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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO

MARANHÃO- CAMPUS CAXIAS


CENTRO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA
DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA

Normas de segurança, principais materiais


do laboratório Químico e Manual de
elaboração de relatórios técnicos
APOSTILA DE QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL I

ORGANIZAÇÃO:
ANA JÚLIA REGO VIEIRA DA LUZ
HÉLSON RICARDO DA CRUZ FALCÃO
JOALDO DA SILVA LOPES
LEONARDO JOSÉ BRANDÃO LIMA DE MATOS
PEDRO ALBERTO PAVÃO PESSOA
WALLONILSON VERAS RODRIGUES

CAXIAS-MA
2018

1
SUMÁRIO

1 NORMAS BÁSICAS DE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO ........................................... 3


1.1 APRESENTAÇÃO ..................................................................................................... 3
1.2 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 3
1.3 REGRAS GERAIS DE CONDUTA E SEGURANÇA NO LABORATÓRIO ................... 5
1.4 RELAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS E MISTURAS PERIGOSAS ...................................... 8
1.4.1 Solventes Inflamáveis ........................................................................................ 8
1.4.2 Gases e vapores nocivos ................................................................................... 9
1.4.3 Substâncias Cáusticas ..................................................................................... 12
1.4.4 Reações Químicas violentas ............................................................................ 12
2 PRINCIPAIS VIDRARIAS E EQUIPAMENTOS DE UM LABORATÓRIO QUÍMICO ........ 14
3 MANUAL DE ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS TÉCNICOS DO CURSO DE
LICENCIATURA EM QUÍMICA DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DO MARANHÃO – CAMPUS CAXIAS .......................................................... 25
3.1 REGRAS PARA APRESENTAÇÃO DE RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO (ABNT–
NBR 10719/15) ................................................................................................................... 25
3.1.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS ........................................................................ 26
3.1.2 ELEMENTOS TEXTUAIS ................................................................................. 28
3.1.3 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS ........................................................................ 30
3.2 NOTAS GERAIS...................................................................................................... 32
3.2.1 Formas verbais ................................................................................................ 32
3.2.2 Unidades ......................................................................................................... 32
3.2.3 Ilustrações ....................................................................................................... 32
3.2.4 Tabelas ............................................................................................................ 33
3.2.5 Siglas............................................................................................................... 33
3.2.6 Palavras estrangeiras....................................................................................... 33
3.2.7 Equações e Fórmulas ...................................................................................... 33
3.3 FORMATAÇÃO ....................................................................................................... 34
3.3.1 Folha ............................................................................................................... 34
3.3.2 Margem ........................................................................................................... 34
3.3.3 Espaçamento ................................................................................................... 34
3.3.4 Notas de rodapé .............................................................................................. 34
3.3.5 Indicativos de seção ......................................................................................... 35
3.3.6 Títulos sem indicativo numérico........................................................................ 35
3.4 Enumeração ............................................................................................................ 35
3.4.1 Numeração progressiva ................................................................................... 35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................................... 36

2
1 NORMAS BÁSICAS DE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO

1.1 APRESENTAÇÃO

Este manual é um exemplar integrante e de essencial conhecimento


para todas as disciplinas experimentais, que envolvam experimentos como
instrumento avaliativo ou complementar das aulas teóricas, para o
desenvolvimento das atividades em laboratório. Estarão presentes neste
manuscrito, as principais normas de segurança, principais vidrarias,
instrumentos e equipamentos utilizados nos laboratórios de Química do IFMA –
Campus Caxias.

1.2 INTRODUÇÃO

O texto introdutório apresentado a seguir foi retirado do livro Química


em tubos de Ensaio: Uma abordagem para principiantes, de Bessler e Neder
(2011).

O laboratório é um dos principais locais de trabalho do químico. Existe


um certo risco associado ao trabalho em laboratórios químicos de um modo
geral, uma vez que as pessoas ficam mais frequentemente expostas a
situações potencialmente perigosas. É dever do Químico, como profissional,
zelar pela saúde ocupacional no laboratório, isto é, pela manutenção da boa
qualidade de vida das pessoas no seu ambiente de trabalho. Para tanto, o
químico deve planejar seu trabalho diário, com o intuito de reduzir ao máximo
os riscos de acidentes.

Os principais acidentes de laboratórios de química devem-se a


ferimentos causados pela quebra de peças de vidro ou por contato com
substâncias cáusticas, incêndios com líquidos inflamáveis ou, eventualmente
explosões. Em caso de acidente, o químico deve proceder adequadamente, a
fim de minimizar suas consequências.

O químico deve sempre procurar conhecer as propriedades


toxicológicas das substâncias com que trabalha, em termos agudos e crônicos

3
e, caso essas propriedades sejam desconhecidas, deve tomar os cuidados
necessários para evitar eventuais intoxicações. Dentro dos limites do bom-
senso, o químico, ao trabalhar no laboratório, deve considerar toda substância
como potencialmente perigosa e evitar contatos diretos seja por inalação,
ingestão ou absorção dérmica.

Além da redução dos riscos de acidentes e intoxicação, o químico deve


estar atento para a possibilidade de ocorrência de contaminações em suas
experiências por substâncias que possam interferir nos resultados. Dessa
forma, o químico deve envidar todos os esforços para manter seu ambiente de
trabalho, bancadas, vidrarias, utensílios, equipamentos e vestuário
rigorosamente limpos de substâncias passíveis de causar interferências.

Sempre que possível, o químico deve escolher procedimentos que


evitem ou minimizem a geração de substâncias potencialmente danosas ao
meio ambiente, contribuindo para a preservação da saúde ambiental do nosso
planeta. Ao final das experiências, o químico deve se preocupar em como
proceder à destinação adequada e ao descarte final dos eventuais resíduos
gerados.

Nesse contexto, regras elementares de segurança e conduta devem


ser observadas no trabalho de laboratório, a fim de preservar a saúde
ocupacional e ambiental, e reduzir os riscos de acidentes tais como: cortes por
manejo inadequado de vidrarias, espalhamento de substâncias corrosivas ou
cáusticas, inalação de gases ou vapores nocivos, absorção oral ou dérmica de
substâncias, incêndios e explosões.

