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SUMÁRIO
O DIREITO TRIBUTÁRIO 3
DEFINIÇÃO DE TRIBUTO 6
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO 39
De ofício 39
Por declaração 39
Por homologação 39
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Caderno de Direito Tributário 2019
Aluna: Maria Lúcia Barreiros (GRR 20154885)
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DISCIPLINA
PROVAS
1º Bimestre = 3 Seminários
2º Bimestre = Prova - Objetiva (tem pegadinhas)
3º Bimestre= 3 Seminários
4º Bimestre = Prova
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1. O DIREITO TRIBUTÁRIO
Há ainda outros autores como ALBERTO XAVIER que falam em uma AUTONOMIA
CIENTÍFICA do Direito Tributário. Segundo Xavier, o Direito Tributário possui princípios
próprios e normas específicas que integra a ordem jurídica global.
Betina Grupenmacher
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INTERDISCIPLINARIEDADE DO DIREITO TRIBUTÁRIO
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TEXTO NORMATIVO X NORMA JURÍDICA X DIREITO POSITIVO x CIÊNCIA DO
DIREITO
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DIREITO TRIBUTÁRIO POSITIVO DIREITO TRIBUTÁRIO ENQUANTO
CIÊNCIA
O Brasil não tem o sistema tributário mais oneroso do mundo, entretanto, é um dos
mais sentidos pelos particulares, justamente por não existir retorno compatível por parte do
poder público.
2. DEFINIÇÃO DE TRIBUTO
CONCEITO X DEFINIÇÃO
O dever de pagar tributos é uma OBRIGAÇÃO que DECORRE DE LEI (ex lege) e é
COMPULSÓRIA (não há discricionariedade do particular, ele é obrigado a pagar).
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TRIBUTO NÃO É MULTA1. Não constitui sanção de ato ilícito. A sanção em matéria
tributária só existe pelo ilícito de NÃO PAGAR o tributo. O Direito Tributário é a
regulamentação jurídica do tributo e não da sanção. Tributo não pode ser confiscatório:
devem ser razoáveis a ponto de não detonar a previsão da propriedade privada (art. 151,
CF). No entanto, segundo a professora Betina, referido artigo é redundante, pois a mera
afirmação de que TRIBUTO NÃO É MULTA torna óbvio que o tributo não pode ser
confiscatório. O fundamento da cobrança da multa é o art. 5º.
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PROVA.
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vínculo obrigacional. é a fenomenologia da incidência. Referida operação,
todavia, não se realiza sozinha: é preciso que um ser humano PROMOVA
A SUBSUNÇÃO e a implicação que o preceito da norma geral e abstrata
determina. Na qualidade de operações lógicas, subsunção e implicação
demandam a presença humana. Daí a visão antropocêntrica, requerendo o
homem como elemento intercalar, CONSTRUINDO, a partir de normas
gerais e abstratas (leis), outras normas, gerais ou individuais, abstratas ou
concretas (interpretação - sentenças, lançamento, etc.)”
Se o fato gerador for ilícito, a lei deverá ser declarada inconstitucional. Há, quanto a
esse assunto correntes que entendem que mesmo que a renda obtida de forma ILÍCITA é
passível de tributação, ou seja, seria irrelevante a origem do fato lícito e jurígeno, trata-se
do princípio do pecunia non olet - “ o dinheiro não tem cheiro”.
Nesse sentido, segundo RICARDO LOBO TORRES, “se o cidadão pratica atividades
ilícitas com consistência econômica, deve pagar o tributo sobre o lucro obtido, para não ser
agraciado com tratamento desigual frente as pessoas que sofrem a incidência tributária
sobre os ganhos provenientes do trabalho honesto ou da propriedade legítima”. A doutrina
nesse sentido é dominante.
obrigação tributária É
CTN, Art. 113. A PRINCIPAL OU ACESSÓRIA.
§ 1º A obrigação p rincipal s urge com a ocorrência do fato gerador, tem por
objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se
juntamente com o crédito dela decorrente.
cessória decorre da legislação tributária e tem por objeto
§ 2º A obrigação a
as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da
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arrecadação ou da fiscalização dos tributos. (EX.: emissão de nota fiscal;
escrituração de livros)
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância,
converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.
