CAPITULO 05

CIRCUITOS RL E RC
RESPOSTA NATURAL

Prof. SILVIO LOBO RODRIGUES

 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE ENGENHARIA - FENG
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE
CIRCUITOS I

5.1 INTRODUÇÃO

Estudaremos neste capítulo os circuitos mais simples contendo resistores e capacitores ou

resistores e indutores e que não tenham nenhuma fonte.
Obteremos para estes circuitos uma equação diferencial linear homogênea de 1ª ordem ou um
sistema de equações de 1ª ordem para circuitos que contenham mais de um indutor ou mais de um
capacitor dispostos de maneira tal que não permitam uma associação série ou paralela de modo direto.
Uma solução será obtida ao encontrarmos, para a variável dependente, uma expressão que
satisfaça a equação diferencial e a distribuição de energia nos indutores e capacitores num determinado
instante de tempo t = 0.
A solução da equação diferencial representa a resposta do circuito. Quando o circuito não é
alimentado continuamente por uma fonte independente a resposta é chamada de resposta natural, ou
transitória uma vez que ela depende apenas da natureza dos elementos do circuito e desaparece ao
longo do tempo pela dissipação da energia armazenada nos capacitores ou indutores se transformando
em calor nos resistores do circuito.

5.2 CIRCUITO RL MAIS SIMPLES

Consideremos o CKT da figura 5.1 no qual a corrente no indutor em t = 0 é I0.

t=0

- i +
R vR vL i(0) = I0
+ -

Figura 5.1 - Circuito RL simples.

Do circuito temos:
di
vL + vR = L + Ri = 0
dt
di R (5.1)
+ i=0
dt L

Esta é a equação diferencial de 1ª ordem representativa do circuito.

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Devemos, pois, obter uma solução para i(t) que satisfaça esta equação e a condição inicial i(0)
= Io.
Uma solução para esta equação é obtida pelo método de separação de variáveis e integração
direta.

di R
= − dt
i L
i(t ) di R t
∫Io i = − L ∫0 dt
t
i(t ) R 
ln (i ) I = − t
o L 0
R
ln (i ) − ln ( I o ) = − t
L
 i  R
ln   = − t
 Io  L
 i  R
ln   − t
 Io 
e =e L

R
i − t
=e L
Io

Donde finalmente chegamos à expressão que representa a resposta natural em termos da

corrente i(t) em um circuito RL simples.
R
− t
i ( t ) = Ioe L (5.2)

Este tipo de solução é um pouco limitado uma vez que nem sempre se podem separar as
variáveis.
O método mais utilizado, entretanto consiste em se admitir uma forma de solução e testar a
hipótese substituindo nas equações e testar as condições iniciais.

Voltemos ao nosso exemplo. Da equação (5.1):

di R
+ i=0 i (0) = Io
dt L

Admitimos como solução uma solução exponencial:

i ( t ) = Aes1t (5.3)

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Levando na equação diferencial:

d R
dt
( )
Aes1t + Aes1t = 0
L
R
As1es1t + Aes1t = 0
L
R 
As1es1t  + s1  = 0
L 

Temos três soluções possíveis:

R
A=0 s1 = - ∞ ou s1 = −
L

As duas primeiras não nos interessam, pois levam a soluções nulas ou triviais.
Logo,
R
s1 = − (5.4)
L
A nossa solução hipótese fica:
R
− t
i ( t ) = Ae L

Resta determinar a constante A que é obtida pela condição inicial i(0) = I0.

i ( 0 ) = I o = Ae0

Logo,
R
− t
A = Io i ( t ) = I oe L

A potência dissipada no resistor é:

2R
− t
PR ( t ) = Ri ( t ) = R ( Io ) e
2 2
L

A energia transformada em calor ao longo do tempo:

2R
∞ ∞ 2 − t
W = ∫ p ( t )dt = ∫ R ( I o ) e L
dt
0 0
∞
L − 2R t
W = −R (Io )
2
⋅ e L 
2R 0
1
W = L (Io )
2
(5.5)
2

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O resultado concorda com a energia inicialmente armazenada no indutor.

5.3 PROPRIEDADES DA RESPOSTA EXPONENCIAL

Consideremos o gráfico da figura 5.2.

i (t )
I0
1

0,638
θ
θ’
t(s)
ϒ

Figura 5.2 – Corrente num CKT RL (resposta natural).

Quando R não se altera, a curva decresce constantemente à medida que t aumenta.

