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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA

CENTRO DE CIENCIAS AGRARIAS

SEMIOLOGIA

Carreira: Medicina Veterinária.


Disciplina: Semiologia
Código: VET 505
Semestre: 2016/1

Aula # 4: Exploração clínica da pele.

1. Importância clínica da pele.


2. Métodos gerais de exploração da pele e mucosas.
3. Mucosas visíveis.
3.1. Técnica exploratória.
3.2. Aspectos que se valoram.
3.3. Cor, brilho, humidade.
3.4. Alterações patológicas.
4. Exploração da pele.
4.1. Aspectos que se valoram a exploração da pele
4.2. Anexos da pele
4.3. Color da pele. Técnica exploratória. Alterações
4.4. Humidade da pele. Técnica exploratória. Alterações
4.5. Elasticidade da pele. Técnica exploratória. Alterações
4.6. Temperatura cutânea. Técnica exploratória. Alterações
4.7. Odor da Pele. Alterações
4.8. Sensibilidade da pele. Alterações
5. Alterações patológicas principais da pele e mucosas
5.1. . Prurido ou comichão.
5.2. Aumentos de volumem.

2016/1
Introdução

A pele é o órgão estendido maior da economia animal, ocupa aproximadamente o 10 %


do peso total da economia animal e têm múltiplos funcione entre as quais os mais
importantes sons, a Protetora, a Sensorial, a Imunológica, a Detergente, a
Termorreguladora, a Metabólica e a Enzimática.
Além disso, a pele o primeiro elemento que o profissional veterinário observa no animal
ao enfrentar-se a ele pela primeira vez e sobre tudo é sem dúvida a primeira barreira do
organismo ante o ataque dos mais variados agentes etiológicos, mas por isso mesmo
esta exposta com muita frequência ao ataque de ditos agentes que muitas vezes
conseguem vulnerá-la, por isso a patologia dermatológica nos animais é relativamente
frequente, e a dermatologia constitui uma parte importante do trabalho do Médico
Veterinário e deve ser apreciada em sua justa medida, para o qual é imprescindível
realizar uma exploração eficiente deste órgão. Neste sentido a propedêutica
dermatológica é uma ferramenta imprescindível para poder realizar uma exploração
eficiente e obter os resultados previstos.
Segundo Harvey e Mckeever um caso dermatológico se pode contemplar como uns
quebra-cabeças no que as peças principais são a anamneses a sintomatologia clínica e os
procedimentos diagnósticos por todo o qual consideramos que o conhecimento de como
abordar e unir estes aspectos é imprescindível para chegar ao diagnóstico e isto é tarefa
da propedêutica.
Entretanto para a exploração correta da pele se requerem de profundos conhecimentos
deste órgão já que a mesma adquire características diferentes nas distintas regiões do
corpo e é necessário ter nisto conta na hora de realizar sorte exploração.
Nesta Aula queremos dar uma visão geral da exploração clínica deste importante órgão
da economia animal.

Objetivo

Dominar os aspectos que se valoram a exploração da pele, anexos e mucosas visíveis,


tendo em conta os aspectos fisiológicos e suas alterações patológicas estabelecendo as
diferenças clínicas entre os distintos processos patológicos, assim como, entre o animal
são e o doente, de maneira que se tornem úteis para o diagnóstico.

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Aula # 4: Exploração clínica da pele e mucosas
Importância clínica da pele.

Como já expusemos a pele o primeiro elemento que o profissional veterinário observa


no animal ao enfrentar-se a ele pela primeira vez e sobre tudo é sem dúvida a primeira
barreira do organismo ante o ataque dos, mas variados agentes etiológicos.
Do ponto de vista clínico a pele tem uma enorme importância, o que motivou que
diversos autores a chamaram o espelho da saúde. Isto esta dado porque a pele pode
alterar-se por muito diversas patologias e de muito diversas formas, lhe brindando ao
facultativo importantes elementos para julgar o estado de saúde ou enfermidade de seu
paciente.
Se quisermos resumir de quantas formas diferentes se pode alterar a pele poderia dizer
que em primeiro lugar se altera por enfermidades cujas lesões fundamentais tão
primárias como secundárias, têm seu assento na pele, ou seja, enfermidades que afetam
preferentemente há dito órgão Ex.: A Dermatite, o Eczema, a sarna etc.
Em segundo lugar a pele se vê afetada por enfermidades nas que embora suas alterações
principais tenham um caráter geral, existem lesões importantes a nível cutâneo. Ex.:
Febre aftosa, Febre catarral maligna etc.
Em terceiro lugar se vê afetada por enfermidades, onde embora não existe participação
direta deste órgão no processo patológico, já que nem as lesões primárias nem
secundárias se assentam na pele, esta se altera de um modo que reflete o estado anormal
do animal. Ex.: No Parasitismo gastrintestinal a pele perde o brilho, a untuosidade e a
sedosidade do cabelo, nas diarreias perde a elasticidade, de acordo com o grau de
desidratação do animal.

Métodos gerais de exploração da pele e mucosas.