Bom, diante da definição do art. 113, podem ser feitos os seguintes apontamentos:
O não cumprimento dos deveres acessórios pode dar ensejo à sonegação. Por isso
que, para a Administração Fazendária, muitas vezes, a relação tributária acessória é mais
importante que a principal.
Forma LÍCITA de reduzir a carga tributária. Forma ILÍCITA de reduzir a carga tributária (ex.:
Trata-se de planejamento tributário lícito. adulteração de documentos, simulação etc.). É
uma hipótese de fraude que tem por objetivo
esconder a existência ou a ocorrência do fato
gerador (ex.: não emissão de nota fiscal)
Quando o art. 113 menciona que a obrigação principal pode consistir no pagamento
de “PENALIDADE PECUNIÁRIA” há certa incongruência com o art. 3º, visto que, como
analisado, o TRIBUTO NÃO É MULTA e portanto não poderia ter por objeto uma
penalidade. A penalidade pecuniária, nada tem a ver com a relação principal. Portanto,
muitos autores desconsideram essa menção contida no art. 113.
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PAGAMENTO DO TRIBUTO (OBRIGAÇÃO PRINCIPAL) é um PERCENTUAL aplicado
sobre o valor devido.
Credor: Estado
Devedor: Contribuinte
Objeto: Patrimonial
Credor: Estado
Devedor: Contribuinte
RELAÇÃO JURÍDICO TRIBUTÁRIA Objeto: Deveres (fazer ou não fazer)
“ACESSÓRIA”
(sem natureza patrimonial) Em caso de não cumprimento, há aplicação
de uma
DEVERES INSTRUMENTAIS
Ex.: Emissão de nota fiscal. MULTA FORMAL (VALOR FIXO).
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DISCUSSÃO JURISPRUDENCIAL: A multa formal é ou não absorvida pela multa
moratória?
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Eis algumas denominações sugeridas na tentativa de solucionar essa ambiguidade
semântica:
ALFREDO 2
BECKER HIPÓTESE DE HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA REALIZADA
INCIDÊNCIA
Para ALFREDO BECKER, ocorrida a subsunção,a
incidência é infalível - se realiza sozinha.
2
Segundo VIEIRA, essa expressão é equivocada pois uma hipótese que se realiza não é mais uma hipótese.
3
Segundo VIEIRA, ,a expressão FATO IMPONÍVEL é equivocada vez que a incidência é imediata e concomitante ao fato.
Ou seja, enquanto houver algo imponível, não será fato, mas apenas abstração, e depois da incidência/imposição, torna-se
fato, nada mais havendo de imponível.
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As subdivisões da Regra Matriz de Incidência tributária são realizadas de formas
diversas de acordo com a doutrina. Para PAULO DE BARROS, por exemplo, temos:
Critério Pessoal:
CONSEQUÊNCIA TRIBUTÁRIA Contribuinte/Responsável
Aspecto Espacial
Aspecto Pessoal
MANDAMENTO Alíquota:
Sanção
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Segundo ATALIBA, a norma tributária possui a mesma estrutura das demais normas
do ordenamento jurídico. Para ele, as SANÇÕES da normas jurídicas não precisam ter,
necessariamente, a conotação de pena, visto que podem significar diversos métodos de
coação que buscam o cumprimento do comando principal (ex.: apreensão). Para
ATALIBA, portanto, se mantém na estrutura da norma jurídica tributária visto que é similar
as demais normas jurídicas, gerando, no entanto, uma nova relação jurídica. Não obstante,
ATALIBA foca seus estudos na hipótese de incidência tributária, como será abordado no
próximo tópico (REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA)
a. ASPECTO MATERIAL
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O intérprete deve procurar o binômio VERBO + COMPLEMENTO. Por exemplo, o
aspecto material do IPTU é DETER (verbo) + PROPRIEDADE IMÓVEL (complemento). Do
IPI é INDUSTRIALIZAR (verbo) + PRODUTO (complemento).
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2. MENSURADORA = mensura as proporções econômicas do fato típico, a “dimensão
real do fato”.
b. ASPECTO TEMPORAL
Para GERALDO ATALIBA, a classificação dos fatos também não é suficiente. Para
ele, há a seguinte divisão: a) HIs que preveem o momento para a ocorrência; b) HIs que
não preveem o momento para a ocorrência do Fato Imponível.