L
A razão inicial do decaimento é dada pela derivada em t = 0.

d  i  (5.6)
 Io  R − RL t R
=− e =−
dt L t =0
L
t =0

Da figura 5.2:

d  i 
I R 1
tgθ' =  o  =− tgθ =
dt L γ
t =0

Como θ é o suplemento de θ’

tgθ = −tgθ'
1 R
=
γ L

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L
Logo γ = R (s) (5.7)
i
E representa o tempo necessário para que caia de 1 a 0.
Io
A constante γ é chamada de constante de tempo do circuito.
i (t ) R
− t
Quando t = γ : =e L
= e −1
Io
i (t )
= 0, 368
Io

Logo i(t) = 36,8%.Io

i (t )
Para t = 2γ: = e −2 = 0,135
Io

i (t )
Para t = 3γ: = e −3 = 0, 0498
Io

i (t )
Para t = 4γ: = e −4 = 0, 0183
Io

i (t )
Para t = 5γ: = e −5 = 0, 0067
Io

Conclui-se que para t = 5γ a corrente no circuito é praticamente nula pois i(t)=0,67%.Io.

Em termos da constante de tempo:
t
−
i (t ) = Ioe γ

(5.8)

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5.4 ESTUDO DE UM CKT RL MAIS ELABORADO

Analisemos a figura 5.3 na qual é conhecida iL(0).

R3 L

i1 i2 iL

R1 R2 R4

Figura 5.3 – Circuito RL mais geral.

R1 ⋅ R 2
R eq = R 3 + R 4 +
R1 + R 2
A constante de tempo do circuito:

L
γ=
R eq

A corrente iL(t) pode ser escrita:

Re q t
−
− t (5.9)
iL (t ) = iL (0) e L
= i L ( 0) e γ

Se quisermos i2, por exemplo, fazemos o divisor de corrente.

R1
i2 = − ⋅ iL
R1 + R 2
Então:
t
R1 −
(5.10)
i 2 (t ) = − ⋅ i L ( 0) e γ
R1 + R 2

Se não for conhecido iL(0) e for conhecido i1(0+), por exemplo, teremos:

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( ) ( )
R 1i1 0 + = R 2 i 2 0 +

i2 (0 ) = RR i (0 )
+ 1
1
+

iL 0 ( ) = − i (0 ) + i (0 )
+
1
+
2
+

 R 
( ) ( )
i L 0+ = −  i1 0+ + 1 i1 0 + 
R2
( )
 
 R + R1 
( )
i L 0+ = −  2  ⋅ i1 0
+
( ) (5.11)
 R2 
A equação (5.10) para i2(t) fica então:

t
R −

R2
( )
i 2 ( t ) = 1 ⋅ i1 0+ e γ (5.12)

5.5 CIRCUITO RC MAIS SIMPLES

Consideremos a figura 5.4 na qual v(0) = V0.

+
R C v(t) v(0) = v0
-

Figura 5.4 – Circuito RC simples.

A corrente total deixa o nó superior em t = 0.

dv v
C + =0
dt R
dv v
+ =0
dt RC

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Comparando com
di R
+ i = 0 , verificamos que se trata da equação dual pela substituição
dt L
de i por v e
R por 1 .
L RC

A solução deve ser portanto o dual da solução para CKT RL.

Logo:
t
−
v ( t ) = V0e RC (5.13)

Vamos supor que selecionamos i(t) e não v(t) como variável para o CKT RC.
1
v (t 0 ) +
C∫
idt + Ri = 0

Derivando:

i (t ) di
+R =0
C dt

v dv v
Como i = → + =0
R dt RC

Teremos novamente:
t
−
v ( t ) = Voe RC

5.6 PROPRIEDADES DA RESPOSTA EXPONENCIAL (CKT RC)

v
V0

0,638
θ
θ’
t
ϒ

Figura 5.5 – Tensão num circuito RC (resposta natural).

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1
Quando não se altera, a curva decresce constantemente à medida que t aumenta. A razão
inicial do RC decaimento é dada pela derivada em t = 0.

d  v  t
 Vo  =−
1 − RC
e =−
1
dt RC t =0
RC
t =0

1
tgθ' = − tgθ = −
γ
1 1
=
γ RC

Logo γ = RC (s) (5.14)

v
E representa o tempo necessário para que caia de 1 a 0.
Vo

Quando t = γ : v ( t )
= e −1 = 0, 368
Vo

v (t )
Para t = 2γ: = e −2 = 0,135
Vo

v (t )
Para t = 3γ: = e −3 = 0, 0498
Vo

v (t )
Para t = 4γ: = e−4 = 0, 0183
Vo

v (t )
Para t = 5γ: = e−5 = 0, 0067
Vo

Conclui-se que a tensão no circuito, para t = 5γ, é praticamente cula pois v(t)=0,67%.Vo.
Em termos da constante de tempo:
t
−
v ( t ) = Vo e γ

(5.15)

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5.7 ESTUDO DE UM CKT RC MAIS ELABORADO

Consideremos o CKT da figura 5.6 em que v(0) = Vo.

i1
R2 i
R3
R1
+
C v
-

Figura 5.6 – CKT RC mais geral.

