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A DESIGUALDADE SOCIAL E OS DESAFIOS PARA O BRASIL

A desigualdade social e os desafios para o Brasil A desigualdade social no


Brasil vem desde os tempos coloniais. No entanto, nos dias atuais, com
entidades públicas e particulares fazendo levantamentos sistemáticos, é
escancarada e faz com que se peça que algo seja feito. Isso porque o País
encerrou 2017 com o índice de Gini, principal medida da desigualdade de
renda, estável. O rendimento médio mensal real domiciliar per capita ficou em
0,549, praticamente igual ao de 2016, e, mesmo com variação pequena em
2017, o indicador subiu em todas as regiões, com exceção do Sudeste, onde o
índice recuou de 0,535 para 0,529. Mas o pior, para efeitos de dimensão do
problema desigualdade social, é se saber que os brasileiros mais ricos
recebem 36 vezes acima do que ganham os pobres. Os dados são da pesquisa
Rendimento de todas as fontes de renda 2017, do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), com base em dados da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). O índice de Gini é uma
medida que varia de 0 a 1 - ou seja, o zero correspondendo à igualdade total, e
o um, à desigualdade completa, com apenas uma pessoa recebendo toda a
renda, e as demais não recebendo nada. A Região Sudeste foi a única a
reduzir o indicador de desigualdade. As demais regiões apresentaram
indicadores maiores que no ano anterior. O triste, assim, é que o Brasil está
entre os países com maior desigualdade no mundo, e o segundo na América
Latina. A pobreza é mesmo uma chaga nacional, e não se pode conviver com
ela na base da indiferença, ou seja, se uma camada da população, no topo da
pirâmide social, está bem, o resto que trabalhe e tenha ascensão. O fato é que
a situação de desigualdade no Brasil continua bastante perversa. Dados
indicavam que o País até vinha em um processo de avanço, mas a crise
econômico-financeira que assolou o País nos últimos anos contribuiu para a
manutenção de um índice muito ruim de desigualdade. Tanto que temos em
torno de 12,5 milhões de desempregados, e isso se reflete no comércio, na
indústria, nos serviços e nas arrecadações da União, dos estados e dos
municípios, como verificamos mês a mês no Rio Grande do Sul e em Porto
Alegre. E o Nordeste foi a região que mais sofreu com a crise geral, com
reflexos nos índices anunciados pelo IBGE. Também tivemos a questão do
preço do barril de petróleo, perda do número do trabalho com carteira assinada
e na qualidade do emprego. Somando todos esses eventos negativos, não era
possível se ter redução no índice de Gini no Sudeste, que engloba o
economicamente poderoso estado de São Paulo. Técnicos alertaram que a
desigualdade social no Brasil é mais perversa, uma vez que não se deu pelo
avanço da população de menor renda, mas sim porque quem estava em cima
foi que desceu um degrau, e não é essa a melhor forma de se reduzir a
desigualdade. É claro que o ideal para uma sociedade é que se reduza a
desigualdade com todo mundo avançando. Por conta disso, não surpreende
quando se vê tantas pessoas nas sinaleiras pedindo dinheiro para comer,
outras fazendo malabarismos e famílias tendo que dividir salários ou
vencimentos dos que ainda recebem, mesmo que parceladamente, e os muitos
desempregados. Isso é decepcionante. Novamente, a esperança é que haja
investimento produtivo, assim gerando postos de trabalho, a aspiração geral e
irrestrita de todos que se debruçam sobre esta situação de penúria e na qual os
mais pobres, como sempre, são os que mais sofrem. Por isso, a grande meta é
que a economia do País, passada a recessão, como está acontecendo, mesmo
lentamente, volte a ter investimentos, públicos e privados. É o anseio nacional.

Referência:

- Jornal do Comércio

(https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/2018/04/opiniao/621773-a

desigualdade-social-e-os-desafios-para-o-brasil.html)

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