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Em Lucas, 14:25-27 e 33, Jesus diz: “Se alguém vem a mim e não odeia a seu pai e a sua

mãe, a sua mulher e a seus filhos, a seus irmãos e irmãs, mesmo a sua própria vida, não pode
ser meu discípulo. – E quem não carregar a sua cruz e me seguir, não pode ser meu discípulo. –
Assim, aquele dentre vocês que não renunciar a tudo o que tem não pode ser meu discípulo.”

Como pode, Jesus, o ser mais perfeito que passou por este planeta, Àquele que
incentivou o perdão sem limites, o amor até mesmo para com os inimigos, dizer para odiarmos
nossa família?

Isto é no mínimo estranho.... Talvez Ele nem tenha falado isto, quem sabe foi um erro
de interpretação, o tradutor pode ter confundido as palavras ao traduzir do aramaico para o
grego. Aí teríamos uma boa explicação para esta aparente contradição na fala de Jesus.

Mas, lendo o capítulo 9 do Baghavad-Gita, a Bíblia dos hindus, vemos o seguinte


ensinamento de Krishna: O desapego e a não-identificação com o filho, com a esposa e com o
lar. Tendo uma firme e constante devoção a Mim, isso é que constitui a verdadeira Sabedoria.

Olha só, apesar das palavras de Jesus e de Krishna serem um pouco diferentes, ambos
ensinam a mesma coisa.

Isto indica que Jesus falou mesmo estas palavras. Mas, o que Ele realmente queria
transmitir com este ensinamento?

Uma aposentada que só sabe falar alemão, quando precisava de dinheiro ia com o filho
no Banco para fazer empréstimo. No momento em que alcançou o limite dos 30% que o INSS
autoriza de consignado, começaram a fazer empréstimos em financeiras. Aí, ela se endividou de
vez, o filho sumiu e os 2 salários que ela recebia foram reduzidos para menos de R$ 500,00 por
mês.

Se pegarmos as palavras de Jesus ao pé da letra, este filho é um ótimo cristão, pois além
de abandonar sua mãe, a deixou numa situação bem difícil e que vai perdurar por vários anos....

Na verdade, este filho é um bandido. Fazer uma coisa destas com qualquer pessoa já
seria ruim, mas com a própria mãe é revoltante. Olha, se a gente, com todos os nossos defeitos,
ficamos indignados com esta situação, quanto mais alguém do nível de Jesus. Por isso, e com
absoluta certeza, o Divino Mestre nunca falaria para odiar ou abandonar alguém. Ele
simplesmente se utilizava de certas expressões mais fortes como uma forma de chamar a
atenção das pessoas.

O real significado deste Evangelho é para não nos apegarmos aos bens materiais e nem
as pessoas. Pois, o apego é um obstáculo à nossa evolução espiritual.

Um exemplo retirado do livro O Céu e o Inferno de Allan Kardec e que comprova bem
isto é o caso de François Riquier. François era um velho avarento que faleceu em 1857, deixando
aos parentes uma grande fortuna.

Em 1862, uma médium, sentindo a presença de alguém na casa de sua mãe, começa a
conversar com este espírito.

— P. O que desejas?

— R. O dinheiro do qual se apossaram, os miseráveis, a fim de o repartirem! Venderam


tudo, fazendas, casas. Acabaram com os meus bens como se não me pertencessem mais.
— P. Mas, o senhor está morto! Não precisa mais do dinheiro. Implore a Deus que lhe
conceda uma nova existência na pobreza, a fim de pagares pela ganância desta última.

— R. Não, eu nunca poderei viver na pobreza. Preciso do meu dinheiro, sem o qual não
posso viver. Além do mais, não preciso de outra existência, porque estou vivo.

— P. O senhor está sofrendo?

— R. Oh! sim. Sofro torturas piores que a mais cruel enfermidade, pois é minha alma
quem padece. Tenho a consciência de ser um miserável indigno de piedade. Meu sofrimento é
tão grande que suplico me ajudem a sair desta situação deplorável.

— P. Rezaremos por você.

— R. Obrigado! Rezem para que eu esqueça os meus bens terrenos, sem o que não
poderei ser feliz.

Vejam que se passaram 5 anos e ele continuava preso a sua vida anterior, apegado aos
bens materiais.... Mas, e o apego as pessoas, será que seria diferente?