Em suma, a segurança na condução de trabalhos de laboratório pode


ser descrita pela seguinte expressão:

Segurança = bom-senso + cuidados específicos

Neste manual, serão discutidas e apresentadas as principais medidas a


serem tomadas pelo corpo docente e discente, durante a realização de
atividades das disciplinas experimentais do curso de Licenciatura em Química

4
do IFMA campus Caxias e áreas afins, bem como os principais instrumentos
que serão utilizados durante todo o curso.

1.3 REGRAS GERAIS DE CONDUTA E SEGURANÇA NO LABORATÓRIO

1. Trabalhe sempre com atenção, calma e prudência. Atividades de laboratório


exigem concentração;

2. Conheça o espaço físico do laboratório. Reconheça as portas principais,


laterais e de emergência, janelas, chuveiros, aparelhos elétricos, fontes de
radiação e execute somente a partir das ordens do professor;

3. Esteja sempre acompanhado, nuca trabalhe sozinho no laboratório e


execute as atividades em horários convencionais;

4. Leia antecipadamente o roteiro da prática e entenda a finalidade de cada


vidraria, instrumentos e equipamentos;

5. Leia as instruções, verifique o prazo de validade dos extintores de incêndio e


aprenda a usá-lo. Use somente nos casos em que se verificar controle da
situação;

6. É proibido fumar, beber e se alimentar dentro do laboratório;

7. Mantenha sua bancada de trabalho organizada e limpa;

8. Não despeje material insolúvel e de grande granulação nas pias (sílica,


carvão ativo, algodão) para não provocar entupimentos. Utilize um recipiente
para armazenamento desse tipo de material;

9. Verifique as normas para descarte de cada substância. Os produtos das


reações devem ser tratados para diminuição de impactos ambientais. Na
impossibilidade, guarde-os em frascos que sejam suficientes seguros para o
seu armazenamento (fracos de vidro incolor, âmbar, plástico ou vidro);

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10. Em caso de acidente, mantenha a calma, desligue ou ligue os aparelhos
próximos, inicie o combate ao fogo, isole as substâncias inflamáveis, chame os
Bombeiros (193);

11. Todas as substâncias de certo modo, podem ser nocivas ou perigosas;


portanto devem ser tratadas com cautela e respeito. Evite contato direto com
as substâncias;

12. Lave as mãos após eventual contato com as substâncias e ao sair do


laboratório;

13. Não entre em locais de acidentes sem uma máscara contra gases e óculos
protetores;

14. Trabalhando com reações perigosas, explosivas, tóxicas, ou cuja


periculosidade, use a capela, óculos de proteção, máscara, luvas, e tenha um
extintor por perto;

15. Tenha cuidado com o manuseio de vidraria. O vidro é frágil e fragmentos de


peças quebradas podem provocar ferimentos sérios;

16. O uso de jaleco, calçados fechados e óculos de segurança é obrigatório


durante as práticas;

17. Prenda os cabelos de modo a não prejudicar a visão e/ou ocasione o


aumento de área corporal;

18. NUNCA utilize a boca para fazer a sucção. Use a pera ou dispositivo
adequado para manusear junto com a pipeta;

19. Nunca jogue no lixo restos de reações nem alimentos de origem orgânica;

20. Execute as atividades que envolve substâncias voláteis e reações com


produção de gases dentro de capelas ou locais bem ventilados;

21. Em caso de acidente (por contato ou ingestão de produtos químicos)


procure o médico indicando o produto utilizado;
6
22. Não utilize reagentes de identidade desconhecida ou duvidosa;

23. Nunca olhe diretamente para dentro de um tubo de ensaio ou outro


recipiente onde esteja ocorrendo uma reação, pois o conteúdo pode espirrar
nos olhos;

24. Ao aquecer um tubo de ensaio, não volte a boca deste para si ou para uma
pessoa próxima;

25. Se atingir os olhos, abrir bem as pálpebras e lavar com bastante água.
Atingindo outras partes do corpo, retirar a roupa impregnada e lavar a pele com
bastante água, ou toalha levemente úmida (verificar a características das
substâncias);

26. Nunca realize reações químicas nem aqueça substâncias em recipientes


fechados sem autorização do professor;

27. Tenha cuidado com a utilização de bicos de gás. Não os deixe acesos
desnecessariamente. O perigo de incêndio é real!

28. Evite vazamentos de gás; feche a torneira e o registro geral ao final do


trabalho;

29. Tenha cuidado com o uso de equipamentos elétricos. Verifique sua


voltagem antes de conectá-los. Observe os mecanismos de controle,
especialmente para elementos de aquecimento (Chapas, mantas, banhos,
fornos, estufas e diversos outros);

30. Em caso de acidente com fogo a pessoa deve se dirigir ao chuveiro. Na


impossibilidade, cubra a área inflada com um cobertor;

31. Caso o fogo ocorrer no laboratório, prefira o uso do extintor. O uso de água
pode espalhar substâncias inflamáveis;

32. As substâncias ácidas requerem um tratamento diferenciado. Ácido


sulfúrico: derramado sobre o chão ou bancada pode ser rapidamente

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neutralizado com carbonato ou bicarbonato de sódio em pó. Ácido clorídrico
(manuseá-lo somente na capela): derramado será neutralizado com amônia,
que produz cloreto de amônio, em forma de névoa branca. Ácido nítrico:
(manuseá-lo somente na capela): reage violentamente com álcool;

33. Ao sair do laboratório, desligue os aparelhos indicados pelo professor e a


válvula de gás. Lave as vidrarias com água em excesso, seque e guarde-as em
lugares adequados. Em caso de práticas que se estenderam em outro horário
além do estipulado na aula, etiquetar os recipientes indicando a substância,
data, professor responsável, e o procedimento a ser utilizado em caso de
acidente;

34. Comunique imediatamente ao professor responsável qualquer acidente


ocorrido durante a execução dos trabalhos de laboratório.

1.4 RELAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS E MISTURAS PERIGOSAS

A relação apresentada a seguir foi retirada do livro Química em tubos


de Ensaio: Uma abordagem para principiantes, de Bessler e Neder (2011) e
Cienfuegos (2001), não é completa, limitando-se à indicação das substâncias
perigosas mais utilizadas em laboratórios químicos.

