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Relação eSocial x Engenheiro de Segurança do Trabalho

Lucas Callejon Cicilio Micheletto1

Resumo
Com o novo sistema de controle e gestão do governo federal que está sendo imposto
às empresas, o presente trabalho tem como objetivo geral apresentar a relação do
Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e
Trabalhistas – eSocial com a profissão de engenheiro de segurança do trabalho,
demonstrando a atuação do profissional junto ao sistema. Por ser um sistema novo,
muitos profissionais ainda não estão preparados para investir e agir no mercado de
trabalho que será aberto para a profissão. Para tal, serão abordados os temas que
relacionam o eSocial com a profissão de engenheiro de segurança do trabalho a partir
de pesquisas bibliográficas. Ainda, fora aplicado um questionário aos alunos da pós-
graduação de engenharia e segurança do trabalho da IMED-PF a fim de verificar se o
tema está sendo abordado no curso, se os estudantes possuem conhecimento sobre
e sabem como o eScocial funciona e se os mesmos sabem a relação/impacto do
eSocial com sua futura profissão. As pesquisas evidenciam um ótimo momento para
que os profissionais da área busquem preparo e domínio do sistema a fim de entrar
neste vasto mercado de trabalho e que os estudantes necessitam de mais
informações sobre o tema para, após o curso, também terem condições de adentrar
neste mercado.
Palavras chave: eSocial. Segurança no local de trabalho. Obrigatoriedade.

Introdução

É de extrema importância para as empresas e, principalmente, para os


trabalhadores, que a evolução no sistema de fiscalização da saúde e segurança do
trabalho acompanhe a evolução do trabalho. A fim de integrar os sistemas
trabalhistas, fiscais e previdenciário e aprimorar as fiscalizações trabalhistas, o
governo federal criou e o eSocial.

1
Engenheiro Civil, IMED, lccmpf@hotmail.com.
Sem a aplicação do eSocial as empresas não são obrigadas a prestar as
informações relacionadas a saúde segurança do trabalho, estas só são apresentadas
quando solicitadas em processos judiciais ou em fiscalizações do Ministério do
Trabalho. Devido à baixa fiscalização e ao custo dos serviços, as empresas optam por
não realizarem os procedimentos de SST e, assim, não contratam os profissionais
relacionados à SST não movimentando tal mercado.
Segundo Pantaleão (2019), hoje em dia o monitoramento (pelos órgãos
fiscalizadores) no aspecto da Saúde e Segurança do Trabalho é eventual, pois, só
ocorre diante de uma fiscalização do Ministério do Trabalho, fazendo com que muitas
empresas não cumpram totalmente os requisitos de saúde e segurança do trabalho,
cujas informações sequer são informatizadas.
Com a obrigatoriedade de implantação do eSocial às empresas e, assim, a das
das informações relacionadas a saúde e segurança dos trabalhadores, amplifica-se
as oportunidades de atuação dos Engenheiros de Segurança e do Trabalho. Pois,
todas as empresas deverão fornecer de maneira digital os seus dados de SST ao
governo federal e, consequentemente, contratarão engenheiros de segurança do
trabalho para desenvolver tais informações.

Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e


Trabalhistas (eSocial)

Segundo o governo federal, através do eSocial (2017) o decreto nº 8373/2014


instituiu o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e
Trabalhistas (eSocial). Por meio desse sistema eletrônico, os empregadores passarão
a comunicar ao Governo, de forma unificada, todas as informações relativas aos
trabalhadores.
De acordo com o manual do eSocial (2016) o eSocial estabelece a forma com
que passam a ser prestadas as informações trabalhistas, previdenciárias, tributárias
e fiscais relativas à contratação e utilização de mão de obra onerosa, com ou sem
vínculo empregatício, e de produção rural.
Sendo assim, segundo o governo federal o eSocial substituirá, unificando-os,
os seguintes sistemas de informação:
• GFIP - Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência
Social;
• CAGED - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados para controlar
as admissões e demissões de empregados sob o regime da CLT;
• RAIS - Relação Anual de Informações Sociais;
• LRE - Livro de Registro de Empregados;
• CAT - Comunicação de Acidente de Trabalho;
• CD - Comunicação de Dispensa;
• CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social;
• PPP - Perfil Profissiográfico Previdenciário;
• DIRF - Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte;
• DCTF - Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais;
• QHT – Quadro de Horário de Trabalho;
• MANAD – Manual Normativo de Arquivos Digitais;
• Folha de pagamento;
• GRF – Guia de Recolhimento do FGTS e
• GPS – Guia da Previdência Social.