PAULO DE BARROS, no entanto, acredita que não existem fatos periódicos, mas
tão somente fatos instantâneos, pois é o fato completo e final que importa para o direito, e
não o “meio fato imponível”. PB afirma que a Hipótese de Incidência só atinge o resultado
(saída do produto, saldo final de renda, encerramento da prestação de serviço). Ou seja,
todos os fatos são instantâneos.
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Existe discussão acerca da utilização dos termos INFIRMA e AFIRMA. Segundo Betina, o termo
correto é CONFIRMA.
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Segundo a professora os aspectos temporal e espacial tornam-se ainda mais
importantes no contexto atual de revolução tecnológica (UBER, Spotify, Netflix....).
c. ASPECTO ESPACIAL
Sobre isso, existe até uma classificação dos tributos elaborada por Paulo de Barros:
d. ASPECTO PESSOAL
i. Sujeito Ativo
Para a identificação do sujeito ativo, basta olhar a legislação (Constituição ou lei que
delega a capacidade ativa). Sendo assim, a identificação do sujeito ativo pode ser feita
antes da ocorrência do fato jurídico tributário.
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A PARAFISCALIDADE é a possibilidade de um terceiro - que não a autoridade que
criou a lei - cobrar um tributo e aplicar o valor para suas finalidades.
A identificação sujeito passivo, por outro lado, não é apenas normativa, pois exige
uma análise do fato concreto. É uma identificação NORMATIVO-FÁTICA. A norma fornece
um critério que será analisado diante de um fato. A identificação do sujeito passivo,
portanto, só pode ser realizada após a ocorrência do fato jurídico tributário.
Ou seja, a lei não diz quem é o sujeito passivo, mas ela dá dicas e critérios de como
identificá-lo - assim, o sujeito passivo é indeterminado na lei, mas identificável a partir da
avaliação do fato gerador5.
Segundo o CTN:
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Marçal Justen Filho.
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Quanto ao RESPONSÁVEL, a figura surge do art. 128 do CTN6, que informa que a
LEI pode, expressamente, atribuir a responsabilidade pelo pagamento do tributo a terceiro
que não o contribuinte. Esse terceiro, entretanto, não pode ser qualquer pessoa, mas sim
alguém que detenha vínculo com o fato gerador, ou seja, é a pessoa que não praticou o
fato gerador, mas, mesmo assim, será responsável pelo pagamento.
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Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa vinculada ao fato gerador da respectiva
obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo
do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.
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uma ordem de preferência, podendo cobrar discricionariamente
tanto do contribuinte quanto do responsável.
Há benefício de ordem.
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Imobiliária (art. 130, CTN)
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b. SUCESSÃO COMERCIAL (arts. 132 - i. Fusão, Transformação ou
Incorporação e 133 - ii. Compra, CTN):
O parágrafo único do art. 132 dispõe ainda que o disposto nesse artigo
aplica-se aos casos de EXTINÇÃO de pessoas jurídicas de direito privado, quando a
exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio
remanescente, ou seu espólio, sob a mesma razão social ou sob firma individual.
OU SEJA, o empresário não pode “criar um novo CNPJ” para fraudar o fisco,
pois a nova pessoa jurídica herda as dívidas tributárias da antiga. O mais comum,
entretanto, é que a junta comercial não dê baixa na pessoa jurídica quando existirem
dívidas tributárias pendentes.
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II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, consangüíneo
ou afim, do devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de
seus sócios; ou
III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação
judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária.
§ 3o Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa,
filial ou unidade produtiva isolada permanecerá em conta de depósito à
disposição do juízo de falência pelo prazo de 1 (um) ano, contado da data de
alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de créditos
extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.
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Apesar do texto da lei falar em responsabilidade SOLIDÁRIA, segundo a professora, se é
impossível exigir do contribuinte, o responsável responde SUBSIDIARIAMENTE, e não
solidariamente. Alguns autores, ainda, dizem que, na verdade, sequer seria uma responsabilidade
subsidiária, mas sim PESSOAL do responsável.
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3. POR SÓCIO GERENTE - Responsabilidade por atos com excesso de poderes ou
infração de lei, contrato social ou estatutos (art. 135):
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5. Elemento fático: condutas reveladoras da infração - infração à lei, ao
contrato social ou ao estatuto. E O QUE CONFIGURA ESSAS
INFRAÇÕES?
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colocada como parte na execução, porque, de acordo com o inciso III, o sócio-gerente é
pessoalmente responsável pela obrigação tributária, desde que tal relação seja fruto de um
ato ilícito ou infracional.Ou seja, o sócio é DIRETAMENTE responsável pelo pagamento do
tributo se praticar ilícito ou infracional.
