser detectadas por dois motivos:
físicos e psicológicos.
Motivos físicos
As falhas não são visíveis por estarem em local de difícil acesso ou encobertas por
sujeiras e detidos.
Motivos psicológicos
As falhas deixam de ser detectadas devido à falta de interesse ou à falta de
capacitação dos operadores ou dos mantenedores.
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Administração da manutenção
Implantação da TPM
Deve fazer parte do planejamento estratégico da empresa. Uma vez que, sem a
participação de todos, será impossível realizar as mudanças de modo adequado.
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Administração da manutenção
2º fase Introdução
4º fase Consolidação
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Administração da manutenção
Treinamentos necessários
A fim de atingir os objetivos traçados é necessária a capacitação de mantenedores e
operadores.
O papel da manutenção
O setor de manutenção é de quem dá o suporte lógico e operacional para a TPM. As
tarefas da manutenção compreendem:
• Preparar as rotinas a serem cumpridas pelos operadores;
• Preparar e ministrar os treinamentos para os operadores;
• Expandir e melhorar continuamente o desenvolvimento da manutenção planejada;
• Assessorar e controlar a implantação da manutenção autônoma;
• Fazer a verificação rotineira do andamento da manutenção autônoma;
• Desenvolver programa para ajustes e melhorias das rotinas de conservação.
Onde:
CL = custo do investimento
CO = custo de operação
CM = custo de manutenção
42 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
CL - Custo do investimento
É a soma dos investimentos em:
• Custo da máquina ou equipamento;
• Construção civil;
• Instalação elétrica;
• Sobressalentes;
• Ferramentas e equipamentos de manutenção;
• Documentação;
• Treinamento dos primeiros operadores e mantenedores.
CO - Custo de operação
É a soma dos custos com:
• Pessoal de operação;
• Energia;
• Materiais para operação;
• Transporte;
• Treinamento dos operadores.
CM - Custo de manutenção
É a soma dos custos com:
• Pessoal de corretiva;
• Material de corretiva;
• Pessoal de preventiva;
• Material e equipamentos de preventiva;
• Reforma (pessoal e material);
• Treinamento dos mantenedores para continuar o ciclo.
SENAI-SP - INTRANET 43
Administração da manutenção
Indicadores de desempenho
O melhor indicador para averiguar-se o desempenho da TPM é o rendimento
operacional global. Ele é um valor percentual calculado para 1 dia, 1 mês, 1 semestre
ou 1 ano e, para determiná-lo, é preciso calcular antes:
• Índice do tempo operacional;
• Índice do rendimento operacional;
• Índice de produtos aprovados.
TT − TP
ITO =
TT
IRO = IV x IOE
IV = índice de velocidade
IOE = índice de operação efetiva
Índice de velocidade
TCT
IV =
TCE
QPxTCE
IOE =
TT − TP
QP = quantidade produzida
44 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
QTP − D
IPA =
QTP
Exemplo:
Cálculo do rendimento operacional global para 1 dia de trabalho de uma retificadora de
produção.
Jornada diária = 60 min. x 8h = 480 min.
Tempo de parada programada = 20 min.
Tempo total = TT = 480 min. = 20 min. = 460 min.
Tempo de parada não programada = 60 min.
0,5min/peç a
IV = = 0,625
0,8min/peç a
400pç x 0,8min/pç
IOE = = 0,8
460min − 60min
SENAI-SP - INTRANET 45
Administração da manutenção
Como se pode notar o ROG é baixo, pois as indústrias manufatureiras operam com um
índice de 50 a 60%.
Exercício
Calcular o rendimento operacional global de uma fresadora de produção segundo os
dados abaixo. Após os cálculos, faça uma análise e comente os pontos positivos e os
negativos do atual processo.
• Calcular para 1 mês;
• Jornada mensal = 22 dias de 8 horas;
• Paradas programadas = 8 horas;
• Paradas não programadas = 20 horas;
• Tempo de ciclo teórico = 1,5 min/pç;
• Tempo de ciclo efetivo =-2 min/pç
• Quantidade produzida = 4.100 peças;
• Quantidade de peças defeituosas = 123 peças.