1.4.1 Solventes Inflamáveis

✓ Muitos solventes usados no laboratório Químico, como acetona,


benzeno, etanol, éter etílicos, éter de petróleo, hexano, metanol, tolueno e
diversos outros, são inflamáveis.
✓ Regras gerais de segurança em trabalhos que envolvem o uso de
solventes inflamáveis:

1. Não fume no laboratório;


2. Não acenda fósforos ou isqueiros próximos a recipientes que
contenham solventes inflamáveis;

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3. Realize a transferência de solventes a uma distância segura de
qualquer chama aberta (bico de Bunsen); quando possível, realize essa
operação dentro de uma capela;
4. Após retirar a quantidade necessária de solvente, feche bem a garrafa
de reserva e guarde-a em lugar adequado;
5. O aquecimento de solventes inflamáveis (em operações de refluxo,
destilação, extração, evaporação, etc.) deve ser efetuado com métodos
adequados, como banho de água ou banho de óleo; evite o uso de
chama aberta ou chapa elétrica direta.

✓ Em caso de incêndio com solventes, tome as seguintes providências:

1. Em casos de incêndio em pequena quantidade de solvente, tente


abafar as chamas cobrindo-as com um material não inflamável (areia
ou amianto) e procure um extintor de incêndio adequado (gás
carbônico ou pó químico); água não é recomendado para apagar
incêndios com solventes;
2. Caso não consiga acabar com o incêndio, afaste-se imediatamente do
laboratório;
3. As demais providências devem ser tomadas pelo professor ou instrutor
responsável (por exemplo, chamar o corpo de bombeiros, desligar os
equipamentos elétricos mediante o interruptor geral, fechar o registro
geral de abastecimento de gás);
4. Se a roupa de uma pessoa pegar fogo, conduza-a ao chuveiro de
emergência;
5. Em caso de queimaduras, procure imediatamente atendimento médico
(não tente medicar as queimaduras por conta própria).

1.4.2 Gases e vapores nocivos

Trabalhos que envolvem a utilização, produção, desprendimento ou


emissão de poeiras, vapores ou gases tóxicos ou agressivos, devem ser
realizados sempre dentro de uma capela de exaustão.

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Gases ou vapores tóxicos nem sempre apresentam odor forte ou
repugnante. Por exemplo, o monóxido de carbono, um gás altamente tóxico, é
inodoro, já o tetracloreto de carbono, um líquido volátil muito tóxico, apresenta
odor agradável.

Gases tóxicos são aqueles que causam alterações fisiológicas quando


em contato com os seres vivos. A extensão e profundidade do efeito estão
relacionados com o tempo de exposição, tipo de gás, partes afetadas, etc.

Os mecanismos de ação sobre organismos vivos são variados,


causando danos ou interferindo no metabolismo. Em alguns casos os efeitos
aparecerão apenas após várias horas (exemplo: NO).

Normalmente, as quantidades de gás necessárias para intoxicar,


prejudicar ou as vezes matar, são infinitamente menores que nos casos de
sufocação, o que nos leva à definição dos limites de exposição (TLV’s).

Os TLV’s (Thereshold limit values) são valores assumidos através de


experiências da ACGIH – American Conference of Governmental Industrial
Hygienists – para concentrações máximas de gases tóxicos em ambiente de
trabalho, que não prejudiquem pessoas a elas expostas. Estes valores devem
ser utilizados apenas como referências. O TLV é definido como a concentração
para a qual acredita-se que um trabalhador possa estar exposto, dia após dia,
por oito horas, cinco dias por semana, sem proteção. É expresso em ppm para
vapores e gases, e em mg/m3 para pós e misturas líquidas.

Gases inflamáveis quando em presença de um oxidante (que não é


necessariamente o ar) e uma fonte de ignição entram em combustão
(queimam).

Também é necessário que a proteção entre o gás inflamável e o


oxidante seja adequada para iniciar o processo, isto é, exista uma faixa de
inflamabilidade que varia com a natureza do gás e do oxidante.

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Esta faixa tem os limites inferiores e superior definidos como LEL
(Lower Explosiva Limit) ou UEL (Upper Explosiva Limit), quando considera-se o
ar como oxidante.

O DOT (Department of Transportation – USA) define gás inflamável


como aquele que forma misturas inflamáveis com o ar quando seu LEL é de
até 13 % em volume (inclusive) ou, independentemente de seu LEL, o gás tem
uma faixa de inflamabilidade (UEL-LEL) maior que 12 %. Exemplo: CH4, LEL
5 %, gás inflamável, UEL 15 %.

Todos os gases, exceto o oxigênio, são asfixiantes.

Grandes vazamentos, mesmo de gases inertes, diminuem o teor de O2


dos ambientes fechados, causando problemas que podem culminar com a
morte de indivíduos.

A relação que se segue apresenta alguns gases e vapores nocivos:

✓ Amoníaco ou amônia (NH3), gás irritante e agressivo;


✓ Benzeno (C6H6), líquido volátil (p.e. 80 °C), muito tóxico;
✓ Brometo de hidrogênio (HBr), gás irritante e agressivo;
✓ Bromo molecular (Br2), líquido volátil, irritante e agressivo;
✓ Cloreto de hidrogênio (HCl), gás irritante e agressivo;
✓ Cloro (Cl2), gás muito tóxico, irritante e agressivo;
✓ Clorofórmio ou triclorometano (CHCl 3), líquido volátil (p.e. 62 °C),
tóxico;
✓ Diclorometano (CH2Cl2), líquido volátil (p.e. 40 °C), tóxico;
✓ Dióxido de enxofre (SO2), gás muito tóxico e irritante;
✓ Dióxido de nitrogênio (NO2), gás muito tóxico e irritante;
✓ Formaldeído (CH2O), gás tóxico e irritante;
✓ n-hexano (C6H14), líquido volátil (p.e. 69 °C), tóxico;
✓ Metanol (CH3OH), líquido volátil, muito tóxico;
✓ Monóxido de carbono (CO), gás inodoro muito tóxico;
✓ Monóxido de nitrogênio (NO), gás tóxico;

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✓ Tetracloreto de carbono ou tetraclorometano (CCl 4), líquido volátil
(p.e. 77 °C), muito tóxico.

1.4.3 Substâncias Cáusticas

Muitas substâncias são cáusticas e podem causar ferimentos, deixando


graves sequelas na pele ou nos olhos. Portanto, o contato com a pele deve ser
terminantemente evitado.