Os dados anamnésicos revestem importância para o diagnóstico das afecções cutâneas e


nela devemos recolher os dados sobre a forma, a evolução e o lugar de início das lesões
atuais, assim como dos possíveis antecedentes familiares e de outros animais que
convivem com o doente. A espécie, raça idade e sexo são elementos importantes, já que
podem contribuir com dados de interesse para o diagnóstico Ex.: Algumas raças estão
mais predispostas a padecer algumas enfermidades cutâneas e muitos ectoparasitos
possuem especificidade de espécie, lese derivadas de certas endocrinopatias e os
tumores da pele surgem mais frequentemente em animais adultos ou velhos, enquanto
que patologias como os adenomas perianais és aparecem quase sempre em machos
adultos.
A alimentação é outro aspecto anamnésico que não deve esquecer-se já que muitos
processos cutâneos se devem a problemas de carências na alimentação. O ambiente em
que vive o animal se existir aglomeração ou não, e o trato que recebe (banhos, cuidados
com a pelagem em caninos e equinos) são fatores a considerar e é importante revisar os
tratamentos medicamentosos anteriores (sulfamidas e antibióticos), assim como plantas
tóxicas no pasto (lantana câmara), pelo perigo de fotosensibilización.
É importante averiguar se houver, ou houve prurido, já que esta é uma manifestação
importante de muitos processos patológicos cutâneos (dermatite alérgica, ectoparasitos,
etc.) e de outra origem (uremia e icterícia).
No exame geral da pele e as mucosas, o mais corrente é que a inspeção visual, seja
suficiente para diagnosticar as enfermidades mais evidentes da pele; esta deve começar

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com uma inspeção geral a certa distância do paciente, observando a distribuição das
lesões, se são localizadas ou generalizadas, se forem simétricas ou não, o estado,
cuidado e asseio da pelagem, a presença de ectoparasitos e o estado de carnes.
Mais adiante resulta necessário realizar um exame mais detalhado com uma inspeção
mais cuidadosa da área afetada utilizando luz natural ou de tipo natural já que as luzes
coloridas podem mascarar diversos processos sobre tudo em seu início (Ex. a luz
amarela opaca um tintura subicterico), às vezes a inspeção pode ajudar-se com lentes de
aumento e em outros casos é necessário utilizar a vitropressão ou diascopía (uso de um
vidro relógio ou lâmina de cristal), a valoração do aroma é outro aspecto que deve se ter
em conta e devem explorá-los pulpejos no caso dos cães e gatos assim como os espaços
interdigitais nos ungulados.
É importante deter-se inspecionar as uniões entre a mucosa e a pele já que certos
processos patológicos se caracterizam por apresentar lesões vesiculosas ou bullosas a
esse nível Ex.: Alguns tipos de pênfigo.
De ser necessário e só quando estamos seguros que a exploração não suporta
contaminação do explorador, realiza-se a palpação. Finalmente nos casos que se
suspeite de enfisema cutâneo se pode empregar a percussão. Tira-a de amostras para
exames especiais, tais como a raspagem cutânea e a biópsia têm grande importância em
alguns casos duvidosos.

Mucosas visíveis.

Técnica exploratória. Do ponto de vista clínico as mucosas visíveis se exploram quase


exclusivamente por inspeção sendo as mais importantes a mucoso bocal, a mucosa
ocular, a mucosa nasal, e a mucosa bulbar, já que para apreciar outras mucosas se
requerem de métodos especiais como a endoscopia.
A exploração do mucoso bocal requer do uso dos métodos de sujeição da cabeça e de
abre-bocas eficientes e em alguns animais de uma sedação efetiva. Para realizar uma
exploração completa de dita mucosa, devemos observar sucessivamente as mucosas dos
lábios, as gengivas, as bochechas, a cara inferior da língua e o paladar duro, já que em
qualquer deles se podem assentar lesões importantes.
Na mucosa ocular devemos ter em conta fundamentalmente à conjuntiva ocular, os
copos episclerales e a terceira pálpebra ou corpo clignotante este último deve ser
exposto mediante a ligeira pressão do polegar sobre a pálpebra superiora afundando
ligeiramente ao globo ocular enquanto com a outra mão se baixa a pálpebra inferior.
Para observar a conjuntiva ocular se recomenda girar a cabeça do animal lateralmente
sobre seu eixo, e deprimindo logo a pálpebra inferior.
A inspeção da mucosa nasal se realiza colocando ao animal de frente à luz solar
(embora possa empregar-se outra fonte de luz como lanternas ou espelhos frontais),
dirigindo sua cabeça até encontrar o ângulo por onde penetre mais luz e levantando o
véu do nariz para abrir a fossa nasal utilizando os dedos indicadores e polegar em
algumas espécies como é no caso do cavalo e ambas as mãos em outras como os
bovinos.
A exploração da mucosa bulbar se leva a cabo tomando os extremos dos lábios bulbares
com ambas as mãos e separando-o, ló qual é suficiente para expor o vestíbulo vaginal e
o clitóris. Para uma exploração mais profunda na qual se aprecia a mucosa vaginal se
requer da vaginoscopía mediante o uso do espéculo o qual escapa ao objetivo central
desta monografia.

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Aspectos que se valoram. Alterações patológicas.

Do ponto de vista semiológico nas mucosas se valoram três aspectos fundamentais que
são: A cor, o brilho e a umidade.
Cor: A cor depende da mucosa que estejamos explorando, embora em sentido general
devêssemos dizer que é mais ou menos rosada. O mucoso bocal é a que em condições
normais luz relativamente mais pálida devido ao grande desenvolvimento de sua capa
epitelial, sobre tudo em bovinos e equinos, em algumas raças de equinos e cães a
mucoso bocal está acostumada a estar pigmentada Ex.: o paladar duro em algumas raças
de cães
A conjuntiva ocular e a terceira pálpebra revistam ser algo mais rosado, variando para
rosada pálida em alguns animais, apreciando-se a nível conjuntival os vasos
episclerales.
A mucosa nasal está acostumada a ser rosácea embora em muitos casos a pigmentação
do animal na zona não deixa observar claramente.
A mucosa vaginal é também rosa pálida como a conjuntiva ocular com finas
vascularizações.
Podem produzir-se enrijecimentos das mucosas em ambientes muito quentes pelo
aumento da circulação periférica ou, depois de esforços físicos violentos sobre tudo nas
mucosas ocular e nasal, também a mucosa bulbar se avermelha no zelo. Pelo contrário
em temperaturas baixas tomam uma cor vermelha azulada.