Controle da manutenção
Tem como objetivo obter informações para orientar tomadas de decisões quanto a
equipamentos e a grupos de manutenção. Faz isso por meio da coleta e tabulação de
dados, aperfeiçoamento a interpretação dos resultados e criando padrões de trabalho.
46 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Controle manual
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Administração da manutenção
Controle semi-automatizado
É o sistema no qual a intervenção preventiva é controlada com o auxílio do
computador e a intervenção corretiva obedece ao controle manual (figura abaixo).
A fonte de dados desse sistema deve fornecer todas as informações necessárias para
serem feitas as requisições de serviço, incluindo as rotinas de inspeção e execução. O
principal relatório emitido pelo computador deve conter no mínimo:
• Tempo gasto e previsão;
• Serviços realizados;
• Serviços reprogramadas (adiados);
• Serviços cancelados.
Esses são dados fundamentais para a tomada de providência por parte da supervisão.
48 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Controle automatizado
É o sistema em que todas as intervenções da manutenção têm seus dados
armazenados pelo computador, para que se tenha listagens, gráficos e tabelas
periódicas para análise e tomada de decisão, conforme a necessidade e conveniência
dos vários setores da manutenção.
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Administração da manutenção
Custos da manutenção
50 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Assim, um custo numericamente baixo não significa manutenção com custos mínimos
ou racionalizados. É necessário sempre considerar os critérios empregados no
levantamento dos custos para avaliar os reais gastos com manutenção.
Comparação de custos
SENAI-SP - INTRANET 51
Administração da manutenção
52 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Questionário - resumo
2. Analise a situação abaixo e informe qual dos passos para melhoria, previstos pela
TPM, pode resolver o problema.
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Administração da manutenção
54 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Administração de materiais
Sendo assim, é uma atividade fundamental para toda a organização que produz bens e
serviços.
Materiais produtivos
São materiais que constituirão o produto a ser fabricado, ou seja, a matéria-prima.
Materiais improdutivos
São os materiais usados na fábrica de modo geral; os de consumo indireto na
produção e os materiais de manutenção.
Classificação ABC
Com o objetivo de reduzir os investimentos em estoques, controlá-los seletivamente e
diminuir os riscos de falta de material foi desenvolvida a classificação ABC, também
chamada curva ABC de materiais.
O valor de uso é o produto do custo unitário do material pela sua média de consumo.
Os materiais de baixo valor de uso, classe C, podem operar com altos estoques de
segurança e controles simples.
56 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Há ainda, a classe B que deve operar com médio estoque de segurança e médio
controle.
Classes
Eixo
A B C
valor de uso (ordenada) 70 a 80% 10 a 20% 5 a 10%
Número de itens de estoque (abscissas) 5 a 10% 10 a 20% 70 a 85%
Estoque de segurança
É um estoque feito propositadamente em demasia para que possa atuar como
proteção contra previsões inexatas e outras eventualidades. Ele é indispensável
quando se deseja que a manutenção mantenha seu fluxo contínuo e atenda
rapidamente as necessidades da produção.
Onde:
Es = estoque de segurança
C = consumo médio (mensal, anual, etc.)
Fa = fator arbitrário, expresso na mesma unidade de tempo usada em C.
SENAI-SP - INTRANET 57
Administração da manutenção
Estoque máximo
Administrar materiais pelo sistema de estoque máximo é ter risco apenas acidental de
atingir o estoque zero.
Onde:
C = consumo médio
T = prazo de entrega do fornecedor
Es = estoque de segurança
58 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Exemplo:
Uma empresa deseja manter um estoque máximo durante dois meses de um produto
para atender os serviços de manutenção. O consumo mensal é de 50 peças e o prazo
de entrega do fornecedor é de seis meses.
Calcular: Es, L, Qo e Q1
Solução:
Es = C . Fa
Es = 50 . 2 = 100 peças
L = C . T + Es
L = 50 . 6 + 100 = 400 peças
Qo = C . T + 2Es
Qo = 50 . 6 + 200 = 500 peças
Q1 = C . T
Q1 = 300 peças
Note que o pedido inicial é maior que todos os outros pedidos pois é preciso um tempo
de adaptação dos setores envolvidos.
