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FAMEG – Faculdade Metropolitana de Guaramirim - Grupo UNIASSELVI

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Disciplina: Fundamentos do Comercio Exterior
Prof.: Rosana A. Gomes

1 ESTRUTURA DO COMERCIO EXTERIOR BRASILEIRO

O comércio exterior brasileiro é descentralizado, não possuindo um órgão específico para a atividade.
Em outros países, como na Itália, existe uma pasta exclusiva para os negócios internacionais, o Ministério do
Comércio Exterior.
Aqui, a gestão se dá por áreas de competências, como Política de Comércio Exterior, Política Fiscal, Política
Financeira, Políticas Bilaterais de Relações Internacionais, entre outras.

FIGURA 1: Organograma do Comércio Exterior Brasileiro

Fonte: Copiado de www.comexblog.com.br

FIGURA 2 – Organograma SECEX (VER. 2010)

Fonte: Copiado de www.mdic.gov.br (Atualizado)


1.1 CÂMARA DE COMÉRCIO EXTERIOR (Camex)

Trata-se do órgão mais importante, e atuante, no comércio exterior brasileiro que é ligado diretamente a
Presidência da República conforme se pode ver no organograma da Fig. 1
A Camex foi criada em 1995, composta por um Conselho de Ministros e uma Secretaria Executiva. A criação
desta câmara foi uma tentativa de responder as rápidas transformações crescimento do setor externo brasileiro.

Entre as principais atribuições/competências, podemos destacar:


- Definir diretrizes e procedimentos relativos à implementação da política de comércio exterior;
- Estabelecer as diretrizes para as negociações de acordos e convênios relativos ao comércio exterior, de
natureza bilateral, regional ou multilateral;
- Orientar a política aduaneira, observada a competência específica do Ministério da Fazenda;
- Formular diretrizes básicas da política tarifária na importação e exportação;
- Fixar as alíquotas do imposto de exportação;
- Fixar direitos antidumping e compensatórios, provisórios ou definitivos, e salvaguardas.

1.2 MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES (MRE)

Atua no marketing externo, fazendo a promoção e divulgação de oportunidades comerciais no estrangeiro.


O MRE atua, especificamente, em duas frentes de trabalho: a promoção comercial das exportações
brasileiras e as negociações internacionais, sempre buscando o interesse da política externa brasileira.
A promoção comercial busca dar assistência às empresas brasileiras interessadas no processo de
internacionalização de suas atividades. Este serviço é feito através dos SECOMs.

1.3 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR (MDIC)

É o ministério responsável pelas decisões e execução das diretrizes políticas de comércio e exerce sua função
através do órgão gestor SECEX – Secretaria de Comércio Exterior.
O MDIC foi criado em 1999 e tem como área de competência, no comércio exterior, os seguintes assuntos,
entre outros:
- Política de desenvolvimento da indústria, do comércio e dos serviços;
- Políticas de comércio exterior;
- Regulamentação e execução dos programas e atividades relativas ao comércio exterior;
- Aplicação dos mecanismos de defesa comercial participação em negociações internacionais relativas ao comércio
exterior;

1.4 SECRETARIA DE COMÉRCIO EXTERIOR (SECEX)

O SECEX tem como principal função assessorar o MDIC na condução das políticas de comércio exterior.
É o órgão estratégico do Ministério e é responsável pela gestão do controle comercial. A SECEX normatiza,
supervisiona, orienta, planeja, controla e avalia as atividades de comércio exterior de acordo com as diretrizes da
Camex e do MDIC.

1.4.1 Principais objetivos da SECEX

- Propor medidas de políticas fiscal e cambial, de financiamento, de seguro, de transporte e fretes e de promoção
comercial;
- Participar das negociações em acordos ou convênios internacionais relacionados ao comércio exterior;
- Formular propostas de políticas de comércio exterior e estabelecer normas necessárias a sua implementação.