O Brilho e a umidade: As mucosas devido a sua maior vascularização e a menor


grossura da capa corneia se apreciam muito mais brilhantes e, além disso, são
normalmente muito mais úmidas que a pele intacta,
Neste sentido as mucosas se podem alterar por uma diminuição do brilho e a umidade
que são característicos destes tecidos em enfermidades onde se produz uma resseque das
mesmas como ocorre na febre ou por enfermidades onde se apresenta tumefação de dita
mucosa como ocorre nos processos inflamatórios que afetam esses tecidos.

Exploração da pele.

Na pele existe aspectos que é necessário valorar ao realizar a exploração clínica e


muitos deles têm aparelhados uma técnica determinada, pelo qual ao abordar cada
aspecto nos referiremos à técnica exploratória que se deve empregar em cada caso.

Aspectos que se valoram a exploração da pele:

1. Anexos da pele.
2. Cor
3. Umidade
4. Temperatura
5. Odor
6. Elasticidade
7. Sensibilidade

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Anexos da pele:

Entre os anexos se encontram a capa de cabelo, os cascos, unhas e chifres nos


mamíferos, assim como a plumagem, crista, queixo, pico e outros nas aves.
A exploração do cabelo nunca deve subestimar-se na hora de explorar a pele de um
animal já que é um indicador muito importante do estado de saúde do animal, além
disso, um dos objetivos da produção de algumas espécies animais é o cabelo, tal como
ocorre nos ovinos com a lã. O cabelo normalmente deve ser sedoso brilhante e liso,
(salvo exceções), pelo qual uma pelagem áspera, sem brilho é um sintoma de diversas
patologias tais como enfermidades carenciais (deficiências vitamínicas e minerais),
parasitárias ou de larga duração, é característico no caso da febre que se observe
eriçamento do cabelo ou das plumas.
Dentro das alterações mais importantes do cabelo está à queda do cabelo que se
denomina alopecia a qual pode ser geral ou circunscrita. A alopecia generalizada se
apresenta em casos de transtornos crônicos da nutrição ou em algumas intoxicações e
em alguma dermatite fotodinâmicas (Ex.: intoxicação pela planta lantana câmara),
observou-se queda do cabelo só das partes brancas do animal. Quando a alopecia
generalizada é de origem congênita se denomina atriquia embora isto não deva com a
existência de raças sem cabelo como é o caso do cão nu mexicano e o cão crestado
chinês.
No caso da alopecia circunscrita (chamada por alguns autores areata) na qual se
apreciam áreas desprovidas de cabelo arredondadas que aumentam progressivamente e
algumas delas se reúnem entre se. A alopecia tem frequentemente uma base
inflamatória em caso de eczema, dermatite, sarna, demodicosis, tricofitosis, etc.
Ante um transtorno alopécico é necessário definir se forem circunscritas ou difusas se
forem simétricas ou não e sobre tudo se ao puxar este cabelo cai facilmente ou não, já
que, por exemplo, nas tinja a alopecia é circunscrita e simétrica e não cai facilmente
enquanto nos transtornos hormonais a situação é inversa.
Quando esta alopecia originada pela ruptura do cabelo se denomina tricorexis o qual se
produz no caso das tinja. Mais raramente se encontram a existência de excesso de
cabelo ou hipertricosis, o qual pode estar originado por alterações endócrinas como o
hiperadrenocorticalismo equino.
As alterações da cor do cabelo podem ser de origem senil (velhice) ou por inflamações
cutâneas profundas ou por irradiações roengenológicas continuadas, a diminuição da
pigmentação do cabelo se denomina leucotriquia e é frequente em transtornos carenciais
de oligoelementos e aminoácidos impregnados de enxofre, mais raramente se pode
apresentar um aumento na pigmentação chamada melanotriquia.

Cor da pele:

A cor da pele nos animais se aprecia (quando não esta pigmentada) nas regiões
desprovidas de cabelo como o periné, a cara interna das coxas, a região da glândula
mamária, cara interna das orelhas e outros.
Nos bovinos a pele despigmentada é cinza rosado claro, enquanto em outras espécies
como cães e gatos é mais clara sem chegar a ser pálida. Quando a pigmentação impede
de ver a cor da pele terá que ir às mucosas.

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Alterações da cor da pele.

A cor esbranquiçada da pele e as mucosas se denomina palidez cutânea e pode ir de um


