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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS


DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA
LABORATÓRIO DE MICOLOGIA

ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS ANEMÓFILOS DO


CAMPUS DA UFAM

Manaus/AM
2015

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ANTONIO FURTADO DA SILVA JUNIOR
DANIEL SILVA DOS SANTOS
ELOYSA MARIA OLIVEIRA RÊGO
LAYLA IANCA ROCHA
NATANNA CASTRO

ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS ANEMÓFILOS DO


CAMPUS DA UFAM

Relatório apresentado à disciplina


Micologia Geral do curso de
Ciências Biológicas da Universidade
Federal do Amazonas. Requisitado
pela Professora Maria Ivone Lopes
da Silva, como parte da nota da
disciplina.

Manaus/AM
2015

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Sumário
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 4
2. OBJETIVOS ............................................................................................................................................ 7
3. MATERIAL E METÓDOS ..................................................................................................................... 8
3.1. Locais de coleta .............................................................................................................................. 8
3.2. Amostragem......................................................................................................................................... 8
3.3. Materiais (Utilizados no estudo experimental) ............................................................................... 8
3. 4.Procedimento do Repique ................................................................................................................. 8
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................................... 10
4.1 – Aspergillius sp. ............................................................................................................................ 10
4.1.1 – DESCRIÇÃO E MORFOLOGIA ................................................................................................ 10
4.1.2 – CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA ............................................................................................ 11
4.1.3 – HABITAT E LOCALIZAÇÃO ...................................................................................................... 11
4.1.4 – MALEFÍCIOS................................................................................................................................ 12
4.1.5 – BENEFÍCIOS................................................................................................................................ 12
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................. 13

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1. INTRODUÇÃO

O Reino Fungi é constituído por um grupo de organismos que no princípio eram


considerados vegetais. Entretanto, os fungos apresentam características que não são
típicas das plantas. Por exemplo, as células dos fungos não possuem clorofila, e, portanto,
não realizam fotossíntese. Outra característica que não permite classificar os fungos como
plantas é devido à ausência de celulose na parede das células dos fungos. Todos os fungos
são eucariotos e podem ser unicelulares ou multicelulares. Normalmente possuem dois
núcleos em suas células os quais podem ser visualizados pelo microscópio óptico
empregando-se técnicas de coloração apropriadas. As células dos fungos, que são
conhecidas como hifas, se organizam em filamentos, e podem apresentar ou não septos
entre elas. O conjunto de hifas constitui o micélio, que é considerado o corpo do fungo. O
crescimento das hifas é apical, porém, existem algumas regiões com extrema capacidade
de crescimento, principalmente aquelas relacionadas às funções reprodutivas. Um diminuto
fragmento de hifa pode originar um novo indivíduo. As hifas interagem entre si mesmo
quando originadas de micélios ou esporos diferentes e com isso, aumentam a superfície e
relações que estabelecem com o ambiente. As células dos fungos não possuem plastídios
e nem centríolo. Também estão presentes a estrutura de Golgi e os peroxissomos.
Possuem parede celular constituída principalmente por quitina e β-glucanos. A membrana
celular é constituída por ergosterol, um esterol característico de fungos.

Os fungos são organismos autotróficos, possuindo uma nutrição por absorção, na qual os
fungos liberam enzimas digestivas sobre o substrato, absorvendo os nutrientes através da
parede e da membrana celular. Eles podem se reproduzir assexuadamente por
fragmentação do micélio, gemação, brotamento ou fissão; também realizam a produção
sexuada por copulação planogamética, contato gametangial, copulação gametangial,
espermatização e somatogamia. Os fungos apresentam grande variedade de modos de
vida. Podem viver como saprófagos, quando obtêm seus alimentos decompondo
organismos mortos; como parasitas, quando se alimentam de substâncias que retiram dos
organismos vivos nos quais se instalam, prejudicando-o ou podendo estabelecer
associações mutualísticas com outros organismos, em que ambos se beneficiam. Além
desses modos mais comuns de vida, existem alguns grupos de fungos considerados
predadores que capturam pequenos animais e deles se alimentam.

Em 1969, Whittaker procurou agrupar os fungos num só reino, o Reino Fungi. Atualmente,
a classificação dos fungos mais aceita pelos micologistas foi a proposta por Alexopoulos et
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al. (1996), na qual agrupou os fungos no filos Chytridiomycota; Zygomycota; Ascomycota;
Basidiomycota. A classificação dos fungos foi realizada com base em vários aspectos,
como por exemplo análise genética, composição da parede celular, flagelos, etc.

