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Bufarah Tommasi
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Autora: Marie-Louise Von Franz
Editora: Paulus. 2000.
Segundo Platão era prática habitual das mulheres mais velhas contarem “mythoi”
(histórias simbólicas) às crianças.
Para Platão “A palavra e o som, o ritmo e a harmonia, na medida em que atuam pela
palavra, pelo som ou por ambos, são as únicas forças formadoras da alma, pois o fator
decisivo em toda paidéia é a energia, mais importante ainda para formação do espírito
que para a aquisição das aptidões corporais no agon.” (JAEGER, 2001, 18).
Desde então os contos de fada estão vinculados a educação infantil.
Apuleio
A crise ideológica de Roma no século dos Antoninos, quando o ceticismo cortesão se
entrelaçou ao crescente influxo dos cultos orientais, serviu de pano de fundo à
elaboração da obra de Apuleio, notável figura da literatura, da retórica e da filosofia
platônica de sua época.
Lúcio Apuleio nasceu em Madaura, na Numídia (moderna Argélia), por volta do ano
124. Educado em Cartago e Atenas, viajou pelo Mediterrâneo, interessando-se por ritos
de iniciação como os associados ao culto da deusa egípcia Ísis. Versátil e familiarizado
com os autores gregos e latinos, ensinou retórica em Roma antes de regressar à África
para casar-se com uma rica viúva, cuja família o acusou de ter recorrido à magia a fim
de conquistar seu afeto. Para defender-se de tal acusação escreveu a Apologia (173),
obra da qual emanam as informações disponíveis sobre sua vida.
Escreveu ainda diversos poemas e tratados, entre os quais Florida, coletânea de
trabalhos de eloqüência, mas a obra que lhe deu fama foi à narrativa em prosa em 11
livros a que chamou Metamorfoses e se tornou conhecida como O asno de ouro. São aí
relatadas as aventuras do jovem Lúcio, que é transformado por magia em burro e só
recupera a forma humana graças à intervenção de Ísis, a cujo serviço se consagra. O
episódio mais destacado dessa obra-prima de Apuleio -- o único romance da antiguidade
a chegar completo aos nossos dias -- é a bela fábula de "Amor e Psiquê", que pode ser
interpretada como narração puramente estética ou, então, como alegoria da união
mística. O episódio, aliás, destoa do estilo do romance em geral, pois este relaciona
cenas grotescas, terrificantes, obscenas e, em parte, deliberadamente absurdas.
O tema de "Amor e Psiquê" foi retomado por muitos escritores, entre os quais, no
século XIX, os poetas ingleses William Morris e Robert Bridges. Outras passagens de O
asno de ouro reapareceram no Decameron, de Giovanni Boccaccio, no Dom Quixote, de
Miguel de Cervantes, e no Gil Blas de Alain Le Sage. Apuleio morreu em Cartago,
provavelmente após o ano 170.
Jean de la Fontaine Champagne, França, 1621-1695 Poeta e fabulista
Jacques Perrault Paris, 1628 - 1703 publicou histórias de tradição oral em 1697.
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Advogado da corte de Luis XIV. séc. XVII
Paralelamente aos irmãos Grimm, surgiu à escola simbólica, com Chr. H. Heyne, F.
Creuzer e J Görres que afirmavam:
Jung considera: Sendo o arquétipo a disposição estrutural básica para produzir certa
narrativa mítica, a imagem especifica sob a qual o arquétipo toma forma, sendo
denominada “imagem arquetípica”.
O Arquétipo é:
Pensamento elementar
Fantasia e imagem poética elementar
Emoção elementar
Impulso elementar
Dirigido a alguma ação típica
Com sub-estrutura de
Sentimento, emoção, fantasia e ação
Para Von Franz, Uma imagem arquetípica não é somente um pensamento padrão; mas
ela é, também,uma experiência emocional.
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A experiência emocional de um indivíduo.
Só se essa imagem arquetípica tiver um valor emocional e afetivo para o individuo ela
poderá ter vida e significação. (p.19)
Jung
A psicologia em contraste com todas as outras ciências, não pode desconsiderar o fator
sentimento.
Ela tem que levar em consideração o tom afetivo e o valor emocional de fatores internos
e externos, incluindo também a reação afetiva do observador.
O tema (do conto) torna-se relevante quando o consciente o seleciona.
O Inconsciente é atemporal e a-espacial. (Von Franz, p23)
Nos contos de fada se lida com a infra-estrutura objetiva e impessoal da psique humana,
e não com os aspectos individuais e pessoais.