R1 ⋅ R 3
R eq = R 2 +
R1 + R 3
t
−
v ( t ) = V0e
Re q C

γ = R eq C
−t
γ
Qualquer voltagem ou corrente na parte resistiva da rede será da forma A ⋅ e

Por exemplo:
−t
( )
i1 ( t ) = i1 0+ e γ

E i(0+) deve ser obtido da condição inicial dada.

Para o divisor de corrente:

R3
( ) ( )
i1 0+ = i 0+ ⋅
R1 + R 3

( )=
v 0+ V0 V0 ( R1 + R 3 )
Mas. i 0 ( )=
+

R eq  R 1R 3 
=
R1R 2 + R 2 R 3 + R1R 3
 R2 + 
 R1 + R 3 

R3
+
( )
Então, i1 0 =
R1 R 2 + R 2 R 3 + R1R 3
( )
⋅ v 0+ (5.16)

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5.8 CKT RL E RC GERAIS

Um circuito com vários indutores ou capacitores geralmente não permite a simplificação para 1
indutor ou 1 capacitor associado a uma resistência equivalente. Temos sempre nestes casos mais de
uma exponencial negativa associada ao circuito. Tais problemas envolvem a solução de um sistema de
equações diferenciais de 1ª ordem e o circuito terá mais de uma constante de tempo, associada a
descarga da energia armazenada nos capacitores ou indutores.
Exemplo: seja o circuito da figura 5.7 para o qual conhecemos i1(0) e i2(0).
Seja i1(0) = 11A e i2(0) = 11A.

2H

1Ω 3H 2Ω
i1 i2

Figura 5.7 – Circuito a dois indutores – Exemplo de aplicação.

Temos duas correntes de laço e cada uma delas será representada pela soma de duas
exponenciais e cada exponencial tem como incógnita uma amplitude e uma constante de tempo.
Teremos 6 incógnitas a determinar:
Escrevendo as equações de laço:

di1 di
i1 + 5 −3 2 = 0 (1)
dt dt
di di
−3 1 + 3 2 + 2i 2 = 0 (2)
dt dt

A nossa hipótese de solução é:

i1 = Aes1t +Bes2t (3)

i 2 = Ces1t +Des2t (4)

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Substituindo i1 e i2 nas equações diferenciais:

Aes1t +Bes2 t +5As1es1t -3Cs1es1t +5Bs 2es2 t -3Ds 2es2 t =0
−3As1es1t − 3Bs 2es2 t + 3Cs1es1t + 3Ds 2es2t + 2Ces1t + 2Des2t = 0
( A + 5As1 − 3Cs1 ) es t + (B + 5Bs2 − 3Ds 2 ) es2 t = 0
1 1

( −3As1 + 3Cs1 + 2C ) es t + ( −3Bs2 + 3Ds 2 + 2D ) es2 t = 0

1 1

A solução para este sistema obriga que todos os termos entre parêntesis sejam nulos.
A (1 + 5s1 ) − 3Cs1 = 0 (5)
B (1 + 5s 2 ) − 3Ds2 = 0 (6)
C ( 2 + 3s1 ) − 3As1 = 0 (7)
D ( 2 + 3s 2 ) − 3Bs 2 = 0 (8)

Da equação (5):
s1
A = 3C
1 + 5s1
Levando na equação (7):

6s12 + 13s1 + 2 = 0

Donde s1 = −1 6 , s 2 = -2

Da equação (6):
s2
B = 3D
1 + 5s 2

Levando na equação (8):

6s 2 2 + 13s 2 + 2 = 0

Donde s1 = −1 6 , s 2 = -2

Escolhemos para solução:

s1 = −1 6 e s 2 = -2
−t
i1 = Ae 6
+ Be−2t
−t
i 2 = Ce 6
+ De−2t

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Aplicando as condições iniciais:

i1 ( 0) = A + B = 11 (9)
i 2 ( 0) = C + D = 11 (10)

