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TEORIA GERAL DO PROCESSO – TGP

PROFESSOR: JOÃO PAULO ALVES LACERDA


UFMT - CUA
AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE BARRA DO GARÇAS-MT.

JOÃO PAULO LACERDA, brasileiro, casado, professor, portador do RG nº XXXXXXXXX e CPF nº


964.668.801-00, detentor do endereço eletrônico jpalcerda@gmail.com, residente e domiciliado à Avenida
Atílio Fontana, nº 46, Bairro Jardim das Mangueiras, na cidade de Barra do Garças– MT, CEP: 78600-000,
neste ato representado pelo advogado que esta subscreve, com procuração anexa, endereço profissional à
Rua Goiá, nº 46, Bairro Centro, na cidade de Barra do Garças – MT, vêm, perante Vossa Excelência, com
o devido respeito e vênia, embasando-se nos arts. 186 e 927 do Código Civil, bem como no art. 5º da
CF/88 e demais dispositivos legais previstos no Código de Defesa do Consumidor, propor a presente:

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS

em face de TAM AIRLINES, pessoa jurídica de direito privado, inscrita sob o CNPJ 09.296.295/0001-60,
com sede à Avenida, marcos penteados Ulhôa rodrigues, n°939, 9° andar ed. jatobá, condomínio castelo
branco office Park - Tamboré Barueri – SP, CEP 06460-040 tel. (11) 4134-9800 fax: (11) 4134-9301, pelos
fatos e fundamentos que passa a expor:

“I. DA JUSTIÇA GRATUITA (art. 98, CPC/15)

O Requerente faz jus à concessão da gratuidade de Justiça, haja vista não possuir rendimentos suficientes
para custear as despesas processuais e honorários advocatícios em detrimento de seu sustento e de sua
família”.

Destaca o dever estatal de prestar assistência gratuita a Constituição Federal do Brasil, em seu
artigo 5º LXXIV, in verbis:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
[...]
XXIV – O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de
recursos;

De igual modo, enuncia o artigo 98 e seguintes, do Código de Processo Civil de 2015:

Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar
as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios têm direito à gratuidade da justiça, na
forma da lei. [...]

Cumpre salientar, que o Requerente se encontra atualmente empregado, mas em condições básicas de
subsistência, com previsão de término de contrato em 20 de dezembro de 2019, não podendo então arcar
com as despesas processuais.

Com base na necessidade demonstrada, aguarda o Requerente o deferimento da justiça gratuita de modo
integral.

II. DOS FATOS

O Requerente, desde o início do ano, vinha planejando uma viagem a Florianópolis. Para tanto, em 01 de
janeiro de 2019, às 12:00 (documento anexo), confirmou a compra da passagem aérea junto a empresa
Requerida, qual seja, a TAM Airlines, no valor de R$ 466,38 (quatrocentos e sessenta e seis reais e trinta e
oito centavos), por ser o horário mais adequado e capaz de suprir as necessidades do Requerente.

Conforme exposto, foi confirmado o pedido com código de reserva 12345678-9, nos seguintes horários,
adiante especificados:

(IMAGEM NO CORPO DA PETIÇÃO)

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Na semana da viagem, o Requerente entraram no site da empresa Requerida a fim de confirmar os horários
da viagem agendada, quando para sua surpresa, a companhia aérea modificou os horários sem realizar
prévia comunicação, o que fez com que o Requerente se obrigassem a alterar o horário da viagem, agora
sob o código de reserva 123456789-10, consolidando-se deste modo:

(IMAGEM NO CORPO DA PETIÇÃO)

Img: Voo - Aeroporto Barra do Garças – Florianópolis – 01/01/2019

Após meses de expectativa, chegou o dia do evento e o requerente aguardar ansiosamente a hora do
embarque programado para as 12:00h. No entanto, este fato não ocorreu, pois exatamente às 11:00h, a
empresa informou o primeiro atraso, que aconteceria naquele dia, até o momento sem qualquer explicação
aos passageiros que ali aguardavam, alertando que maiores detalhes seriam enviados às 13:00h.

Às 14:00h, aconteceu o segundo atraso, também sem explicação, informando que mais detalhes seriam
enviados às 15:00h.

Às 16:00h, foi reprogramado o voo, agora com horário de saída previsto para 17:00h.

Às 17:00h, mais uma vez, o Requerente foi comunicado de um problema na aeronave que acabara de pousar
no aeroporto de Barra do Garças e vinha de Cuiabá: o pneu havia furado. Novamente, houve atrasos.

Enquanto aguardavam a troca do pneu da aeronave, o Requerente conversou com alguns passageiros que
vieram de Cuiabá com a empresa Requerida e estes informaram que o atraso ocorrido se deu por ausência
de manutenção das aeronaves da empresa, haja vista terem trocado de aeronave por duas vezes em
decorrência de problemas técnicos no ar-condicionado e painel.

