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RESUMO
A B
Legenda: A: Músculo Esternocleidomastóideo; B : Músculos Paraespinhais Cervicais.
Tabela 1 - Distribuição dos voluntários de acordo com o gênero, idade, tempo de pós–operatório,
presença de alteração postural, presença de dor e graduação da dor
Principal Presença
Tempo de
Grupos Voluntários Gênero Idade/ anos Alteração de dor/
PO
postural graduação
Cabeça
1 M 74 7 anos
anteriorizada
Cabeça
2 M 60 2,5anos leve
anteriorizada
Grupo1
Cabeça
3 F 62 2,6anos leve
anteriorizada
4 F 50 1ano
5 M 64 1,3 anos
Cabeça
6 M 70 2 anos leve
anteriorizada
Cabeça
7 M 57 1 ano Moderada
anteriorizada
Grupo 2
8 M 60 1,2 anos
Cabeça
9 M 47 7 meses Moderada
anteriorizada
10 M 73 7 anos
11 M 54
12 F 56
13 M 57
Grupo 3 14 M 55
15 M 57
16 F 58
17 M 63
Legenda: M (masculino), F (feminino), PO (pós-operatório).
Tabela 2 - Valores de significância e desvio padrão das médias dos registros eletromiográficos (RMS
normalizados em microvolts), dos músculos esternocleidomastóideos e paraespinhais cervicais, do
grupo 1 durante a fala realizada através da laringe eletrônica e do grupo 2, através da voz esofágica
Legenda: Valores Bruto de RMS: Esternocleidomastóideo Esquerdo: 2,88 uV; Esternocleidomastóideo Direito:6,26 uV; Paraespinhais
cervicais Direito: 4,10 uV e Paraespinhais Cervicais Esquerdo: 5,80 uV.
Tabela 3 - Valores de significância e desvio padrão das médias dos registros eletromiográficos (RMS
normalizados em microvolts), dos músculos esternocleidomastóideos e paraespinhais cervicais, dos
grupos 1 e 2 durante a fala realizada através da laringe eletrônica e voz esofágica, respectivamente e
do grupo controle, na fala espontânea
Tabela 4 - Valores de significância e desvio padrão das médias dos registros eletromiográficos (RMS
normalizados em microvolts) dos músculos esternocleidomastóideos e paraespinhais cervicais dos
grupos 1 e 2, comparados ao grupo controle, na condição de repouso
onde valores médios de RMS apresentaram-se alteração no traçado eletromiográfico na fala espon-
aumentados para o músculo esternocleidomastói- tânea dos músculos esternocleidomastóideos e tra-
deo direito, e diminuídos para os músculos para- pézio (fibras superiores), porém encontrou altera-
espinhais cervicais direito, comparados ao grupo ção para os músculos infra-hióideos, na avaliação
controle. Os resultados desta pesquisa concordam eletromiográfica de indivíduos disfônicos 18.
com os resultados obtidos em estudo semelhante, Resultados semelhantes foram encontrados por
em que foram avaliados os músculos esternocleido- Heaton et al, 2004 28 que, ao avaliarem pacientes
mastóideos, trapézio fibras superiores e infra-hiói- laringectomizados totais, que se comunicavam por
deos de indivíduos disfônicos, constatando redução meio da eletrolaringe e prótese traqueosofágica,
significativa dos valores médios de RMS obtidos na encontraram alterações nos traçados eletromiográ-
situação de repouso para todos os músculos ava- ficos dos pacientes durantes a fonação nos múscu-
liados após a aplicação da TENS (Estimulação elé- los infrahiodeos, enquanto que para os músculos
trica nervosa transcutânea) 18. esternocleidomastóideos as alterações eletromio-
A anteriorização de cabeça pode ter resultado gráficas foram mais evidentes na avaliação da
no aumento dos valores de RMS comparados ao movimentação cervical.
grupo controle, uma vez que 60% dos voluntários Na comparação da fala de indivíduos que fazem
apresentavam anteriorização de cabeça como uso da voz esofágica com os indivíduos que usam a
principal alteração postural. A hiperatividade e o laringe eletrônica como forma de comunicação, tam-
encurtamento do músculo esternocleidomastóideo bém não houve diferença significativa no padrão de
é um dos principais efeitos da posição cefálica ante- ativação muscular, supondo que fatores individuais,
riorizada 30, uma vez que os músculos esternoclei- como a presença de fibrose, encurtamentos muscu-
domastóideos permanecem encurtados quando a lares, dor, inabilidade com o aparelho (laringe artifi-
cabeça está posicionada à frente 20. cial) e dificuldade cognitiva, tem interferência maior
Ao contrário do que foi observado para o mús- na fala, podendo resultar na alteração do padrão
culo esternocleidomastóideo direito, os músculos muscular, do que o tipo de fonação escolhida 26.
paraespinhais cervicais direito apresentaram os
valores médios de RMS diminuídos na condição de
repouso, quando comparados ao grupo controle. A n CONCLUSÃO
manutenção da postura de cabeça é determinada
pelo equilíbrio de forças entre os músculos cervi- O tipo de opção vocal (laringe artificial e voz eso-
cais anteriores e posteriores (agonistas e antago- fágica) não interferiu no padrão de ativação mus-
nistas), onde a excessiva atividade de um músculo cular durante a fonação, bem como não foi encon-
encurtado pode resultar em inibição de seu antago- trado diferença no padrão de ativação muscular na
nista 31. Esse princípio pode justificar que o aumento fonação desses voluntários quando comparados
nos valores médios de RMS do músculo esterno- a indivíduos que não sofreram intercorrências no
cleidomastóideo direito resultou na diminuição dos aparelho fonatório. No entando, é importante con-
valores de RMS dos músculos paraespinhais cervi- siderar que os pacientes submetidos a laringecto-
cais esquerdo pelo princípio da inibição muscular. mia total geralmente apresentam sequelas como
Durante a fonação não houve alteração no alterações postuais, encurtamentos musculares e
padrão de ativação entre os grupos experimentais e dor, que podem interferir na atividade elétrica dos
controle. Estudo semelhante também não encontrou músculos cervicais. A eletromiografia de superfí-
ABSTRACT
em modalidades de fonação esofágica e traqueoso- 23. Surface ElectroMyoGraphy for the Non-Invasive
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