Grupos do eSocial

A implantação do eSocial acontecerá de maneira gradativa. Para tal, o governo


federal dividiu as empresas em grupos, da seguinte maneira:
Grupo 1: Empresas com faturamento anual superior a R$ 78 milhões;
Grupo 2: Entidades empresariais com faturamento no ano de 2016 de até R$
78.000.000,00 e que não sejam optantes pelo Simples Nacional;
Grupo 3: Empregadores optantes pelo Simples Nacional, empregadores
pessoa física (exceto doméstico), produtor rural PF e entidades sem fins lucrativos e
Grupo 4: Entes públicos e organizações internacionais.

Fases do eSocial

De acordo com seu grupo, cada empresa deverá lançar as informações ao


eSocial em consonância com os prazos e fases estipuladas pelo governo federal. O
lançamento das informações ao sistema se dará por tabelas através de eventos
distribuídos em cinco fases, sendo estas fases as seguintes:
Fase 1: Apenas informações relativas às empresas, ou seja, cadastros do
empregador e tabelas;
Fase 2: Dados dos trabalhadores e seus vínculos com as empresas;
Fase 3: Folha de pagamento;
Fase 4: Substituição da GFIP para recolhimento de contribuições
previdenciárias e substituição da GRF e GRRF para recolhimento de FGTS e
Fase 5: Dados de segurança e saúde do trabalhador.
Cada grupo deverá lançar as informações ao sistema de acordo com o prazo
estipulado pelo governo para cada fase, obedecendo ao seguinte cronograma:
Figura 1 - Cronograma grupos e prazos eSocial

Fonte: Governo Federal (2018).

Multas eSocial

Como o sistema unificará as informações digitalmente, os dados estarão


concentrados no programa do governo e, assim, simplificará a fiscalização por parte
dos órgãos públicos relacionados às informações.
O não cumprimento do prazo e/ou não emissão das informações poderá
acarretar em multas para as empresas.
Segundo Fernandes (2018), as seguintes multas podem ser aplicadas as
empresas que não estiverem de acordo com o sistema:
• Atraso na comunicação de admissão do trabalhador: De R$ 402,53 a R$
805,06 por empregado, podendo dobrar em caso de reincidência;
• Folha de pagamento fora das normas: A partir de R$ 1.812,87;
• Irregularidade no ASO (Atestado de saúde ocupacional): De R$ 402,53
a R$ 4.025,33;
• Não comunicar acidente de trabalho: Pode variar entre o limite mínimo
e o limite máximo do salário de contribuição. Em caso de reincidência, ela pode ter o
seu valor dobrado;
• Multa por irregularidade no PPP (Perfil profissiográfico previdenciário):
De R$ 1.812,87 a R$ 181.284,63;
• Não informar afastamento temporário: De R$ 1.812,87 a R$ 181.284,63.
• Não entregar relatório de informações: A multa tem o valor mínimo de
R$ 425,64, com acréscimo de R$106,40 por cada bimestre de atraso. O valor máximo
pode chegar a R$ 42.564,00;
• Não comunicar férias: R$ 170,00 por férias;
• Não informar alteração de dados cadastrais e contratuais: De R$ 201,27
a R$ 402,54 por empregado;
• Não atualizar informações dos empregados: R$ 600,00 por empregado;
• Admissões: a multa é cobrada por funcionário e varia R$ 3.000,00 para
grandes empresas e R$ 800,00 para ME, dobrando em caso de reincidência e sendo
corrigidos pelo IPCA e
• Perder o prazo do FGTS: De R$ 10,64 a R$ 406,41, valor por empregado
e dobra por reincidência.

Relação eSocial x Engenheiro de segurança do trabalho

A relação eSocial x Engenheiro de segurança do trabalho se dá pela 5ª fase da


implantação do sistema, em que devem ser informados os documentos acerca de
segurança e saúde do trabalhador. Os documentos que deverão ser informados pelas
empresas serão os seguintes:
• Programa de prevenção de riscos ambientais – PPRA;
• Programa de controle médico de saúde ocupacional – PCMSO;
• Laudos de insalubridade e periculosidade;
• Laudo técnico das condições ambientais do trabalho;
• Laudos de aposentadoria especial;
• Perfil profissiográfico previdenciário – PPP;
• PCMAT – Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na
Indústria da Construção Civil;
• Treinamentos de EPI’s e EPC’s e
• Comunicação de acidente de trabalho – CAT.
Com a obrigatoriedade do eSocial em informar os dados de saúde e segurança
do trabalho, a tendência é que todas as empresas sujeitas ao eSocial passem a
contratar os serviços listados e, com o aumento da procura, é importante que os
profissionais ligados a engenharia e segurança do trabalho estejam preparados para
trabalhar com o eSocial.
Segundo dados do IBGE (2016), a cidade de Passo Fundo tem 9.763 unidades
de empresas atuantes. Como nem todas as empresas estão de acordo com o que é
exigido a respeito de segurança do trabalho pelo eSocial, o mercado de engenharia e
segurança do trabalho tende a crescer, aumentando a demanda por profissionais da
área e criando uma ótima oportunidade para os mesmos entrarem neste mercado de
trabalho.
Com a obrigatoriedade do fornecimento destes documentos ao governo, as
empresas deverão manter os dados constantemente atualizados, fazendo necessária
a contratação periódica dos serviços de segurança do trabalho.