branco cinzento até uma cor branca marmórea (como o mármore ou a porcelana) e é
mais visível nas mucosas, sobre tudo a nível bocal pelo qual não deve deixar de
explorar nesses casos. Nas aves de curral se aprecia em nível da crista e os queixos
devido à ausência da tintura vermelham que as caracteriza. Esta cor é característica das
anemias não hemolíticas como são as posthemorrágicas ou por perda de sangue, as
nutricionais ou carênciais e as aplásticas ou por deficiente formação, também nas
hemoglobinemias, e as leucemias. Também pode produzir uma palidez cutânea nos
casos de shock, na febre alta por espasmo vascular e na debilidade cardíaca por paralisia
geral vascular.
No caso da diminuição da pigmentação da pele por diminuição da melanina lhe
denomina leucodermia e quando esta ausente lhe denomina acromia. As acromías
podem ter uma origem congênita sendo sua distribuição geralmente difusa no albinismo
ou localizada como no vitiligo. Igualmente encontraremos acromías adquiridas causadas
por agentes físicos (cicatrize despigmentadas detrás traumatismos), químicos (injeção
ou aplicação tópica de corticosteroides) e parasitas (leishmanioses). Aparece também
em carências alimentares graves (carência de vitaminas e aminoácidos impregnados de
enxofre) ou como sequela de processos inflamatórios (lúpus eritematoso discoide).
A coloração avermelhada ou enrijecimento da pele e as mucosas pode produzir-se por
uma congestão do sangue dentro dos copos sanguíneos ou hiperemia chamada
rubicundez cutânea ou por extravasação do sangue para a pele ou as mucosas em cujo
caso se denomina hemorragia cutânea. Quando a Rubicundez é generalizada lhe chama
Exantema e é estranha nos animais embora em cães se hajam descrita desordens
mieloproliferativos como a policitemia beira ou verdadeira, a qual cursa com este
processo, quando a rubicundez é circunscrita se denomina Eritema. As características
dos Eritemas e as hemorragias cutâneas serão estudadas em detalhe dentro das lesões
primárias nas manchas ou máculas. Em caso de dúvidas para distinguir uma rubicundez,
de uma hemorragia se deve realizar uma ligeira pressão na pele com uma lâmina de
vidro, um vidro relógio ou só com o dedo e se for de origem hiperémico ficará a malha
esbranquiçada porque o sangue fluirá fora da área pelos copos sanguíneos, mas se for
uma hemorragia isto não ocorrerá porque o sangue está extravasado a isto lhe denomina
vitropressão ou diascopía.
A coloração amarela aparece nos casos de icterícia variando sua tonalidade (desde
amarelo esverdeado ou amarelo limão até amarelo açafrão) em dependência da origem e
a intensidade do processo aparece muito frequentemente nas anemias hemolíticas como
ocorre nas hemoparasitoses (anaplasmoses, piroplasmoses, eperitrozoonoses, etc.) e
também nos transtornos hepáticos por diferentes causa como obstrução do conduto
colédoco (icterícia obstrutiva) e processos inflamatórios do fígado como hepatite ou
cirrose hepática (icterícia hepatocelular); também em enfermidades como a
leptospiroses, e intoxicações que provoquem dano hepático.
A coloração rojo-azulada ou azulada da pele se denomina cianose e se produz de forma
generalizada pela acumulação de hemoglobina reduzida na corrente circulatória, o que
implica uma maior presencia de CO2 no sangue, este é um signo de asfixia ou de sérias
dificuldades respiratórias se pode apresentar na dispneia intensa ou paroxística, também
se apresenta em transtornos cardíacos como a debilidade cardíaca por diminuição do
contribua de oxigênio às tecidos (nesses casos se esta animal compensado se aprecia
quando se excita) e em intoxicações das quais a mais clássica é por cianeto. Existem
enfermidades que cursam com cianose como é no caso de a cólera aviar em aves de

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curral, onde se aprecia uma cor azulada da crista e queixo. Nos bovinos, equinos e
carnívoros as mucosas cianóticas se podem apresentar em Pneumonias muito intensas
(por causas biológicas ou por broncoaspiração), em Edema e enfisema pulmonares, por
transtornos cardiovasculares graves como defeitos do septo ventricular ou Tetralogia do
Fallot Hipertensão pulmonar, shock anafilático, meteorismo muito severo.
A coloração negruzca da pele se produz por acumulação patológica de melanina no caso
da chamada acantoses enegreçam embora também pode apreciar-se essa coloração por
processos infecciosos graves que provocam enegrecimento da pele como ocorre na
gangrena cutânea.

Umidade da pele

A pele e os cabelos se mantêm sedosos, untuosos e ligeiramente úmidos devido à ação


tanto das glândulas sudoríparas como das sebáceas. Esta lubrificação fisiológica
depende de diversos fatores, já que este é um importante elemento para a adaptação dos
animais ao médio, por isso há espécies ou raças que as possuem em maior número e
vice-versa. Ex. Os equestres apresentam maior quantidade de glândulas sudoríparas por
área de pele que os bovinos e a raça zebu dentro destes últimos possuem maior
quantidade que outras. Também terá que ter em conta que a distribuição das glândulas
sudoríparas não é uniforme, por isso este aspecto em bovinos (e no ovino pelibuey)
deve-se explorar o focinho, a tabela do pescoço, as costas, os flancos e nos equinos,
além desses lugares, as regiões inguinais e axilares, a base das orelhas e os olhos. Nos
cães os lugares de eleição são os pulpejos já que quase nenhuma raça sua no resto do
corpo (com exceção dos cães chineses). Outras espécies como o coelho, o camundongo,
o rato e as aves não suam nunca.

Alterações das glândulas sudoríparas.

O aumento patológico da secreção de suor se denomina hiperidroses e pode ser


generalizada ou local e se manifesta por obscurecimento e umedecimento da capa de
cabelo, há vezes que os animais aparecem totalmente empapados e com presença de
espuma. A hiperidroses generalizada se está acostumado a produzir-se por enfermidades
muito dolorosas, especialmente os cólicas e as peritonites, também na debilidade
cardíaca e no colapso circulatório onde o suor é frio e pegajoso. No cavalo na uremia e
na etapa final do tétano também se apresenta.
A hiperidroses local se observa principalmente por inibição do simpático ou excitação
do vago por causa de lesões traumáticas dos nervos espinhais e simpáticos e às vezes
em enfermidades medulares. Os parasimpaticomiméticos como a pilocarpina, a
arecolina ou a lentina provocam sudoração no ponto de injeção. Uma alteração da rega
sanguínea em uma zona específica pode também provocar sudoração localizada em dita
zona (embora em alguns casos pode também causar o contrário)
A diminuição da secreção de suor se denomina anidroses e se aprecia porque a pele se
torna ressecada ao tato observa-se o período de fastígio da febre (em bovinos se aprecia
facilmente no focinho) e em enfermidades da nutrição assim como depois de copiosas
perdas de água por diarreias profusas poliúria e diabetes
Outras alterações das glândulas sudoríparas são a hemohidroses ou suor de sangue que
se produz por hemorragia das glândulas sudoríparas aparecendo sangue puro ou
mesclado com o suor na superfície cutânea e se observa na enfermidade maculosa do
cavalo ou nas diáteses hemorrágicas.
Alterações das glândulas sebáceas