SENAI-SP - INTRANET 59
Administração da manutenção
Onde:
t = é um tempo necessário para que um novo pedido seja aprovado e chegue até o
fornecedor.
t = pode ser também um prazo que completamente o intervalo entre dois pedidos
feitos pelo lote econômico.
Os materiais que devem ser administrados pelo estoque máximo são os da curva ABC
que não possuam substitutos temporários e interfiram diretamente na produção, como
rolamentos especiais, válvulas, etc.
Estoque mínimo
Administrar materiais pelo estoque mínimo é admitir um risco de 15% do estoque
chegar a zero. Este sistema trabalha com a previsão de um novo suprimento ocorrer
quando a última peça for usada.
Os materiais de manutenção que devem ser administrados pelo estoque mínimo são
os materiais classe A e B que não interfiram diretamente na produção e, ainda,
possam ser substituídos temporariamente, como o caso de estopa e lâmpadas
comuns.
60 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Estoque médio
Administrar materiais pelo estoque médio significa admitir um risco de 3% do estoque
chegar a zero.
Este sistema trabalha com a previsão do novo suprimento ocorrer quando o estoque
de segurança atingir 50% do seu número de produtos.
SENAI-SP - INTRANET 61
Administração da manutenção
Para estes materiais não são feitos inventários e seu custo é diluído no custo da
manutenção.
Sobressalente crítico
É um elemento de grande interferência na produção, não tem demanda normal
prevista e, geralmente, depois de encomendado, tem longo prazo de espera para sua
entrega; portanto sua estocagem deve ser prioritária.
Esses materiais devem ser analisados com muito cuidado quando entrarem para
estoque. E, a cada cinco anos, devem sofrer uma nova análise.
Nível 1/0
Existe um sobressalente em estoque e, quando ele for utilizado, deve-se comprar ou
fabricar outro.
Nível 2/1
Existem dois sobressalentes em estoque e, quando um for utilizado, deve-se comprar
ou fabricar outro.
Como a probabilidade de falha do fuso é pequena a curto prazo, ele está no nível 1/10.
.E[
Interferência X
É classificado nesta categoria o material que não interfere no processo produtivo ou
interfere mas não causa descontinuidade do processo.
62 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Nesse último caso, existe o reserva imediato (estepe ou “stand by”) ou existe material
equivalente para substituição sem prejuízo da qualidade do processo, exemplos:
parafuso, pino, bomba de refrigeração com “stand by”.
Interferência Y
É classificado nesta categoria o material que se falhar prejudica, em parte, o processo
produtivo, pois reduz a quantidade produzida (em 15% no máximo) porém não impede
a fabricação do produto.
Esse material não possui equivalente para substituição e pode ser mantido pelo
sistema de estoque médio. Exemplo: fusíveis em geral.
Interferência Z
É classificado nesta categoria o material cuja falha ocasiona parada do processo, ou
seja, sua interferência é direta no processo produtivo, por isso não deve faltar.
Exemplos: correntes, acoplamentos, etc.
Lote econômico
A determinação do nível de estoque mais econômico deve-se ao fato de alguns custos
crescerem com o aumento do estoque e outros diminuírem.
A determinação do lote econômico deve ser fruto de uma boa análise feita por
compras, almoxarifado e manutenção.
Observação
O quadro abaixo mostra o inter-relacionamento dos vários sistemas expostos na
administração de estoques para manutenção.
SENAI-SP - INTRANET 63
Administração da manutenção
Análise de sobressalentes
Passo 1
64 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Passo 2
Passo 3
SENAI-SP - INTRANET 65
Administração da manutenção
Cuidados na armazenagem
Diodos e transístores
Devem ser guardados com as pontas curto-circuitadas para que a eventual ionização
do ar em volta não cause estragos internos.
Correias de borracha
Devem permanecer deitadas e com temperatura controlada entre 20 e 24º C.