Estas duas equações não são suficientes para determinar A, B, C e D. Utilizamos então duas
equações diferenciais.
Por exemplo as equações (5) e (6):
A (1 + 5s1 ) − 3Cs1 = 0
B (1 + 5s 2 ) − 3Ds 2 = 0
Como s1 = −1 6 , s 2 = -2
A + 3C = 0 (11)
−9B + 6D = 0 (12 )
A solução das equações (9) a (12) fornece:
A=3 B=8 C = −1 e D = 12
A solução final fornece:
−t
i1 = 3e 6
+ 8e−2t
−t
i 2 = −e 6
+ 12e−2t

As constantes de tempo do circuito são:

1 1
γ1 = − γ2 = −
s1 s2
1
γ 1 = 6s γ2 = s
2

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A representação gráfica das correntes sobre os indutores é dada na figura 5.8.

i1 (t) [A] i1 (t) – i2 (t) [A]

11 11
10 10

8 8

6 6

4 4

2 2

1 2 3 4 5 t (s) 1 2 3 4 5 t (s)

Figura 5.8 – Resposta em corrente para o CKT RL a dois indutores.

5.9 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1. A fonte independente no circuito da figura abaixo é 140V para t < 0 e 0V para t > 0. Determine
i(t) e vo(t).

70Ω 2µF 20Ω

+
vs 420Ω 80Ω 60Ω v0(t)
i(t) -

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Solução:
140
Para t < 0: i ( t ) = A vo ( t ) = 0
490
Para t > 0: R eq = ( 70 // 420 ) + ( 80 // 80 ) = 60 + 40 = 100Ω

γ = R eqC = 100 × 2 × 10−6 = 2 × 10−4 s

140
vc (0+ ) = 420 × i(0− ) = 420 × = 120V
490
− t
vc (t) = vc (0 )e + (2⋅10 ) 120e−5000t t > 0
−4

+ vc(t) -

ic(t)

60Ω 40Ω

dv c
ic (t ) = C = −2 × 10−6 × 120 × 5000e−5000t
dt
i c ( t ) = −1, 2 × e−5000t A t>0
i c ( t ) × 70 1, 2 × 70 −5000t
i (t ) = = e
490 490
i ( t ) = −0,171e−5000t t>0
v o ( t ) = 60 × i R60
i c ( t ) × 80
i R60 = − = 0, 6 × e−5000t A
160
v o ( t ) = 60 × 0, 6 × e −5000t V

vo ( t ) = 36e−5000t V → t > 0

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2. Após estar fechada por um longo tempo, a chave no circuito da figura que segue é aberta em
t = 0. Determine v(t) para t > 0.

ix

2kΩ t=0 +

0,3V 0,6mA 1kΩ 5µF v(t)

Solução:

Chamando ix a corrente no resistor de 2KΩ para t < 0 temos:

(
0, 3 = 2000i x + 1000 i x + 0, 6 × 10−3 )
0, 3 − 0, 6 −0, 3
ix = = = −0,1mA
3000 3000

Logo:

( )
v 0− = 1000 ( 0, 6 − 0,1) × 10−3 = 0, 5V
v ( 0 ) = v ( 0 ) = 0, 5V
− +

− t
(1000×5×10 )
( )
−6

Para t > 0: v ( t ) = v 0
+
e

v ( t ) = 0, 5e−200t V

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3. A chave do circuito da figura que segue fecha-se em t = 0. Determine i1(t) e i2(t) para t > 0.

3Ω 6H 12H

i1 i2

18A 4,5Ω t=0 2Ω 6Ω

Para t < 0:
18 × 4, 5
i1 ( t ) = = 9A
4, 5 + 3 + 1, 5
9 × 2 18 9
i 2 (t ) = = =
6+2 8 4

Para t > 0:

3Ω 6H 12H

i1 2Ω i2 6Ω

di1
3i1 + 6 + 2 ( i1 − i 2 ) = 0
dt
di 2
12 + 6i 2 + 2 ( i 2 − i1 ) = 0
dt
di
5i1 + 6 1 − 2i 2 = 0
dt
di
−2i1 + 8i 2 + 12 2 = 0
dt