Segundo Betina, no entanto, o art. 135 é artigo coringa para a Fazenda Pública,
sendo geralmente levantado como argumento na execução fiscal que está parada há anos
para incluir no polo passivo o sócio da empresa executado. Ou seja, não achando bens da
empresa para fazer frente ao débito, as procuradorias requisitam o redirecionamento da
execução fiscal para a figura física do administrador.
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Em dois seminários apoiados pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento
de Magistrados (ENFAM), MAGISTRADOS MANIFESTARAM-SE pela não aplicação do
IDPJ às execuções fiscais.
(PERGUNTA MINHA) Se para executar o sócio, este deve ter constado na CDA; se
para a inclusão do sócio na CDA deve ter sido oportunizada defesa administrativa bem
como é necessária a DECLARAÇÃO FUNDAMENTADA DA AUTORIDADE COMPETENTE
demonstrando dolo, para a aplicação do 135, III; se a comprovação do dolo já é difícil, a
instauração de incidente de desconsideração de personalidade para comprovação dele não
coloca em risco o prazo prescricional de 5 anos ?
CAPÍTULO IV
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Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica
será instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando
lhe couber intervir no processo.
§ 1o O pedido de desconsideração da personalidade jurídica
observará os pressupostos previstos em lei.
§ 2o Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de
desconsideração inversa da personalidade jurídica.
Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as
fases do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e
na execução fundada em título executivo extrajudicial.
§ 1o A instauração do incidente será imediatamente comunicada ao
distribuidor para as anotações devidas.
§ 2o Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da
personalidade jurídica for requerida na petição inicial, hipótese em
que será citado o sócio ou a pessoa jurídica.
§ 3o A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na
hipótese do § 2o .
§ 4o O requerimento deve demonstrar o preenchimento dos
pressupostos legais específicos para desconsideração da
personalidade jurídica.
Art. 135. Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será
citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de
15 (quinze) dias.
Art. 136. Concluída a instrução, se necessária, o incidente será
resolvido por decisão interlocutória.
Parágrafo único. Se a decisão for proferida pelo relator, cabe agravo
interno.
Art. 137. Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a
oneração de bens, havida em fraude de execução, será ineficaz em
relação ao requerente.
Alguns procuradores tentam o redirecionamento com base nos arts. 136 e 137. Para
a professora, tal argumentação é menos mal do que fundamentar no 135 (90% dos
procuradores fundamentam no 135). No entanto, ainda assim, esses arts. não deveriam ser
tratados como hipóteses de desconsideração.
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Na RP, o responsável paga um imposto que originariamente era do contribuinte e o direito a
pedir de volta para o contribuinte. O DT não disciplina essa relação. Na responsabilidade
por substituição, há recomposição imediata
O §7º art. 150 foi emendado pela EC. Trata-se de regra que auxilia ao fisco ao
encontrar meios de conseguir satisfazer o pagamento do tributo.
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SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA CONCOMITANTE
FALTEI
Kelsen sofreu uma crítica muito forte pois a interpretação que se deu mundo afora é
que com essa proposta, Kelsen dava uma importância muito maior à norma sancionadora e
uma importância secundária à norma que estabelece uma conduta desejada. O professor
argumenta que o critério adotado por kelsen, no entanto, não foi um critério de relevância,
sendo portanto a crítica infundada. O critério adotado era de explicitude(norma primária)
/implicitude (norma secundária), não de importância. Ex. Matar. Sanção: anos de cadeia. A
conduta desejada “não matar” está implícita, e não explícita.
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Entretanto, a crítica fez com que Kelsen, em sua obra TEORIA GERAL DAS
NORMAS (1979), invertesse a classificação, adotando desta vez o critério da relevância:
onduta desejada;
a) NORMA PRIMÁRIA = aquela que estabelece a c
b) NORMA SECUNDÁRIA = aquela que estabelece uma sanção pelo
descumprimento da conduta desejada.