Motores de reserva
Devem ser guardados em temperatura ambiente de 40ºC em ambiente de baixíssima
umidade para evitar a condensação de água em seu interior nas primeiras horas de
funcionamento.
66 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Outro cuidado importante é o de girar seus eixos (com a mão) a cada 30 ou 45 dias
para evitar danos aos rolamentos.
Rolamentos
Devem permanecer deitados a fim de evitar a corrosão eletrônica, que haverá assim
que se seu peso consiga romper o filme lubrificante entre o corpo rolante e a capa,
caso sejam mantidos em pé.
Especificação e codificação
Especificação
Elaborar a especificação para adquirir sobressalentes e materiais para manutenção é
sempre um trabalho demorado e criterioso. Pode ser necessário desmontar o
equipamento para levantar croquis ou, então, no caso de material crítico é preciso
definir quando fazer a especificação.
Codificação
Um sistema de codificação bem escolhido deve indicar a finalidade do material
(equipamento no qual será usado) e ser o mais simples possível.
SENAI-SP - INTRANET 67
Administração da manutenção
AA.BB.CCCCCC - D
AA - classe
BB - subclasse
CCCCCC - número sequêncial
D - dígito de controle
Essa estrutura atende aos três tipos de materiais existentes no almoxarifado, a saber:
• Matéria-prima;
• Material de consumo;
• Sobressalentes de manutenção.
Classe e subclasse
Para os dois primeiros tipos de materiais, a classe será estabelecida conforme sua
natureza. A subclasse será definida pela especificação genérica do material.
Exemplos:
12.20.CCCCCC - D
12.32.CCCCCC - D
Onde:
12 = classe dos materiais ferrosos
20 = subclasse do aço ABNT 1010
32 = subclasse do aço-prata
07.20.CCCCCC - D
07.40.CCCCCC - D
Onde:
07 = classe dos lubrificantes e acessórios para lubrificação
20 = subclasse dos óleos hidráulicos
40 = subclasse dos filtros
68 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Exemplos:
50.15.CCCCCC - D
50.10.CCCCCC - D
50.13.CCCCCC - D
Onde:
50 = classe de sobressalentes de uso geral
15 = subclasse dos anéis elásticos
54 = classe dos tornos automáticos
10 = subclasse dos retentores
13 = subclasse dos rolamentos de esferas
Número sequêncial
Esse número pode ir de 000001 a 999999 independentemente da classe e subclasse
e, na prática, passa a ser o número de identificação do material, pois a classe e a
subclasse são muito importantes como dados cadastrais e usos em relatórios e
estudos estatísticos.
Exemplos:
De 010.000 a 049.999 -mecânica
De 050.000 a 099.999 -elétrica
De 200.000 a 299.999 -limpeza, segurança e higiene.
Dígito de controle
Usado nos sistemas computadorizados, é fornecido pelo próprio programa de
estocagem do computador, quando se estabelece o código pela primeira vez.
SENAI-SP - INTRANET 69
Administração da manutenção
Fluxo de informações
Aplicação direta
Materiais que, mesmo constando da lista do almoxarifado, não passam por ele.
70 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Aplicação temporária
Materiais que, sendo item de estoque ou não, ficam empenhados numa ordem de
serviço por algum tempo. É o caso de materiais usados em reformas, instalações ou
projetos que precisam ficar estocados até que se complete o lote compra ou se tenha a
disponibilidade de mão-de-obra para a execução do serviço.
Aplicação transitória
É o caso de materiais que serão substituídos por outros mais modernos ou eficientes.
Esses materiais terão utilização até esgotar o estoque. E após um período (um ano por
exemplo), os ainda restantes serão postos a venda ou sucatados.
Não deve ser permitido o uso do material substituído antes que as condições de
estoque zero ou prazo sejam satisfeitas.
Aplicação normal
É o caso de materiais de uso comum, com rotatividade normal considerados os
padrões da empresa.
Aplicação prioritária
Trata-se, nesse caso, dos sobressalentes críticos.
Compra de sobressalentes
C+ A +E+S
I=
V
SENAI-SP - INTRANET 71
Administração da manutenção
Onde:
C = custo da compra
A = custo administrativo da compra, formado por papéis, hora-comprador, etc.