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As glândulas sebáceas proporcionam uma magra capa oleosa que cobre a pele dos
mamíferos e proporciona brilho e suavidade ao cabelo. O aumento da secreção sebácea
(seborreia) se manifesta porque a pele se nota excessivamente oleosa ou untuosa ao tato,
em outros casos provoca uma reação contrária (seborreia seca) na qual se produzem
desde pequenas escamas furfuraceas até crostas brilhosas, como ocorre no herpes
escamoso e a pitiriasis seborreica. A seborreia pode ter uma origem primária em
alterações do metabolismo lipídico e síndromes de malabsorção ao igual a em carências
vitamínicas, sendo com frequência secundária como complicação de enfermidades de
caráter alérgico, autoimune infecciosa e parasitária, pode ser generalizada embora possa
encontrar-se localizada como ocorre nas crinas e o sabugo de milho da cauda em
equinos.
A diminuição da secreção sebácea é um processo estranho e se denomina asteatosis.
Provoca perda do brilho, fragilidade e resseque do cabelo e se produz em alguns
transtornos crônicos da nutrição.

Elasticidade da pele

A elasticidade e flexibilidade da pele é uma importante qualidade deste tecido e se


valora mediante a observação da capacidade da mesma de retrair-se a sua posição
inicial, depois de lhe realizar uma dobra cutânea. Portanto este elemento se explora
realizando um estiramento da mesma em regiões onde a tensão natural da malha o
permita. Esse é o caso das regiões da tabela do pescoço a cincheira, os flancos etc. A
elasticidade da pele se afeta sobre tudo quando há quadros de desidratação no animal
por diversas causas, esse é o caso das diarreias profusas.
Os outros transtornos que afetam a elasticidade da pele, geralmente provocam alterações
na consistência e a grossura da mesma (Ex.: em algumas enfermidades carênciais e
metabólicas), embora a primeira se deve à presença de elastina e as outras dois ao
colágeno ambos os existentes na pele.
No caso esta grossura diminui na atrofia da pele a qual afeta à epiderme e sobre tudo à
derme, colágeno e malha elástica. A pele se aprecia enrugada transparente observando-a
rede venosa subjacente. A palpação se aprecia emagrecimento do tegumento sendo fácil
criar dobras persistentes. A atrofia da pele se apresenta no caso do
hiperadrenocorticalismo canino. Com relação à consistência se afeta na esclerose na
qual há condensação dos elementos constituintes da derme especialmente o colágeno e a
malha elástica dando lugar ao endurecimento da pele e malha celular subcutânea
aparecendo a pele grosa com aspecto brilhante e dura a palpação, rígida e inelástica, não
se deixa pregar e esta predisposta a asa aparição de rugas e gretas. Geralmente é de
origem secundária a inflamações crônicas, transtornos nutritivos e infecciosos crônicos
e só raramente é primária. Quando o engrossamento e endurecimento são extremos lhe
denomina esclerodermia.

Temperatura cutânea

A temperatura cutânea é um reflexo da temperatura corporal, embora não corresponde


exatamente com a temperatura interna do corpo devido aos mecanismos de dissipação
de calor e as características da pele em cada uma das partes do corpo. Esta também
depende da irrigação que tenha a pele da zona que se trate, por isso a distribuição da
temperatura cutânea não é uniforme.
A temperatura cutânea se toma com o dorso da mão e devem comparar-se regiões
simétricas e explorar as regiões mais cálidas e as mais frite para ter uma ideia da

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situação do animal. Também experimentalmente se utilizam termômetros digitais de
contato que embora não têm um uso prático importante podem dar uma ideia exata da
distribuição térmica na pele do animal.
As regiões mais cálidas são fundamentalmente a região do peito, a cinchera, a parte
baixa do abdômen e a tabela do pescoço, quando o animal tem hipertermia se aprecia na
região da nuca por detrás das orelhas.
As regiões mais fritem são a ponta do focinho ou o focinho e as partes baixas das
extremidades, quando o animal tem uma hipotermia ou um esfriamento periférico essas
regiões se apreciam mais frite do comum o qual é característico dos colapsos
circulatórios.

Odor da Pele

A pele sã só despede um odor débil que depende dos metabolitos segregados por cada
animal em particular por isso variada segundo a espécie zoológica, e inclusive entre
animais da mesma espécie de maneira que lhes serve como meio de identificar-se entre
eles marcar território e procurar casal
O aroma da pele se altera em casos de alterações patológicas das glândulas sudoríparas
e sebáceas (paridrosis), em cujo caso os animais despedem um aroma desagradável, e se
produz por uma decomposição intensa do mesmo na superfície da pele, assim como se
pode apresentar em enfermidades metabólicas como a Cetoses ou acetonemia na qual se
apresenta um aroma adocicado que recorda o aroma de uma fruta muito amadurecida ou
fruta podre. No caso de outras enfermidades como a Uremia se apresenta aroma urinoso
da pele e a transpiração cutânea.