Os fungos possuem suma importância econômica nos dias de hoje, mas, infelizmente,
muitas das vezes eles são apenas lembrados pelas patologias que causam nos animais e
pelos prejuízos causados aos homens. Como importância econômica os fungos são
importantes na indústria alimentícia, utilizando-se espécies do gênero Agaricus e do gênero
Boletus, formando os cogumelos e os champignons; fabricação de pão, através da
fermentação de leveduras presentes nos fermentos. A levedura que faz esse processo
(geralmente Saccharomyces cerevisiae) é selecionada para ser mais eficiente, não produzir
metabólicos tóxicos e conferir a massa gosto e aroma característicos; produção de queijos
como o Azul, o Roquefort e Gorgonzola (geralmente sob a ação do Penicillium roquefortii),
Camembert (Penicillium camembertii). O fungo Penicillium notatum é muito útil ao homem.
Ele produz a penicilina, um antibiótico usado para combater infecções causadas por
bactérias. Entretanto, os fungos podem causar patologias também, como por exemplo, as
chamadas micoses, que são doenças superficiais ou profundas, causadas por fungos como
Microsporum canis (popularmente conhecido como impinge), Malassezia furfur (chamado
também de pano branco) e também Candida albicans, que causa a candidíase, uma
patologia oportunista. Os fungos são responsáveis pelo apodrecimento de alimentos, de
madeira utilizada em diferentes tipos de construções de tecidos, provocando sérios
prejuízos econômicos.

Os fungos anemófilos são encontrados no ar atmosférico e têm sua incidência influenciada


por fatores como a localidade, estação de ano, umidade do ambiente, entre outros. A
temperatura, pressão barométrica, pluviometria, umidade relativa, velocidade do vento e
insolação horária na dispersão aérea de fungos mais comumente isolados do ar
atmosférico, todos esses fatores interferem na população desses fungos. Um grande
número de fungos, encontrados na poeira e no ar desempenha papel importante na
patologia médica. Processos alérgicos como renite, asma alérgica (caso de
aspergilosebroncopulmonar alérgica), alveolite alérgica extrínseca (quase sempre doenças
ocupacionais), sinusite alérgica não invasiva e micoses pulmonares bem determinadas são
algumas das manifestações eventualmente provocadas pela microbiota fúngica exógena.
Fungos filamentosos, hialinos ou demácios diversos fazem parte de um universo
significativo de promotores de quadros de alergia respiratória, sofrendo variações de acordo
com diferentes condições ambientais. O fungo filamentoso do gênero Aspergillus tem sua
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frequência significativamente aumentada no outono, enquanto o Peniccilium predomina no
inverno. Os fungos anemófilos pertencem a diversos gêneros e espécies e quase todos são
contaminantes, isto é, podem ser isolados facilmente do ar, utilizando-se meios de cultura
adequados.

Os fungos anemófilos podem ser causadores de reações alérgicas em humanos, assim


como também aumentam a sua distribuição para outros locais ou regiões, ou
potencializando o aumento de micoses em humanos e animais bem como doenças em
planta. A ocorrência de infecções por fungos anemófilos é bastante conhecida na literatura
médica e os esporos inalados do ar têm sido incriminados como responsáveis por diversos
problemas alérgicos.

Devido à suscetibilidade relacionada às doenças causadas por fungos anemófilos


explicam-se os estudos com esses fungos, pois as doenças causadas pelo ar interno já
estão entre as principais causas de pedidos de afastamento do trabalho, tanto nos Estados
Unidos quanto na Europa. Indivíduos de terceira idade passam até 90% do seu tempo em
ambientes fechados e os poluentes contidos no ar desses ambientes podem ser tóxicos,
principalmente para indivíduos suscetíveis a derrame cerebral e doenças cardíacas.

A incidência de alergias provocadas por fungos anemófilos tem sido bastante evidenciada
na literatura médica, sendo os esporos inalados pelo ar, os principais responsáveis por
estas afecções, podendo também desencadear doenças infecciosas como as otites,
infecções urinárias, onicomicoses, infecções oculares, infecções do trato respiratório,
irritações em mucosas e pele e até fungemias provocadas por exposição de indivíduos
sensíveis aos propágulos e metabólicos toxigênicos desses fungos. Sendo assim, esses
tipos de patologias são preocupantes, pois esses fungos estão dispersos abundantemente
no meio ambiente.

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2. OBJETIVOS

 Coletar os fungos aéreos localizados no bloco H do Mini Campus da


Universidade Federal do Amazonas.