E = custo administrativo do estoque que, formado por hora-almoxarife, requisições,
etc.
S = custo da substituição
V = tempo de vida útil
Observação
Para calcular o custo de substituição de um sobressalente, considera-se o maior
período de vida útil oferecido pelos fornecedores, ou seja, entre várias alternativas de
vida útil oferecidas pelo mercado, custeia-se a substituição pela maior, custo dos
outros sobressalentes de vida útil menor, será calculado proporcionalmente.
Assim, se um componente com 120 dias de vida útil tem um custo de substituição de
$ 8,00, outro componente com 60 dias de vida útil custará $ 16,00.
Exemplo:
Custo de utilização
C A E
Fornecedores V(dias)
$
O primeiro passo é calcular o custo de substituição (S). Para isso busca-se esse custo
junto à gerência de manutenção e multiplica-se pelo tempo necessário ao serviço.
72 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Esse é o valor de S a ser considerado para F3, que é o maior tempo de vida útil
oferecido.
Assim:
240
S para F1 = . $20,00
180
S = $ 26,66
240
S para F2 = S2 = . $20,00
120
S = $ 40,00
240
S para F4 = S4 = . $20,00
150
S = $ 32,00
240
S para F5 = S5 = . $20,00
200
S = $ 24,00
I para F1 →
800,00 + 10,00 + 14,00 + 26,66
→ I1 =
180
I1 = 4,72
Portanto, a melhor compra será feita junto ao fornecedor 3, tendo o menor I e maior
custo.
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Administração da manutenção
Quantidade de sobressalentes
Para minimizar o problema e dar uma orientação segura, existe uma tabela, construída
com dados práticos e tendo por referência a quantidade de peças instaladas.
Esse tipo de tabela deve ser usada até que o histórico do consumo exija atualização.
2 1 1 2
3 1 2 3
4 2 4 6
5 2 5 9
8 3 7 12
10 3 7 13
15 3 8 15
20 4 8 18
25 4 8 18
30 4 10 20
35 5 10 20
40 5 10 22
45 6 12 22
50 6 12 23
70 7 14 27
100 9 16 32
200 10 20 39
300 11 22 43
500 14 25 50
800 16 35 70
1.000 20 40 80
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Questionário - resumo
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Administração da manutenção
76 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Administração da
manutenção
Características do mantenedor
O mantenedor é um profissional que precisa ser curioso, ter boa capacidade de
abstração e análise e conhecer bem sua área técnica.
Na pequena empresa
Geralmente, os mantenedores são homens com conhecimentos diversificados,
improvisadores e de médio custo.
Cargos e atribuições
Todos os homens envolvidos com a manutenção são chamados de mantenedores. As
denominações específicas dos vários cargos não são padronizadas nas empresas.
Assim, neste estudo será feita a seguinte divisão:
• Execução;
• Chefia
• Planejamento
Pessoal de execução
Nesse grupo, estão os ajudantes, os lubrificadores, os mecânicos, os eletricistas, os
eletrônicos, etc. É desejável para os dois primeiros e indispensável para os demais as
seguintes características:
• Rapidez manual e mental;
• Bons conhecimentos técnicos;
• Criatividade;
• Bom conhecimento da empresa.
Quanto aos ajudantes, após alguns anos de prática, podem ser aproveitados no cargo
de mecânico. Para que isso aconteça, é necessário um programa do treinamento
associado à atribuição progressiva de responsabilidades.
Pessoal de chefia
Nesse grupo, estão os profissionais ligados ao comando das equipes de trabalho, logo
supervisor está aqui incluído.
78 SENAI-SP - INTRANET
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Pessoal de planejamento
Nesse grupo, estão os planejadores, os programadores, os aprovisionadores, os
inspetores da manutenção e escriturários do planejamento.
Com exceção dos escriturários, todos os outros devem ter experiência de campo em
pelo menos corretiva e reformas e, se possível, devem ter o nível técnico.
Modelos administrativos
Administração centralizada
É o modelo que mantém sob um único comando todos os setores da manutenção, ou
seja, tem a orientação única para todas as equipes.