eSocial e o curso de engenharia de segurança do trabalho da IMED-PF

Fora aplicado o questionário abaixo aos estudantes do curso de pós-graduação


em engenharia e segurança do trabalho da IMED-PF a fim de verificar se:
• Os alunos da pós-graduação em engenharia e segurança do trabalho da IMED
possuem conhecimento sobre o eSocial e seu funcionamento;
• Os alunos da pós-graduação em engenharia e segurança do trabalho da IMED
sabem a relação/impacto do eSocial na engenharia e segurança do trabalho e
• O tema “eSocial” está sendo abordado durante a pós-graduação em
engenharia e segurança do trabalho da IMED.
Tabela 1 - Questionário eSocial

Questões SIM PARCIAL. NÃO


1. Você já ouviu falar sobre o eSocial?
2. Você sabe o que é eSocial?
3. Você sabe como funciona o eSocial?
4. Você sabe qual a relação entre o eSocial e SST?
5. Você sabe a importância da implementação do
eSocial para os profissionais da SST?
6. Você sabe o impacto que a obrigatoriedade de
implantação do eSocial nas empresas pode causar no
mercado o qual os profissionais da área de SST estão
inseridos?
7. Você gostaria de conhecer/entender melhor o
eSocial?

8. O tema “eSocial” foi abordado em sala de aula em


algum momento da pós-graduação?

9. Você considera que o tema “eSocial” é/foi abordado


adequadamente no seu curso de segurança do trabalho?

10. Você já buscou informações complementares e


extraclasse acerca do tema eSocial?
11. Você acredita que necessita de mais informações
sobre o tema “eSocial”?
Fonte: Próprio Autor (2019).
O questionário fora aplicado em todas as turmas do curso de pós-graduação
em engenharia e segurança do trabalho da IMED-PF (uma turma de formandos e outra
na metade do curso), totalizando 38 alunos, os alunos deveriam responder
assinalando: sim, parcialmente ou não.

Resultados

Os resultados obtidos pelo questionário serão demonstrados em gráficos e


expressos em percentagem. Os gráficos da esquerda referem-se a turma de
formandos, com 23 alunos, e o gráfico da direita refere-se a turma que está na metade
do curso, com 15 alunos.
1) Você já ouviu falar sobre o eSocial?

Gráfico 1 e 2 - Pergunta 1

Fonte: Próprio Autor (2019).

2) Você sabe o que é eSocial?

Gráfico 3 e 4 – Pergunta 2

Fonte: Próprio Autor (2019).


3) Você sabe como funciona o eSocial?

Gráfico 5 e 6 – Pergunta 3

Fonte: Próprio Autor (2019).

4) Você sabe qual a relação entre o eSocial e SST?

Gráfico 7 e 8 – Pergunta 4

Fonte: Próprio Autor (2019).


5) Você sabe a importância da implementação do eSocial para os profissionais da
SST?

Gráfico 9 e 10 – Pergunta 5

Fonte: Próprio Autor (2019).

6) Você sabe o impacto que a obrigatoriedade de implantação do eSocial nas


empresas pode causar no mercado o qual os profissionais da área de SST
estão inseridos?

Gráfico 11 e 12 – Pergunta 6

Fonte: Próprio Autor (2019).


7) Você gostaria de conhecer/entender melhor o eSocial?

Gráfico 13 e 14 – Pergunta 7

Fonte: Próprio Autor (2019).

8) O tema “eSocial” foi abordado em sala de aula em algum momento da pós-


graduação?

Gráfico 15 e 16 – Pergunta 8

Fonte: Próprio Autor (2019).


9) Você considera que o tema “eSocial” é/foi abordado adequadamente no seu
curso de segurança do trabalho?

Gráfico 17 e 18 – Pergunta 9

Fonte: Próprio Autor (2019).

10) Você já buscou informações complementares e extraclasse acerca do tema


eSocial?

Gráfico 19 e 20 – Pergunta 10

Fonte: Próprio Autor (2019).


11) Você acredita que necessita de mais informações sobre o tema “eSocial”?