O JUÍZO HIPOTÉTICO é o juízo que parte de uma hipótese; é o juízo que estará
sempre vinculado a certo resultado/consequência. Esse juízo está presente tanto nas
normas da NATUREZA quanto nas normas JURÍDICAS. Entretanto, entre estas há certa
diferença:
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A ligação entre fato e consequência é feita por uma IMPUTAÇÃO, no sentido de que o
legislador imputa o resultado B à ocorrência de A; há autores, entretanto, que falam em
CAUSALIDADE JURÍDICA, que não é uma causalidade necessária/inevitável
Ex.: Norma jurídica primária (endonorma) = SE TENHO UM CARRO, DEVO PAGAR IPVA;
Norma jurídica secundária (perinorma) = SE NÃO PAGO IPVA TEMPESTIVAMENTE,
INCIDE MULTA.
No que se distingue a norma jurídica dos textos do direito positivo? A norma origina do
texto.
NORMAS JURÍDICAS = Significação que se obtém a partir dos textos do direito positivo.
São fruto do trabalho do JURISTA (intérprete do direito/operadores do texto).
DIFERENTES CLASSIFICAÇÕES
Aspecto Espacial
Aspecto Pessoal
MANDAMENTO Alíquota
Sanção
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UM COMPORTAMENTO DE PESSOAS (físicas ou
jurídicas) QUE SE EXPRIME POR UM VERBO
Critério Material PESSOAL9 e TRANSITIVO + UM COMPLEMENTO.
(núcleo da O professor comenta que às vezes, em vez de um
hipótese)8 verbo, temos uma locução verbal. EX.: IPTU tem
Indica o fato como núcleo de incidência “ser proprietário + de
tributável um imóvel”
8
Mesmo sendo o critério mais importante, a definição do critério material como “descrição objetiva do fato” é
equivocada, pois a hipótese de incidência tributária sim é que representa a descrição do fato. O critério material é apenas
uma das partes da hipótese, não podendo corresponder ao seu todo.
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Alguns autores apontam ainda para a existência de um critério pessoal, que não se trata de sujeito passivo e
sujeito ativo. Entretanto, segundo o professor, como o critério material já especifica um comportamento de
PESSOAS, não há necessidade de um critério pessoal na hipótese de incidência. A única hipótese em que seria
compreensível é no caso do tributo do ICMS Ex.: ICMS, a pessoa que realiza a operação de circulação de
mercadorias só pode ser COMERCIANTE, INDUSTRIAL OU PRODUTOR.
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Sujeito Ativo: Para a identificação do sujeito ativo,
basta olhar a legislação (Constituição ou lei que
delega a capacidade ativa). Sendo assim, a
identificação do sujeito ativo pode ser feita antes
da ocorrência do fato jurídico tributário.
Critério Subjetivo
Sujeito Passivo: A identificação sujeito passivo, por
outro lado, não é apenas normativa, pois exige
uma análise do fato concreto. É uma identificação
NORMATIVO-FÁTICA. A norma fornece um critério
que será analisado diante de um fato. A
identificação do sujeito passivo, portanto, só pode
ser realizada após a ocorrência do fato jurídico
tributário.
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Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo
irrelevantes para qualificá-la: I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei;II – a destinação legal do
produto da sua arrecadação.
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das alíquotas dos produtos de acordo com o seu
grau de essencialidade, sempre de maneira
inversamente proporcional: quanto mais essencial
o produto, menor a alíquota. Mede a capacidade
contributiva do cidadão também.
Somente as legislações mais recentes têm buscado trocar a expressão “fato gerador”
por outra expressão mais adequada. Algumas expressões consideradas pela doutrina como
corretas são:
A professora comenta que a doutrina mais atualizada de Paulo de Barros, este criou
a expressão EVENTO para designar
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CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS TRIBUTÁRIAS
A professora comenta que opta por uma maneira diferente de ensinar a matéria de
Direito Tributário, iniciando não pelo Sistema Constitucional Tributário (mais comum entre
os doutrinadores), mas sim pela Teoria da Norma, na concepção de Geraldo Ataliba, por
considerá-la menos complexa que a do professor Paulo de Barros de Carvalho.
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a. COMPETÊNCIAS TRIBUTÁRIAS
Nesse ponto, no entanto, temos uma divergência doutrinária. Para VIEIRA e SOUTO
MAIOR BORGES, a CONSTITUIÇÃO CRIA TRIBUTO. Isto porque a CF estabelece quase
todos os critérios do tributo (sujeito ativo, sujeito passivo, hipótese de incidência, base de
cálculo etc). Nesse sentido, a CF cria o tributo, e a Lei institui. No entanto, a Constituição
não expressa o aspecto da BASE DE CÁLCULO, o que para a maioria da doutrina, implica
a afirmação de que “a Constituição não cria tributo”, visto que a devida regra matriz do
tributo só está verdadeiramente expressa na Lei que edita o tributo.