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Administração da manutenção
Vantagens:
• Facilidade em deslocar equipes para apoiar outras que estejam sobrecarregadas;
• Programa único de planejamento, programação e controle;
• Há visão geral da fábrica.
Desvantagens:
• Dificuldade para supervisão eficiente, pois os executores ficam espalhados em toda
área fabril;
• Exige equipe de planejamento muito dedicada para atender as diversas unidades.
Administração descentralizada
É aquela em que as atitudes de gerenciamento emanam de duas ou mais pessoas de
nível hierárquico igual. Assim, cada área pode seguir políticas de manutenção próprias,
conforme orientação de seu gerente.
Vantagens:
• Boa integração entre operadores e mantenedores, devido a reduzida área de
atuação;
• Respostas rápidas;
• Simplicidade na supervisão dos trabalhos.
Desvantagens:
• Ausência da visão de conjunto;
• Diferentes critérios de avaliação pessoal;
• Dificuldade na contratação de especialistas.
80 SENAI-SP - INTRANET
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Administração mista
É aquela onde existem os dois modelos já citados. Em geral, a política básica é ditada
pelo gerente da manutenção ficando as decisões específicas por conta dos gerentes
de área.
Vantagens:
• Rapidez da descentralizada;
• Qualidade dos recursos da centralizada;
• Visão de conjunto;
• Uniformidade dos critérios de avaliação.
Desvantagens:
• Um escalão a mais no organograma em relação à administração descentralizada;
• Dificuldades em priorizar os trabalhos dirigidos à oficina central.
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Administração da manutenção
Os modelos e a TPM
Nas empresas japonesas com TPM implantada emprega-se 10 minutos por tarefa.
Sendo que o tempo total dedicado pelo operador não deve ultrapassar 30 minutos
por turno e nem 90 minutos por semana.
Terceirização
A terceirização pode ser uma grande aliada se conduzida com rigorosas critérios.
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Administração da manutenção
Objetivo
O porque subcontratar é uma decisão estratégica motivada por um dos seguintes itens:
• Sobrecarga pontual, por exemplo somente nas paradas anuais.
• Trabalhos muito especializados, para os quais a empresa não está equipada.
• Tarefas que a médio ou a longo prazo serão extintas.
• Trabalhos feitos por profissionais difíceis de recrutar.
O que subcontratar
Após estudo econômico e avaliação estratégica geralmente os serviços passados a
terceiros são:
• Reparos constituídos por troca padrão;
• Conservação de equipamentos periféricos, tais como elevadores, ar condicionado,
isolamento térmico e acústico, etc;
• Conservação predial;
• Trabalhos de modificação e instalação de grandes equipamentos.
Quanto investir
Esta decisão depende de cada caso, porém, uma regra deve ser obedecida: para
empresas de processos discretos (manufatureiras) 25% do orçamento da manutenção
é uma quantia ideal. No máximo, pode-se chegar a 50%.
Como subcontratar
A subcontratação pode ser feita de 5 formas, conforme a necessidade. São elas:
Contrato de manutenção
É a forma na qual o contrato assume todos os encargos relativos às tarefas de manter
um tipo de equipamento. Para isso, há um prazo, um preço e garantias negociadas.
Neste caso, os recursos e métodos usados pelo contratado podem ser definidos pelo
contratante ou ficar a cargo do terceiro.
SENAI-SP - INTRANET 83
Administração da manutenção
Exemplo:
Elevadores, condicionadores de ar.
Empreitada
O trabalho é especificado e o contratado assume toda responsabilidade pela
execução.
Preço unitário
É a contratação estabelecendo um preço por unidade de trabalho realizada. Por
exemplo: m2 de pintura, toneladas transportadas, etc.
Administração direta
A prestadora de serviço fornece mão de obra especializada, materiais e equipamentos
e desenvolve trabalhos na área da contratante.
Exemplo:
Equipe de técnicos em microcomputadores locada à empresa dona dos mesmos.