Desta forma, a saída do Requerente do aeroporto de Barra do Garças, que estava prevista para 12:00h, deu-
se apenas às 20:00h, causando um atraso de 8 horas.

Voo – Aeroporto Barra do Garças – Florianópolis – 10/01/2019

Tendo o voo programado para retorno na segunda-feira, dia 22 de janeiro às 12:00h, o Requerente, desde
às 11:00h, tentava fazer o check-in online, sendo impedido pela companhia aérea. Diante da
negativa online, chegando ao aeroporto, o Requerente tentou fazer o check-in no balcão da empresa
Requerida, quando mais uma vez, para a surpresa de ambas, a companhia antecipou o embarque/voo em
uma hora e novamente sem comunicação prévia, causando forte abalo ao Requerente por ter “perdido” o
voo.

Após momentos desesperadores de discussões e angústia para tentar resolver o retorno do Requerente a
Mato Grosso, este dirigiu-se à loja da empresa Requerida, que após muita discussão, alocou-as para o voo
12345, com horário de saída previsto para às 21:00h, causando uma espera aproximada de 9 horas.

Esta espera prejudicou o Requerente consideravelmente, destacando que ministraria aulas na UFMT-CUA,
programando-se com antecedência e compensando os dias que estaria fora; porém, pela falta de
consideração da empresa Requerida, que antecipou o voo sem comunicação e alocou-as para um voo 9
horas após o previsto, perdeu o dia de trabalho, conforme comprovado pelo cartão ponto.

Se já não bastasse todos os fatos narrados, a empresa Requerida mais uma vez demonstrou o descaso que
tem com os seus passageiros. A todo momento o Requerente realizava a viagem, comprando assentos de
sua escolha (janela), porém na hora de alocá-lo, a empresa Requerida sequer tomou o cuidado de selecionar
a poltrona na janela designando o assento 27B para 46B na saída de emergência conforme documentos
anexos.

Por fim, após uma longa espera no aeroporto, com a abertura do embarque, o Requerente, cansado e
desejando chegar em casa, embarcou no voo que estava previsto para decolar às 12:00h, e mais uma vez, a

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empresa Requerida atrasou o voo. Conforme se demonstra em vídeo anexo, detalhado na imagem a seguir,
tendo a aeronave levantado voo apenas as 21:00h.

(IMAGEM DECORRENTE DE VÍDEO)

III. DA APLICABILIDADE DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

O caso em análise trata-se de típica relação de consumo, onde destacam-se de forma nítida as figuras de
consumidor, fornecedor e produto/serviço.

Tais figuras encontram-se elencadas no Código de Defesa do Consumidor de forma respectiva, nos
artigos 2º, 3º e § 1º, conforme expõe:

Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como
destinatário final.
Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como
os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção,
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de
serviços.
§ 1º Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.

Vale ressaltar que o STJ consolidou entendimento de que "a responsabilidade civil das companhias
aéreas em decorrência da má prestação de serviços, após a entrada em vigor da Lei 8.078/90, não é
mais regulada pela Convenção de Varsóvia e suas posteriores modificações (Convenção de Haia e
Convenção de Montreal), ou pelo Código Brasileiro de Aeronáutica, subordinando-se, portanto, ao
Código Consumerista" (STJ, Rel. Min. Raul Araújo, AgRg no AREsp 582.541/RS, j. 23-10-2014).

Diante do exposto, estando evidente a relação de consumo, bem como as partes se fazem legítimas ao
dissídio, deve a presente demanda ser regida pelo Código de Defesa do Consumidor.

IV. DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

Diante da hipossuficiência técnica do Requerente, a inversão do ônus da prova ante as verossímeis


alegações apresentadas, juntamente com as provas documentais acostada aos autos, é medida que se impõe,
conforme previsto no artigo 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor:

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:


VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no
processo civil, quando a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente,
seguindo as regras ordinárias de expectativas.

Posto isto, requer, desde já, a aplicação da inversão do ônus da prova.

V. DA ILICITUDE PRATICADA PELA REQUERIDA

Conforme exposto, o Requerente contratou os serviços de transporte aéreo da Requerida nos termos já
informados, porém, embora a cobrança tenha sido realizada de forma correta, houve defeitos na prestação
dos serviços que acarretaram os danos a que se requer tiveram reparo.

O Código de Defesa do Consumidor determina que “É direito básico do consumidor a efetiva prevenção e
reparação de danos patrimoniais e morais” (art. 6º, VI, CDC).