1.4.2 Departamentos da SECEX

Dentro de sua estru tura administrativa, a SECEX se subdivide em cinc o


departam entos:
Departamento de Planejamento e De senvolvimento do Comércio Exterior (DEPLA): Responsável
pelo desenvolvimento de estudos de mercados e produtos estratégicos para a expansão das
exportaçõ es brasileiras, pela formulação de propostas de planejamento e execução de
Programas de Capacitação em comé r cio exterior dirigidos às pequenas e médias empres as, bem
como Progr amas de Desenvolvimento da Cultur a Exportador a, pela pro posição de diretrizes
para a política de crédito e financiamento às exportações, pela apuraçã o, análise e divulgação
de estatísticas de comércio exterior, pelo desenvolvimento e cont role ope racional do SISCOMEX
e pela elaboração e o acompanham ento de estudos sobre a evolução da comercialização de
produtos e mercados estratégicos, com base nos parâmetros de competitividade setorial e
disponibilidades mundiais. Divulga os números oficia is de estatísticas de comércio exterior
brasileiro, mediante o site ALICEWeb (http://aliceweb2.mdic.gov.br ).

Departamento de Operações de Comércio Exterior (DECEX): Responsável pelo acompanhamento


e controle das oper ações de comé rcio exte rior, participando da elab oração d e normas de
comercialização tan to no que se refere às exportaçõ es como às importações brasileiras. Suas
principais atribuições são o exame de operaçõ es de comércio ext erior; formulação para o
desenvolvimento do comércio exterior e elaboração de estudos visando o aperfeiçoamento da
legislação brasileira relacionada ao c omércio ext erior.

Departamento de Defesa Comercial (DECOM): Tem como atribuições o exame da procedência e


do mérito de p etições d e defesa da produção doméstic a; a instaura ção e a conduç ão de
investigações para a apuração de du mping ou subsídios nas importações, de dano à produção
doméstica causado por tais práticas; o exam e e a avaliação interna do mérito de pe tições d e
salvaguarda comercial; a instauraç ão e a condução de investigaçõ e s para aplicação de
salvaguardas comerciais mediante a aplicação de medidas previstas (cotas e/ou sobretax as
tarifárias) nos correspondentes dispositivos da OMC; o acompanhamen t o de investigações de
defesa comercial aber tas por terc eir os países contra exporta ções brasileiras, a preparação da
defesa em processos externos de m edidas compensatórias contra expor tações brasileiras e a
assistência à defesa do exportador em investigações antidumping, em a rticulação com órg ãos
governamentais e com o setor privad o.
Cabe ao DECOM a Secr etaria das r eu niões do GTDC (Grupo Técnico de De fesa Comercial)
instituído pela Resolução CAMEX n.º 09, de 22/03/01,com o obje tivo de examinar propost as
sobre a fixação de direitos antid umping ou compensatórios provisórios ou definitivos;
homologação de compromissos em investigação de dumping e subsídios, e a aplicação de
medidas de salvaguardas provisórias e definitivas. O GTDC é presidido pelo Secretário -
Executivo da CAMEX e integr ado por um represent ante de cada órgão que integra a CAMEX

Departamento de Negociações Internacionais (DEINT): Tem por finalidade promover estudos e


iniciativas internas voltadas par a apoiar, orienta r e informar os tra balhos de prepar ação
brasileira nas n egociações de acordos internacionais de comércio. O DEINT participa em
negociações no âmbito da Org anizaç ão Mundial do Comércio (OMC), da C onferência das Nações
Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), da Associação Latino -Americana d e
Integraç ão (ALADI), do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), e das negociações do MERCOSUL
com a Comunidade Andina (CAN), União Europeia, entr e ou tros. Tem, ain da, como a tribuições,
o acompanhamento d a aplicação de acordos de comércio do Sistema Global de Preferência s
Comerciais entre Países em Desenvolvimento (SGPC) e do Sistema Ger al de Pref erências (SGP);
a prestação de informações sobre concessões outorgadas e recebidas pelo Brasil nos acordos
internacionais; a formulação, no plano interno, de propostas par a o aperfeiç oamen to da s
normas e disciplinas comerciais no âmbito dos acordos internacionais, como regime de origem,
regimes aduaneiros especiais, incentivos às exportaçõ es, restrições não -t a rifárias, e solução de
controvérsias; e a análise de pedidos de alte raç ão da Nomenclatur a Comu m do Mer cosul (NCM),
e da Tarifa Externa Comum (TEC). É o representan te do MDIC junto à Co missão de Comércio do
Mercosul (CCM), e coordena interna mente os Comit ês Técnicos nº 01, 03, 08 e 10 da CCM, que
trat am respec tivamente de Ta rifas, N omenclaturas e Classificação de M e rcadorias e de Normas
e Disciplinas Comerciais. Apoia a SECEX como representante do MDIC nas reuniões do Grupo
Mercado Comum (GMC) do M ercosul.