Missão temporária
É simplesmente o emprego da “mão de obra temporária”, ou seja, um grupo de
profissionais especializados é fornecido por uma agência. Eles são contratados para
trabalhos esporádicos.
84 SENAI-SP - INTRANET
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Percentual de funcionários
O percentual de funcionários atuando em manutenção numa empresa de médio porte
é de 5% do total de funcionários da empresa. Em empresas de grande porte, esse
percentual pode chegar a 7%.
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Administração da manutenção
Segurança na manutenção
Sinalização
Cartazes indicando que a máquina está em reparo devem ser usados para prevenir
acidentes.
Outra forma de prevenção contra acidentes é o uso de cadeados que travem a chave
geral.
Equipamentos de segurança
Os chamados EPI (equipamentos de proteção individual) devem estar sempre à
disposição do mantenedor e em boas condições de uso.
Ferramentas portáteis
O uso de chaves de fenda, furadeiras, lixadeiras, tarraxas, talhadeiras, etc., geralmente
causam acidentes quando mal usadas.
86 SENAI-SP - INTRANET
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Planejamento
Buscando atingir essa meta, foi introduzido no Brasil, durante os anos 60, o
planejamento e a programação de manutenção (figura na próxima página).
A função planejar significa conhecer os trabalhos, os recursos para executá-los e
tomar a decisão.
A função programar significa determinar pessoal, dia e hora para execução dos
trabalhos.
SENAI-SP - INTRANET 87
Administração da manutenção
Rotina de planejamento
O setor de planejamento recebe as requisições de serviço; analisa o que e como deve
ser feito, quais as especialidades e grupos envolvidos, e os materiais e ferramentas a
serem utilizados. Isso resulta no plano de operações, na lista de materiais para
empenho ou compra de estoque e outros documentos complementares como relação
de serviços por grupo, ordens de serviços, etc.
Planejar, em última análise, significa gerenciar tempo e recursos. Para isso, são
necessários instrumentos gráficos que permitam uma visão clara dos trabalhos. Assim,
o diagrama de barras e o diagrama de flechas são as ferramentas mais adequadas ao
planejamento.
Diagrama de barras
É um cronograma, também chamado diagrama de Gantt, que permite fazer a
programação das tarefas mostrando a dependência entre elas.
Usado pelo menos desde o início do século,, consiste em um diagrama onde cada
barra tem um comprimento diretamente proporcional ao tempo de execução real da
tarefa. O começo gráfico de cada tarefa ocorre somente após o término das atividades
das quais depende.
88 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Para resolver as questões que o diagrama de barras não consegue solucionar, forma
criados os métodos CPM e PERT.
O PERT (Program Evaluation and Review Technique) foi criado para a NASA com o fim
de controlar o tempo e a execução de tarefas realizadas pela primeira vez.
SENAI-SP - INTRANET 89
Administração da manutenção
O CPM (Critical Path Method) foi criado na empresa norte-americana Dupont. Com o
fim de realizar as paradas de manutenção dentro do menor prazo possível e com um
nível constante de utilização dos recursos.
Além disso, é importante salientar que esta ferramenta gráfica é um poderoso auxiliar
nas mais diversas atividades: produção, montagens, etc.
Atividade
Atividade é cada uma das tarefas (operações) que constitui um trabalho. Ela é
representada por uma flecha.
Esta, recebe de um lado a identificação da tarefa e do outro os recursos necessários.
As flechas são usadas para expressar as relações entre as operações e definir uma ou
mais das seguintes situações:
• A operação deve preceder algumas operações;
• A operação deve suceder algumas operações;
• A operação pode ocorrer simultaneamente a outras operações.
90 SENAI-SP - INTRANET
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O modo como as relações são representadas por flechas é mostrado na figura abaixo:
Atividade fantasma
É uma flecha tracejada como artifício para identificar a dependência entre operações.
É também chamada operação imaginária e não requer tempo.
Na figura abaixo tem-se o exemplo para atender as seguintes condições:
• W deve preceder Y;
• K deve preceder Z;
• Y deve seguir-se a W e K.