 Realizar a contagem de colônias obtidas na placa de Petri, suas


características e identificar o gênero do fungo, a partir do material obtido nas
aulas práticas.

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3. MATERIAL E METÓDOS

3.1. Locais de coleta


As coletas dos fungos foram realizadas próximas ao bloco H do Mini Campus da
Universidade Federal do Amazonas, Manaus, AM.

3.2. Amostragem
Para a coleta de fungos anemófilos foram expostas placas de Petri, contendo
meio ágar Sabourd, previamente preparado no Laboratório de Micologia. As
placas, contendo meio de cultivo permaneceram abertas por um período de 5
minutos. Após a coleta, as amostras foram encaminhadas ao laboratório de
Micologia para serem identificadas na placa de petri data, nome do grupo
devidamente e embaladas.

3.3. Materiais (Utilizados no estudo experimental)

Vidrarias Materiais
Placa de Petri ( 01) uni. Alça
Tubo de Ensaio ( 02) uni. Algodão Hidrófilo
Laminas Pinça
Lamínulas Equipamento
Meio de Cultura Bico de busen
Ágar Sabourd Microscópio
Corante
Azul de lactofenol

A identificação dos fungos anemófilos foi baseada na associação dos aspectos


macroscópicos com as características microscópicas do exame direto da cultura.

3. 4.Procedimento do Repique

Nessa etapa realizou-se a técnica de repique, pegou-se a placa de Petri contendo a


amostra “fungos anemófilos” retirou-se uma alíquota da amostra depois de flambar
na chama do bico de bunsen. Na sequência depositou a alíquota de amostra ao tubo
de ensaio contendo Ágar Sabourd flambou a boca dos tubos antes e depois das
inoculações. Em seguida colocou na lâmina uma alíquota da amostra e aplicou uma
gota azul de lactofenol e depois fechou-se com uma lamínula, tudo feito na câmara
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de fluxo laminar, após este procedimento foi observado no microscópio na objetiva
40x, e foi então que deu para identificar o fungo que era levedura com suas
características. Como ilustra a figura abaixo:

Fig 1. Ilustração da placa de petri contendo os fungos Fig 2. Ilustração mostrando á técnica de repique

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com a visualização da placa de Petri foram identificadas oito colônias desenvolvidas,


considerando tanto o verso, como o anverso da placa. No entanto somente duas
caracterizadas foram as que desenvolveram contendo um gênero de fungo. As colônias
foram classificadas de acordo com taxa de crescimento, aspecto, coloração, consistência,
contorno, bordas, topografia, tamanho e presença de micélio.

Na colônia número um, sua taxa de crescimento foi considerada rápida, com aspecto
pulverulento e coloração verde musgo no verso e verde esbranquiçado no anverso,
pigmento difusível. Sua consistência era lenhosa, com contorno oval e bordas ciliadas. Já
a topografia de superfície, no anverso radial e no verso era liso, o tamanho da colônia era
grande suficiente para atingir a placa por completo.

Na colônia número dois, sua taxa de crescimento foi considerada lenta em comparada
com a de número 1, com aspecto cotonoso e coloração branca tanto no verso quanto no
anverso. Sua consistência era branda, apresentando contorno circular e topografia de
superfície com elevações no verso e lisa no anverso. O tamanho da colônia era pequeno
e apresentava micélio aéreo.

Com a visualização da lâmina em microscópio óptico foi encontrado somente um gênero


de fungo, denominado Aspergillus sp, que será descrito sua morfologia, seus malefícios e
benefícios para o homem.

4.1 – Aspergillius sp.

4.1.1 – DESCRIÇÃO E MORFOLOGIA

As espécies de Trichocomaceae estão entre as mais diversamente distribuídas. O grupo


é caracterizado por uma diversidade de revestimentos do asco. O gênero aspergillius sp.
Possui micélios que lembram outros filamentos dos ascomycetes. As hifas são bem
desenvolvidas, profundamente ramificadas, septadas e hialinas, suas células são
multinucleadas. Algumas espécies produzem esclerócios. Relativamente ao aspeto
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macroscópico, as colónias apresentam uma superfície de cor branca, na fase inicial de
maturação. Dependendo das espécies, a sua cor pode evoluir para verde, amarelo,
castanho ou preto. A textura da colónia surge algodoada, tornando-se pulverulenta com a
produção de esporos, os quais, podem apresentar rugosidade da parede, característica
igualmente importante na identificação de espécie.