Departamento de Normas e Competitividade (DENOC): Ocupa-se das políticas públ icas voltadas
ao desenvolvimento da compe titividade no comércio ext erior brasileiro , especialmente de âmbito
burocrático, tributário, financeiro ou logístico. Além disso, o departamen to é responsável pela
consolidação das normas emanadas p ela Se cret ária d e Comé rcio Exterior. As principais áreas d e
atuaç ão do DENOC são o financiamento à exportaç ão, a desoneração da produção de bens
exportáveis, a melhoria da logística para o comér cio exterior, a facilit ação do comér cio, a
simplificação e consolidação das nor mas sobre comércio exterior e a nor matização de a tos da
Secre taria de Comé rcio Exterior e promove a integração entre os diversos órgãos anuentes no comércio
exterior brasileiro (MAPA, ANVISA, INMETRO, etc).
O DENOC foi criado p elo ar t. 20 do D ecr eto n º 7.096, de 04 d e fev ereiro de 2010.

1.5 MINISTÉRIO DA FAZENDA (MF)

Responsável pela política monetária e fiscal, o MF (como é comumente chamado) zela pela defesa e pelos
interesses fazendários, de fiscalização e controle de entrada e saída de mercadoria do comércio exterior.

No Comércio exterior, sua intervenção é feita através do principal órgão atuante e operacional, a Receita
Federal do Brasil. A SRF é órgão gestor, junto com a SECEX e o BACEN, do Sistema Integrado de
Comércio Exterior (SIS COMEX), responsável pelo controle de procedi mentos aduaneiros e
fiscais.
Este órgão, que muitas vezes possui status de Ministério, atua na fiscalização aduaneira de mercadorias,
produtos e bens que ingressam no país ou são enviados ao exterior.
É responsável também pela cobrança dos direitos aduaneiros incidentes nessas operações.

O Banco Central do Brasil (BACEN) é uma autarquia federal (Entidade autônoma, auxiliar e descentralizada
da administração pública), vinculada ao MF e integrante do Sistema Financeiro Nacional.
Criado pela Lei 4.595/1964, o BACEN é a autoridade monetária e o principal executor das políticas
formuladas pelo Conselho Monetário Nacional, colegiado responsável por apontar as diretrizes gerais das políticas
monetária, cambial e creditícia.
Além das competências de autoridade monetária, o BACEN autoriza os estabelecimentos bancários a
comprar ou vender moedas estrangeiras no Brasil.

2 PRATICAS DESLEAIS DE COMERCIO EXTERIOR

São consideradas práticas desleais no comercio exterior de mercadorias aquelas que tenham como
finalidade desestimular ou eliminar a industrial local.
A reação dos países importadores a tais práticas é denominada defesa comercial.
No Brasil, a autoridade investigadora para fins das investigações que autorizam a aplicação de medidas de
defesa comercial, que se insere na estrutura da Secretaria de Comercio Exterior (SECEX) no âmbito do MDIC, é o
Departamento de Defesa Comercial (DECOM).

Por defesa comercial entende-se todo o processo de acompanhamento e interferência no volume de bens,
produtos, mercadorias e serviços importados, com o fim de se garantir a consecução das relações de comércio
exterior, sem que haja danos ou prejuízos para a produção e a indústria doméstica.

Observe-se que as condutas consideradas como violadoras às regras, práticas e costumes de comércio
internacional podem e devem ser neutralizadas por meio do uso dos instrumentos de defesa comercial.
Em especial pela imposição de medidas antidumping ou compensatórias, com o fim de se evitar danos ou se
recompor o equilíbrio financeiro do mercado interno.
Já as medidas de salvaguardas têm por escopo garantir proteção, em caráter temporário, a setores
específicos da indústria nacional em face da entrada de mercadorias importadas, a fim de assegurar que este nicho
da economia se reestruture em termos competitivos, mediante compromisso assumido junto às Autoridades
Comerciais.

