Вы находитесь на странице: 1из 3

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DO ACÓRDÃO Nᵒ XXX DA 1ª

CÂMARA CRIMINAL DO ESTADO DE SÃO PAULO.

PROCESSO Nᵒ:

ANTONIO BANDERAS DA SILVA, JÁ QUALIFICADO NOS AUTOS DE RECURSO ESTRITO,


VEM PRO SEU ADVOGADO NA PRESENÇA DE VOSSA EXCELÊCIA OPOR:

EMBARGOS INFRINGENTES

REQUER QUE SEJA RECEBIDO E PROCESSADO O PRESETE RECURSO

ESTES TERMOS

PEDE DEFERIMENTO

LOCAL /DATA

ADVOGADO

OAB/UF

RAZÕES DE EMBARGOS INFRINGENTES

EMBARGANTE : ANTÔNIO BANDERAS DA SILVA

EMBARGADO: MINISTÉRIO PÚBLICO

RECURSO EM SENTIDO ESTRITO Nᵒ: XXX

EGRÉGIO TRIBUAL DE JUSTIÇA


I – DOS FATOS

O Embargante foi denunciado pelo crime previsto no artigo 121, caput,


do Código Penal.

Estava em um posto de gasolina abastecendo seu carro, quando um


grupo de adolescentes resolveu ficar ofendendo o Embargante. O mesmo,
irritado com a conduta dos adolescentes, pegou a arma que estava no porta
malas de seu carro e disparou para cima, apenas com o intuito de assustar e
dar fim às ofensas gratuitas. Mas, com os disparos, o projétil chocou-se com
um poste e atingiu um dos jovens, sendo a lesão causa eficiente de sua morte.

O magistrado proferiu sentença desclassificatória, entendendo estar


diante de homicídio culposo. O MP recorreu em sentido estrito, requerendo que
o Réu fosse processado nos termos da exordial acusatória.

A primeira Câmara deste Tribunal, por decisão não unânime, reformou a


Decisão recorrida, sendo certo que o voto divergente entendeu que o
embargante deve ser processado por homicídio culposo.

II – DO DIREITO

Verificando-se os Autos, nota-se que o julgador cujo voto foi vencido


teve razão, pois toda a dinâmica dos fatos demonstra que o Embargante não
agiu com a vontade, consciência de produzir o resultado morte (dolo direto),
nem levantar a hipótese de dolo eventual, tendo em vista, não agir assumindo
o risco de produzir o resultado lesivo.

Não foi cauteloso, o embargante, ao usar a arma e não prevenir-se ao


atirar sem ter a cautela do projétil não ricochetear em nenhum objeto, vindo a
atingir terceiros que estivessem próximos ao local do fato. Neste caso em tela
agiu de modo imprudente.

Evidente o cometimento de crime culposo (Código Penal, artigo 121, §


3º), em razão de que inexistem motivos para que seja o Embargante
processado, e talvez até condenado por conduta mais grave do que aquela
supostamente praticada, sendo que a pretensão punitiva não pode servir de
escusa para a prática de abusos.

III – DO PEDIDO

Em razão do exposto, requer que seja conhecido e provido o presente


recurso, acolhendo-se o voto vencido com o fim de manter a desclassificação,
para que seja o embargante processado pela suposta prática de homicídio em
sua forma culposa.

Nestes termos

Pede deferimento

São Paulo, data

ADVOGADO

OAB/UF

MARCELO GUIMARÃES DA CRUZ

201402302754

AULA 13

Вам также может понравиться