Seguem alguns exemplos de substâncias cáusticas fortes:

1. Todos os ácidos concentrados, especialmente fluorídrico, perclórico,


sulfúrico, sulfocrômico, clorídrico, nítrico e outros;
2. Todas as bases concentradas, como hidróxido de sódio ou potássio,
carbonato de sódio ou de potássio, amônia, aminas e outras;
3. Oxidantes fortes concentrados, como peróxido de hidrogênio (água
oxigenada) e outros;
4. Outras substâncias cáusticas: bromo, metais alcalinos, pentóxido de
fósforo, formaldeído e fenol.

1.4.4 Reações Químicas Violentas

Certas reações químicas exotérmicas podem ocorrer de forma violenta


ou até explosiva, caso sejam realizadas com substâncias concentradas e sem
as devidas precauções.

1. Reações de neutralização entre ácidos e bases concentrados;


2. Reações de substâncias oxidáveis (compostos orgânicos em geral,
metais em pó, enxofre e fósforo elementar) com oxidantes fortes, tais
como:
✓ Ácido nítrico e nitratos;
✓ Ácido perclórico e percloratos;
✓ Ácido sulfúrico concentrado;
✓ Cloratos;
✓ Cromatos e dicromatos;
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✓ Permanganatos;
✓ Peróxido de hidrogênio e outros peróxidos.

3. Certas substâncias reagem violentamente com água:

✓ Sódio e potássio metálicos (reação com evolução de hidrogênio com


perigo de incêndio);
✓ Ácido sulfúrico concentrado (reação muito exotérmica com eventual
respingamento de ácido).

4. Orientações para mistura segura de substâncias:

✓ Nunca misture ácidos concentrados com bases concentradas!


✓ Nunca misture oxidantes fortes com substâncias oxidáveis!
✓ Para diluir ácido sulfúrico concentrado, nunca adicione água ao ácido
concentrado; mas faça o contrário: acrescente o ácido lentamente à
água, sob agitação!

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2 PRINCIPAIS VIDRARIAS E EQUIPAMENTOS DE UM LABORATÓRIO
QUÍMICO

O químico trabalha no laboratório com utensílios e equipamentos feitos


dos mais diversos materiais: vidro, metal, cerâmica, plástico. Cada material tem
suas limitações físicas e químicas, e cada utensílio de laboratório tem uma
certa finalidade. O uso inadequado de utensílios de laboratório, desrespeitando
suas peculiaridades, pode resultar não somente num fracasso do experimento
com perda parcial ou total do material, mas também em acidentes
desagradáveis com danos pessoais.

O Quadro 1 demonstra as principais vidrarias, equipamentos e demais


materiais de um laboratório químico.

Quadro 1 - Principais materiais de uso no laboratório químico.


Instrumento: Béquer.
Aplicação: Pesagem, reações em meio
aquoso, no qual não existe perigo do líquido
escorrer por agitação manual, mecânica ou
magnética.

Instrumento: Erlenmeyer.
Aplicação: Indicado para reações onde
sujeitas a processos de agitação manual,
mecânica ou magnética

Instrumento: Balão reacional de três bocas.


Aplicação: Reações em meio aquoso.
Geralmente se usa quando a reação ocorre
com vários reagentes simultâneos, ou é
necessário uso do termômetro ou atmosfera
inerte.

Instrumento: Balão de fundo chato.


Aplicação: Preparo de soluções a partir de
diluições.

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Instrumento: Balão de fundo redondo.
Aplicação: Necessário o uso de acessório
para o seu equilíbrio. Indicado para processor
no qual é necessário o aquecimento.

Instrumento: Balão de destilação.


Aplicação: Utilizado em processos de
separação de misturas por destilação simples.

Instrumento: Pipeta volumétrica.


Aplicação: Transfere com ótima eficiência,
exatidão e precisão volume de líquidos e
soluções. Geralmente varia de 1 a 50 mL de
capacidade.

Instrumento: Pipeta graduada.


Aplicação: Mensura quantidade variada de
volume de líquidos. Menos precisa e exata que
a pipeta volumétrica.

Instrumento: Micropipeta.
Aplicação: Transfere quantidades diminutas
de sistemas líquidos. Geralmente no intervalo
de 10 a 1000 microlitros.

15
Instrumento: Pipeta de Pasteur.
Aplicação: Transfere pequenas quantidades.
Pode ser utilizada para acertar o menisco da
bureta.

Instrumento: Proveta.
Aplicação: Transporte de líquidos e soluções.
Sua precisão e exatidão são menores que o da
pipeta volumétrica.

Instrumento: Bureta.
Aplicação: Titulações na qual é necessária
precisão na velocidade e volume do titulante.
Deve ser guardada na posição vertical, e o
ideal é que seja de uso exclusivo de uma única
substância. Deve ser lavada várias vezes com
sabão, acetona ou álcool e água em excesso.

Instrumento: Suporte Universal.


Aplicação: Frequentemente utilizado com
garras paras prender a bureta em processos
de titulação. De modo geral, é usado em
situações na qual outro instrumento precise
ficar suspenso.

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Instrumento: Conta gotas.
Aplicação: Utilizado para adicionar somente
algumas gotas de alguma solução. Geralmente
para adição de indicadores.

Instrumento: Funil.
Aplicação: Processos no qual a passagem de
líquidos ou sólidos seja dificultosa. Também
pode ser usado na filtração simples com o uso
de papel filtro.

Instrumento: Funil de separação ou funil de


bromo.
Aplicação: Separação de misturas
heterogêneas. Também é utilizado na extração
de substâncias de sua matriz original.

Instrumento: Funil de Buchner.


Aplicação: A sua aplicação se faz junto ao
kitasato. Juntos compõem o sistema principal
da filtração a vácuo.

Instrumento: Kitassato.
Aplicação: A sua aplicação se faz junto ao
funil de Buchner. A válvula lateral conectada a
uma mangueira, reduz a pressão interna do
sistema, acelerando o processo de filtração.

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Instrumento: Termômetro.
Aplicação: Geralmente mensura temperatura
de soluções e acompanha a temperatura das
reações (normalmente de -10 a 300 °C. Na
eventual quebra de um termômetro o mercúrio
deve ser cuidadosamente recolhido e
armazenado, devido à sua alta toxicidade.

Instrumento: Condensador.
Aplicação: Possui uma entrada e uma saída
de água, permitindo a condensação de
vapores em processos de destilação.

Instrumento: Bico de Bunsen.