2.1 SUBSÍDIO

O subsídio à exportação é um benefício concedido a uma empresa por um governo dependente de


exportações.
São benefícios econômicos que um governo concede aos produtores de bens, muitas vezes para fortalecer
sua posição competitiva.
Entende-se como subsídio a concessão de um benefício, em função das seguintes hipóteses:
- Caso haja, no país exportador, qualquer forma de sustentação de renda ou de preços que, direta ou
indiretamente, contribua para aumentar exportações ou reduzir importações de qualquer produto; ou
- Caso haja contribuição financeira por um governo ou órgão público, no interior do território do país
exportador. E que com isso se confira uma vantagem ao exportador.
Considera-se que existe subsídio quando o produtor ou exportador se beneficia com alguma ajuda financeira
ou econômica do Estado, oferecida diretamente ou através de uma empresa privada que lhe permita a colocação de
seus produtos no mercado externo a um preço inferior. Tal subsídio deve estar dirigido à indústria ou ao setor do
qual provêm esses produtos.

2.2 DUMPING

Dumping é a venda em um mercado estrangeiro de um produto a preço "abaixo de seu valor justo", preço
que geralmente se considera menor do que o que se cobra pelo produto dentro do país exportador, ou em sua
venda a terceiros países. O dumping é frequentemente constatado em operações de empresas que pretendem
conquistar novos mercados internacionais. Para isso, vendem os seus produtos no mercado externo a um preço
extremamente baixo, muitas vezes, inferior ao custo de produção.
De modo geral, o dumping é reconhecido como uma prática injusta de comércio, passível de prejudicar os
fabricantes de produtos similares no país importador. Portanto, o dumping é uma prática desleal e proibida em
termos comerciais.

2.3 MEDIDAS ANTIDUMPING

É um direito aplicado a importações de determinado bem de uma Parte específica a fim de eliminar o
prejuízo causado pelo dumping à indústria doméstica da Parte importadora.
O Artigo VI do GATT 1994 permite a imposição de direitos antidumping a mercadorias objeto de dumping,
igual à diferença entre seu preço de exportação e seu valor normal, se o dumping causar prejuízo a produtores de
países concorrentes na Parte importadora.
As regras antidumping são medidas adotadas com o objetivo de evitar que os produtores nacionais possam
ser prejudicados. Uma medida antidumping é, por exemplo, a aplicação de uma alíquota específica para importação.

2.4 MEDIDAS COMPENSATÓRIAS

Medida tomada pela Parte importadora, geralmente sob a forma de aumento de taxas, para compensar
subsídios concedidos a produtores ou exportadores na Parte exportadora. As medidas compensatórias têm o escopo
de eliminar o dano (ou ameaça de dano) causado à indústria doméstica pela importação de produto beneficiado por
subsídio concedido no país exportador.
Poderão ser aplicados direitos compensatórios provisórios se ficar demonstrado que tais medidas são
necessárias para o impedimento do dano no curso da investigação, desde que haja decorrido, pelo menos, 60 dias da
data da abertura da investigação e que se tenha determinado, preliminarmente, a existência de subsídio acionável,
dano e nexo causal entre esses. Os direitos compensatórios provisórios poderão durar por até quatro meses.

2.5 MEDIDAS DE SALVAGUARDA


As medidas de salvaguarda têm como objetivo aumentar, temporariamente, a proteção à indústria
doméstica que esteja sofrendo prejuízo grave ou ameaça de prejuízo grave decorrente do aumento, em quantidade,
das importações, em termos absolutos ou em relação à produção nacional, com o intuito de que durante o período
de vigência de tais medidas a indústria doméstica se ajuste, aumentando a sua competitividade.
Entende-se por prejuízo grave a deterioração geral e significativa da situação de uma determinada indústria
doméstica e por ameaça de prejuízo grave a clara iminência de prejuízo grave, com base em fatos e não apenas em
alegações ou possibilidades remotas.

Com isto se tem um entendimento superficial do que pode acontecer em uma negociação internacional.
Nos sites do Governo Federal e artigos dos mais diversos autores e demais ligados ao Comercio exterior
pode-se aprofundar e buscar as informações atualizadas quando necessário.
Lembrando que no aspecto de defesa comercial há todo o apoio do Governo Federal.

REFERENCIAS

Organograma do comercio Exterior Brasileiro. Disponível em http//www.comexblog.com.br. Acessado em


08/04/2014.
Organograma SECEX. Disponível em http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1267557975.gif acessado em
08/04/2014.
COSTA, Ligia Maura. Comercio Exterior: negociação e aspectos legais. Rio de Janeiro: Elsevier/Campus, 2005.
SOUZA, Jose Meirelles de. Fundamentos do Comercio internacional. São Paulo: Saraiva, 2009.
MAIA, Jayme Marins. Economia Internacional e Comercio Exterior. 12. Ed. São Paulo: Atlas, 2008.

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