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(Médica)- Só com o que se vê, significa que a sua filha será dependente
para sempre se a nível físico, mas vamos fazer alguns exames já que
podem dizer com mais certeza se terá algum tipo de atraso cognitivo
também. (clara)- Via o seu sonho de ser mãe quase cair por terra, com tal
diagnóstico, e perguntava-se a si mesma, o que de pior ainda pode
acontecer? Ficando logo internada para fazer os exames, depois deles
feitos a médica veio falar com ela e dar-lhe os resultados.
Meses depois de estar a recuperar em casa dos danos físicos e o casal das
varias sessões que recorreram para recuperar a estabilidade emocional
(muito complicado de o fazer nestes casos), mas com o apoio do seu
companheiro e dos seus melhores amigos, que sempre estiveram
presentes para o que fosse preciso, começaram a pensar na melhor forma
de serem pais, se através da adopção ou a utilização de uma pessoa
estranha que estivesse disposta a gerar um filho para eles.
A adopção era um caminho muito longo, que poderia levar muitos anos a
se concretizar, por isso, essa opção ficou logo posta de parte. Restava a
barriga de aluguer, mas sempre fez confusão uma pessoa estranha criar
um filho para ela, devido à sua impossibilidade de o gerar.
Eis que (Joana), a sua melhor amiga se oferece para ser a pessoa (que se
Clara aceitasse) geraria aquele que seria o filho de(Carlos e Clara).
Carlos teve uma relação física durante um mês para conceber o seu filho e
de Carla também, mas não se consegui abstrair do sentimento que criou
por Joana embora se vejam poucas vezes, e não partilhe isso com Carla,
acreditando que será algo passageiro, e gostando da mesma forma da sua
companheira.
-Joana- depois de ter gerado e amamentado a filha que foi concebida com
Carlos, não se sentia preparada para a entregar a Carla, tal foi o
sentimento e amor que as uniu durante este tempo todo, para não falar
do sentimento que sentia por Carlos, que é o filho de eles(Joana e carlos).
A questão, mais uma é qual a reacção dos filhos, que sempre acharam que
iam ter um novo irmão ou irmã. E Carla, o sonho dela de ser mãe parece
estar prestes a desaparecer, com a aproximação natural de Joana e
Carlos, como vai ser resolvida esta situação? Quanto a ricardo e Carla no
meio deste turbilhão de emoções e enormes incertezas?
Para que a situação que estava a acontecer, não se prolongasse por muito
mais tempo, decidiram juntar-se os dois casais e resolver por fim o que se
arrastava já há algum tempo, sabendo desde logo, que os casais já não
sentiam o mesmo amor que sentiam, antes da gravidez que traria a Carla
finalmente o desejo de ser mãe, mesmo sendo desta forma. O amor tinha-
se partido porque, agora Carla e Ricardo, estavam muito mais próximos e
Carlos e Joana, com o processo que houve para ter o filho que seria
dele(Carlos e de Carla), aproximou Joana a Carlos e Ricardo a Carla.
-Joana: Não abdico de ser a mãe legitima da minha filha concebida com o
Carlos, não houve nem há papel algum a me obrigar a dar-te (Carla), a
filha, eu amo-a muito e gosto imenso de Carlos.
-Carlos: Eu sinto o mesmo, tanto à minha filha como à mãe, por isso
vamos ficar com a menina e vamos viver juntos os três.
-Carla: sinto muito, uma amizade tão forte tenha terminado desta forma,
a minha melhor amiga disponibilizou-se em ajudar-me sempre e eu
também a ela, e ela me ter tirado duas das coisas que tanto desejava, ser
mãe e o meu companheiro de quem tanto gostava.
-Ricardo: Eu acho que fui o maior culpado nisto, porque se não tivesse
aceite que tu (Joana), fosses a barriga de aluguer da filha que seria de
ti(Carla), isto não teria acontecido. Naturalmente criaste um amor enorme
à criança e depois a ele (Carlos), pelo tempo que passaste com ele e claro
que um mês podia não ser nada, mas foi o suficiente para depois
desenvolverdes um relacionamento. Assim sendo os filhos nossos passam
a viver comigo e com a Carla e se não aceitares parto para um processo
em tribunal, acordamos as vezes que os vês e a filha tua e de Carlos, nos
primeiros tempos ou sempre que estiver connosco estarão o três sempre
juntos, porque sempre pensavam que seria um irmão ou irmã e não
perderão esses laços entre eles, concordas?
-Joana: Sim, longe de mim querer magoar as crianças, elas não tem culpa
dos erros dos adultos.
Qual seria a opção que fazia com que Carla, se sentisse realizada nesse
aspecto, só restava a adopção, mas era um processo longo e complicado.
-Médico: Esses sintomas são de quem está gravida, mas vamos fazer
analises e ver o que realmente isso é.
-Medico: Tão simples quanto isto, você fez por isso, e o diagnóstico dos
meus colegas felizmente estava errado, marcamos já uma ecografia para a
próxima semana, para ver como está a decorrer a gestação, porque já tem
5 semanas esse ser que se está a desenvolver dentro de si.