Aplicação: Fornecer chamas de
características constantes. As chamas variam
de amarela (menos quente) a azul (mais
quente).

Instrumento: Tripé de ferro.


Aplicação: Junto com o bico de Bunsen,
formam o sistema de aquecimento mais
rotineiro dos laboratórios. O aquecimento
direto no bico de Bunsen poderia produzir
efeitos indesejáveis e descontrolados.

Instrumento: Tela de amianto.


Aplicação: Permite que o calor se espalhe
mais uniformemente pela parte superior do
tripé de ferro.

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Instrumento: Cadinho.
Aplicação: Material refratário. É utilizado no
armazenamento de sólidos que irão sofrer
processos a altas temperaturas.

Instrumento: Almofariz e pistilo.


Aplicação: Material refratário. É utilizado para
desagregar (pulverizar) misturas sólidas ou
tonar resíduos mais homogêneos.

Instrumento: Vidro relógio.


Aplicação: Pequeno recipiente côncavo
utilizado na pesagem de reagentes sólidos, na
evaporação de pequenas quantidades e cobre
demais recipientes.

Instrumento: Espátula.
Aplicação: Utilizada principalmente em
procedimentos de pesagens.

Instrumento: Bastão de vidro.


Aplicação: Auxilia na dissolução entres dois
líquidos ou na formação de soluções com
sólidos e líquidos.

19
Instrumento: Dessecador.
Aplicação: Promove em seu interior um
ambiente de baixíssima umidade, dessa forma
é ideal para se estocar sólidos higroscópicos.

Instrumento: Papel filtro.


Aplicação: Usado para a remoção de
precipitados ou corpos de fundo de soluções.
Usado juntamente com um funil comum ou de
Buchner.

Instrumento: Tubo de ensaio.


Aplicação: usado de maneira qualitativa para
a verificação de reações químicas. Possui a
vantagem de poder ser aquecido diretamente
no bico de Bunsen.

Instrumento: Agitador magnético.


Aplicação: Com o auxílio da barra magnética,
produzem um eficiente sistema de agitação.
Alguns aparelhos fornecem programa de
temperatura.

Instrumento: barra magnética.


Aplicação: Junto com o agitador magnético,
formam um sistema de agitação, permitindo o
meio reacional ser mais homogêneo.

Instrumento: Agitador Mecânico.


Aplicação: Promove agitação em fluido,
líquidos semi-viscosos e material em
suspensão através de movimento circular de
hélices.

20
Instrumento: Balança Analítica.
Aplicação: Mensura com precisão pequenas
massas de amostras. Geralmente no intervalo
de 1 mg a 200 g.

Instrumento: Centrífuga.
Aplicação: Separa a fase sólida da fase
sobrenadante.

Instrumento: Capela de exaustão.


Aplicação: Utilizada quando há necessidade
de manipulação de substâncias perigosas que
produzem vapores, partículas ou líquidos em
quantidades e concentrações perigosas.

Instrumento: Espectrofotômetro UV-Vis.


Aplicação: Permite a determinação de
quantidades de determinada substância
utilizando um feixe de luz no comprimento de
onda na região do UV-Visível.

Instrumento: Chapa aquecedora.


Aplicação: Equipamento no qual possui uma
plataforma aquecida confeccionada em aço ou
vitrocerâmica, dependendo do modelo e
aplicação desejada, tendo como função
aquecer amostras de forma uniforme com
temperatura constante, podendo ser controlada

21
de forma analógica ou digital.

Instrumento: Manta aquecedora.


Aplicação: Aparelho utilizado para promover
o aquecimento de soluções. Possui o fundo em
forma circular revestido por lã acrílica que
permite um aquecimento eficaz e evita as
perdas de calor para o exterior. Muito usada
nas destilações, filtrações a quente e em
operações que exijam um aquecimento forte
sem perdas de calor.

Instrumento: Estufa.
Aplicação: Utilizado para secagem de
substâncias sólidas contendo umidade ou de
utensílios de laboratório.

Instrumento: Forno Mufla.


Aplicação: Utilizado em processos de
calcinação de sólidos em temperaturas
elevadas. Normalmente, podem atingir até
1200 ºC.

Instrumento: Banho-maria.
Aplicação: Utilizado em processos que
requerem temperaturas maiores que a
ambiente e que seja constante. Possui
volumes variados.

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Instrumento: Banho Termostatizado com
circulação.
Aplicação: Aparelho destinado a manter
constante a temperatura de sistemas em
reação. Possui uma entrada e saída de líquido
(normalmente água destilada), permitindo a
circulação.

Instrumento: pHmetro.
Aplicação: É composto basicamente por um
eletrodo conectado a um potenciômetro,
que possibilita a conversão do valor de
potencial do eletrodo em unidades de pH.
Quando o eletrodo é submerso na amostra, ele
produz milivolts que são transformados para
uma escala de pH.

Instrumento: Turbidímetro.
Aplicação: Mede o grau de turvação (sólidos
em suspensão) de líquidos, efluentes
industriais e bebidas.

Instrumento: Destilador.
Aplicação: Empregado na destilação de água
potável, separando dos sais minerais.

Instrumento: Condutivímetro.
Aplicação: Mede a condutividade
(capacidade de condução de corrente elétrica)
de uma solução. A condutividade indica a
presença de íons em solução.

23
Instrumento: Bomba de vácuo.
Aplicação: aparelho destinado a retirar o gás
de um determinado volume, de forma que a
pressão seja baixada a valores adequados ao
propósito desejado, como uma filtração.

Instrumento: Multímetro.
Aplicação: Avalia grandezas elétricas
(amperagem, voltagem). Na Química é
bastante utilizado em reações eletroquímicas.

24
3 MANUAL DE ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS TÉCNICOS DO CURSO
DE LICENCIATURA EM QUÍMICA DO INSTITUTO FEDERAL DE
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO
MARANHÃO – CAMPUS CAXIAS

Motivação

As atividades práticas desenvolvidas em laboratório ou em outros


espaços, requerem após a execução dos experimentos, a apresentação dos
resultados obtidos para o professor da disciplina, como componente
indispensável para a avaliação dos discentes. Neste manual, serão
apresentadas as normas das partes pré-textuais, textuais e pós-textuais, que
deverão compor os relatórios técnicos científicos. As normas aqui
apresentadas estão presentes no “MANUAL DE NORMALIZAÇÃO DE
TRABALHOS ACADÊMICOS: monografia, artigo científico, projeto de pesquisa
e relatório técnico científico” elaborados pelo IFMA Campus - Caxias, que se
encontra em acordo com as normas vigentes da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT). Este manuscrito tem como objetivo facilitar e
organizar a produção textual, e ser um facilitador de debates de ideias e teorias
do fabuloso mundo da ciência.