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A nossa solução hipótese é:

i1 = Aes1t + Bes2t
i 2 = Ces1t + Des2t
5Aes1t + 5Bes2 t + 6As1es1t + 6Bs2es2 t − 2Ces1t − 2Des2 t = 0
−2Aes1t − 2Bes2t + 12Cs1es1t + 12Ds 2es2t + 8Ces1t + 8Des2t = 0
es1t ( 5A + 6As1 − 2C ) + es2t ( 5B + 6Bs 2 − 2D) = 0
es1t ( −2A + 12Cs1 + 8C ) + es2t ( −2B + 12Ds 2 + 8D) = 0

(5 + 6s1 ) A − 2C = 0 (1)
(5 + 6s 2 ) B − 2D = 0 (2)
(8 + 12s1 ) C − 2A = 0 (3)
(8 + 12s2 ) D − 2B = 0 (4)

Combinando (1) com (3):

De (1) :  5 + 6s1 
 2 A = C
 
Aplica em (3):
2s12 + 3s1 + 1 = 0
1
s1 = − e -1
2

Combinando (2) com (4):

De (2) :  5 + 6s 2 
 2 B = D
 
Aplica em (4):
2s 2 2 + 3s 2 + 1 = 0
1
s2 = − e -1
2

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Escolhendo para solução:

1
s1 = − e s 2 = -1
2
−t
i1 = Ae 2
+ Be− t
−t
i 2 = Ce 2
+ De− t

Quando t = 0 :
i1 ( 0 ) = A + B = 9 (5)
i 2 ( 0) = C + D = 9 (6)
4

Escolhendo as equações (1) e (2):

(5 + 6s1 ) A − 2C = 0 → s1 = −1 2
(5 + 6s 2 ) B − 2D = 0 → s 2 = −1

2A − 2C = 0 (7)
− B − 2D = 0 (8)

Resolvendo o sistema das equações (5), (6), (7) e (8):

9
A=
2
9
B=
2
9
C=
2
9
D=−
4
9 −t 9
i1 (t) = e 2 + e− t
2 2
9 −t 9
i 2 (t) = e 2 − e− t
2 4

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As constantes de tempo são:

γ 1 = 2s
γ 2 = 1s

4. A chave do circuito abaixo está em a por muito tempo. Em t = 0 ela é movida para b e, em
t = 1s é movida para c. Para que instante t, v = 1V?

25kΩ a b c

t=0

100kΩ
5V
+
100kΩ v 10µF

Solução:

Com a chave em a o capacitor se carrega e em t = 0-:

100000
( )
v 0− =
25000 + 100000
⋅ 5 = 4V

Com a chave na posição b, 0 < t < 1:

t
−t −
v ( t ) = Voe RC
= 4e 105 ⋅10−5
= 4e− t V

Em t = 1s:
v (1) = 4e−1 = 1, 472V

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Com a chave na posição c, t > 1:

t
−

v ( t ) = v (1) e
(105
)
// 105 ⋅10−5
= 1, 472e−2t
1 = 1, 472e−2t
1
= e−2t
1,472
 1 
ln   = −2t
 1,472 
t = 0,193s

Assim o instante em que ocorre v = 1 é:

t = 1 + 0,193 = 1,193s

5. Com referência ao circuito mostrado a seguir sabe-se que v(0) = 9V. Determine i(t) para t > 0.

15Ω i(t)
a
+
6i 10Ω 50µF v(t)
-
b

Solução:

Para se obter a tensão v(t) e i(t) precisamos do equivalente resistivo (Thévenin) ligado ao
capacitor.
Assim obtém-se o equivalente Thévenin visto de ab.

15Ω i
a
ix i’

6i 10Ω 1V

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1
i' = = 0,1A
10
−1 + 15i x + 6i = 0
i + i x + i' = 0
1 = 15i x + 6i

 −0,1 = i x + i
i x = −0,1 − i
1 = 15 ( −0,1 − i ) + 6i
1 + 1, 5 = −9i
2, 5
i=
−9
i = −0, 2777A

1 1
R TH = − = = 3, 6Ω
i 0, 2777
Assim:
i

+
t
−
3,6Ω vc 50µF vc ( t ) = 9e 3,6×50×10−6

vc ( t ) = 9e−5555,5t V

vc dv
i (t ) = − = C c = −50 × 10−6 × 9 × 5555, 5e−5555,5t
3, 6 dt

i ( t ) = −2, 5e−5555,5t A

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6. As duas chaves do circuito que segue são fechadas em t = 0. Determine i1(t), i2(t) e i3(t) para
t > 0.
i2

10Ω 10Ω 40Ω 20Ω

i i1
+
0,2V t=0 vL 0,8H 0,3V
t=0
-
i3

Solução:

a) Antes de t = 0 com o inductor em curto vL = 0:

( )
i 3 0− = 0
−0, 2 + 10i 2 + 10i 2 + v L = 0
−0, 3 + 20i1 + 40i1 + v L = 0
i = i 2 + i1 = 0, 015A
i 2 = 0, 01A
i1 = 0, 005A

b) Após o fechamento das chaves o indutor fica em paralelo com as resistências de 10Ω e 40Ω
e as fontes deixam de alimentar o indutor. Assim:

0, 2
i3 = = 0, 02A t>0
10

i
0,8H 40//10 = 8Ω

R 8
− t − t
i ( t )3 = I o e L
= 0, 015e 0,8
= 0, 015e−10t A

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c) i2 é obtido de i(t) por divisão de corrente para t > 0.

i2

10Ω 40Ω

0,8H i

40 ⋅ i
i2 = − = −0, 8 × 0, 015e−10 = −0, 015e−10t A
40 + 10

7. A chave da esquerda no circuito que segue é fechada em t = 0.

a) Determinar iL(t) e i1(t) para 0 < t < 0,15.

b) A chave do lado direito é fechada em t = 0,15. Determine iL(t) e i1(t) para t > 0,15.

2Ω 4Ω 6Ω
iL(t)

t=0 t=0,15s 0,6H

24V

i1(t)

Solução:

a) Para t < 0:

( )
i1 0− = 0

iL (0 ) = 2 +244 + 6 = 2A
−

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Para 0 < t < 0,15 com a chave da esquerda fechada:

10
− t
i L ( t ) = Ioe 0,6
= 2e−16,67t
24
i1 ( t ) = − i L ( t ) = 12 − 2e−16,67t
2

c) Para t > 0,15:

24
i1 ( t ) = = 12A
2
6
− t
i L ( t ) = i L ( 0,1) ⋅ e 0,6
= 2e−1,667 ⋅ e−10t
i L ( t ) = 2 × 0,1888e−10t
i L ( t ) = 0, 3776e−10t

8. Após ter estado fechada por um longo tempo, a chave no circuito abaixo é aberta em t = 0.
Determine v(t) para t > 0.
i1 t=0

2kΩ
i
+
0,3V 0,6mA 1kΩ 5µF vc(t)

Solução:

Para t = 0- o capacitor está carregado e em aberto:

( )
v c 0− = 1000i (1)
0, 3 = 2000i1 + 1000i (2)
i1 + 0, 6 × 10−3 = i → i1 = i − 0, 006 (3)

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Levando (3) em (2):

0, 3 = 2000 ( i − 0, 0006) + 1000i
0, 3 = 3000i − 1, 2
1, 5
i= = 0, 5 × 10−3 A
3000
( )
vc 0− = 1000 × 0, 5 × 10−3 = 0, 5V = vc 0+ ( )
Para t > 0:
t
−
vc ( t ) = vc 0 e ( ) + 10 3 × 5×10 −6
= 0, 5e−200t V

9. Um capacitor de precisão de valor 1µF tem como dielétrico (isolante entre as placas condutoras)
um material com resistividade muito elevada. O capacitor é carregado até 1V em t = 0 e é, então,
desligado da fonte. Observa-se que a voltagem cai a 0,9V em 100 horas.
Determine a resistência de isolação:
−t
v ( t ) = Voe RC

t
−
R×10−6
0, 9 = 1e
106 t
−
0, 9 = e R

 − 10 t 
6

ln ( 0, 9) = ln  e R 
 
 
106 t
−0,1053605 = −
R
t = 100 × 3600 = 36 × 104 s

106 × 36 × 104
R= = 3, 4168 × 1012 Ω
0,1053605

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10. As voltagens iniciais nos capacitores, do circuito que segue, são: v1(0) = 10V e v2(0) = 4V.
Para que valor de t, i = 0?

+ i(t) -
v1 1µF 3µF v2
- i1 i2 +
2MΩ 2MΩ

Solução:
i1 ( t ) − i 2 ( t ) = i ( t )

Quando i ( t ) = 0 → i1 ( t ) = i 2 ( t )

Como os resistores são de igual valor a corrente i(t) será nula quando v1(t) = v2(t).

t
−
v1 ( t ) = 10e 2

t
−
v 2 ( t ) = 4e 6

t t
− −
10e 2
= 4e 6

t
−
e 2
4
t
=
− 10
e 6

t
−
e 3
= 0, 4
 −t 
ln  e 3  = ln ( 4 )
 

t
− = −0, 91629 → t = 2, 74887s
3

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