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Administração da manutenção
Nó ou evento
São círculos desenhados no início e no
final de cada flecha. Têm o objetivo de
facilitar a visualização e os cálculos de
tempo. Devem ser numerados e sua
numeração é aleatória.
O nó não deve ser confundido com uma atividade que demande tempo. Ele é um
instante, isto é, um limite entre o início de uma atividade e o final de outra.
Construção do diagrama
Para construir o diagrama é preciso ter em mãos a lista de tarefas cm os tempos e a
seqüência lógica.
Na figura abaixo vê-se um exemplo para um torno que apresenta avarias na árvore e
na bomba de lubrificação.
Lista de Tarefas
Tarefa Descrição Depende de Tempo
A Retirar placa, proteções e esgotar o óleo - 1h
B Retirar árvore e transportá-la A 3h
C Lavar cabeçote A 2h
D Trocar rolamentos B 3h
E Trocar reparo da bomba de lubrificação BeC 2h
F Montar, abastecer e testar o conjunto DeE 4h
92 SENAI-SP - INTRANET
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O caminho crítico
É um caminho percorrido através dos eventos
(nós) cuja somatória dos tempos condiciona a
duração do trabalho.
SENAI-SP - INTRANET 93
Administração da manutenção
Exercício
1
Tarefa Dep. Tempo
A - 1D
B A 2
C A 5
D B 2
E B 1
F EeD 3
Caminho Crítico
Tempo: ____ dias Tarefas ______________________________________
2
Tarefa Dep. Tempo
A - 1D
B - 2
C B 5
D A 2
E B 1
F EeD 3
G C 1
H GeF 2
I H 5
Caminho Crítico
Tempo: ____ dias Tarefas ______________________________________
3
Tarefa Dep. Tempo
A - 3D
B - 2
C - 1
D A 5
E B 4
F C 4
G B 5
H E 3
I GeF 4
J D, H, I 4
Caminho Crítico
Tempo: ____ dias Tarefas ______________________________________
94 SENAI-SP - INTRANET
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Exemplo de planejamento
A seguir será mostrado um planejamento usando as ferramentas estudadas.
Ocorrência:
Um torno platô necessita ser reformado. Após a reforma ele será instalado em local
diferente do atual.
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Lista de tarefas
Tarefa Descrição Dependência Prazo(dias)
A Parada ___ 0,5
B Transporte A 1
C Reforma do cabeçote B 30
D Desmontar carros A 0,5
E Desmontar sela D 0,5
F Reparos na sela E 15
G Reparos nos carros D 10
H Montagem da sela F 2
I Montagem dos carros GeF 1
J Fundação em novo local ___ 5
K Instalação do cabeçote CeJ 1
L Instalação do conjunto carros-sela KeI 1
M Ajustar e fazer alinhamento geométrico L 2
N Testar M 0,5
Na figura abaixo vê-se o diagrama de flechas, seu caminho crítico com 36 dias de
duração e as várias interdependências.
96 SENAI-SP - INTRANET
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Administração da manutenção
Exercício 4
Projeto:
Transformar um torno convencional existente na produção em um CNC (retrofitting).
Condições:
• A máquina, depois de retirada da produção tem um prazo máximo de 25 dias para
voltar a produzir.
• Alguns itens serão comparados, são eles:
- painel de comando (item 2), entrega em 10 dias.
- placa (item 4) entrega em 15 dias.
- porta ferramentas (item 5), entrega em 10 dias.
- motor entrega em 20 dias.
- materiais para painel elétrico, entrega em 10 dias.
• O cabeçote móvel (item 7) será recondicionado internamente (determine o prazo).
• O barramento (item 8) será retificado internamente (determine o prazo).
• O painel elétrico será construído internamente(determine o prazo).
98 SENAI-SP - INTRANET
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Questionário - resumo
Vantagem Desvantagem
Centralizado
Descentralizado
Misto
SENAI-SP - INTRANET 99
Administração da manutenção
B Solicitação do orçamento A
C Escolha do equipamento B
G Solicitação de orçamentos F
H Escolha de fornecedores G
J Fundação do equipamento F
K Instalação E, I, J
L Teste e ajustes K
Referências bibliográficas
Administração da manutenção