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Pela lógica jurídica, o conceito de Competência é muito mais amplo do que apenas
LEGISLAR. Não diz respeito apenas à legislação, porque além das normas gerais e
abstratas, estão presentes as normas individuais concretas, como decisões judiciais e
lançamento. Portanto, competência, enquanto aptidão de faculdade de editar a lei em
abstrato não diz respeito à verdade concreta. Seria, além da possibilidade de criar normas
gerais e abstratas, também criar normas individuais e concretas, englobando edição de lei,
expedição de lançamento, prolação de decisão etc.”
Feita essa ressalva, o professor PBV afirma que, apesar de que, logicamente, a
competência é mais ampla do que a competência do Poder Legislativo de LEGISLAR, é
essa concepção mais restrita a utilizada para fins didáticos.
i. Características
1. Competência Privativa:
A expressão “ou não” não se confunde com a competência residual da União. O art.
154 dispõe sobre duas situações excepcionais, entretanto, na competência extraordinária
essa competência pode ser até para fins de bi-tributação e confiscatórios, o que não ocorre
na competência residual, a qual deve seguir os princípios baluartes do Direito Tributário.
A professora comenta que escreveu sobre a tributação dos serviços Over the
Top (Spotify, Netflix, Dropbox etc) e ofereceu como solução a tributação desses serviços
intangíveis a criação de um imposto através da competência residual da União.
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Os autores consideram competências comuns as para taxas e contribuições de
melhoria. Podem ser criadas quantas tanto forem necessárias.
Além disso, existe uma Competência Residual dos Estados e Municípios em relação
aos serviços e obras não realizadas pela União, conforme os arts. 25, §1º e 32, § 1º da
Constituição Federal:
b. PRINCÍPIOS
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Segundo a professora existe uma cisão entre os princípios: (i) princípios que
estabelecem limites objetivos e (ii) princípios valores.
Esse artigo revela que é necessário se fazer justiça social a partir da justiça fiscal.
Para Geraldo Ataliba, o princípio diz: “quem tem mais paga mais, quem tem menos paga
menos e quem não tem, não paga nada. Mas segundo a professora, não é só isso. Há
muito valor em um só princípio.
Para ela, isso não ocorre no Brasil, tendo em vista que não temos uma tributação
progressiva (aumento da alíquota, obedecendo à base de cálculo). Isso só acontece, “bem
meia boca”, no IR e no IPTU. Para que o sistema fosse efetivamente justo, deveria haver
essa progressividade em relação a TODOS OS IMPOSTOS. Entretanto, para tanto,
teríamos um sistema tributário mais ONEROSO e COMPLEXO, o que representa grande
parte do sistema tributário brasileiro.
A ideia é que a tributação tire do “mais rico” e leve ao “mais pobre”. Mas, após a
inserção nos cofres públicos do montante pago a título de tributação, como esse montante
será distribuído aos pobres? Aí temos a questão do princípio da capacidade contributiva
inserido no DIREITO FINANCEIRO.
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Betina acha que, conforme a redação constitucional, os tributos que estão sujeitos ao princípio da
capacidade contributiva são somente os IMPOSTOS. Nem as taxas, nem as contribuições. Há teses
que procuram estender a observância do princípio para outros tributos, porém nenhuma convenceu a
professora. Assim, para a professora, CAPACIDADE CONTRIBUTIVA SE APLICA SOMENTE AOS
IMPOSTOS.
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A expressão “sempre que possível” não significa que “em alguns casos não será
observado princípio da capacidade tributiva”. Ao contrário, a expressão se justifica na
medida em que existem tributos indiretos no Brasil (cerca de 70% da carga tributária
brasileira é indireta). Nesses tipos de tributos, quem paga o tributo é o contribuinte, mas
quem suporta o ônus do tributo é quem compra o produto ou o serviço (consumidor final),
tendo em vista que o contribuinte repassa o custo ao consumidor final.
ESPANHOLA =
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“ Todos os cidadãos, sem distinção,
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capacidade econômica.
Trata-se da aptidão
econômica, potencialidade de
renda/patrimônio, ou
disposição desta através de
consumo.
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