CONSCIENTIZAÇÃO PERINEAL DE MULHERES JOVENS EM UMA
INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
ANA BEATRIZ DE MESQUITA GOMES¹;
MARIA LUIZA FERNANDES LOBATO¹;
KATIANE JORDÂNIA SILVA BARROS¹;
MONALIZA LOPES DE MELO¹;
TATIANE RAIRES FERNANDES RODRIGUES¹;
PRISCILA FERREIRA LEMOS²
Graduandos em fisioterapia pela Universidade Potiguar¹
Fisioterapeuta, especialista e preceptora do curso ²
INTRODUÇÃO: A função normal dos músculos do assoalho pélvico (AP) pode
ser determinada como a habilidade de realizar uma contração eficaz para o fechamento da musculatura perineal, e compreende-se por um conjunto de músculos que sustentam os órgãos pélvicos. A falta de conscientização dessa musculatura nas mulheres, principalmente por fatores culturais, ocasiona o aparecimento de patologias como incontinência urinária (IU), disfunções sexuais, entre outras. A atuação fisioterapêutica promove a reeducação e a conscientização perineal por meio de exercícios pélvicos que aprimoram o recrutamento da fibras musculares, o tônus, e a coordenação reflexa durante o esforço. OBJETIVO: Analisar o índice de conhecimento sobre a conscientização perineal e suas disfunções em mulheres na faixa etária reprodutiva. MÉTODO: A pesquisa tem caráter descritivo e foi desenvolvida com a aplicação de questionário desenvolvido pelas pesquisadoras, com cinco questões sobre o conhecimento da musculatura perineal em 50 mulheres de 18 a 49 anos transeuntes de uma universidade privada no estado do Rio Grande do Norte. As mulheres foram orientadas a responder as questões com sim ou não. RESULTADOS: A primeira pergunta questionava sobre o que era conscientização perineal, a qual 88% responderam que não sabiam, a segunda questão era se as mulheres tinham conhecimento sobre a localização da musculatura do assoalho pélvico, onde 84% relataram também não saber, foram ainda questionadas se entendiam o que significava disfunção perineal, ao qual 90% respondeu que não. Após breve explicação sobre disfunções do assoalho pélvico, as mulheres foram questionadas se já tinham sido acometidas por alguma disfunção nesta musculatura, citando exemplos como incontinência urinária e dor ao ato sexual, onde 84% responderam que não tinham sido acometidas, por último as mulheres foram questionadas se conheciam a atuação da fisioterapia nas disfunções do assoalho pélvico obtendo como resposta de 96% da amostra não conhecer esse tipo de trabalho. Por fim, foi esclarecido por meio de panfleto autoexplicativo e diálogo a abordagem fisioterapêutica, e as participantes foram convidadas a conhecer os serviços prestados na área de Fisioterapia Aplicada a Uroginecologia e Obstetrícia da Clínica Escola da Universidade Potiguar – Campus Mossoró. CONCLUSÃO: Diante dos resultados apresentados, observou-se a falta de conhecimento da musculatura perineal nas mulheres em idade reprodutiva da Instituição pesquisada, bem como sobre a atuação da fisioterapia, seus métodos de prevenção e tratamento das disfunções do assoalho pélvico, o que justifica o aumento das patologias envolvendo esse complexo muscular.