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Ao reconhecermos Deus como Pai, nos colocamos como irmãos uns dos
outros e somos convidados a sentir as dificuldades pelas quais os mais
necessitados estão passando, procurando assim as situações que podemos
interferir levando o Amor de Deus a todos.
Quanto mais me esforço para estar unido nesta Família de Deus, que é a
Igreja, mais conheço e me aproximo Dele, possibilitando estreitar os laços de
amizade com Ele, buscando aumentar ainda mais a sensibilidade para com o
sofrimento e as necessidades dos irmãos, adquirindo neste convívio os
ensinamentos e inspirações para colocar em pratica o Amor que me é dado pelo Pai.
Não basta dizer que amamos o Pai, e que estamos unidos a Ele se não
concretizamos por meio da Caridade este amor, pois se numa família alguém sofre,
todos os demais sofrem junto, assim também ocorre com Deus, que ao ver seus
filhos em dificuldade também se compadece e se utiliza da nossa sensibilidade para
alcançar com Amor e Compaixão indistintamente a todos que precisam.
O Evangelho de São João nos ensina que Deus é amor, sendo fácil entender
que quanto mais amor estiver contido em nossas ações, mais a presença de Deus
será perceptível, razão ainda mais forte para praticarmos a excelência do amor, a
Caridade.
Atividades que meramente prestam auxilio e mesmo fazem repasses de bens
e valores aos necessitados, mas desprovidas de espiritualidade e sentido religioso,
mesmo com carinho e afeição, ou ainda motivados por sentimento solidário, não são
suficientes para ser consideradas Caridade, sendo definidas tão somente como
assistência social.
Muitas obras ficam apenas no aspecto de atendimento social por não
refletirem o amor, a intenção de resolver o problema dos que sofrem, pois são
meramente desencargo de consciência e não expressam uma vivência espiritual,
mas uma pratica social de tentam apenas mascarar uma realidade social mais
sombria.
Um agir Caridoso não requer necessariamente o repasse de bens e valores
materiais, mas deve ocorrer sempre motivado pela fé e os exemplos de Cristo,
buscando o bem comum e a dignidade da pessoa humana em plenitude.
O papel da Teologia ao se tratar desta matéria, tem grande relevância,
principalmente porque pode oferecer elementos para que o cristão, na mais variada
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época da vida, possa revestir seus atos de sentimento cristão, lhe permitindo assim,
embasar suas atividades de forma a testemunharem sua crença e principalmente
adequarem sua vivência com a fé que professam
A caridade não possui um estereótipo que permite, a quem a vê, classificá-la,
mas São Paulo nas suas cartas nos ensinou que é possível reconhecê-la por suas
características: “A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A
caridade não é orgulhosa. Não é arrogante.” (1 Coríntios 13:4).
Diante disto, o papel do Teólogo é fornecer subsídios para que os cristãos
possam praticar seus atos caritativos e questionar sempre as próprias atitudes,
como forma de vigilância, para que os mesmos não se transformem e mera ação
social mas que estejam sempre revestidos das características apresentadas pelo
Apóstolo.