Foto: Aula prática de Micologia. Aspergillus sp.

4.1.2 – CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA

Reino: Fungi
Filo: Ascomycota
Classe: Eurotiomycetes
Ordem: Eurotiales
Família:Trichocomaceae
Gênero: Aspergillus

4.1.3 – HABITAT E LOCALIZAÇÃO

As espécies de Aspergillus são aeróbicas e encontradas em ambientes ricos em oxigênio,


onde geralmente crescem na superfície onde vivem. Contaminam restos de comidas
(como pães e batatas) e crescem em muitas plantas e árvores.

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4.1.4 – MALEFÍCIOS

Aspergillus é responsável por produzir micotoxinas conhecidas como aflatoxinas, das


quais a mais potente é a aflatoxina carcinogênica B 1, e agora, sabe-se que elas se ligam
a genes supressores de tumor em células de mamíferos causando mutações específicas.
Outras micotoxinas produzidas por espécies desse gênero em cereais, soja e amendoins
são as ocratoxinas (também chamadas nefrotoxinas) que podem causar danos nos rins e
no fígado, toxinas termorgênicas que causam convulsões, citrinina que causa dano ao rim,
e patulina, que pode causar, entre outros sintomas, hemorragia do pulmão e edemas
cerebrais, além do, peptídeo cíclico tóxico para os animas e teratógeno de plantas,
malformina A.
Não somente os membros desse gênero causam envenenamentos como também atuam
como agentes infecciosos de doenças. Aspergillus fumigatus, A. flavus e A. niger são os
mais comuns agentes causadores de doenças coletivas denominadas pergilloses (sing.
Aspergilloses). A inalação dos conídeos podem resultar em reações alérgicas,
crescimento dos fungos nos espaços aéreos dentro do corpo ou invasão do fungo nos
tecidos.
Algumas espécies do gênero Aspergillum e Penicillium podem destruir couro e tecidos,
conferindo um odor de mofo para sapatos e roupas. Um exemplo disto pôde ser visto em
Louisiana que antes do advento dos condicionadores de ar com suas propriedades
desumidificantes, podia-se perceber que o interior dos sapatos de couro eram sempre
azuis, devido a proliferação dos grupos. Tais fungos também são um grande problema em
livrarias, cinematecas e museus, contornando-se a situação por desumidificação dos
ambientes.

4.1.5 – BENEFÍCIOS

Apesar da grande quantidade de malefícios provenientes do fungo Aspergillus sp., existem


inúmeras auxílios que o gênero pode fornecer. O Aspergillus é importante no
processamento de um determinado número de alimentos e de bebidas alcoólicas,
particularmente na Ásia. Também está envolvido com leveduras, bactérias e as vezes
zigomycetes na fermentação mista de feijões de soja para produzir miso e óleo de salsa,
e na produção de um vinho conhecido como saquê a partir do arroz. Alguns membros do
gênero também são importantes nos processos industriais. Ácido cítrico e ácido glucônico
são manufaturados comercialmente pelo uso do A. niger. O ácido cítrico, base das
enormes indústrias de refrigerantes, costumava ser obtido do suco de limão até que foi
descoberto que A. niger pode sintetizar o composto de uma solução de sacarose de uma
forma mais econômica. Muitos outros ácidos e outros químicos são produzidos em larga
ou pequena escala por membros deste grupo.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. SILVA, R R; COELHO, Glauciane Danuza: FUNGOS PRINCIPAIS GRUPOS E


APLICAÇÕES BIOTECNOLÓGICAS. Instituto de Botânica, Programa de Pós-Graduação.
São Paulo: 2006;
2. ALEXOPOULOS, C.J; MIMS, C.W; BLACKWELL, M: Introductory Mycology – 4th ed –
Wiley: 1996;
3. ZAITZ, Clarisse: Micologia Médica – 2th ed – Rio de Janeiro: Guanabara Koogam,
2012;
4. CARVALHO, C.I.L: Aspergillus e Aspergilose – Desafios no combate da
doença. Universidade Fernando Pessoa, Mestrado Integrado a Ciências
Farmacêuticas. Porto, 2013.
5. SAMSON, R. A. et al. Identification of the common food and airborne fungi,
Aspergillus. In: SAMSON, R. A. et al. Introduction to food and airborne fungi.
Utrecht: Centraalbureau voor Schimmekultures, 2000. p. 64-97.
6. RAPER, K. B.; FENNEL, D. I. The genus Aspergillus. Baltimore: Williams &
Wilkins, 1965. 686 p.

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