3.1 REGRAS PARA APRESENTAÇÃO DE RELATÓRIO TÉCNICO-


CIENTÍFICO (ABNT–NBR 10719/15)

O relatório técnico-científico é um documento que trata de resultados de


uma pesquisa ou descreve a situação de uma questão técnica ou científica. A
sua composição é descrita no Quadro 2.

Quadro 2 - Partes estruturantes do relatório técnico-científico.

Estrutura Elemento Exigência


Capa Opcional
Parte externa Pré-textuais
Lombada Opcional
Folha de rosto Obrigatório
Errata Opcional
Resumo na língua
Obrigatório
vernácula
Lista de ilustrações Opcional
Pré-textuais
Lista de tabelas Opcional
Lista de abreviaturas
Opcional
Parte interna e siglas
Lista de símbolos Opcional
Sumário Obrigatório
Introdução Obrigatório
Textual Desenvolvimento Obrigatório
Conclusão Obrigatório
Referencias Opcional
Pós-textual
Glossário Opcional
25
Apêndice(s) Opcional
Anexo(s) Opcional
Índice(s) Opcional
Formulário de
Opcional
identificação

As seções obrigatórias e as opcionais mais utilizadas serão detalhadas e


discutidas nos itens abaixo.

3.1.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

Os elementos pré-textuais do relatório técnico científico seguirão as


orientações descritas na seção.

3.1.1.1 Capa (opcional)

As informações são apresentadas na seguinte ordem:


a) nome e endereço da instituição responsável;
b) número do relatório;
c) título e subtítulo (se houver);
d) classificação de segurança (se houver);

3.1.1.2 Lombada (opcional)

Deverá ser apresentada conforme ABNT NBR 12225. Entretanto, na


ausência da lombada o relatório deverá possuir encadernação do tipo espiral
ou térmica.

3.1.1.3 Folha de rosto (obrigatório)

As informações são apresentadas na seguinte ordem:

a) nome e endereço da instituição que gerou ou solicitou o relatório;


b) nome do curso, disciplina, programa ou projeto ao qual o relatório está
relacionado;
c) título do relatório;
d) subtítulo, se houver, precedido de dois pontos;
e) nome do autor do relatório, podendo ser acompanhado do título e
qualificação e/ou função do autor a fim de indicar autoridade no assunto;
f) local (cidade) da instituição responsável e/ou solicitante;
g) ano de publicação;

26
3.1.1.4 Elementos da folha de rosto

Os elementos presentes na capa também aparecem na folha de rosto,


acrescida do item 1.1.14b, conforme representado na Figura 1.

Figura 1 - Modelo de capa e folha de rosto.

3.1.1.5 Resumo na língua vernácula (obrigatório)

Elaborado conforme a ABNT NBR 6028/2003, o resumo deve ressaltar o


objetivo, o método, os resultados e as conclusões do documento. Recomenda-
se o uso de parágrafo único. Deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira
pessoa do singular. Devem-se evitar: símbolos e contrações que não sejam de
uso corrente; fórmulas, equações, diagramas etc., que não sejam
absolutamente necessários; quando seu emprego for imprescindível, defini-los
na primeira vez que aparecerem. Deverá ser usado o intervalo de 150 a 500
palavras.
No resumo deve conter as palavras-chave, que são termos representativos do
conteúdo do documento, escolhida, preferentemente, em vocabulário
controlado. Também conhecidas como descritores, são termos que indicam os
assuntos essenciais. O número de palavras-chave não deve ultrapassar cinco.
Devem vir relacionadas logo após o resumo, antecedidas da expressão. As
palavras-chave: separadas entre si por ponto e finalizadas também por ponto.

3.1.1.6 Sumário (obrigatório)

Enumeração das divisões, seções e outas partes do documento, na


mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede (Figura 2).

27
Figura 2 - Representação do sumário.

Fonte: http://fio.edu.br/manualtcc/co/4_Sumario.html

As normatizações para o sumário devem possuir as fomas:


✓ A palavra sumário centralizada, com fonte Arial tamanho 14, negrito,
maiúsculo e centralizado
✓ O corpo de texto do sumário deve ser alinhado a esquerda com o
espaçamento entre linhas de 1,5
✓ Os elementos pré-textuais não devem aparecer no sumário
✓ A contagem das páginas se inicia posteriormente a capa, iniciando-se na
folha de rosto. Entretanto, a indicação numérica impressa se inicia na
primeira página dos elementos textuais, a introdução.

3.1.2 ELEMENTOS TEXTUAIS

Constitui a parte central do trabalho e deverá conter as partes principais,


representado no Quadro 3.

28
Quadro 3 - Elementos textuais do relatório técnico.

Deve-se conter a justificativa do estudo e os objetivos do


Introdução relatório e a metodologia utilizada;

É onde se expõe o trabalho, apresentando sua natureza e


todo o processo de investigação, descrevendo as
experiências, testes, observações, métodos utilizados para
Desenvolvimento
coleta de dados, resultados alcançados, análise e
interpretação dos resultados;

Apresenta-se de forma conclusiva os resultados da


Conclusão observação e faz-se as devidas recomendações

Recomenda-se as seguintes subseções e enfoque em cada tópico


principal.

3.1.2.1 INTRODUÇÃO

Deve conter toda a fundamentação teórica com o princípios e teorias


que fundamentem os resultados e discussão. Pode apresentar o histórico do
desenvolvimento do estado da arte, aplicabilidade prática no cotidiano e papel
na indústria. Recomenda-se no último parágrafo citar o objetivo geral de
maneira sucinta. Caso o experimento possua mais de um objetivo, criar um
tópico separado.

3.1.2.2 DESENVOLVIMENTO

3.1.2.2.1 OBJETIVO GERAL E ESPECÍFICOS

Nesse tópico estarão presentes de maneira clara o objetivo geral e


específicos da prática. Os verbos indicados nessa seção devem aparecer no
29
imperativo (exemplo: analisar, verificar, estudar, apontar, mensurar, quantificar,
etc.)