Carla não podia estar mais feliz, chega a casa e diz a Ricardo, e vão
celebrar o acontecimento com um jantar romântico.
-Ricardo: vais ver que isso vai acontecer, tu mereces ser feliz, e tudo que
poder fazer para que se concretize isso farei.
-Carla: estás a dar me aquilo que sempre desejei um filho e ser mãe! Foi
isto que sempre desejei e agora contigo a meu lado, espero que tudo dê o
mais certo possível!
Os dias passaram, e Carla foi fazer o exame tal como o médico tinha
marcado. Ansiosa, Carla esperava que estivesse tudo bem a decorrer com
a gestação, daquele que seria o seu filho que sempre desejou ter e claro
ser mãe.
-Carla: Sr.Dr. como está o meu filho, está bem, é menino ou menina?
-Carla: Obrigado sr.dr. assim estou mais calma, uma pergunta mais, qual é
o seu nome?
-Carla: O meu nome é Carla e espero continuar a ouvir boas noticias de si,
sobre o meu ou a minha pequena, que está a crescer dentro de mim.
Carla tinha dado à luz um rapaz saudável, e forte, pesava 3,5kg, Ricardo
irradiava alegria, para ele era o 3º filho, mas cada um era uma alegria
diferente e este além de ser seu, era um concretizar dos sonhos que Carla
tinha desde sempre.
Feitos todos os exames a ele (filho), e de a mãe estar recuperada, foram
para casa onde ia estar com ele o tempo que fosse preciso e acompanhar
no seu crescimento.
Numa conversa normal, sobre qual o nome que seria dado ao filho, o casal
chega a um consenso e dá-lhe o nome de Rodrigo. Assim a família tem o
novo membro, e desta vez, finalmente, o desejo de Carla, de ser mãe
torna-se realidade.
Tarefa difícil para Joana, explicar o que tinha acontecido ao pai, e que
nunca mais veriam o pai, mas com tempo e muita paciência iria por
acontecer. Ela também sofria, embora o sentimento fosse muito menor
por ele, mas nunca deixava de ser o pai dos seus filhos.
Como lidaria Carla com um filho, e sozinha para o criar, o que ela faria
quando tivesse recuperada de tudo o que se passou na sua vida, capaz de
seguir em frente só ou procurar alguém que aceitasse viver com ela e
aceitar aquele como filho dele?
Com o tempo só para ela e para o filho, muitas vezes pensou no futuro e
como ele seria difícil sozinha, só com o seu filho e não ter ninguém para
lhe dar apoio, mas punha várias questões a ela mesma. Será que estarei
preparada para ter mais tristezas e desilusões, terei força sozinha para ir
em frente com o filho(nesta altura com 2 anos), a precisar de alguém que
preenchesse o lugar do pai, e se aparecesse essa pessoa aceitaria o filho
como se fosse dele e lhe daria aquilo que ele precisaria a nível de
sentimentos, carinho e afecto?
Carla num fim de tarde passeia com o seu filho, num parque quando é
abordada por Luís, no imediato ela não o reconhece, mas depois
apercebe-se de quem ele é. Falam durante algum tempo e ficam com o
contacto um do outro, outros encontros se seguiram e a amizade entre
eles vai-se fortalecendo até que ficam muito bons amigos. Carla precisava
de um suporte, alguém com quem pudesse partilhar bons momentos e
ajudá-la com Rodrigo (seu filho), mas estava muito céptica, nessa questão
porque achava que seria mais uma experiencia negativa e
psicologicamente não estava preparada para isso. Mas nunca foi algo que
não tivesse desejado e dessa forma explica-lhe:
-Carla: eu não ponho de parte isso, só e com um filho para criar, ser mãe
não é fácil, mas como deves compreender de momento não estou
psicologicamente preparada, mas continuamos a nossa amizade tal como
é e no futuro pode ser, o que dizes?
A ligação nunca se perdeu entre os dois, mas no presente Carla, não sentia
a necessidade de ter alguém consigo, o seu estado psicológico foi
melhorando, sentiu que tudo o que desejou já tinha, ser mãe e ter um
filho que era dela finalmente. Achou que realmente a única presença com
ela já a a tinha para continuar e não precisava de mais ninguém, ter um
filho e voltar a trabalhar seriam as coisas que a preenchiam e necessitava.
Como dizer isto a Luis, ele entenderia? Carla decidiu falar com ele para lhe
tirar as esperanças.
-Carla: depois de muito pensar, e consciente da minha decisão, decidi
dizer-te que, não vale a pena esperares por mim, porque vou seguir a
minha vida unicamente com o meu filho, e se num futuro o destino nos
juntar será um gosto mas nos próximos tempos, isso não vai acontecer,
lamento!
A separação inevitável, Carla não se queria voltar a magoar, mas esta seria
a melhor decisão que poderia tomar no momento, perante tudo o que
passou. Será que conseguiria passar o resto da vida sem ter alguém a seu
lado, e se isso acontecesse seria Luís, ou outra pessoa que iria ser o seu
companheiro nos anos seguintes, quando o destino quisesse que Carla
deixasse de estar só e passasse a ter a companhia de alguém?
Fim