Outro depoimento, também retirado do livro O Céu e o Inferno de Allan Kardec é o caso
de Anna Belleville, esposa e mãe dedicada, dotada de uma inteligência rara e de elevadas
qualidades morais. Acreditava firmemente na imortalidade da alma, mas pouco se preocupava
com isso, pois seus pensamentos eram todos para sua família.

Uma doença a deixou acamada por longos e sofridos 3 anos e quando estava
pressentindo a morte iminente, conseguiu reunir suas últimas forças para prolongar sua
existência em mais 3 meses a fim de aguardar o marido voltar de uma viagem e assim dar-lhe as
recomendações finais.

Após a morte desta mulher. Ela dá o seguinte depoimento numa reunião realizada por
Allan Kardec:

— Ah! meus amigos, eu sofri tanto... e vocês bem sabem que sofri com resignação. Pois
bem! a minha provação está concluída. Não direi que esteja completamente livre; mas pelo
menos não sofro mais, e isso para mim é um grande alívio!

Poderia, nos dizer qual a causa do seu sofrimento? Estiveste durante três meses entre a
vida e a morte...

— Prolonguei por mim mesma esses sofrimentos; o desejo ardente de viver, por amor
aos filhos, fazia com que me agarrasse de alguma sorte à matéria, e, ao contrário dos outros, eu
não queria abandonar o desgraçado corpo com o qual era forçoso romper, se bem que ele fosse
para mim o instrumento de tantas torturas.

Eis aí a razão da minha longa agonia. Quanto à doença e aos sofrimentos decorrentes,
eram a expiação do passado — uma dívida a mais, que paguei. Ah! meus bons amigos, se eu
tivesse escutado vocês, quanta mudança na minha vida atual!

Que alívio experimentaria nos últimos momentos, e quão fácil teria sido a separação, se
tivesse confiado na vontade de Deus! Mas, em lugar de olhar para o futuro que me aguardava,
eu apenas via o presente que ia deixar!

O apego ao corpo nos impede de enxergarmos que somos um espírito imortal, o apego
a determinadas ideias nos impede de vermos a verdade, o apego a família nos impede de
notarmos que a nossa verdadeira família são todos os seres deste imenso Universo. É o apego
que nos mantêm presos a este mundo! Assim, para alçarmos voo aos mundos felizes, não há
outro caminho senão nos libertarmos destas correntes que nos prendem a este ciclo de
encarnações.

Mas, como não se apegar as coisas e nem as pessoas?

Precisamos entender que tudo está em constante mudança: as cidades, a tecnologia, a


vida e até mesmo nós mesmos.... Sim, nós também estamos nos modificando, ou vocês acham
que são os mesmos de sete anos atrás? Quando nos conscientizarmos disto, por incrível que
pareça, nos sentiremos mais leves, mais livres.

Isto não quer dizer que devemos viver soltos sem nos importarmos com nada, mas
precisamos compreender que a vida neste planeta é transitória, o que é imortal e verdadeiro é
o Espírito. Precisamos entender que só possuímos aquilo que está em nós, ou seja, as qualidades
morais, o conhecimento, as nossas ações. Enquanto que as outras pessoas, os bens materiais e
tudo que se relaciona com o exterior pertence a Deus que nos concede de acordo com os nossos
méritos.

Mesmo que não lembremos, já tivemos outras vidas onde passamos pelos tormentos
da doença, do envelhecimento, da morte, da perda de pessoas queridas, dos sonhos não
realizados. Isto aconteceu em todas as vidas que tivemos, acontece nesta e se não fizermos
nada, acontecerá também nas próximas encarnações.

Então, tenhamos confiança em Deus que tudo faz com perfeição. Saibamos deixar ir
quem já não pode estar conosco, saibamos nos desapegar daquilo que não nos serve mais. Isso
não significa que não sejam importantes para nós, mas a vida não para e não podemos ficar
presos a um passado que não volta mais.

Somos espíritos em evolução e é para frente que devemos caminhar. Enfrentando com
coragem as dificuldades da vida, pois em nossas veias circula a energia mais poderosa do
Universo, o amor.

E é o amor que deve nortear as nossas ações. Pois como se dizer cristão, se não somos
capazes de amar além dos limites da nossa família? Como exigir o auxílio dos bons espíritos se
não nos esforçamos minimamente para superar as provas da vida? Assim, aquele que não
souber amar sem esperar recompensas, não pode reclamar se a sua entrada nos mundos felizes
ainda estiver bloqueada.

Portanto, saibamos amar com Jesus amou!

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