3.1.2.2.2 METODOLOGIA (PARTE EXPERIMENTAL)

Será dividida em Materiais e Reagentes e Procedimento Experimental

3.1.2.2.2.1 MATERIAIS E REAGENTES

Deverão estar presentes todas as substâncias, materiais, aparelhos e


vidrarias que foram utilizados no experimento.

3.1.2.2.2.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Nesse tópico é necessário conter todas as etapas da prática de maneira


clara e objetiva sem espaço para subjetividade ou ambiguidades (indicar se o
procedimento foi feito em uma ou mais etapas). Essa etapa deve estar em
consonância e deve demonstrar como os objetivos serão alcançados.
Recomenda-se o verbo na terceira pessoa do singular do pretérito perfeito
acompanhado da partícula “-se”.

3.1.2.2.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A construção dos resultados e discussão requer a maior maturidade e


capacidade de relacionar ideias e empregar as teorias que justifiquem as
observações durante os experimentos. Os dados obtidos devem ser resumidos
e apresentados em forma de tabelas, gráficos e representações que facilitem o
entendimento do leitor. As discussões dos dados devem estar sempre
referenciadas em cada tópico frasal ou fim de período. Para manter a
organização da discussão dos resultados é fundamental manter a sequência
adotada no procedimento experimental.

3.1.2.2.4 CONCLUSÃO

De maneira geral a conclusão indica se os objetivos da prática foram


alcançados e pode-se destacar se a metodologia empregada foi suficiente para
se alcançá-los. Usa-se verbos no pretérito perfeito, mas pode ser usado no
futuro caso o discente indique de que forma a prática irá ajudar na sua
formação.

3.1.3 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS

Deverão ser apresentados na seguinte ordem:

30
3.1.3.1 Referências

Deverão ser apresentadas conforme a NBR 6023/2002.


Recomenda-se livros (do ensino superior) e artigos científicos de periódicos.

3.1.3.1.1 Citação para livros

SOBRENOME, PRENOME abreviado. Título (somente o título em negrito):


subtítulo (se houver). Edição (se houver). Local de publicação: Editora, data de
publicação da obra. Nº de páginas ou volume. (Coleção ou série)
Exemplo:
ATKINS, P. W.; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida
moderna e o meio ambiente. Tradução de Ricardo Bicca de Alencastro. 5 ed.
Porto Alegre: Bookman. 2012. p. 922.

3.1.3.1.2 Citação para artigos

SOBRENOME, PRENOME; SOBRENOME, PRENOME abreviado abreviado


Título: subtítulo (se houver). Nome do periódico (em negrito), Local de
publicação (se houver), volume, número ou fascículo, paginação, data de
publicação do periódico.

Exemplo:
SONG, Y.; HE, J.; WU, H.; LI, X.; YU, J.; ZHANG, Y.; WANG, L. Preparation of
Porous Hollow CoOx Nanocubes via Chemical Etching Prussian Blue Analogue
for Glucose Sensing. Electrochimica Acta, v. 182, p. 165-172, 2015.

3.1.3.1.3 Apêndice (opcional)

É o texto ou documento elaborado pelo autor, a fim de complementar


sua argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do trabalho. Deve ser
precedido da palavra APÊNDICE, identificado por letras maiúsculas
consecutivas, travessão e pelo respectivo título. Utilizam-se letras maiúsculas
dobradas, na identificação dos apêndices, quando esgotadas as letras do
alfabeto. Deve(m) ser mencionado(s) no sumário.

3.1.3.1.4 Anexo(s) (opcional)

Texto ou documento não elaborado pelo autor, que serve de


fundamentação, comprovação e ilustração.
Deve ser precedido da palavra ANEXO, identificado por letras maiúsculas
consecutivas, travessão e pelo respectivo título. Utilizam-se letras maiúsculas
dobradas, na identificação dos anexos, quando esgotadas as letras do alfabeto.
Deve(m) ser mencionado(s) no sumário.

31
3.2 NOTAS GERAIS

A produção textual parece à primeira vista bastante complicada e


composta por infindáveis etapas, principalmente no que diz respeito a
formatações e termos técnicos que devem ser empregados durante todo o
trabalho.
No texto científico, adota-se um gênero literário imparcial, de linguagem
curta e direta, no qual não se admite suspense, e toda a informação deve ser
transmitida sem ambiguidades. Dessa forma, o trabalho acadêmico deve conter
o rigor científico pautado de referências bibliográficas, pelo menos no fim de
cada parágrafo. Nessa construção é interessante recordar as formas de
citação direta, citação indireta e citação da citação. A seguir, alguns
elementos que compõem o relatório técnico.

3.2.1 Formas verbais


Deve-se escolher formas verbais adequadas e impessoais (geralmente
no passado e na terceira pessoa do singular acompanhada da partícula –se)
como nos exemplos:
a) ...mediu-se 10 mL de ácido acético glacial P.A.
b) ...preparou-se uma solução 0,100 mol L-1 de NaOH.

3.2.2 Unidades

Deve-se tomar cuidados com as unidades, que devem aparecer com um


espaço simples depois do seu valor numérico (1 g; 1,000 mol L-1 etc.),
mantendo-se sempre na linha.

3.2.3 Ilustrações

As ilustrações devem ser apresentadas a partir de suas legendas (na


parte superior) conforme a Figura 1, bem como no corpo do texto e em ordem
numérica crescente. Fazem parte desse grupo desenhos, esquemas,
fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros,
retratos, figuras e imagens.

Fonte: autoria própria


Citar fonte ou 32
autoria própria
3.2.4 Tabelas

As tabelas também devem ser apresentadas assim como as figuras


(esta difere-se do quadro por não conter bordas laterais) (Figura 2).

Citar
fonte

3.2.5 Siglas

No caso da nomeação de estruturas como nomes complexos, ou que


irão aparecer várias vezes no texto, é interessante a criação de uma sigla, que
deve ser apresentada logo em seguida e entre parênteses, como nos
exemplos:

a) Ácido etilenoaminotetracético (EDTA)


b) Ácido levulínico (AL)

3.2.6 Palavras estrangeiras

Termos consagrados que são palavras que não fazem parte da nossa
língua pátria devem aparecer em itálico (ex: background, red shift, etc).