O Código Civil de 2002 é cristalino quando dispõe sobre a necessidade de reparar os danos causados,
conforme se observa no artigo 186:

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Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Igualmente e de forma complementar, o art. 927, do mesmo códex, reitera a previsão do dever de reparar,
consubstanciado na responsabilidade civil objetiva, senão vejamos:

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por
sua natureza, risco para os direitos de outrem.

Relembre-se, inclusive, que o direito de resposta e de indenização moral, material ou à imagem é oriundo
da Carta Magna de 1988, em seu artigo 5º, V, ao dispor que “É assegurado o direito de resposta,
proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem”.

Outrossim, entende o STJ em casos como o presente, que "o dano moral decorrente de atraso de voo
opera-se in re ipsa. [...] O desconforto, a aflição e os transtornos suportados pelo passageiro não
precisam ser provados, na medida em que derivam do próprio fato" (STJ, 4ª Turma, Rel. Min. Raul
Araújo, AgRg no Ag 1306693/RJ, j. 16-8-2011).

Destarte, sob os ângulos jurisdicional, legal e constitucional, nota-se que o ato ilícito praticado pela empresa
Requerida nos moldes de que fora apresentado inicialmente são fatores gravíssimos e suficientes a ensejar
o dever de indenizar, e que, embora desnecessária a comprovação de culpa em situações desta índole, é
certo que ela constitui, ao menos, capacidade elementar de agravar as consequências do ato, fatos presentes
no presente pleito.

VI. DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA

A responsabilidade civil visa reprimir o dano causado pelo agente em face do indivíduo lesado material ou
moralmente.

Vê-se que a responsabilidade civil apresenta duas espécies distintas, sendo a responsabilidade subjetiva e
a responsabilidade objetiva.

A responsabilidade civil subjetiva emana do ato ilícito, além de trazer a necessidade de caracterizar como
requisitos fundamentais a culpa, o dano e o nexo causal entre este e aquela.

No caso em tela, é evidente a existência da responsabilidade objetiva, como sendo aquela em que o dano
deverá ser reparado independente de culpa, conforme os ditames do parágrafo único do
artigo 927 do Código Civil:

Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para
os direitos de outrem.

O Código de Defesa do Consumidor dispõe ainda, por seu artigo 14, que a responsabilidade do fornecedor
de serviços é objetiva, prescindindo da demonstração de culpa:

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação
dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

Diante do exposto, fica evidenciado o ato ilícito, a lesividade e a necessidade de reparar o dano, que se dá
independentemente da existência de culpa.

VII. DOS DANOS MATERIAIS E MORAIS

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Conforme já fora exposto inicialmente, o Requerente adquiriu da Empresa Requerida, em 01 de janeiro de
2019, o serviço de transporte aéreo pelo valor de R$ 466,38 (quatrocentos e sessenta e seis reais e trinta e
oito centavos), com intenção de saída do aeroporto de Barra do Garças às 12:00h do dia 01 de janeiro de
2019, e retorno do aeroporto de Florianópolis às 12:00h, do dia 22 de janeiro de 2019, optando por este
horário por ser o que mais atendia suas necessidades, já que o Requerente deveria retornar à Mato Grosso
a fim de cumprir suas atividades laborais por 8 horas.

Porém, o serviço prestado não foi aquele adquirido em janeiro de 2019, haja vista a alteração realizada sem
prévia comunicação.

Ao adquirir um produto/serviço, espera-se que ele seja executado nas condições que lhe são apresentadas
no momento que finaliza a compra; no entanto, não foi desta maneira que ocorreu com o Requerente.

Se já não bastasse todos os empecilhos que adiaram a chegada do Requerente à capital mato-grossense, o
retorno a Mato grosso também foi conturbado, desorganizado e esgotante, haja vista serem surpreendidas
pela empresa Requerida, que, ao chegarem no aeroporto, a tempo para o embarque, foi impedido
pela antecipação de voo sem comunicação por parte da Requerida.

Tal informação abalou o Requerente consideravelmente, que naquele momento desesperador só desejavam
embarcar em um voo a tempo de chegar no horário programado para que pudessem cumprir com suas
obrigações rotineiras de uma segunda-feira, fatos estes que ensejaram a presente demanda.

Deste modo, já julgou o Tribunal de Justiça de Santa Catarina:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MATERIAIS E MORAIS.