Gráfico 21 e 22 – Pergunta 11

Fonte: Próprio Autor (2019).

Conclusão

O eSocial é uma realidade que já está sendo imposta pelo governo federal.
Com a obrigatoriedade e uma fiscalização mais rígida e propensa a aplicação de
multas elevadas, as empresas, cada vez mais, buscarão por profissionais da área de
segurança e do trabalho. Desta maneira, visando as oportunidades que a ferramenta
ainda trará para o mercado da área, é importante que os profissionais estejam
atualizados e preparados para poderem gerirem e absorverem tais serviços com a
agilidade e qualidade que o mercado exige.
A cerca dos estudantes, o questionário aplicado especificadamente aos
estudantes do curso de pós-graduação em engenharia e segurança do trabalho nas
turmas da IMED-PF, indica uma tendência que os alunos tem em buscar fontes
alternativas a sala de aula para estudarem acerca do eSocial, uma vez que o assunto
ainda não está sendo abordado em sala de aula de maneira contundente e específica.
O questionário também aponta que a grande maioria (aprox. 95%) dos
pesquisados já ouviram falar sobre o tema, contudo 74% dos formandos e 93% dos
alunos com o curso em andamento ainda não sabem ao certo ou tem dúvidas de como
o eSocial funciona. Ainda, 57% dos formandos e 20% dos alunos com o curso em
andamento apontam saber como qual a relação do eSocial com a saúde e segurança
do trabalho.
A percentagem das respostas “sim” obtidas na sétima pergunta, 100%, justifica
e reforça a relevância desta pesquisa, demonstrando que os estudantes necessitam
de maiores informações sobre o tema.
Como a maioria dos alunos apontaram que o tema não foi devidamente
abordado em sala de aula durante o curso, que 100% dos alunos afirmam que
gostariam de conhecer/entender melhor o eSocial e que 100% afirmam necessitarem
de maiores informação sobre o tema, fica como sugestão a instituição IMED-PF, a fim
de complementar o ensino, promover workshops e/ou palestras abertas para os
estudantes do curso e para os profissionais já formados acerca da relação eSocial e
a engenharia de segurança do trabalho.

Referências

ESOCIAL. Conheça o eSocial. [S. l.], 29 mar. 2017. Disponível em:


http://portal.esocial.gov.br/institucional/conheca-o. Acesso em: 30 maio 2019.

ESOCIAL. Manual de Orientação do eSocial para o Empregador Doméstico. [S. l.], 23


maio 2019. Disponível em:
http://portal.esocial.gov.br/manuais/manual_de_orientacao_do_esocial_para_o_empregador_d
omestico.pdf. Acesso em: 30 jun. 2019.
ESOCIAL. Publicado novo cronograma do eSocial. [S. l.], 11 fev. 2019. Disponível em:
http://portal.esocial.gov.br/noticias/publicado-novo-cronograma-do-esocial. Acesso em: 30
jun. 2019.
FERNANDES, Regina. ESocial – Quais são os impactos e como preparar sua PME. [S. l.],
21 maio 2018. Disponível em: https://capitalsocial.cnt.br/esocial/. Acesso em: 5 jul. 2019.
IBGE. Cadastro Central de Empresas. [S. l.], 1 jan. 2016. Disponível em:
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/passo-fundo/pesquisa/19/29765. Acesso em: 8 jul. 2019.

PANTALEÃO, Sergio Ferreira. ESOCIAL - INFORMAÇÕES SOBRE SAÚDE E


SEGURANÇA DO TRABALHO SERÁ UM DESAFIO PARA AS EMPRESAS. [S. l.], 7
fev. 2019. Disponível em: http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/esocial-saude-e-
seguranca-do-trabalho.htm. Acesso em: 29 maio 2019.
Abstract
With the new control and management system of the federal government that is being
imposed on companies, the present work has as general objective to present the
relation of the Digital Bookkeeping System of the Tax, Social Security and Labor
Obligations - eSocial with the profession of security of the work engineer,
demonstrating the professional's performance with the system. As a new system, many
professionals still are not prepared to invest and act in the job market that will be open
to the profession. To this end, the topics that relate eSocial with the profession of safety
engineer based on bibliographic research will be addressed. In addition, a
questionnaire was applied to IMED-PF students of security of the work engineer to
verify if the subject is being addressed in the course, if the students have knowledge
and know how about eScocial works and if the themselves know the relationship /
impact of eSocial with their future profession. Research shows that it is a good time for
professionals in the area to seek preparation and mastery of the system in order to
enter this vast labor market and that students need more information on the subject so
that after the course they can also enter into this Marketplace.
Keywords: eSocial. Workplace safety. Obligatoriness.

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