3.2.7 Equações e Fórmulas

Para facilitar a leitura, devem ser destacadas no texto e, se necessário,


numeradas com algarismos arábicos entre parênteses, alinhados à direita. Na
sequência normal do texto, é permitido o uso de uma entrelinha maior que
comporte seus elementos (expoentes, índices entre outros).
Exemplo:
x²+y²=z² (1)

33
(x² + y ²) /5 = n (2)
Por fim, várias outras singularidades da escrita científica irão ser
apresentadas durante todo o curso, sendo este somente um apanhado geral da
produção do texto. A seguir serão apresentados e explicadas cada umas das
partes que deverão constar (ou opcionais) no relatório técnico.

3.3 FORMATAÇÃO

3.3.1 Folha

Os textos devem ser digitados ou datilografados em cor preta, podendo


utilizar outras cores somente para as ilustrações. Se impresso, utilizar papel
branco ou reciclado, no formato A4 (21 cm × 29,7 cm). Os elementos pré-
textuais devem iniciar no anverso da folha, com exceção dos dados
internacionais de catalogação-na-publicação (Ficha catalográfica) que deve
vir no verso da folha de rosto. Recomenda-se que os elementos textuais e pós-
textuais sejam digitados ou datilografados no anverso e verso das folhas.

3.3.2 Margem

As margens devem ser: para o anverso, esquerda e superior de 3 cm e


direita e inferior de 2 cm; para o verso, direita e superior de 3 cm e esquerda e
inferior de 2 cm. Recomenda-se, quando digitado, a fonte tamanho 12 para
todo o trabalho, inclusive capa, excetuando-se citações com mais de três
linhas, notas de rodapé, paginação, dados internacionais de catalogação
napublicação (Ficha catalográfica), legendas e fontes das ilustrações e das
tabelas, que devem ser em tamanho menor e uniforme.

3.3.3 Espaçamento

Todo texto deve ser digitado ou datilografado com espaçamento 1,5


entre as linhas, excetuando-se as citações de mais de três linhas, notas de
rodapé, referências, legendas das ilustrações e das tabelas, natureza (tipo do
trabalho, objetivo, nome da instituição a que é submetido e área de
concentração), que devem ser digitados ou datilografados em espaço simples.
As referências, ao final do trabalho, devem ser separadas entre si por um
espaço simples em branco. Na folha de rosto e na folha de aprovação, o tipo
do trabalho, o objetivo, o nome da instituição e a área de concentração devem
ser alinhados do meio da mancha gráfica para a margem direita.

3.3.4 Notas de rodapé

As notas devem ser digitadas ou datilografadas dentro das margens,


ficando separadas do texto por um espaço simples de entre as linhas e por
filete de 5 cm, a partir da margem esquerda. Devem ser alinhadas, a partir da
segunda linha da mesma nota, abaixo da primeira letra da primeira palavra, de
forma a destacar o expoente, sem espaço entre elas e com fonte menor.
34
3.3.5 Indicativos de seção

O indicativo numérico, em algarismo arábico, de uma seção precede seu


título, alinhado à esquerda, separado por um espaço de caractere. Os títulos
das seções primárias devem começar em página ímpar (anverso), na parte
superior da mancha gráfica e ser separados do texto que os sucede por um
espaço entre as linhas de 1,5. Da mesma forma, os títulos das subseções
devem ser separados do texto que os precede e que os sucede por um espaço
entre as linhas de 1,5. Títulos que ocupem mais de uma linha devem ser, a
partir da segunda linha, alinhados abaixo da primeira letra da primeira palavra
do título.

3.3.6 Títulos sem indicativo numérico

Os títulos, sem indicativo numérico são: errata, agradecimentos, lista de


ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos, resumos, sumário,
referências, glossário, apêndice(s), anexo(s) e índice(s) – devem ser
centralizados.

3.4 Enumeração

3.4.1 Numeração progressiva

Elaborada conforme a ABNT NBR 6024/2012. A numeração dos tópicos


principais e secundários, deve ser progressiva. Utiliza-se para evidenciar a
sistematização do conteúdo do trabalho. Destacam-se gradativamente os
títulos das seções, utilizando-se os recursos de negrito, itálico ou sublinhado e
outros, no sumário e, de forma idêntica, no texto. Deve-se limitar a numeração
progressiva até a seção quinaria.

Ex:

1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
3 PARTE EXPERIMENTAL
3.1 MATERIAIS E REAGENTES
3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (NÃO NUMERAR)

35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520:


informação e documentação: citações em documentos: apresentação. Rio de
Janeiro, 2002.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6027: informação


e documentação: sumário: apresentação. Rio de Janeiro, 2012.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6028: informação


e documentação: resumo: apresentação. Rio de Janeiro, 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação


e documentação: referências: apresentação. Rio de Janeiro, 2002.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724:


informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de
Janeiro, 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6024: informação


e documentação: numeração progressiva das seções de um documento:
apresentação. Rio de Janeiro, 2012.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6034: informação


e documentação: Preparação de índice de publicação: apresentação. Rio de
Janeiro, 2005.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12225.


Informação e documentação –lombada: apresentação. Rio de Janeiro, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.NBR 10719.Informação


e documentação -Relatório técnico e/ou científico: apresentação. Rio de
Janeiro, 2015.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.NBR 6022. Informação


e documentação -Artigo em publicação periódica científica impressa:
apresentação. Rio de Janeiro, 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.NBR 15287.


Informação e documentação —Projeto de pesquisa: apresentação. Rio de
Janeiro, 2011.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). IBGE. Normas de
apresentação tabular.3. ed. Rio de Janeiro, 1993.

CIENFUEGOS, F. Segurança no laboratório. Rio de Janeiro: Interciência,


2001.

INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO. Diretoria de Desenvolvimento ao


Ensino. Biblioteca. Manual de normalização de trabalhos acadêmicos.
36
Caxias: [s.n.], 2015. Criação e elaboração, Eliana da Silva Mendes, Ianna
Torres Lustosa.

NEDER, A. V. F.; BESSLER, K. E. Química em tubos de ensaio: uma


abordagem para principiantes. São Paulo: Edgard Blucher, 2011.

RIBEIRO, A. M. C. M. AACR2, Anglo-American Cataloguing Rules, 2 edition:


descrição e pontos de acesso. 2. ed. rev. e atual. Brasília, DF, 2012.

37

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