Sensibilidade da pele

Esta se explora como parte da valoração da sensibilidade exteroceptiva no Sistema


Nervoso e é necessário avaliar a sensibilidade tateante, térmica e dolorosa. A
sensibilidade tátil (não dolorosa) avalia-se com o deslizamento suave dos dedos, ponta
de um pincel ou de uma palha pela superfície da pele, imitando o roce de um inseto
sobre tudo ao a entrada dos orifícios nasais etc., valorando os reflexos e movimentos
evasivos do animal. A sensibilidade térmica se valora aproximando objetos muito
quentes ou muito frios (varinha aquecida ou partes de gelo) e avaliando a reação a eles.
A exploração da sensibilidade dolorosa se realiza fazendo pequenas dobras cutâneas
efetuadas com pinças, arrancar pequenos mechoncitos de cabelo, espetadas leves etc.,
para logo valorar as reações defensivas os gemidos e gemidos do animal, todos estes
estímulos devem realizar-se evitando que o paciente possa ver o que fazemos para tratar
de garantir que a reação esteja motivada exclusivamente pela prova. É necessário ter em
conta que nos estados de profunda debilidade estas provas não contribuem com
respostas totalmente efetivas. As alterações da sensibilidade podem ser a hiperestesia ou
exaltação da sensibilidade cutânea, a qual se pode apresentar em enfermidades dos
nervos periféricos como Polineurites (às vezes se apresentam sensações anômalas ou
parestesias, na quais se lambem, roem e arranham partes específicas da pele), a
hipoestesia ou diminuição da sensibilidade e a anestesia ou ausência de dita
sensibilidade, estas se produzem é transtornos graves do sensorial ou lesões dos nervos.

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Alterações patológicas principais da pele e mucosas

Entre as principais alterações patológicas da pele temos:


1. Prurido Cutâneo ou Comichão.
2. Aumentos de volume.
3. Lesões primárias ou fundamentais.
4. Lese secundárias ou consecutivas.

Prurido cutâneo

O Prurido cutâneo ou comichão é a sensação de ardor ou ardência que se produz na pele


devido à estimulação ou irritação das terminações nervosas da epiderme em diversas
enfermidades cutâneas.
A sensação de prurido é subjetiva pelo qual o que apreciamos é suas consequências nos
animais tais como inquietação, rasgamentos, roce estregamentos, roeduras, lambidas e
quando se localiza nas orelhas agitação da cabeça, as aves se pinçam as crostas com o
pico e o arrastar-se sobre o ânus é signo de prurido anal no cão.
O arranhado constante das zonas pruriginosas, provoca uma irritação mecânica da pele
que pode desembocar em inflamações, escoriações, alopecias ou necrose da pele.
O prurido pode ser generalizado ou localizado. O prurido cutâneo generalizado se
produz pelo amontoado no organismo de substâncias toxicas que irritem as terminações
nervosas da pele já sejam de origem endógena ou exógena. Isto se pode produzir em
enfermidades renais crônicas que cursam com uremia, na constipação crônica, na
icterícia, na diabetes mellitus descompensada, em estados alérgicos ou em alguns casos
de intoxicações alimentares.
Entre as enfermidades cutâneas que cursam com prurido intenso temos em primeiro
lugar a Sarna e outros ectoparasitos nas quais o prurido, é mais intenso quando aumenta
o calor, além disso o prurido se apresenta na urticária, o eczema, assim como em alguns
tipos de dermatite e erupções cutâneas. Também algumas enfermidades nervosas da
medula e o encéfalo e em algumas polineurites. Nestes casos a extensão do prurido
depende da extensão do processo patológico que o causa.
Dentro do prurido localizado é característico o que se produz nos arredores dos orifícios
naturais como é à boca, as fossas nasais ou o ânus, este se pode originar pela irritação da
mucosa vizinha, como ocorre no catarro nasal, larvas de parasitas, oxiúros cujas fêmeas
depositam os ovos na região anal, gastrófilos, segmentos de tênias, etc. Também é
conhecido o prurido que se produz no ponto de infecção de algumas enfermidades como
na Raiva (no ponto de mordida se produz prurido) e a Enfermidade do Aujeszky.
Existem fármacos que ao ser injetado podem provocar prurido fugaz.
Finalmente resulta chamativo os casos de algumas enfermidades cutâneas que não
cursam com prurido, (ou que é quase imperceptível) tais como a acne, a demodicosis
(demodium canis) e alguns exantemas secundários.

Aumentos de volume

Os aumentos de volume da pele se podem apresentar em muitas lesões e enfermidades


cutâneas como dermatite, abscessos, actinomicoses, etc., entretanto nesta epígrafe
abordaremos dois tipos de aumentos de volume que por suas características se podem
considerar como síndromes cutâneos e que por sua importância nos podem ajudar ao
diagnóstico de muitas patologias tanto da pele como do organismo em geral. Estes
aumentos de volume são:

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1. O Edema cutâneo.
2. O Enfisema cutâneo.

Edema cutâneo

O Edema cutâneo é o aumento de volume da pele por acumulação de líquido nos


espaços intracelulares da derme e sobre tudo na malha conjuntiva subcutânea. Os
edemas da pele em sentido general se apreciam como zonas inchadas, tumefactas com
contornos imprecisos (se for extenso se perdem os contornos articular) e que ao tato se
aprecia como de consistência pastosa e se caracteriza porque ao pressionar com o dedo
sobre a malha e retirá-lo persiste a impressão do dedo durante um tempo maior que na
malha normal; a este fenômeno lhe denomina com a voz latina fóvea digitais (fossa do
dedo) e constitui um importante signo para distinguir este processo, embora em caso de
que a pele esteja muito tensa, ou seja, muito rica em tecido conectivo pode não ser
manifesto.
Do ponto de vista de suas características clínicas o Edema cutâneo se pode dividir em
Inflamatório e não Inflamatório