TRANSPORTE AÉREO. CANCELAMENTO DE VOO. VIAGEM POSTERGADA EM CERCA DE 13
(TREZE) HORAS. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA. RECURSO DA RÉ. RESPONSABILIDADE CIVIL.
CANCELAMENTO INCONTROVERSO. FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EVIDENCIADA.
JUSTIFICATIVAS PARA O CANCELAMENTO QUE SUPOSTAMENTE CONFIGURARIAM FORÇA
MAIOR QUE NÃO RESTARAM DEVIDAMENTE COMPROVADAS. ÔNUS QUE INCUMBIA AO
FORNECEDOR DE SERVIÇOS. SUPOSTA NECESSIDADE DE PROCEDER MANUTENÇÃO NA
AERONAVE QUE CONSUBSTANCIA FORTUITO INTERNO, ABARCADO PELO RISCO DO
NEGÓCIO. ATO ILÍCITO CONFIGURADO. DANO MORAL. OCORRÊNCIA. FRUSTRAÇÃO DAS
EXPECTATIVAS DO CONSUMIDOR.(...) VALOR FIXADO ADEQUADAMENTE EM PRIMEIRA
INSTÂNCIA (R$ 15.000,00 A CADA AUTOR). REDUÇÃO DESCABIDA. INCIDÊNCIA DE JUROS
MORATÓRIOS DESDE A CITAÇÃO. INAPLICABILIDADE DA SÚMULA 54 DO STJ. HONORÁRIOS
RECURSAIS ARBITRADOS. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJSC,
Apelação Cível n. 0303248-10.2017.8.24.0082, da Capital - Continente, rel. Des. Saul Steil, Terceira
Câmara de Direito Civil, j. 28-08-2018).

Faz-se imperioso destacar que o dano moral deve atender a alguns objetivos precípuos, quais
sejam: a) ressarcir os prejuízos morais decorrentes da violação de um bem jurídico tutelado; b) coibir, punir
e prevenir a prática reiterada de comportamentos deste gênero por parte do infrator, que agem de forma
contrária à legislação e aos consumidores, prestando-lhes um serviço incompatível com o a fragilidade que
é inerente à parte mais fraca da relação de consumo.

Diante de todo o exposto, pugna o Requerente pelo pagamento de R$ 466,38 (quatrocentos e sessenta e
seis reais e trinta e oito centavos) a título de danos materiais, devidamente corrigidos, visto a ausência de
prestação de serviço nos moldes contratados; e R$ 20.000,00 (vinte mil reais) ao Requerente, a título
de danos morais, atentando-se à tríplice função do dano, ressarcindo, punindo e prevenindo.

VIII. DOS HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS (Art. 85, CPC/15)

O Novo Código de Processo Civil, em seu art. 85 e seguintes, dispõe acerca dos honorários sucumbenciais,
nos exatos termos: “A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado vencedor”.

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Tendo em vista que os honorários correspondem aos alimentos do advogado, é de suma importância
enaltecer esta questão antes de adentrar ao mérito questionado.

Pugna, portanto, que a empresa Requerida seja condenada ao pagamento de honorários sucumbenciais ao
procurador do Requerente, bem como, que haja a majoração de tais honorários em caso de ascensão destes
autos ao Tribunal de Justiça deste Estado.

IX. DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO

O Requerente manifesta-se favorável à audiência de conciliação, o que faz com fulcro nos artigos 319, VII,
combinado com artigo 334, do Código de Processo Civil, requerendo desde já a designação de data para o
ato conciliatório.

X. DOS PEDIDOS

Ante o exposto, requer:

a) O recebimento e processamento da presente demanda;

b) A citação da Requerida no endereço informado, para querendo, responder no prazo legal, sob pena de
revelia e confissão;

c) A concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela Constituição Federal,


artigo 5º, LXXIV e artigo 98 e seguintes do Código de Processo Civil de 2015;

d) Que seja deferida a inversão do ônus da prova, diante do artigo 6º, VIII, do Código de Defesa do
Consumidor;

e) Designação de audiência de conciliação, com fulcro ao artigo 334 do Código de Processo Civil;

f) Sejam julgados procedentes os pedidos, para condenar a Requerida ao pagamento de R$ 466,38


(quatrocentos e sessenta e seis reais e trinta e oito centavos), a título de danos materiais, devidamente
corrigidos, visto a ausência de prestação de serviço nos moldes contratados; e R$ 20.000,00 (vinte mil reais)
ao Requerente, a título de danos morais.

g) A produção de todos os tipos de provas cabíveis, em especial a prova documental (documentos na


“nuvem” online), depoimento pessoal da Requerida, oitiva de testemunhas e todas as outras provas que se
fizerem necessárias à busca da verdade;

h) E por fim, pugna pela condenação da Requerida ao pagamento de honorários sucumbenciais em 20%
(vinte por cento) conforme dispõe o art. 85, dada a natureza da causa e o trabalho desenvolvido, nos termos
do caput do Código de Processo Civil.

Dá-se a causa o valor de R$ 20.466,38 (vinte mil, quatrocentos e sessenta e seis reais e trinta e oito
centavos).

Termos em que, pede deferimento.

Barra do Garças 06 de setembro de 2019

Advogado (a)

OAB/MT

2019

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