O início é mágico, com “Era uma vez” abrem-se as portas da imaginação e fantasia.
No início
“O rei e seus três filhos”
4 personagens masculinos
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A mãe foi omitida.
Fim
Os filhos e suas noivas.
PROBLEMA
DESENVOLVIMENTO
CURTO OU LONGO
ALTOS E BAIXOS
ETAPAS A VENCER
CLÍMAX
POSITIVO OU NEGATIVO
SÍMBOLOS
HERÓI
Herói é um salvador
Ele liberta a tribo
Restabelece as ligações do povo com o divino
Renova o princípio da vida.
Restaurador da situação sadia consciente
Ele é o ego que restabelece o funcionamento normal e sadio.
O herói é o ego que funciona de acordo com as solicitações do SELF
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TIPOS DE HERÓI
Tolo
Trapaceiro
Homem forte
Inocente
Jovem belo
Feiticeiro
SOMBRA
A figura da sombra em si mesma pertence em parte ao inconsciente pessoal e em parte
ao coletivo.
A sombra do herói é aquele aspecto do arquétipo que foi rejeitado pela consciência
coletiva
A sombra aproveita uma boa idéia e a concretiza num nível arcaico e falso. (Von
Franz,2000, 133,161)
FORMAS DA SOMBRA
Animal, humana,
figuras de outro mundo,
sósia, sombra,
irmãos do herói
SOMBRA FEMININA
São poucos os contos que tratam da heroína e de sua sombra.
ANIMA
Enquanto a anima não for redimida, a vida não flui, e isto enclausura a energia dentro de
tendências mesquinhas e malévolas.
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A repressão da anima por razões convencionais resultam numa real automutilação
psíquica.
ANIMUS
O h. nas suas qualidades primitivas de caçador e guerreiro é levado a matar, e é como se
o animus, sendo masculino, carregasse essa propensão.
Pode tomar o aspecto de: pai, homem mais velho, personificação da morte.
O perigo implícito que existe quando o animus esvazia uma atividade feminina é a
perda da capacidade da mulher de refletir por si mesma.
AUTOCONHECIMENTO
ANIMAIS
são simbólicos.
O animal é o portador da projeção de fatores psíquicos humanos.
O animal e o que se projeta nele são as mesmas coisas.
Eles representam os nossos instintos animais.
Neste sentido eles são antropomórficos.
Ex. tigre representa a avidez
Não é avidez real do tigre, mas a nossa própria avidez de tigre
GIGANTES
representam fatores emocionais de força bruta que não emergiram ainda ao nível da
consciência humana.
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Quando alguém é vítima de tais impulsos ilimitados acaba sendo dominado por eles,
ficando fora de si, usando de força bruta e tornado-se tão selvagem e estúpido como um
gigante. (Von Franz, 2000)
BIBLIOGRAFIA
ANDERSEN, H. C. Contos de Andersen. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
BECHSTEIN, L. Fábulas encantadas. São Paulo: Abril cultural, 1970.
CHEVALIER, J., GHEERBRANT, A . Dicionário de símbolos. Rio de Janeiro: José
Olympio editora.
COELHO, B. Contar histórias uma arte sem idade. São Paulo: Ática, 1989.
DIECKMANN, H. Contos da fada vividos. São Paulo: Paulinas, 1986.
FRANZ, M. L. von. A interpretação dos contos de fada. São Paulo Paulus,
FRANZ, M. L. von. A sombra e o mal nos contos de fada. São Paulo, Paulus,
GRIMM, J. & GRIMM, W. Contos e lendas dos irmãos Grimm. São Paulo, Paulinas,
1989.
JAEGER, W. Paidéia, a formação do homem grego. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
JUNG, C. G. O homem e seus símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1964.
PERRAULT, T. Fábulas encantadas. São Paulo, Abril Cultural, 1970.
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Profa. Dra. Sonia Maria Bufarah Tommasi
Psicóloga,
Doutora em Ciências de Religião,
Mestre em Psicologia Saúde,
Esp. em musicoterapia, em Psicoterapia Analítica Junguiana
Presidente fundadora da Oscip Arte Sem Barreiras.
Autora do livro Arte-Terapia e Loucura. Vetor Editora.
Org. da Coleção Anima Mundi da Vetor Editora.
Org. do livro Revisitando a Ética com Múltiplos Olhares Vetor Vice-Presidente da
Associação Catarinense de Arteterapia (ACAT).
soniabtommasi@uol.com.br