Edema cutâneo Inflamatório

Este tipo de edema se produz a consequência de um processo inflamatório intenso que


cursa com lesão das paredes vasculares da zona, que se fazem permeáveis geralmente à
causa as toxinas geradas pelos gérmenes associados ao processo, deixando passar
líquido rico em albumina. Por esta razão este processo se pode produzir em qualquer
zona do corpo e sua aparição é geralmente rápida, aguda.
Nestes casos aos signos gerais que caracterizam aos edemas (zonas inchadas,
tumefactas, pele tensa brilhante, consistência algo pastosa, fóvea digital) lhe somam os
signos clínicos da inflamação tais como enrijecimento da zona afetada, dor a palpação e
aumento da temperatura da pele na zona. Às vezes os edemas se produzem em forma de
anel ao redor de um foco inflamatório (edema colateral)
Este tipo de edema se pode apresentar em enfermidades infecciosas de caráter
septicémico tais como o carbunco a septicemia hemorrágica dos bovídeos e búfalos, a
influência equina, a enfermidade maculosa de equestres, a gangrena enfisematosa, o
edema maligno, o edema gasoso, a peste das renas, a peste das aves de curral, na durina
e na tripanossomíase.
Também se apresenta pela introdução ou produção de algumas substâncias tóxicas que
produzem irritação ou alergia como ocorre no caso das picadas de alguns insetos
(abelhas ou vespas), aracnídeos (aranhas ou escorpiões), na urticária ou na enfermidade
do soro.
Existe também um edema colateral nas imediações de os orifícios corporais e que
acompanha aos processos inflamatórios intensos das mucosas vizinhas (rinite,
estomatites, faringite, proctites, colpite infecciosa, etc.) às vezes na reticulites
traumática (sobre tudo se existir perfuração do retículo) pode aparecer uma tumefação
edematosa que se estende pela região eternal, enquanto que na perfuração do esôfago
também se pode produzir um edema inflamatório da região jugular. Na pleurite
exudativas graves se podem apresentar edemas inflamatórios da parte exterior do tórax.
Em muitos destes casos podem sobrevir infecções que culminem em fístulas.

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Edema cutâneo Não Inflamatório

Este tipo de edema se pode produzir por diversas razões entre as quais podemos citar os
casos nos que esta dificultado o retorno venoso do sangue, nos quais se produz como
consequência um estancamento ou estases circulatório no setor venoso que se traduz a
nível capilar em maior permeabilidade capilar e maior pressão de filtração; neste caso
lhe denomina edema por estases ou edema estásico, por outro lado um edema não
inflamatório também se produz quando os endotélios capilares não estão bem nutridos
produzindo uma maior permeabilidade capilar a este tipo de edema lhe denomina edema
Os Edemas não inflamatórios podem ser generalizados ou ter um caráter local, ambos
respondem às características típicas dos Edemas às que fizemos referência, mas no caso
dos generalizados se distinguem porque sua aparição, curso e desenvolvimento é
relativamente lento, e os lugares onde usualmente se apreciam são as zonas inferiores,
baixas ou com declive e que tenham celular subcutânea abundante malha, lasso e pele
fina que nos quadrúpedes correspondem às regiões do peito, a papada, a região
subglosiana, e a parte inferior do abdômen fundamentalmente, embora também pode
aparecer nas extremidades; em todos eles se apreciam áreas bilaterais e simétricas muita
aumentadas, com os limites ou contornos imprecisos, imprecisos, tumefactos, pele tensa
mas clara (sem enrijecimento), além disso a zona se aprecia fria e indolor ao tato, de
consistência pastosa e até flácida em alguns casos. O Edema generalizado se denomina
anasarca e está acostumado a acompanhar-se de hidropisia das cavidades serosas tais
como ascites e hidrotórax sobre tudo se suas causas forem cardiovasculares ou
hepáticas. Os edemas hídricos têm as mesmas manifestações que os por estases
generalizados
No caso do edema de caráter localizado pode produzir-se por trombose venosa ou
obstrução de determinados copos linfáticos e os sintomas são os mesmos mas a
tumefação se circunscreve à zona da que recolhe sangue ou linfa respectivamente a veia
ou o tronco linfático que se encontra obstruído, pelo qual pode ser unilateral. Quando
este edema é localizado em uma extremidade esta se deforma ostensiblemente
perdendo-os contornos articular o qual recebe o nome de elefantíase.
Os edemas por estases generalizados se apresentam na debilidade cardíaca crônica, na
pericardite e em endocardites valvulares descompensadas, em processos que provoquem
compressão das veias cava, ou do coração já seja por tumores intratorácicos, formações
tuberculosas, abscessos mediastinicos ou intrapleurales etc.; estes últimos casos também
podem provocar edemas localizados se comprometerem veias ou copos linfáticos
específicos (compressão da cava caudal, de veias do prepúcio, conduto torácico etc.).
Também se apresentam em algumas enfermidades hepáticas que cursem com
compressão venosa (cirrose e tumores hepáticos, etc.) e às vezes cadeias ou vendagens
muito apertadas podem provocá-los.
Os edemas hídricos se produzem com frequência na desnutrição e a caquexia (edema
subglosiano ou edema da fome), na anemia crônica grave, nos parasitismos intensos e
também raramente em algumas enfermidades renais (o edema nefrótico).

Enfisema cutâneo

O Enfisema cutâneo é o aumento de volume da pele por acumulação de ar comum ou


outros gases nas malhas conjuntivas da pele e a malha celular subcutânea. Os sintomas
fundamentais dos enfisemas cutâneos são que a palpação se percebe uma sensação de
almofadinha de ar e que em muitos casos se percebe um ligeiro rangido ao comprimir
ou passar os dedos por cima da pele da zona (crepitação ao tato), à percussão da zona se

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produz um som timpânico claramente manifesto, uma das diferenças destes com os
edemas é que a demarcação da área do enfisema é muito menos precisa que nos edemas
onde os limite se apreciam mais claramente, assim como que a consistência é muito
mas elástica pelo que não se apreciam as marcas dos dedos à pressão as quais
desaparecem rapidamente.
Os enfisemas cutâneos de acordo a suas manifestações clínicas também podem dividir-
se em inflamatório e não inflamatório.

Enfisema não inflamatório

Este tipo de enfisema, também chamado enfisema por aspiração, origina-se devido à
entrada acidental de ire a nível subcutâneo devido a feridas em regiões de muito
movimento como as axilas, paredes abdominais e dobra da babilla, também se viu
frequentemente como consequência de feridas em órgãos internos que contêm ar como
os pulmões; já seja por costelas fraturadas ou por corpos estranhos ou também a
consequência de rupturas tosse paroxística, expirações forçadas, mugidos constantes ou
pela gangrena pulmonar, nesses casos o ar dos alvéolos e brônquios se filtra para a
malha conjuntiva intersticial e dali é conduzida para o hilio do pulmão, logo à malha
conjuntiva do mediastino e à malha lassa da entrada do tórax e mas tarde às regiões
vizinhas.
Outras feridas que mais raramente podem provocá-la som; a aplicação descuidada do
trocar a nível do rúmen em casos de timpanismo, ou por feridas perfurantes nos
intestinos distendidos por gases o que provoca a penetração do gás para o espaço celular
subcutâneo seguindo diversas vias, é possível também que a origem esteja em feridas na
faringe, esôfago e bolsa gutural.
As características clínicas deste tipo de enfisema, (além dos sintomas gerais desta
manifestação semiológica como o som percutorio timpânico e a crepitação ao tato) são
uma tumefação indolor, fria, de contornos imprecisos, de curso lento e progressivo que
pode chegar ao abobamento de grande parte isto corpo se não se complicar com um
processo inflamatório.

Enfisema inflamatório

Este enfisema se produz ao redor de focos inflamatórios, ou em estado de putrefação,


provocados por gérmenes anaeróbios produtores de gás, ou seja é consequência do que
se denomina um flegmão gasoso (alguns autores o chamam enfisema idiopático) onde o
processo se forma fundamentalmente a consequência da coleção dos gases pútridos
produzidos pelo metabolismo de ditos gérmenes, isto se produz no caso de edema
maligno, no edema gasoso, na gangrena enfisematosa, no carbunco sintomático, e no
enfisema da putrefação ou gangrena enfisematosa obstétrica e na peste das renas.
As características clínicas deste tipo de enfisema, são que à crepitação ao tato e o som
percutorio timpânico, une-se a presença ao redor do foco inflamatório de signos como
uma tumefação dolorosa, quente, avermelhada de contornos imprecisos, de curso mais
violento e agressivo que o enfisema por aspiração, embora logo a pele sofre necrose e
então pode tornar-se seca e fria.

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Tabela # 1: Resumo das diferenças entre Edema e Enfisema aos métodos de exploração

Etiologia Localização Inspeção Palpação Percussão


Por estases: Generalizados em Apreciam-se como A zona fria e indolor Não se
dificuldade do zonas declive como, zonas inchadas, ao tato, de emprega
retorno venoso ou peito, região tumefactas contornos consistência pastosa
linfático, estases subglosiana, papada, imprecisos, com a e até flácida, e fóvea
circulatórias mais e parte inferior do pele tensa brilhante, digitalis,
Não permeabilidade abdômen. mas sem
inflamatório capilar e maior Localizados: pode ser enrijecimento.
pressão de filtração unilateral, da zona onde
Hídrico: capilares recolhe ou drena
malnutridos com sangue ou linfa o vaso
maior permeabilidade afetado.
capilar
Edema

Processo inflamatório Este processo se pode Zonas inchadas, Consistência algo Não se
intenso com lesão das produzir em qualquer tumefactas, pele tensa pastosa, fóvea digital emprega
paredes vasculares da zona do corpo doe brilhante, com os dor a palpação e
zona, e se fazem exista um processo signos clínicos da aumento da
permeáveis a causa as inflamatório inflamação como temperatura da pele
toxinas geradas pelos enrijecimento da zona na zona (calor).
Inflamatório gérmenes associados ao afetada, às vezes os
processo, deixando edemas em forma de
passar líquido rico em anel ao redor de um
albumina. Sua aparição foco inflamatório se
é geralmente rápida, (edema colateral)
aguda.

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Etiologia Localização Inspeção Palpação Percussão
Entrada acidental de ar Em regiões de muito Tumefação de Região de consistem- Som
subcutâneo por movimento como as contornos imprecisos, cia elástica percutorio
espetadas ou feridas, axilas, paredes de curso lento e Range ou Crepita ao Timpânico
Não feridas em órgãos abdominais e dobra tato tumefação
progressivo que pode
inflamatório internos como pulmões; da babilla que logo se indolor, fria.
por costelas fraturadas pode estender a todo chegar ao abobamento
ou por
aspiração ou corpos estranhos ara o corpo se não se de grande parte do
por tosse paroxística, complicar com um corpo.
expirações forçadas, processo
mugidos constantes ou inflamatório.
pela gangrena pulmonar.
Focos inflamatórios, Na região para onde Presença ao redor do Crepitação ao tato Som
ou em putrefação, por vão os gases foco inflamatório de tumefação dolorosa percutorio
Enfisema

gérmenes anaeróbios geralmente signos como uma e quente, embora Timpânico


produtores de gás, próximas ao foco logo a pele sofra
tumefação
um fleimão gasoso, infeccioso necrose e então pode
coleção dos gases avermelhada de tornar-se seca e fria.
pútridos pelo contornos imprecisos,
metabolismo dos de curso mais violento
Inflamatório
gérmenes, em caso de e agressivo.
ou idiopático
edema maligno,
edema gasoso,
gangrena
enfisematosa,
carbunco
sintomático, enfisema
da putrefação e na
peste das renas...

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